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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA ___ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP
 PAULO NEVES, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito no R.G. sob nº __ e CPF/MF __residente e domiciliada à (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua advogada e bastante procuradora, que esta subscreve, conforme procuração anexa (DOC.1), propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, com fulcro no § 1º do art. 840 da CLT, assim como no art. 319 do CPC pelo procedimento ordinário em face de: POSTO CAR pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº___, situada na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), São Paulo, a ser notificada pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidos;
I - DOS FATOS
O Reclamante alega que na prática, trabalhou 5 (cinco) anos como frentista para a Reclamada, recebendo o salário de R$ 1.300,00 (um mil e trezentos reais), sem que houvesse qualquer adicional em decorrência de sua função, bem como havia todos os descontos de INSS e FGTS. Indica ainda, que que trabalhava de segunda-feira à sábado, das 22:00 às 7:00 horas e que, possuía intervalo de 15 minutos para refeição. Ocorre que o Reclamante de forma não esperada, foi demitido sem justa causa, contudo não percebeu nenhum valor referente às verbas rescisórias, bem como as verbas previdenciárias do INSS e ao depósito do FGTS, e que quando verificou em sua CTPS, constava era a função de auxiliar de serviços gerais.
II – DO DIREITO 
II.1 – DO CONTRATO DE TRABALHO
Conforme demonstrado, o Reclamante exerceu por 5 (cinco) anos, função de frentista, contudo em sua CPTS constava a anotação de seu cargo sendo auxiliar de serviços gerais. Conforme dispõe o art. 619 da CLT, que nenhuma disposição de contrato individual de trabalho que contrarie normas de Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho, resta evidente que a Reclamada não observou o devido dispositivo, bem como podemos verificar pelos princípios tal como o da primazia da realidade, que comprova que o Reclamante na prática exerce a função de frentista para a Reclamada bem como disciplina a Constituição Federal em seu art. 7º, IV. Dessa forma o Reclamante faz jus à diferença salarial de todo o período em este teve seu contrato de trabalho vigente, tais diferenças devem refletir nas verbas indenizatórias a que o Reclamante faz jus.
I.2- DO ADICIONAL DE PERICULOSSIDADE 
O Reclamante que exercia função de frentista para a Reclamada, percebia salário no valor de R$ 1.300,00 (um mil e trezentos reais) mensais. Ocorre que, conforme a convenção coletiva de sua categoria profissional, o Reclamante deverá perceber remuneração de R$ 1.800,00 (um mil e oitocentos reais). Verifica-se, portanto, que o Reclamante nunca recebeu qualquer adicional, este que lhe é devido acerca do risco de sua função. Dessa forma, verifica-se que o reclamante faz jus ao adicional de periculosidade previsto no art. 7, inc. XXIII da Constituição Federal, inciso I do art. 193, da CLT e SÚMULA 39, TST, bem como é devido os reflexos do adicional de periculosidade, que compõe a base de cálculo do adicional de trabalho noturno, conforme OJ 259 da SDI-1 do TST, e Súmula 132, I, do TST.
II.3 DO O INTERVALO INTRAJORNADA
Conforme dispõe o art. 71, da CLT, a imposição da supressão do intervalo intrajornada é devida ao Reclamante, devendo esta ser respeitada, considerada também como uma norma de medicina e segurança do trabalho, Súmula 437 do TST.
II.4 DA HORA EXTRA, HORA NOTURNA REDUZIDA E ADICIONAL DE TRABALHO NOTURNO
Acerca da Hora extra, o Reclamante laborava das 22:00 às 07:00, de segunda à sábado com 15 (quinze) minutos de intervalo para repouso e alimentação, considerando que a hora noturna é diferenciada, conforme indica o art. 73, § 1º, da CLT, e considerando a carga horário realizada pelo Reclamante, estas devem ser acrescidas do adicional de 50% (cinquenta por cento), de acordo com art. 7º, XVI, da Constituição Federal, bem como o adicional noturno, que compõe a base de cálculo das horas extras, nos termos da OJ 97 da SDI-1 do TST. Em se tratando da hora noturna reduzida e adicional de trabalho noturno, dispõe ainda o art. 73 da CLT que os empregados urbanos, ao trabalharem das 22 horas às 05 horas, farão jus ao adicional de 20% (vinte por cento) sobre a hora normal de trabalho diurno, bem como indica o § 5º sobre a hora noturna de 52 minutos e 30 segundos, e o § 5º impõe que à prorrogação do trabalho noturno no período diurno se aplica o referido adicional, conforme dispõe a Súmula 60, II, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
III - DAS VERBAS RESCISÓRIAS
O Reclamante foi dispensado imotivadamente pela Reclamada sem receber qualquer verba rescisória no devido prazo legal, conforme dispõe art. 477, §8º da CLT, deixando o Reclamante de perceber o saldo de salário proporcional consonância com os arts. 457 e 458 da CLT; aviso prévio indenizado de 30 (trinta) dias, conforme dispõe o art. 487, § 1º, da CLT; décimo terceiro salário proporcional, conforme preceituam o art. 7º, VIII, da CF, e os férias proporcionais, considerando o período do aviso prévio, acrescidas do terço constitucional, como dispõem o art. 7º, XVII, da Constituição Federal e art. 146, parágrafo único, da CLT; FGTS, correspondente aos depósitos em conta vinculada do empregado, conforme art. 7º, III, da CF, e indenização do valor destes depósitos, de acordo com o art. 18, § 1º, bem como a liberação das guias do seguro-desemprego, segundo dispõe o art. 7º, II, da CF ou o pagamento de indenização substitutiva, na forma da Súmula 389, II, do TST.
IV. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) Notificação da Reclamada para que compareçam a Juízo (sob pena de revelia) e responda a todos os atos e termos desta, até sua final decisão, sob pena de confissão.
b) O depoimento do representante da Reclamada;
c) O reconhecimento e acolhimento da presente ação para que esta seja JULGADA PROCEDENTE, condenando a Reclamada ao pagamento de todas as verbas rescisórias (aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional, indenização correspondente ao FGTS, bem como, os 40% constitucional) e multa do artigo 477, § 8º;
d) Requer ainda que a Reclamada faça a correção na CTPS e seus termos conexos para que conste a função correta que o Reclamante exerceu, qual seja, frentista.
Dá-se o valor da causa R$ ...
Termos em que,
Pede Deferimento.
(Local, data, assinatura)
Advogado 	
OAB/UF

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