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Prof. Ms. Antonio Ribeiro TANATOLOGIA Thánatos é a figura da mitologia grega que representa a morte. Como sua mãe, Nix – a noite – e seu irmão Hipno – o sono – tem o poder de regenerar. Ele não é o fim, em si, mas sim uma passagem. A morte é a porta da vida. (mors ianua vitae) A mitologia grega é, sem dúvida, um importante contributo para um conhecimento mais profundo da tanatologia. Tanatologia Segundo Assumpção (2003), a palavra tanatologia deriva do idioma grego: Thánatos deus da morte na mitologia grega Logos estudo O estudo da morte ou a ciência da morte. Ela é considerada ciência porque reflete sobre a morte, estuda as suas relações e suas consequências Kastenbaum e Aisenberg a Tanatologia é a ciência que estuda os processos emocionais e psicológicos que envolvem as reações à perda, o luto e a morte. D' Assumpção a Tanatologia é a ciência que estuda a vida através da ótica da morte. William Dilthey - precursor da fenomenologia "a vida é um valor, e é a morte quem ratifica esse valor, se não fora a morte, como poderíamos valorar a vida ?" Freud “destituímos a morte do caráter de necessidade” e nos enganamos e vivemos como se não fossemos morrer, nem nós nem nossos entes queridos. CONCEITOS A TANATOLOGIA foi se expandindo e hoje tem um alcance ainda maior, procurando dar pistas e caminhos para as pessoas aprenderem a viver melhor, a ter uma melhor qualidade de vida. A MORTE ENSINANDO A VIVER. No Brasil trabalho foi iniciado em 1978, em Belo Horizonte, e no Rio de Janeiro, iniciando-se em São Paulo no ano de 1981. ASPECTOS HISTÓRICOS TANATOLOGIA procura-se mudar o paradigma médico: de “lutar contra a morte e prolongar a vida” para o seu verdadeiro sentido: “DAR QUALIDADE DE VIDA, INDEPENDENTEMENTE DO TEMPO DE VIDA QUE AINDA HOUVER - dar qualidade de vida para todas as pessoas e não somente para aquelas que estão enfermas ”. Tanatologia As representações mais comuns entre morte e desenvolvimento humano surgem a partir da mais tenra idade, quando a criança vivencia as primeiras ausências da mãe, ainda que por breves momentos. Já na adolescência, segundo Kovács (2002), o jovem, movido pelo ímpeto de aventura, torna-se extremamente vulnerável à morte. A passagem para a vida adulta, porém, demanda um assentamento de toda essa impulsividade. É nesse momento, pois, que a morte lhe aparece como uma possibilidade pessoal, provocando a busca ou a preocupação de um significado para a vida. Tanatologia Nas mais diversas culturas e religiões, a morte é percebida da mesma maneira como passagem e a sua relação com a evolução espiritual humana. Desse modo, a morte representa, de uma maneira geral, algo comum e fascinante, mas também algo ameaçador e apavorante Tanatologia Foi neste contexto de morte, na década de 60, em Chicago, que surgiu o importante e necessário trabalho da psiquiatra Kübler-Ross. Trabalho que se constituiu numa repleta compaixão pelos enfermos que se encontravam à beira da morte (nos hóspices), quando a medicina convencional já não podia fazer mais nada para salvar as suas vidas. O trabalho de KüblerRoss se estende a todos os profissionais e pessoas que gostariam de entender um pouco mais sobre a vida e seu sentido e sobre o processo de morrer. Objetivos Proporcionar ajuda profissional ao enfermo terminal e seus familiares, às pessoas com idéias suicidas e a todo o indivíduo que tenha tido uma perda significativa, despertando uma mudança de atitude em relação à morte e ao processo de morrer. Ajudar as pessoas a expressarem seus distintos sentimentos que surgem ao longo do processo que antecede a morte e apoia-las frente as suas necessidades, dando-lhes qualidade de vida e não somente quantidade de vida. Promover a dignidade na vida e na morte a todas as pessoas que assim o quiserem, entendendo a dignidade como respeito a si mesmo, ao outro e a todas as formas de vida. Tanatologia A morte não deveria ser vista como um inimigo a vencer, mas sim como parte integral da vida que dá um sentido a existência humana. Pois, para morrer bem é preciso viver bem. A MORTE Advertência de uma verdade infalível Fato que alguns atemoriza e a outros consola Somos passageiros marcados Por efêmera trajetória inevitável Que no final a todos os homens iguala. Ovídio Junqueira da Silva16
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