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O justo e o bem são complementares no sentido de que uma concepção política deve apoiar -se em diferentes ideias do bem. Na teoria da justiça como equidade, essa condição se expressa pela prioridade do justo. Sob sua forma geral, esta quer dizer que as ideias aceitáveis do bem devem respeitar os limites da concepção política de justiça e nela desempenhar um certo papel.
Segundo Rawls, a concepção de justiça legisla sobre ideias do bem, de forma que
o próprio estatuto do homem como centro do mundo é abalado, marcando o relativismo da época contemporânea.
as intenções e bens particulares que cada indivíduo almeja alcançar são regulados na sociedade por princípios equilibrados.
o homem é compreendido como determinado e livre ao mesmo tempo, já que a liberdade limita-se a um conjunto de condições objetivas.
o estudo da origem e da história dos valores morais concluem a inexistência de noções absolutas de bem e mal.
as ações individuais são definidas como efeitos determinados por fatores naturais ou constrangimentos sociais.

A ideia da existência de lacuna é um desafio ao conceito de completude do ordenamento jurídico. Segundo o jusfilósofo italiano Norberto Bobbio, no livro Teoria do Ordenamento Jurídico, pode-se completar ou integrar as lacunas existentes no Direito por intermédio de dois métodos, a saber: heterointegração e autointegração.
Assinale a opção que explica como o jusfilósofo define tais conceitos na obra em referência.
Nenhuma das respostas anteriores.
O primeiro método diz respeito à necessidade de utilização da jurisprudência como meio adequado de solucionar as lacunas sem gerar controvérsias; por outro lado, o segundo método implica buscar a solução da lacuna por meio de interpretação extensiva.
O primeiro método consiste na integração operada por meio de recursos a ordenamentos diversos e a fontes diversas daquela que é dominante; o segundo método consiste na integração cumprida por meio do mesmo ordenamento, no âmbito da mesma fonte dominante, sem recorrência a outros ordenamentos.
A heterointegração consiste em preencher as lacunas recorrendo-se aos princípios gerais do Direito, uma vez que estes não estão necessariamente incutidos nas normas do Direito positivo; já a autointegração consiste em solucionar as lacunas por meio das convicções pessoais do intérprete.
A heterointegração exige que o intérprete busque a solução das lacunas nos tratados e nas convenções internacionais de que o país seja signatário; por seu turno, a autointegração está relacionada à busca da solução na jurisprudência pátria.

Ser ou não ser - eis a questão. Morrer - dormir - Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo! Os sonhos que hão de vir no sono da morte Quando tivermos escapado ao tumulto vital Que dá à desventura uma vida tão longa.
Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao enfatizar a tensão entre
consciência de si e angústia humana.
tragicidade da personagem e ordem do mundo.
inevitabilidade do destino e incerteza moral.
dependência paterna e impossibilidade de ação.
racionalidade argumentativa e loucura iminente.

Na tradição liberal, a ênfase é posta no caráter impessoal das leis e na proteção das liberdades individuais, de tal modo que o processo democrático é compelido pelos (e está a serviço dos) direitos pessoais que garantem a cada indivíduo a liberdade de buscar sua própria realização. Na tradição republicana, a primazia é dada ao processo democrático enquanto tal, entendido como uma deliberação coletiva que conduz os cidadãos à procura do entendimento sobre o bem comum.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política na teoria do discurso, é correto afirmar que Habermas
concilia, na mesma base, direitos humanos e soberania popular, reconhecendo-os como distintos, porém complementares.
concede maior relevância à autonomia pública, opondo-se à autonomia privada.
ignora tanto a autonomia privada quanto a pública, substituindo-as pela utilidade das normas morais.
privilegia a ideia de Estado de direito em detrimento de uma democracia participativa.
enfatiza a compreensão individualista e instrumental do papel do cidadão na lógica privada do mercado.

Esta é a situação básica do homem. O mundo é criado por mãos humanas para servir de casa aos humanos durante um tempo limitado. Porque o mundo é feito por mortais, ele é perecível. Porque os seus habitantes estão continuamente a mudar, o mundo corre o risco de se tornar tão mortal como eles. Para preservar o mundo contra a mortalidade dos seus criadores e habitantes, é necessário constantemente restabelecê-los de novo. O problema é saber como educar de forma a que essa recolocação continue a ser possível, ainda que, de forma absoluta, nunca possa ser assegurada.
No trecho extraído do texto A Crise na Educação, a filósofa Hannah Arendt tece considerações sobre o que ela considera como uma das razões do problema educacional moderno. Para a autora, essa questão passa por noções de conservadorismo, renovação, autoridade e tradição. Com base no trecho apresentado e nos seus conhecimentos sobre o texto, assinale a resposta CORRETA.
Segundo considera a filósofa, a tradição não tem nenhuma função na produção da educação, sendo que todo ensino deve ser, por essência, revolucionário e inovador e os professores devem auxiliar os estudantes a criar novos conteúdos sem cuidado com o passado.
Para Hannah Arendt, é preciso um mínimo de conservadorismo para se garantir a produção de uma educação capaz de formar bem as crianças, pois todo ensino baseia-se em apelo a uma tradição que deve servir como base para o aparecimento do novo e do revolucionário.
Conforme pontua Hannah Arendt, o domínio da educação tem de ser estritamente vinculado aos outros domínios públicos, sobretudo com relação à vida política. O aprendizado só é possível por meio do emprego de autoridade, sendo que o uso da autoridade deve servir como uma ligação entre o meio educacional e o meio político.
A crise na educação é decorrência de uma crise da tradição, sendo que os valores sociais do passado devem ser impostos às crianças por meio do uso da autoridade, buscando, assim, assegurar a conservação das verdades já alcançadas nos tempos passados.
A educação deve ter esperança na novidade de cada nova geração. O respeito pelo passado não tem nenhuma utilidade para a fundamentação de uma educação formadora e a tradição deve servir apenas como uma oposição que deve ser combatida com vistas ao futuro.

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Questões resolvidas

O justo e o bem são complementares no sentido de que uma concepção política deve apoiar -se em diferentes ideias do bem. Na teoria da justiça como equidade, essa condição se expressa pela prioridade do justo. Sob sua forma geral, esta quer dizer que as ideias aceitáveis do bem devem respeitar os limites da concepção política de justiça e nela desempenhar um certo papel.
Segundo Rawls, a concepção de justiça legisla sobre ideias do bem, de forma que
o próprio estatuto do homem como centro do mundo é abalado, marcando o relativismo da época contemporânea.
as intenções e bens particulares que cada indivíduo almeja alcançar são regulados na sociedade por princípios equilibrados.
o homem é compreendido como determinado e livre ao mesmo tempo, já que a liberdade limita-se a um conjunto de condições objetivas.
o estudo da origem e da história dos valores morais concluem a inexistência de noções absolutas de bem e mal.
as ações individuais são definidas como efeitos determinados por fatores naturais ou constrangimentos sociais.

A ideia da existência de lacuna é um desafio ao conceito de completude do ordenamento jurídico. Segundo o jusfilósofo italiano Norberto Bobbio, no livro Teoria do Ordenamento Jurídico, pode-se completar ou integrar as lacunas existentes no Direito por intermédio de dois métodos, a saber: heterointegração e autointegração.
Assinale a opção que explica como o jusfilósofo define tais conceitos na obra em referência.
Nenhuma das respostas anteriores.
O primeiro método diz respeito à necessidade de utilização da jurisprudência como meio adequado de solucionar as lacunas sem gerar controvérsias; por outro lado, o segundo método implica buscar a solução da lacuna por meio de interpretação extensiva.
O primeiro método consiste na integração operada por meio de recursos a ordenamentos diversos e a fontes diversas daquela que é dominante; o segundo método consiste na integração cumprida por meio do mesmo ordenamento, no âmbito da mesma fonte dominante, sem recorrência a outros ordenamentos.
A heterointegração consiste em preencher as lacunas recorrendo-se aos princípios gerais do Direito, uma vez que estes não estão necessariamente incutidos nas normas do Direito positivo; já a autointegração consiste em solucionar as lacunas por meio das convicções pessoais do intérprete.
A heterointegração exige que o intérprete busque a solução das lacunas nos tratados e nas convenções internacionais de que o país seja signatário; por seu turno, a autointegração está relacionada à busca da solução na jurisprudência pátria.

Ser ou não ser - eis a questão. Morrer - dormir - Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo! Os sonhos que hão de vir no sono da morte Quando tivermos escapado ao tumulto vital Que dá à desventura uma vida tão longa.
Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao enfatizar a tensão entre
consciência de si e angústia humana.
tragicidade da personagem e ordem do mundo.
inevitabilidade do destino e incerteza moral.
dependência paterna e impossibilidade de ação.
racionalidade argumentativa e loucura iminente.

Na tradição liberal, a ênfase é posta no caráter impessoal das leis e na proteção das liberdades individuais, de tal modo que o processo democrático é compelido pelos (e está a serviço dos) direitos pessoais que garantem a cada indivíduo a liberdade de buscar sua própria realização. Na tradição republicana, a primazia é dada ao processo democrático enquanto tal, entendido como uma deliberação coletiva que conduz os cidadãos à procura do entendimento sobre o bem comum.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política na teoria do discurso, é correto afirmar que Habermas
concilia, na mesma base, direitos humanos e soberania popular, reconhecendo-os como distintos, porém complementares.
concede maior relevância à autonomia pública, opondo-se à autonomia privada.
ignora tanto a autonomia privada quanto a pública, substituindo-as pela utilidade das normas morais.
privilegia a ideia de Estado de direito em detrimento de uma democracia participativa.
enfatiza a compreensão individualista e instrumental do papel do cidadão na lógica privada do mercado.

Esta é a situação básica do homem. O mundo é criado por mãos humanas para servir de casa aos humanos durante um tempo limitado. Porque o mundo é feito por mortais, ele é perecível. Porque os seus habitantes estão continuamente a mudar, o mundo corre o risco de se tornar tão mortal como eles. Para preservar o mundo contra a mortalidade dos seus criadores e habitantes, é necessário constantemente restabelecê-los de novo. O problema é saber como educar de forma a que essa recolocação continue a ser possível, ainda que, de forma absoluta, nunca possa ser assegurada.
No trecho extraído do texto A Crise na Educação, a filósofa Hannah Arendt tece considerações sobre o que ela considera como uma das razões do problema educacional moderno. Para a autora, essa questão passa por noções de conservadorismo, renovação, autoridade e tradição. Com base no trecho apresentado e nos seus conhecimentos sobre o texto, assinale a resposta CORRETA.
Segundo considera a filósofa, a tradição não tem nenhuma função na produção da educação, sendo que todo ensino deve ser, por essência, revolucionário e inovador e os professores devem auxiliar os estudantes a criar novos conteúdos sem cuidado com o passado.
Para Hannah Arendt, é preciso um mínimo de conservadorismo para se garantir a produção de uma educação capaz de formar bem as crianças, pois todo ensino baseia-se em apelo a uma tradição que deve servir como base para o aparecimento do novo e do revolucionário.
Conforme pontua Hannah Arendt, o domínio da educação tem de ser estritamente vinculado aos outros domínios públicos, sobretudo com relação à vida política. O aprendizado só é possível por meio do emprego de autoridade, sendo que o uso da autoridade deve servir como uma ligação entre o meio educacional e o meio político.
A crise na educação é decorrência de uma crise da tradição, sendo que os valores sociais do passado devem ser impostos às crianças por meio do uso da autoridade, buscando, assim, assegurar a conservação das verdades já alcançadas nos tempos passados.
A educação deve ter esperança na novidade de cada nova geração. O respeito pelo passado não tem nenhuma utilidade para a fundamentação de uma educação formadora e a tradição deve servir apenas como uma oposição que deve ser combatida com vistas ao futuro.

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Disc.: FILOSOFIA   
	Aluno(a): 
	Matríc.: 
	Acertos: 0,5 de 0,5
	 (Finaliz.)
		1
          Questão
	Acerto: 0,1  / 0,1
	
	O justo e o bem são complementares no sentido de que uma concepção política deve apoiar-se em diferentes ideias do bem. Na teoria da justiça como equidade, essa condição se expressa pela prioridade do justo. Sob sua forma geral, esta quer dizer que as ideias aceitáveis do bem devem respeitar os limites da concepção política de justiça e nela desempenhar um certo papel.
RAWLS, J. Justiça e democracia. São Paulo: Martins Fontes, 2000 (adaptado).
Segundo Rawls, a concepção de justiça legisla sobre ideias do bem, de forma que 
		
	
	o próprio estatuto do homem como centro do mundo é abalado, marcando o relativismo da época contemporânea.    
 
	 
	as intenções e bens particulares que cada indivíduo almeja alcançar são regulados na sociedade por princípios equilibrados.    
 
	
	o homem é compreendido como determinado e livre ao mesmo tempo, já que a liberdade limita-se a um conjunto de condições objetivas.    
  
 
	
	o estudo da origem e da história dos valores morais concluem a inexistência de noções absolutas de bem e mal.    
 
	
	as ações individuais são definidas como efeitos determinados por fatores naturais ou constrangimentos sociais.    
 
	
		2
          Questão
	Acerto: 0,1  / 0,1
	
	A ideia da existência de lacuna é um desafio ao conceito de completude do ordenamento jurídico. Segundo o jusfilósofo italiano Norberto Bobbio, no livro Teoria do Ordenamento Jurídico, pode-se completar ou integrar as lacunas existentes no Direito por intermédio de dois métodos, a saber: heterointegração e autointegração. Assinale a opção que explica como o jusfilósofo define tais conceitos na obra em referência.
		
	
	Nenhuma das respostas anteriores.
	
	O primeiro método diz respeito à necessidade de utilização da jurisprudência como meio adequado de solucionar as lacunas sem gerar controvérsias; por outro lado, o segundo método implica buscar a solução da lacuna por meio de interpretação extensiva.
	 
	O primeiro método consiste na integração operada por meio de recursos a ordenamentos diversos e a fontes diversas daquela que é dominante; o segundo método consiste na integração cumprida por meio do mesmo ordenamento, no âmbito da mesma fonte dominante, sem recorrência a outros ordenamentos.
	
	 A heterointegração consiste em preencher as lacunas recorrendo-se aos princípios gerais do Direito, uma vez que estes não estão necessariamente incutidos nas normas do Direito positivo; já a autointegração consiste em solucionar as lacunas por meio das convicções pessoais do intérprete.
	
	A heterointegração exige que o intérprete busque a solução das lacunas nos tratados e nas convenções internacionais de que o país seja signatário; por seu turno, a autointegração está relacionada à busca da solução na jurisprudência pátria.
	
		3
          Questão
	Acerto: 0,1  / 0,1
	
	Ser ou não ser - eis a questão.
Morrer - dormir - Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
Quando tivermos escapado ao tumulto vital
Que dá à desventura uma vida tão longa.
SHAKESPEARE, W. Hamlet, Porto Alegre: L&PM, 2007.
Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao enfatizar a tensão entre
		
	 
	consciência de si e angústia humana.
 
	
	tragicidade da personagem e ordem do mundo.
 
	
	inevitabilidade do destino e incerteza moral.
 
	
	dependência paterna e impossibilidade de ação.
	
	racionalidade argumentativa e loucura iminente. 
		4
          Questão
	Acerto: 0,1  / 0,1
	
	Leia o texto a seguir.
Na tradição liberal, a ênfase é posta no caráter impessoal das leis e na proteção das liberdades individuais, de tal modo que o processo democrático é compelido pelos (e está a serviço dos) direitos pessoais que garantem a cada indivíduo a liberdade de buscar sua própria realização. Na tradição republicana, a primazia é dada ao processo democrático enquanto tal, entendido como uma deliberação coletiva que conduz os cidadãos à procura do entendimento sobre o bem comum.
(Adaptado de: ARAÚJO, L. B. L. Moral, direito e política. -Sobre a Teoria do Discurso de- Habermas. In: OLIVEIRA, M.; AGUIAR, O. A.; SAHD, L. F. N. de A. e S. (Orgs.). Filosofia Política Contemporânea. Petrópolis: Vozes, 2003. p. 214-235.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política na teoria do discurso, é correto afirmar que Habermas
		
	 
	concilia, na mesma base, direitos humanos e soberania popular, reconhecendo-os como distintos, porém complementares.
	
	concede maior relevância à autonomia pública, opondo-se à autonomia privada.
 
	
	ignora tanto a autonomia privada quanto a pública, substituindo-as pela utilidade das normas morais.
 
	
	privilegia a ideia de Estado de direito em detrimento de uma democracia participativa.
 
	
	enfatiza a compreensão individualista e instrumental do papel do cidadão na lógica privada do mercado.
 
		5
          Questão
	Acerto: 0,1  / 0,1
	
	Leia o texto a seguir. 
Esta é a situação básica do homem. O mundo é criado por mãos humanas para servir de casa aos humanos durante um tempo limitado. Porque o mundo é feito por mortais, ele é perecível. Porque os seus habitantes estão continuamente a mudar, o mundo corre o risco de se tornar tão mortal como eles. 
Para preservar o mundo contra a mortalidade dos seus criadores e habitantes, é necessário constantemente restabelecê-los de novo. O problema é saber como educar de forma a que essa recolocação continue a ser possível, ainda que, de forma absoluta, nunca possa ser assegurada.
 
ARENDT, Hannah. A crise na educação. In: Entre o passado e o futuro. Tradução Mauro W. Barbosa de Almeida. 5ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.
No trecho extraído do texto A Crise na Educação, a filósofa Hannah Arendt tece considerações sobre o que ela considera como uma das razões do problema educacional moderno. Para a autora, essa questão passa por noções de conservadorismo, renovação, autoridade e tradição. Com base no trecho apresentado e nos seus conhecimentos sobre o texto, assinale a resposta CORRETA. 
		
	
	Segundo considera a filósofa, a tradição não tem nenhuma função na produção da educação, sendo que todo ensino deve ser, por essência, revolucionário e inovador e os professores devem auxiliar os estudantes a criar novos conteúdos sem cuidado com o passado.   
 
	 
	Para Hannah Arendt, é preciso um mínimo de conservadorismo para se garantir a produção de uma educação capaz de formar bem as crianças, pois todo ensino baseia-se em apelo a uma tradição que deve servir como base para o aparecimento do novo e do revolucionário.   
 
	
	Conforme pontua Hannah Arendt, o domínio da educação tem de ser estritamente vinculado aos outros domínios públicos, sobretudo com relação à vida política. O aprendizado só é possível por meio do emprego de autoridade, sendo que o uso da autoridade deve servir como uma ligação entre o meio educacional e o meio político.   
 
	
	A crise na educação é decorrência de uma crise da tradição, sendo que os valores sociais do passado devem ser impostos às crianças por meio do uso da autoridade, buscando, assim, assegurar a conservação das verdades já alcançadas nos tempos passados.    
  
 
	
	A educação deve ter esperança na novidade de cada nova geração. O respeito pelo passado não tem nenhuma utilidade para a fundamentação de uma educação formadora e a tradição deve servir apenas como uma oposição que deve ser combatida com vistas ao futuro.

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