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1 Ginástica Acrobática_27_05_2020

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INTRODUÇÃO
Olá, seja bem-vindo(a)! Nesta unidade, conheceremos sobre a competitiva e não olímpica Ginástica Acrobática, uma modalidade que não faz uso de aparelhos. Além disso, aprenderemos quais são os elementos básicos de solo realizados em diferentes modalidades ginásticas, para que facilite o seu entendimento. Primeiro, descreveremos como o movimento é executado, depois apresentaremos os aspectos técnicos que devem ser levados em conta durante a execução e, por fim, destacaremos quais são os possíveis erros que o executante deve evitar no momento em que realizará o movimento. A partir desse conteúdo, pretendemos que você, futuro(a) professor(a), conheça os elementos básicos de solo. Por isso, para facilitar sua compreensão, cada movimento que apresentarmos, identificaremos se ele é elemento característico da:
· Ginástica Artística;
· Ginástica Rítmica; 
· Ginástica Acrobática;
· Ginástica para Todos;
· Atividades Circenses. 
Pedimos mais uma vez que você não se esqueça de sempre respeitar os limites de seus alunos e ensine os movimentos de forma gradativa, indo dos elementos mais simples para os mais complexos, de forma que o aluno sinta-se motivado e encorajado a aprender cada vez mais os elementos ginásticos. Lembre-se sempre de dar um retorno positivo aos avanços de seus alunos e corrigi-los sempre de maneira sutil para que não se sintam mal, acreditando que “não levam jeito para a Ginástica”. Você, professor(a), deve ser o principal motivador para que os alunos criem o hábito de praticar, conhecer e aprender sobre a Ginástica. Assim, o primeiro tópico tratará sobre a Ginástica Acrobática, sua história, características e diferentes sugestões de figuras acrobáticas. O segundo tóhá pico abordará os elementos básicos da Ginástica, elementos que servem de base para a aprendizagem de acrobacias mais complexas. E, por fim, no terceiro tópico, apresentaremos como conjugar alguns movimentos básicos, transformando-os em elementos com um grau de dificuldade um pouquinho maior. 
lá! Neste primeiro tópico da unidade falaremos sobre uma outra modalidade competitiva, reconhecida pela FIG, mas que ainda não está nos Jogos Olímpicos: a Ginástica Acrobática (GACRO). Assim como nas outras duas modalidades já tratadas (Ginástica Artística e Rítmica), primeiramente, conheceremos o contexto histórico da modalidade da Ginástica Acrobática e depois suas características. 
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E EVOLUÇÃO DA GINÁSTICA ACROBÁTICA 
A Ginástica Acrobática é uma modalidade que integra dança, Ginástica Artística e elementos acrobáticos, sendo que a presença dos movimentos acrobáticos (ou seja, montagem de figuras com o corpo) é a sua principal característica. 
Segundo Gallardo e Azevedo (2007), o surgimento desses elementos corporais estão relacionados a China e Grécia antiga. Os autores afirmam que na China essa prática tem uma forte conotação regional e já acontece há mais de dois mil anos. Em alguns momentos não teve muito valorização, no entanto hoje está presente em todas as regiões da China, apresentando-se em diferentes lugares do mundo. A China, o Japão e a Índia tiveram acrobatas de destaque indiscutível e conservam até hoje a tradição acrobática que tem raízes mais profundas do que a do mundo ocidental. 
Gallardo e Azevedo (2007) sinalizam que, em outros locais como Rússia e Bulgária, a prática dos movimentos acrobáticos surge por meio do circo, em apresentações que foram bastante populares entre os séculos XIX e XX, principalmente por chineses que eram reprimidos em
 seu país de origem, e não demorou muito para que essas práticas começassem a ser praticadas como esporte. Em 1939, a antiga URSS aceitou as acrobacias como esporte, e logo em seguida países socialistas como Alemanha oriental, China, Polônia e Bulgária também acabaram fazendo o mesmo, levando a concretizar em 1957 O primeiro torneio internacional com atletas da URSS, Polônia e Bulgária. 
Já os países ocidentais só perceberam os benefícios das acrobacias após ela se tornar competitiva. No início, a usavam como atividade recreativa, sendo sugerido que aqueles que não tinham biotipo para a Ginástica Artística podiam equilibrar outra pessoa, e assim perceberam que essa era uma prática importante para ensinar o trabalho em equipe e confiança nas outras pessoas. 
No que tange ao processo de sistematização da Ginástica Acrobática no mundo, Gallardo e Azevedo (2007) destacam que: Em 1973, foi fundada a International Federation of Sports Acrobatics (IFSA), constituída por dez países e com sede em Moscou. Essa instituição organizou as regras e regulamentos, competições e a estrutura de arbitragem. Em 1998, havia 54 países filiados à IFSA e, como os esportes acrobáticos, desde de 1984, têm tentado entrar no programa olímpico. Para isso, fez-se necessário a dissolução da IFSA e a vinculação da ginástica acrobática à FIG, esta sim com força política de fazer com ela se torne um esporte olímpico (GALLARDO; AZEVEDO, 2007, p4). 
A GACRO é uma modalidade esportiva relativamente nova, visto que as primeiras competições aconteceram a partir de 1973 e hoje, mesmo fazendo parte do programa dos Jogos Mundiais, ainda não está no programa Olímpico. 
Mediante o processo histórico, a presença forte de Rússia e China nesse contexto fez com que esses países e alguns do leste europeu se tornassem as referências nesta modalidade. Entretanto, de trinta anos para cá, outros países começaram a galgar espaços nessa modalidade, como Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, Portugal e outros que tentaram conseguir seu destaque mediante as grandes potências mundiais da Ginástica Acrobática. 
No Brasil, o surgimento das acrobacias está ligado ao campo das artes, as quais no início recebiam o nome de exercícios de força combinados. Segundo Gallardo e Azevedo (2007), entre 1940 e 1960 a Escola de Aeronáutica do Rio de Janeiro começou a tornar popular esse esporte e a introduzi-lo no ensino da Ginástica Artística, sendo que o principal responsável pela divulgação e projeção da modalidade foi o professor, escritor, acrobata e paraquedista Charles Astor, que realizava cursos sobre ela. Já entre os anos de 1946-1947, a Associação de Professores de Educação Física de São Paulo e região (SINPEFESP)promoveu cursos de capacitação para os professores, e em seu currículo havia a presença de Ginástica Acrobática de duplas e em pequenos grupos. 
Segundo os mesmos autores, a Escola de Educação Física Militar de São Paulo também foi um grande divulgador dessa modalidade, que até meados de 1980 tinha caráter apenas demonstrativo em apresentações de Ginástica Geral. Foi o professor Ricieri Pastori quem desenvolveu a Ginástica Competitiva em nosso país, por meio de grupos de acrobacias em instituições militares e clubes e depois trabalhando também com circos nacionais e internacionais que trouxe da Europa. 
Em 1989, com a criação da Federação de Trampolim e Ginástica Acrobática do Estado do Rio de Janeiro (RioTramp), inicia-se o reconhecimento das regras e regulamentos técnicos da modalidade. No entanto, após problemas como falta de apoio de federações e confederações nacionais a uma modalidade não olímpica, Ricieri, junto de outros colegas, funda a Liga Nacional de Desportos Acrobáticos e Ginástica Geral (LINDAGG) em 2000, o que permitiu o desenvolvimento paralelo e produtivo dessa modalidade em nosso país. 
CARACTERÍSTICAS 
Para entendermos melhor o que diferença a Ginástica Acrobática (GACRO) das demais modalidades gímnicas, é preciso entender quais são as suas características fundamentais. Conforme afirmam os autores Merida et al. (2008), a GACRO une os elementos de salto, equilíbrio e rotação, as acrobacias de solo que vemos também na Ginástica Artística com o seu principal diferencial que é a formação de figuras ou pirâmides. Sendo assim, esta modalidade necessita ser realizada no mínimo em duplas, podendo oficialmente ser praticada também em trio e quartetos, mas, para fins educativos e demonstrativos, sem limite de participantes na coreografia, que pode ter muitos ginastas formando as figuras.Como modalidade competitiva, a GACRO possui as seguintes formações de grupo: dupla masculina, dupla feminina, dupla mista, trio feminino e quarteto masculino (FIG on-line)'. Durante a série, os ginastas desempenham diferentes papéis que são definidos de acordo com a sua estrutura corporal (peso e altura). Conforme afirmam Gallardo e Azevedo (2007), os praticantes maiores e mais pesados normalmente levantam e sustentam os colegas sobre os seus braços, pernas ou outras partes do corpo. Estes são chamados de “base”. Os mais leves e menores, por sua vez, são os que ficam no topo das figuras, em uma posição de equilíbrio sobre o(s) outro(s) ginasta(s). Estes são os “volantes”. E existem ainda os “intermediários”, que podem ser sustentados pelos bases e podem sustentar os volantes, simultaneamente ou não, apresentando um perfil de força e flexibilidade. 
Quem Sustenta a figura acrobática Geralmente é forte, não muito alto, mas com grande noção de responsabilidade 
· Volante 
Executa os elementos acrobáticos sobre a base ou intermediário. Deve ter muito equilíbrio, ser leve, bastante flexível, ágil e corajoso. 
Fonte: os autores. 
· Intermediário 
Sustenta e é sustentado. Aparece nos trios e Geralmente são versáteis (base e volante, fortes e flexíveis. 
POSIÇÕES FUNDAMENTAIS DAS BASES 
O ginasta que realiza a função de base sempre estará em contato com o solo. Conforme afirmam Gallardo e Azevedo (2007), as principais posições que poderá assumir são: 
Em pé: posição ereta com as pernas levemente afastadas e os braços livres para oferecer apoio ao volante. Nesta posição é fácil de manter o equilíbrio e ela pode ser utilizada para sustentar o volante sobre os ombros, por exemplo. 
Afundo: uma das pernas se posiciona semiflexionada à frente da outra enquanto a perna de trás se mantém estendida. O peso deve estar bem distribuído sobre as duas pernas. Esta posição permite que o volante fique apoiado sobre os ombros ou sobre a coxa da base. 
Apoio dorsal em L: deitado em decúbito dorsal, a base deve elevar as pernas estendidas a um ângulo de 90 graus do solo e os braços também poderão oferecer sustentação ao volante. Esta posição pode ser usada também por intermediários. 
Apoio dorsal com auxílio dos pés: semelhante à posição anterior, porém com os pés apoiados no solo. Nesta posição, o volante poderá se apoiar sobre os joelhos, sobre os braços do volante ou ambos. 
Quatro apoios em decúbito dorsal (“mesa”): com os pés e uma ou duas mãos apoiadas no solo, a base pode sustentar o volante sobre os joelhos, coxas, quadril ou ombros nesta posição. 
Quatro apoios (“gatinho”): nesta posição deve se manter as costas firmes a fim de oferecer apoio para o volante, que pode estar apoiado sobre o quadril, ombros ou escápulas. 
Apoio dos pés em agachamento: nesta posição a base necessita ter força nos membros inferiores para manter a posição. Além disso, o volante deve fazer o contrapeso, facilitando o posicionamento e equilíbrio do ginasta da base. 
Em arco (ponte): posição que exige flexibilidade da base. O volante poderá se apoiar sobre as coxas ou abdomen. 
Espacate: esta posição exige flexibilidade da base, mas pode ser realizada em uma variação com a perna da frente flexionada. O apoio pode ser oferecido pelas mãos ou pela perna. 
Ajoelhado: na posição ajoelhada, a base poderá sustentar o volante sobre os ombros. 
Deitado: em decúbito dorsal, a base poderá oferecer apoio das mãos e das pernas ao volante. 
POSIÇÕES FUNDAMENTAIS DOS VOLANTES 
Do volante é exigido muito equilíbrio para se manter nas posições sobre a base ou intermediário. Conforme afirmam Gallardo e Azevedo (2007), as principais posições que poderá assumir são: 
Em pé: posição muito usada na iniciação que permite ganhar segurança para futuras poses de maior dificuldade. O volante deve se manter firme para não causar desequilíbrios. 
Em pé com um apoio: posição simples, mas que pode ser dificultada de acordo com o local do apoio sobre a base. O peso do corpo deve ser passado para a perna de apoio, sempre mantendo o tônus muscular para conseguir se equilibrar. É possível variar a posição da perna livre, elevando-a em posição de arabesque, por exemplo, e outras formas que tornam a figura mais interessante. 
Sentado: posição simples em que o tônus muscular do abdômen e dorsal devem ser mantidos. 
Deitado: posição também simples, mas que exige a manutenção do equilíbrio sobre a base. É possível usar os braços para melhorar o apoio e estabilização da figura. 
Prancha: posição que exige força de membros superiores e tônus muscular. É preciso manter o alinhamento corporal, sem permitir que o quadril fique abaixo do nível dos ombros. 
Apoio invertido: Posição em que é necessário o controle corporal para manter o corpo alinhado. É preparatório para poses mais difíceis em parada de mãos. 
Parada de mãos: posição que exige técnica e controle muscular. Em níveis elevados de dificuldade é realizada sobre as mãos da base e em outras variações de apoio em que o volante fica a alturas elevadas. 
Esquadro: posição que exige força e que exige dos punhos e dos ombros. Pode haver variação da posição das pernas, por exemplo, mantê-las afasta das com as mãos no centro. 
Rd EDUCAÇÃO FÍSICA 
VARIAÇÕES DE FIGURAS ACROBÁTICAS 
A seguir, apresentaremos algumas variação de figuras acrobáticas: 
Figura 2 Variação de figuras acrobáticas Fonte: O Sorriso do bem-estar (BLOGSPOT, 2014)”.
GINÁSTICA ESCOLAR 
PEGADAS 
As pegadas são as diferentes formas como um atleta ou praticante acaba segurando seu parceiro de figura. Não existe um nome oficial para elas, mas as mais comuns trazidas por Gallardo e Azevedo (2007) são: 
Prezado(a) aluno(a), as descrições feitas aqui representam os diferentes movimentos propostos como básicos para a Ginástica de Solo. Essa foi a forma que encontramos para que você se aproxime da maneira mais adequada para a execução, por isso, pedimos bastante atenção na forma com que os movimentos são apresentados e nos aspectos técnicos e possíveis erros que devem ser evitados na hora de fazer o exercício. Destacamos que os aspectos técnicos e os erros a evitar foram escritos a partir do referencial teórico de Araújo (2012), obra sugerida nas Leituras Complementares. A partir disso, vamos ao trabalho! 
ELEMENTOS DE BASE Vela (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A vela é um elemento estático que se enquadra nos movimentos não acrobáticos. Sua execução é realizada com o apoio de todo o corpo, apenas sobre os ombros/escápulas e a parte de trás do pescoço e cabeça. Na iniciação o praticante pode apoiar as mãos nas costas para dar suporte a todo o corpo, e com a prática pode estender os braços paralelamente e em contato com o solo. 
Aspectos técnicos importantes: contrair o corpo todo durante a execução; tentar projetar a ponta dos pés o mais alto possível; manter as pernas fechadas 
durante a execução. 
Erros a evitar: não contrair o quadril durante a execução; não controlar o corpo na mesma posição durante a execução; não apoiar as costas com as mãos no processo de aprendizagem. 
Rolamento para Frente Grupado (GA, Gacro, GR, GPT, Atividades Circenses) 
O rolamento para frente grupado pode ser iniciado na posição em pé. Em seguida realiza-se um agachamento, flexionando-se as duas pernas unidas. As mãos devem ser apoiadas no solo à frente do corpo. As pernas iniciam o impulso para rolar ao estenderem-se, e fazendo com que o peso do corpo fique sobre as mãos. A cabeça deve ficar encolhida, ou seja, o queixo deve ficar próximo ao esterno, de forma que possibilite que o próximo apoio seja dos ombros sobre solo e não da cabeça, que não pode em momento algum tocar o chão. Após retirar o apoio das pernas do solo, deve-se encolhê-las de forma que os joelhos fiquem próximos ao peito (posição grupada). Passa-se então pela posição sentada e, com a extensão das pernas, fica-se na posição em pé novamente. 
Aspectos técnicos importantes: mãos no solo na largura dos ombros e viradas para frente; forte impulsão dos membros inferiores; manutenção do corpo bem fechado sobre si própriodurante o rolamento; elevação do quadril; repulsão efetiva das mãos no solo na parte final. 
Erros a evitar: não apoiar as mãos viradas para frente; não juntar o queixo ao peito; dar pouca impulsão com os membros inferiores; abrir o ângulo tronco/membros inferiores demasiado cedo; fazer pouca repulsão de mãos no solo. 
SAIBA MAIS 
É muito importante que, para avançar para os outros tipos de rolamento, que veremos, a seguir, afastado e carpado, o aluno já saiba executar o rolamento grupado. 
Fonte: os autores. 
Rolamento para Frente Afastado (GA, Gacro, GR, GPT, Atividades Circenses) 
A diferença desse rolamento para o rolamento grupado é que, após o início do movimento de rotação e no momento em que as pernas deixam o chão, estas devem se afastar, mantendo-se estendidas. As mãos devem posicionar-se à frente do corpo (entre as pernas) para que, no momento em que os pés tocarem o solo, estas impulsionem o quadril para cima, de forma a retirá-lo do chão, permitindo retornar à posição em pé. Como variação, é possível já iniciar o movimento com as pernas afastadas, mantendo-as dessa forma até o final do rolamento. 
Aspectos técnicos importantes: mãos no solo na largura dos ombros e viradas para frente; forte impulsão dos membros inferiores; apoio das mãos longe do apoio dos pés; membros inferiores estendidos e se afastam só na fase final do rolamento; boa flexão do tronco para frente para permitir a repulsão dos membros superiores efetuada “por dentro” dos membros inferiores afastados. 
Erros a evitar: má colocação e orientação das mãos no solo; fraca impulsão dos membros inferiores; rolamento deficiente (“bater com as costas no solo”); não aproximar bem o — [=]';%i3 [=] tronco sobre os membros inferiores, o que NT * dificulta a manutenção da velocidade de execução e a chegada à posição em pé. 
Rolamento para Frente Carpado (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
Neste rolamento, após o início do movimento de rotação e a partir do momento em que as pernas deixam o chão, estas devem se manter totalmente estendidas e unidas até o final. No momento do rolamento em que se chega à posição sentada, as mãos devem posicionar-se ao lado das pernas para empurrarem o quadril para cima, de forma a retirá-lo do chão e permitindo retornar à posição em pé. 
Aspectos técnicos importantes: mãos no solo na largura dos ombros e viradas para frente; forte impulsão dos membros inferiores; apoio das mãos longe do apoio dos pés; membros inferiores estendidos e sempre unidos e os pés em flexão plantar; boa flexão de tronco para frente para permitir a repulsão de membros superiores efetuada “por fora” dos membros inferiores. 
Erros a evitar: má colocação e orientação das mãos no solo; fraca impulsão dos membros inferiores; rolamento deficiente (“bater” com as costas no solo), o que dificulta ficar em pé; 
não manter o tronco próximo dos membros inferiores até ficar na posição em pé. 
Rolamento para Trás Grupado (GA, Gacro, GR, GPT, Atividades Circenses) 
O rolamento para trás grupado é o movimento realizado a partir de uma posição parada e agachada sobre os dois pés paralelos. É importante que o executante esteja em posição grupada (agachado com os joelhos próximos ao peito). No momento do desequilíbrio para trás, o aluno deverá colocar o queixo no peito e passar sobre as costas. Nesse momento ele deverá colocar as duas mãos abertas e viradas para o solo sobre as orelhas, de maneira que as mãos tenham contato com o solo durante a passagem da cabeça e do corpo de um lado para o outro. Ao realizar essa passagem, o executante deverá colocar os pés no solo e voltar à posição de início para depois levantar. 
Aspectos técnicos: fechar bem os membros inferiores flexionados sobre o tronco (joelhos ao peito); flexionar a cabeça para frente de forma a encostar o queixo no peito; manter o corpo fechado sobre si durante todo a execução do movimento; fazer a repulsão das mãos no solo na parte final com vigor, de forma a elevar a cabeça e não bater com ela no solo. 
Erros a evitar: não fechar completamente os membros inferiores sobre o tronco; não juntar o queixo ao peito; não apoiar bem as mãos (por baixo dos ombros e viradas para frente); abrir o ângulo tronco/membros inferiores cedo demais; fazer pouca repulsão dos membros superiores no solo que leva à falta de amplitude e, eventualmente, a bater com a cabeça no solo. 
Rolamento para Trás Afastado (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
O rolamento para trás afastado deverá ser iniciado da posição de pé e com as pernas afastadas. No momento de desequilíbrio para trás, o executante deverá colocar as duas mãos nos meios das pernas para amortecer a chegada ao solo. Ao chegar ao solo, o movimento deve continuar no mesmo sentido até que as costas toquem o solo e nesse momento o aluno coloque as mãos sobre as orelhas para impulsionar o solo durante a passagem e consiga finalizar o rolamento com as pernas afastadas. O executante deverá manter as pernas afastadas do começo ao fim, sem flexionar em nenhum momento. 
Aspectos técnicos: flexão do tronco sobre os membros inferiores e o queixo sobre o tronco; manutenção do corpo bem fechado sobre si próprio durante o rolamento; repulsão efetiva das mãos no solo de forma a passar a cabeça sem bater, manutenção das pernas afastadas e estendidas durante toda a execução. 
Erros a evitar: não fechar completamente o tronco sobre os membros inferiores; não juntar o queixo ao peito; não “empurrar” com força suficiente o solo, o que provoca falta de amplitude e pode provocar o batimento da cabeça no chão; fraca impulsão; flexionar ou fechar as pernas durante a execução. 
Rolamento para Trás Carpado (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
O rolamento para trás carpado deverá ser iniciado da posição de pé e com as pernas unidas. No momento de desequilíbrio para trás, o executante deverá descer as duas mãos atrás das pernas para amortecer a chegada ao solo. É importante que ele vá descendo as mãos até ter contato com o chão. Ao chegar ao solo, o movimento deve continuar no mesmo sentido até que as costas toquem o solo e nesse momento o aluno coloque as mãos sobre as orelhas para impulsionar o solo durante a passagem e consiga finalizar o rolamento com as pernas unidas e estendidas. O executante deverá manter as pernas unidas e estendidas (carpadas) do começo ao fim, sem flexionar em nenhum momento. 
Aspectos técnicos: flexão do tronco sobre os membros inferiores e o queixo sobre o tronco; manutenção do corpo bem fechado sobre si próprio durante o rolamento; repulsão efetiva das mãos no solo de forma a passar a cabeça sem bater, manutenção das pernas unidas e estendidas durante toda a execução. 
Erros a evitar: não fechar completamente o tronco sobre os membros inferiores; não juntar o queixo ao peito; não “empurrar” com força suficiente o solo, o que provoca falta de amplitude e pode provocar o batimento da cabeça no chão; fraca impulsão; flexionar ou abrir as pernas durante a execução. 
Roda (GA, Gacro, GR, GPT, Atividades Circenses) 
A roda é o movimento popularmente conhecido como “estrelinha”. A posição inicial é em pé, em seguida dá-se um passo para frente e se flexiona o tronco em direção ao solo de forma a apoiar as mãos no chão lateralmente à frente do pé. Desta posição, a perna que deu o passo deve dar um impulso de forma que o quadril e as pernas se elevem, passando pelo apoio apenas nos braços (posição de parada de mãos, porém com as pernas afastadas). Os membros inferiores, então, deverão retomar o apoio no solo, posicionando-se primeiramente um pé depois o outro. Após apoiar o primeiro pé no solo, os membros superiores se elevam, permitindo que o corpo retome a posição em pé. O movimento deve ser fluente, sem paradas, para que a execução seja correta. É interessante utilizar uma linha no chão para dar referência à realização do movimento, que deve ser realizado com todos os apoios alinhados e seguindo para a mesma direção. 
Aspectos técnicos importantes: lançamento enérgico da perna livre; apoio das mãos no solo na mesma linha em que o movimento acontece;passagem do corpo estendido durante a fase de apoio invertido (parada de mãos); grande afastamento dos membros inferiores durante a fase de passagem pelo apoio invertido; tonicidade geral do corpo e encaixe adequado dos quadris. 
Erros a evitar: colocação das mãos muito perto do pé do membro inferior de impulsão; colocação das mãos fora da linha de movimento; colocação das duas mãos em apoio simultâneo; o corpo não passa pela vertical e/ou os ombros avançam Hm [=] para fora do alinhamento corporal; falta de amplitude no afastamento dos membros inferiores; falta de ritmo e/ou interrupção do movimento. 
É importante que você sempre esteja atento(a) ao rosto do aluno e à sua movimentação. Caso perceba algo errado, intervenha e converse com ele para iniciar novamente. 
Rodante (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
Iniciando na posição em pé, com pernas levemente afastadas na posição anteroposterior, a perna da frente vai flexionar ligeiramente ao mesmo instante em que os braços são projetados para frente em direção ao solo. No momento em que a primeira mão toca o solo, ocorrerá a impulsão das pernas. O corpo então ficará na posição invertida. O tronco, juntamente com as pernas, fará uma rotação de 180º. Os braços realizarão uma repulsão, iniciando a fase em que se perde o contato com o solo, finalizando em pé. Na rodante, deve-se finalizar com o corpo virado para o lado oposto ao do início do movimento. Este movimento é facilitado quando se inicia com uma pequena corrida. 
Aspectos técnicos importantes: buscar apoiar as mãos o mais longe possível do apoio dos pés; a primeira mão a apoiar o solo deve ser posicionada virada para o lado, enquanto que a segunda mão é apoiada com os dedos apontados para o local de onde se iniciou o movimento; forte impulsão dos membros superiores; ao final, os pés devem ser “puxados” para perto do local onde as mãos estão apoiadas; a rodante deve terminar com um salto para cima e para trás, mantendo-se o peito para dentro e olhando para frente com os membros superiores bem elevados. 
Erros a evitar: não virar a segunda mão para trás; apoiar as duas mãos ao mesmo tempo (uma deve ser apoiada antes da outra); não terminar com forte impulsão de membros inferiores (não saltar para cima ao final). 
Parada de Cabeça (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A parada de cabeça ou parada de três apoios é um movimento estático, com o executante em uma posição invertida, tendo como apoio a cabeça e as mãos. Primeiramente é importante que o aluno aprenda a posição chamada de “elefantinho”. Para isso é importante que ele fique de joelhos e faça um triangulo com as mãos em contato com o solo. Na sequência, ele deverá ir afastando as mãos e colocando-as próximas dos joelhos, depois colocar a cabeça no solo, formando um novo triangulo, composto agora pela cabeça e as duas mãos. Com os braços flexionados, apoiar os joelhos sobre os cotovelos e manter nessa posição, semelhante a um elefantinho. Ao se sentir seguro, o executante deverá contrair o abdome e, aos poucos, ir estendendo as pernas até que fique na posição invertida e com as pernas estendidas. 
Aspectos técnicos: apoiar a cabeça um pouco acima da testa (cujo ponto de apoio no solo faça um triângulo com os apoios das mãos); subir o quadril e, quando estiverem por cima dos apoios, subir os membros inferiores para a vertical; to nicidade, membros inferiores e pés bem estendido.
Erros a evitar: subir os membros superiores cedo demais, antes da elevação dos quadris; deixar a cabeça muito longe ou próxima demais das mãos; não contrair o corpo em toda a execução. 
SAIBA MAIS 
Os elementos que exigem inversão de eixo ou contato da cabeça com o solo devem receber atenção redobrada. Por isso, sempre faça os auxílios e esteja em contato direto com os alunos. 
Fonte: os autores. 
Parada de Mãos (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A parada de mãos é um elemento estático em que o executante fica na posição invertida, sustentando todo o corpo estendido sobre as mãos e os braços estendidos. Ele é conhecido popularmente como “bananeira”. Para a sua execução, o aluno deverá estender os braços na linha dos ombros, colocar as mãos no chão e lançar as pernas para cima, de maneira que o corpo fique na posição invertida, sendo sustentado pelos braços. Na iniciação, é importante que o aluno aprenda a fazer o lançamento das pernas, primeiro lançando-as e dando “pedaladas no ar”, depois tentando bater palmas com os pés. Ao sentir-se seguro, poderá fazer a parada de mãos com o auxílio do(a) professor(a) (que deverá segurar no quadril), ou realizar o movimento usando a parede como apoio. 
Aspectos técnicos: mãos no solo na largura dos ombros, dedos afastados e virados para frente; cabeça com o olhar dirigido para frente; membro superiores em extensão completa (ombros encaixados) pernas estendidas com o corpo em completo alinhamento e tonicidade. 
Erros a evitar: não apoiar as mãos viradas para frente; flexionar a cabeça (queixo ao peito); não fazer alinhamento dos seguimentos corporais; não efetuar a contração em todos os grupos musculares (tonicidade), especialmente nos glúteos e nos pés (devem posicionar-se em flexão plantar máxima). 
ACROBACIAS DE SOLO 
Olá, prezado(a) aluno(a)! Nesse tópico, aprenderemos alguns elementos que apresentam um grau de dificuldade um pouco maior do que os anteriores, uma vez que a partir de agora alguns deles serão a junção ou adaptação de um movimento básico que aprendemos no tópico anterior. Por isso é muito importante que, ao trabalhar com esses movimentos que conheceremos a partir de agora, o aluno já tenha uma vivência e um conhecimento prévio dos movimentos básicos que vimos no tópico I. Além disso, é importante que o aluno também já tenha desenvolvido algumas habilidades como força, coordenação e flexibilidade para a execução de alguns desses movimentos. 
Parada de Mãos com Rolamento para frente (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A parada de mão com rolamento tem início com a entrada do executante na parada de mão, conforme descrito anteriormente. É importante que, para que o aluno execute a parada com rolamento, ele já tenha domínio e controle sobre a parada de mãos. Para a execução em posição de parada de mãos, o aluno deverá colocar o queixo no peito e ir flexionando os braços de maneira que tenha uma condução das costas (escápulas) em contato com o solo. À partir desse contato, os membros inferiores (joelhos e pernas) são flexionados e trazidos junto ao peito, de forma semelhante ao rolamento grupado. O executante deverá finalizar o rolamento sobre os pés da mesma maneira que se finaliza o rolamento grupado para frente. 
Aspectos técnicos: flexão controlada dos membros superiores na fase do rolamento; encaixe do queixo no peito ao início da flexão dos braços; arredondar as costas para melhor descida do rolamento no solo. 
Erros a evitar: fazer uma queda descontrolada na fase do rolamento (queixo não está junto ao peito); costas pouco arredondadas, o que leva a bater no solo por descer na vertical em vez de ligeiramente para frente; não coordenar flexão dos braços com aproximação dos membros inferiores e o tronco. 
Não passar dos elementos mais simples para os mais complexos sem que os primeiros estejam perfeitamente assimilados (não queimar etapas de aprendizagem) (Carlos Araújo). 
Oitava (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A oitava é um movimento que exige bastante força dos executantes, principalmente dos membros inferiores, uma vez que ele junta dois movimentos: o rolamento para trás carpado e a parada de mãos. Sua execução inicia-se de forma semelhante ao rolamento para trás carpado, e no momento que for passar a cabeça pelo solo o aluno deverá fazer um impulso com as mãos e braços de forma que consiga ficar na posição de parada de mãos (apoio invertido). 
Aspectos técnicos: fase inicial com extensão completa dos membros inferiores e com os membros superiores no prolongamento do corpo; flexionar o tronco para frente para ajudar a descer/sentar; abertura enérgica dos membros inferiores em relação aotronco para facilitar a subida para a parada de mãos; repulsão forte dos membros superiores no solo em coordenação com a abertura do corpo; encaixe dos ombros para facilitar o equilíbrio do apoio invertido; tonicidade geral. 
Erros a evitar: abertura demasiada, “cedo” ou “tarde” demais; descoordenação temporal entre a repulsão de membros superiores e a abertura de membros inferiores sobre o tronco; falta de tonicidade geral; falta de equilíbrio no apoio invertido. 
Ponte (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A ponte é um elemento que demonstra flexibilidade. O aluno iniciante deve começar na posição deitado, com as pernas flexionadas e os pés apoiado no solo. As mãos são apoiadas no solo de forma invertida ao lado das orelhas. Para se colocar na posição de ponte, os braços devem empurrar o chão, buscando se estender, e o quadril deve ser elevado em direção ao teto, formando assim um arco com a coluna. 
Para alunos mais avançados é possível iniciar na posição em pé, com os braços estendidos elevados acima da cabeça. Levando-se a cabeça e os braços para trás, o corpo começa a formar um arco até que as mãos alcancem o solo, fazendo a posição de ponte. Deve-se buscar estender não apenas os membros superiores, mas também os inferiores, sem mudar os pés de lugar. 
Aspectos técnicos importantes: membros superiores e inferiores em extensão completa; palmas das mãos completamente apoiadas no solo; elevação significativa dos quadris; empurrar com os pés tentando estender completamente os membros inferiores e forçar com isso a colocação dos ombros numa linha perpendicular ao apoio das mãos no solo. 
Erros a evitar: membros superiores e/ou inferiores flexionados; flexão da cabeça (queixo ao peito); palmas das mãos não apoiam completamente no solo; quadris pouco elevados; pés muito longe das mãos. 
Reversão para Frente ou Arco para Frente (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
O início deste movimento é na posição de pé com os membros superiores estendidos acima da cabeça. Deve-se dar um passo à frente e depois flexionar o tronco de forma a apoiar as mãos no solo. A perna de trás eleva-se e a perna da frente impulsiona a elevação do quadril, fazendo com que o único apoio seja as mãos. Os membros inferiores devem se manter afastados (afastamento ântero-posterior). Um dos pés, então, deverá tocar o solo (colocando o corpo em posição de ponte, apenas com um pé no chão). O peso do corpo deve ser projetado para os quadris, liberando as mãos e permitindo que o tronco se eleve, voltando à posição de pé. 
Aspectos técnicos importantes: apoiar as mãos no solo, mantendo os membros superiores em extensão completa; é importante não perder o ritmo do movimento (uma parada no meio pode significar a perda do equilíbrio e uma queda); a passagem por apoio invertido deve ser feita com os membros inferiores bem afastados (em espacato); na fase final (ao retomar a posição de pé), não deverá deixar a cabeça para trás, nem baixar imediatamente os membros superiores (por questões não só de equilíbrio, mas também de estética). 
Erros a evitar: flexionar os membros inferiores no apoio; falta de amplitude no afastamento dos membros inferiores na passagem pela vertical; falta de impulsão de membros superiores na fase final, o que impedirá de alcançar a posição de pé em equilíbrio. 
A ginástica nos últimos anos tem se caracterizado pela execução de movimentos precisos e com grande rigor técnico, o que dá a sensação para os leigos de que é tudo muito fácil. (Carlos Araújo). 
Reversão para Trás ou Arco para Trás (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A reversão para trás inicia-se na posição de pé. Uma das pernas fica posicionada à frente, porém sem apoiar no solo, e os membros superiores devem estar estendidos acima da cabeça. O início do movimento acontece com a elevação da perna que está à frente e, logo em seguida, os braços e a cabeça são levados para trás iniciando a flexão do tronco. As mãos irão apoiar-se no solo e o quadril e as pernas serão elevados. As pernas devem se manter afastadas e estendidas (afastamento anteroposterior) durante a passagem pelo apoio das mãos. Em seguida, um dos pés será apoiado no solo e o tronco e os membros inferiores se elevarão, retornando à posição em pé. 
Aspectos técnicos importantes: elevar um membro inferior antes de iniciar a flexão do tronco para trás; olhar em frente; passar pelo apoio invertido com membros inferiores bem afastados; impulsionar-se fortemente no solo com as mãos na passagem (impulsão de membros superiores). 
Erros a evitar: falta de flexibilidade na flexão do tronco e/ou na antepulsão de membros superiores; falta de tonicidade geral e/ou força dinâmica, o que resulta na perda do equilíbrio; falta de flexibilidade no afastamento anteroposterior de membros inferiores; troca dos membros inferiores na passagem por apoio invertido. 
Flick-Flack (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
O flick-flack é um movimento que chama bastante atenção pela sua característica de execução. Para que ele seja feito, o executante precisa ter força, coordenação e controle corporal. O movimento se dá a partir de um impulso realizado com os dois pés, mediante uma pequena flexão das pernas. Ao realizar este impulso para trás, o executante deverá colocar as mãos no solo (de forma rápida e passageira) para já finalizar na posição de pé. 
Aspectos técnicos: ligeira inclinação do corpo para trás no momento do salto e da ação dos membros superiores (procurar um pequeno desequilíbrio antes de saltar); ação dos membros superiores no sentido de antepulsão deve ser muito rápida e enérgica; impulsão completa dos membros inferiores que ficam em extensão durante o restante do salto; elevar ligeiramente a cabeça, mas não fazer uma extensão completa para trás; colocar os quadris para frente na fase de voo (posição de retroversão que ajuda a “selar” o corpo); procurar o solo com as mãos viradas para frente e fazer recepção sem flexionar os membros superiores. 
Erros a evitar: iniciar o salto com os membros inferiores demasiadamente flexionados; iniciar o salto sem desequilíbrio para trás; velocidade insuficiente dos membros superiores no lançamento (o que se traduz na transferência de pouca energia cinética ao resto do corpo); angular na fase de voo (encolher-se); flexionar os membros superiores na chegada ao solo. 
esta unidade estudamos a modalidade de Ginástica Acrobática, seu processo histórico e suas características a partir dos participantes e das diferentes formas em que podemos construir diferentes figuras acrobáticas. Abordamos os elementos técnicos de movimentos gímnicos que são realizados no solo e que são comuns às diferentes modalidades ginásticas. Foi possível aprender diferentes movimentos, os quais muitas vezes víamos na televisão em apresentações de Ginástica e não conhecíamos, bem como movimentos que muitas vezes conhecíamos mas não sabíamos como ensinar ou executar da maneira correta e de forma segura. 
Lembre-se sempre que a nossa proposta de trabalho com a Ginástica na Escola não é a de que os alunos se tornem atletas e executem os movimentos mais perfeitos, com um nível técnico de dar inveja, mas que eles aprendam esses movimentos para que se desenvolvam corporalmente, socialmente e psicologicamente, vencendo seus obstáculos e superando suas limitações. Nosso trabalho como professor(a) é fazer com que os alunos pratiquem ginástica, conheçam a modalidade e possam desfrutar de todos os benefícios que essa prática pode proporcionar. 
Por meio dessa unidade, conhecemos os aspectos técnicos e pedagógicos de diversos movimentos ginásticos, movimentos que dão bases para inúmeras variações que surgirão com o tempo, prática e pesquisa. Você, futuro(a) professor(a), deve sempre buscar atualizações para que consiga trabalhar com a modalidade de forma segura, e, caso surjam dúvidas, recorra a esse material ou a referenciais que o(a) ajudem a ensinar de uma maneira que contemple as necessidades de sua turma na escola. 
Não esqueça que sua turma será diversificada com alunos que muitas vezes aprenderãonum primeiro momento e outros que demorarão ou pouco mais para aprender. Por isso, busque sempre observar e permitir que os alunos se desenvolvam cada um no seu tempo, de maneira que todos fiquem satisfeitos por aprenderem a fazer ginástica de uma maneira saudável e prazerosa. 
LEITURA 
A GACRO tem três princípios fundamentais que a caracterizam: a formação de figuras ou pirâmides humanas; a execução de acrobacias, elementos de força, flexibilidade e equilíbrio para transitar de uma figura à outra; a execução de elementos de dança, saltos e piruetas ginásticas como componente coreográfico. 
A diferença entre praticar a GACRO e outras modalidades gímnicas está no fato de as propostas estarem mais voltadas aos trabalhos entre os grupos de ginastas do que em performance com aparelhos, embora existam muitos elementos em comum, como o tumbling (sequência de exercícios acrobáticos), a força, a flexibilidade, o equilíbrio e a presença de uma coreografia (CRILEY, 1984; BOELSEMS, 1982; NISSEN, 1991). 
A GACRO necessita de poucos materiais e tem baixo custo, se comparada às demais modalidades ginásticas (ALMEIDA, 1994; CRILEY, 1984; NISSEN, 1991). Em situações competitivas, são utilizados somente o tablado e os colchões de segurança ou de lançamento; nos treinamentos, colchões simples, cintos de auxílio, pedestais, medicine balls e simuladores de parceiros, além de materiais de apoio como plintos, espaldares, cavalos, entre outros. Outro diferencial é que a modalidade pode ser desenvolvida com ginastas de diferentes estruturas físicas. Esta característica particular permite a longevidade da participação esportiva e pode desencorajar a especialização precoce que, não raras vezes, ocorre em certas modalidades esportivas. 
Quanto aos seus benefícios, os praticantes desta modalidade podem ser favorecidos pela aquisição de noções espaço-temporais, da esquematização corporal, do controle motor, da flexibilidade, da coordenação estática, da coordenação coletiva, do equilíbrio, da força e da resistência muscular localizada, da cooperação, da autonomia, do prazer e da autoconfiança (ALMEIDA, 1994; ASTOR, 1954). Além disso, experiências corporais valiosas e enriquecedoras para a cultura corporal do homem são conseguidas por meio da prática das atividades ginásticas (LEGUET, 1987; SOARES, 1998; SOUZA, 1997; GALLAHUE; OZMUN, 2005). Nissen (1991, p. 36-37) aponta vinte vantagens da GACRO com relação às demais modalidades ginásticas competitivas. As mais relevantes estão explanadas a seguir: * Idade: não há limite de idade e muitos atletas de alto rendimento têm sua carreira estendida até os 30 anos. 
* Peso corporal e biótipo: não há pressão para manter o peso baixo, pois os bases, atletas que sustentam as pirâmides, podem ter um peso corporal maior. Além disso, não há um padrão de corpo (biótipo) exigido, o que torna a carreira em GACRO mais longa. 
Cooperação: por ser uma modalidade realizada em grupos e necessitar de interação entre os participantes, a rivalidade pessoal é diminuída. 
Sociabilização: não há divisão entre sexos nos treinamentos. Sendo assim, a co-educação diminui os preconceitos de gêneros e de diferenças individuais. 
Sincronismo: por todas as provas serem realizadas em duas ou mais pessoas, a preocupação com o sincronismo das ações é frequente, melhorando o trabalho em equipe. 
Atratividade dos espectadores e da mídia: devido ao trabalho de grupos, maiores alturas, variedades de movimentos e posições são demonstradas, atraindo os espectadores e, consequentemente, a mídia. 
Oportunidades: por ser uma modalidade jovem, o mercado ainda não está saturado e chegar ao alto nível parece ser mais acessível. Além disso, o mercado de trabalho para técnicos, árbitros e dirigentes está em expansão. 
Ambientes: por não necessitar de aparelhagem, apenas dos parceiros, a GACRO pode ser praticada em praias e gramados, por exemplo. Imagem: não há o preconceito social de que não é uma atividade para homens e muitos deles se fascinam pela ideia de levantar meninas ao invés de pesos. 
* Programas: muitos ginastas aposentados de outras modalidades podem ser inseridos no programa de GACRO, ampliando as possibilidades para clubes, escolas e associações. 
* Equipes: o número de participantes das equipes é grande (13 atletas), ampliando as possibilidades para os ginastas. 
Por estes fatores, a Ginástica Acrobática tem se legitimado como uma modalidade esportiva relevante para o universo ginástico e esportivo, preenchendo algumas lacunas importantes, deixadas por outras modalidades Binásticas competitivas. 
Além disso, alguns autores apontam as contribuições da GACRO para a dança e para as líderes de torcida, mais presentes na cultura americana (DOUGLAS, 1982; FRIEND, 1990b). Acrescentamos ainda as contribuições para as outras modalidades ginásticas, especialmente para a Ginástica para todos e para a Ginástica Aeróbica. 
Fonte: Merida, Nista-Piccolo e Merida (2008, p. 160-162). 
Por meio da leitura desse trecho retirado do artigo “Redescobrindo a ginástica acrobática", podemos observar que os autores nos indicam os pontos positivos para o desenvolvimento da modalidade Ginástica Acrobática, valorizando-a como uma prática ginástica que deve ser promovida e disseminada nos diferentes espaços. 194) & a material complementar Fundamentos Básicos da ginástica acrobática competitiva Jorge Sergio Perez-Gallardo e Lucio Henrique Rezende Azevedo. EDITORA: Autores Associados ANO: 2007 
SINOPSE: A Ginástica Acrobática, derivada de manifestações artísticas de culturas asiáticas, é uma das mais antigas práticas esportivas, que com o passar dos anos se foi transformando numa modalidade esportiva de grande impacto e aceitação no âmbito mundial. Na obra encontram-se todas as metodologias para a aquisição das formas básicas da Ginástica Acrobática, com fundamentos teóricos necessários para iniciar esta modalidade de forma competitiva ou como base para as modalidades artísticas que se utilizam de acrobacias, tais como o circo, a ginástica geral e a dança. Esta obra está destinada a professores de Educação Física que atuam no âmbito escolar e em academias, interessados no desenvolvimento da Ginástica Acrobática tanto no meio educativo quanto na prática esportiva. 
material complementar 
Manual de ajudas em ginástica 
Carlos Araújo 
EDITORA: Fontoura 
ANO: 2012 
SINOPSE: Este livro aborda as ajudas em Ginástica, com foco na Ginástica Artística, passando por diferentes aparelhos (solo, saltos de cavalo, barra fixa e paralelas assimétricas, cavalo com alças, argolas, paralelas e trave). Há também um capítulo final com exercícios para preparação física (flexibilidade, força e velocidade). Cada ficha está estruturada conjugando texto com ilustrações e sempre apresenta os aspectos técnicos mais importantes, os erros mais frequentes, as ações motoras predominantes, a ajuda e várias situações de aprendizagem. 
ARAÚJO, C. Manual de ajudas em ginástica. 2. ed. Jundiaí-SP: Fontoura, 2012 GALLARDO, J. S. P; AZEVEDO, L. H. R. Fundamentos Básicos da Ginástica Acrobática Competitiva. Campinas-SP: Autores Associados, 2007. 
MERIDA, E; NISTA-PICCOLO, V. L.; MERIDA, M. Redescobrindo a ginástica acrobática. Revista Movimento, Porto Alegre, v. 14, n. 2, p. 155-180, maio/ago. 2008. 
' Em: . Acesso em: 10 de jul. de 2016. ? Em: . Acesso em: 0 de jul. de 2016. B. BC ADE. D. B. 
Prof. Dr. Antonio Carlos Monteiro de Miranda Prof.º. Me. Fernanda Soares Nakashima

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