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Ginástica Acrobática

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INTRODUÇÃO 
Olá, seja bem-vindo(a)! Nesta unidade, conheceremos sobre a competitiva e não olímpica 
Ginástica Acrobática, uma modalidade que não faz uso de aparelhos. Além disso, 
aprenderemos quais são os elementos básicos de solo realizados em diferentes modalidades 
ginásticas, para que facilite o seu entendimento. Primeiro, descreveremos como o 
movimento é executado, depois apresentaremos os aspectos técnicos que devem ser 
levados em conta durante a execução e, por fim, destacaremos quais são os possíveis erros 
que o executante deve evitar no momento em que realizará o movimento. A partir desse 
conteúdo, pretendemos que você, futuro(a) professor(a), conheça os elementos básicos de 
solo. Por isso, para facilitar sua compreensão, cada movimento que apresentarmos, 
identificaremos se ele é elemento característico da Ginástica Artística, Rítmica, Acrobática, 
da Ginástica para Todos ou das Atividades Circenses. 
Pedimos mais uma vez que você não se esqueça de sempre respeitar os limites de seus 
alunos e ensine os movimentos de forma gradativa, indo dos elementos mais simples para 
os mais complexos, de forma que o aluno sinta-se motivado e encorajado a aprender cada 
vez mais os elementos ginásticos. Lembre-se sempre de dar um retorno positivo aos avanços 
de seus alunos e corrigi-los sempre de maneira sutil para que não se sintam mal, acreditando 
que “não levam jeito para a Ginástica”. Você, professor(a), deve ser o principal motivador 
para que os alunos criem o hábito de praticar, conhecer e aprender sobre a Ginástica. Assim, 
o primeiro tópico tratará sobre a Ginástica Acrobática, sua história, características e 
diferentes sugestões de figuras acrobáticas. O segundo tóhá pico abordará os elementos 
básicos da Ginástica, elementos que servem de base para a aprendizagem de acrobacias 
mais complexas. E, por fim, no terceiro tópico, apresentaremos como conjugar alguns 
movimentos básicos, transformando-os em elementos com um grau de dificuldade um 
pouquinho maior. 
lá! Neste primeiro tópico da unidade falaremos sobre uma outra modalidade competitiva, 
reconhecida pela FIG, mas que ainda não está nos Jogos Olímpicos: a Ginástica Acrobática 
(GACRO). Assim como nas outras duas modalidades já tratadas (Ginástica Artística e 
Rítmica), primeiramente, conheceremos o contexto histórico da modalidade da Ginástica 
Acrobática e depois suas características. 
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E EVOLUÇÃO DA GINÁSTICA ACROBÁTICA 
A Ginástica Acrobática é uma modalidade que integra dança, Ginástica Artística e 
elementos acrobáticos, sendo que a presença dos movimentos acrobáticos (ou seja, 
montagem de figuras com o corpo) é a sua principal característica. 
Segundo Gallardo e Azevedo (2007), o surgimento desses elementos corporais estão 
relacionados a China e Grécia antiga. Os autores afirmam que na China essa prática tem 
uma forte conotação regional e já acontece há mais de dois mil anos. Em alguns momentos 
não teve muito valorização, no entanto hoje está presente em todas as regiões da China, 
apresentando-se em diferentes lugares do mundo. A China, o Japão e a Índia tiveram 
acrobatas de destaque indiscutível e conservam até hoje a tradição acrobática que tem 
raízes mais profundas do que a do mundo ocidental. 
Gallardo e Azevedo (2007) sinalizam que, em outros locais como Rússia e Bulgária, a prática 
dos movimentos acrobáticos surge por meio do circo, em apresentações que foram bastante 
populares entre os séculos XIX e XX, principalmente por chineses que eram reprimidos em 
 seu país de origem, e não demorou muito para que essas práticas começassem a ser 
praticadas como esporte. Em 1939, a antiga URSS aceitou as acrobacias como esporte, e 
logo em seguida países socialistas como Alemanha oriental, China, Polônia e Bulgária 
também acabaram fazendo o mesmo, levando a concretizar em 1957 O primeiro torneio 
internacional com atletas da URSS, Polônia e Bulgária. 
Já os países ocidentais só perceberam os benefícios das acrobacias após ela se tornar 
competitiva. No início, a usavam como atividade recreativa, sendo sugerido que aqueles que 
não tinham biotipo para a Ginástica Artística podiam equilibrar outra pessoa, e assim 
perceberam que essa era uma prática importante para ensinar o trabalho em equipe e 
confiança nas outras pessoas. 
No que tange ao processo de sistematização da Ginástica Acrobática no mundo, Gallardo e 
Azevedo (2007) destacam que: Em 1973, foi fundada a International Federation of Sports 
Acrobatics (IFSA), constituída por dez países e com sede em Moscou. Essa instituição 
organizou as regras e regulamentos, competições e a estrutura de arbitragem. Em 1998, 
havia 54 países filiados à IFSA e, como os esportes acrobáticos, desde de 1984, têm tentado 
entrar no programa olímpico. Para isso, fez-se necessário a dissolução da IFSA e a 
vinculação da ginástica acrobática à FIG, esta sim com força política de fazer com ela se 
torne um esporte olímpico (GALLARDO; AZEVEDO, 2007, p4). 
A GACRO é uma modalidade esportiva relativamente nova, visto que as primeiras 
competições aconteceram a partir de 1973 e hoje, mesmo fazendo parte do programa dos 
Jogos Mundiais, ainda não está no programa Olímpico. 
Mediante o processo histórico, a presença forte de Rússia e China nesse contexto fez com 
que esses países e alguns do leste europeu se tornassem as referências nesta modalidade. 
Entretanto, de trinta anos para cá, outros países começaram a galgar espaços nessa 
modalidade, como Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, Portugal e outros que tentaram 
conseguir seu destaque mediante as grandes potências mundiais da Ginástica Acrobática. 
No Brasil, o surgimento das acrobacias está ligado ao campo das artes, as quais no início 
recebiam o nome de exercícios de força combinados. Segundo Gallardo e Azevedo (2007), 
entre 1940 e 1960 a Escola de Aeronáutica do Rio de Janeiro começou a tornar popular esse 
esporte e a introduzi-lo no ensino da Ginástica Artística, sendo que o principal responsável 
pela divulgação e projeção da modalidade foi o professor, escritor, acrobata e paraquedista 
Charles Astor, que realizava cursos sobre ela. Já entre os anos de 1946-1947, a Associação 
de Professores de Educação Física de São Paulo e região (SINPEFESP)promoveu cursos de 
capacitação para os professores, e em seu currículo havia a presença de Ginástica 
Acrobática de duplas e em pequenos grupos. 
Segundo os mesmos autores, a Escola de Educação Física Militar de São Paulo também foi 
um grande divulgador dessa modalidade, que até meados de 1980 tinha caráter apenas 
demonstrativo em apresentações de Ginástica Geral. Foi o professor Ricieri Pastori quem 
desenvolveu a Ginástica Competitiva em nosso país, por meio de grupos de acrobacias em 
instituições militares e clubes e depois trabalhando também com circos nacionais e 
internacionais que trouxe da Europa. 
Em 1989, com a criação da Federação de Trampolim e Ginástica Acrobática do Estado do 
Rio de Janeiro (RioTramp), inicia-se o reconhecimento das regras e regulamentos técnicos 
da modalidade. No entanto, após problemas como falta de apoio de federações e 
confederações nacionais a uma modalidade não olímpica, Ricieri, junto de outros colegas, 
funda a Liga Nacional de Desportos Acrobáticos e Ginástica Geral (LINDAGG) em 2000, o 
que permitiu o desenvolvimento paralelo e produtivo dessa modalidade em nosso país. 
CARACTERÍSTICAS 
Para entendermos melhor o que diferença a Ginástica Acrobática (GACRO) das demais 
modalidades gímnicas, é preciso entender quais são as suas características fundamentais. 
Conforme afirmam os autores Merida et al. (2008), a GACRO une os elementos de salto, 
equilíbrio e rotação, as acrobacias de solo que vemos também na Ginástica Artística com o 
seu principal diferencial que é a formação de figuras ou pirâmides. Sendo assim, esta 
modalidade necessita ser realizada no mínimo em duplas, podendo oficialmente serpraticada também em trio e quartetos, mas, para fins educativos e demonstrativos, sem 
limite de participantes na coreografia, que pode ter muitos ginastas formando as figuras. 
Como modalidade competitiva, a GACRO possui as seguintes formações de grupo: dupla 
masculina, dupla feminina, dupla mista, trio feminino e quarteto masculino (FIG on-line)'. 
Durante a série, os ginastas desempenham diferentes papéis que são definidos de acordo 
com a sua estrutura corporal (peso e altura). Conforme afirmam Gallardo e Azevedo (2007), 
os praticantes maiores e mais pesados normalmente levantam e sustentam os colegas sobre 
os seus braços, pernas ou outras partes do corpo. Estes são chamados de “base”. Os mais 
leves e menores, por sua vez, são os que ficam no topo das figuras, em uma posição de 
equilíbrio sobre o(s) outro(s) ginasta(s). Estes são os “volantes”. E existem ainda os 
“intermediários”, que podem ser sustentados pelos bases e podem sustentar os volantes, 
simultaneamente ou não, apresentando um perfil de força e flexibilidade. 
 
 
Quem Sustenta a figura acrobática Geralmente é forte, não muito alto, mas com grande 
noção de responsabilidade 
Volante 
Executa os elementos acrobáticos sobre a base ou intermediário. Deve ter muito equilíbrio, 
ser leve, bastante flexível, ágil e corajoso. 
Fonte: os autores. 
Intermediário 
Sustenta e é sustentado. Aparece nos trios e Geralmente são versáteis (base e volante, 
fortes e flexíveis. 
POSIÇÕES FUNDAMENTAIS DAS BASES 
O ginasta que realiza a função de base sempre estará em contato com o solo. Conforme 
afirmam Gallardo e Azevedo (2007), as principais posições que poderá assumir são: 
Em pé: posição ereta com as pernas levemente afastadas e os braços livres para oferecer 
apoio ao volante. Nesta posição é fácil de manter o equilíbrio e ela pode ser utilizada para 
sustentar o volante sobre os ombros, por exemplo. 
Afundo: uma das pernas se posiciona semiflexionada à frente da outra enquanto a perna de 
trás se mantém estendida. O peso deve estar bem distribuído sobre as duas pernas. Esta 
posição permite que o volante fique apoiado sobre os ombros ou sobre a coxa da base. 
Apoio dorsal em L: deitado em decúbito dorsal, a base deve elevar as pernas estendidas a 
um ângulo de 90 graus do solo e os braços também poderão oferecer sustentação ao volante. 
Esta posição pode ser usada também por intermediários. 
Apoio dorsal com auxílio dos pés: semelhante à posição anterior, porém com os pés apoiados 
no solo. Nesta posição, o volante poderá se apoiar sobre os joelhos, sobre os braços do 
volante ou ambos. 
Quatro apoios em decúbito dorsal (“mesa”): com os pés e uma ou duas mãos apoiadas no 
solo, a base pode sustentar o volante sobre os joelhos, coxas, quadril ou ombros nesta 
posição. 
Quatro apoios (“gatinho”): nesta posição deve se manter as costas firmes a fim de oferecer 
apoio para o volante, que pode estar apoiado sobre o quadril, ombros ou escápulas. 
Apoio dos pés em agachamento: nesta posição a base necessita ter força nos membros 
inferiores para manter a posição. Além disso, o volante deve fazer o contrapeso, facilitando 
o posicionamento e equilíbrio do ginasta da base. 
Em arco (ponte): posição que exige flexibilidade da base. O volante poderá se apoiar sobre 
as coxas ou abdomen. 
Espacate: esta posição exige flexibilidade da base, mas pode ser realizada em uma variação 
com a perna da frente flexionada. O apoio pode ser oferecido pelas mãos ou pela perna. 
Ajoelhado: na posição ajoelhada, a base poderá sustentar o volante sobre os ombros. 
Deitado: em decúbito dorsal, a base poderá oferecer apoio das mãos e das pernas ao volante. 
POSIÇÕES FUNDAMENTAIS DOS VOLANTES 
Do volante é exigido muito equilíbrio para se manter nas posições sobre a base ou 
intermediário. Conforme afirmam Gallardo e Azevedo (2007), as principais posições que 
poderá assumir são: 
Em pé: posição muito usada na iniciação que permite ganhar segurança para futuras poses 
de maior dificuldade. O volante deve se manter firme para não causar desequilíbrios. 
Em pé com um apoio: posição simples, mas que pode ser dificultada de acordo com o local 
do apoio sobre a base. O peso do corpo deve ser passado para a perna de apoio, sempre 
mantendo o tônus muscular para conseguir se equilibrar. É possível variar a posição da perna 
livre, elevando-a em posição de arabesque, por exemplo, e outras formas que tornam a figura 
mais interessante. 
Sentado: posição simples em que o tônus muscular do abdômen e dorsal devem ser 
mantidos. 
Deitado: posição também simples, mas que exige a manutenção do equilíbrio sobre a base. 
É possível usar os braços para melhorar o apoio e estabilização da figura. 
Prancha: posição que exige força de membros superiores e tônus muscular. É preciso manter 
o alinhamento corporal, sem permitir que o quadril fique abaixo do nível dos ombros. 
Apoio invertido: Posição em que é necessário o controle corporal para manter o corpo 
alinhado. É preparatório para poses mais difíceis em parada de mãos. 
Parada de mãos: posição que exige técnica e controle muscular. Em níveis elevados de 
dificuldade é realizada sobre as mãos da base e em outras variações de apoio em que o 
volante fica a alturas elevadas. 
Esquadro: posição que exige força e que exige dos punhos e dos ombros. Pode haver 
variação da posição das pernas, por exemplo, mantê-las afasta das com as mãos no centro. 
Rd EDUCAÇÃO FÍSICA 
VARIAÇÕES DE FIGURAS ACROBÁTICAS 
A seguir, apresentaremos algumas variação de figuras acrobáticas: 
 
 
Figura 2 Variação de figuras acrobáticas Fonte: O Sorriso do bem-estar (BLOGSPOT, 2014)”. 
 
 
GINÁSTICA ESCOLAR O. 
PEGADAS 
As pegadas são as diferentes formas como um atleta ou praticante acaba segurando seu 
parceiro de figura. Não existe um nome oficial para elas, mas as mais comuns trazidas por 
Gallardo e Azevedo (2007) são: 
 
Prezado(a) aluno(a), as descrições feitas aqui representam os diferentes movimentos propostos como básicos para a 
Ginástica de Solo. Essa foi a forma que encontramos para que você se aproxime da maneira mais adequada para a 
execução, por isso, pedimos bastante atenção na forma com que os movimentos são apresentados e nos aspectos 
técnicos e possíveis erros que devem ser evitados na hora de fazer o exercício. Destacamos que os aspectos técnicos e 
os erros a evitar foram escritos a partir do referencial teórico de Araújo (2012), obra sugerida nas Leituras 
Complementares. A partir disso, vamos ao trabalho! 
ELEMENTOS DE BASE Vela (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A vela é um elemento estático que se enquadra nos movimentos não acrobáticos. Sua 
execução é realizada com o apoio de todo o corpo, apenas sobre os ombros/escápulas e a 
parte de trás do pescoço e cabeça. Na iniciação o praticante pode apoiar as mãos nas costas 
para dar suporte a todo o corpo, e com a prática pode estender os braços paralelamente e 
em contato com o solo. 
Aspectos técnicos importantes: contrair o corpo todo durante a execução; tentar projetar a 
ponta dos pés o mais alto possível; manter as pernas fechadas 
durante a execução. 
Erros a evitar: não contrair o quadril durante a execução; não controlar o corpo na mesma 
posição durante a execução; não apoiar as costas com as mãos no processo de 
aprendizagem. 
 
Rolamento para Frente Grupado (GA, Gacro, GR, GPT, Atividades Circenses) 
O rolamento para frente grupado pode ser iniciado na posição em pé. Em seguida realiza-se 
um agachamento, flexionando-se as duas pernas unidas. As mãos devem ser apoiadas no 
solo à frente do corpo. As pernas iniciam o impulso para rolar ao estenderem-se, e fazendo 
com que o peso do corpo fique sobre as mãos. A cabeça deve ficar encolhida, ou seja, o 
queixo deve ficar próximo ao esterno, de forma que possibilite que o próximo apoio seja dos 
ombros sobre solo e não da cabeça, que não pode em momento algumtocar o chão. Após 
retirar o apoio das pernas do solo, deve-se encolhê-las de forma que os joelhos fiquem 
próximos ao peito (posição grupada). Passa-se então pela posição sentada e, com a 
extensão das pernas, fica-se na posição em pé novamente. 
Aspectos técnicos importantes: mãos no solo na largura dos ombros e viradas para frente; 
forte impulsão dos membros inferiores; manutenção do corpo bem fechado sobre si próprio 
durante o rolamento; elevação do quadril; repulsão efetiva das mãos no solo na parte final. 
Erros a evitar: não apoiar as mãos viradas para frente; não juntar o queixo ao peito; dar 
pouca impulsão com os membros inferiores; abrir o ângulo tronco/membros inferiores 
demasiado cedo; fazer pouca repulsão de mãos no solo. 
SAIBA MAIS 
É muito importante que, para avançar para os outros tipos de rolamento, que veremos, a 
seguir, afastado e carpado, o aluno já saiba executar o rolamento grupado. 
Fonte: os autores. 
Rolamento para Frente Afastado (GA, Gacro, GR, GPT, Atividades Circenses) 
A diferença desse rolamento para o rolamento grupado é que, após o início do movimento 
de rotação e no momento em que as pernas deixam o chão, estas devem se afastar, 
mantendo-se estendidas. As mãos devem posicionar-se à frente do corpo (entre as pernas) 
para que, no momento em que os pés tocarem o solo, estas impulsionem o quadril para cima, 
de forma a retirá-lo do chão, permitindo retornar à posição em pé. Como variação, é possível 
já iniciar o movimento com as pernas afastadas, mantendo-as dessa forma até o final do 
rolamento. 
Aspectos técnicos importantes: mãos no solo na largura dos ombros e viradas para frente; 
forte impulsão dos membros inferiores; apoio das mãos longe do apoio dos pés; membros 
inferiores estendidos e se afastam só na fase final do rolamento; boa flexão do tronco para 
frente para permitir a repulsão dos membros superiores efetuada “por dentro” dos membros 
inferiores afastados. 
Erros a evitar: má colocação e orientação das mãos no solo; fraca impulsão dos membros 
inferiores; rolamento deficiente (“bater com as costas no solo”); não aproximar bem o — 
[=]';%i3 [=] tronco sobre os membros inferiores, o que NT * dificulta a manutenção da 
velocidade de execução e a chegada à posição em pé. 
 
Rolamento para Frente Carpado (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
Neste rolamento, após o início do movimento de rotação e a partir do momento em que as 
pernas deixam o chão, estas devem se manter totalmente estendidas e unidas até o final. 
No momento do rolamento em que se chega à posição sentada, as mãos devem posicionar-
se ao lado das pernas para empurrarem o quadril para cima, de forma a retirá-lo do chão e 
permitindo retornar à posição em pé. 
Aspectos técnicos importantes: mãos no solo na largura dos ombros e viradas para frente; 
forte impulsão dos membros inferiores; apoio das mãos longe do apoio dos pés; membros 
inferiores estendidos e sempre unidos e os pés em flexão plantar; boa flexão de tronco para 
frente para permitir a repulsão de membros superiores efetuada “por fora” dos membros 
inferiores. 
Erros a evitar: má colocação e orientação das mãos no solo; fraca impulsão dos membros 
inferiores; rolamento deficiente (“bater” com as costas no solo), o que dificulta ficar em pé; 
não manter o tronco próximo dos membros inferiores até ficar na posição em pé. 
Rolamento para Trás Grupado (GA, Gacro, GR, GPT, Atividades Circenses) 
O rolamento para trás grupado é o movimento realizado a partir de uma posição parada e 
agachada sobre os dois pés paralelos. É importante que o executante esteja em posição 
grupada (agachado com os joelhos próximos ao peito). No momento do desequilíbrio para 
trás, o aluno deverá colocar o queixo no peito e passar sobre as costas. Nesse momento ele 
deverá colocar as duas mãos abertas e viradas para o solo sobre as orelhas, de maneira que 
as mãos tenham contato com o solo durante a passagem da cabeça e do corpo de um lado 
para o outro. Ao realizar essa passagem, o executante deverá colocar os pés no solo e voltar 
à posição de início para depois levantar. 
Aspectos técnicos: fechar bem os membros inferiores flexionados sobre o tronco (joelhos 
ao peito); flexionar a cabeça para frente de forma a encostar o queixo no peito; manter o 
corpo fechado sobre si durante todo a execução do movimento; fazer a repulsão das mãos 
no solo na parte final com vigor, de forma a elevar a cabeça e não bater com ela no solo. 
Erros a evitar: não fechar completamente os membros inferiores sobre o tronco; não juntar 
o queixo ao peito; não apoiar bem as mãos (por baixo dos ombros e viradas para frente); 
abrir o ângulo tronco/membros inferiores cedo demais; fazer pouca repulsão dos membros 
superiores no solo que leva à falta de amplitude e, eventualmente, a bater com a cabeça no 
solo. 
Rolamento para Trás Afastado (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
O rolamento para trás afastado deverá ser iniciado da posição de pé e com as pernas 
afastadas. No momento de desequilíbrio para trás, o executante deverá colocar as duas 
mãos nos meios das pernas para amortecer a chegada ao solo. Ao chegar ao solo, o 
movimento deve continuar no mesmo sentido até que as costas toquem o solo e nesse 
momento o aluno coloque as mãos sobre as orelhas para impulsionar o solo durante a 
passagem e consiga finalizar o rolamento com as pernas afastadas. O executante deverá 
manter as pernas afastadas do começo ao fim, sem flexionar em nenhum momento. 
Aspectos técnicos: flexão do tronco sobre os membros inferiores e o queixo sobre o tronco; 
manutenção do corpo bem fechado sobre si próprio durante o rolamento; repulsão efetiva 
das mãos no solo de forma a passar a cabeça sem bater, manutenção das pernas afastadas 
e estendidas durante toda a execução. 
Erros a evitar: não fechar completamente o tronco sobre os membros inferiores; não juntar 
o queixo ao peito; não “empurrar” com força suficiente o solo, o que provoca falta de 
amplitude e pode provocar o batimento da cabeça no chão; fraca impulsão; flexionar ou 
fechar as pernas durante a execução. 
Rolamento para Trás Carpado (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
O rolamento para trás carpado deverá ser iniciado da posição de pé e com as pernas unidas. 
No momento de desequilíbrio para trás, o executante deverá descer as duas mãos atrás das 
pernas para amortecer a chegada ao solo. É importante que ele vá descendo as mãos até 
ter contato com o chão. Ao chegar ao solo, o movimento deve continuar no mesmo sentido 
até que as costas toquem o solo e nesse momento o aluno coloque as mãos sobre as orelhas 
para impulsionar o solo durante a passagem e consiga finalizar o rolamento com as pernas 
unidas e estendidas. O executante deverá manter as pernas unidas e estendidas (carpadas) 
do começo ao fim, sem flexionar em nenhum momento. 
Aspectos técnicos: flexão do tronco sobre os membros inferiores e o queixo sobre o tronco; 
manutenção do corpo bem fechado sobre si próprio durante o rolamento; repulsão efetiva 
das mãos no solo de forma a passar a cabeça sem bater, manutenção das pernas unidas e 
estendidas durante toda a execução. 
Erros a evitar: não fechar completamente o tronco sobre os membros inferiores; não juntar 
o queixo ao peito; não “empurrar” com força suficiente o solo, o que provoca falta de 
amplitude e pode provocar o batimento da cabeça no chão; fraca impulsão; flexionar ou abrir 
as pernas durante a execução. 
Roda (GA, Gacro, GR, GPT, Atividades Circenses) 
A roda é o movimento popularmente conhecido como “estrelinha”. A posição inicial é em pé, 
em seguida dá-se um passo para frente e se flexiona o tronco em direção ao solo de forma 
a apoiar as mãos no chão lateralmente à frente do pé. Desta posição, a perna que deu o 
passo deve dar um impulso de forma que o quadril e as pernas se elevem, passando pelo 
apoio apenas nos braços (posição de parada de mãos, porém comas pernas afastadas). Os 
membros inferiores, então, deverão retomar o apoio no solo, posicionando-se primeiramente 
um pé depois o outro. Após apoiar o primeiro pé no solo, os membros superiores se elevam, 
permitindo que o corpo retome a posição em pé. O movimento deve ser fluente, sem paradas, 
para que a execução seja correta. É interessante utilizar uma linha no chão para dar 
referência à realização do movimento, que deve ser realizado com todos os apoios alinhados 
e seguindo para a mesma direção. 
Aspectos técnicos importantes: lançamento enérgico da perna livre; apoio das mãos no solo 
na mesma linha em que o movimento acontece; passagem do corpo estendido durante a fase 
de apoio invertido (parada de mãos); grande afastamento dos membros inferiores durante a 
fase de passagem pelo apoio invertido; tonicidade geral do corpo e encaixe adequado dos 
quadris. 
Erros a evitar: colocação das mãos muito perto do pé do membro inferior de impulsão; 
colocação das mãos fora da linha de movimento; colocação das duas mãos em apoio 
simultâneo; o corpo não passa pela vertical e/ou os ombros avançam Hm [=] para fora do 
alinhamento corporal; falta de amplitude no afastamento dos membros inferiores; falta de 
ritmo e/ou interrupção do movimento. 
É importante que você sempre esteja atento(a) ao rosto do aluno e à sua movimentação. 
Caso perceba algo errado, intervenha e converse com ele para iniciar novamente. 
Rodante (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
Iniciando na posição em pé, com pernas levemente afastadas na posição anteroposterior, a 
perna da frente vai flexionar ligeiramente ao mesmo instante em que os braços são 
projetados para frente em direção ao solo. No momento em que a primeira mão toca o solo, 
ocorrerá a impulsão das pernas. O corpo então ficará na posição invertida. O tronco, 
juntamente com as pernas, fará uma rotação de 180º. Os braços realizarão uma repulsão, 
iniciando a fase em que se perde o contato com o solo, finalizando em pé. Na rodante, deve-
se finalizar com o corpo virado para o lado oposto ao do início do movimento. Este 
movimento é facilitado quando se inicia com uma pequena corrida. 
Aspectos técnicos importantes: buscar apoiar as mãos o mais longe possível do apoio dos 
pés; a primeira mão a apoiar o solo deve ser posicionada virada para o lado, enquanto que a 
segunda mão é apoiada com os dedos apontados para o local de onde se iniciou o 
movimento; forte impulsão dos membros superiores; ao final, os pés devem ser “puxados” 
para perto do local onde as mãos estão apoiadas; a rodante deve terminar com um salto 
para cima e para trás, mantendo-se o peito para dentro e olhando para frente com os 
membros superiores bem elevados. 
Erros a evitar: não virar a segunda mão para trás; apoiar as duas mãos ao mesmo tempo 
(uma deve ser apoiada antes da outra); não terminar com forte impulsão de membros 
inferiores (não saltar para cima ao final). 
Parada de Cabeça (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A parada de cabeça ou parada de três apoios é um movimento estático, com o executante 
em uma posição invertida, tendo como apoio a cabeça e as mãos. Primeiramente é 
importante que o aluno aprenda a posição chamada de “elefantinho”. Para isso é importante 
que ele fique de joelhos e faça um triangulo com as mãos em contato com o solo. Na 
sequência, ele deverá ir afastando as mãos e colocando-as próximas dos joelhos, depois 
colocar a cabeça no solo, formando um novo triangulo, composto agora pela cabeça e as 
duas mãos. Com os braços flexionados, apoiar os joelhos sobre os cotovelos e manter nessa 
posição, semelhante a um elefantinho. Ao se sentir seguro, o executante deverá contrair o 
abdome e, aos poucos, ir estendendo as pernas até que fique na posição invertida e com as 
pernas estendidas. 
Aspectos técnicos: apoiar a cabeça um pouco acima da testa (cujo ponto de apoio no solo 
faça um triângulo com os apoios das mãos); subir o quadril e, quando estiverem por cima 
dos apoios, subir os membros inferiores para a vertical; to nicidade, membros inferiores e 
pés bem estendido. 
Erros a evitar: subir os membros superiores cedo demais, antes da elevação dos quadris; 
deixar a cabeça muito longe ou próxima demais das mãos; não contrair o corpo em toda a 
execução. 
SAIBA MAIS 
Os elementos que exigem inversão de eixo ou contato da cabeça com o solo devem receber 
atenção redobrada. Por isso, sempre faça os auxílios e esteja em contato direto com os 
alunos. 
Fonte: os autores. 
Parada de Mãos (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A parada de mãos é um elemento estático em que o executante fica na posição invertida, 
sustentando todo o corpo estendido sobre as mãos e os braços estendidos. Ele é conhecido 
popularmente como “bananeira”. Para a sua execução, o aluno deverá estender os braços 
na linha dos ombros, colocar as mãos no chão e lançar as pernas para cima, de maneira que 
o corpo fique na posição invertida, sendo sustentado pelos braços. Na iniciação, é 
importante que o aluno aprenda a fazer o lançamento das pernas, primeiro lançando-as e 
dando “pedaladas no ar”, depois tentando bater palmas com os pés. Ao sentir-se seguro, 
poderá fazer a parada de mãos com o auxílio do(a) professor(a) (que deverá segurar no 
quadril), ou realizar o movimento usando a parede como apoio. 
Aspectos técnicos: mãos no solo na largura dos ombros, dedos afastados e virados para 
frente; cabeça com o olhar dirigido para frente; membro superiores em extensão completa 
(ombros encaixados) pernas estendidas com o corpo em completo alinhamento e tonicidade. 
Erros a evitar: não apoiar as mãos viradas para frente; flexionar a cabeça (queixo ao peito); 
não fazer alinhamento dos seguimentos corporais; não efetuar a contração em todos os 
grupos musculares (tonicidade), especialmente nos glúteos e nos pés (devem posicionar-se 
em flexão plantar máxima). 
ACROBACIAS DE SOLO 
Olá, prezado(a) aluno(a)! Nesse tópico, aprenderemos alguns elementos que apresentam um 
grau de dificuldade um pouco maior do que os anteriores, uma vez que a partir de agora 
alguns deles serão a junção ou adaptação de um movimento básico que aprendemos no 
tópico anterior. Por isso é muito importante que, ao trabalhar com esses movimentos que 
conheceremos a partir de agora, o aluno já tenha uma vivência e um conhecimento prévio 
dos movimentos básicos que vimos no tópico I. Além disso, é importante que o aluno também 
já tenha desenvolvido algumas habilidades como força, coordenação e flexibilidade para a 
execução de alguns desses movimentos. 
Parada de Mãos com Rolamento para frente (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A parada de mão com rolamento tem início com a entrada do executante na parada de mão, 
conforme descrito anteriormente. É importante que, para que o aluno execute a parada com 
rolamento, ele já tenha domínio e controle sobre a parada de mãos. Para a execução em 
posição de parada de mãos, o aluno deverá colocar o queixo no peito e ir flexionando os 
braços de maneira que tenha uma condução das costas (escápulas) em contato com o solo. 
À partir desse contato, os membros inferiores (joelhos e pernas) são flexionados e trazidos 
junto ao peito, de forma semelhante ao rolamento grupado. O executante deverá finalizar o 
rolamento sobre os pés da mesma maneira que se finaliza o rolamento grupado para frente. 
Aspectos técnicos: flexão controlada dos membros superiores na fase do rolamento; 
encaixe do queixo no peito ao início da flexão dos braços; arredondar as costas para melhor 
descida do rolamento no solo. 
Erros a evitar: fazer uma queda descontrolada na fase do rolamento (queixo não está junto 
ao peito); costas pouco arredondadas, o que leva a bater no solo por descer na vertical em 
vez de ligeiramente para frente; não coordenar flexão dos braços com aproximação dos 
membros inferiores e o tronco. 
Não passar dos elementos mais simples para os mais complexossem que os primeiros 
estejam perfeitamente assimilados (não queimar etapas de aprendizagem) (Carlos Araújo). 
Oitava (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A oitava é um movimento que exige bastante força dos executantes, principalmente dos 
membros inferiores, uma vez que ele junta dois movimentos: o rolamento para trás carpado 
e a parada de mãos. Sua execução inicia-se de forma semelhante ao rolamento para trás 
carpado, e no momento que for passar a cabeça pelo solo o aluno deverá fazer um impulso 
com as mãos e braços de forma que consiga ficar na posição de parada de mãos (apoio 
invertido). 
Aspectos técnicos: fase inicial com extensão completa dos membros inferiores e com os 
membros superiores no prolongamento do corpo; flexionar o tronco para frente para ajudar 
a descer/sentar; abertura enérgica dos membros inferiores em relação ao tronco para 
facilitar a subida para a parada de mãos; repulsão forte dos membros superiores no solo em 
coordenação com a abertura do corpo; encaixe dos ombros para facilitar o equilíbrio do 
apoio invertido; tonicidade geral. 
Erros a evitar: abertura demasiada, “cedo” ou “tarde” demais; descoordenação temporal 
entre a repulsão de membros superiores e a abertura de membros inferiores sobre o tronco; 
falta de tonicidade geral; falta de equilíbrio no apoio invertido. Ponte (GA, Gacro, GPT, 
Atividades Circenses) 
A ponte é um elemento que demonstra flexibilidade. O aluno iniciante deve começar na 
posição deitado, com as pernas flexionadas e os pés apoiado no solo. As mãos são apoiadas 
no solo de forma invertida ao lado das orelhas. Para se colocar na posição de ponte, os 
braços devem empurrar o chão, buscando se estender, e o quadril deve ser elevado em 
direção ao teto, formando assim um arco com a coluna. 
Para alunos mais avançados é possível iniciar na posição em pé, com os braços estendidos 
elevados acima da cabeça. Levando-se a cabeça e os braços para trás, o corpo começa a 
formar um arco até que as mãos alcancem o solo, fazendo a posição de ponte. Deve-se 
buscar estender não apenas os membros superiores, mas também os inferiores, sem mudar 
os pés de lugar. 
Aspectos técnicos importantes: membros superiores e inferiores em extensão completa; 
palmas das mãos completamente apoiadas no solo; elevação significativa dos quadris; 
empurrar com os pés tentando estender completamente os membros inferiores e forçar com 
isso a colocação dos ombros numa linha perpendicular ao apoio das mãos no solo. 
Erros a evitar: membros superiores e/ou inferiores flexionados; flexão da cabeça (queixo ao 
peito); palmas das mãos não apoiam completamente no solo; quadris pouco elevados; pés 
muito longe das mãos. 
Reversão para Frente ou Arco para Frente (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
O início deste movimento é na posição de pé com os membros superiores estendidos acima 
da cabeça. Deve-se dar um passo à frente e depois flexionar o tronco de forma a apoiar as 
mãos no solo. A perna de trás eleva-se e a perna da frente impulsiona a elevação do quadril, 
fazendo com que o único apoio seja as mãos. Os membros inferiores devem se manter 
afastados (afastamento ântero-posterior). Um dos pés, então, deverá tocar o solo (colocando 
o corpo em posição de ponte, apenas com um pé no chão). O peso do corpo deve ser 
projetado para os quadris, liberando as mãos e permitindo que o tronco se eleve, voltando à 
posição de pé. 
Aspectos técnicos importantes: apoiar as mãos no solo, mantendo os membros superiores 
em extensão completa; é importante não perder o ritmo do movimento (uma parada no meio 
pode significar a perda do equilíbrio e uma queda); a passagem por apoio invertido deve ser 
feita com os membros inferiores bem afastados (em espacato); na fase final (ao retomar a 
posição de pé), não deverá deixar a cabeça para trás, nem baixar imediatamente os 
membros superiores (por questões não só de equilíbrio, mas também de estética). 
Erros a evitar: flexionar os membros inferiores no apoio; falta de amplitude no afastamento 
dos membros inferiores na passagem pela vertical; falta de impulsão de membros superiores 
na fase final, o que impedirá de alcançar a posição de pé em equilíbrio. 
A ginástica nos últimos anos tem se caracterizado pela execução de movimentos precisos 
e com grande rigor técnico, o que dá a sensação para os leigos de que é tudo muito fácil. 
(Carlos Araújo). 
Reversão para Trás ou Arco para Trás (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
A reversão para trás inicia-se na posição de pé. Uma das pernas fica posicionada à frente, 
porém sem apoiar no solo, e os membros superiores devem estar estendidos acima da 
cabeça. O início do movimento acontece com a elevação da perna que está à frente e, logo 
em seguida, os braços e a cabeça são levados para trás iniciando a flexão do tronco. As 
mãos irão apoiar-se no solo e o quadril e as pernas serão elevados. As pernas devem se 
manter afastadas e estendidas (afastamento anteroposterior) durante a passagem pelo 
apoio das mãos. Em seguida, um dos pés será apoiado no solo e o tronco e os membros 
inferiores se elevarão, retornando à posição em pé. 
Aspectos técnicos importantes: elevar um membro inferior antes de iniciar a flexão do 
tronco para trás; olhar em frente; passar pelo apoio invertido com membros inferiores bem 
afastados; impulsionar-se fortemente no solo com as mãos na passagem (impulsão de 
membros superiores). 
Erros a evitar: falta de flexibilidade na flexão do tronco e/ou na antepulsão de membros 
superiores; falta de tonicidade geral e/ou força dinâmica, o que resulta na perda do equilíbrio; 
falta de flexibilidade no afastamento anteroposterior de membros inferiores; troca dos 
membros inferiores na passagem por apoio invertido. 
 
Flick-Flack (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses) 
O flick-flack é um movimento que chama bastante atenção pela sua característica de 
execução. Para que ele seja feito, o executante precisa ter força, coordenação e controle 
corporal. O movimento se dá a partir de um impulso realizado com os dois pés, mediante 
uma pequena flexão das pernas. Ao realizar este impulso para trás, o executante deverá 
colocar as mãos no solo (de forma rápida e passageira) para já finalizar na posição de pé. 
Aspectos técnicos: ligeira inclinação do corpo para trás no momento do salto e da ação dos 
membros superiores (procurar um pequeno desequilíbrio antes de saltar); ação dos membros 
superiores no sentido de antepulsão deve ser muito rápida e enérgica; impulsão completa 
dos membros inferiores que ficam em extensão durante o restante do salto; elevar 
ligeiramente a cabeça, mas não fazer uma extensão completa para trás; colocar os quadris 
para frente na fase de voo (posição de retroversão que ajuda a “selar” o corpo); procurar o 
solo com as mãos viradas para frente e fazer recepção sem flexionar os membros superiores. 
Erros a evitar: iniciar o salto com os membros inferiores demasiadamente flexionados; 
iniciar o salto sem desequilíbrio para trás; velocidade insuficiente dos membros superiores 
no lançamento (o que se traduz na transferência de pouca energia cinética ao resto do 
corpo); angular na fase de voo (encolher-se); flexionar os membros superiores na chegada 
ao solo. 
esta unidade estudamos a modalidade de Ginástica Acrobática, seu processo histórico e 
suas características a partir dos participantes e das diferentes formas em que podemos 
construir diferentes figuras acrobáticas. Abordamos os elementos técnicos de movimentos 
gímnicos que são realizados no solo e que são comuns às diferentes modalidades ginásticas. 
Foi possível aprender diferentes movimentos, os quais muitas vezes víamos na televisão em 
apresentações de Ginástica e não conhecíamos, bem como movimentos que muitas vezes 
conhecíamos mas não sabíamos como ensinar ou executar da maneira correta e de forma 
segura. 
Lembre-se sempre que a nossa proposta de trabalho coma Ginástica na Escola não é a de 
que os alunos se tornem atletas e executem os movimentos mais perfeitos, com um nível 
técnico de dar inveja, mas que eles aprendam esses movimentos para que se desenvolvam 
corporalmente, socialmente e psicologicamente, vencendo seus obstáculos e superando 
suas limitações. Nosso trabalho como professor(a) é fazer com que os alunos pratiquem 
ginástica, conheçam a modalidade e possam desfrutar de todos os benefícios que essa 
prática pode proporcionar. 
Por meio dessa unidade, conhecemos os aspectos técnicos e pedagógicos de diversos 
movimentos ginásticos, movimentos que dão bases para inúmeras variações que surgirão 
com o tempo, prática e pesquisa. Você, futuro(a) professor(a), deve sempre buscar 
atualizações para que consiga trabalhar com a modalidade de forma segura, e, caso surjam 
dúvidas, recorra a esse material ou a referenciais que o(a) ajudem a ensinar de uma maneira 
que contemple as necessidades de sua turma na escola. 
Não esqueça que sua turma será diversificada com alunos que muitas vezes aprenderão num 
primeiro momento e outros que demorarão ou pouco mais para aprender. Por isso, busque 
sempre observar e permitir que os alunos se desenvolvam cada um no seu tempo, de maneira 
que todos fiquem satisfeitos por aprenderem a fazer ginástica de uma maneira saudável e 
prazerosa. 
LEITURA 
A GACRO tem três princípios fundamentais que a caracterizam: a formação de figuras ou 
pirâmides humanas; a execução de acrobacias, elementos de força, flexibilidade e equilíbrio 
para transitar de uma figura à outra; a execução de elementos de dança, saltos e piruetas 
ginásticas como componente coreográfico. 
A diferença entre praticar a GACRO e outras modalidades gímnicas está no fato de as 
propostas estarem mais voltadas aos trabalhos entre os grupos de ginastas do que em 
performance com aparelhos, embora existam muitos elementos em comum, como o tumbling 
(sequência de exercícios acrobáticos), a força, a flexibilidade, o equilíbrio e a presença de 
uma coreografia (CRILEY, 1984; BOELSEMS, 1982; NISSEN, 1991). 
A GACRO necessita de poucos materiais e tem baixo custo, se comparada às demais 
modalidades ginásticas (ALMEIDA, 1994; CRILEY, 1984; NISSEN, 1991). Em situações 
competitivas, são utilizados somente o tablado e os colchões de segurança ou de 
lançamento; nos treinamentos, colchões simples, cintos de auxílio, pedestais, medicine 
balls e simuladores de parceiros, além de materiais de apoio como plintos, espaldares, 
cavalos, entre outros. Outro diferencial é que a modalidade pode ser desenvolvida com 
ginastas de diferentes estruturas físicas. Esta característica particular permite a 
longevidade da participação esportiva e pode desencorajar a especialização precoce que, 
não raras vezes, ocorre em certas modalidades esportivas. 
Quanto aos seus benefícios, os praticantes desta modalidade podem ser favorecidos pela 
aquisição de noções espaço-temporais, da esquematização corporal, do controle motor, da 
flexibilidade, da coordenação estática, da coordenação coletiva, do equilíbrio, da força e da 
resistência muscular localizada, da cooperação, da autonomia, do prazer e da autoconfiança 
(ALMEIDA, 1994; ASTOR, 1954). Além disso, experiências corporais valiosas e 
enriquecedoras para a cultura corporal do homem são conseguidas por meio da prática das 
atividades ginásticas (LEGUET, 1987; SOARES, 1998; SOUZA, 1997; GALLAHUE; OZMUN, 
2005). Nissen (1991, p. 36-37) aponta vinte vantagens da GACRO com relação às demais 
modalidades ginásticas competitivas. As mais relevantes estão explanadas a seguir: * 
Idade: não há limite de idade e muitos atletas de alto rendimento têm sua carreira estendida 
até os 30 anos. 
* Peso corporal e biótipo: não há pressão para manter o peso baixo, pois os bases, atletas 
que sustentam as pirâmides, podem ter um peso corporal maior. Além disso, não há um 
padrão de corpo (biótipo) exigido, o que torna a carreira em GACRO mais longa. 
Cooperação: por ser uma modalidade realizada em grupos e necessitar de interação entre 
os participantes, a rivalidade pessoal é diminuída. 
Sociabilização: não há divisão entre sexos nos treinamentos. Sendo assim, a co-educação 
diminui os preconceitos de gêneros e de diferenças individuais. 
Sincronismo: por todas as provas serem realizadas em duas ou mais pessoas, a preocupação 
com o sincronismo das ações é frequente, melhorando o trabalho em equipe. 
Atratividade dos espectadores e da mídia: devido ao trabalho de grupos, maiores alturas, 
variedades de movimentos e posições são demonstradas, atraindo os espectadores e, 
consequentemente, a mídia. 
Oportunidades: por ser uma modalidade jovem, o mercado ainda não está saturado e chegar 
ao alto nível parece ser mais acessível. Além disso, o mercado de trabalho para técnicos, 
árbitros e dirigentes está em expansão. 
Ambientes: por não necessitar de aparelhagem, apenas dos parceiros, a GACRO pode ser 
praticada em praias e gramados, por exemplo. Imagem: não há o preconceito social de que 
não é uma atividade para homens e muitos deles se fascinam pela ideia de levantar meninas 
ao invés de pesos. 
* Programas: muitos ginastas aposentados de outras modalidades podem ser inseridos no 
programa de GACRO, ampliando as possibilidades para clubes, escolas e associações. 
* Equipes: o número de participantes das equipes é grande (13 atletas), ampliando as 
possibilidades para os ginastas. 
Por estes fatores, a Ginástica Acrobática tem se legitimado como uma modalidade esportiva 
relevante para o universo ginástico e esportivo, preenchendo algumas lacunas importantes, 
deixadas por outras modalidades Binásticas competitivas. 
Além disso, alguns autores apontam as contribuições da GACRO para a dança e para as 
líderes de torcida, mais presentes na cultura americana (DOUGLAS, 1982; FRIEND, 1990b). 
Acrescentamos ainda as contribuições para as outras modalidades ginásticas, 
especialmente para a Ginástica para todos e para a Ginástica Aeróbica. 
Fonte: Merida, Nista-Piccolo e Merida (2008, p. 160-162). 
Por meio da leitura desse trecho retirado do artigo “Redescobrindo a ginástica acrobática", 
podemos observar que os autores nos indicam os pontos positivos para o desenvolvimento 
da modalidade Ginástica Acrobática, valorizando-a como uma prática ginástica que deve ser 
promovida e disseminada nos diferentes espaços. 194) & a material complementar 
Fundamentos Básicos da ginástica acrobática competitiva Jorge Sergio Perez-Gallardo e 
Lucio Henrique Rezende Azevedo. EDITORA: Autores Associados ANO: 2007 
SINOPSE: A Ginástica Acrobática, derivada de manifestações artísticas de culturas 
asiáticas, é uma das mais antigas práticas esportivas, que com o passar dos anos se foi 
transformando numa modalidade esportiva de grande impacto e aceitação no âmbito 
mundial. Na obra encontram-se todas as metodologias para a aquisição das formas básicas 
da Ginástica Acrobática, com fundamentos teóricos necessários para iniciar esta 
modalidade de forma competitiva ou como base para as modalidades artísticas que se 
utilizam de acrobacias, tais como o circo, a ginástica geral e a dança. Esta obra está 
destinada a professores de Educação Física que atuam no âmbito escolar e em academias, 
interessados no desenvolvimento da Ginástica Acrobática tanto no meio educativo quanto 
na prática esportiva. 
material complementar 
Manual de ajudas em ginástica 
Carlos Araújo 
EDITORA: Fontoura 
ANO: 2012 
SINOPSE: Este livro aborda as ajudas em Ginástica, com foco na Ginástica Artística, 
passando por diferentes aparelhos (solo, saltos de cavalo, barra fixa e paralelas 
assimétricas, cavalo com alças, argolas, paralelas e trave). Há também um capítulo final 
com exercícios para preparação física (flexibilidade, força e velocidade). Cada ficha está 
estruturada conjugando texto com ilustrações e sempre apresenta os aspectos técnicos 
mais importantes,os erros mais frequentes, as ações motoras predominantes, a ajuda e 
várias situações de aprendizagem. 
ARAÚJO, C. Manual de ajudas em ginástica. 2. ed. Jundiaí-SP: Fontoura, 2012 GALLARDO, J. 
S. P; AZEVEDO, L. H. R. Fundamentos Básicos da Ginástica Acrobática Competitiva. 
Campinas-SP: Autores Associados, 2007. 
MERIDA, E; NISTA-PICCOLO, V. L.; MERIDA, M. Redescobrindo a ginástica acrobática. 
Revista Movimento, Porto Alegre, v. 14, n. 2, p. 155-180, maio/ago. 2008. 
' Em: . Acesso em: 10 de jul. de 2016. ? Em: . Acesso em: 0 de jul. de 2016. B. BC ADE. D. B. 
Prof. Dr. Antonio Carlos Monteiro de Miranda Prof.º. Me. Fernanda Soares Nakashima

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