Muitas modalidades esportivas já foram adaptadas para os indivíduos que utilizam cadeiras de rodas para se locomover. Algumas delas tornaram-se paralímpicas e são disputadas por seleções do mundo todo. O Comitê Paralímpico brasileiro compilou informações sobre as seleções de atletismo, basquete, bocha, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, vela, remo, natação, dentre outras.
Uma das inúmeras características da prática das modalidades esportivas paraolímpicas é a presença de atletas deambulantes ou cadeirantes. Assim, nas modalidades que utilizam a cadeira de rodas, o treinamento físico do atleta deve apresentar ao menos um direcionamento que contemple a musculatura envolvida na impulsão da cadeira, essencial para que o deslocamento da cadeira de rodas ocorra.
Após essa análise minuciosa do principal complexo articular envolvido e dos respectivos músculos, descreva a lógica do treinamento físico a fim de iniciar o fortalecimento muscular para essa cadeia muscular ativa e intrincada na ação proposta.
Ed
semana passada
Para iniciar o fortalecimento muscular da cadeia muscular envolvida na impulsão da cadeira de rodas, é importante seguir uma lógica de treinamento que contemple os seguintes passos: 1. Avaliação Inicial: Realizar uma avaliação física para identificar a força, a flexibilidade e a resistência dos músculos envolvidos na impulsão. 2. Foco nos Músculos Principais: Concentrar-se nos músculos do tronco, ombros, braços e parte superior das costas, que são essenciais para a propulsão da cadeira de rodas. 3. Exercícios de Fortalecimento: Incluir exercícios específicos, como: - Flexões de braço (para fortalecer os músculos do peitoral e tríceps). - Remadas (para trabalhar as costas e bíceps). - Exercícios de core (para estabilizar o tronco). 4. Treinamento Funcional: Incorporar movimentos que simulem a ação de impulsão da cadeira, como exercícios com faixas elásticas ou pesos. 5. Progressão Gradual: Aumentar a intensidade e a complexidade dos exercícios conforme o atleta ganha força e resistência. 6. Treinamento Aeróbico: Incluir atividades que melhorem a resistência cardiovascular, como o uso de bicicletas adaptadas ou treinos de cadeira de rodas. 7. Recuperação e Alongamento: Garantir que haja tempo para recuperação e incluir alongamentos para evitar lesões e melhorar a flexibilidade. 8. Monitoramento e Ajustes: Avaliar continuamente o progresso e ajustar o programa de treinamento conforme necessário. Seguindo essa lógica, o atleta poderá desenvolver a força necessária para a impulsão eficiente da cadeira de rodas, melhorando seu desempenho nas modalidades esportivas.
Bruno Carvalho
semana passada
Padrão de resposta esperado
O novo atleta precisa desenvolver habilidades para impulsionar a cadeira de rodas. A propulsão de uma cadeira de rodas depende da ação da musculatura de seus membros superiores e requer a organização de movimentos durante o treinamento e o aprendizado. A maior parte da força é gerada nos músculos do complexo articular dos ombros e transferida para a extremidade distal. A fase de impulso é controlada pela função dos músculos flexores da articulação glenoumeral (deltoide anterior e peitoral maior) e os rotadores externos (supraespinhoso e infraespinhoso). Na fase de recuperação, o controle é realizado pelo músculo extensor (deltoide posterior), pelos abdutores (deltoide medial e supraespinhoso), pelo rotador interno (subescapular) e pelo músculo retrator da escapula (trapézio medial).
Para o fortalecimento dessas cadeias musculares, é possível realizar treinamentos físicos funcionais baseados em cadeias musculares, tais como: exercícios de transferências com diversos níveis de dificuldades e alturas variadas, controle de velocidade para mover a cadeira de rodas e uso de rampas. Esse treinamento, além de preparar para o gesto esportivo, confere funcionalidade e independência em sua vida diária. O fortalecimento da musculatura remanescente deve ser prescrito levando em consideração os critérios relacionados ao tipo (via metabólica solicitada), à frequência, à intensidade, ao tempo e à progressão do treinamento associados às características individuais do atleta.