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Diagnóstico Fisioterapêutico na UTI
Chapter · January 2015
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Bruno Martinez
Universidade Federal da Bahia
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https://www.researchgate.net/profile/Bruno_Martinez3?enrichId=rgreq-b2ec1355cf0b2ffcd583af780a822430-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI3NjAyODAzOTtBUzo3NTEwMDQyOTUzNzY4OTlAMTU1NjA2NDc4NTk3OA%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf
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 ■ Introdução
O diagnóstico fisioterapêutico pode ser definido como o processo de registro das impressões 
relacionadas aos distúrbios do movimento e de seus fatores causais, relacionados aos sistemas 
mental, cardiovascular, respiratório e neuromioarticular. Neste sentido, é necessário que o 
fisioterapeuta realize avaliação qualitativa e quantitativa das funções e estruturas corporais 
relacionadas ao movimento, das limitações de atividades e das restrições à participação social, bem 
como dos fatores pessoais e ambientais, que podem estar alterados pelas diversas modificações 
do estado de saúde, principalmente nas unidades de terapia intensiva (UTIs).1-4
O fisioterapeuta, segundo o seu código de ética profissional, está habilitado a realizar esse 
procedimento, visando a identificar os efeitos da doença sobre os diversos sistemas do movimento, 
principalmente na UTI.5 A partir do conhecimento das alterações funcionais, ele será capaz de 
traçar os objetivos terapêuticos, além de prescrever o plano de tratamento, avaliando as respostas 
às condutas a curto, médio e longo prazos.
Alguns fatores, como a influência do modelo médico, focado apenas na doença, e o tecnicismo 
dificultam a realização do diagnóstico fisioterapêutico, levando-o a se preocupar mais com 
a execução da técnica fisioterapêutica do que com a compreensão dos fatores causais e do 
momento no qual a mesma deve ser realizada.3
Bruno PrAtA MArtInEZ
dIAGnÓStICo FISIotErAPÊutICo 
nA unIdAdE dE tErAPIA 
IntEnSIVA
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 ■ oBjEtIVoS
Ao final da leitura deste artigo, o leitor deverá ser capaz de:
 ■ compreender o diagnóstico fisioterapêutico e sua aplicação a partir dos conceitos de 
funcionalidade e de incapacidade, relacionados aos sistemas do movimento no contexto da 
UTI;
 ■ reconhecer algumas deficiências dos sistemas mental, cardiovascular, respiratório e 
neuromioarticular relevantes para o fisioterapeuta na UTI;
 ■ identificar os instrumentos de avaliação utilizados na UTI a partir do conceito de funcionalidade 
e incapacidade;
 ■ elaborar o diagnóstico fisioterapêutico na UTI.
 ■ ESquEMA ConCEItuAl
Conclusão
Caso clínico
Restrição à participação social
Escalas para avaliação das 
defi ciências da função mental
Avaliação da função respiratória
Avaliação da função 
neuromioarticular
Instrumentos de avaliação 
das defi ciências na função 
cardiovascular
Instrumentos para avaliação das 
limitações para realização de 
atividades
Diagnóstico fi sioterapêutico
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 ■ dIAGnÓStICo FISIotErAPÊutICo
Como o principal objetivo do fisioterapeuta é avaliar o impacto que as alterações 
do estado de saúde e a inatividade exercem sobre os sistemas responsáveis pelo 
movimento humano, o diagnóstico pode ser baseado nos conceitos da Classificação 
Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), publicada pela 
Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2001.6 
lEMBrAr
Essa classificação define domínios necessários para elaboração do diagnóstico, que englobam 
os seguintes termos:
 ■ funcionalidade: estruturas e funções do corpo, atividades e participação social;
 ■ incapacidade: deficiência, limitação de atividade e restrição à participação social.
Algumas definições da CIF, referentes aos seus domínios, encontram-se descritas no Quadro 1, 
a seguir.
quadro 1
ConCEItoS dA ClASSIFICAção IntErnACIonAl dA 
FunCIonAlIdAdE, InCAPACIdAdE E SAÚdE
domínios Definição
Funções do 
corpo
Funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as funções psicológicas), ou seja, 
refere-se a como cada sistema executa seus objetivos. Exemplo: a função do sistema 
cardiovascular é bombear sangue para os diversos tecidos do corpo; porém, para isso, 
é necessário que existam estruturas anatômicas preservadas, como coração e vasos
Estruturas do 
corpo Partes anatômicas do corpo, como órgãos, membros e seus componentes
Atividade Execução das diversas tarefas ou ações pelo indivíduo no seu dia a dia
Participação 
social Envolvimento que o indivíduo pode ter com as diversas situações da vida real
Deficiência
Toda a alteração das funções e estruturas do corpo. Exemplo: o indivíduo que tem 
miocardiopatia chagásica dilatada terá deficiência de estrutura (coração com anatomia 
modificada) e de função (débito cardíaco reduzido)
Limitação de 
atividade
Problemas que o indivíduo apresenta na execução de suas atividades. Exemplo: 
um indivíduo paraplégico tem limitação para andar;porém, pode locomover-se com 
dispositivos auxiliares, como cadeira de rodas
Restrição de 
participação
Problemas que o indivíduo pode enfrentar nas situações da vida real. Exemplo: um 
indivíduo com hemiplegia poderá ter restrição para participação social de ir à igreja de 
forma independente
Esses domínios têm como objetivo descrever a saúde e os estados de saúde alterados pelas 
diversas doenças e por condições relacionadas como a inatividade. A CIF engloba todas as 
estruturas e funções corporais, não se restringindo apenas aos aspectos relacionados ao 
movimento humano. Por isso, é um instrumento utilizado por todos os profissionais de saúde, 
diferentemente da Classificação Internacional da Doença (CID), utilizada apenas pelo médico para 
classificação das doenças.
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A avaliação da funcionalidade serve para que exista uma linguagem comum em todo 
o mundo, no intuito de descrever o impacto que as diversas doenças ou alterações do 
estado de saúde promovem nas funções e estruturas do corpo, no desempenho de 
atividades e na participação social.6
A partir das definições dos domínios que englobam a funcionalidade e a incapacidade, o 
fisioterapeuta poderá utilizar os diversos instrumentos de avaliação dos sistemas que influenciam 
o movimento humano para a construção do diagnóstico fisioterapêutico na UTI. Do ponto de vista 
epidemiológico, é importante que o fisioterapeuta compreenda a história natural da doença e 
suas alterações dos sistemas relacionados ao movimento, para que, a partir disso, possa 
propor condutas visando ao tratamento destes distúrbios cinético-funcionais, os quais são muito 
frequentes na UTI.
Desta forma, o fisioterapeuta primeiramente terá de identificar as alterações da função mental, 
cardiovascular, respiratória e neuromioarticular, promovidas por alterações do estado de 
saúde (doenças ou distúrbios, traumas e imobilidade), e o impacto dessas deficiências na limitação 
da execução de atividades e na restrição à participação social (Figura 1).
História clínica e diagnóstico 
médico de admissão
Diagnóstico 
fi sioterapêutico
Plano de tratamento
Objetivo do tratamento:
- Minimização da perda
- Manutenção das funções e atividades
- Aumento das funções e atividades
Trabalho da função de forma isolada
Exemplo: treinamento muscular 
respiratório
Medidas de resultado
Trabalho das funções dentro da atividade
Exemplo: treino de sentar e levantar
Estratégia de tratamento e 
escolha das técnicas
Prognóstico de duração do tratamento 
(número de sessões diárias)
Tratamento
Fatores ambientais 
e pessoais
Exame das limitações de 
atividade na UTI
Nível de atividade e participação 
social prévio
Exame das funções mental, 
cardiovascular, respiratória e 
neuromioarticular
Figura 1 – Fluxograma de elaboração do diagnóstico fisioterapêutico baseado nos conceitos da CIF.
Fonte: Arquivo de imagens do autor. 
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ESCAlAS PArA AVAlIAção dAS dEFICIÊnCIAS dA Função MEntAl 
A função mental pode ser entendida como as funções do cérebro nas quais se destacam as 
globais (consciência, energia e impulso) e as específicas (memória, linguagem e cálculo).6
A avaliação do nível de consciência e orientação do paciente é de suma importância 
para o fisioterapeuta, pois muitas condutas dependem da participação do paciente. 
Pacientes não colaborativos ou aqueles que não estabelecem contato necessitam de 
condutas específicas, não dependentes da sua colaboração. Já aqueles indivíduos com 
problemas de depressão, ansiedade, demência e prejuízo cognitivo também requerem 
atenção especial e tratamento específico, a fim de que se obtenham os resultados 
desejados.
Nas UTIs, o uso de algumas medicações também pode afetar a função mental. Os medicamentos 
sedativos são muito utilizados em pacientes críticos; entretanto, sabe-se que a sedação, apesar 
de seus benefícios, também apresenta associação com o aumento da morbidade e mortalidade, 
quando utilizada de forma excessiva.7 Por isso, nas UTIs, a retirada diária da sedação é uma 
conduta preconizada, devendo ser adotada rotineiramente pela equipe multiprofissional.8 
Para que o nível de sedação seja mantido em um grau de segurança, oferecendo o mínimo de 
efeitos deletérios para o paciente, devem ser utilizadas escalas que avaliem o nível de sedação. 
Essas escalas permitem que a sedação seja ajustada para que o paciente se mantenha o mais 
acordado possível, sem agitação e/ou exposição a riscos. As principais escalas de sedação são a 
de ramsay9 e a escala de sedação e agitação de richmond (rASS).10
Alguns protocolos para recuperação funcional e cognitiva são estratificados de acordo com a 
classificação na escala de RASS,11 que é mais completa em relação à de Ramsay, pois caracteriza 
melhor os pacientes agitados e, até mesmo, os sedados.
Para os pacientes acordados e que apresentam quadros de agitação, devem ser 
utilizados instrumentos para identificação de delirium, destacando-se o Confusion 
Assessment Method for the Intensive Care Unit (CAM-ICU).12 A presença de delirium 
é um dado importante para a equipe de saúde, pois esse distúrbio está associado a 
desfechos negativos durante a internação hospitalar, sendo a mobilização uma das 
formas de tratamento não farmacológico.
Em pacientes com redução do nível de consciência, na ausência de sedativos e 
com história clínica de disfunções do sistema nervoso central, a escala de coma 
de Glasgow é o instrumento mais aplicado. Além de informar sobre a evolução do 
quadro neurológico, essa escala permite ao fisioterapeuta auxiliar no direcionamento 
do plano terapêutico, além de captar respostas neurológicas às técnicas de 
mobilização.13 
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InStruMEntoS dE AVAlIAção dAS dEFICIÊnCIAS nA Função CArdIoVASCulAr
A função cardiovascular é a capacidade de o sistema cardiovascular suprir as 
necessidades metabólicas dos tecidos e órgãos, evitando o desequilíbrio entre 
oferta e consumo de oxigênio. Situações em que o consumo é superior à oferta de 
oxigênio expõem o paciente à anaerobiose, com risco de morte se não revertida.13 
As alterações da função cardiovascular ocorrem com o aumento do consumo de oxigênio pelos 
diversos tecidos corporais e/ou pela redução da oferta de oxigênio aos tecidos.14 A redução na 
oferta de oxigênio aos tecidos pode ser proveniente da redução do débito cardíaco para os tecidos 
corporais e do conteúdo arterial de oxigênio (CaO2).
A redução do débito cardíaco pode ser originada de doenças no músculo cardíaco, como 
miocardiopatias, quadros de choque cardiogênico, como no edema agudo de pulmão, e da redução 
da aptidão cardiorrespiratória, causada pela imobilidade prolongada. Dentre os problemas que 
afetam a oferta de fluxo sanguíneo para os tecidos, o tromboembolismo arterial e o aumento 
da resistência vascular periférica por uso de drogas vasoativas são alguns dos principais 
exemplos.
Como causas da diminuição do CaO2 destacam-se as reduções na quantidade de hemoglobina, 
como nas anemias, e da pressão parcial de oxigênio arterial (hipoxemia). 
Como desencadeadores do aumento do consumo de oxigênio corporal podem ser incluídos o 
exercício físico e os quadros de infecção sistêmica13,14 (Figura 2).
DO2 (Oferta de O2)
VO2 (Consumo de O2) Extração tecidual
Volume sistólico
Frequência cardíaca
Hemoglobina
SatO2
PaO2
Débito 
cardíaco
Diferença arteriovenosa 
(CaO2-CvO2)
CaO2
Figura 2 – Fluxograma da função cardiovascular, baseado na oferta e no consumo de oxigênio.
Fonte: Adaptada de McArdle e colaboradores (2008).14
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Cabe ao fisioterapeuta identificar quais são as alterações presentes na função cardiovascular e 
quais são as suas causas, para posterior elaboração do tratamento específico, visando:
 ■ à melhora da aptidão cardiovascular;
 ■ ao recondicionamento muscular periférico;
 ■ à progressão do nível de funcionalidade dos doentes críticos; 
 ■ à definição da perspectiva de prognóstico.
Stiller e colaboradores descreveram a função cardiovascular como uma variável que deve ser 
mensurada para estratificação da intensidade da mobilização do doente crítico, em função de 
sua associação com a capacidade de trabalho dos músculos periféricos, cardíaco e respiratórios, 
além da influência da atividade física no consumo de oxigênio.15,16
Protocolos de mobilização que promovam aumento excessivo do consumo tissular 
de oxigênio, superior a sua oferta, desencadeiam o surgimento de acidose láctica, 
expondo os pacientes, que já apresentam baixa oferta de oxigênio, a risco. Dessa 
forma, é fundamental que, durante a elaboração do diagnóstico fisioterapêutico, seja 
relatada qual é a alteração da função cardiovascular, já que essa informação auxiliará 
no planejamento dos objetivos terapêuticos.
Os principais itens da função cardiovascular, avaliados à beira do leito, são:
 ■ pressão arterial (sistólica, diastólica e média); 
 ■ frequência cardíaca.
A pressão arterial pode ser mensurada não invasivamente, por meio da utilização conjunta do 
esfignomanômetro e do estetoscópio ou do monitor multiparamétrico e, de forma invasiva, por 
meio da introdução de um cateter no interior de uma artéria periférica.
A pressão sistólica tem relação com o débito cardíaco, diferentemente da diastólica, que tem maior 
relação com a resistência vascular periférica. Os valores de normalidade descritos para a variável 
pressão arterial estão entre 90 e 140mmHg para sistólica e 60 e 90mmHg para diastólica.
Valores de pressão sistólica maiores do que 180mmHg e de pressão arterial média 
menores do que 65 ou maiores do que 110mmHg são considerados critérios para a 
interrupção da mobilização.17
lEMBrAr
A frequência cardíaca apresenta como referência valores entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm).
Frequências cardíacas superiores a 130 ou inferiores a 40bpm e valores maiores 
do que 70% da frequência cardíaca predita para a idade, também são considerados 
critérios de interrupção da mobilização.17
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Variáveis cardiovasculares anormais durante o repouso podem ser indicativas de alteração da 
reserva cardiovascular; entretanto, a história clínica e o uso de algumas medicações também 
devem ser considerados para descrição dessa deficiência do sistema cardiovascular. Algumas 
dessas alterações de reserva cardiovascular só podem ser identificadas durante o esforço, o qual 
nem sempre é possível de se ofertar ao paciente crítico.
Algumas outras mensurações, como índice de percepção do esforço ou de dispneia aos esforços 
(IPE ou escala de Borg) e equivalente metabólico (MET), e mensurações mais específicas, como 
saturação venosa central,18 lactato sanguíneo, consumo máximo de oxigênio e concentração de 
hemoglobina, também podem ser usadas para elaborar o diagnóstico e, consequentemente, o 
plano fisioterapêutico em algumas situações.17
Existem condições clínicas em que as condutas devem ser realizadas de forma bem criteriosa, 
em virtude da instabilidade da função cardiovascular, como na fase aguda do infarto agudo do 
miocárdio. Isso se deve ao fato de que, apesar de a pressão arterial e da frequência cardíaca 
estarem dentro da faixa considerada normal, o aumento do consumo de oxigênio pode expor o 
paciente à piora do dano isquêmico miocárdico.
Uma boa comunicação entre o fisioterapeuta e o médico intensivista e a adequada 
vigilância dos parâmetros cardiovasculares são muito importantes para que exista 
segurança na implementação de condutas fisioterapêuticas em pacientes críticos com 
instabilidade na função cardiovascular.
AtIVIdAdE
1. De acordo com a CIF, qual das alternativas a seguir indica um possível problema de 
função?
A) Dificuldade para deambular longas distâncias.
B) Não conseguir se deslocar até a igreja.
C) Incapacidade para transferir-se de sentado para de pé.
D) Redução da força muscular do quadríceps.
Resposta no final do artigo
2. Por que é importante que o fisioterapeuta compreenda a história natural da doença?
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3. Quais são as funções globais e as funções específicas do cérebro?
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4. Em relação à função mental, qual das alternativas a seguir está INCORRETA?
A) O grau de sedação de um paciente influencia a determinação do plano fisioterapêutico.
B) O fisioterapeuta atua diretamente sobre as alterações na função mental.
C) A presença de delirium modifica o diagnóstico e o direcionamento do tratamento 
fisioterapêutico.
D) A escolha da escala a ser utilizada para avaliação da função mental dependerá da 
condição neurológica do indivíduo.
Resposta no final do artigo
5. Por que a retirada diária da sedação é uma conduta preconizada nas UTIs e deve 
ser adotada rotineiramente pela equipe multiprofissional?
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6. Qual é a orientação para que o nível de sedação seja mantido em um grau de 
segurança?
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7. Em que casos a escala de Glasgow costuma ser aplicada?
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8. Em relação à função cardiovascular, qual das alternativas a seguir está INCORRETA?
A) Em um paciente com choque séptico, a deficiência cardiovascular inicial é o aumento 
do consumo de oxigênio.
B) As deficiências da função cardiovascular, de forma geral, são o aumento do consumo 
de oxigênio ou a redução da oferta de oxigênio para os tecidos.
C) Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva apresentam como deficiência 
cardiovascular a redução da oferta de oxigênio por redução do débito cardíaco.
D) Pressão arterial e frequência cardíaca são as únicas variáveis capazes de descrever 
a deficiência da função cardiovascular.
Resposta no final do artigo
9. Quais são os principais exemplos de problemas que afetam a oferta de fluxo sanguíneo 
para os tecidos?
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10. Quais são os principais itens da função cardiovascular a serem avaliados à beira do 
leito?
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11. Quais são os critérios de interrupção da mobilização relacionados à pressão arterial 
e à frequência cardíaca?
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AVAlIAção dA Função rESPIrAtÓrIA
A função respiratória consiste na capacidade de o sistema respiratório transferir o oxigênio do 
ambiente para a circulação pulmonar e o gás carbônico (CO2) produzido nos tecidos da circulação 
pulmonar para o ambiente. Para isso, é necessário que exista adequada ventilação alveolar, 
difusão alveolocapilar e perfusão pulmonar.
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A ventilação alveolar depende do adequado desempenho dos músculos inspiratórios. A contração 
desses músculos é necessária para que o ar possa ser conduzido do ambiente para o interior 
dos pulmões, vencendo as forças de oposição, caracterizadas pela resistência de vias aéreas e 
elastância do sistema respiratório (Figura 3).
Função respiratória
Oferta de oxigênio
Difusão (A-a) O2
Músculo respiratório
Resistência de vias aéreas
Elastância do sistema 
pulmão-caixa torácica
Ventilação
Oxigenação
Consumo de oxigênio Demanda ventilatória VM/VO2
Figura 3 – Fluxograma da função respiratória.
Fonte: Adaptada do McArdle e colaboradores (2008).14
Apesar de a expiração basal ser passiva, a força dos músculos expiratórios é 
fundamental para promover a eliminação das secreções presentes no interior das 
vias aéreas.14,19,20
lEMBrAr
O processo de difusão dos gases depende diretamente da diferença de pressão dos gases entre 
o meio intra-alveolar e intracapilar, da área disponível para troca gasosa e da constante de difusão 
do gás, sendo inversamente proporcional à espessura da membrana alveolocapilar.14,19 
A oxigenoterapia ou técnicas de expansão pulmonar com pressão positiva, ofertadas 
aos pacientes com hipoxemia, podem favorecer a melhora da oxigenação arterial por meio do 
aumento da pressão alveolar de oxigênio (PAO2). Nas situações de aumento da espessura da 
membrana alveolocapilar, como nos casos de congestão pulmonar e edema intersticial, o uso da 
pressão positiva expiratória final (PEEP) pode contribuir para a redução dessa espessura, com 
consequente melhora da oxigenação, até que os efeitos do tratamento clínico sejam obtidos.
Durante a avaliação da função respiratória, o equivalente ventilatório, definido como o volume 
minuto necessário para suprir o consumo de oxigênio dos tecidos corporais, também merece 
destaque. Em média, o indivíduo precisa deslocar 25 litros de ar para o interior do sistema 
respiratório para que possa ser consumido 1L de oxigênio, em uma atividade com intensidade de 
aproximadamente 55% do consumo máximo de oxigênio.14
Problemas de perfusão, como tromboembolismo pulmonar, impedem que o oxigênio alveolar seja 
transferido para o capilar pulmonar, originando distúrbio da relação ventilação-perfusão, definido 
como espaço morto alveolar.
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Para identificação das alterações de função respiratória e posterior elaboração do 
diagnóstico, é necessária uma avaliação detalhada, iniciada com:
 ■ realização da anamnese para registro das queixas;
 ■ coleta da história clínica; 
 ■ identificação da presença de comorbidades.
Posteriormente, iniciam-se os exames de:
 ■ inspeção;
 ■ palpação;
 ■ percussão; 
 ■ ausculta.
A primeira aferição pode ser iniciada com a medida de oxigenação, obtida por meio da oximetria 
de pulso. Seus valores de normalidade encontram-se acima de 96%;19 entretanto, a oxigenação 
reduzida pode ter várias causas que devem ser identificadas. 
A inspeção do padrão ventilatório é um importante componente da avaliação do sistema 
respiratório, caracterizando-o como torácico, diafragmático ou misto. Essa inspeção demonstra 
se o paciente apresenta:
 ■ sinais de aumento de trabalho muscular inspiratório ou expiratório, decorrentes do aumento 
das cargas opositoras da ventilação;
 ■ problemas de oxigenação;
 ■ aumento de demanda ventilatória, decorrente da atividade física ou de condições patológicas.
A frequência respiratória (FR) deve ser sempre avaliada, e o seu valor é utilizado 
para cálculo do volume minuto (volume corrente x FR). Os valores de normalidade 
encontram-se entre 12 e 20 incursões, aceitando-se valores superiores em 
patologias crônicas, como a fibrose pulmonar.
lEMBrAr
A ausculta pulmonar permite a avaliação do som pulmonar normal (murmúrio vesicular) e dos 
ruídos adventícios. A redução ou abolição do murmúrio vesicular, além da presença de ruídos 
adventícios, aponta para a presença de problemas ventilatórios, que podem ter relação com 
alterações na pressão elástica dos pulmões e da caixa torácica ou na pressãoresistiva de vias 
aéreas.
O murmúrio vesicular reduzido na base pulmonar pode ser resultante do aumento da 
pressão elástica, em função da presença de derrame pleural. Entretanto, também pode 
ocorrer em pacientes com redução da força muscular diafragmática, como na paresia 
unilateral do nervo frênico.
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Nas situações em que exista problema de origem ventilatória, podem ser utilizados instrumentos 
objetivos para mensurar as variáveis que compõem a ventilação, como:
 ■ ventilômetro;
 ■ espirômetro;
 ■ peak flow; 
 ■ manovacuômetro.
Entre as variáveis analisadas, destacam-se:
 ■ capacidade vital lenta (CVL) ou forçada (CVF);
 ■ pressões respiratórias máximas (inspiratória – Pimáx e expiratória – Pemáx);
 ■ volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1); 
 ■ pico de fluxo expiratório (PFE).
Valores reduzidos de CVL ou CVF sugerem redução da complacência pulmonar e/ou da caixa 
torácica ou redução da força muscular inspiratória. Algumas equações predizem os valores 
normais de capacidade vital, baseando-se no peso, na altura e no sexo, servindo de base para o 
acompanhamento da evolução do quadro clínico.21
As equações preditas para a CVF de Pereira e colaboradores descrevem:
Homens = [(estatura (cm) x 0,0599] – [idade (anos) x 0,0213] – [peso (kg) x 0,0106] – 
3,748
Mulheres = [estatura (cm) x 0,0441) – [idade (anos) x 0,0189] – 2,848
A capacidade vital (CV) também pode ser avaliada da forma indireta, na ausência de ventilômetro 
ou espirômetro, por meio da contagem numérica de 1 até 20, a qual foi associada a um valor de 
CVF maior do que 20mL/kg.22 Esse ponto de corte de 20mL/kg foi descrito por especialistas com 
um parâmetro norteador para a conduta de fisioterapia respiratória, por meio de técnicas que 
aumentam a pressão alveolar, quando inferior a 20, e técnicas que reduzem a pressão pleural, 
quando superior a 20.23
A CV indireta apresentou alta sensibilidade (100%) e especificidade (71,95%) em pacientes no 
pós-operatório de cirurgia abdominal, além de valor preditivo negativo (VPN) de 100%, podendo 
ser mais um parâmetro de avaliação da função respiratória na ausência de aparelhos para 
mensuração da CVF.22
Na suspeita de fraqueza da musculatura respiratória, deve-se mensurar as pressões respiratórias 
máximas por meio do manovacuômetro, as quais apresentam equações de referência para a 
população brasileira.24 As equações preditas para as pressões respiratórias máximas descrevem:
Homens: Pimáx= -1,24 x idade + 232,37/Pemáx= -1,26 x idade + 183,31
Mulheres: Pimáx= -0,46 x idade + 74,25/Pemáx= -0,68 x idade = 119,35
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A Pimáx apresenta maior sensibilidade na identificação de fraqueza muscular inspiratória quando 
comparada à CVL ou CVF.25 Já a redução do PFE ou do VEF1 indica aumento da resistência 
e obstrução das vias aéreas. Valores de PFE inferiores a 160Lpm apontam para redução da 
eficiência da tosse e quadros obstrutivos, com indicação de utilização de dispositivos que auxiliem 
na remoção de secreção.26
Em pacientes ventilados mecanicamente, é possível medir a complacência do 
sistema respiratório (estática e dinâmica), a resistência do sistema respiratório, a 
autoPEEP, além de observar-se o comportamento dos gráficos de volume, pressão 
e fluxo em função do tempo (V x T; P x T; F x T) e das alças fluxo x volume e pressão 
x volume.
lEMBrAr
Na prática clínica, os valores de referência sugeridos para resistência de vias aéreas são aqueles 
inferiores a 5cmH2O/L/s e, para complacência pulmonar estática, entre 50 e 80mL/cmH2O. Na 
suspeita de hiperinsuflação pulmonar dinâmica, a autoPEEP tem utilidade para o diagnóstico e 
tratamento. A obtenção da pressão de platô é útil para estabelecimento da estratégia protetora em 
pacientes com suspeita de síndrome do desconforto respiratório agudo e risco de lesão pulmonar 
induzida pela ventilação mecânica. Atualmente, sugere-se a manutenção da pressão de platô 
abaixo de 28 a 30cmH2O.27,28
Em um cenário com diversos instrumentos de avaliação, o fisioterapeuta deve 
ser capaz de escolher os recursos mais apropriados para identificação precoce 
das alterações da função respiratória ou dos fatores de risco para sua ocorrência, 
visando à elaboração do diagnóstico fisioterapêutico e posterior elaboração dos 
objetivos de tratamento. Nem toda alteração funcional é reversível com o tratamento 
fisioterapêutico, tampouco toda alteração pode ser revertida de forma imediata. 
Cabe ao fisioterapeuta direcionar seus esforços e destinar seu tempo para aquelas 
condições nas quais existe viabilidade de tratamento em curto, médio e longo prazos.
lEMBrAr
AVAlIAção dA Função nEuroMIoArtICulAr
A função neuromioarticular é responsável pela realização dos diversos movimentos corporais, e 
necessita, dessa forma, de um sistema neural íntegro (via sensitiva ou aferente, controle central 
e via eferente ou motora), um músculo esquelético capaz de executar contração muscular efetiva 
e uma articulação que permita a mobilidade. Várias alterações nessa função podem ocorrer no 
ambiente de terapia intensiva, em grande, parte pela imobilidade e gravidade dos pacientes.
Dentre as principais alterações encontradas no ambiente de UTI estão a redução da força e da 
resistência da musculatura periférica e do tônus muscular, além das alterações da amplitude de 
movimento articular e déficit de equílibrio e coordenação motora. Para avaliação da força muscular 
esquelética, a modalidade mais utilizada, em virtude da sua praticidade, é o teste muscular 
manual. Seu escore varia de 0 a 5, sendo 0 a pontuação dada quando não existe contração 
muscular e 5 quando o músculo vence a gravidade contra resistência moderada.
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Apesar da excelente confiabilidade até o grau três (vence a gravidade sem 
resistência), o teste muscular manual apresenta limitações quanto à padronização 
da intensidade da resistência por parte dos avaliadores, identificação da força prévia 
do paciente e das diferenças entre a força dos diversos grupos musculares nos 
graus quatro e cinco de força muscular.
lEMBrAr
Um escore de força muscular proposto pelo Medical Research Council (escore MRC), o qual 
engloba a força de três grupos musculares dos membros superiores (abdutores do ombro, flexores 
do cotovelo e extensores do punho) e três dos membros inferiores (flexores do quadril, extensores 
do joelho e dorsiflexores do tornozelo), emprega o escore do teste muscular manual, quantificando 
bilateralmente esses seis grupos musculares, sendo sua pontuação variável entre zero e 60. Esse 
escore tem sido muito utilizado no ambiente hospitalar, apresentando utilidade na identificação da 
fraqueza muscular do doente crítico (pontuação total inferior a 48).29-31
Outra forma de mensurar a força muscular periférica é a dinamometria de preensão palmar, 
a qual avalia a força dos flexores do punho e dos dedos e tem grande associação com a força 
muscular periférica global. A confirmação da fraqueza muscular pode ser obtida quando os valores 
da força de preensão palmar são inferiores a 20Kgf em mulheres e 30Kgf em homens, sendo 
atualmente utilizado como uma das variáveis para o diagnóstico de sarcopenia.32
Valores da força de preensão palmar inferiores a 7Kgf para mulheres e 11Kgf para 
homens estão relacionados com a presença de fraqueza muscular adquirida na 
UTI.33
lEMBrAr
Em pacientes com doenças neurológicas e sinais de aumento da resistência ao manuseio passivo, 
deve-se avaliar o tônus muscular por meio da escala de Ashworth, com pontuação variável entre 
0 e 4. Valores maiores do que 0 são indicativosde hipertonia progressiva. Já para avaliação da 
amplitude de movimento articular, o método utilizado é a goniometria, embora pouco aplicada 
nas UTIs.34
É fundamental que os avaliadores sejam treinados e que as técnicas sejam padronizadas, 
reduzindo, assim, os erros sistemáticos de avaliação, os quais prejudicam a elaboração 
do protocolo fisioterapêutico.19
InStruMEntoS PArA AVAlIAção dAS lIMItAçõES PArA rEAlIZAção dE AtIVIdAdES
Entre as principais atividades que devem ser avaliadas na UTI, estão a capacidade para realização 
de transferências (decúbito dorsal no leito até a posição ortostática) e a deambulação.35 Nesse 
contexto, antes do fisioterapeuta realizar a avaliação da capacidade do indivíduo executar essas 
transferências, é necessário que ele registre as atividades executadas pelo paciente antes da 
admissão na UTI.36 A identificação da participação social prévia (prática de futebol, caminhada, 
entre outros) auxiliará no direcionamento do plano de tratamento.
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Diversos são os instrumentos que avaliam as limitações para realização de atividades. Alguns 
desses instrumentos avaliam apenas a capacidade de transferências e de deambulação, enquanto 
outros avaliam a velocidade de marcha e a distância de caminhada. 
A escala de Barthel (Quadro 2) é um dos instrumentos já utilizados para mensurar as capacidades 
de locomoção, autocuidado e transferência em pacientes críticos; entretanto, inclui algumas 
atividades difíceis de serem avaliadas durante a internação na UTI.37,38
quadro 2
PontuAção dA ESCAlA dE BArtHEl ModIFICAdA PArA dEAMBulAção
1 O paciente é totalmente dependente para deambular
2 O paciente necessita da presença constante de uma ou mais pessoas durante a deambulação
3 O paciente requer assistência de uma pessoa para alcançar ou manipular os dispositivos auxiliares
4 O paciente é independente para deambular; porém, necessita de auxílio para andar 50 metros ou supervisão em situações perigosas
5
O paciente é capaz de colocar os braces, assumir a posição ortostática, sentar e colocar os 
equipamentos na posição para uso. Pode ser capaz de usar todos os dispositivos e andar 50 metros 
sem auxílio ou supervisão
Fonte: Minosso e colaboradores (2010).39
Outra ferramenta diagnóstica empregada na UTI é a medida de independência funcional 
(MIF)36,38,40,41 (Quadro 3),,a qual apresenta domínios parecidos com os da escala de Barthel; 
porém, apresenta pontuação diferente para as diversas atividades, como a deambulação. A MIF 
talvez quantifique melhor o grau de auxílio que o paciente precisa na UTI em relação à escala de 
Barthel, já que, nesta, a pontuação máxima para a locomoção, por exemplo, equivale ao paciente 
andar 50 metros, mesmo com o uso de dispositivo assistido, diferentemente da MIF, na qual o 
mesmo seria classificado como independência modificada.
quadro 3
PontuAção dA ESCAlA dE MEdIdA dE IndEPEndÊnCIA FunCIonAl PArA 
oS dIVErSoS doMÍnIoS AVAlIAdoS, InCluIndo dEAMBulAção
1 Assistência total Necessita de assistência total ou a tarefa não é realizada. Utiliza menos de 25% do esforço necessário para realizar a tarefa
2 Assistência máxima
Utiliza menos de 50% do esforço necessário para completar a tarefa, mas não 
necessita de auxílio total
3 Assistência moderada
Necessita de assistência moderada, mais do que simplesmente tocar. Realiza 
50% do esforço necessário na tarefa
4 Assistência mínima
Necessita de assistência mínima, um simples tocar, possibilitando a execução 
da atividade. Realiza 75% do esforço necessário na tarefa
5 Supervisão
Necessita somente de supervisão, comandos verbais ou modelos para realizar 
a tarefa, sem a necessidade de contato; a ajuda é somente para preparar a 
tarefa, quando necessário
6 Independência modificada
Capaz de realizar tarefas com recursos auxiliares, necessitando de mais tempo; 
porém, as realiza de forma segura e totalmente independente
7 Independência completa
Toda tarefa que envolve uma atividade é realizada de forma segura, sem 
modificações ou recursos auxiliares, em um tempo razoável
Fonte: Riberto e colaboradores (2001).42
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Tanto a MIF quanto a escala de Barthel apresentam como inconveniente o fato de incluírem diversas 
atividades difíceis de serem avaliadas no ambiente hospitalar. Recentemente, foi validada uma 
escala aplicável a doentes hospitalizados, denominada Functional Status Score (FSS),43 que 
apresenta apenas cinco domínios, relacionados às principais atividades realizadas no ambiente 
hospitalar (rolar no leito, transferir-se do leito para sentado, manter-se sentado, transferir-se de 
sentado para de pé e deambular). Sua pontuação é semelhante à MIF (1 a 7), totalizando um 
escore mínimo de 5 e máximo de 35.
Para avaliação do desempenho durante a execução de algumas atividades, um bom instrumento 
é o Time Up and Go (TUG),41 e consiste na avaliação do tempo necessário para o indivíduo 
levantar-se de uma cadeira, andar três metros e retornar para posição sentada na mesma cadeira. 
Indivíduos normais executam essa ação em menos de 10 segundos. Os principais fatores limitantes 
dessa atividade são os problemas de força, equilíbrio e coordenação. Uma das limitações desse 
instrumento de avaliação refere-se ao fato de uma parte dos pacientes hospitalizados não serem 
capazes de realizá-lo.
A velocidade de marcha também avalia o desempenho físico, sendo considerada por alguns 
autores como o sexto sinal vital.44 Seu aspecto positivo é a fácil e rápida execução nos pacientes 
que são capazes de deambular. O ponto de corte recentemente utilizado é 0,8m/s, o qual é 
indicativo de desempenho ruim.32
Outro instrumento para avaliação do desempenho funcional é o teste de caminhada de dois ou 
seis minutos, no qual o paciente tem que deambular a maior distância possível, nos intervalos de 
tempo propostos, com a máxima velocidade tolerada de acordo com a sua capacidade. Ao final do 
intervalo de tempo, será identificada a distância máxima percorrida, a qual será comparada aos 
valores de referência.45
A escala de equilíbrio de Berg também pode ser utilizada na UTI para avaliação de algumas 
atividades, como durante a transferência da posição sentada para posição ortostática (Quadro 4).
quadro 4
doMÍnIo dA ESCAlA dE EquIlÍBrIo dE BErG – 
dA PoSIção SEntAdA PArA dE PÉ
4 Capaz de levantar-se sem utilizar as mãos e estabilizar-se independentemente
3 Capaz de levantar-se independentemente utilizando as mãos
2 Capaz de levantar-se utilizando as mãos após diversas tentativas
1 Necessita de ajuda mínima para levantar-se ou estabilizar-se
0 Necessita de ajuda moderada ou máxima para levantar-se
Fonte: Burtin e colaboradores (2009).46
O teste de caminhada de seis minutos, a escala de Berg e o TUG são indicados para a 
avaliação de pacientes com capacidade física mais elevada, diferentemente dos outros 
instrumentos, que avaliam atividades mais elementares.
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Alguns instrumentos que avaliam atividades (transferência de decúbito dorsal para sentado, 
ortostase e deambulação), como o teste de caminhada de 50 metros, podem ser utilizados para 
avaliação das respostas da função cardiovascular em pacientes com síndrome coronariana 
aguda na utI. Em estudo recente, esse teste não apresentou complicações em pacientes após 
24 horas do evento coronariano. As principais variáveis mensuradas durante o teste foram:47
 ■ pressão arterial (sistólica, diastólica e média);
 ■ duplo produto;
 ■ saturação de oxigênio no sangue (SaO2); 
 ■ IPE.
O Quadro 5, a seguir, apresenta os diversos instrumentos de avaliação dasfunções e estruturas 
corporais relacionadas ao movimento e à capacidade de realização de atividades na UTI.
quadro 5
InStruMEntoS dE AVAlIAção dAS FunçõES E EStruturAS 
CorPorAIS E dAS AtIVIdAdES EXECutAdAS nA utI 
Estrutura e função corporal Atividade
Função mental (Glasgow, Ramsay, RASS e CAM-ICU) ■■ MIF
Função cardiovascular (PAS, PAD, PAM, FC, duplo 
produto, escala de dispneia de Borg e IPE) ■■ Índice de Barthel, FSS-ICU 
Função respiratória (FR, PMV, ausculta pulmonar, SpO2, 
SaO2, CVF, CV indireta Pimáx, Pemáx e PFE, Cestática, 
Presistiva e Cdinâmica)
■■ Equilíbrio de Berg, velocidade de marcha, 
TUG
Função neuromioarticular (MRC-EMM, FPP, tônus, 
equilíbrio, amplitude de movimento articular)
■■ Teste de caminhada de 50m e teste de 
caminhada de 6 minutos
Fonte: Adaptado de Nordon-Craft e colaboradores (2012).48
 ■ rEStrIção à PArtICIPAção SoCIAl
O ambiente de UTI ou a hospitalização, por si só, pode ser considerado como restrição à 
participação social, pois o paciente está impedido de vivenciar situações cotidianas. Compreender 
a participação social do paciente previamente à internação é importante para auxiliar na busca 
pela sua motivação e para propor condutas terapêuticas mais específicas.
A intervenção fisioterapêutica com foco na manutenção da capacidade de realizar as atividades 
contribui para o retorno mais precoce do paciente à participação social, incluindo atividades 
relacionadas ao lazer e/ou ao trabalho. Os questionários de qualidade de vida destinam-se à 
avaliação do impacto da restrição da participação social sobre a função mental, física e emocional. 
Um exemplo de questionário genérico de qualidade de vida com essa finalidade é o Medical 
Outcome Study 36 – item Short Form Health Survey (SF-36).37,46
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AtIVIdAdE
12. Em que situações o uso da PEEP é indicado?
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13. Qual das alternativas a seguir apresenta uma possível limitação de atividade?
A) Aumento do tônus muscular.
B) Redução da amplitude de movimento articular.
C) Deambulação com apoio moderado.
D) Força muscular reduzida.
Resposta no final do artigo
14. Durante a ausculta pulmonar, quais são os sinais que apontam para a presença de 
problemas ventilatórios?
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15. Em problemas de origem ventilatória, que instrumentos podem ser utilizados para 
mensurar as variáveis que compõem a ventilação?
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16. O que valores reduzidos de CVL ou CVF sugerem?
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17. Qual é a recomendação em caso de suspeita de fraqueza da musculatura respiratória?
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18. O que valores de PFE inferiores a 160Lpm indicam?
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19. Analise as afirmativas a seguir sobre a função respiratória.
I – A ventilação compreende a ação das forças que deslocam o ar para dentro do 
sistema respiratório (músculos respiratórios) contra as forças que dificultam a sua 
entrada (resistência de vias aéreas e elastância dos pulmões e da caixa torácica).
II – Muitos problemas de oxigenação são provenientes de problemas na ventilação.
III – A demanda ventilatória está aumentada durante o exercício.
IV – O fisioterapeuta, por meio de suas técnicas, pode auxiliar na melhora de deficiências 
da função respiratória.
Estão corretas:
A) as afirmativas I e II.
B) as afirmativas I, II e IV.
C) as afirmativas II e III.
D) todas as afirmativas.
Resposta no final do artigo
20. Quais são as principais alterações na função neuromioarticular encontradas no 
ambiente de UTI?
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21. Em relação às limitações, quais são as principais atividades que devem ser avaliadas 
na UTI?
 ......................................................................................................................................................................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
22. Analise as afirmativas a seguir sobre as limitações para execução de atividades na 
UTI.
I – A capacidade prévia de realização de atividades auxilia no direcionamento do plano 
fisioterapêutico.
II – Locomoção e transferências são as principais atividades avaliadas nesse ambiente.
III – Não se realizam testes para avaliação direta das limitações de atividade.
IV – A principal limitação de atividade é a fraqueza muscular periférica.
Estão corretas:
A) as afirmativas I e II.
B) as afirmativas II, III e IV.
C) as afirmativas I, II e III.
D) todas as afirmativas.
Resposta no final do artigo
23. Em relação às proposições a seguir, preencha os parênteses de acordo com os 
seguintes conceitos: (d) deficiência, (A) limitação de atividade e (P) restrição à 
participação social.
( ) Transferência de decúbito dorsal para lateral com auxílio leve.
( ) Incapacidade de jogar futebol.
( ) Aumento anormal da cifose torácica.
( ) Hipotensão arterial.
( ) Aumento da resistência de vias aéreas superiores.
( ) Deambulação com auxílio de andador.
( ) Não transferência de sentado para ortostase.
( ) Incapacidade de exercer seu trabalho como policial.
( ) Redução da força muscular respiratória.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) A – P – P – D – D – P – A – A – P
B) P – P – D – S – D – A – P – P – D
C) D – P – D – D – A – P – P – A – D
D) A – P – D – D – D – A – A – P – D
Resposta no final do artigo
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 ■ CASo ClÍnICo
Paciente do sexo masculino, 77 anos, com internação prolongada na UTI por 
insuficiência respiratória secundária à pneumonia grave e choque séptico (resolvido). 
Evolui deprimido, colaborando pouco com as condutas. 
As medidas aferidas foram:
PA= 135 x 63mmHg, FC= 98bpm em ventilação mecânica (modo assistido em pressão 
de suporte, pressão de suporte = 20cmH2O, PEEP = 5cmH2O e FiO2 = 40%), gerando 
volume corrente = 6,5mL/kg, frequência respiratória = 23ipm e SpO2 = 97%.
Apresenta padrão muscular respiratório sem uso de músculos acessórios e ausculta 
pulmonar com murmúrio vesicular reduzido em bases e com roncos apicais. Valores de 
PImáx = -18cmH2O. Apresenta movimentação espontânea nos quatro membros, com 
redução de força muscular global (grau II) e MRC = 24, com déficit de equilíbrio de tronco 
quando na posição sentada.
AtIVIdAdE
24. Qual é o diagnóstico fisioterapêutico desse paciente?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
25. Formule o plano de tratamento fisioterapêutico para esse paciente.
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
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Resposta no final do artigo
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 ■ ConCluSão
O diagnóstico fisioterapêutico é a base para a programação adequada do plano de tratamento e 
para a avaliação das respostas e da descrição do possível prognóstico. Para o fisioterapeuta, não 
basta apenas a leitura do diagnóstico médico, pois essa informação, por si só, não será capaz de 
determinar os distúrbios de movimento e o seu grau de alteração, nos aspectos da função (mental, 
cardiovascular, respiratório e neuromioarticular), das atividades (transferências e locomoção) e da 
participação social.
Para o diagnóstico preciso e a boa quantificação das respostas ao tratamento, é fundamental a 
avaliação fisioterapêutica baseada em instrumentos com elevada acurácia que sejam sensíveis 
em identificar as alterações e as respostas aos tratamentos fisioterapêuticos propostos.
 ■ rESPoStAS àS AtIVIdAdES E CoMEntárIoS
Atividade 1
Resposta: d
Comentário: Fraqueza muscular é um problema da função muscular. As alternativas A e C corres-
pondem ao domínio atividades, e a B, ao domínio participação social.
Atividade 4
Resposta: B
Comentário: O fisioterapeuta atua indiretamente sobre as alterações na função mental, por meio 
das suas condutas no sistema respiratório e neuromioarticular.
Atividade 8
Resposta: d
Comentário: Existem outras variáveis que auxiliam na identificação de deficiências de função 
cardiovascular, como hemoglobina, saturação venosa central e pressão arterial de oxigênio.
Atividade 13
Resposta: C
Comentário: Deambulação é uma limitação de atividade, e as alternativas A, B e D correspondem 
a limitações de funções.
Atividade 19
Resposta: d
Comentário: Todas as afirmativas estão corretas em relação à função respiratória.
Atividade 22
Resposta: C
Comentário: A atividade pode ser avaliada diretamente na UTI por meio de testes de desempenho, 
como o de velocidade de marcha, ou solicitando-se a simples realização da marcha na própria 
unidade. Fraqueza muscular não é uma limitação de atividade, mas uma deficiência do sistema 
neuromioarticular.
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Atividade 23
Resposta: d
Atividade 24
Comentário: O diagnóstico fisioterapêutico do paciente é deficiência da função respiratória em 
virtude da alteração ventilatória, secundária a aumento de resistência por secreção, redução da 
complacência pulmonar decorrente de pneumonia e redução da força muscular inspiratória por 
choque séptico, pneumonia e imobilidade, com limitação parcial para atividades de sedestação.
Atividade 25
Comentário: O plano de tratamento fisioterapêutico para o paciente compreende: 1 – desobstru-
ção das vias aéreas pela presença de secreção; 2 – treinamento muscular inspiratório em virtude 
fraqueza inspiratória; 3 – Treino de força para membros inferiores e superiores, além do estímulo 
ao controle de tronco; 4 – Mobilização global de forma progressiva para melhora do descondicio-
namento físico e cardiorrespiratório.
 ■ rEFErÊnCIAS
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Como citar este documento
Martinez BP. Diagnóstico fisioterapêutico na unidade de terapia intensiva. In: Associação 
Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva; Martins 
JA, Andrade FMD, Dias CM, organizadores. PROFISIO Programa de Atualização em 
Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto: Ciclo 5. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2014. 
p. 9-35. (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 1).
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