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Prescrição do exercício físico para o tratamento do diabetes mellitus

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Plano	de	Aula:	Prescrição	do	exercício	físico	para	o	tratamento
do	diabetes	mellitus
PRESCRIÇÃO	DE	EXERCÍCIOS	PARA
GRUPOS	ESPECIAIS	-	SDE3991
Título
Prescrição	do	exercício	físico	para	o	tratamento	do	diabetes	mellitus
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
9
Tema
Prescrição	do	exercício	físico	para	o	tratamento	do	diabetes	mellitus
Objetivos
Identificar	 os	 pilares	 básicos	 para	 prescrição	 de	 exercício	 físico	 para
diabéticos.
Entender	os	mecanismos	de	ação	para	controle	glicêmico.
Avaliar	os	diferentes	tipos	de	exercício	físico	para	o	controle	glicêmico.
Compreender	 a	 manipulação	 das	 variáveis	 do	 treinamento	 físico	 para	 o
controle	glicêmico.
Estrutura	do	Conteúdo
Com	 base	 em	 pesquisas	 já	 realizadas	 em	 indivíduos	 diabéticos,	 existem
diferentes	 mecanismos	 de	 ação	 para	 o	 controle	 glicêmico.	 Todos	 esses
mecanismos	 são	 ativados	 com	 o	 exercício	 físico.	 Esses	mecanismos	 de	 ação
são	os	seguintes:
1.	 Controle	de	massa	gorda	e	lipídios:	O	controle	no	perfil	lipídico	e	a	perda
de	peso	melhora	a	resposta	de	 insulina,	pressão	arterial	e	composição
corporal,	permitindo	a	diminuição	da	inflamação	sistêmica.
2.	 Controle	 da	massa	muscular:	 O	 aumento	 da	massa	muscular	 contribui
para	 a	maior	 captação	 de	 glicose	 do	 sangue	 e	 seu	 armazenamento	 e
evitar	a	obesidade	sarcopénica.
3.	 Fluxo	 sanguíneo	 muscular	 estimulado:	 A	 vasodilatação	 local	 durante	 o
treinamento	 amplifica	 a	 resposta	 de	 insulina	 e	 a	 liberação	 de	 fatores
vasodilatadores,	 como	 o	 óxido	 nítrico,	 importantes	 no	 controle	 da
pressão	arterial.
4.	 Translocação	 e	 expressão	 da	 proteína	 transportadora	 de	 glicose-4
(GLUT-4):	 As	 contrações	 musculares	 estimulam	 a	 translocação	 da
proteína	 GLUT4	 não	 mediada	 pela	 insulina.	 As	 contrações	 musculares
evitam	a	perda	de	GLUT4	e	aumentam	a	expressão	de	proteínas	GLUT4.
5.	 Sinalização	e	expressão	dos	receptores	de	insulina:	Após	as	contrações
musculares	ocorre	o	aumento	da	sinalização	do	GLUT4	pelo	receptor	de
insulina.	 As	 contrações	 musculares	 evitam	 a	 perda	 de	 receptores	 de
insulina	e	aumentam	a	sua	expressão.
6.	 Alterações	 morfológicas	 e	 autonômicas	 do	 sistema	 cardiovascular:	 O
exercício	 físico	 promove	 o	 aumento	 das	 câmaras	 cardíacas	 e	 da
espessura	da	parede	do	miocárdio.	O	sistema	autonômico	apresenta	um
maior	balanço	simpato-vagal	com	a	atividade	físcia.
7.	 Angiogênese	 e	 densidade	 capilar:	 O	 aumento	 da	 massa	 muscular	 é
acompanhada	por	angiogênese	e	um	aumento	na	densidade	capilar,	o
que	melhora	a	resposta	de	insulina	e	no	controle	da	pressão	arterial
A	correta	prescrição	do	treinamento	pode	atingir	todos	os	mecanismos	acima
descritos,	 melhorando	 a	 inflamação	 sistémica	 e	 o	 controle	 glicêmico,
diminuindo	 a	 pressão	 arterial	 e	 massa	 gorda	 e,	 consequentemente,
promovendo	qualidade	de	vida	para	esse	tipo	de	indivíduos.
Prescrição	 do	 exercício	 físico:	 Os	 princípios	 gerais	 da	 prescrição	 de
exercício	devem	ser	seguidos	respeitando-se	as	particularidades	da	doença	de
base.	 Qualquer	 atividade	 física,	 recreativa,	 laborativa	 ou	 esportiva	 pode	 se
feita	 pelos	 diabéticos,	 mas	 devemos	 estar	 alertas	 para	 as	 possíveis
complicações	 e	 as	 limitações	 impostas	 pelo	 comprometimento	 sistêmico	 do
diabetes.
Tipo	de	exercício:	Exercícios	aeróbicos	envolvendo	grandes	grupos	musculares,
como,	 por	 exemplo,	 caminhada,	 ciclismo,	 corrida,	 natação,	 dança,	 entre
outros,	 podem	 ser	 prescritos	 de	 forma	 constante/contínua	 (a	 mesma
intensidade)	ou	 intervalada	(alternando	diferentes	 intensidades	de	exercício).
Aquecimento	 e	 desaquecimento	 são	 fundamentais,	 principalmente	 no
subgrupo	 que	 apresenta	 disautonomia.	 Exercícios	 de
resistência/fortalecimento	muscular	devem	ser	incluídos	no	plano	de	atividades
do	 diabético,	 já	 que	 eles	 provocam	 elevação	 da	 sensibilidade	 da	 insulina	 de
maior	duração,	mediado	também	pelo	aumento	da	massa	muscular.	Exercícios
de	 flexibilidade	 também	 devem	 ser	 contemplados,	 pois	 há	 redução	 da
flexibilidade	pela	ação	deletéria	da	hiperglicemia	crônica	sobre	as	articulações,
além	da	decorrente	do	envelhecimento.
Frequência	 do	 exercício:	 A	 recomendação	 mais	 atual	 para	 a	 população	 em
geral	é	de	exercícios	aeróbicos	diariamente	ou	na	maioria	dos	dias	da	semana.
Para	 os	 diabéticos	 a	 recomendação	 de	 atividade	 aeróbica	 diária,	 ou	 pelo
menos	a	cada	2	dias,	é	reforçada	para	que	os	benefícios	sobre	o	metabolismo
glicídico	sejam	alcançados.
Duração	 do	 exercício:	 A	 duração	 necessária	 de	 uma	 sessão	 de	 exercício
depende	 da	 intensidade	 e	 da	 frequência	 semanal	 dos	 exercícios.	 Nos
pacientes	 diabéticos,	 a	 duração	 de	 um	 exercício	 deve	 ser	 planejada	 para
minimizar	riscos	de	hipoglicemia,	geralmente	sendo	necessária	a	reposição	de
carboidratos	quando	o	exercício	tiver	duração	>	60	minutos.	A	recomendação
mais	 atual	 para	 diabéticos	 é	 de	 150	 minutos	 de	 exercícios	 de	 moderada
intensidade	por	 semana	ou	75	minutos	de	exercícios	de	alta	 intensidade	por
semana	ou	uma	combinação	de	ambos.
Intensidade	do	exercício:	O	 ideal	 é	 que	 a	 prescrição	 contemple	 exercícios	 de
moderada	 e	 alta	 intensidades.	 Há	 evidências	 de	 que	 exercícios	 de	 maior
intensidade	apresentam	maior	impacto	no	aumento	da	condição	aeróbica	e	na
redução	 da	 hemoglobina	 glicada	 do	 que	 o	 aumento	 do	 volume	 semanal	 de
exercício	 em	 diabéticos.	 No	 entanto	 exercícios	 mais	 intensos	 são	 de	 difícil
realização	e,	muitas	vezes,	pouco	seguros	de	serem	alcançado	em	diabéticos.
Assim,	 recomenda-se	 atividade	 moderada	 e	 considera-se	 a	 possibilidade	 de
aumento	da	intensidade	para	benefício	adicional	no	controle	glicêmico.
Aplicação	Prática	Teórica
Discutir	 com	 os	 discentes	 algumas	 situações	 práticas	 do	 dia-a-dia	 que
demonstram	a	 atuação	 do	 profissional	 de	 Educação	 Física	 no	 tratamento	 do
diabetes	mellitus.

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