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Gestão de Pequenas e Médias Empresas, Processos Gerenciais, Negócios Internacionais 
Comércio Exterior, Negócios Bancários, Políticas Públicas, Representações Comerciais NOME:Alisson melo RA:712009-0 
 
Formação de Preços Prof. ANTONIO GUERRA 
 
Estudo de Caso da Indústria Têxtil Blue Jeans – Visão Geral 
 
 
Dados Necessários 
 
Ativos da Indústria 
Capital de giro. Disponibilidade em dinheiro para uso imediato. 
Estoque de produtos acabados. Calças prontas, já fabricadas, prontas para a venda. 
Estoque de tecido. Matéria prima em condições de entrar no processo de fabricação das calças. 
Estoque de aviamentos. Matéria prima em condições de entrar no processo de fabricação das calças. 
Estamos desconsiderando os ativos imobilizados. 
 
 
Ativos Quantidade Unidade Valor Unitário Valor Total 
Capital de giro 5.000.000,00 Reais 5.000.000,00 
Estoque de Produtos acabados 1.000 Peças 50,00 50.000,00 
Estoque de Tecido 2.500 Metros 10,00 25.000,00 
Estoque de Aviamentos 600 Kits 1,00 600,00 
Total de Ativos 5.075.600,00 
 
 
Dados de Produção 
Produtividade. Mensurada em calças por hora de trabalho por empregado. 
Número de horas na jornada de trabalho. 
Número de dias úteis no mês. 
Número de empregados. 
Número de postos de trabalho. 
Número máximo de horas extras por jornada de trabalho. 
Capacidade instalada de postos de trabalho. 
Ociosidade. Postos de trabalho não ocupados (Capacidade instalada menos o número de empregados). 
 
 
 
Produtividade 5 calças/hora/homem 
Número de horas por jornada de trabalho 8 horas 
Produtividade diária 40 calças/dia/homem 5*8=40 
Número de dias úteis no mês 26 dias 
Produtividade mensal 1040 calças/mês/homem 26*40=1040 
Número de empregados 120 empregados 
Produtividade Total 20800 calças/mês/empresa 120*1040 
Capacidade instalada 150 Postos de trabalho 
Ociosidade 30 Postos de trabalho 150-120=30 
 
 
 
Folha de Pagamento da Área de Produção 
Custo do salário médio por hora com encargos sociais. 
Horas trabalhadas no mês incluindo-se o descanso semanal remunerado. 
Custo do salário médio mensal com encargos sociais. 
Quantidade de empregados ativos. 
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Custo da folha de pagamento da produção. 
Custo médio da hora extra. 
Máximo de horas extras permitidas por jornada de trabalho. 
 
 
Custo do salário médio por hora com ES 10,00 Reais 
Horas trabalhadas no mês incluindo-se o DSR 240 Horas 
Custo do salário médio mensal com ES 2400 Reais 240*10 
Número de empregados ativos 100 Empregados 
Custo da folha de pagamento da produção 240.000 Reais 2400*100 
Custo médio da hora extra 12,50 Reais 
Horas extras totais 1.600 Horas 
Adicional de horas extras na folha 20.000 Reais 12,5*1600 
Custo total da folha da área de produção 260.000 Reais 240.000+20.000 
 
 
 
Outros dados Relativos à Pessoal 
Custo da folha e pagamento com encargos relativos ao pessoal administrativo. 
Custo de admissão de novos empregados (processo de recrutamento e seleção, treinamento, uniformes, etc). 
Custo de demissão de empregados (rescisão contratual, multa de FGTS, etc). 
 
 
Folha de pagamento com ES ref Administ 120.000,00 Reais 
Custo de admissão de novos empregados 300,00 Reais Por empregado 
Custo de demissão de empregados 600,00 Reais Por empregado 
Número de empregados admitidos 0 Empregados 
Número de empregados demitidos 10 Empregados 
Custo das admissões 6.000 Reais 600*10 
Custo das demissões Reais 
Total dos custos relativos à pessoal 126.000 Reais 
 
 
 
Outros Custos Fixos (conceito de Custo Fixo na página 8) 
Outros custos fixos (energia elétrica, água, telefone, aluguéis, depreciação, etc). 
Aquisição de novos postos de trabalho. Máquinas e equipamentos para aumentar a capacidade instalada. 
O custo de aquisição é depreciado em 5 anos ou 60 meses. 
 
 
 
Outros Custos Fixos 80.000,00 Reais 
Preço de aquisição de posto de trabalho 10.000,00 Reais Por posto 
Quantidade de postos de trab adquiridos 18 Postos 
Custo de ampliação da capacidade instalada 180.000 Reais 10.000*18 
Depreciação da nova capacidade instalada 3.000 Reais 180.000/60 
Total de Custos Fixos 263.000 Reais 80.000+180.000+3.000 
 
 
Matéria Prima e Capacidade de Produção 
 
 
Antes do processo de cálculo é preciso avaliar quem limita a capacidade de produção. Seria: 
a) A capacidade instalada? 
b) A capacidade de mão de obra? 
c) x Os estoques de matéria prima? 
 
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Vejamos os exemplos a seguir que consideram apenas um único turno de trabalho por dia. 
 
 
 
 
 
Dados 
 
Capacidade instalada 120 Postos de trabalho 
Capacidade de mão de obra 100 Empregados 
Produtividade 5 Calças/hora/homem 
Custo do metro de tecido 10,00 Reais 
Custo do kit de aviamentos 1,00 Real 
 
 
 
a) A Capacidade Instalada é representada pelos 120 postos de trabalho podendo se produzir neles até 10 
horas diárias, sendo 8 horas normais e 2 extras. Num mês com 26 dias úteis cada posto de trabalho 
representa 208 horas normais de produção ou 260 horas totais de produção caso se computem as horas 
extras. Com a produtividade de 5 calças/hora/homem cada posto de trabalho chega ao limite máximo de 
1.300 calças/mês. Como há 120 postos a produção máxima da capacidade instalada é de 156.000 calças. 
 
Capacidade Instalada = Produtividade X Horas Totais X Nº de Postos X Dias Úteis do Mês 
 
 
 
Se desconsiderarmos as horas extras, a conta ficará assim: 
 
Capacidade Instalada = Produtividade X Horas Normais X Nº de Postos X Dias Úteis do Mês 
 
 
 
 
 
b) A Capacidade de Mão de Obra é representada pelo número de empregados na produção. Se a empresa 
tiver 120 postos de trabalho e apenas 100 empregados, sua capacidade máxima de produção será 
limitada pelo número de empregados. 
 
Capacidade de Mão de Obra = Produtividade X Horas Totais X Nº de Empregados X Dias Úteis do Mês 
 
 
Se desconsiderarmos as horas extras, a conta ficará assim: 
 
Capacidade de Mão de Obra = Produtividade X Horas Normais X Nº de Empregados X Dias Úteis do Mês 
 
 
 
 
c) O Estoque de Matéria prima somente será limitador da capacidade de produção caso não haja matéria 
prima suficiente para produzir as quantidades calculadas nos itens a) e b). 
 
Se é necessário 1,5 m de tecido para se confeccionar uma calça e o estoque tem apenas 90.000 metros a 
produção ficará limitada a 60.000 calças. 
 
Metros totais de tecido / Metragem necessáriapara se fabricar uma calça = 90.000 / 1,5 = 
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Esta quantidade de calças é inferior às capacidades instalada e de mão de obra. 
 
 
 
 
 
A tabela seguinte demonstra a quantidade de metros de tecido, de kits de aviamentos e o investimento necessário 
para se produzir no limite da capacidade instalada e no da de mão de obra. Considera-se R$ 10,00 o custo do 
metro de tecido e R$ 1,00 o custo do kit de aviamentos para uma única calça. 
Assim, um metro e meio de tecido custará R$ 15,00, que somados com R$ 1,00 dos aviamentos resultará em um 
custo de matéria prima por calça de R$ 16,00. 
 
 
 
 
Capacidade de Mão de Obra Capacidade Instalada 
Normal Máxima Normal Máxima 
Calças 104.000 130.000 124.800 156.000 
Metros de Tecido 
104.000*1,5= 
156.000 
130.000*1,5= 
195.000 
124.800*1,= 
187.200 
156.000*1,5= 
234.000 
Investimento em Tecido (R$) 
104.000*15= 
1.560.000 
130.000*15= 
1.950.000 
124.800*15= 
1.872.000 
156.000*15= 
2.340.000 
Investimento em Aviamentos (R$) 104.000 130.000 124.800 156.000 
Investimento Total (R$) 104.000*16= 
1.664.000 
130.000*16= 
2.080.000 
124.800*16= 
1.996.800 
156.000*16= 
2.496.000 
 
 
 
 
Processo de Cálculo 
 
O primeiro passo é tomar-se a decisão sobre quantas calças deverão ser fabricadas, decisão esta que deve estar 
atrelada a uma expectativa de demanda por parte dos consumidores. No mundo real, profissionais de marketing, 
distribuição, finanças e estratégia, dos varejistas, atacadistas e da própria indústria, acompanham os indicadores 
gerais e específicos do mercado, os cenários econômicos, as tendências da moda e, consequentemente têm uma 
boa capacidade de previsibilidade da demanda. 
 
Atenção! Nesta dinâmica de mercado que estamos fazendo em aula, o cenário para as duas primeiras rodadas é 
de demanda suficiente para absorver toda a oferta do mercado. Os consumidores têm a percepção de um preço 
médio do produto e estão dispostos a pagar até o máximo de 50% acima dessa média. Uma parcela pequena de 
consumidores estaria disposta a pagar até acima de 50% sobre o preço médio, mas não muito acima. Para a 
segunda rodada, permanecerá na percepção do consumidor o preço médio da primeira rodada. 
 
Considerando este cenário da dinâmica, Os gestores da Indústria Têxtil Blue Jeans, assumindo uma postura 
moderadamente conservadora, recomendaram que se produzisse com base na capacidade de total de sua mão 
de obra, isto é, que se produza apenas com os 100 empregados já contratados em jornadas de trabalho de 10 
horas. 
 
 
 
 
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Custos Diretos e Variáveis 
 
Custos Diretos 
São aqueles imputados diretamente no processo produtivo. São facilmente mensuráveis e apropriados às 
quantidades de bens produzidos. Matéria prima e mão de obra empregada na produção são custos diretos. 
 
Custos Variáveis 
São aqueles que variam de acordo com a quantidade de bens produzida. 
Os custos da matéria prima e o da mão de obra empregada na produção são considerados Custos Variáveis 
porque variam de acordo com a quantidade de bens a serem produzidos. 
Matéria Prima 
 
Com base na tabela acima, os números da produção e a quantidade de matéria prima seriam: 
 
 
Capacidade de Mão de Obra 
Máxima 
Calças 130.000 
Metros de Tecido 195.000 
Investimento em Tecido (R$) 1.950.000 
Investimento em Aviamentos (R$) 130.000 
Investimento Total (R$) 2.080.000 
 
 
Como os tecidos são comprados em lotes de 10.000 metros, haveria a necessidade de se comprar 200.000 
metros. Usar-se iam 195.000 e ficariam guardados em estoque 5.000 metros para o mês seguinte. Os aviamentos 
seriam comprados na quantidade exata de 195.000 kits. 
 
Compra de Matéria Prima = 200.000 metros por R$ 2.000.000,00 
Sobra de MP guardada em estoque para o mês seguinte = 5.000 metros no valor de R$ 50.000,00 
 
Se matéria prima é custo direto, só podemos considerar para efeito de cálculo de custo a quantidade efetivamente 
sacrificada na produção. Assim, só se consideram os 195.000 metros de tecido e não os 200.000. 
 
Imagine o quanto seriam encarecidas estas calças a produzir se a Blue Jeans tivesse adquirido 1.200.000 metros 
de tecido a R$ 12.000.000,00, suficientes para fabricar 800.000 calças e quisesse incluir o gasto com todo esse 
tecido na produção de apenas 130.000 calças ? 
 
 
Mão de Obra 
 
Repetindo: o custo da mão de obra é o custo dos empregados que efetivamente trabalham no processo produtivo. 
A quantidade de mão de obra é dependente da quantidade de bens a se produzir. Assim, da mesma forma que a 
matéria prima, a mão de obra é um Custo Variável e Direto. 
 
Atenção! Em nossa dinâmica de preços, a quantidade de empregados da produção computada no custo de mão 
de obra será sempre a quantidade registrada na folha de pagamento da área de produção. Se uma empresa 
decidir produzir baseada apenas na produtividade de metade de sua capacidade de mão de obra e não demitir 
metade destes empregados, terá que computar, para efeito de cálculo, o gasto integral com a folha de pagamento. 
 
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Em nosso caso, a Blue Jeans tem 100 empregados na produção de calças. O custo médio por empregado 
incluindo os encargos sociais é de R$ 10,00 por hora, o que soma R$ 2.400,00 ao final do mês. Cada hora extra 
custa para a Blue Jeans em média R$ 12,50. Se cada empregado pode fazer um máximo de 2 horas extras por 
dia num total de 26 dias úteis, o total de horas extras mensais por empregado é de 52 horas, impactando em um 
custo adicional de R$ 650,00 por empregado na folha de pagamento. 
 
 
 
 
 
 
Custo mensal normal por empregado 2.400,00 
Custo das 52 horas extras mensais 650,00 
Custo total por empregado 3.050,00 
Quantidade de empregados 100 
Folha de pagamento da produção 305.000,00 
 
 
 
Fechamento do cálculo dos Custos Variáveis (e também Diretos) 
 
 
Matéria Prima (MP) R$2.080.000,00 
Mão de Obra (MO) R$305.000,00 
Custos Variáveis (CV) R$2.385.000,00 
Quantidade Produzida (QP) 130.000 
CV Unitário (CVU) = CV / QP R$18,35 
 
 
 
 
 
Custos Indiretos e Fixos 
 
Custos Indiretos 
Custos Indiretos são aqueles que também são necessários ao processo produtivo, mas que são de difícil 
mensuração. Por exemplo, a energia elétrica, a água, o imóvel, máquinas e equipamentos, gastos commanutenção, supervisão, controle de qualidade, a folha de pagamento de empregados que não trabalham 
diretamente na produção (administrativos, de manutenção, serviços, etc). Bens imóveis como terrenos, prédios, 
máquinas e equipamentos não entram com seu valor integral no processo de custeio, mas através do processo de 
depreciação. Se o imóvel não for próprio, ou mesmo máquinas, o valor do aluguel é que deve ser apropriado ao 
custeio. 
 
 
Custos Fixos 
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São os custos que não se alteram em função da quantidade de bens produzidos. Por exemplo, a folha de 
pagamento dos funcionários administrativos, o aluguel dos imóveis ou sua depreciação, contas de consumo e 
similares. 
Note que o termo fixo não se refere a um valor igual todos os meses, mas sim a não interligação com a 
quantidade de bens produzidos. 
A energia elétrica, por exemplo, tão presente e diretamente ligada ao fornecimento de energia para máquinas e 
equipamentos somente será considerada um custo variável e direto se puder ser mensurada dentro do processo 
de produção através de relógios medidores apropriados. 
 
 
 
Cálculo dos Custos Indiretos e Fixos 
Como visto na página 3, os números são fornecidos já em seu valor totalizado. 
 
 
Custos Indiretos de Produção (CI) 263.000,00 
Folha de Pagamento Administrativa (FP) 126.000,00 
Custos Fixos (CF) 389.000,00 
Quantidade Produzida (QP) 130.000 
CF Unitário (CFU) = CF / QP R$3,24 
 
 
 
Cálculo do Custo Unitário do Produto Acabado (CPA) 
 
Basta somar os custos unitários variáveis com os custos unitários fixos. 
 
Custos Variáveis (CV) 18,35 
Custos Fixos (CF) 3,24 
Custo do Produto Acabado (CPA) R$21,59 
 
Pede-se: 
 
1. Qual o valor do Custo do Produto Acabado (CPA)? R$21,59 
2. Achar um preço de venda, com margem de 30% . R$21,59*1,3=R$28,07 
3. O preço de venda do atacado pode ser igual ao do varejo e porque? Pode, mas neste caso é 
considerado aplicação de desconto devido ao alto volume, no qual a empresa ira ganhar devido a alta 
quantidade de produção. 
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