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1 CUSTOS GERENCIAIS – ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS PROFESSOR: José Augusto Grebim DISCIPLINA DE CUSTOS GERENCIAIS – Aula 1 Plano de Ensino. Ementa: Aborda os fundamentos da contabilidade de custos e as principais metodologias de custeio. O aumento de concorrência transforma os setores produtivos das empresas. Na empresa moderna há a necessidade de flexibilização, produzindo mais produtos com vários modelos, em prazos mais curtos, com menor vida útil e menor prazo de entrega ao cliente. Uma das principais preocupações da empresa moderna é a busca incessante pela melhoria da eficiência e da produtividade, eliminando a má qualidade e o trabalho improdutivo. Atividades que não colaboram efetivamente para a agregação de valor ao produto devem ser reduzidas sistemática e continuamente, sendo intoleráveis quaisquer desperdícios no processo produtivo. No momento atual, temos um mercado competitivo, de baixo preço, boa qualidade, frequentes modificações de projetos, vida útil curta e muitas opções à escolha do cliente. O controle efetivo das atividades produtivas é condição indispensável para competir em igualdade de condições com a concorrência. Sem controle e capacidade de intervir rapidamente para a correção e melhorias do processo produtivo, a empresa passa a ficar em desvantagem em relação à sua concorrência. Para Sobreviver neste mercado, a empresa necessita: - melhoria contínua nos produtos e processos; - eliminação do desperdício dos insumos; Ex.: Superprodução; transporte / movimentação; processamento / transformação; fabricação de produtos defeituosos; desperdícios por espera / ociosidade; existência de estoques; desperdício de matéria prima. - racionalização das atividades de produção: - Lotes pequenos (a redução do lote tende a aumentar a produtividade, pois o produtor é forçado a aprimorar o seu processo); - estoques baixos (estoque é desperdício, pois não acrescenta valor ao produto e causa gasto). O Processo produtivo deve ser muito bem ajustado e balanceado, procurando antecipar-se às causas de interrupção do processo produtivo. Baixos estoques propiciam rápidas alterações nos produtos e baixo risco de obsolescência. É necessário um menor espaço físico, com maior integração dos processos, redução do capital de giro e maior rentabilidade para o investimento. - fluxo contínuo de materiais (lotes pequenos e baixos estoques, trabalhando com fluxo contínuo de materiais, chegando próximo da produção contínua). Rapidez e eficiência; - filosofia da qualidade total, atendendo a qualidade através da satisfação dos desejos do mercado pelo projeto, manufatura confiável e sem defeitos, preço de venda acessível, segurança, adequação ao meio ambiente, atendimento aos prazos e quantidades exigidas, assistência técnica e relacionamento com fornecedores e funcionários. Há uma necessidade imediata da mensuração dos desperdícios, sendo esta a tarefa da Gerência através da identificação e eliminação destes desperdícios ocorridos durante o desenvolvimento das atividades empresariais, sendo necessária especialização e competência se a empresa quiser manter-se no mercado. Um sistema que permita a identificação e quantificação sistemática dos desperdícios é uma ferramenta útil para o processo de análise e melhoria da eficiência interna dos processos produtivos, tornando-se uma poderosa ferramenta de apoio gerencial. Custos: A produção de informações de custos é essencial para a atividade empresarial e seu gerenciamento. Informações de custos são obtidas através da descrição da relação existente entre os recursos aplicados nas atividades e/ou processos produtivos e os resultados que são obtidos em forma de produtos ou serviços. Contabilidade: A contabilidade é um ramo do conhecimento que busca identificar, mensurar e comunicar informações que propiciam a tomada de decisões por parte dos usuários destas informações. A Contabilidade registra, classifica e sumariza as transações empresariais, sendo subdividida em: Contabilidade Financeira (ou Geral): Tem por objetivo o levantamento dos estoques e sua mensuração em valor monetário. Efetuada a diferença entre o valor do estoque inicial, somando as compras, deduzindo os estoques finais é apurado o CMV/CPV que, confrontado com as receitas líquidas da venda dos bens, resulta no lucro bruto. O resultado do período é apurado deduzindo deste lucro bruto as despesas de manutenção da empresa, as despesas de vendas e as referentes ao financiamento das atividades. Através do Demonstrativo de Resultados é demonstrada a apuração do lucro/prejuízo final do exercício. Contabilidade de Custos: Nasceu da Contabilidade financeira, na necessidade de avaliar estoques, e tem por objetivo coletar, acumular, analisar e interpretar dados, produzindo informações de custos para os níveis de decisão empresariais. É uma ferramenta de controle e fornecimento de dados/informações para a tomada de decisão e formulação de políticas organizacionais. A Contabilidade de Custos Estuda e controla os atos e fatos de uma administração econômica, com base em exigências fiscais. 2 A Contabilidade de Custos, ao acumular dados de custos e os organizar em informações relevantes, pretende atingir três objetivos principais: A determinação do lucro, o controle operacional e o fornecimento de subsídios para a tomada de decisões. Fases do Trabalho do setor de custos: Coleta, acumulação, organização, análise, interpretação e informação de dados de custos. Objeto do Custo: Produtos, serviços, estoques, componentes organizacionais, planos operacionais, atividades especiais, programas e segmentos de distribuição, entre outros. Finalidades Gerenciais: Determinação da rentabilidade, avaliação do patrimônio, controle de custos, controle das operações, planejamento e tomada de decisões. Contabilidade Gerencial: Tem por finalidade o registro de dados à parte, normalmente fora do modelo vigente, com o objetivo de embasar decisões gerenciais / estratégicas. O setor de custos gerenciais de uma empresa: 1. Trata das relações internas de uma empresa; 2. Não está condicionado às condições legais; 3. Não precisa acompanhar os princípios e convenções geralmente aceitos; 4. Serve à administração. É base para a emissão dos relatórios que a empresa / administrador necessita para controle e planejamento internos; 5. Não utiliza somente os custos históricos. Pode utilizar o tipo de custo que mais convier à administração para a tomada de decisão; 6. É mais ligado ao presente e ao futuro. Gasto: É quando a empresa adquire bens para uso, troca, transformação ou consumo, assim como quando adquire um serviço, independente de sua destinação dentro da empresa. Pode ser à vista ou à prazo. Exemplos: - Gasto com mão de obra (salários e encargos); - Aquisição de materiais; - Energia elétrica, aluguéis; - Reorganizações administrativas; Investimento: Aquisição de bens para uso da empresa, assim como aplicações em aquisição de imóveis, ouro, títulos, outras empresas, etc. Os benefícios podem ser imediatos ou futuros. Exemplos: - Aquisição de máquinas e equipamentos; - Aquisição de bens móveis e imóveis; - Despesas pré-operacionais; - Aquisição de matéria prima. Custo: Dispêndio relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços. São todos os gastos relativos à atividade de produção. Custo Industrial é a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos na produção de outros bens. Até o momento em que o produto está pronto para a venda os gastos em sua produção são custos. Exemplos: - Matéria prima utilizada no setor produtivo; - Aluguéis e seguros; - Depreciação dos equipamentos; - Gastos com manutenção. Despesa: Dispêndio com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas. São os recursos utilizados nas áreas administrativa, comercial e financeira. Estes dispêndios, indiretamente, visamà obtenção de receitas para a empresa. Após o momento em que o produto está pronto para comercialização, os gastos passam a ser despesa. Exemplos: - Salários e encargos sociais do pessoal de RH; - Salários e encargos sociais do pessoal administrativo; - Energia elétrica consumida pelo setor administrativo; - Custo telefônico da administração; - Gasto com combustíveis e refeições do setor de informática. Desembolso: Saídas de caixa para atender a aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do gasto. Perda: Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. É um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. Não é um sacrifício feito com intenção de 3 obtenção de receita. Como muitas vezes o valor da perda é irrelevante, ela é considerada dentro de custos ou despesas, o que não deve ocorrer quando o valor for significativo. Exemplos: - Estoques obsoletos; - Perdas em incêndios - Greves; - Inundações; - Furto / Roubo. Custos de empresas industriais são referentes apenas aos bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Em empresas comerciais e de serviços, custo também significa o valor original de aquisição de qualquer bem ou serviço (custo de uma obra, custo de um veículo, custo de uma consulta e etc.). A palavra custo é utilizada como um identificador do gasto relativo a consumo na produção. Gastos que se destinam às fases de administração, vendas e financeiro serão chamados de despesas. Custo pode significar o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) em uma empresa comercial, o Custo dos Serviços Prestados em uma empresa de prestação de serviços, o Custo de Fabricação de um Produto, o Custo Direto de Fabricação e etc. Bens ou serviços utilizados no processo produtivo são custos. Bens ou serviços consumidos com outros fins que não no processo produtivo são despesas. Custo Fixo*: É o custo cujo valor é o mesmo, independente do nível de produção da empresa. O CF unitário é obtido a partir da divisão do valor do CF Total pela Produção realizada. Os Custos Fixos têm relação com os Custos Indiretos de Fabricação. Em relação à unidade o custo fixo é variável. À medida que aumenta a produção o custo fixo por unidade diminui, pois existem mais unidades para diluir o mesmo custo fixo total. Custo Fixo = 10.000,00 1 unidade = 10.000,00 unitário 100 unidades = 100,00 unitário 1.000 unidades = 10,00 unitário Em relação ao total, o custo fixo é sempre o mesmo, qualquer que seja a quantidade produzida. O custo fixo total do exemplo acima sempre será de R$10.000,00. Um custo fixo é um ativo que possui em si potencial para viabilizar a produção de receitas futuras. O custo fixo possui a característica de custo irreversível, pois não podemos controlá-lo em função de nosso nível de atividade, mas podemos diluí-lo ao máximo aumentando esta produção. Ao considerarmos unidade de tempo (mês, por exemplo) o aluguel da fábrica tem um valor definido independente de aumentos ou diminuições do volume de produtos elaborados naquele mês. O Aluguel, o Imposto Predial, Material de Expediente, Pró-Labore são custos fixos. Juros estimados sobre o capital próprio podem ser considerados um custo fixo. Depreciação¹, mão de obra indireta, conta telefônica da fábrica, energia, propaganda, administração e etc. também são custos/despesas fixos. Os custos fixos podem mudar em função da variação de preços (dissídio), expansão da empresa (aluguel) ou mudança de tecnologia (depreciação). O seguro é um custo fixo e indireto. ¹Quando não há medida específica. Exemplo 1: Considerando que a empresa Custa Pouco Ltda. tem um custo Fixo mensal de R$80.000,00 e produz 1.600 unidades do Produto CPL, qual seria o Custo fixo unitário? R: Cfu = R$80.000,00 ÷ 1.600u Cfu = R$50,00 Custo Variável*: É o custo cujo valor total sofre alteração de acordo com o nível de produção da empresa. O CV Total é obtido a partir do CV unitário multiplicado pela quantidade produzida e representa um determinado nível de produção. Quando a produção for zero, o CV também é zero. Os Custos Variáveis têm relação direta com os Custos Diretos de Fabricação. São Custos Variáveis: Matéria prima/insumos; materiais indiretos consumidos; mão de obra direta; gastos com horas-extras de mão de obra direta; depreciação de equipamentos (quando realizados em função de horas trabalhadas) ou quando é possível a sua alocação direta ao produto. 4 Exemplo 2: Considerando que a Custa Pouco Ltda. Tem um Custo Variável unitário (M-P e MOD) de R$8,00 e produz 1.600 unidades do Produto CPL, qual seria o Custo Variável Total? R: CVTt = R$8,00 x 1.600u CVTt = R$12.800,00 *Os custos fixos e os custos variáveis têm relação com o volume de produção. A classificação em Fixo ou Variável é aplicável a custos e despesas. O Custo fixo unitário é dependente da quantidade produzida. O Custo Variável Total é diretamente proporcional à quantidade produzida (CVu x Quantidade produzida) O Custo Variável unitário pode ser afetado por alterações de produção se o preço da matéria prima for dependente da quantidade adquirida. Neste caso o Custo Variável unitário pode ser o custo variável médio de um determinado período de produção. Custo Marginal: É o custo de produção de uma unidade adicional a um determinado nível de produção. A partir de certo nível de produção podem ser necessários investimentos, que poderão afetar o Custo Marginal e, como consequência, o Custo Variável unitário (ou variável médio). Custos Semifixos: São Custos Fixos que possuem uma parcela variável. A parcela fixa independe da produção do período e a parcela variável é dependente do volume de produção, sendo considerado o adicional aplicado diretamente à produção como CV, desde que haja possibilidade de medição. Exemplo: Energia elétrica e também podem ser classificados como custos semifixos os serviços de manutenção, os salários de supervisores, despesas de promoção e propaganda. Custos Semi variáveis: São os Custos Variáveis que possuem uma parcela fixa. Ex.: Mão de obra aplicada diretamente na produção (varia de acordo com a produção). Custos Incrementais: São os custos que variam de acordo com a ampliação do nível de atividade empresarial. Ex.: Para ampliar a produção são necessários investimentos em novos equipamentos, o que aumentará o custo fixo/indireto ou variável/direto. Custos Evitáveis: São os custos que podem ser eliminados ou adiados (uma atividade não essencial pode ser eliminada. Ex.: inspeção ou conferência, entre outros). Custos Inevitáveis: São custos que, mesmo podendo ser adiados, não podem ser eliminados. Estes custos permanecem mesmo com a redução da atividade empresarial. Ex.: Ações Judiciais, Ações Trabalhistas, alguns Impostos. Custos programados: São aqueles custos que ocorrerão em um determinado tempo futuro e que podem afetar de forma favorável ou desfavorável a empresa. Ex.: Fixos = Propaganda, Treinamento, Pesquisa & Desenvolvimento. Variáveis = Propaganda proporcional ao nível de vendas, Benefícios a empregados proporcionais ao nível de vendas. Custo das Matérias Primas Disponíveis: É o custo dos materiais que temos em estoque. Custo Primário: É o custo dos materiais (MP) que integram o produto mais a mão de obra direta (MOD), sem considerar os gastos com embalagem. Materiais secundários: materiais que entram em menor quantidade na fabricação do produto, sendo aplicados juntamente com a matéria prima como um complemento/acabamento ao produto. Em uma indústria moveleira, podem ser considerados como secundários a cola, pregos e dobradiças, entre outros. Custo de Transformação: É a soma dos gastos que a empresa teve com a produção em determinado período, sem considerar os gastos com materiais e outros empregados sem modificação (Ex.:Embalagens). Custo de Produção do Período: É a soma dos custos incorridos na produção de um determinado período. (Materiais diretos e indiretos + Mão de obra direta e indireta + Gastos gerais de fabricação diretos e indiretos, todos aplicados na produção do período). Custo de Produção: É o custo de produção do período mais o estoque de produtos em elaboração. Custo da Produção Acabada: É o custo da produção pronta menos o estoque de produtos em elaboração. Custo dos Produtos disponíveis para venda: É o custo da produção acabada no período, mais o estoque de produtos acabados. Custo dos Produtos Vendidos: É o custo dos produtos disponíveis para venda menos o estoque final de produtos acabados. Custo Unitário: O Custo Unitário (Preço de Custo Unitário) de um produto é a soma do Custo Fixo unitário mais o Custo Variável unitário. Considerando os valores da Custa Pouco Ltda., teríamos o seguinte custo unitário do produto CPL: 5 PCu = CFu + CVu PCu = R$50,00 + R$8,00 = R$58,00. Custo direto*: É aquele que pode ser apropriado diretamente ao produto fabricado (serviço entregue). Existe uma medida objetiva de seu consumo. Medidas de consumo são kg, unidade e horas, entre outros. Energia elétrica, para ser considerada como custo direto, teria que ocorrer uma mensuração de quanto é utilizada para cada produto. Exemplos: - Mão de obra direta (MOD); - materiais/insumos (MP/Ins); - embalagem - depreciação de equipamento, quando utilizado para a produção de um só tipo de produto. Custo Indireto*: São os que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados em diferentes produtos/serviços. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de base ou critério de rateio. Alguns custos que seriam diretos por natureza são classificados como indiretos em função de serem pouco relevantes no todo ou apresentarem dificuldade de mensuração Exemplos: Depreciações de equipamentos utilizados na produção de mais de um produto; aluguel da empresa; gastos com limpeza da empresa; energia elétrica que não possa ser associada ao produto; salários dos chefes de supervisão das equipes de produção. Atividades de fixação: 1. Classifique os eventos a seguir em Investimento (I), Custo (C), Despesa (D) ou perda (P): (I) Compra de matéria prima em uma metalúrgica. (D) Consumo de energia elétrica. (D) Utilização de mão de obra (não há especificação se é direta ou não). (D) Consumo de combustível. (D) Gastos com pessoal do faturamento (salário). (I) Aquisição de máquinas. (C) Depreciação da central telefônica em uma empresa de call center. (C, D ou P) Tempo ocioso (remunerado). (D) Pagamento de honorários da administração. (C) Honorários do diretor técnico do call center. (D) Depreciação do prédio da empresa. (C) Utilização de matéria prima (transformação). (I) Aquisição de embalagens. (P) Deterioração do estoque de matéria prima por enchente. (P) Remuneração do tempo do pessoal em greve. (C) Geração de sucata no processo produtivo. (P) Estrago acidental e imprevisível de lote de material. (D) Gastos com desenvolvimento de novos produtos e processos. (D) Comissões proporcionais às vendas. (P) Reconhecimento de duplicata como não recebível. (D) Imposto de circulação de mercadorias e serviços (ICMS). 2. Entre as alternativas, qual representa as funções mais relevantes da contabilidade de custos? a) Auxílio ao controle e apuração do IR. b) Ajuda à tomada de decisão e levantamento de balanço. c) Auxílio ao controle e ao processo de tomada de decisão. d) Valoração dos estoques físicos e a tomada de decisão. e) Auxílio ao controle e à valoração dos estoques físicos. 3. Quanto à função gerencial de controle, pode-se afirmar que a Contabilidade de Custos é importante para: a) Apenas auxiliar na avaliação dos estoques físicos. b) Fornecer dados para fixar padrões de comparação. c) Apenas auxiliar na avaliação dos lucros globais. d) Auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais. e) Auxiliar na preparação de demonstrações contábeis. 4. Um exemplo de informação gerada pelos Sistemas de Custos é: a) Lucro no período b) Índice de liquidez c) Custo por unidade d) Lucro por ação e) Dividendos a pagar 6 5. Ocorrendo um custo fixo total mensal de R$1.500.000,00 em uma empresa petrolífera, qual será o custo fixo a ser alocado a cada unidade de produto (Gasolina, Diesel e Óleo Lubrificante) considerando as produções descritas no quadro abaixo e considerando que o custo fixo unitário a ser alocado a cada litro (l) é igual para todos os produtos? Produto Produção Mensal Custo Fixo unitário Gasolina 10.135.250 l R$0,10 Diesel 3.710.125 l R$0,10 Óleo Lubrificante 1.154.625 l R$0,10 R$1.500.000,00 ÷ 15.000.000 litros = R$0,10 Atividades de fixação: 6. Quais são os materiais que entram em maior quantidade na fabricação de produtos? ( ) Materiais secundários; ( ) materiais de embalagem; (x) matérias primas; ( ) estoques. 7. Os materiais que são aplicados no processo de fabricação em conjunto com a matéria prima e que complementam a produção de bens são: ( ) Mão de obra; (x) materiais secundários; ( ) materiais para embalagem; ( ) matérias primas. 8. Os gastos com aluguéis, energia elétrica e serviços de terceiros são: (x) Gastos gerais de fabricação; ( ) matérias primas ( ) mão de obra; ( ) materiais secundários. 9. Um gasto que beneficia a fabricação de vários produtos ao mesmo tempo é: ( ) Custo direto (x) Custo Indireto ( ) Energia elétrica ( ) Depreciação. 10. Sempre que um gasto puder ser identificado facilmente em relação ao produto este gasto é: (x) Custo direto de fabricação; ( ) investimento; ( ) gasto geral de fabricação ( ) custo indireto de fabricação. 11. Custo é um dispêndio relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços. Custo fixo é aquele que ocorre independentemente de a produção ser inexistente ou ser máxima. Custo variável é um custo que só acontece quando utilizada mão de obra terceirizada. ( ) O texto está inteiramente correto; ( ) O texto está correto apenas no que se refere ao custo variável; (x) O texto está correto em relação a custo como um dispêndio e em relação a custo fixo; ( ) O texto está totalmente incorreto; ( ) O texto está correto somente no que se refere a custo fixo. 12. Custo fixo depende da quantidade produzida, mesmo que os custos variáveis não ocorram. Já os custos diretos são independentes em relação ao serviço realizado, não podendo ser apropriados aos mesmos. ( ) O texto está inteiramente correto; ( ) O texto está correto apenas no que se refere ao custo fixo; ( ) O texto está correto em relação aos custos variáveis; (x) O texto está totalmente incorreto; ( ) O texto está correto somente no que se refere aos custos diretos. 13. Custos indiretos dependem de serem efetuados rateios à produção. Normalmente, quando são utilizados equipamentos para a produção, ocorrem custos indiretos e seu rateio será necessário. Em empresas prestadoras de serviços também ocorrem custos indiretos. Em empresas comerciais, os custos referentes à mão de obra de limpeza e conservação da empresa também são custos indiretos. (x) O texto está inteiramente correto; ( ) O texto está correto apenas no que se refere aos rateios à produção; ( ) O texto não está correto em relação às prestadoras de serviços; ( ) O texto está totalmente incorreto; ( ) O texto está correto somente no que se refere à mão de obra e equipamentos. 7 14. O custo Primário é composto por: ( ) MP + Mão de Obra Indireta (MOI); ( ) MP + Custos Indiretos de Fabricação (CIF); (x) MOD + MP; ( ) MOD + CIF; ( ) MP + MOD + CIF 15. Quais são os custos que dependem de cálculos, rateios, estimativas e etc., para serem apropriados aos produtos/serviços? ( ) Diretos ( ) Fixos ( ) Primários (x) Indiretos ( ) Variáveis *A classificação em Direto ou em Indireto é aplicável somente a custos. Sempreque for necessária a utilização de qualquer método de rateio ou uso de estimativas e não uma mediação direta, o custo é considerado indireto. Os princípios mais adotados para a distribuição do Overhead¹ são os de benefício e causa. Benefício: Os CIP deveriam ser alocados considerando os benefícios recebidos em proporção à sua ocorrência e às finalidades gerenciais a que se destinam. Causa: Os CIP deveriam ser alocados em proporção ao fator (ou fatores) que causam estes custos, desde que claramente identificados. ¹Overhead = Despesas Gerais, Custos Indiretos DISCIPLINA DE CUSTOS GERENCIAIS – Aula 2 Produtividade: Produzir mais no mesmo tempo, produzir mais em menor tempo. É uma relação entre eficiência de produção em relação ao tempo de produção. Produzir melhor, ou a busca empresarial por eliminar o que não agrega valor ao produto ou serviço, sob a perspectiva do consumidor, também pode ser um exemplo de produtividade. Quadro 1 Período 1 Período 2 Período 3 Produção 10.000 6.250 8.000 Custo Total 150.000,00 131.250,00 116.000,00 Custo Unitário 15,00 21,00 14,50 No quadro acima temos 3 tempos de produção de uma empresa. O período 1 seria a produção normal; O período 2 seria a produção em um momento de crise (inflação, demanda, custo do produto, problemas de produção); O período 3 seria a adaptação empresarial após a crise, com medidas de saneamento que resultaram, inclusive, em redução de custo unitário, possibilitando um maior lucro ($) ou rentabilidade (%). Para avaliarmos a produtividade devemos considerar a relação entre os gastos com insumos, o tempo de produção e o faturamento resultante da produção. Ser produtivo*, na visão do mercado é ter bom (maior) faturamento. Ser produtivo*, na visão da empresa, é reduzir gastos (como consequência, obter + ganhos). *considerando o curto prazo. Exemplo 3: Preço de venda de cada unidade = R$21,00 Período 1 Período 3 Receitas 210.000,00 168.000,00 Produção 10.000 8.000 Custo Total 150.000,00 116.000,00 Lucro 60.000,00 52.000,00 Maior Eficiência (produção) X Maior Rentabilidade (ganho %) X Atividade de revisão: 16. Uma empresa tem em sua linha de produção certo produto que demanda 20 minutos para a sua produção (padrão eficiente de cada unidade). O custo da mão de obra é de R$20,00 / hora. Trabalha-se 8 horas por dia. 1. Em um dia foram produzidos 16 produtos em 6 horas; 2. Em outro dia, foram produzidos 24 produtos; 3. Em um terceiro dia foram produzidos 22 produtos em 7 horas. Verificando o exemplo observamos que existem diferenças nestes três dias de produção. Calcular: Qual deveria ser a produção normal diária em 1, quantas horas de trabalho foram perdidas e quantos deveriam ter sido produzidos nas horas trabalhadas? R: Deveriam ser produzidos 24 produtos, portanto 8 não foram produzidos, 2 horas foram perdidas e nas 6 horas trabalhadas deveriam ter sido produzidos 18 e não 16 produtos. Qual foi a situação da produção em 2? R: Produção normal. O que ocorreu em 3 em relação à produção e ao tempo? Ganho de produção, pois o normal em 7 horas seria a produção de 21 produtos. Objetivos de avaliar custos no tempo: No Curto Prazo Garantia da sobrevivência empresarial. 8 No Longo Prazo Eliminação de deficiências técnicas e mercadológicas, entre outras, para a melhoria da competitividade e consequente crescimento empresarial. A Melhoria Contínua é obtida através da busca constante de: - Eliminação / redução de proteções; - Identificação de problemas; - Eliminação das causas dos problemas. O processo de formação do preço de venda de um produto não depende somente do processo de formação do custo de produção. Passado Visão Contábil de que o Preço de Venda era igual a Custo mais Lucro. Presente/Passado Visão de controle, em que o Lucro é formado de Preço de Venda menos Custo. Futuro/Presente Visão Gerencial de que o Custo (custo-meta) é igual ao Preço de Venda menos o Lucro. A lógica ideal seria: Eliminação de perdas, redução de trabalhos adicionais e aumento do trabalho efetivo. - Perda é referente a tudo o que eleva o custo do produto ou serviço (Refugos e sobras, paradas e esperas, Inspeções e controles, contagens, etc.). - Trabalho adicional é o que não agrega valor, somente custos (preparação de máquinas, movimentações de materiais). - Trabalho efetivo é o que agrega valor ao produto (usinar, montar). Princípios e Métodos de Custeio: Custos Variáveis Custos Diretos “x” “x” Custos Fixos Custos Indiretos Princípios de Custeio: Métodos de Custeio: 1. Absorção total; 1. Custo Padrão; 2. Absorção parcial; 2. Centros de Custos; 3. Variável (Direto); 3. ABC. 4. UEP. Princípios de custeio qual informação o sistema deve gerar. Métodos de custeio como a informação será obtida. Princípios + Métodos = Sistemas de Custeio. A Contabilidade Gerencial de Custos é a organização sistemática das informações referentes aos custos empresariais. É composta das fases de: - Levantamento dos dados de custos (apuração); - Informações sobre os custos (divulgação); - Aferição, tabulação e comparação dos custos (análise). SISTEMAS DE CUSTOS: Sistemas de acumulação de custos são destinados a coletar custos identificados direta ou indiretamente com o objeto de custeio. Os dados são organizados, analisados e informados para auxiliar na tomada de decisão gerencial. Na escolha de um sistema a administração analisa vantagens e desvantagens de cada um deles. Sistema de Custo Histórico: Os custos (diretos e indiretos) realmente ocorridos durante o processo de produção, são acumulados e distribuídos à medida que ocorrem ou ao final do período. O fechamento é efetuado após terem sido executadas todas as operações de produção do bem ou serviço, para que se tenha o cômputo de todos os custos. Eventualmente, custos são computados a posteriori. Este sistema pode ser afetado por sazonalidades, propiciando variações significativas das distribuições dos CIP à unidade produzida. Sistema de Custo Padrão: Todos os custos são determinados antes da produção, em quantidades e valores. A partir da realização do Custo, é verificada a variação ocorrida (real x padrão). Sistema de Custo Estimado: É efetuada uma estimativa dos custos que deverão ocorrer. Representam uma expectativa de custos e não têm o rigor do custo padrão. A estimativa, normalmente, é baseada em alguma experiência anterior no produto e/ou serviço, com ajustes às situações atualmente vigentes. Métodos de Acumulação dos Custos (ou sistema de custeamento): A) Sistema de Custeamento por Ordem de Produção (encomenda/especificações do cliente) Produtos diferenciados, não padronizados, fabricados de acordo com as especificações do cliente. Na produção por encomenda os custos são separados em contas específicas para cada lote/encomenda. A conta só é encerrada quando o lote estiver concluído, independente do encerramento do exercício (ano) a conta permanece em 9 elaboração. Quando encerrar o lote/encomenda os custos são transferidos para estoque de produtos acabados ou para CPV. Este sistema exige maior quantidade (soma) de recursos administrativos, mas é apontado como o melhor sistema de acumulação de custos (Leone, ob. Cit., p. 233). FASES: - orçamento para o cliente; - aceitação do orçamento pelo cliente; - gerência emite ordem de produção; - planejamento e controle da produção; - programação de produção; - aquisição dos fatores de produção. Exemplos: Estaleiros, gráficas, consultorias, auditorias, construção civil. B) Sistema de Custeamento por Processo (padronizados/em série/de modo contínuo) Produtos fabricados em série, de modo contínuo, são produtos padronizados cujademanda é contínua e inespecífica. Os custos são acumulados por linha de produção e são encerradas ao fim do período (semana, mês, ano – de acordo com o período mínimo contábil da empresa). As contas não são encerradas quando o produto é acabado e sim no fim do período. Não se avalia o custo unitário e sim o custo médio (CT / Produção). Normalmente não há pedido do cliente. O setor Comercial estuda o mercado, induz o mercado (propaganda), o mercado aceita o produto, a empresa tem preço para ofertar o produto ao preço que o mercado está disposto a pagar. Ex.: Alimentos, bebidas, roupas, fármacos, serviços (correios, fone, luz). Características básicas e Particularidades de uma produção por processo: A produção é feita para o estoque e a seguir vendida para os clientes; A produção é contínua ou em massa; A produção consiste em unidades iguais; O produto é fabricado atravessando vários processos produtivos; Cada processo é considerado uma pequena fábrica independente dos demais processos; Os fluxos podem ser diferentes, o que dificulta a acumulação e a análise dos custos. Características básicas do sistema contábil: A acumulação dos custos é feita por departamentos ou processos; Cada unidade produzida demanda a mesma quantidade de recursos produtivos; Há uma padronização do produto e dos processos produtivos; A acumulação dos custos é feita, normalmente, de forma mensal; O sistema acumula por períodos de tempo e por departamentos ou processos os dados físicos, quantitativos, que se destinam ao cálculo de custos unitários, à formação de indicadores de controle e de desempenho e ao estabelecimento de uma padronização de custos; O sistema de custos procura refletir todo o processo físico de produção, quando estabelece centros de acumulação de dados físicos e de custos e vai transferindo os dados de um centro para outro (seguinte), de um processo para o seguinte; Uma vez que os produtos e os processos são padronizados, é mais fácil articular os custos padrão ao sistema de custos por processo. Nos dois sistemas os custos indiretos são acumulados nos departamentos para serem, posteriormente, alocados aos produtos (ordens ou linhas de produção). É muito comum que as empresas adotem os dois sistemas simultaneamente. Os objetivos dos sistemas de custeamento é a determinação dos custos de produção, totais ou unitários. Exemplo: Na construção de uma residência, é importante o custo total, mas é um ponto de decisão importante o conhecimento dos custos unitários dos materiais, do custo unitário do m² (CUB). As informações de custo, comparadas com dados de produção semelhantes dos concorrentes, comparados com os dados de períodos imediatamente anteriores e consecutivos e com as projeções realizadas se destinam às funções de controle. O critério de custeio normalmente empregado pelos contadores no Brasil (Leone, ob. Cit. 283) é o custeio por absorção, onde todos os custos, diretos ou indiretos, são alocados ao produto ou serviço. A medição unitária de custos pode ser por: Unidade, peça; kg, grama; tonelada (t); área (m²); volume (m³); metro (m); litro, galão (3,6l); hora, minuto, segundo; percentual; razão e proporção entre outros. Há um universo de fornecedores de tecnologia de informação. Existem aplicativos para atender às necessidades de geração de informação para todos os tamanhos de empresa, com soluções e preços variáveis, que podem ser desde simples soluções “caseiras” até os mais completos sistemas integrados de gestão (normalmente implantados em módulos). Os sistemas de informações podem ser: - Genérico (atendem aos mais diversos ramos empresariais); 10 - Especializado (aplicativo desenvolvido para atender a um determinado segmento empresarial), que pode conter bancos de dados de estoques, compras, emissão de NF, vendas, atendimento, relatórios de acompanhamento e gerenciais; - Específico que normalmente é feito sob encomenda para determinada empresa, em função de atendimento a necessidades de processos e critérios típicos da organização. CONCEITOS RELACIONADOS: CUSTEAR: Coletar, acumular, organizar, analisar, interpretar e informar custos e dados de custos para auxílio à tomada de decisões gerenciais. SISTEMA: Conjunto de componentes administrativos, de registros, de fluxos, de procedimentos e de critérios que agem e interagem de modo coordenado para atingir a determinado objetivo. TIPOS DE CUSTOS: Reais (históricos ou contabilizados), custos estimados e custos-padrão. PRODUÇÃO: Fabricação ou Prestação de Serviços. Materiais Diretos As matérias primas, os componentes adquiridos prontos, as embalagens e os outros materiais diretos utilizados no processo de produção são apropriados aos produtos ou serviços por seu valor histórico de aquisição. Os problemas existentes em uma empresa com relação a materiais normalmente são divididos em avaliação, controle e programação. Para saber quanto de cada matéria prima foi aplicado na produção de algum produto, é necessário exercer alguma espécie de controle (requisição, apontamento pelo chefe do departamento, apontamento por alguém do sistema de custos, etc.). Gastos que integram o valor dos materiais: A regra geral do custo histórico diz que todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de uso (equipamentos, matérias primas, ferramentas e etc.) ou em condições de venda (mercadorias e etc.) incorporam o valor deste mesmo ativo. Se adquirido para venda, todos os gastos para colocá-lo em condições de venda. Se adquirido para uso, todos os gastos incorridos até o seu consumo. Empresas comerciais tratam os gastos com armazenagem de mercadorias destinadas à venda como despesa. Empresas industriais, ao estocar matéria prima, não consideram os gastos com armazenagem como despesa e sim como acréscimo ao valor dos itens estocados. Na indústria a armazenagem é uma fase do processo de produção. Na indústria, valores relacionados à área de produção é custo e valores relacionados às áreas de apoio é despesa. É comum à indústria ratear os gastos de armazenagem diretamente aos produtos. Cuidados devem ser tomados para, quando houver oscilações nos volumes de produção, os custos de estocagem de material não serem jogados no período seguinte se referentes a produtos elaborados no mês anterior. No Brasil, descontos financeiros obtidos por antecipação de pagamento de materiais são considerados como receitas financeiras e não como uma redução do custo, sendo o valor bruto imputado ao material. Descontos Comerciais e Abatimentos devem ser considerados redução do preço de aquisição. Despesas Financeiras não integram o custo dos materiais, devendo ser debitadas diretamente ao Resultado. Quadro 2. Demonstração do Custo dos Produtos Vendidos da Empresa “X” em um período “Y”: 1. Estoque inicial de matérias primas 100 2. (+) Compras de matérias primas 1.000 3. (=) CUSTO DAS MATÉRIAS PRIMAS DISPONÍVEIS 1.100 4. (-) Estoque final de matérias primas 300 5. (+) CUSTO DAS MATÉRIAS PRIMAS APLICADAS 800 6. (+) Mão de obra direta 400 7. (=) CUSTO PRIMÁRIO 1.200 8. (+) Outros custos diretos 8.1 Materiais secundários 80 8.2 Materiais de embalagem 30 8.3 Outros materiais 0 8.4 Gastos gerais de fabricação diretos 0 110 9. (=) CUSTOS DIRETOS DE FABRICAÇÃO 1.310 10. (+) custos indiretos de fabricação 10.1 Materiais indiretos 0 10.2 Mão de obra indireta 100 10.3 Gastos gerais de fabricação indiretos 350 450 11. (=) CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO 1.760 12. (+) Estoque inicial de produtos em elaboração 80 13. (=) CUSTO DE PRODUÇÃO 1.840 14. (-) Estoque final de produtos em elaboração 140 15. (=) CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA NO PERÍODO 1.700 16. (+) Estoque inicial de produtos acabados 500 17. (=) CUSTO DOS PRODUTOS DISPONÍVEIS PARA VENDA 2.200 18. (-) Estoque final dos produtos acabados 300 19. (=) CUSTO DOS PRODUTOSVENDIDOS 1.900 Contabilização do Custo: Para a contabilização do Custo existem basicamente dois sistemas: 11 1. Sistema de Inventário Periódico: - O custo dos produtos fabricados é conhecido somente no final de um período (dia, mês, ano...), por ocasião do inventário físico dos estoques de materiais, de produtos acabados e de produtos em elaboração. É um sistema simplificado, de cálculo global, sem controles rigorosos e nem a utilização de pessoal especializado. É utilizado em empresas de pequeno e médio porte. 2. Sistema de Inventário Permanente (Sistema do Custo Integrado): - O custo é calculado unitariamente, os estoques são controlados permanentemente, utiliza pessoal especializado e adota controles minuciosos, sendo normalmente utilizado por empresas de grande porte. Nos dois sistemas os elementos componentes do custo (industrial) são os mesmos (material, mão de obra e gastos gerais de fabricação). Os dois sistemas são permitidos pela legislação brasileira. Custeio Direto (ou Variável): São considerados como custo de fabricação (ou de produção) somente os custos diretos ou variáveis, sendo os custos indiretos ou fixos considerados juntamente com as despesas operacionais normais da empresa industrial. Ver linha 9 do Quadro 2. A diferença entre o Preço de Venda* e o Custo Variável é a Margem de Contribuição unitária, que demonstra com quanto cada unidade produzida contribui para a cobertura dos Custos fixos e lucro. O Custeio Variável pode ser usado para fins de determinação do Resultado, Planejamento, Acompanhamento do Desempenho e Tomada de Decisão. *PVu = Cvu + MCu (Cfu + Lucro + Impostos e Taxas e etc.). Custeio por Absorção (ou Convencional): São considerados como custo de fabricação todos os custos incorridos no processo de fabricação do período, sejam eles diretos (variáveis) ou indiretos (fixos). Todos os custos de produção são apropriados aos bens elaborados. Ver linha 11 do Quadro 2. O Método do Custeio por Absorção é dividido em Integral (Custos + Despesas) e Parcial (somente os custos de produção são alocados aos produtos). No Brasil deve ser utilizado o custeio por absorção para fins de apuração do Custo de Fabricação, conforme determina a legislação do IR. A depreciação dos equipamentos e outros imobilizados utilizados na produção, se amortizáveis, é distribuída aos produtos elaborados e somente se torna despesa quando da venda do bem. O Sistema de Custeio por absorção pode ser subdividido em integral e ideal. Custeio por absorção integral (ou total): A totalidade dos custos (fixos e variáveis) é alocada aos produtos. Este sistema se relaciona com a avaliação de estoques, ou seja, com o uso da contabilidade de custos como apêndice da contabilidade financeira, que se presta para gerar informações para usuários externos à empresa. Assim, de forma simplificada, podemos identificar este princípio como o atendimento das exigências da contabilidade financeira para a avaliação dos estoques. Muitas vezes suas informações são, também, utilizadas com fins gerenciais. Exemplo 4. A empresa EX, em um determinado mês, produziu 80.000 unidades. Os custos totais do período atingiram R$1.400.000,00. Pergunta: Qual é o custo unitário do produto – Cun(t) - de acordo com o custeio integral? R.: Custo Unitário (Cun) Cun = CT ÷ Produção 1.400.000 ÷ 80.000 = R$17,50 Custeio por absorção ideal: Todos os custos são também computados como custos dos produtos. Os custos relacionados com insumos usados de forma não eficiente (desperdício, total ou unitário) não são alocados aos produtos. O custeio por absorção ideal adapta-se ao auxílio do controle de custos e ao apoio de melhoria contínua da empresa. Este sistema é afetado por alterações e/ou sazonalidades da produção, pois os custos indiretos fixos permanecem inalterados em relação ao volume desta produção, dificultando o processo de tomada de decisão. Exemplo 5. A empresa EX possui capacidade de produzir 100.000 produtos e, em um determinado mês, produziu 80.000 unidades. Os custos fixos do período atingem R$1.000.000,00 e os Custos Variáveis ideais (CVu) são de R$5,00 por unidade, atingindo, portanto, R$400.000,00 (R$5,00 x 80.000u) no período. Pergunta: Qual é o custo unitário do produto – Cun(i) de acordo com o custeio ideal? R.: Cun = ( CFTt / Produção ) + CVu O custeio por absorção ideal alocaria R$15,00 (1.000.000 ÷ 100.000) = 10,00 + 5,00 por item produzido. PCfu ideal = R$1.000.000 ÷ 100.000u = R$10,00u PCfu ocorrido = R$1.000.000 / 80.000u = R$12,50u Desperdício unitário (Du) = R$10,00u - R$12,50u = R$2,50u Desperdício total (DTt) = R$2,50 x 80.000u = R$200.000,00 Ou Desperdício Total = [(1.000.000,00 ÷ 100.000u) – (1.000.000,00 ÷ 80.000u)] x 80.000u = R$200.000,00 Desperdício unitário = R$200.000,00 ÷ 80.000u = R$2,50u Ou Desperdício total = R$200.000,00 é referente a 20.000 unidades não produzidas x R$10,00u que seria o Cfu ideal, estes R$200.000,00 correspondem aos desperdícios totais do período. 12 Desperdício unitário = R$200.000,00 ÷ 80.000u = R$2,50 que é o desperdício unitário. *No caso de a produção superar a capacidade normal, ser maior que a produção ótima, há Ganho (G) unitário e total e seu cálculo é efetuado da mesma maneira que é efetuado o cálculo para Desperdício. **No caso de Desperdício ou Ganho constante, a capacidade de produção pode estar mal formulada. Quadro 3 Cfu = CF ÷ Produção Cun = Cfu + CVu + Desperdício unitário Du = Cfu (ótimo*) – Cfu (não ótimo) Gu Du = Cfu (ótimo) – Cfu (não ótimo) *ótimo = capacidade de produção, produção normal, produção média, nível de produção frequente. Como a empresa do exemplo de algum modo foi ineficiente, os custos fixos que eram para ser distribuídos em 100.000 unidades (capacidade de produção) foram distribuídos em uma produção de 80.000 unidades, ocasionando uma distribuição adicional (elevação de custo unitário) de R$2,50 por unidade. Assim, o produto que deveria ter um Custo Unitário de R$15,00 passa a ter um Custo Unitário de R$17,50. O Custo Unitário é igual à soma do Custo fixo Unitário com o Custo Variável Unitário. Neste momento ainda não está em análise de forma específica a questão de impostos incidentes sobre o produto. Exemplo 6. A empresa MK faz um único produto, que tem um custo variável unitário de R$5,00. Os custos fixos totalizam R$100.000,00, sendo a sua capacidade de produção de 10.000 unidades. Essa empresa vem trabalhando em seu nível de produção máximo e, assim, o custo unitário de seu produto é: Custo = R$100.000 + 5 = 10 + 5 = R$15,00 a unidade. 10.000u O preço de venda é determinado fixando-se um lucro de 40% sobre o custo (mark-up = 1,4): Preço = 1,4 x Custo = 1,4 x 15 = R$21,00 a unidade. Em um período de recessão, as vendas diminuem 37,5%, atingindo 6.250 unidades. Pelo custeio ideal, o custo passa para: Custo¹ = 100.000 + 5 = 16 + 5 = R$21,00 unidade 6.250 O preço praticado pela empresa torna-se: Preço¹ = 1,4 x Custo¹ = 1,4 x 21 = R$29,40 a unidade. Com tal preço, a empresa MK perde competitividade no mercado, pois o preço proposto está muito acima do normalmente praticado. Caso a concorrência mantenha o preço de venda anterior, a empresa MK terá sérias dúvidas sobre o que fazer, pois, inclusive, seu custo unitário nesta nova situação é igual ao preço de venda anterior. Para explorar o porquê desse impasse, vamos recalcular o preço após a queda nas vendas, analisando o custo sob a ótica do custeio ideal: O cálculo do preço de venda foi: Custo = 100.000 + 5 = 10 + 5 = R$15,00 a unidade. 10.000 100.000 x (10.000 – 6.250) Desperdício = 10.000 = R$6,00 a unidade (ou 15 – 21) 6.250 Preço = 1,4 x 21 = 1,4 x (5 + 10 + 6) = 7 + 14 + 8,4 = R$29,40 a unidade Observando o penúltimo termo dessa sequência (7 + 14 + 8,4), ovalor R$7,00 representa o custo variável mais o lucro correspondente a ele, o valor R$14,00 identifica o custo fixo eficiente mais o lucro correspondente e o valor de R$8,40 relaciona-se ao desperdício mais 40% de lucro sobre o desperdício. É claro que a mera discriminação do desperdício não resolve o problema da empresa, porque, se a gerência não agir para eliminar ou reduzir a ineficiência na utilização dos recursos, o prejuízo continuará ocorrendo. Porém, a explicitação do desperdício deixa a situação muito mais clara para o gerente, facilitando a análise do problema e a tomada de ações corretivas. Comparando Custeio por Absorção e Custeio Variável (quadro 2, pág. 10), teríamos o seguinte quadro: Custeio por Absorção Custeio Variável Receita 100.000,00 100.000,00 Custo de Produção - Matéria Prima (20.000,00) (20.000,00) - Mão de obra direta (15.000,00) (15.000,00) - CIP fixos ( 5.000,00) - - CIP variáveis (10.000,00) (10.000,00) Lucro Bruto 50.000,00 - Despesas fixas do período (20.000,00) - 13 Despesas Variáveis do período (20.000,00) (20.000,00) Margem de Contribuição* - 35.000,00 Custos de Produção fixos - ( 5.000,00) Despesas Fixas do Período - (20.000,00) Lucro Operacional 10.000,00 10.000,00 Considerando uma produção de 1.000 unidades do produto, a Margem de Contribuição unitária (MCu) é de R$35.000,00 ÷ 1.000u = R$35,00u. 1. Qual o Custo Fixo Unitário? R: R$25,00 [(R$5.000,00 + R$20.000,00) ÷ 1.000u] 2. Qual o Lucro unitário? R: R$10,00 (R$10.000,00 ÷ 1.000u) A Margem de Contribuição pode ser utilizada como fator de decisão em relação “mix” de vendas, distribuição, comprar ou fazer, eliminar ou não algum produto ou departamento, planejamento de lucro, análises de fluxo de caixa, investimentos, política de preços e etc. DISCIPLINA DE CUSTOS GERENCIAIS – Aula 3 Atividades de Revisão: 17. A Empresa De & Ce Ltda. produz calças jeans para o mercado do Sul do Brasil. Esta empresa tem seus custos fixos totais mensais de R$425.500,00 e o custo variável de cada peça produzida é de R$9,75. A produção normal da empresa é de 42.550 peças mensais. No mês de junho a empresa produziu 38.000 peças. Com base nas informações acima calcular: 17.1. O Custo Fixo unitário da produção normal e o Custo Unitário de cada peça R: R$10,00 e R$19,75 17.2. O Custo Fixo unitário do mês de junho e o Desperdício, ou Ganho, unitário e total daquele mês. R: R$11,20 e R$1,20 e R$45.600,00 18. A empresa Sempre Viva Ltda. tem um custo fixo de R$1.500.000,00 mensais. A sua capacidade de produção é de 150.000.000 peças ao mês e o custo variável unitário é de R$0,03. A rentabilidade da SV é de 25% sobre o custo unitário de produção. Utilizando-se dos métodos de custeio apresentados, calcular: 18.1. O custo unitário na capacidade de produção e o preço de venda unitário. R: R$0,04 e R$0,05 18.2. O valor do custo variável total e o valor total das vendas mensais: R: R$4.500.000,00 e R$7.500.000,00 19. A empresa Sempre Viva Ltda. tem um custo fixo de R$1.500.000,00 mensais. A sua capacidade de produção é de 50.000 peças ao mês e o custo variável unitário é de R$19,50. A rentabilidade da SV é de 32% sobre o custo unitário de produção. Utilizando-se dos métodos de custeio apresentados, calcular: 19.1. O Custo unitário na capacidade de produção e o preço de venda unitário. R: R$49,50 e R$65,34 19.2. Considerando uma produção de 51.500 peças em um mês qualquer, calcular o desperdício, ou ganho, total e o novo preço de venda unitário: R: R$44.805,00 e R$64,19 20. A Empresa De & Ce Ltda. produz calças jeans para o mercado do Sul do Brasil. Esta empresa tem seus custos fixos totais mensais de R$425.500,00 e o custo variável de cada peça produzida é de R$5,75. A produção normal da empresa é de 34.000 peças mensais. No mês de junho a empresa produziu 34.000 peças. A rentabilidade da empresa é de 27,6% sobre o Preço de Venda Unitário. Com base nas informações acima calcular: 20.1. O Custo Unitário da produção normal e o Preço de Venda Unitário de cada peça R: R$18,26 e R$25,22 20.2. O Custo Fixo unitário do mês de junho e o Desperdício, ou Ganho, total daquele mês. R: R$12,51 e Não há desperdício e nem ganho, pois a produção de junho foi igual à normal. 21. BOLINHO DE BACALHAU (rendimento = 40 unidades): Quadro 4 Ingredientes Custo (un. medida) R$ Custo (utilização) R$ 250 g de bacalhau 60,00 o kg 15,00 250 g de batata 3,00 o kg 0,75 2 colheres (sopa) de farinha de trigo* (50g) 2,60 o kg 0,13 1 cebola picada (200g) 2,00 o kg 0,40 2 dentes de alho picados* (10g) 12,00 o kg 0,12 3 colheres (sopa) de azeite para o tempero* (21ml) 15,00 (500ml) 0,63 1 xícara (chá) de farinha de rosca* (75g) 3,00 o ¹/2 kg 0,45 ½ xícara (chá) de salsa picada* (40% do molho) 1,50 o molho 0,60 1 l de óleo para a fritura* 3,00 a lata 3,00 Papel toalha, o necessário para absorver a gordura excedente, sal e pimenta a gosto 2,50 o pacote de papel + 1,22 o sal e a pimenta 3,72 TOTAL 24,80 Modo de preparo: 1. Se o bacalhau estiver salgado, coloque-o dentro de uma tigela com bastante água. Troque a água da tigela de 1 em 1 hora, durante 5 horas. 2. Pique os ingredientes pedidos na receita. 14 3. Descasque as batatas, corte-as em pedaços médios e coloque numa panela com água. Leve ao fogo alto. 4. Quando ferver conte 15 minutos e desligue (as batatas devem ficar bem macias). Escorra a água e coloque as batatas num prato grande. Deixe descansar por 5 minutos para o excesso de água evaporar. 5. Retire o bacalhau da tigela e coloque dentro de uma panela, cubra com água e leve ao fogo alto. Quando ferver, conte 5 minutos e desligue. Deixe esfriar. 6. Enquanto o bacalhau esfria, passe as batatas pelo espremedor, ou desmanche com uma colher de pau para formar um purê. 7. Quando o bacalhau estiver frio desfie-o com as mãos. 8. Leve uma panela ao fogo, junte o azeite e deixe esquentar. Adicione a cebola e o alho. Refogue por 4 minutos. 9. Coloque o bacalhau desfiado na panela e misture muito bem. Cozinhe por 5 minutos. Desligue o fogo e deixe esfriar. 10. Misture o bacalhau com a batata e a farinha. Tempere com sal, pimenta-do-reino e salsinha. 11. Coloque a farinha de rosca num prato grande. Faça bolinhas com a massa de bacalhau, do tamanho que quiser. Empane com a farinha de rosca cobrindo bem cada bolinha na farinha. 12. Coloque o óleo numa panela e leve ao fogo para esquentar. Para saber quando o óleo está na temperatura certa, coloque um palito de fósforo dentro da panela e assim que ascender está pronto. 13. Retire o palito de dentro da panela e coloque alguns bolinhos para fritar. Não encha demais a panela, pois os bolinhos podem grudar. Faça por etapas. 14. Quando os bolinhos estiverem bem dourados retire da panela com uma escumadeira e coloque sobre papel toalha para escorrer a gordura. Sirva bem quente. 1. Qual o Preço de Custo do bolinho de bacalhau produzido por Maria? Cada bolinho custa: Gasto com ingredientes ÷ quantidade = custo unitário de cada bolinho. Preço de Custo Unitário considerando que sobras tem utilização futura: R$24,80 ÷ 40 = R$0,62 com o material utilizado Preço de Custo Unitário com o material comprado e considerando que as sobras não teriam utilidade para Maria (considerar 100g de alho = 1 cabeça): 15,00 + 0,75 + 2,60 + 0,40 + 1,20 (1 cabeça de alho = 100g) + 15,00 + 3,00 + 1,50 + 3,00 + 3,72 = R$46,17 ÷ 40 = R$1,15 (1,154250). O gasto de Maria foi somente com ingredientes? Houve gastos com: - aquisição de fogão, mesa, utensílios e etc.; - água, gás, energia elétrica e etc.; - deslocamento para aquisição dos ingredientes; - tempo de uma ou mais pessoas para o preparo e etc.; - embalagem e forma de papel para cada bolinho. QuandoMaria passa a produzir “artesanalmente” bolinhos para comercialização, o Preço de Custo unitário passa a considerar toda a infraestrutura necessária para a produção comercial: Quadro 5 TIPO VALOR CUSTO MENSAL Fogão 1.000,00 ( ÷ 60 meses) 16,67 Mesa e Utensílios 500,00 ( ÷ 60 meses) 8,33 Água, gás e En. Elétrica 400,00 (mensal) 400,00 Deslocamentos 300,00 (semanal2) 1.200,00 Mão de obra de duas pessoas 2 x 1.200,00 já com encargos 2.400,00 Embalagem* R$2,00 x 8 cxa. x 30 dias 480,00 Custo total M-P bolinhos R$0,56 x 400 bol. x 30 dias 6.720,00 TOTAL DOS CUSTOS 11.225,00 Produção mensal 12.000 unidades Custo Unitário antes lucro 0,94 (0,935417) Preço de venda unitário (30%) R$0,94 ÷ 0,7 1,34(1,342857) Preço de venda da caixa (50) R$1,34 x 50 un. 67,00 Receita total* R$67,00 x 8 cxa. x 30 dias 16.080,00 Lucro antes dos impostos R$16.080,00 – R$11.225,00 4.855,00 Lucro após ICMS e Aluguel 4.855 – 500 (aluguel) – 2.713,20 (17% de R$15.960,00) + 1.122,00 (17% de 6.600,00) 2.763,80 Informações para a resolução: Para fabricar o bolinho comercialmente e obtendo um melhor aproveitamento dos ingredientes, Maria conseguiu reduzir o custo inicial (R$0,61) em 10%. Os materiais adquiridos para a fabricação do bolinho mais as horas de trabalho compõem o custo direto. O Custo Direto faz parte do bem produzido. O aluguel¹, a depreciação dos utensílios, a água, o gás, a energia elétrica e etc. compõem o custo indireto. O Custo Indireto contribui para a produção do bem. Quando da produção de mais de um produto, os custos indiretos deverão ser rateados (distribuídos) entre a produção, sendo que para isto são adotados critérios como hora e, dia de utilização, consumo, hora de trabalho, área ocupada e etc. 15 Os custos indiretos são somados aos diretos e o seu total, dividido pela produção total de cada produto, compõe o custo unitário deste produto. CUSTO = materiais (CD) + mão de obra (CD) + demais gastos gerais para a fabricação (CI). *No caso acima foi considerada a fabricação de 8 caixas por dia (400 bolinhos), 30 dias por mês. ¹Maria ainda não considera o aluguel como custo. Maria também não paga impostos, em função de atuar de forma artesanal não legalizada. 2Neste caso, simplificadamente, foram utilizadas 4 semanas (28 dias) como despesa mensal, o que não afeta de forma significativa o cálculo final. Para completar o Quadro 5 acima, calcular: A) O Preço de Custo unitário de cada bolinho; B) O Preço de Venda de cada bolinho, considerando um ganho de 30% sobre o PVu; C) O Preço de Venda de cada caixa; D) A Receita Total Mensal obtida por Maria nesta nova situação; E) O “lucro” mensal obtido por Maria; F) Qual seria o lucro obtido por Maria legalizando a empresa se: - Passasse a pagar 17% de ICMS sobre o Preço de Venda unitário; - Tivesse crédito de 17% de ICMS sobre o Preço de Custo dos ingredientes adquiridos; - Tivesse um custo de localização (aluguel) de R$500,00? DISCIPLINA DE CUSTOS GERENCIAIS – Aula 4 Atividades de revisão: 22. A empresa Vai Que Dá Ltda. tem um custo fixo de R$200.000,00 mensais. A sua produção ótima é de 20.000 peças ao mês e o custo variável unitário é de R$1,00. A rentabilidade da VQD é de 25% sobre o custo unitário de produção. Utilizando-se dos métodos de custeio apresentados, calcular: a) O Custo unitário ótimo de produção Cu = Cfu + Cvu R: (200.000 / 20.000) + 1,00 = 11,00 b) O preço de venda unitário Pvu = Cu + 25% do Cu R: 11,00 x 1,25 = R$13,75 c) Considerando uma produção de 12.000 peças em um mês qualquer, calcular o desperdício unitário e total. Du = Cfu ótimo – Cfu ocorrido R: R$10,00 – (R$200.000,00 / 12.000u) = 6,67 DTt = 6,67 x 12.000 = 80.040,00 d) Com base nos dados da produção de 12.000 peças, calcular o novo preço de venda unitário. R: (R$16,67 + R$1,00) x 1,25 = 22,09 23. A empresa “Só Queimando” tem uma linha de produção de fogões a gás do tipo AB que, para a composição do preço de custo de cada unidade, têm os seguintes componentes e valores: Material Preço Unitário Preço Total Queimador (4 peças) 3,75 15,00 Espalhador (4 peças) 0,98 3,92 Estufa 12,60 12,60 Forno auto limpante 11,75 11,75 Sistema de iluminação do forno 2,30 2,30 Grades (2 peças) 4,70 9,40 Grill elétrico do forno 23,68 23,68 Lâmpada automática do forno 3,90 3,90 Mesa em aço inox 17,90 17,90 Puxadores (6 peças) 1,35 8,10 Painel digital 11,00 11,00 Porta do forno 14,50 14,50 Porta da estufa 6,90 6,90 Pés niveladores (4 peças) 0,75 3,00 Queimador Rápido e Espalhador 2,10 2,10 Timer corta gás 2,90 2,90 Travas de Segurança para Crianças (2 peças) 2,30 4,60 Vidro do forno espelhado 7,50 7,50 Tampa em vidro especial 16,00 16,00 Sistema de acendimento automático 8,00 8,00 Caixa em Inox 68,00 68,00 CUSTO TOTAL 253,05 ICMS (17%) 81,17 LUCRO (30%) 143,23* PREÇO DE VENDA 477,45 A SQ vende seus produtos em loja própria, diretamente aos consumidores. 16 A partir dos dados fornecidos, já com todos os custos e créditos considerados e sabendo que o ICMS e o Lucro são obtidos do preço de venda ao consumidor, calcular: a) O Preço de Custo e o Preço de Venda - R: R$253,05 e R$477,45 b) O valor do ICMS e o valor do Lucro antes do IR - R:R$81,17 e R$143,23(*arredondamento) c) O Custo Tt e a Receita Tt na produção de 850 un./mês – R:R$215.092,50 e R$405.832,50 d) O Lucro Tt considerando 15% de Imposto de Renda – R$103.483,68 (R$103.490,90) 24. A empresa Sempre Viva tem um custo fixo de R$20.000,00 mensais. A sua capacidade de produção ótima é de 10.000 peças ao mês e o custo variável unitário é de R$1,00. A rentabilidade da SV é de 25% sobre o custo unitário de produção. Utilizando-se dos métodos de custeio apresentados, calcular: 24.1. O Custo unitário na capacidade de produção ótima e o preço de venda unitário. Custo Unitário = (R$20.000,00 / 10.000 peças) + R$ 1,00 R: R$3,00u Preço de Venda unitário = R$3,00 + 25% de R$3,00 R: R$3,75u 24.2. Considerando uma produção de 9.000 peças em um mês qualquer, calcular o desperdício total e o novo preço de venda unitário: Du = R$2,00 – (R$20.000,00 / 9.000 peças) = R$0,22 R: R$0,22 x 9.000 peças = R$1.980,00 (R$2.000,00) e Pvu = 3,22 x 1,25 = R$4,02 25. A Contabilidade de Custos, ao acumular dados de custos e os organizar em informações relevantes, pretende atingir três objetivos principais, que são a determinação do lucro; o controle operacional e fornecer subsídios para a tomada de decisões. A afirmação acima está: a. ( x ) Totalmente correta b. ( ) Totalmente incorreta c. ( ) Correta somente em relação à determinação do lucro 26. Calcular o custo unitário de produção de uma bicicleta, considerando os seguintes itens: Centros de Custos Valor mensal Aluguel 1.500,00 Mão de obra indireta 3.600,00 Energia elétrica 980,00 Depreciação 1.200,00 Os valores do quadro de centros de custos são mensais e devem ser distribuídos de forma uniforme entre as unidades que compõe o total produzido. Componentes Valor unitário Valor total Aro (2) 1,50 3,00 Manoplas (2) 0,625 1,25 Câmbio 7,18 7,18 Selim 9,20 9,20 Pneu (2) 6,60 13,20 Câmara de ar (2) 1,90 3,80 Guidom 14,30 14,30 Conjunto de freios 6,96 6,96 Quadro e garfo 16,80 16,80 Adesivos 1,00 1,00 Pedais (2) 1,59 3,18 Rolamentos (6) 0,32 1,92 Porcas e parafusos 0,26 0,26 Correia 2,60 2,60 Pedivela e Coroas 6,20 6,20 Manetes (2) 0,44 0,88 Coroas traseiras 4,98 4,98 Total (Cvu) 96,71 A produção é de 2.000 unidades mensais. Depois de calculado o custo unitário, fixar o preço de venda com base em uma rentabilidade de 30% sobre o custo unitário. Calcular as receitas e despesas totais e apurar o lucro da operação. Custo unitário = Cvu + CFu CFu = 7.280/2.000 = 3,64 R$96,71 + R$3,64 = R$100,35 Preço de venda = R$100,35 + lucro de 30% sobre o custo = R$130,46 Receitas totais = R$130,46 x 2.000 un. = R$260.920,00 (neste caso,não foi considerado ICMS, entre outros) Despesas totais = R$7.280,00 (As despesas totais são o custo fixo total, descritos em centros de custos) Lucro = Receita total – Despesas totais (ou custo fixo total) – Custo total dos componentes da bicicleta (Custo variável total = R$260.920,00 - R$7.280,00 - R$193.420,00 (R$96,71 x 2.000 unidades) = R$60.220,00 27. A empresa “Fogões De Gás Ltda.” tem uma linha de produção de fogões a gás do tipo WKIR que, para a composição do preço de custo de cada unidade, têm os seguintes componentes e valores: 17 Material Preço Unitário Preço Total Queimador (6 peças) 3,75 22,50 Material do forno autolimpante 11,75 11,75 Sistema de iluminação do forno 2,30 2,30 Grades (3 peças) 4,70 14,10 Mesa em aço inox 17,90 17,90 Porta do forno 14,50 14,50 Pés niveladores (4 peças) 0,75 3,00 Queimador Rápido e Espalhador 6,10 6,10 Timer corta gás 8,90 8,90 Vidro do forno espelhado 7,50 7,50 Tampa em vidro especial 16,00 16,00 Sistema de acendimento automático 8,00 8,00 Caixa em Inox e demais peças 168,00 168,00 CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO TOTAL 300,55 O Custo Fixo unitário é de R$72,80 para uma produção de 1.800 fogões. A partir dos dados fornecidos e considerando que o valor referente ao percentual de ICMS (17% = 0,17) e ao percentual de Lucro (25% = 0,25) são calculados a partir do preço de venda unitário ao consumidor, calcular: 27.1. O Custo Unitário de cada fogão R: R$300,55 + R$72,80 = R$373,35 27.2. O Custo Fixo total na produção realizada R: R$72,80 X 1.800u = R$131.040,00 27.3. O Preço de Venda unitário² R: R$373,35 / (1 - 0,17 - 0,25) = R$643,71 27.4. O Valor do lucro unitário² R: 25% de R$643,71 = R$160,93 28. O gerente de vendas da empresa ABC está preocupado com a contínua queda das vendas de seus produtos. Analisando o mercado, ele observou que a concorrência sofreu reduções de vendas menos significativas do que sua empresa, o que lhe fez concluir que o maior problema estava nos custos de produção. Em função disso, mandou fazer um levantamento das principais informações relativas ao cálculo dos custos de produção dos produtos fabricados pela empresa. As informações coletadas foram as seguintes: Produto A Produto B Produto C Custos fixos (R$/mês) 10.000,00 20.000,00 15.000,00 Custos variáveis unitários 20,00 15,00 30,00 Capacidade produção (un./hora) 5 4 5 Jornada de trabalho (horas/mês) 200 200 200 Além desses dados, foram ainda levantadas algumas informações relativas à efetiva utilização da capacidade instalada da empresa: Produção realizada Produto A Produto B Produto C Março 1.000 700 800 Abril 800 600 800 Maio 600 500 600 Junho 500 400 500 Horas Trabalhadas Março 200 200 200 Abril 200 180 160 Maio 140 160 140 Junho 140 120 100 A empresa utiliza os princípios do custeio por absorção total, e calcula seus preços de venda unitários da seguinte forma: PVu = (custos variáveis unitários + custos fixos unitários) x 1,4. PEDE-SE: 28.1. Com base nos dados apresentados, calcule os custos de produção dos três produtos para os 4 meses analisados, considerando Custeio por absorção total (integral). MÊS\PROD A B C Março 10.000/1.000=10,00+20,00 20.000/700 = 28,57+15,00 15.000/800 = 18,75+30,00 Abril 10.000/800 = 12,50+20,00 20.000/600 = 33,33+15,00 15.000/800 = 18,75+30,00 Maio 10.000/600 = 16,67+20,00 20.000/500 = 40,00+15,00 15.000/600 = 25,00+30,00 Junho 10.000/500 = 20,00+20,00 20.000/400 = 50,00+15,00 15.000/500 = 30,00+30,00 28.2. A produção/hora. MÊS\PRODUTO A B C 18 Março 1.000/200=5 por hora 700/200=3,5 por hora 800/200=4 por hora Abril 800/200=4 por hora 600/180=3,33 por hora 800/160=5 por hora Maio 600/140=4,29 por hora 500/160=3,13 por hora 600/140=4,29 por hora Junho 500/140=3,57 por hora 400/120=3,33 por hora 500/100=5 por hora 28.3. A produção máxima, diária e mensal, possível de ser obtida, considerando uma jornada de trabalho de 8 hortas diárias em 25 dias a cada mês CAPACIDADE\PRODUTO A B C Dia 40 32 40 Mês 1.000 800 1.000 28.4. Em face dos custos de produção e produção/hora nos quatro meses analisados, que observações podem ser relatadas? O problema que está ocorrendo, com as informações disponíveis, não é de custos de produção. A produção da empresa, nos três produtos, está em queda o que resulta em uma elevação do custo fixo por unidade. Podem estar ocorrendo problemas com matérias primas, funcionários, equipamentos, energia elétrica e etc., mas que não podem ser afirmados em função de que não há informações para isto. A empresa deve investigar, sempre, quaisquer alterações nos níveis de produção, para atacar diretamente às causas dos problemas. 29. A empresa Só Lustra e Vende tem os seguintes custos: R$750.000,00 Fixo e R$320.000,00 Variável. A produção que tem sido alcançada, utilizando ao máximo os recursos disponíveis, é de 32.000 unidades mensais. Há quatro meses a empresa obteve uma produção de 35.000 unidades. Neste mês a empresa produziu 26.000 unidades. Calcular: 29.1. O Cfu, o CVu e o Custo unitário normal e neste mês; Cfuó = R$750.000 / 32.000u = R$23,44 e Cfuat = R$750.000,00 / 26.000u = R$28,85 CVu = R$320.000 / 32.000u = R$10,00 (O custo Variável unitário é formado com base na produção normal (média, ótima, capacidade...), sendo o valor de custo para a produção de uma unidade ou para múltiplos de uma unidade). Neste exemplo, o CVU é de R$10,00 para a produção de 32.000u, 35.000u e 26.000u, sendo que o Custo Variável total será o Cvu (R$10,00) multiplicado pela produção, ou seja, R$320.000,00, R$350.000,00 e R$260.000,00, respectivamente. PCun = R$23,44 + R$10,00 = R$33,44 e PCuat = R$28,85 + R$10,00 = R$38,85 29.2. Considerando uma rentabilidade de 23%, calcular o preço de venda considerando a incidência da margem sobre o custo e sobre a venda, nos dois momentos de produção; PVu com cálculo da margem (lucro) sobre o custo: PVun = R$33,44 + 23% de R$33,44 (ou x 1,23) = R$41,13 PVuat = R$38,85 + 23% de R$38,85 (ou x 1,23) = R$47,79 PVu com calculo margem (lucro) sobre o preço de venda: PVun = R$33,44 / (1 – 0,23) = R$43,43 e PVuat = R$38,85 / (1 – 0,23) = R$50,45 29.3. Calcular o desperdício unitário e total, se houver, neste mês. Cfu2 = R$750.000 / 26.000 = R$28,85 Du = Cfu – Cfu2 R$23,44 – R$28,85 = R$5,41 (Desperdício unitário porque CFu2 > Cfu) Desperdício total = R$5,41 x 26.000u = R$140.660,00 29.4. Calcular o ganho unitário obtido há quatro meses. Cfu’ (-4 meses) = R$750.000 / 35.000u = R$21,43 Gu = Cfu – Cfu’ R$23,44 – R$21,43 = R$2,01 (Ganho unitário porque CFu < Cfu’) Ganho total = R$2,01 x 35.000u = R$70.350,00 30. A Contabilidade de Custos, ao acumular dados de custos e os organizar em informações relevantes, pretende atingir três objetivos principais, que são a determinação do lucro, sem preocupar-se com o controle operacional e fornecimento de subsídios para a tomada de decisões. A afirmação acima está: a. ( ) Totalmente correta b. ( ) Totalmente incorreta c. ( x ) Correta somente em relação à determinação do lucro 31. Gasto é quando a empresa adquire um bem ou serviço, investimento é quando a empresa efetua aquisição que visa benefícios imediatos ou futuros, custo é o dispêndio relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outro bem ou serviço, despesa é o dispêndio com bens utilizados nas atividades produtivas, desembolso é a saída de caixa para atender a aquisição de um bem ou serviço e perda é o consumo de bem ou serviço de forma anormal e involuntária: a. ( ) O texto está inteiramente correto. b. ( x ) O texto não está correto no que se refere a despesa. c. ( ) O texto somente não está correto no que se refere a custo. d. ( ) O texto está inteiramente correto, exceto no que se refere a perda. 32. A definição “É o custo cujo valor existe se houver a produção de ao menos uma unidade pela empresa e compõe o preço de custo final do produto” indica: 19a. ( ) Custo de aluguel b. ( ) Custo de Propaganda c. ( x ) Custo Variável d. ( ) Custo Fixo e. ( ) Custo de manutenção de máquinas 33. A Contabilidade de Custos, ao acumular dados de custos e os organizar em informações relevantes, pretende atingir três objetivos principais, que são a indeterminação do lucro; o controle operacional e fornecer recursos para o caixa. A afirmação acima está: a. ( ) Totalmente incorreta b. ( x ) Correta somente em relação ao controle operacional c. ( ) Totalmente correta 34. Gasto é quando a empresa adquire um bem ou serviço, investimento é quando a empresa efetua aquisição que visa benefícios imediatos ou futuros, custo é o dispêndio relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outro bem ou serviço, despesa é o dispêndio com bens ou serviços não utilizados nas atividades produtivas, desembolso é a saída de caixa para atender a aquisição de um bem ou serviço e perda é o consumo de bem ou serviço de forma normal e involuntária: a. ( ) O texto está inteiramente correto. b. ( ) O texto não está correto no que se refere a despesa. c. ( ) O texto somente não está correto no que se refere a custo. d. ( x ) O texto está inteiramente correto, exceto no que se refere a perda. 35. A definição “É o custo cujo valor é o mesmo, qualquer que seja o nível de produção da empresa” indica: a. ( ) Custo de aluguel b. ( x ) Custo Fixo c. ( ) Custo Variável d. ( ) Custo de manutenção de máquinas e. ( ) Custo de Propaganda 36. A empresa Sempre Viva tem um custo fixo de R$20.000,00 mensais. A sua capacidade de produção ótima é de 20.000 peças ao mês e o custo variável unitário é de R$1,00. A rentabilidade da SV é de 25% sobre o custo unitário de produção. Utilizando-se dos métodos de custeio apresentados, calcular: a) O Custo unitário na capacidade de produção ótima e o preço de venda unitário. R: R$2,00u e R$2,50u b) Considerando uma produção de 14.000 peças em um mês qualquer, calcular o desperdício total e o novo preço de venda unitário: R: R$6.020,00 e R$3,04u 37. A Empresa De & Ce Ltda. produz calças jeans para o mercado do Sul do Brasil. Esta empresa tem seus custos fixos totais mensais de R$425.500,00 e o custo variável de cada peça produzida é de R$9,75. A produção normal da empresa é de 42.550 peças mensais. No mês de junho a empresa produziu 38.000 peças. Com base nas informações acima calcular: 33.1. O Custo Fixo unitário da produção normal e o Custo Unitário de cada peça R: R$10,00 e R$19,75 33.2. O Custo Fixo unitário do mês de junho e o Desperdício, ou Ganho, total daquele mês. R: R$11,20 e R$45.600,00 38. A empresa Fogões para Todos Ltda. tem em sua linha de produção de fogões a gás o modelo LILS que, para a composição do preço de custo de cada unidade, têm os seguintes componentes e valores: Material Preço Unitário Preço Total Queimador (4 peças) 3,75 15,00 Espalhador (4 peças) 0,98 3,92 Forno auto limpante 11,75 11,75 Sistema de iluminação do forno 2,30 2,30 Grades (2 peças) 4,70 9,40 Lâmpada automática do forno 3,90 3,90 Mesa e caixa em aço inox 88,00 88,00 Puxadores (6 peças) 1,35 8,10 Painel digital 11,00 11,00 Porta do forno 14,50 14,50 Queimador rápido, espalhador e timer corta gás 5,00 5,00 Vidro do forno espelhado 7,50 7,50 Tampa em vidro especial 16,00 16,00 Sistema de acendimento automático 8,00 8,00 Outros 16,50 16,50 CUSTO TOTAL 220,87 LUCRO (35%) 118,93 PREÇO DE VENDA 339,80 A FTL vende seus produtos em loja própria, diretamente aos consumidores. A partir dos dados fornecidos e considerando que o Lucro é obtido com base no preço de venda calcular: 38.1. O valor de custo unitário e o Preço de Venda unitário: R: R$220,87 e R$339,80 38.2. A receita total mensal com a venda de 3.000 unidades mensais e o custo total neste caso 20 R: R$1.019.400,00 e R$662.610,00 39. A empresa GB Ltda. produz luvas do tipo “petroleiro”. A empresa adquire a matéria prima no RS e no Centro do país, principalmente quando há um movimento desfavorável de preços, fruto da exportação de matéria prima “in natura”. A GB é uma EPP enquadrada no Simples Gaúcho e o IR considerado neste exemplo é de 3,5%, independente do faturamento. Quadro 1. A GB tem as seguintes despesas fixas mensais: TIPO VALOR / QUANTIDADE Aluguel R$ 120,00 Contadora R$ 180,00 Funcionário R$ 475,20 Materiais diversos R$ 300,00 Total = R$1.075,20 Comissão representante (5% do PV unitário) R$ 0,34 CV ou CF? Frete (1,5% do PV unitário) R$ 0,10 CV ou CF? Preço de Venda unitário R$ 6,70 Produção 1 2.000 unidades mensais Produção 2 2.500 unidades mensais Quadro 2. O custo variável unitário de produção apurado pela GB Ltda. é o seguinte: TIPO VALOR Couro R$ 3,62 Costura R$ 0,76 Corte R$ 0,10 Linha e elástico R$ 0,06 Total = R$4,54 Considerando os dados fornecidos, calcular: 39.1 O custo fixo (indireto) unitário na Produção 1 e na Produção 2: P1 = R$1.075,20 / 2.000u = R$ 0,54 (0,5376) P2 = R$1.075,20 / 2.500u = R$ 0,43 (0,43008) 39.2 O Custo variável (direto) total em P1 e P2, considerando as informações do quadro 2: P1 = 2.000u x 4,54 = R$ 9.080,00 P2 = 2.500u x 4,54 = R$11.350,00 39.3 O Custo unitário para P1 e P2, considerando os valores calculados em 39.1 e 39.2: P1 = R$ 0,54 + R$ 4,54 = R$ 5,08 P2 = R$ 0,43 + R$ 4,54 = R$ 4,97 39.4 O custo unitário para P1 e P2, considerando a comissão de representante e o frete: P1 = R$ 5,08 + (5% de R$ 6,70) + (1,5% de R$ 6,70) = R$ 5,52 P2 = R$ 4,97 + R$ 0,34 + R$ 0,10 = R$ 5,41 39.5 O custo unitário para P1 e P2, considerando um imposto de 3,5% do Simples Gaúcho: P1 = R$ 5,52 + (3,5% de R$ 6,70) = R$ 5,75 P2 = R$ 5,41 + R$ 0,23 = R$ 5,64 39.6 O lucro unitário em P1 e P2 P1 = R$ 6,70 – R$ 5,75 = R$ 0,95 P2 = R$ 6,70 – R$ 5,64 = R$ 1,06 39.7 O lucro total em P1 e P2 P1 = R$ 0,95 x 2.000u = R$ 1.900,00 P2 = R$ 1,06 x 2.500u = R$ 2.650,00 O cálculo do lucro total também pode ser feito considerando a soma de todos os custos e despesas, multiplicando pela produção (P1 ou P2) e deduzindo as despesas relacionadas no Quadro 1 (Aluguel, Contadora, Funcionário e Materiais diversos). O resultado final é pouco diferente do encontrado em 39.7 em função de arredondamentos adotados. DISCIPLINA DE CUSTOS GERENCIAIS – Aula 5 Departamento: É a unidade mínima administrativa para a contabilidade de custos, representada por pessoas e máquinas, em que se desenvolvem atividades homogêneas. As unidades administrativas, comerciais e de produção de uma empresa industrial poderão estar estruturalmente divididas nas seguintes seções: - Administração geral/administração; - financeiro; - cobrança; - vendas; - marketing; - operacional (produção); 21 - almoxarifado; - expedição; - recebimento; - conservação e manutenção; - controle de qualidade; - recrutamento, seleção e treinamento de pessoal; - estudos e projetos; - forjaria; - montagem; - pintura; - acabamento final. Departamento de Produção (Produtivos): Está diretamente ligado ao produto, à fabricação do produto. Departamento de Serviços (Auxiliares, não Produtivos): Está ligado à prestação de serviços para que a produção ocorra, portanto indiretamente ligados ao produto. Os custos gerados são diretos em relação ao departamento e indiretos em relação aos produtos e sua distribuição final é por critérios de rateio. Para efeito de cálculo dos Custos Indiretos, a Contabilidade de Custos considera cada departamento como sendo um Centro de Custos. Centros de Custos: Na maioria das vezes um Departamento é um Centro de Custos, onde são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos produtos ou a outros departamentos. Também podem existir diversos Centros de Custos dentro de um mesmo Departamento. Exemplo: Uma empresa de perfuração petrolífera com várias plataformas operando, idênticas ou não, as mesmas podem ser classificadas em um, dois, ou vários
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