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fichamento 1 filosofia

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CAMPUS SULACAP 
 Disciplina: Filosofia e Ética Professor: Vinícius Esperança
 Fichamento do Texto indicado: História da filosofia - Filosofia pagã antiga 
 Aluna: Ilka Atamey Andrade Reis – 202001652663 Turma: 1007 
Reale, Giovanni - História da filosofia: filosofia pagã antiga, v.1/Giovanni Reale, Dario Antiseri - São Paulo: 2003. p.253-292.
 ” Embora fundado por Antístenes depois da morte de Sócrates, o Cinismo encontrou uma espécie de refunção com Diógenes de Sinope, que o levou a grande sucesso. Diógenes imprimiu ao movimento uma clara orientação anticulturista, no sentido de que declarou completamente inútil a pesquisa filosófica abstrata e teórica para fins de alcançar a felicidade.[...]” (p.253). 
” O ideal foi o da autarquia, do bastar a si mesmo, e do tornar-se independente dos outros. Ou seja, a vida cínica se concretizava em conduta inteiramente livre, em que sem remoras, mas freqüentemente também sem regras, se exercia o direito de palavra (parrhesía) e de ação (anáideia), muitas vezes com função provocatória. [...]” (p.253).
” Esse modo de viver, para Diógenes, coincide com a “liberdade”: quanto mais se eliminam as necessidades supérfluas, mais se é livre.[...] Diógenes resumia o método que pode conduzir à liberdade e à virtude nos dois conceitos essenciais de ” exercício” e ”fadiga”,que consistiam numa prática de vida capaz de temperar o físico e o espírito nas fadigas impostas pela natureza e, ao mesmo tempo, capaz de habituar o homem ao domínio dos prazeres [...]” (p.254-255).
” Talvez Diógenes tenha sido o primeiro a adotar o termo “cão” para se autodefinir,[...]”Faço festa aos que me dão alguma coisa, lato contra os que nada me dão e mordo os celerados”. (p.255).
” Epicuro de Samos, que fundou sua Escola em Atenas em 307/306 a.C retomou de Leucipo e Demócrito a teoria atomista, de Sócrates o conceito de filosofia como arte de viver, e dos Cirenaicos a estreita relação entre felicidade e prazer, mas entendendo esta relação de maneira inteiramente diversa.[...] (p.259).
” Para Epicuro o conhecimento se fundamenta sobre a sensação, sobre a prolepse e sobre os sentimentos de dor e prazer. A sensação nasce do impacto de fluxos de átomos, provenientes dos objetos ( chamados de “simulacros”) sobre nossos sentidos, os quais, nesta relação, têm um papel passivo e mecânico, de modo que a marca do mundo externo [...]registrada pelos sentidos é perfeitamente correspondente ao original, tanto que Epicuro pode afirmar que a sensação é sempre verdadeira e objetiva” (p.261).
” Sensações, prolepses e sentimentos de prazer e de dor tem características comum que garante seu valor de verdade,[...] Portanto, até que nos quedamos na evidência e acolhemos como verdadeiro o que é evidente, não podemos errar, porque a evidência se da sempre a partir da ação direta que as coisas exercem sobre nosso espírito”. (p.262).
” Para realizar seu ideal de vida, o homem deve fechar-se em si, e permanecer distante da multidão e dos encargos políticos,que só trazem pertubação e fastio. A única ligação com os outros a ser cultivada deve ser a amizade, que nasce certamente pela busca do útil ou para ter determinadas vantagens, mas depois, uma vez nascida, tornar-se ela própria fonte autônoma de prazer” (p.268).
“Hedonismo. É a doutrina que encontra no prazer o sumo bem e na busca do prazer o fim da vida do homem.[...] embora pregando a busca do prazer do momento e até a superioridade dos prazeres do corpo e da alma, condenam os excessos e consideram indispensável manter o domínio de si ao experimentar os prazeres.[..] O prazer supremo, para Epicuro, consiste na ausência de dor (cf. aponía) tanto física como espiritual. [...] (p.269).
” Não se deve pensar que o sábio prove um ”sentimento” de simpatia ou solidariedade com os outros homens: com efeito, os sentimentos de misericódia, de participação humana, de amor são entendidos como ” Paixões” e, portanto, como vicios da alma. [...] (p.289).
“[...] As paixões, das quais depende a infelicidade do homem,são, para os Estóicos, erros da razão ou, de qualquer modo, conseqüencias deles. [...] Cuidando do seu logos e fazendo-o ser mais possível reto, o sábio não deixará sequer nascerem as paixões em seu coração, ou as aniquilará ao nascerem. Essa é a célebre ” apatia” estóica, ou seja, o tolhimento e a ausência de toda paixão, que é sempre e só perturbação do espírito. A felicidade, pois, é a apatia, impassibilidade.[...] O sábio nao se comove em favor de quem quer que seja; não condena ninguém por uma culpa cometida. Não é próprio do homem forte deixar-se vencer pelas imprecações e afastar-se da justa severidade” (p.292)
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CAMPUS SULACAP 
 Disciplina: Filosofia e Ética Professor: Vinícius Esperança
 Fichamento do Texto indicado: História da Filosofia De Spinoza a Kant 
 Aluna: Ilka Atamey Andrade Reis – 202001652663 Turma: 1007 
Reale, Giovanni - Antiseri, D - História da filosofia: de Spinoza a Kant, v4/ Giovanni Reale, Dario Antiseri. -São Paulo, 2005. p. 11-28/ 347-388.
”Benedito Spinoza ( Baruch d’ Espiñoza) nasceu em Amsterdam em 1632, de uma família de hebreus espanhóis que se refugiaram na Holanda para escapar das perseguições da Inquisição. Aprendeu o hebraico, leu a fundo a biblia e o talmude, estudou latim e ciências, e em 1656 tornou evidente a inconciliabilidade de seu pensamento com o credo da religião.[...]Transferiu-se para diversas aldeias, onde compôs suas obras mais importantes: O tratato sobre as emendas do intelecto (1661, deixado incompleto), a Ética (a obra de toda sua vida, publicada postumamente em 1677), [...] Como meta suprema do itinerário filosófico, Spinoza pregou a visão das coisas sub specie aeternitatis, que é uma visão capaz de libertar das paixões e de dar um estado superior de paz e tranquilidade.[...]”.(p.11)
” À medida que o pensamento de Spinoza ia se delineando, revela-se sempre mais clara a sua irreconciliabilidade com o credo da religião judaica. Os atritos tornaram-se bastante fortes, porque Spinoza logo havia atraído a atenção sobre si em virtude de seus destacados dotes intelectuais[...] O ano de 1656 assinalou dramatica e decisiva reviravolta: Spinoza foi excomungado e banido da sinagoga.[...] Depois da excomunhão, Spinoza refugiou-se [...] onde escreveu uma Apologia, ou seja, uma defesa de suas posições, escrito que nao chegou até nós.[...]” (p.12)
” As paixões , os vícios e as loucuras humanas são interpretadas por Spinoza seguindo um procedimento geométrico, ou seja, do mesmo modo pelo qual dos pontos, das linhas, e dos planos se formam os sólidos, e destes derivam necessariamente os teoremas relativos.[...] Spinoza entende as paixões como resultante da tendência ( conatus) a perserverar no próprio ser por duração indefinida, tedência que é acompanhada pela consciência, ou seja, pela respectiva idéia.[...] A passividade da mente deve se precisamente à inadequação da idéia. [...] Por isso é explicável a definição conclusiva: o afeto, chamado aflição do espírito, é uma idéia confusa através da qual a mente afirma uma força de existir do seu corpo, ou de parte dele, maior ou menor do que aquela que afirmava antes e, dada a qual, a própria mente é determinada a pensar mais isto do que aquilo.” (p.26-27).
” Com base na concepção das “paixões” acima expostas e na visão do homem essencialmente radicada na conservação e no incremento do seu proprio ser, só resta a Spinoza, concluir que aquilo que se pode chamar corretamente de bem é somente o útil, e mal é o seu contrário: ” Entendo por bom aquilo que sabemos com certeza que nos impede de possuir o bem. Portanto, quando os homens seguem a razão, não só alcançam seu próprio útil, mas também o útil de todos: o homem que se comporta segundo a razão é o que há de mais útil para os outros homens. Spinoza chega até a dizer que o homem que vive segundo a razão ” é um Deus para o homem”. (p.27).
“Immanuek Kant nasceu em 1724 em Königsberg, cidade da PrússiaOriental,[...] em 1740 inscreveu-se na Universidade da cidade natal, onde frequentou cursos de ciência e de filosofia, terminando o ciclo de estudos em 1747. [...] (p.347).
” A Crítica da razão prática se propõe em geral a tarefa de dissuadir a razão, empiricamente condicionada, da pretensão de fornecer sozinha o fundamento exclusivo de determinação da vontade.[...] (p.376).
” Todas as éticas pré-kantianas buscavam a determinação daquilo que é ” bem moral” e ” mal moral”, e disso deduziam depois a lei mora; Kant, ao contrário, inverte exatamente os termos da questão, motivo pelo qual é antes de tudo a lei moral que determina o conceito do bem. No que se refere à assunção de uma ação particular sob a lei prática pura, \kant recorre a um “esquema” ou “tipo” como qual, elevando a máxima (subjetiva) ao nível da universalidade (objetividade), estaremos em grau de reconhecer se essa máxima é moral ou não. [...](p. 377).
” O mundo inteligível e numênico, que escapava à razão pura e lhe estava presente apenas como exigência ideal, torna-se, portanto, acessível por via prática. Na Crítica da razão prática, a liberdade, a imortalidade ( da alma) e Deus, de simples idéias (exigências estruturais da razão) tornam-se postulados. Os postulados são pressupostos de um ponto de vista necessáriamente prático; eles portanto, não ampliam o conhecimento especulativo, mas dão às ideias da razão especulativa em geral uma realidade objetiva, e autorizam conceitos, dos quais de outro modo não poderia sequer afirmar a possibilidade.[...] (p. 337).
” Liberdade. A liberdade é o único postulado em grau de explicar a existência da lei moral, do dever. Nós conhecemos em primeiro lugar a lei moral ( o dever) como “fato da razão”, e depois desta inferimos como seu fundamento e sua condição a liberdade: o dar-se do dever me diz como efeito por si mesmo que eu sou livre (de outro modo o dever não teria sentido) e, portanto, me diz a dimensão não fenomênica da liberdade, embora sem fazer com que eu a colha cognoscitivamente em sua esseência. A liberdade é a independência da vontade em relação à lei natural dos fenômenos, ou seja, do mecanismo causal; esta liberdade, que nao se explica nada no mundo dos fenômenos e que na dialética da razão pura dá lugar a uma antinomia insuperável, ao contrário, explica tudo na esfera moral”. (p.384).
” Postulados da razão prática. Os postulados são pressupostos de um ponto de vista necessariamente prátic; portanto, não ampliam o conhecimento especulativo, mas dão às idéias da razão especulativa em geral uma realidade objetiva, e autorizam conceitos dos quais de outro modo não se poderia sequer afirmar a possibilidade. Estes postulados, sem os quais não se poderia fazer jus à lei moral, correspondem, portanto às três idéias da razão pura, e são: A liberdade [...] A existência de um Deus oniciente e onipotente[...] a imortalidade da alma, postulada no sentido de um aproximar-se sempre mais da santidade, pois a santidade requerida pelo sumo bem, sando a perfeita adequação da vontade à lei moral, pode encontrar-se apenas em um processo ao infinito”. (p.338).
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CAMPUS SULACAP 
 Disciplina: Filosofia e Ética Professor: Vinícius Esperança
 Fichamento do Texto indicado: História da Filosofia De Nietzsche à Escola de Frankfurt 
 Aluna: Ilka Atamey Andrade Reis – 202001652663 Turma: 1007 
Reale, G. História da filosofia; de Nietzsche à Escola de Frankfurt
G. Reale, D Antiseri- São Paulo,2006 ( p.5-14)
” Friedrich Nietzsche nasceu em 15 de outubro de 1844, em Röcken,nas proximidades de Lutzen. Estudou filosofia clássica em Bonn e em Leipzing.[...] Com vinte e cinco anos apenas, Nietzsche foi chamado, em 1869, a ocupar a cátedra de filologia clássica na Universidade de Basiléia, onde estreitou amizade com o famoso historiador Jakob Burckhardt. É desse período seu encontro com richad Wagner [...] Em 1872, saiu o nascimento da tragédia, Entre 1873 e 1876. [...] No ano seguinte, em 1879, por razões de saúde, mas também por motivos mais profundos [...] , Nietztsche demitiu-se do ensino e iniciou sua irrequieta peregrinação de pensao a pensão [...] Em 1881 publicou a Aurora, onde já tomam corpo as teses fundamentais de seu pensamento.[...]. (p.5)
” Em, O nascimento da tragédia, que é de 1872, Nietzsche procura mostrar como a civilização grega pré-socrática explodiu em vigoroso sentido trágico, que é aceitação extasiada da vida, coragem diante do destino e exaltação dos valores vitais. [...] Com isso Nietzsche subverte a imagem romântica da civilização grega. Entretanto, a Grécia de que se fala Nietzsche não é a Grécia da escultura clássica e da filosofia de Socrates, Platão e Aristóteles. [...] a Grécia da tragédia antiga, na qual o coro era a parte essencial, senão talvez tudo.[...] Sócrates e Platão são “sintomas de decadência, os instrumentos da dissolução grega, os pseudogregos, os antigregos”.[...] . (p.7)
” O nascimento da tragédia foi escrito sob a influência das ideias de Schopenhauer, mas também sob as idéias de Wagner. [...] Mas, entre 1873 e 1876, contra a exaltação da ciência e da história, Nietzsche escreve as Considerações inatuais. [...] Antes de mais nada, na opinião de Nietzsche, os fatos são sempre estúpidos: eles necessitam de interpretes. POr isso, só as teorias são inteligentes. Em segundo lugar, quem crê “no poder da história” torna-se ”hesitante e inseguro, não podendo crer em si mesmo”. E, em terceiro lugar,não crendo em si mesmo, ele será dominado pelo existente, “seja ele um governo, uma opinião pública, ou ainda uma maioria numérica”.(p.8)
” A crítica ao idealismo, ao evolucionismo, ao positivismo e ao romantismo não cessa. Essas teorias são coisas “humanas,muito humanas”, que se apresentam como verdades eternas e absolutas que é preciso desmascarar.[...] Na Gaia ciência, o homem louco anuncia aos homens que Deus está morto: “O que houve com Deus? Eu vos direi. Nós o matamos - eu e vós.[...] A morte de Deus é fato que não tem paralelos. É acontecimento que divide a história da humanidade. Não é o nascimento de Cristo, e sim a morte de Deus, que divide a história da humanidade. (p.10).
“A morte de Deus é um evento cósmico, pelo qual os homens são responsáveis, e que os liberta das cadeias do sobrenatural que eles próprios haviam criado. [...] Tenho pena desses padres [...], pra mim eles são prisioneiros e marcados. Aquele que eles chamam de redentor os carregou de grilhões de falsos valores e de palavras loucas! [...] Todavia, pergunta-se Nietzsche, o que fez o cristianismo senão defender tudo o que é nocivo ao homem? O cristianismo considerou pecado tudo o que é valor e prazer na terra.[...] O cristianismo é a religião da compaixão. “Mas a pessoa perde as força quando tem compaixão; a compaixão bloqueia maciçamente a lei do desenvolvimento, que é a lei da seleção”. (p.11).
” Para Nietzsche o ressentimento está na base da moral dos escravos, esto é, dos fracos e mal-sucedidos impotentes que traduzem- travestem- em “ideais morais” seu ódio contra tudo aquilo que é alegria, beleza, força, saúde, contra aquilo que não são ou que não têm. A moral dos ressentimentos configura-se como um instrumento de domínio dos fracos sobre os fortes; é vontade de aniquilação da moral dos senhores, isto é, da moral cujo valores são a força, a alegria, a saúde. A moral cristã, para Nietzsche, é a tipica moral dos escravos: humildade, piedade, compaixão, são valores antivitais, prédicas de quem, não podendo dar maus exemplos, dá bons conselhos. É do ódio dos mal-sucedidos que surge a moral, a moral dos escravos, isto é, dos ressentimentos.[...]; o ressentimento dos indivíduos aos quais é negada a verdadeira reação, aquela ação e que, portanto, só encontram compensação em uma vingança imaginária”. (p.11)
” E essa moral dos escravos é legitimada por metafísicas que a sustentam como base presumidamente “objetivas”, sem que perceba que tais metafísicas nada mais são do que “mundo superiores” inventados para poder “caluniar e sujareste mundo”, que elas querem reduzir a mera aparência. (p.13)
“Amor fati. Esta expressão é usada por Nietzsche para indicar a atitude do super- homem que, com espírito dionisíaco, aceita a vida entusiasticamente em todos os aspectos, até nos cruéis. O super- homem não apenas suporta aquilo que é necessário, mas o aceita e o ama. O amor fati é aceitação da vida e do eterno retorno. (p.13)
” O niilismo, diz Nietzsche, “é a consequência necessária do cristianismo, da moral e do conceito de verdade da filosofia”. Quando as ilusões perdem a máscara, então o que resta é nada: o abismo do nada. Como estado psicológico, o niilismo torna-se nesserário, em primeiro lugar, quando procuramos em todo acontecimento um “sentido” que ele não tem, até que, por fim, começa a faltar coragem a quem procura”. Aquele “sentido” podia ser realizado ou fortalecimento de um valor moral [...] Em segundo lugar, “postulou-se uma totalidade, uma sistematização e até uma organização em todo o acontecer e em sua base”. [...] Caem assim “as mentiras de vários milênios” e o homem permanece sem os enganos das ilusões, mas permanece sem os enganos das ilusões, mas permanecem só. Não há valores absolutos; aliás, os valores são desvalores,não existe nenhuma estrutura racional e universal que possa sustentar o esforço do homem; não há nenhuma providência, nenhuma ordem cósmica. (p.14).
” O homem deve inventar o homem novo, exatamente o super- homem, um homem que vai além do homem, um homem que voltando as costas para as quimeiras do “céu”- voltará para a sanidade da terra, um homem cujos valores são a saúde, a vontade forte, o amor, a embriaguez dionisíaca e um novo orgulho.[...] O super- homem enfrenta a vida aceitando-a com amor fati, anuncia a morte de Deus e a transmutação de todos os valores de que a tradição nos carregou. [...] Eis dois pensamentos de Nietzsche sobre o Estado cheira mal-; “Estado” se chama o mais frio de todos os monstros”. O Estado é um ídolo que cheira mal: “Seu ídolo cheira mal - o monstro frio e todos estes adoradores do ídolo cheiram mal [...] Apenas onde o Estado deixa de existir começa o homem não inútil”. [...] (p.14)

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