Estabilidade Provisória para Dirigentes Sindicais

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ESTABILIDADE
1) Conceito:
	Direito do empregado se manter no emprego
2) Previsão legal: CLT, Artigos, Súmulas, Leis..
3) Estabilidade Definitiva x Estabilidade Temporária
Art. 7º CF São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
ESTABILIDADE DEFINITIVA
 Ex. Servidores públicos .
 
ESTABILIDADE PROVISÓRIA:
1 - Dirigente Sindical
2 - Gestante
3- Membro da CIPA
4- Acidente do Trabalho
5- Doença Grave- Ex: AIDS 
6- Membro de Comissão de Conciliação Prévia
	Estabilidade Provisória
Impossibilidade de rescisão sem justa causa; (por um período)
Demissão por Justa causa:
Procedimento comum 
Procedimento especial criado por norma da empresa – Sindicância interna;
Inquérito para apuração de falta grave (art 853, CLT)
Demissão Justa causa:
* 	Procedimento comum :
		- simples adeus;
		- gestante 
		- empregado que se afastou por acidente de trabalho
Procedimento especial: 
	 (criado por norma da empresa (ex: regulamento da empresa) – Sindicância interna: 
		- Se tiver procedimento e demitir sem realiza-lo, a demissão é nula (Súmula 77, TST).
Demissão Justa causa:
* Inquérito para apuração de falta grave (art 853, CLT)
Só podem ser demitido após decisão judicial. Após juiz do trabalho dizer que houve falta grave.
Ex: dirigente sindical. Empregador ajuíza uma ação denominada Inquérito para apuração de falta grave. (analisa se houve justa causa e juiz profere decisão desconstituindo o vínculo)
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Doutrina majoritária: inquérito para apuração de falta grave apenas na demissão do dirigente sindical
 
1- DIRIGENTE SINDICAL
Artigo 543, parag. 3° da CLT e Art.8°, inciso VIII da CF.
Período: Registro da Candidatura até 1 anos após o final do mandato (SE ELEITO!!!!)
Obs: Do Registro da Candidatura e NÃO da eleição (para evitar demissão)
> O mandato do dirigente sindical é de 3 anos (art. 515, b, CLT)
	§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação.   
				*registro da candidatura a cargo
*até um ano após o final do seu mandato
Membro do conselho fiscal ? 
OJ 365 SBDI-1 do TST
Não atua na defesa dos direitos da categoria
Faz apenas fiscalização da gestão financeira do sindicato.
O Delegado Sindical? 
OJ 369 SBDI-1- do TST
Não submetido a processo eletivo (escolhido livremente pelo sindicato)
Não é cargo de direção
Há necessidade de comunicar o Empregador? 
			Art. 543 § 5º - X Súmula 369 do TST:
Art.543 § 5º - Estabelece a obrigação de comunicar o empregador ...
Súmula 369, I- Basta Ciência dentro do Contrato de Trabalho
(comunicação pode ser feita de qualquer forma, não obrigatoriamente pelo sindicato)
ATENÇÃO: a estabilidade nasce da COMUNICAÇÃO/ ciência ao empregador. (não adianta registrar e não comunicar)
				(se não comunicou não se fala em aquisição de estabilidade)
Quantos podem ficar afastados com estabilidade ? ? 
Art. 522, CLT	
Súmula 369, II
	II - sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
E o empregado que se candidatar à Dirigente
Sindical no prazo do aviso prévio ? ? 
	Súmula 369, V- O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
(OBS: diferente da gestante/ proteção da maternidade)
LEITURA 
SÚMULA 369 e incisos.
Súmula nº 369 do TST- DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA 
	
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
II - Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. 
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. 
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. 
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
Como fazer para demitir o dirigente sindical estável?
	Súmula nº 379 do TST- DIRIGENTE SINDICAL. DESPEDIDA. FALTA GRAVE. INQUÉRITO JUDICIAL. NECESSIDADE. 
	O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT
INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE:
Art. 853 CLT - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado.
SUSPENSAO – MÁXIMO 30 DIAS
2. ESTABILIDADE DA GESTANTE
Art.10, II, b, ADCT e
Período: Da confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.
	Diferente da licença maternidade = 120 dias. Art. 392. 
SE Empregador dispensa sem ter o conhecimento que a empregada está grávida ?
	
	 Tem direito a indenização?
Teoria objetiva da responsabilidade (independente do conhecimento ao empregador)
	
Súmula nº 244 do TST GESTANTE. ESTABILIDADE
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). 
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. 
Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.
Se a empregada ficar grávida no contrato de experiência, tem estabilidade ? 
 Súmula 244- III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
Empregador não pode exigir exame de gravidez (art. 373 –A, CLT) - vedar discriminação.
E se no contrato empregada já estava grávida?
R. Empregada tem estabilidade da mesma forma (risco do empreendimento)
Se a empregada ficar grávida no aviso prévio Indenizado? 
Art. 391-A.  A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória ;.....  
Pode renunciar????
OJ nº 30 da SDC do TST – Estabilidade da gestante. Renúncia ou transação de direitos constitucionais. Impossibilidade 
 Nos termos do art. 10, II, b, do ADCT, a proteção à maternidade foi erigida à hierarquia constitucional, pois retirou do âmbito do direito potestativo do empregador a possibilidade de despedir arbitrariamente a empregada em estado gravídico. Portanto, a teor do art. 9º, da CLT, torna-se nula de pleno direito a cláusula que estabelece a possibilidade de renúncia ou transação, pela gestante, das garantias referentes à manutenção do emprego e salário.
E se houver o falecimento da genitora???Lei Complementar nº 146/2014 que estende a estabilidade provisória da gestante à pessoa que detiver a guarda do filho no caso de falecimento da genitora. (art. 1º)
	Observe: estabilidade deixa de ser um direito personalíssimo.
E a adotante tem estabilidade???
Art. 391-A.  A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória
Art. 391- A Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se ao empregado adotante ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial
para fins de adoção de criança ou adolescente será concedida
licença-maternidade nos termos do art. 392 desta Lei. (Redação
dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
3. MEMBRO DA CIPA
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA . 
 Período: Registro da Candidatura até 1 anos após o final do mandato. 
Súmula 676 – STF
	
	ART. 165 da CLT - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
                  
	Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado
Art. 164. Cada Cipa será composta de representantes da empresa e dos empregados, …
§ 3º O mandato dos membros eleitos da Cipa terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição.
Tem limite máximo!
E o Suplente da CIPA, tem estabilidade ?
	Súmula nº 339 do TST- CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988
	I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988
4- Estabilidade ACIDENTADO
Acidente de Trabalho
O artigo 118 da lei 8213/91
PERÍODO: prazo mínimo de doze meses contados da cessação do auxílio doença acidentário.
Súmula nº 378 do TST- ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. 
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego.
....
	
Afastamento de 15 dias
	* a cargo do empregador.
Percepção do auxílio-doença acidentário
* a cargo do INSS
OU constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego.
* Empregador paga FGTS de todo período
E o empregado que se acidenta no contrato de experiência? 
	III- O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no  n  no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
6- PORTADOR DE HIV OU QUALQUER DOENÇA QUE CAUSA ESTIGMA
Imotivada = Discriminatória = Nula 
Súmula nº 443 do TST DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO 
	Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego. 
EMPREGADOS ELEITOS A DIRETORES DE SOCIEDADE COOPERATIVAS
Registro da candidatura até 1 ano após o mandato
OJ nº 253 da SDI-I do TST – Estabilidade provisória. Cooperativa. Lei nº 5.764/1971. Conselho fiscal. Suplente. Não assegurada (inserida em 13/03/2002). 
“O art. 55 da Lei nº 5.764/1971 assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos diretores de Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes.”
EMPREGADOS ELEITOS MEMBROS DE COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Da eleição até um ano após o final do mandato.
Titulares e suplentes
Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas:                       
               
§ 1º titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei.      
         
§ 2º O representante dos empregados desenvolverá seu trabalho normal na empresa afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa atividade.                       
Qual a ação cabível, caso o empregado seja dispensado? 
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO
	Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte.
E se o tempo da estabilidade já houver transcorrido ? 
Súmula nº 396 do TST- ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA" 
	I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. 
	 
	II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. 
Se houver a extinção da empresa ou filial ? 
	Art. 497 - Extinguindo-se a empresa, sem a ocorrência de motivo de força maior, ao empregado estável despedido é garantida a indenização por rescisão do contrato por prazo indeterminado, paga em dobro.
* lembrando: Membro da CiPA - Não se assegura a indenização.
Hipóteses de Extinção da Estabilidade:
Falta Grave
Morte empregado
Pedido de Demissão
			
REINTEGRAÇÃO E READMISSÃO
Reintegração:
Ressarcimento e Garantias de todo o período da inexecução contratual
			* conta o tempo da inexecução do serviço
Readmissão:
Empregado é dispensado e readmitido
Não precisa ressarcir nada
Em Regra conta o tempo de serviço anterior- 
	*NÃO conta o tempo da inexecução do serviço
Art. 453 - No tempo de serviço do empregado, quando readmitido, serão computados os períodos, ainda que não contínuos, em que tiver trabalhado anteriormente na empresa, salvo se houver:
- sido despedido por Falta Grave
- Recebido Indenização Legal
- Aposentado espontaneamente