Buscar

Prisão Preventiva- Estrutura Peça

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA
Autos n.
PAULO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., RG..., CPF..., residente e domiciliado..., por seu procurador infra-assinado, com procuração em anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a Revogação da Prisão Preventiva, com base nos artigos 316 e 282, § 5°, ambos do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O requerente foi preso em fragrante delito por suposta prática de crime de latrocínio, praticado contra uma idosa que acabara de sacar o valor relativo à sua aposentadoria dentro de uma agência da Caixa Econômica Federal e presenciado por duas funcionárias da referida instituição, ambas prestaram depoimento em sede policial confirmando a prática do delito. O Ministério Público ofereceu denúncia perante o Tribunal do Júri da Justiça Federal da localidade e requereu a decretação da prisão preventiva do requerente, com base na garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal, sendo que se tratavam as testemunhas mulheres e pelo receio de sentir-se amedrontadas, caso o requerente fosse posto em liberdade, antes das colheitas dos depoimentos.
DO DIREITO
O juiz pode decretar a prisão, sem que constituía antecipação da pena, deve se atentar aos requisitos que justificam a prisão preventiva conforme art. 312 do CP, que apenas será aplicado quando não tiver sucesso na aplicação das medidas cautelares assecuratórias em observância do devido processo legal e suas garantias. 
Considerações genéricas e presunções, alegando que o requerente em liberdade, pode fazer com que as testemunhas sintam-se amedrontadas, não são suficientes para a decretação da prisão, de forma antecipada, sem o transito em julgado de decisão condenatória, tratando-se de natureza cautelar, de modo que o juiz poderia aplicar medidas, evitando a proximidade aplicando o Art. 282, §6 do Código de Processo Penal. Além do exposto a gravidade do delito, neste caso Hediondo por força do art. 1 II da Lei 8.072/90, não poderá manter o cerceamento preventivo, afastando a Sùmulas 718 do STF.
Por último o juiz que prolatou da decisão não é competente, pois trata-se de competência da justiça comum art, 564, I CPP. Devendo o ato ser nulo de pleno direito.
Ante o exposto, requer:
a) A Revogação da prisão preventiva, a fim de que possa responder a eventual processo em liberdade;
b) A expedição do respectivo alvará de soltura;
Vista dos autos ao Ministério Público.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Salvador, 13/05/2010 
Advogado RAFAEL CORREIA ROCHA OAB/BA 13.223

Continue navegando