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RESUMO DIREITO EMPRESARIAL TEORIA DA EMPRESA Teoria dos atos de comércio – França. Brasil Teoria da Empresa. Segundo PROF. ALBERTO ASQUINI, a empresa é um fenômeno econômico que compreende a organização dos chamados fatores de produção (natureza, capital, trabalho e tecnologia). A divisão realizada por ALBERTO ASQUINI, refere-se a três realidades distintas, mais intrinsecamente relacionadas. Assim, atualmente é correto dizer: Conceito Empresa : é uma atividade econômica organizada, com a finalidade de fazer circular bens e serviços. (Perfil Funcional). EMPRESA Perfil Subjetivo –Empresário Perfil Objetivo- Estabelecimento Comercial EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 1. CONCEITO : Empresário individual é a pessoa física que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços (art. 966 do Código Cívil). 2. IMPEDIMENTOS – Art. 972 do Cód. Civil Art. 972 do C.C.: Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. As pessoas que são impedidas de exercer a atividade empresarial são: os falidos, durante suas obrigações com a massa falida; leiloeiros e corretores; servidores públicos no exercício da atividade pública; deputados e senadores não podem ser proprietários, controladores ou diretores de empresa ou exercer em empresa função remunerada; estrangeiros e sociedade sem sede no Brasil, no caso de algumas atividades médico, no exercício simultâneo de farmácia. Quantos aos princípios jurídicos do direito comercial, temos: 1 ) PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA. Os principais aspectos da livre iniciativa são: (i) imprescindibilidade da empresa privada para que a sociedade tenha acesso a bens e serviços de que necessita para sobreviver. (ii) busca do lucro como principal motivação dos empresários. (iii) necessidade jurídica de proteção do investimento privado. (iv) reconhecimento da empresa privada como polo gerador de empregos e de riquezas para a sociedade. 2) PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE CONTRATAR 3) PRINCÍPIO DO REGIME JURÍDICO PRIVADO 4) PRINCÍPIO DA LIVRE CONCORRÊNCIA 4.1 – Ordem econômica 4.2 – Princípio da isonomia 4.3 – Princípio da dignidade da pessoa humana 5) PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA 6) PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA Para ser empresário a pessoa física deve cumprir as seguintes exigências : a) ser profissional, b) desenvolver ativida.de econômica, c) forma organizada e d) produção ou circulação de bens ou serviços MICRO EMPRESA EMPRESA DE PEQUENO PORTE PEQUENO EMPRESARIO MODALIDADES EMPRESARIAIS POSSIVEIS 1. Empresário individual 2. Sociedade empresária 3. Sociedade simples 4. EIRELI 1. Empresário individual 2. Sociedade empresária 3. Sociedade simples 4. EIRELI EMPRESARIO INDIVIDUAL REGIME TRIBUTARIO SIMPLES MICRO EMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE PEQUENO EMPRESARIO RECEITA BRUTA ANUAL Igual ou inferior a R$ 360 mil Superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 3,6 milhões Igual ou inferior a R$ 60 mil ESCRITURAÇÃO OBRIGATORIA OBRIGATORIA DISPENSADO A CAPACIDADE CIVIL consiste na capacidade plena para que uma pessoa possa reger a sua vida, bens, e realizar os atos da vida civil, assim como possa ser responsabilizada civilmente. CAPACIDADE DE DIREITO (gozo) + CAPACIDADE DE FATO (exercício) CAPACIDADE CIVIL PLENA. = a) Legitimação b) Legitimidade c) Personalidade Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. a) Teoria natalista. b) Teoria da personalidade condicionada. c) Teoria concepcionista. INCAPAZES NO CÓDIGO CIVIL Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. REGISTRO DO EMPRESÁRIO É a obrigação legal imposta a todo e qualquer empresário (empresário individual ou sociedade empresária) se inscrever na Junta Comercial antes de iniciar a atividade, sob pena de começar a exercer a empresa irregularmente. Consequencias de ser empresário irregular (sem registro): 1. impossibilidade de requerer recuperação judicial. 2. não poderá pedir falência de terceiro. 3. tratando-se de EIRELI, o respectivo sócio ou titular terá responsabilidade ilimitada. 4. não poderá participar de licitação CONCEITO de Fiança A fiança é instituto do Direito Civil de natureza contratual e conceitua-se como garantia pessoal prestada por determinada pessoa pelo qual esta garante o pagamento ao credor por obrigação não paga pelo devedor principal. CONCEITO de Aval Quanto ao aval, consiste em uma garantia dada por um terceiro a um título de crédito, prevista nos artigos 897 e 898 do Código Civil. Ao se tornar avalista, a pessoa traz para si a obrigação pelo que avaliou, devendo assim satisfazê-la junto ao devedor, é o que chamamos de solidariedade. AVAL FIANÇA Garante títulos de crédito Garante contratos Basta a assinatura do avalista Precisa de cláusulas específicas ou de um contrato específico Responsabilidade solidária Responsabilidade subsidiária, salvo se houver previsão expressa de solidariedade Precisa da vênia conjugal, salvo se os cônjuges forem casados no regime de separação total de bens Precisa da vênia conjugal, salvo se os cônjuges forem casados no regime de separação total de bens ACEITAÇÃO PELO CREDOR O credor não é obrigado a aceitar o fiador se não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar fiança e não possua bens suficientes para cumprir a obrigação. • FIADOR INSOLVENTE OU INCAPAZ • BENEFÍCIO DE ORDEM Não aproveita este benefício ao fiador: I - se ele o renunciou expressamente; II - se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário; III - se o devedor for insolvente, ou falido Pagamento. O pagamento do título ocorre quando o devedor, sendo intimado, comparece ao Cartório, ainda dentro do prazo em curso (tríduo), para liquidá-lo. • Art. 12 da Lei nº 9.492/97 - O protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do título ou documento de dívida. AVAL O avalista não faz jus ao benefício ordem, podendo o avalista ser acionado juntamente com o avalizado. PROTESTO 1. necessário contra os coobrigados e endossantes 2. facultativos contra o devedor principal e seu avalista. Art. 12 da Lei nº 9.492/97 - O protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do título ou documento de dívida. CHEQUE Cheque é a ordem de pagamento à vista emitida contra um banco em razão de fundos que a pessoa (emitente) tem naquela instituição financeira. (RAMOS, 2015, p. 467). • REQUISITOS do cheque (art. 1º da Lei 7.357/85): I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido; II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); IV - a indicação do lugar de pagamento; V - a indicação da data e do lugar de emissão; VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais. ENDOSSO É o ato cambiário mediante o qual o credor do título de crédito (endossante) transmite seus direitos a outrem (endossatário). O endosso produz dois efeitos, basicamente: a) transfere a titularidade do crédito. b) responsabiliza o endossante“cláusula sem garantia”. O endosso deve ser feito no verso (regra). O endosso deve ser feito no anverso. CHEQUE PRÉ-DATADO (ou pós-datado) Ocorre quando temos a emissão de um cheque para ser pago em data futura. Nesse caso, perderia o cheque a natureza de ordem de pagamento à vista? Responsabilidade STJ, Súm. nº 370 "caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado”. STJ, Súm. nº 388, que assim dispõe "a simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral". O sigilo bancário é protegido pela CF/88? Art. 5º (...) CF/88 X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.i Para que haja acesso aos dados bancários (quebra do sigilo bancário), é necessária autorização judicial? Ao longo do tempo, foram desenvolvidas algumas teorias sobre o fundamento jurídico do sigilo bancário, dentre elas: Há a teoria do segredo profissional, cujos defensores entendem que os banqueiros têm o dever profissional de manter segredo sobre as informações obtidas durante a relação com os clientes. A teoria da obrigação jurídica afirma que o sigilo bancário encontra fundamento em uma norma legal. Prova obtida de forma ilícita pode ser utilizada no processo criminal para fundamental uma denúncia? QUEM PRECISA DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL PARA TER ACESSO AS INFORMAÇÕES BANCÁRIAS Polícia Precisa Ministério Público Precisa TCU Precisa Receita Federal Não Precisa Fisco estadual, distrital, municipal Não Precisa CPI Não Precisa AULA 03 Direito de Propriedade Industrial CONCEITO: É o conjunto de regras e princípios que conferem tutela jurídica específica aos elementos imateriais do estabelecimento empresarial, como as marcas e desenhos industriais registrados e as invenções e modelos de utilidades. CONCEITO: Art. 122 da LPI. São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais. • Pode registrar como Marca sinal sonoro ou olfativo? • Marca é igual nome fantasia? • Admite-se registrar como marca expressões comuns ou de pouco criatividade? 1. DAS ESPÉCIES DE MARCA (ART. 123 DA LPI). 1.1 - Marca de produto ou serviço: Representa os sinais que são usados pelos empresários para identificar seus produtos ou serviços. 1.2 - Marca de certifi cação: Serve para atestar a qualidade de determinado produto ou serviço conforme normas técnicas estabelecidas por institutos especializados (governamentais ou credenciados pelos órgão oficiais). 1.3 - Marca Coletiva : É aquela que atesta a proveniência de determinado produto ou serviço membro de uma determinada entidade Classifi cação conforme a FORMA DE APRESENTAÇÃO 1.4 - Marcas Nominativas: São criadas a partir de palavras ou números ou combinações de palavras e números. 1.5 - Marca Figurativa: Formada por uma imagem, desenho, símbolo ou fi gura. 1.6 - Marcas Mistas Combinam imagem e palavras. : 1.7 - Marcas Tridimensionais: Constituída pela forma plástica do produto, ou seja, sua confi guração física, com capacidade distintiva e dissociada de efeitos técnicos. 2. PRAZO DE VIGÊNCIA. O prazo de vigência do registro da Marca é de 10 anos, contados da data da concessão (e não do depósito), podendo ser prorrogados por períodos iguais e sucessivos. (art. 133 LPI). Existe limite de tempo para a vigência do registro da marca? 3. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE OU ESPECIFICIDADE. EXCEÇÃO: Marca de alto renome é igual a maca notoriamente conhecida? MARCA NOTORIA MARCA DE ALTO RENOME Reconhecimento Internacional Nem sempre possui reconhecimento internacional Proteção de atividade no ramo específico Proteção em todos os ramos de atividade Independente de registro Independente no INPI 1) Registro INPI. 2) Proteção – 10 anos prorrogável . 3) Pagar taxa. 4) Responsabilização de terceiros. O art. 2º do CDC prevê o seguinte: Art. 2º – CONSUMIDOR é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. TEORIA FINALISTA TEORIA FINALISTA MITIGADA • FORNECEDOR pode ser conceituado como aquele que desenvolve as atividades de produção, importação, exportação, distribuição, comercialização de produtos ou prestação de serviços de acordo com o artigo 3º do CDC Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço § 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado. § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar: I - que não colocou o produto no mercado; II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Art. 18 do CDC - Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. Art. 18, § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preço. Art. 37 É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preço. Princípio da informação Princípio da responsabilidade patrimonial ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL ou PRESSUPOSTOS DO DEVER DE INDENIZAR São quatro elementos que compõe a responsabilidade civil: a) conduta humana; b) culpa genérica ou lato sensu; c) nexo de causalidade; d) dano ou prejuízo. A) CONDUTA HUMANA É a conduta humana causada por uma ação (conduta positiva) ou omissão (conduta negativa), podendo ser cometida voluntariamente ou por negligência, imprudência ou imperícia. No caso da omissão, é necessário: (i) existência do dever jurídico de praticar determinado ato, (ii) prova de que a conduta não foi praticada (iii) demonstrar que se a conduta se tivesse sido praticada, o dano poderia ser evita B) CULPA GENÉRICA OU LATO SENSU1) Dolo Constitui a violação intencional do dever jurídico com o objetivo de prejudicar outrem. 2) Culpa É o desrespeito a um dever preexistente. Contudo, o agente não tem a intenção direta de violar esse dever jurídico, sendo três os elementos para a sua caracterização: a) conduta voluntária com resultado involuntário. b) previsão ou previsibilidade. c) falta de cuidado, cautela, diligência e atenção. Imprudência; negligência e Imperícia c) NEXO DE CAUSALIDADE Constitui a relação de causa e efeito entre a conduta culposa ou o risco criado e o dano suportado por alguém. CONDUTA - - - - nexo de causalidade - - - - DANO d) DANO ou PREJUÍZO Para que haja responsabilidade civil é necessário comprovar o dano patrimonial ou extrapatrimonial suportado por alguém. O dano poder ser: a) MATERIAL b) MORAL c) ESTÉTICO PRINCÍPIO DA AUTONOMIA Por esse princípio, entende-se que o título de crédito configura-se documento constitutivo de direito novo, autônomo, originário e completamente desvinculado da relação que lhe deu origem. Aula 04 A FALÊNCIA tem por finalidade a liquidação do passivo, compreendido pelas dívidas da empresa, por meio da realização da venda do patrimônio da empresa - ativo. A Lei 11.101/05 que regula a falência, tem clara influência do princípio da preservação da empresa, bem como da valorização do trabalho humano e a livre iniciativa. Instituto típico do regime jurídico Empresarial. A simples insolvência do devedor não caracteriza por si só a instauração da falência Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários- mínimos na data do pedido de falência; A dívida deve ser maior de 40 salários mínimos . Reunião dos credores. Obrigatoriedade do protesto do título II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; Caracteriza-se pela tríplice omissão do devedor. Certidão do juízo da execução. Ação autônoma. Não exige valor mínimo. III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: 1 - Devedor que está se desfazendo do seu patrimônio de forma precipitada; 2 - Devedor que está tentando livrar-se de bens que futuramente poderiam ser arrecadados; 3 - Transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; 4 - Empresa que transfere seu estabelecimento para outra localidade com a intenção de fugir dos credores. 5 - Credor que dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçadas suficientes para saldar seu passivo. 6 - Abandono de estabelecimento. 7 - Deixar de cumprir no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial. PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA São três os pressupostos da falência: o primeiro, denominado de pressuposto material subjetivo consiste na qualidade de empresário do devedor; pressuposto material objetivo, é consubstanciado na insolvência do devedor; e o terceiro, por fim, denominado de pressuposto formal, é a sentença que a decreta. O SUJEITO ATIVO DO PEDIDO DE FALÊNCIA. Art. 97. Podem requerer a falência do devedor : I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei; II – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante; III – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade; IV –qualquer credor. PRESSUPOSTOS Art. 94 da Lei 11.101/05 - Será decretada a falência do devedor que : I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: PRINCÍPIOS DA FALÊNCIA Art. 75. A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa. • Princípio da preservação da empresa. • Princípio da maximização dos ativos. • Princípio da celeridade e da economia processual. DEPÓSITO ELISIVO DA FALÊNCIA valor da dívida reclamada devidamente corrigido e acrescido de juros e honorários advocatícios. EFEITOS DA FALÊNCIA EM RELAÇÃO À PESSOA DO DEVEDOR. 1. Falência dos sócios de responsabilidade ilimitada. 2. Apuração de eventual responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada. 3. Inabilitação empresarial. 4. Perda do direito de administração dos bens e da disponibilidade sobre eles. 5. Não pode ausentar-se do lugar da falência sem autorização do juiz. 6. Comparecimento a todos os atos da falência. 7. Suspensão do direito ao sigilo à correspondência e ao livre exercício da profissão. 8. Dever de colaboração com a administração da falência. CONCORDATA(Decreto Lei n° 7.661/1945) Concordata é o ato processual pelo qual o devedor comerciante propõe em juízo uma forma melhor de pagamento a seus credores para evitar ou suspender a falência. RECUPERAÇÃO DE EMPRESA (Lei n° 11.101/2005) RECUPERAÇÃO JUDICIAL RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. REQUISITOS da RECUPERAÇÃO JUDICIAL O atingido deve manter regularmente suas atividades há mais de dois anos, além de atender aos seguintes requisitos, cumulativamente: • Não ter falido; no caso de falência, desde que esteja declarada extinta, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; • Não ter obtido concessão de recuperação judicial há menos de cinco anos; • Não ter obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial há menos de oito anos, • Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada pelos crimes previstos na lei de falência. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL A recuperação extrajudicial ocorre fora do judiciário. Com ela, o empresário pode negociar diretamente com seus credores e elaborar um acordo que poderá ou não ser homologado pelo juiz. REQUISITOS Os requisitos gerais exigíveis para a consecução da recuperação extrajudiciais são os mesmos da recuperação judicial. Além dos requisitos gerais, há ainda outro, constante da norma do art. 163, §3º “O devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se estiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois) anos.” TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA (disregard doctrine) A TEORIA DA AUTONOMIA PATRIMONIAL DAS PESSOAS JURÍDICAS (art. 1.24 do Cód. Civil), constitui como importante instrumento ao empreendedorismo, atuando como um redutor do risco empresarial. TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NO BRASIL. 1960 – Doutrina – Rubens Requião Jurisprudência Regulamento Legal - Código de Defesa do Consumidor - Art. 28, Lei nº 8.078/90. Lei 8.884/94, art. 18 -dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações à ordem econômica. Lei nº 9.605/98, art. 4º - regula os crimes ambientais. Art. 50 do Código Civil adotou os ideais da disegard doctrine. Teoria da desconsideração e imputação direta de responsabilidade - art. 28, caput do CDC. Art. 28 do CDC: O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. Teoria da Desconsideração e abuso de personalidade jurídica - art. 50 do Código Civil. Art. 50. Em caso de ABUSO da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de fi nalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. ABUSO DE PERSONALIDADE JURÍDICA DESVIO DE FINALIDADE CONFUSÃO PATRIMONIAL Jurisprudência TRABALHISTA adota a TEORIA MENOR da Desconsideração da Personalidade Jurídica, não exigindo o requisito do abuso de direito ou fraude, podendo ser aplicada sempre a personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos credores. Argumento trabalhista para a aplicação da Desconsideração da personalidade jurídica é com base na TEORIA DO RISCO DA ATIVIDADE ECONÔMICA. Art. 2º da CLT: Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço
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