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RESUMO DIREITO EMPRESARIAL-1

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RESUMO DIREITO EMPRESARIAL 
TEORIA DA EMPRESA 
 Teoria dos atos de comércio – França. Brasil Teoria da Empresa. Segundo PROF. 
ALBERTO ASQUINI, a empresa é um fenômeno econômico que compreende a 
organização dos chamados fatores de produção (natureza, capital, trabalho e 
tecnologia). 
A divisão realizada por ALBERTO ASQUINI, refere-se a três realidades distintas, mais 
intrinsecamente relacionadas. Assim, atualmente é correto dizer: Conceito Empresa : 
é uma atividade econômica organizada, com a finalidade de fazer circular bens e 
serviços. (Perfil Funcional). 
EMPRESA 
Perfil Subjetivo –Empresário 
Perfil Objetivo- Estabelecimento Comercial 
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
1. CONCEITO : Empresário individual é a pessoa física que exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de 
serviços (art. 966 do Código Cívil). 
2. IMPEDIMENTOS – Art. 972 do Cód. Civil Art. 972 do C.C.: Podem exercer a 
atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não 
forem legalmente impedidos. As pessoas que são impedidas de exercer a atividade 
empresarial são: 
 os falidos, durante suas obrigações com a massa falida; 
 leiloeiros e corretores; 
 servidores públicos no exercício da atividade pública; 
 deputados e senadores não podem ser proprietários, 
controladores ou diretores de empresa ou exercer em empresa função remunerada; 
 estrangeiros e sociedade sem sede no Brasil, no caso de algumas atividades médico, 
no exercício simultâneo de farmácia. 
 
Quantos aos princípios jurídicos do direito comercial, temos: 
 1 ) PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA. Os principais aspectos da livre iniciativa são: 
(i) imprescindibilidade da empresa privada para que a sociedade tenha 
acesso a bens e serviços de que necessita para sobreviver. 
(ii) busca do lucro como principal motivação dos empresários. 
(iii) necessidade jurídica de proteção do investimento privado. 
(iv) reconhecimento da empresa privada como polo gerador de empregos e 
de riquezas para a sociedade. 
 
2) PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE CONTRATAR 
 3) PRINCÍPIO DO REGIME JURÍDICO PRIVADO 
 4) PRINCÍPIO DA LIVRE CONCORRÊNCIA 
4.1 – Ordem econômica 
 4.2 – Princípio da isonomia 
4.3 – Princípio da dignidade da pessoa humana 
 5) PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA 
 6) PRINCÍPIO DA PRESERVAÇÃO DA EMPRESA 
 
Para ser empresário a pessoa física deve cumprir as seguintes exigências : a) ser 
profissional, b) desenvolver ativida.de econômica, c) forma organizada e d) produção 
ou circulação de bens ou serviços 
 MICRO EMPRESA EMPRESA DE 
PEQUENO PORTE 
PEQUENO 
EMPRESARIO 
MODALIDADES 
EMPRESARIAIS 
POSSIVEIS 
1. Empresário 
individual 
2. Sociedade 
empresária 
3. Sociedade 
simples 4. EIRELI 
1. Empresário 
individual 
 2. Sociedade 
empresária 
3. Sociedade 
simples 4. EIRELI 
EMPRESARIO 
INDIVIDUAL 
 
REGIME TRIBUTARIO SIMPLES 
 
 MICRO EMPRESA E EMPRESA DE 
PEQUENO PORTE 
PEQUENO 
EMPRESARIO 
RECEITA BRUTA 
ANUAL 
Igual ou inferior a 
R$ 360 mil 
Superior a R$ 360 
mil e igual ou 
inferior a R$ 3,6 
milhões 
Igual ou inferior a 
R$ 60 mil 
ESCRITURAÇÃO OBRIGATORIA OBRIGATORIA DISPENSADO 
 
A CAPACIDADE CIVIL consiste na capacidade plena para que uma pessoa possa reger 
a sua vida, bens, e realizar os atos da vida civil, assim como possa ser 
responsabilizada civilmente. CAPACIDADE DE DIREITO (gozo) + CAPACIDADE DE FATO 
(exercício) CAPACIDADE CIVIL PLENA. = a) Legitimação 
b) Legitimidade 
 c) Personalidade 
 
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei 
põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
 a) Teoria natalista. 
 b) Teoria da personalidade condicionada. 
c) Teoria concepcionista. 
 
INCAPAZES NO CÓDIGO CIVIL Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer 
pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. 
 
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
 II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua 
vontade; 
 IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por 
legislação especial. 
REGISTRO DO EMPRESÁRIO É a obrigação legal imposta a todo e qualquer 
empresário (empresário individual ou sociedade empresária) se inscrever na Junta 
Comercial antes de iniciar a atividade, sob pena de começar a exercer a empresa 
irregularmente. Consequencias de ser empresário irregular (sem registro): 
 1. impossibilidade de requerer recuperação judicial. 
2. não poderá pedir falência de terceiro. 
3. tratando-se de EIRELI, o respectivo sócio ou titular terá responsabilidade ilimitada. 
4. não poderá participar de licitação 
 
CONCEITO de 
Fiança  A fiança é instituto do Direito Civil de natureza contratual e conceitua-se 
como garantia pessoal prestada por determinada pessoa pelo qual esta garante o 
pagamento ao credor por obrigação não paga pelo devedor principal. 
 CONCEITO de Aval  Quanto ao aval, consiste em uma garantia dada por um 
terceiro a um título de crédito, prevista nos artigos 897 e 898 do Código Civil. Ao se 
tornar avalista, a pessoa traz para si a obrigação pelo que avaliou, devendo assim 
satisfazê-la junto ao devedor, é o que chamamos de solidariedade. 
 
AVAL FIANÇA 
Garante títulos de crédito Garante contratos 
Basta a assinatura do avalista Precisa de cláusulas específicas ou de 
um contrato específico 
Responsabilidade solidária Responsabilidade subsidiária, salvo se 
houver previsão expressa de 
solidariedade 
Precisa da vênia conjugal, salvo se os 
cônjuges forem casados no regime de 
separação total de bens 
Precisa da vênia conjugal, salvo se os 
cônjuges forem casados no regime de 
separação total de bens 
 
ACEITAÇÃO PELO CREDOR  O credor não é obrigado a aceitar o fiador se não for 
pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar fiança e não possua 
bens suficientes para cumprir a obrigação. 
 • FIADOR INSOLVENTE OU INCAPAZ 
 • BENEFÍCIO DE ORDEM Não aproveita este benefício ao fiador: 
 I - se ele o renunciou expressamente; 
II - se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário; 
III - se o devedor for insolvente, ou falido 
 
Pagamento.  O pagamento do título ocorre quando o devedor, sendo intimado, 
comparece ao Cartório, ainda dentro do prazo em curso (tríduo), para liquidá-lo. 
• Art. 12 da Lei nº 9.492/97 - O protesto será registrado dentro de três dias úteis 
contados da protocolização do título ou documento de dívida. 
 
AVAL  O avalista não faz jus ao benefício ordem, podendo o avalista ser acionado 
juntamente com o avalizado. 
 PROTESTO 
1. necessário contra os coobrigados e endossantes 
2. facultativos contra o devedor principal e seu avalista. 
 
Art. 12 da Lei nº 9.492/97 - O protesto será registrado dentro de três dias úteis 
contados da protocolização do título ou documento de dívida. 
CHEQUE  Cheque é a ordem de pagamento à vista emitida contra um banco em 
razão de fundos que a pessoa (emitente) tem naquela instituição financeira. 
(RAMOS, 2015, p. 467). • REQUISITOS do cheque (art. 1º da Lei 7.357/85): 
 I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em 
que este é redigido; 
II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; 
III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); 
IV - a indicação do lugar de pagamento; 
 V - a indicação da data e do lugar de emissão; 
VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes 
especiais. 
 
ENDOSSO  É o ato cambiário mediante o qual o credor do título de crédito 
(endossante) transmite seus direitos a outrem (endossatário). O endosso produz dois 
efeitos, basicamente: a) transfere a titularidade do crédito. b) responsabiliza o 
endossante“cláusula sem garantia”.  O endosso deve ser feito no verso (regra).  
O endosso deve ser feito no anverso. 
 
CHEQUE PRÉ-DATADO (ou pós-datado)  Ocorre quando temos a emissão de um 
cheque para ser pago em data futura.  Nesse caso, perderia o cheque a natureza de 
ordem de pagamento à vista? Responsabilidade 
 STJ, Súm. nº 370 "caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque 
pré-datado”. 
 STJ, Súm. nº 388, que assim dispõe "a simples devolução indevida de cheque 
caracteriza dano moral". 
 
O sigilo bancário é protegido pela CF/88?  Art. 5º (...) CF/88 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação; 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal.i 
 
 
Para que haja acesso aos dados bancários (quebra do sigilo bancário), é necessária 
autorização judicial? Ao longo do tempo, foram desenvolvidas algumas teorias sobre 
o fundamento jurídico do sigilo bancário, dentre elas: Há a teoria do segredo 
profissional, cujos defensores entendem que os banqueiros têm o dever profissional 
de manter segredo sobre as informações obtidas durante a relação com os clientes. 
A teoria da obrigação jurídica afirma que o sigilo bancário encontra fundamento em 
uma norma legal. 
 
Prova obtida de forma ilícita pode ser utilizada no processo criminal para 
fundamental uma denúncia? 
QUEM PRECISA DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL 
 PARA TER ACESSO AS INFORMAÇÕES BANCÁRIAS 
 Polícia Precisa 
Ministério Público Precisa 
TCU Precisa 
Receita Federal Não Precisa 
Fisco estadual, distrital, municipal Não Precisa 
 CPI Não Precisa 
AULA 03 
Direito de Propriedade Industrial CONCEITO: É o conjunto de regras e princípios que 
conferem tutela jurídica específica aos elementos imateriais do estabelecimento 
empresarial, como as marcas e desenhos industriais registrados e as invenções e 
modelos de utilidades. 
CONCEITO: Art. 122 da LPI. São suscetíveis de registro como marca os sinais 
distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais. 
 • Pode registrar como Marca sinal sonoro ou olfativo? 
• Marca é igual nome fantasia? 
• Admite-se registrar como marca expressões comuns ou de pouco criatividade? 
 
 
 
1. DAS ESPÉCIES DE MARCA (ART. 123 DA LPI). 
1.1 - Marca de produto ou serviço: Representa os sinais que são usados pelos 
empresários para identificar seus produtos ou serviços. 
 1.2 - Marca de certifi cação: Serve para atestar a qualidade de determinado produto 
ou serviço conforme normas técnicas estabelecidas por institutos especializados 
(governamentais ou credenciados pelos órgão oficiais). 
1.3 - Marca Coletiva : É aquela que atesta a proveniência de determinado produto ou 
serviço membro de uma determinada entidade 
 
Classifi cação conforme a FORMA DE APRESENTAÇÃO 
1.4 - Marcas Nominativas: São criadas a partir de palavras ou números ou 
combinações de palavras e números. 
1.5 - Marca Figurativa: Formada por uma imagem, desenho, símbolo ou fi gura. 
1.6 - Marcas Mistas Combinam imagem e palavras. : 
1.7 - Marcas Tridimensionais: Constituída pela forma plástica do produto, ou seja, 
sua confi guração física, com capacidade distintiva e dissociada de efeitos técnicos. 
 
2. PRAZO DE VIGÊNCIA. O prazo de vigência do registro da Marca é de 10 anos, 
contados da data da concessão (e não do depósito), podendo ser prorrogados por 
períodos iguais e sucessivos. (art. 133 LPI). Existe limite de tempo para a vigência do 
registro da marca? 3. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE OU ESPECIFICIDADE. EXCEÇÃO: 
Marca de alto renome é igual a maca notoriamente conhecida? 
 
 
MARCA NOTORIA MARCA DE ALTO RENOME 
Reconhecimento Internacional Nem sempre possui reconhecimento 
internacional 
Proteção de atividade no ramo 
específico 
Proteção em todos os ramos de 
atividade 
Independente de registro Independente no INPI 
 
 1) Registro INPI. 
2) Proteção – 10 anos prorrogável 
. 3) Pagar taxa. 
4) Responsabilização de terceiros. 
O art. 2º do CDC prevê o seguinte: Art. 2º – CONSUMIDOR é toda pessoa física ou 
jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
TEORIA FINALISTA 
TEORIA FINALISTA MITIGADA • 
 FORNECEDOR pode ser conceituado como aquele que desenvolve as atividades de 
produção, importação, exportação, distribuição, comercialização de produtos ou 
prestação de serviços de acordo com o artigo 3º do CDC 
 
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço § 
 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade 
ter sido colocado no mercado. 
 § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será 
responsabilizado quando provar: I - que não colocou o produto no mercado; II - que, 
embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; III - a culpa 
exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
 
Art. 18 do CDC - Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis 
respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem 
impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, 
assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do 
recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as 
variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição 
das partes viciadas. 
 
Art. 18, § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o 
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - a substituição do produto por 
outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; II - a restituição imediata da 
quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
Art. 37 É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. § 1° É enganosa qualquer 
modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou 
parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de 
induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, 
quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e 
serviços. 
 Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por 
qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos 
ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra 
o contrato que vier a ser celebrado. 
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor 
exigir, alternativamente e à sua escolha: I - a substituição do produto por outro da 
mesma espécie, em perfeitas condições de uso; II - a restituição imediata da quantia 
paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o 
abatimento proporcional do preço. 
 
 
Princípio da informação Princípio da responsabilidade patrimonial ELEMENTOS DA 
RESPONSABILIDADE CIVIL ou PRESSUPOSTOS DO DEVER DE INDENIZAR São quatro 
elementos que compõe a responsabilidade civil: 
 a) conduta humana; 
b) culpa genérica ou lato sensu; 
 c) nexo de causalidade; 
d) dano ou prejuízo. 
 
A) CONDUTA HUMANA É a conduta humana causada por uma ação (conduta positiva) 
ou omissão (conduta negativa), podendo ser cometida voluntariamente ou por 
negligência, imprudência ou imperícia. No caso da omissão, é necessário: 
 (i) existência do dever jurídico de praticar determinado ato, 
(ii) prova de que a conduta não foi praticada 
(iii) demonstrar que se a conduta se tivesse sido praticada, o dano poderia ser evita B) 
CULPA GENÉRICA OU LATO SENSU1) Dolo Constitui a violação intencional do dever jurídico com o objetivo de prejudicar 
outrem. 2) Culpa É o desrespeito a um dever preexistente. Contudo, o agente não tem 
a intenção direta de violar esse dever jurídico, sendo três os elementos para a sua 
caracterização: 
 a) conduta voluntária com resultado involuntário. 
 b) previsão ou previsibilidade. 
 c) falta de cuidado, cautela, diligência e atenção. Imprudência; negligência e Imperícia 
 
 
c) NEXO DE CAUSALIDADE Constitui a relação de causa e efeito entre a conduta culposa 
ou o risco criado e o dano suportado por alguém. 
 CONDUTA - - - - nexo de causalidade - - - - DANO 
d) DANO ou PREJUÍZO Para que haja responsabilidade civil é necessário comprovar o 
dano patrimonial ou extrapatrimonial suportado por alguém. O dano poder ser: 
 a) MATERIAL 
 b) MORAL 
c) ESTÉTICO 
 
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA Por esse princípio, entende-se que o título de crédito 
configura-se documento constitutivo de direito novo, autônomo, originário e 
completamente desvinculado da relação que lhe deu origem. 
 
Aula 04 
 
A FALÊNCIA tem por finalidade a liquidação do passivo, compreendido pelas dívidas 
da empresa, por meio da realização da venda do patrimônio da empresa - ativo. A Lei 
11.101/05 que regula a falência, tem clara influência do princípio da preservação da 
empresa, bem como da valorização do trabalho humano e a livre iniciativa. Instituto 
típico do regime jurídico Empresarial. 
 
A simples insolvência do devedor não caracteriza por si só a instauração da falência 
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: I – sem relevante razão de direito, 
não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos 
executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-
mínimos na data do pedido de falência;  A dívida deve ser maior de 40 salários 
mínimos 
.  Reunião dos credores.  
Obrigatoriedade do protesto do título 
 
 
 
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à 
penhora bens suficientes dentro do prazo legal; 
 Caracteriza-se pela tríplice omissão do devedor. 
 Certidão do juízo da execução. 
  Ação autônoma. 
 Não exige valor mínimo. 
 
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação 
judicial: 1 - Devedor que está se desfazendo do seu patrimônio de forma precipitada; 
 2 - Devedor que está tentando livrar-se de bens que futuramente poderiam ser 
arrecadados; 
3 - Transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de 
todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; 
 4 - Empresa que transfere seu estabelecimento para outra localidade com a intenção 
de fugir dos credores. 
 
5 - Credor que dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem 
ficar com bens livres e desembaraçadas suficientes para saldar seu passivo. 
 6 - Abandono de estabelecimento. 
 7 - Deixar de cumprir no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de 
recuperação judicial. 
 
PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA  São três os pressupostos da falência: o primeiro, 
denominado de pressuposto material subjetivo consiste na qualidade de empresário 
do devedor; pressuposto material objetivo, é consubstanciado na insolvência do 
devedor; e o terceiro, por fim, denominado de pressuposto formal, é a sentença que 
a decreta. 
 O SUJEITO ATIVO DO PEDIDO DE FALÊNCIA. Art. 97. Podem requerer a falência do 
devedor 
: I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei; 
 II – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante; 
 III – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da 
sociedade; 
 IV –qualquer credor. 
 
PRESSUPOSTOS Art. 94 da Lei 11.101/05 - Será decretada a falência do devedor que 
: I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida 
materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o 
equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; 
 II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à 
penhora bens suficientes dentro do prazo legal; 
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação 
judicial: 
 
PRINCÍPIOS DA FALÊNCIA  Art. 75. A falência, ao promover o afastamento do 
devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, 
ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa. 
 • Princípio da preservação da empresa. 
 • Princípio da maximização dos ativos. 
 • Princípio da celeridade e da economia processual. 
DEPÓSITO ELISIVO DA FALÊNCIA 
  valor da dívida reclamada devidamente corrigido e acrescido de juros e honorários 
advocatícios. 
 
EFEITOS DA FALÊNCIA EM RELAÇÃO À PESSOA DO DEVEDOR. 
1. Falência dos sócios de responsabilidade ilimitada. 
 2. Apuração de eventual responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade 
limitada. 
 3. Inabilitação empresarial. 
 4. Perda do direito de administração dos bens e da disponibilidade sobre eles. 
5. Não pode ausentar-se do lugar da falência sem autorização do juiz. 
 6. Comparecimento a todos os atos da falência. 
 7. Suspensão do direito ao sigilo à correspondência e ao livre exercício da profissão. 
8. Dever de colaboração com a administração da falência. 
CONCORDATA(Decreto Lei n° 7.661/1945) Concordata é o ato processual pelo qual o 
devedor comerciante propõe em juízo uma forma melhor de pagamento a seus 
credores para evitar ou suspender a falência. 
RECUPERAÇÃO DE EMPRESA (Lei n° 11.101/2005) 
 RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
 RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL 
 Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de 
crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte 
produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, 
assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade 
econômica. 
REQUISITOS da RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
 O atingido deve manter regularmente suas atividades há mais de dois anos, além 
de atender aos seguintes requisitos, cumulativamente: 
• Não ter falido; no caso de falência, desde que esteja declarada extinta, por sentença 
transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; 
 • Não ter obtido concessão de recuperação judicial há menos de cinco anos; 
• Não ter obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial há 
menos de oito anos, 
• Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, 
pessoa condenada pelos crimes previstos na lei de falência. 
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL 
  A recuperação extrajudicial ocorre fora do judiciário. Com ela, o empresário pode 
negociar diretamente com seus credores e elaborar um acordo que poderá ou não ser 
homologado pelo juiz. REQUISITOS 
 Os requisitos gerais exigíveis para a consecução da recuperação extrajudiciais são 
os mesmos da recuperação judicial. 
  Além dos requisitos gerais, há ainda outro, constante da norma do art. 163, §3º “O 
devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se estiver 
pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial ou 
homologação de outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois) anos.” 
 
TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA (disregard doctrine) 
  A TEORIA DA AUTONOMIA PATRIMONIAL DAS PESSOAS JURÍDICAS (art. 1.24 do 
Cód. Civil), constitui como importante instrumento ao empreendedorismo, atuando 
como um redutor do risco empresarial. 
 
TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NO BRASIL. 
 1960 – Doutrina – Rubens Requião 
 Jurisprudência Regulamento Legal - Código de Defesa do Consumidor - Art. 28, Lei 
nº 8.078/90. Lei 8.884/94, art. 18 -dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações 
à ordem econômica. Lei nº 9.605/98, 
art. 4º - regula os crimes ambientais. 
Art. 50 do Código Civil adotou os ideais da disegard doctrine. 
 
Teoria da desconsideração e imputação direta de responsabilidade - art. 28, caput do 
CDC. 
  Art. 28 do CDC: O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade 
quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, 
infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A 
desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de 
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má 
administração. 
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua 
personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos 
causados aos consumidores. Teoria da Desconsideração e abuso de personalidade 
jurídica - art. 50 do Código Civil.  Art. 50. Em caso de ABUSO da personalidade 
jurídica, caracterizado pelo desvio de fi nalidade, ou pela confusão patrimonial, pode 
o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber 
intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações 
sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa 
jurídica. 
ABUSO DE PERSONALIDADE JURÍDICA 
 DESVIO DE FINALIDADE 
 CONFUSÃO PATRIMONIAL 
 
 
Jurisprudência TRABALHISTA adota a TEORIA MENOR da Desconsideração da 
Personalidade Jurídica, não exigindo o requisito do abuso de direito ou fraude, 
podendo ser aplicada sempre a personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao 
ressarcimento de prejuízos causados aos credores. Argumento trabalhista para a 
aplicação da Desconsideração da personalidade jurídica é com base na TEORIA DO 
RISCO DA ATIVIDADE ECONÔMICA. 
 Art. 2º da CLT: Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, 
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação 
pessoal de serviço

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