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MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 1 1.0 Experimentos 1.1 Familiarização com o equipamento o Um painel em aço inoxidável com 9 tomadas de pressão: Uma tomada da Placa de Orifício; Uma tomada do Tubo de Venturi; Uma tomada (sucção e recalque) da bomba do quadro esquerdo; Uma tomada (sucção e recalque) da bomba do quadro direito; Uma tomada de pressão da associação série/paralelo; o Um painel de elementos contendo: Uma válvula gaveta na entrada da tubulação; Um suporte para placa de orifício; Duas placas com diâmetros diferentes; Um hidrômetro residencial; Um tubo de acrílico transparente com uma tomada para injeção de corante; Um Tubo de Venturi em acrílico; Um tubo em PVC liso com diâmetro de ¾” com válvula de esfera; Um tubo em PVC com rugosidade induzida e diâmetro de ¾” com válvula de esfera; Um tubo em PVC liso com diâmetro de ½” com válvula de esfera; Tubulação removível: Tubulação com luvas de união nas extremidades que são intercambiáveis podendo ser inseridos outros elementos customizados pelo usuário; Uma tubulação com dois cotovelos 90º, uma curva 90º e curva 45º; Uma tubulação com uma válvula globo, uma conexão Tee, uma expansão de ¾” para 1”, uma contração de 1” para ¾” e um filtro Y. MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 2 1.2 Experimento de Reynolds Objetivo: Verificar visualmente a formação de um perfil parabólico de velocidades em escoamentos laminares e o comportamento do corante em escoamentos laminares e turbulentos. Introdução O Número de Reynolds é um adimensional que caracteriza um escoamento como laminar ou turbulento. É definido como a relação entre as forças inerciais e as forças viscosas. Para tubos o número pode ser determinado por: 𝑅𝐸𝑌 = 𝜌 · 𝑉 · 𝐷 𝜇 = 𝑉 · 𝐷 ʋ Os escoamentos em tubos são caraterizados de acordo com: Laminar: Rey < 2300 Transição: 2300 < Rey < 4000 Turbulento: Rey > 4000 Procedimento experimental: Preparação: Medida de Vazão: Recomenda-se utilizar o hidrômetro residencial e um cronometro de acordo com o procedimento do item 1.3 A vazão pode ser calculada cronometrando-se o tempo em minutos para o ponteiro de 1 litro completar uma volta e: 𝑄ℎ𝑖𝑑𝑟ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = 1 𝑡ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜 (𝑙𝑝𝑚) MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 3 Ensaio: Visualização do perfil de velocidades do escoamento: Calcular a vazão necessária para que o Número de Reynolds seja baixo o suficiente para garantir que o escoamento seja laminar, ou seja, REY = 𝑉 · 𝐷 ʋ ≈ 1000 Fechar a válvula de entrada e ligar a bomba. Com auxílio de uma seringa ou com o funil reservatório de corante, injetar uma quantidade de corante suficiente para ser vista uma nuvem no tubo de acrílico, como sugerido na figura a seguir. Abrir uma válvula da linha muito vagarosamente por alguns segundos e notar que o perfil da nuvem se desenvolve enquanto percorre a tubulação e se assemelha a um paraboloide. Pode-se fechar a válvula novamente e o perfil será “congelado” por alguns instantes permitindo uma melhor visualização do perfil. FIGURA 1 – VISUALIZAÇÃO DO PERFIL PARABÓLICO DE VELOCIDADES Refazer o experimento para vazões maiores e verificar qualitativamente o perfil de velocidades. MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 4 Exemplo de dispositivo de injeção de corante: FIGURA 2 – DISPOSITIVO DE INJEÇÃO DE CORANTE (depende do modelo adquirido) Visualização das linhas: Calcular a vazão necessária para que se obtenham os três tipos de escoamento. Abrir totalmente a válvula da entrada da linha de Reynolds, ligar a bomba e ajustar a vazão pela válvula da saída para regime laminar. Ajustar a válvula de injeção e verificar que o fio de corante acompanha a linha de corrente até o final do tubo. Ajustar a vazão para que o escoamento seja de transição. Injetar o corante novamente e notar que começam a ocorrer perturbações no fio de corante até que o mesmo se mistura completamente com a água. Ajustar a vazão para que o escoamento seja turbulento. Injetar o corante e notar que ocorre mistura quase que instantaneamente do corante com a água, caracterizando o regime turbulento. Deve-se tomar cuidado quando estiver operando com vazões elevadas. Se a pressão da linha pode ser alta o suficiente para retornar água para o reservatório de corante, podendo ocorrer transbordamento. Sugestões adicionais: - realizar o experimento com diversas vazões e notar a influência da velocidade no escoamento; - o corante utilizado pode ser corante alimentício (anilina). MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 5 Referências Bibliográficas STREETER, V. L. Mecânica dos Fluidos. MCGraw Hill do Brasil. São Paulo, 1978. FOX, R. W. , PRITCHARD, F. J., MCDONALD, A. T. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 6º Ed. Editora LTC, 2006. MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 6 1.3 Hidrômetro como Medidor de Vazão Objetivo: Utilizar um hidrômetro residencial como medidor de vazão. FIGURA 3 - HIDRÔMETRO Procedimento experimental: Preparação: Fechar todas as válvulas de esfera das linhas de elementos e a válvula de entrada. Medida de vazão: Padrão: A medida da vazão será realizada através do reservatório de medida e cronômetro. Utilize o procedimento descrito no item 1.1 ou utilize o rotâmetro. Instrumento: Verifique no painel do hidrômetro que para totalizar o volume de fluido deve-se somar o display numérico aos indicadores analógicos (ponteiros). São dois os indicadores de ponteiro, de 10 litros e de 1 litro por revolução. FIGURA 4 – HIDRÔMETRO – INDICADORES MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 7 Recomenda-se cronometrar o tempo 𝑡ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜 de uma volta do ponteiro de 10 litros por revolução. A vazão pode então ser calculada em litros por minuto (L/min): 𝑄ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = 10 𝑡ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜 (𝐿/𝑚𝑖𝑛) Medidas das pressões: Não são necessárias. Ensaio: Fechar a válvula de entrada e ligar a bomba. Atuar sobre a válvula de entrada ou sobre a válvula da linha varrendo toda a sua extensão obtendo, no mínimo, 10 medidas de vazão. Por simplicidade, utilize a mesma medida de tempo para o reservatório de medida. Altura (mm) Vazão (L/min) Tempo p/ 10 L (s) Vazão Hidrômetro (L/min) MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 8 Análise dos dados: Montar um gráfico linear com Vazão (hidrômetro) no eixo das abscissas e a Vazão (padrão) no eixo das ordenadas. Verificar visualmente que tipo de função se ajusta aos pontos. Utilize o método dos mínimos quadrados e ajuste uma função linear do tipo: 𝑄𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝑎 · 𝑄ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 + 𝑏 Está é a equação da curva de calibração. Sugestões adicionais: - realizar o ajuste da curva utilizando planilha eletrônica; - alunos dos cursos de Engenharia que tem disciplinas de Instrumentação em seu currículo podem ser encorajados a verificar: Se a teoria propõe modelos lineares para sensores de vazão tipo turbina e tipo roda d’água; Se o procedimento de calibração adotado pode ser melhorado; Analisar os erros e verificar as incertezas do instrumento. Referências Bibliográficas ISMAIL, K. A .R. GONÇALVES, M. M. BENEVENUTO, F. J. Instrumentação Básica para Engenharia.Editora do autor, 1998. FOX, R. W. PRITCHARD, F. J. MCDONALD, A. T. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 6ª Ed. Editora LTC, 2006. MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 9 1.4 Placa de Orifício Objetivo: Obter uma equação (curva de calibração) que permita calcular a vazão a partir da medida do diferencial de pressão na placa de orifício. Introdução: A Placa de Orifício é um medidor de vazão deprimogênio muito utilizado industrialmente pelo seu baixo custo e consta de uma obstrução na tubulação que provoca uma diferença de pressão que é proporcional à vazão do fluído. FIGURA 5 – PLACA DE ORIFÍCIO Esta obstrução geralmente é montada na forma de um orifício concêntrico de menor diâmetro que a tubulação. FIGURA 6 – PLACA DE ORIFÍCIO E TOMADAS DE PRESSÃO A diferença de pressão ΔP é determinada por: Δ𝑃 = (𝜌𝑚 − 𝜌𝑓) · g · Δℎ MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 10 Genericamente para este tipo de medidor, a vazão é determinada por: 𝑄 = 𝐾√𝛥𝑃 Procedimento experimental: O Experimento consiste em medir a diferença de pressão entre uma tomada à montante e outra a jusante da placa de orifício. Preparação: Após conhecer o diâmetro interno, instalar a placa de orifício no suporte, apertando os parafusos. Utilize a luva de correr se precisar retirar o suporte. Medida de vazão: A medida da vazão será realizada através do reservatório de medida ou do rotâmetro. Medida das pressões: Conecte as mangueiras às tomadas de pressão da placa de orifício localizadas no painel em inox ao manômetro diferencial eletrônico. Como as diferenças de pressão são elevadas, recomenda-se o uso do MDD30. Ensaio: Fechar totalmente a válvula de esfera da linha da Placa de Orifício e ligar a bomba. Atuar a válvula de esfera varrendo toda a faixa e obtendo, no mínimo, 15 valores de Vazão e suas respectivas diferenças de pressão ΔP indicadas diretamente no MDD30 (em PSI). Altura Reservatório Medida (mm) Volume Coletado (L) Tempo Cronometrado (min) Vazão (L/min) ΔP (PSI) ΔP (mmca) MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 11 Análise dos Dados: Montar um gráfico linear com ΔP no eixo das abscissas e a Vazão no eixo das ordenadas. Ajuste uma função do tipo: 𝑄 = 𝐾√𝛥𝑃 Está é a equação da curva de calibração. A equação teórica completa é: O Coeficiente de descarga C pode ser obtido experimentalmente. A diferença de pressão ΔP pode ser obtida diretamente do MDD em psi e deve ser convertida para Pascal (Pa) antes de aplica à equação da vazão. Sugestões adicionais: - realizar o ajuste da curva utilizando planilha eletrônica; - construir o gráfico em escala logarítmica e verificar que o resultado é uma reta; - verificar o equacionamento teórico e as normas de construção de placas de orifício; MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 12 - Comparar o resultado com a equação proposta por Stolz (MARTINS, 1998) para o coeficiente de descarga. Note que a equação é sugerida para diâmetros de tubulação D>50mm. Referências Bibliográficas ISMAIL, K. A .R. GONÇALVES, M. M. BENEVENUTO, F. J. Instrumentação Básica para Engenharia. Editora do autor, 1998. MARTINS, N. Manual de Medição de Vazão. Editora Interciência, 1998. FOX, R. W. , PRITCHARD, F. J., MCDONALD, A. T. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 6º Ed. Editora LTC, 2006. WATER MEASUREMENT MANUAL – disponível para visualização em 14/06/2012 – Capítulo 14: http://www.usbr.gov/pmts/hydraulics_lab/pubs/wmm http://www.usbr.gov/pmts/hydraulics_lab/pubs/wmm MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 13 1.5 Tubo de Venturi Objetivo: Obter uma equação (curva de calibração) que permita calcular a vazão a partir da medida do diferencial de pressão em um tubo de Venturi. FIGURA 7 – TUBO DE VENTURI Introdução: O tubo de Venturi é um medidor de vazão deprimogênio muito utilizado industrialmente por apresentar baixar perda de carga residual e é formado por um tubo com uma contração de secção seguida de uma expansão suave que provoca uma diferença de pressão que é proporcional à vazão de fluido. FIGURA 8 – TUBO DE VENTURI E TOMADAS DE PRESSÃO A diferença de pressão ΔP é determinada por: ΔP = ( ρm - ρf ) · g ·Δh A vazão é obtida por uma função do tipo: 𝑄 = 𝐾√𝛥𝑃 MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 14 Procedimento experimental: O experimento consiste em medir a diferença de pressão entre uma tomada na entrada do tubo e outra na contração (garganta). Preparação: Medida da Vazão: A medida da vazão será realizada através do reservatório de medida ou utilize o rotâmetro. Medida das pressões: Conecte as mangueiras às tomadas de pressão do Venturi (localizadas no painel em inox) ao manômetro diferencial eletrônico MDD30. Ensaio: Fechar totalmente as válvulas de entrada do quadro em uso. Abra vagarosamente a válvula do Venturi acompanhando o ΔP no manômetro diferencial eletrônico. Atuar a válvula de esfera varrendo toda a faixa e obtendo, no mínimo, 15 valores de Vazão e suas respectivas diferenças de pressão ΔP indicadas diretamente no MDD30. Altura Reservatório Medida (mm) Volume Coletado (L) Tempo Cronometrado (min) Vazão (L/min) ΔP (PSI) ΔP (mmca) MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 15 Análise dos Dados: Montar um gráfico linear com ΔP no eixo das abscissas e a Vazão no eixo das ordenadas. A equação teórica completa é: Considerando que o Venturi foi construído de acordo com norma ASTM, para Re>4000, calculado na secção reduzida, o coeficiente de descarga aproxima-se da unidade, sendo considerado: C = 0,99 Desta forma, pode se ajustar uma função do tipo: 𝑄 = 𝐾√𝛥𝑃 Está é a equação da curva da calibração e todos os termos constantes estão englobados em uma constante K a ser determinada experimentalmente. Note que K pode ser obtido teoricamente por: Sugestões adicionais: - realizar o ajuste da curva utilizando planilha eletrônica; - construir o gráfico em escala di-log (log-log) e verificar que o resultado é uma reta; MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 16 - comparar o resultado de K obtido experimentalmente com o K obtido teoricamente para C = 0,99. Verifique o erro associado. Referências Bibliográficas ISMAIL, K. A .R. GONÇALVES, M. M. BENEVENUTO, F. J. Instrumentação Básica para Engenharia. Editora do autor, 1998. MARTINS, N. Manual de Medição de Vazão. Editora Interciência, 1998. FOX, R. W. , PRITCHARD, F. J., MCDONALD, A. T. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 6º Ed. Editora LTC, 2006. WATER MEASUREMENT MANUAL – disponível para visualização em 14/06/2012 – Capítulo 14: http://www.usbr.gov/pmts/hydraulics_lab/pubs/wmm http://www.usbr.gov/pmts/hydraulics_lab/pubs/wmm MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 17 1.6 Perda de Carga Localizada Objetivo: Verificar a perda de carga em um elemento singular e determinar o comprimento equivalente do mesmo. Introdução As instalações hidráulicas não são formadas unicamente de tubos e a inserção de elementos como curvas, reduções e válvulas ocasionar perdas de carga adicionais. FIGURA 9 - SINGULARIDADES Torna-se bastante prático converter o efeito causado por uma singularidade em um comprimento equivalentede tubulação que, se adicionado à instalação, causa o mesmo efeito de perda de carga. Este método é conhecido por Comprimento Equivalente. A equação da perda de carga em uma singularidade é obtida por: Δℎ = 𝐾𝑠 · 𝑉² 2 · g Onde: Δℎ - perda de carga no trecho considerado 𝐾𝑠 - coeficiente de perda de carga singular 𝑉 - velocidade média (V=Q/A) g - aceleração da gravidade MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 18 Comparando com a equação de Darcy-Weisbach: 𝐾𝑠 = 𝑓 · 𝐿 𝐷 E então: 𝐿𝑒𝑞 = 𝐾𝑠 · D 𝑓 Novamente, isto somente pode ser considerado verdadeiro para Re elevados. Pode-se avaliar a perda de carga em singularidades utilizando a montagem a seguir, que exemplifica a medida em um cotovelo, podendo ser utilizada para outras singularidades. FIGURA 10 – PERDA DE CARGA EM SINGULARIDADES Procedimento experimental: Preparação: Medida de Vazão: A medida de vazão será realizada através do reservatório de medida. MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 19 Ensaio: Fechar totalmente a válvula de entrada e ligar a bomba, abrir somente a válvula de esfera da linha de singularidades. Abra a válvula de entrada vagarosamente acompanhando o piezômetro até que seja estabelecida a vazão máxima da instalação, ou seja, atingindo o limite do piezômetro. Pressurize o piezômetro se necessário. Atuar na válvula da entrada varrendo toda a faixa e obtendo, no mínimo, 10 valores de Pa, Pb e Pc e calcular Δ𝑃. Altura Reservatório Medida (mm) Volume Coletado (L) Tempo Cronometrado (min) Vazão (L/min) Pa (mmca) Pb (mmca) Pc (mmca) MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 20 Análise dos Dados: Montar uma tabela com os resultados. Q (m³/s) Δℎ𝑐𝑜𝑡𝑜𝑣𝑒𝑙𝑜 (m) Δℎ𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎 (m) Re Perda de Carga Localizada: Montar um gráfico linear com Δℎ𝑐𝑜𝑡𝑜𝑣𝑒𝑙𝑜 e Δℎ𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎 sobrepostos contra vazão Q no eixo das abscissas. Ajustar curvas do tipo: Δℎ𝑐𝑜𝑡𝑜𝑣𝑒𝑙𝑜 = 𝐶1 · 𝑄² Δℎ𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎 = 𝐶2 · 𝑄² Determinar 𝐾𝑠 para as duas singularidades. MANUAL BANCADA DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MANUAL DE EXPERIMENTOS Página 21 Comprimento Equivalente 𝐿𝑒𝑞: Montar um gráfico linear de 𝐾𝑠 contra Re para os dois tubos. Note que 𝐾𝑠 é praticamente independente de Re para Re elevados; Determinar o comprimento equivalente para os dois tubos 𝐿𝑒𝑞 . Sugestões adicionais: - realizar o ajuste das curvas em planilha eletrônica; - Verifique se a localização do ponto de medida da pressão pode alterar o resultado. Considere se é necessário descontar o comprimento equivalente do tubo localizado e se o escoamento já está plenamente desenvolvido no ponto de tomada da pressão. Referências bibliográficas STREETER, V. L. Mecânica dos Fluidos. McGraw Hill do Brasil. São Paulo, 1978. FOX, R. W. , PRITCHARD, F. J., MCDONALD, A. T. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 6º Ed. Editora LTC, 2006.
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