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GLUT e SGLT Transportadores de Glicose Prof. Michelle Castro – 2016 O transporte de glicose é fundamental para manutenção do nosso corpo, visto que essa molécula é responsável por grande parte da energia que utilizamos. A glicose não pode difundir-se através dos poros da membrana, já que seu peso molecular é de 180, e o máximo das partículas permeáveis é cerca de 100. Existem dois mecanismos de transporte de glicose através da membrana celular: transporte facilitado, mediado por transportadores de membrana específicos (GLUT) e o co-transporte com o íon Sódio (SGLT). Prof. Michelle Castro SGLT: Co-transporte de glicose juntamente com íons sódio Nesse mecanismo, a glicose é transportada para dentro da maioria das células contra um grande gradiente de concentração. O mecanismo de co-transporte esta presente na parte apical da célula intestinal e túbulo proximal renal. Tem a função de captar a glicose da dieta para levar à corrente sangüínea e prevenir da perda urinária da glicose. É um transporte independente da influência da insulina Prof. Michelle Castro SGLT- Cotransportador Na-Glicose Muito Na+ A SGLT liga uma molécula de glicose e uma de sódio. Quando ambas estão ligadas muda- se a conformação da proteína, permite a movimentação do sódio para o interior. Dessa forma, sódio e glicose são transpotados para o interior. Há dois tipos de transportadores SGLT: SGLT1, presente no intestino, onde há o co-transporte de um íon sódio para uma molécula de glicose, esse transportador tem alta afinidade pela glicose, mas baixa capacidade. Reabsorção renal de glicose: é feita pela SGLT1 e SGLT2 esta ultima possui baixa afinidade pela molécula de glicose, porem e alta capacidade, realizando o co-transporte de dois íons sódio para cada molécula de glicose. Prof. Michelle Castro GLUT – Transportadores de Glicose Em todas as células a glicose é transportada através de transportadores, de uma área de maior concentração para uma de menor, por difusão facilitada Isso é possível através de transportadores de membrana específicos – os GLUTs A velocidade de transporte é aumentada em 10 a 20 vezes, em relação à velocidade observada na ausência da secreção de insulina O transporte de glicose é bidirecional A quantidade de glicose passível de se difundir para o interior da maioria das células, na ausência de insulina, a exceção dos hepatócitos e neurônios, é insuficiente para o metabolismo energético. Logo, nestas células o transporte de glicose não é dependente da insulina Atualmente se propõe 14 tipos de GLUTs diferentes, porém nos ateremos a 4 tipos Prof. Michelle Castro Prof. Michelle Castro Estrutura geral do GLUT. Em roxo, aminoácidos conservados. São 12 segmentos transmembrânicos hidrofóbicos. Cada alça forma um canal por onde a glicose passa Prof. Michelle Castro GLUT 1: Largamente difundido pelo corpo, responsável pelo metabolismo basal celular. Não depende de insulina. Possui alta capacidade de transporte e de afinidade pela glicose. Sua expressão aumenta em casos de hipoglicemia. GLUT 1 e 3: Presentes no cérebro, tecido que depende somente de glicose para obtenção de energia. Não são transportadores dependentes de insulina GLUT 1: células endoteliais da barreira hemato encefálica. Presente em maior quantidade na infância GLUT 3: proporciona o transporte da glicose do astrócito ao neurônio. Presente em maior quantidade na vida adulta GLUT 2: Presente nos hepatócitos, células β pancreáticas, mucosa intestinal e rins Tem baixa afinidade com a glicose, fazendo com que o transporte seja proporcional à glicemia Não tem atividade dependente da insulina São as células β que detectam as alterações de glicose no sangue e secretam insulina de acordo. Defeitos nesse GLUT levam a problemas na secreção de insulina. Expressão de GLUT2 é estimulada pela hiperglicemia, dietas ricas em carboidratos e suprimida pela hiperinsulinemia. Prof. Michelle Castro GLUT 4: são os transportadores insulina-dependente, mais abundante nas membranas celulares do músculo esquelético, cardíaco e tecido adiposo. Está presente na membrana plasmática em vesículas citoplasmáticas A contração muscular aumenta a formação de AMP, o que estimula a transcrição e translocação do GLUT 4. Exercícios extenuantes e dietas ricas em gorduras diminuem a expressão de GLUT 4 No fígado: a insulina inibe glicogenólise e gliconeogênese e estimula síntese de glicogênio No músculo esquelético: estimula a: captação de glicose e síntese de glicogênio No tecido adiposo: estimula a captação de glicose e redução da liberação de ácidos graxos e síntese de triglicerídeos. Também estimula a entrada de aminoácidos nas células para promover a síntese protéica. O transportador possui a menor cinética da família dos GLUT, mas grande afinidade. Prof. Michelle Castro Outros transportadores de glicose GLUT GLUT 5: proteína transportadora de frutose, com pouca afinidade por glicose GLUT 6: possivelmente encontrados nos leucócitos GLUT7 não é caracterizado e reconhecido por parte da literatura. GLUT8 expresso nos blastocistos GLUT9 presentes no fígado e rins GLUT10 no fígado e pâncreas. GLUT11 presente no coração e músculo esquelético Prof. Michelle Castro GLUT e neoplasias GLUT1: Aumento na sua expressão está relacionado com tumores de mama, hepáticos, pancráticos, esofagiano, cerebral, renal, ovariano e cutâneo. GLUT3: Aumento na sua expressão está relacionado com tumores gástricos, ovariano e pulmonar. Prognostico desfavorável,alto nível de atividade. No órgão sadio não se encontra este GLUT GLUT5: presente tumores mamários, também não é encontrado neste tecido normal. GLUT12 esta expresso em células prostáticas e mamárias neoplásicas, e em adultos na musculatura cardíaca, esquelética e tecido adiposo normal. Prof. Michelle Castro Prof. Michelle Castro Defeitos genéticos nos Gluts GLUT1: Síndrome de De Vivo. Relatada em crianças com menos de dois meses de idade. Causa uma síndrome convulsiva bem séria. Se tratados no início com dieta cetogênica, evoluem bem. SGLT-1: Mutação em um gene. É bem rara. Causa má absorção de glicose e galactose, acúmulo destes junto com sódio no intestino, levando à diarreias severas. SGLT-1 e SGLT-2: Defeitos causam glicosúria renal familiar, uma síndrome relativamente benigna. Pacientes apresentam poliúria e polidipsia, em graus variáveis. O diagnóstico acontece quando é detectado aumento da glicose na urina. Defeitos adquiridos nos Gluts GLUT 4: Resistência à insulina Como acontece a translocação do GLUT mediada por insulina? Prof. Michelle Castro Prof. Michelle Castro Sinalização pela AKT Prof. Michelle Castro Ativação da AMPK – proteína quinase ativada por AMP (contração muscular – sem ativação por insulina) Prof. Michelle Castro AMPK: importante enzima envolvida na homeostasia energética do nosso corpo É ativada quando a energia celular é depletada, através do aumento de AMP, ou quando é fosforilada pela AMPK cinase. Induz aumento no ATP por estimular a glicólise e a oxidação de ácidos graxos Simultaneamente inibe vias que consomem ATP (como síntese de colesterol, ácidos graxos e triacilgliceróis) Regula a sinalização de insulina, induzindo a translocação do GLUT4 Prof. Michelle Castro O que a metformina faz: induz a expressão de Rab8 pela via da AMPK
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