Buscar

Microbiologia Básica Revisão AV1 (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 100 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 100 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 100 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MICROBIOLOGIA BÁSICA
REVISÃO AV1
PROFESSORA DRA. LORENA XAVIER
PARTE 1: HISTÓRIA E APLICAÇÕES 
DA MICROBIOLOGIA
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Conteúdo desta aula
OS PRIMEIROS 
MICROBIOLOGISTAS
1
TEORIA DA GERAÇÃO 
ESPONTÂNEA X BIOGÊNESE
2
TEORIA DO GERME 
X POSTULADOS DE KOCH
3
DESCOBERTA DA 
VACINAÇÃO E 
QUIMIOTERAPIA
4
RECENTES AVANÇOS
DA MEDICINA
5
PRÓXIMOS 
PASSOS
MICRO-ORGANISMOS E 
O BEM-ESTAR HUMANO
6
CLASSIFICAÇÃO DOS 
MICRO-
ORGANISMOS
7
VÍRUS SÃO 
SERES VIVOS?
8
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Definição de Microbiologia
Logos = estudo/ciência
Microbiologia é a ciência que estuda os seres microscópicos e suas atividades.
Os micro-organismos são: bactérias, fungos, protozoários, algas unicelulares e vírus.
MICRO
BIO
LOGIA
Mikros = pequeno
Bios = vida
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Os principais microbiologistas
Alguns pesquisadores tiveram grande influência na história da Microbiologia, em épocas em que 
apenas o poder da observação era disponível para descobertas e invenções. 
1665
• Robert Hooke – Denominou de “células” aos compartimentos visualizados num pedaço de cortiça.
1673
• Antonie Van Leeuwenhoek – Identificou “seres invisíveis”, aos quais chamou de “animáculos”. 
1798
• Edward Jenner – Produziu a primeira vacina, contra a varíola, coletando pústulas.
1857
• Louis Pasteur – Identificou a fermentação, deu fim à Teoria da geração espontânea e postulou teorias.
1860
• Robert Koch – Postulou a Teoria microbiana das doenças e identificou o bacilo da tuberculose.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Teoria da geração espontânea – Abiogênese
A teoria da geração espontânea é também chamada de Abiogênese. 
Na abiogênese, uma vida poderia surgir a partir de seres em decomposição ou
espontaneamente, a partir de matéria bruta.
Acreditava-se existir uma “força vital” que gerasse vidas.
Foi proposta por filósofos e cientistas, como Aristóteles, René Descartes e Isaac
Newton.
origem/iníciovidanão/sem
https://paradigmadoverme.files.wordpress.com/2012/0
3/paradigma-do-verme-51-a.jpg
ABIOGÊNESE
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Experimentos de Redi e a Biogênese
Em 1668, Francesco Redi, iniciou a observação de carnes em decomposição e percebeu que:
• Larvas apareciam somente em potes destampados;
• Moscas eram atraídas pelas carnes em decomposição.
Com este experimento, Redi concluiu que as
larvas não surgiam, espontaneamente, na carne
em decomposição, mas, sim, a partir de moscas.
Sua teoria foi muito contestada e ainda perdurou
por mais de um século.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Experimentos de Pasteur e a Biogênese
Após a teoria de Redi, John Needham e Lazzaro Spallanzani também fizeram experimentos tentando 
comprovar o fim da Abiogênese.
Em 1860, Louis Pasteur fez o seguinte experimento:
• Usou frascos com gargalos longos e finos;
• Após fervura, observou que o líquido no 
frasco longo e fino permanecia estéril;
• Quando quebrou o gargalo, percebeu 
crescimento microbiano.
Pasteur considerou que os micro-organismos estavam 
no ar e, em contato com o caldo, proliferavam.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
 os microrganismos estão presentes em doentes 
e não em indivíduos sadios;
 os micro-organismos podem ser cultivados;
 a inoculação da cultura adoece outro animal;
 o micro-organismo isolado apresenta 
características iguais ao que causa a doença e 
pode ser re-isolado.
 os microrganismos eram responsáveis por 
muitas doenças;
 cada micro-organismo seria responsável por 
uma doença em particular.
 foi a base da Epidemiologia atual.
Teoria do germe x Postulados de Koch
Os princípios de Epidemiologia e Microbiologia atuais são fundamentados nos princípios abaixo:
Postulados de Koch
(Robert Koch)
Teoria do germe
(Louis Pasteur)
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
A idade de ouro da microbiologia
Idade de Ouro da Microbiologia → período de 1857 e 1910.
As descobertas e postulados científicos dessa época servem de base para a Microbiologia Moderna.
• Invenção e aperfeiçoamento de microscópio;
• Visualização de seres microscópicos;
• Queda das teorias abiogênicas;
• Importância da pasteurização e da fermentação;
• Identificação e isolamento de micro-organismos de indivíduos doentes;
• Descoberta, criação e aperfeiçoamento de vacinas e quimioterápicos;
• Relação entre contaminação das mãos e infecções em cirurgias;
• Uso de métodos de coloração em lâminas microscópicas.
https://upload.wikimedia.org/
wikipedia/commons/6/61/5_
Mark_DDR_1968_-
_125._Geburtstag_von_Robert
_Koch_-.JPG
Domínio público - modificada
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/61/5_Mark_DDR_1968_-_125._Geburtstag_von_Robert_Koch_-.JPG
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Descoberta da vacinação
A primeira vacina, contra a varíola, foi feita por Edward Jenner, em 1789. 
• Jenner percebeu que ordenhadores de 
vacas não tinham varíola;
• Levantou a hipótese de a varíola das vacas 
proteger os humanos;
• Inoculou secreções das pústulas da vaca em 
um menino; 
• Posteriormente, inoculou pus de secreções 
humanas no menino, que não adoeceu;
• Descobriu a imunização contra varíola.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/78/Louis_L%C3%A9opold_Boilly_-_L%27innoculation.jpg - Domínio público
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/78/Louis_L%C3%A9opold_Boilly_-_L'innoculation.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Descoberta da quimioterapia
Quimioterapia é o uso de compostos químicos (sintéticos) 
para o tratamento de doenças.
• O primeiro quimioterápico foi descoberto por 
Paul Ehrlich, em 1909, quando produziu uma 
droga contra a sífilis, a partir de arsênio. 
Chamou-a de Salvarsan;
• Os quimioterápicos antineoplásicos são usados 
no tratamentos do câncer; 
• Alguns quimioterápicos são usados em infecções 
bacterianas, como os antibióticos naturais.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Recente avanços da Medicina
O advento da tecnologia trouxe avanços importantes para a Microbiologia, 
como: 
• Microscopia eletrônica, possibilitando a visualização de vírus e
organelas celulares;
• Exames diagnósticos com maior sensibilidade, especificidade e
acessibilidade;
• Uso de micro-organismos na produção de vacinas, alimentos,
combustíveis e produtos biotecnológicos.
Yersinia sp. Por Microscopia 
eletrônica
Bunyavírus por microscopia 
eletrônica
Ainda existem desafios a serem vencidos, como a cura de infecções 
crônicas, como a causada pelo vírus HIV, e de doenças infecciosas letais, 
como o ebola, dengue etc.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Classificação dos microrganismos
A principal classificação dos seres vivos foi descrita por Whittaker, em 1969. 
Em 1990 surgiu a teoria dos 3 domínios, proposta por Carl Woese.
• Atualmente, os seres vivos são classificados em 
domínios, de acordo com o tipo celular;
• Todos os seres vivos com célula eucariota fazem 
parte do domínio Eukarya (eucarioto);
• As bactérias possuem célula do tipo procariota e, por 
isso, fazem parte de dois domínios: Eubacteria ou 
Archaebacteria (Archea);
• O domínio Archea é composto por bactérias que 
vivem em condições extremas de vida, enquanto o 
domínio Eubactéria, englobas as bactérias mais 
comuns na natureza. 
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Os reinos e seus domínios
A partir dos DOMÍNIOS (Woese, 1990) , os seres vivos são classificados em REINOS.
DOMÍNIO
Bactéria
DOMÍNIO
Archea
DOMÍNIO
Eucarionte
REINO
Eubactéria
REINO
Protista
REINO
Fungi
REINO
Animal
REINO
Vegetal
SERES VIVOS
... ...............
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Os vírus são seres vivos?
Antes de avaliar se um vírus é ou não ser vivo, é necessário 
identificar as características que todo ser vivo possui. 
Todo ser vivo:
• É constituído por célula(s);
• Respira;
• Consome nutrientes;
• Reproduz-se;
• Possui ciclo vital: nasce e.... morre.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Os vírus
Os vírus:
• São acelulares;
• Não respiram;
• Não consomem nutrientes;
• Não se reproduzem (replicam);
• Não possuem ciclo vital.
Por não possuírem características dos seres vivos, fazem parte de uma classificação à parte.
Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios.
Morfologicamente, são compostos por: ácido nucleico (ADN ou ARN) e um capsídeo. Alguns vírus
possuem envelope.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
PARTE 2: MICROBIOLOGIA NA 
ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Conteúdo desta aula
AVANÇO DAS 
TÉCNICAS ASSÉPTICAS
1
LAVAGEM DAS MÃOS: 
QUANDO, PORQUE E COMO
2
EQUIPAMENTOS DE 
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
3
DESCARTE DE 
RESÍDUOS
4
DISSEMINAÇÃO DE 
AGENTES INFECCIOSOS
5
PRÓXIMOS 
PASSOS
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Biossegurança
• usar equipamentos de proteção individual (EPI) e coletivo (EPC);
• classificar dos riscos de cada setor;
• promover e realizar as normas assépticas;
• seguir os procedimentos operacionais padrão (POP) de cada técnica e equipamento;
• conhecer os símbolos dos riscos.
A Biossegurança é “o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização 
ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, 
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, 
dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados". 
(Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar, 1996)
Seguir as normas de Biossegurança requer:
BIOSSEGURANÇA
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Classificação de riscos
Os riscos são classificados em cinco grupos, de acordo 
com o tipo de exposição. Cada grupo é representado 
por uma cor:
• Grupo I (verde) → riscos físicos;
• Grupo II (vermelho) → riscos químicos;
• Grupo III (marrom) → riscos biológicos;
• Grupo IV (amarelo) → risco ergonômicos;
• Grupo V (azul) → riscos de acidentes.
RISCOS
Vírus, bactérias, 
fungos, parasitas, 
protozoários
Ruídos, vibrações, 
radiações, calor, 
umidade, frio
Arranjo inadequado, 
eletricidade, 
ferramentas, máquinas 
e equipamentos
Esforço físico, jornada 
prolongada, postura, 
levantamento de peso
Poeiras, fumos, névoas, 
gases, vapores, 
produtos químicos
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Mapa de risco
Um mapa de risco é a representação de um setor, ala ou de um andar, quanto ao tamanho e tipo de 
riscos que se está exposto.
A proporção do risco é representada por círculos de tamanho diferentes.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Higienização das mãos: quando, porque e como
O termo lavagem das mãos foi substituído por higienização das mãos, por se tratar de um 
procedimento mais complexo, que visa reduzir a quantidade de micro-organismos sobre as mãos e não 
somente a remoção de sujidade.
Antes e após contato direto ou 
indireto com pacientes; serviços 
de saúde; coleta e manipulação 
de materiais contaminados, 
alimentos e medicamentos; 
presença visível de sujidade, 
secreções e excreções.
QUANDO 
HIGIENIZAR?
POR QUE
HIGIENIZAR?
COMO 
HIGIENIZAR?
Pode ser realizada utilizando 
somente água e sabão, 
substância anti-séptica 
degermante ou solução 
alcoólica, seguindo sequência 
correta que contempla todos 
os locais das mãos.
Por meio das mãos, muitos 
micro-organismos da 
microbiota residente e 
transitória podem ser 
transmitidos, de forma 
direta e indireta.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Higienização das mãos
Sequência de higienização das mãos. 
http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+porta
l/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-
+noticias+anos/2011+noticias/saude+comemora+dia+
mundial+de+higiene+das+maos
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/tecnicas.htm
Link ANVISA – Higienização das 
mãos: 
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higi
enizacao_maos/apresentacao.htm
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/apresentacao.htm
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Equipamentos de proteção individual (EPI) e coletivo (EPC)
Os equipamentos de proteção individual (EPI) são instrumentos usados por profissionais, quando
expostos a riscos. Cada profissão apresenta uma necessidade específica, por meio de normas
regulamentadoras, frente à demanda de trabalho e exposições.
Todas as normas regulamentadoras (NR) são estabelecidas e fiscalizadas pela Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA).
A NR 32 é a principal norma regulamentadora de normas de segurança aos profissionais de saúde.
Alguns instrumentos são equipamentos proteção coletiva (EPC), como lavadores orbitais, chuveiros de
emergência, câmaras de fluxo laminar, extintores de incêndio, placas sinalizadoras etc.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
EPI – Luvas
As luvas protegem as mãos de exposição a riscos. Podem ser de materiais diversos, ambidestras,
como as de procedimento, ou manidestras, como as estéreis.
Principais tipos de luvas:
• Luvas de látex (procedimento e estéril)
• Luvas de nitrila (nitrílica)
• Luvas de silicone
http://www.suprimax.com/media/catalog/product/f/i/file
_5_23_1_4.jpg
http://www.medjet.com.br/fotos/norm/luva-nitrlica-
sem-p-tamg-c-100-un-descarpack-21775.jpg
http://www.santoamarolimpeza.com.br/product_imag
es/s/747/laranja__57174_zoom.jpg
Luvas de látex Luvas de borrachaLuvas de siliconeLuvas de nitrila
http://www.pontodoepi.com.br/imagens/produt
os/grande/Luva_procedimento_vinil.jpg
• Luvas de borracha
• Luvas térmicas
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
EPI – Máscaras
• As máscaras são EPIs que promovem proteção respiratória. Costumam ser usadas por profissionais
em exposição à riscos e por clientes quando em tratamento médico específico.
• Existem máscaras com diferentes porosidades, quantidade de camadas e filtração do ar.
• As peças faciais filtrantes (PFF) são máscaras (respiradores) que agem como filtros. O tipo de PFF
dependerá do tipo de exposição.
• As máscaras PFF2/N95 são muito usadas em casos de exposição à riscos biológicos com pequena
proporção microscópica, como gripe H1N1 e ebola. N95 e PFF2 promovem proteção equivalente.
N95 → segue as normas americanas.
PFF2 → segue as normas brasileiras e européias.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Tipos de máscaras
Principais máscaras:
http://www.ceaditabira.com.br/product_ima
ges/b/760/114__06844_zoom.png
http://www.lojasksi.com.br/produtos/Mascara_R
espiratoria_PFF2_com_valvula_det.jpg
CIRÚRGICA CARVÃO ATIVADON95/PFF2
http://images.onccc.com/i003/2014/04/27/89/bi
g_cdfb4990cd4860c1bba27abc782237b1.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
EPI – Jalecos e capotes
Os jalecos são EPIs de proteção ao corpo inteiro e, portanto, só devem ser usados em caso de exposição
à riscos de contato.
São fontes de contaminação cruzada entre profissionais e pacientes, portanto, JAMAIS utilizá-los em
ruas, cantinas, elevadores, salas de aulas teóricas e veículos.
Tipos de jalecos e capotes:
• Jalecos compridos e de mangas compridas;*
• Jalecos de mangas ¾ curto;
• Capotes/ aventais cirúrgicos; 
• Pijama cirúrgico.
http://4.bp.blogspot.com/-Zjvhvk0_erU/TfoqNaq-
y2I/AAAAAAAAAYw/eUnVELqaFII/s1600/jaleco%2Bcienciabol.jpg
* jalecos de uso médico-hospitalar e laboratorial.
http://4.bp.blogspot.com/-Zjvhvk0_erU/TfoqNaq-y2I/AAAAAAAAAYw/eUnVELqaFII/s1600/jaleco+cienciabol.jpgMicrobiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
EPI – Óculos de proteção e protetores faciais
Os óculos de proteção e os protetores faciais são EPIs usados em casos de exposição a riscos de 
gotículas e aerossóis, além de proteção contra fagulhas e pequenas peças projetadas. 
São de uso obrigatório em casos de punções e riscos de exposição à respingos, jatos e 
http://www.microbac.com.br/portal/portfolio_ibus
iness/protecao-facial/
http://www.segmat.com.br/wp-
content/uploads/2014/08/DSCN1146.jpg
http://www.medline.com/media/catalog/CA14/CA14_07
/CA14_07_09/PF07357/PF07357_PRI01.JPG
ÓCULOS DE PROTEÇÃO MÁSCARA COM PROTETOR FACIAL
(Fluidshield)
PROTETOR FACIAL
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Os sapatos hospitalares precisam ser de tecido impermeável, cobrir todo o peito do pé e não possuir
orifícios de ventilação nas partes superior e lateral.
Em casos especiais, como em cirurgias, é usado um protetor sobre os calçados, chamado pró-pé.
Os gorros e toucas costumam ser usados em cirurgias e procedimentos que requerem condições
estéreis.
EPI – sapatos e gorros
http://www.nsp-comercial.com.br/image/cache/catalog/prope-
tnt-500x500.jpg
http://cdn.mundodastribos.com/249343-sapatos-
hospitalares-modelos-pre%C3%A7os-2.jpg
http://www.prolab.com.br/produtos_i
mg/gde_6e1ddb8c5cabe16a873e6ea76
fe6bdd2_touca-descartavel2.jpg
SAPATOS HOSPITALARES PRÓ-PÉ TOUCA/GORRO
http://img.elo7.com.br/product/main/28
FF3F/touca-cirurgica-estampada.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Resíduos de serviços de saúde (RSS)
Os resíduos de serviço de saúde (RSS) são descartados de acordo com normas regulamentadoras da
ANVISA1, CONAMA2, ABNT3 e outros órgãos reguladores.
Os RSS são classificados, de acordo com o tipo de material e risco oferecido.
Para cada grupo de RSS, um tipo de descarte.
 Grupo A – resíduos potencialmente infectantes;
 Grupo B – resíduos químicos;
 Grupo C – resíduos radioativos;
 Grupo D – resíduos comuns;
 Grupo E – resíduos Perfurocortantes.
1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2 Conselho Nacional do Meio Ambiente , 3 Associação Brasileira de Normas Técnicas
http://www.farmaceuticoinfoco.net/2015/03/o-que-
e-o-plano-de-gerenciamento-de.html
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Classificação dos resíduos de serviços de saúde
http://image.slidesharecdn.com/aula-residuosdeserviosdasade2-110528110549-phpapp01/95/aula-residuos-de-servios-da-sade-11-728.jpg?cb=1306580819
Classificação do lixo, de acordo com a RDC ANVISA 306/04 e Resolução CONAMA 358/05.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Descarte de resíduos de saúde
GRUPO A GRUPO B GRUPO C GRUPO D GRUPO E
Exemplos: restos de 
órgãos, bolsas de 
sangue, vacinas etc.
Descarte: saco 
plástico branco 
leitoso, resistente e 
impermeável
Destino: Incineração
Exemplos: reagentes 
de laboratório, 
medicamentos etc.
Descarte: manter na 
embalagem original
Destino: devolvido ao 
fabricante ou coleta 
especial
Exemplos: agulhas, 
lâminas de 
microscopia, lancetas, 
lâminas de bisturi
Descarte: recipientes 
coletores rígidos
Destino: Incineração
Exemplos: papel, 
luvas, máscaras 
descartáveis, 
alimentos, madeira 
etc.
Descarte: saco 
plástico resistente e 
impermeável. Alguns 
podem ser reciclados
Destino: Incineração
Exemplos: resíduos 
de quimioterapia, 
radioterapia, raio x 
etc.
Descarte: recipiente 
protegido com 
chumbo
Destino: Coleta 
especial / CNEN
Descarte do grupo 1:
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/la
b_virtual/descarte-residuos-grupo-a.htm
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Disseminação de agentes infecciosos
• Os micro-organismos podem ser disseminados de diferentes formas:
MICROBIOLOGIA
CONTATO
DIRETO
Abraço, aperto de 
mão etc.
CONTATO
INDIRETO
Através de fômites
ATRAVÉS DE VETOR
Através de insetos
VEÍCULO COMUM
Alimentos, água, soro 
contaminados etc.
PERFURO-
CORTANTES
Seringas, agulhas, 
bisturis etc.
TRANSPLA-
CENTÁRIA /
AMAMEN-
TAÇÃO
HORIZONTAL
http://4.bp.blogspot.com/-SeHwoVTCuvA/UBqG6qFGHnI/AAAAAAAAH1Q/w9IzNbALliA/s1600/cnt_sp_germs_001hl.jpg?width=400
http://2.bp.blogspot.com/-F9aETP_Y52A/T4Vz5M8x2aI/AAAAAAAABAw/7D9WGymFB4Q/s1600/Adult_Baby%2520hands%2520-%2520edited%2520photo%2520for%2520NICU%2520book.jpeg
http://jorgeschneider.com.br/wp-content/uploads/2014/04/dngue.png
http://enfermedadclinica.com/wp-content/uploads/2013/12/Food-poisoning.jpg
http://www.usp.br/agen/bols/2000/Image245.gif
VERTICAL
http://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/gravidez9.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
FÔMITES
Fômites são objetos potencialmente contaminados, que promovem contaminação cruzada e indireta
entre pessoas.
Em geral, são contaminados pelas mãos dos portadores e por secreções expelidas, como tosse e
espirro.
 Um espirro é um movimento de propulsão. Para 
tal, é necessária grande captação de ar e o 
mesmo é expelido numa velocidade média de 
150km/h;
 São formados dois tipos de secreções de saliva: 
gotículas, em geral atingem até 1 metro de 
distância, e aerossóis, que podem atingir até 4 
metros de distância.
Em um ambiente hospitalar, termômetros, esfigmomanômetros, tesouras, telefones, canetas etc. são
fômites de comum contato entre profissionais.
http://blog.h1n1.influenza.bvsalud.org/pt/files/2009/09/espirro.JPG
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
PARTE 3: VIROLOGIA
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Conteúdo desta aula
COMPOSIÇÃO 
E ESTRUTURA VIRAL
1
TIPOS DE VÍRUS
2
CARACTERÍSTICAS 
DOS VÍRUS
3
TROPISMO E 
REPLICAÇÃO VIRAL
4
CICLO VIRAL
5
PRÓXIMOS 
PASSOS
PATOGÊNESE 
E INFECÇÕES VIRAIS
6
PRIONS
7
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Composição estrutura viral
Do latim virus = veneno, toxina
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Composição estrutura viral
Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, acelulares e sem nenhuma estrutura semelhante às 
organelas celulares.
Morfologicamente, os vírus são compostos por:
• Ácido nucleico (ADN ou ARN);
• Capsídeo, formado por capsômeros;
• Alguns vírus são envelopados, pois
possuem um envoltório externamente ao
capsídeo;
• Cada vírus possui tamanho e
características diferentes uns dos outros.
https://www.google.com.br/search?q=part%C3%ADculas+virais&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isc
h&sa=X&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIqvbcyOqIyQIVhEwmCh1yigVs#tbm=isch&q=ESTRUTURAS+VIRAIS
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Morfologia viral
Independente do ácido nucleico do vírus ser do tipo ADN ou ARN, os vírus podem apresentar 
morfologia diferenciada quanto ao tamanho, da forma, do tipo de simetria, da presença ou ausência 
de peplômeros (espículas) e presença ou ausência de membranas.
Os vírus podem apresentar estrutura helicoidal ou poliédrica, com ou sem envelope. Os bacteriófagos 
podem apresentar morfologia diferenciada.
VÍRUS SEM ENVELOPE VÍRUS COM ENVELOPE BACTERIÓFAGO
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Tamanho dos vírus
Em geral, proporcionalmente, os 
vírus são muito menores que as 
células, como bactérias e 
hemácias.
O esquema ao lado apresenta a 
relação entre uma bactéria 
(Escherichia coli), quando 
comparada à uma hemácia e, 
posteriormente, a vírus diversos.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
C
LA
SS
IF
IC
A
Ç
Ã
O
 D
O
S 
V
ÍR
U
S Famílias de vírus ADN
- Parvoviridae
- Anelloviridae
- Polyomaviridae
- Papilomaviridae
- Adeniviridae
- Hepadnaviridae
- Herpesviridae
- Poxviridae
Famílias de vírus ARN
- Picornaviridae
- Astroviridae
- Caliciviridae
- Herpeviridae
- Togaviridae
- Flaviviridae
- Arenaviridae
- Coronaviridae
- Retroviridae- Orthomyxoviridae
- Bunyaviridae
- Bornaviridae
- Rhabdoviridae
- Paramyxoviridae
- Filoviridae
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Características gerais dos vírus
Apesar de possuírem morfologias diferentes, os vírus apresentam características comuns, tais
como:
• São acelulares;
• São parasitas intracelulares obrigatórios;
• Utilizam toda a maquinaria da célula para realização sua replicação;
• Possuem tropismo celular, isto é, possuem “afinidade” por um ou poucos tipos
celulares;
• Fora da célula se cristalizam, tornando inativos;
• Ao penetrarem em uma célula se tornam ativos e replicam.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Replicação viral
Cada vírus apresenta o ciclo de replicação com etapas semelhantes, mas que podem ocorrer em
diferentes locais da célula.
Etapas da replicação viral:
1 – adsorção 4 – transcrição e tradução 7 – saída de novos vírus da célula
2 – penetração 5 – replicação do ácido nucleico
3 – desnudamento 6 – montagem de novos vírus
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a5/Virus_replication.svg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Adsorção e penetração do vírus na célula
Para que um vírus infecte uma célula, é necessário que uma estrutura de membrana, desta célula,
sirva de receptor para o vírus e, assim, este faça a adsorção.
Após a adsorção ocorre a penetração do vírus na célula. Cada família de vírus tem uma forma de
entrada na célula. Uns entram por fusão de membrana, outros com o envelope, endocitose etc.
Assim que ocorre a penetração do vírus na célula, este sofre desnudamento, libertando o ácido
nucleico para as etapas seguintes da replicação viral.
ADSORÇÃO PENETRAÇÃO
DESNUDAMENTO
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Receptores+Virais&lang=3
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Saída dos vírus da célula
Após a montagem de novos vírus, estes podem sair da célula por:
SAÍDA POR BROTAMENTO SAÍDA POR LISE CELULAR
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Retrovírus
Os retrovírus são vírus que, apesar de possuírem genoma ARN, utilizam a enzima transcriptase reversa,
para sintetizarem uma molécula de ADN.
Estas são chamados vírus lisogênicos, pois o ADN sintetizado será incorporado ao genoma da célula do
indivíduo, tornando a célula uma fábrica de vírus.
O vírus HIV é um exemplo de retrovírus.
Linfócito TCD4+ repleto de 
vírus HIV (em vermelho) 
ao seu redor
ARN → ADN → ARNm → Proteínas virais
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Patogênese viral
• Uma infecção viral inicia após a fase de penetração do vírus na célula. Este pode entrar por
diferentes vias: sanguínea, respiratória, pele, trato genital etc.
• Após a penetração do vírus na célula, inicia-se o período de disseminação do vírus, com sua
chegada à célula-alvo e replicação.
• O período compreendido entre a entrada do vírus no organismo e a manifestação dos sintomas é
chamado de período de incubação.
Penetração Disseminação Replicação Lesão Doença
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
PRIONS
Os PRIONS são proteínas infecciosas, que não apresentam ácido nucleico conhecido.
Em alguns organismos podem sofrer diferenciação e causar encefalopotias espongiformes.
Algumas doenças priônicas acometem os humanos, causando quadros de demência rápida e 
progressiva, como a Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), que pode ser confundida com casos de 
Alzheimer.
A Doença da vaca louca é uma doença priônica em bovídeos e a ingestão da carne contaminada provoca 
doença humana.
A Insônia familiar fatal, o Kuru, a Doença de Creutzfeld-Jacob e suas variantes, e a Síndrome de 
Gerstmann-Sträussler-Scheinker são doenças priônicas humanas, com diagnósticos feito por coleta do 
liquido encefaloraquidiano ou necropsia.
PRIONS = Proteinaceous Infectious Only Particle
(Partícula Infecciosa Puramente Proteica).
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
PARTE 4: BACTERIOLOGIA I
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Conteúdo desta aula
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
DAS BACTÉRIAS
1
MORFOLOGIA BACTERIANA
2
FISIOLOGIA BACTERIANA
3
METABOLISMO 
BACTERIANO
4
PRÓXIMOS 
PASSOS
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Características gerais das bactérias
As bactérias são seres vivos, pertencentes ao Reino Monera, do Domínio Eubactéria.
Apresentam as características:
• Procariotos (sem núcleo);
• Unicelulares;
• Desprovidos de vacúolos contráteis e fagossomo;
• Presença de ribossomos livres e ausência de outras
organelas citoplasmáticas.
• Presença de parede celular externa à membrana celular.
http://arquivoufo.com.br/wp-content/uploads/2012/02/bacteria-mortal.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Morfologia bacteriana
As bactérias podem apresentar diferentes morfologias. 
Formas morfológicas bacterianas:
• Cocos (e arranjos);
• Bacilos (e arranjos);
• Vibriões;
• Espirilos;
• Espiroquetas.
http://www.biologianet.com/upload/conteudo/images/2014/09/bacterias.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Estruturas bacterianas
Bactérias possuem membrana celular e citoplasma como as demais
células.
Apresentam estruturas obrigatórias, presentes em todos os gêneros e
estruturas facultativas, presentes em algumas espécies bacterianas.
OBRIGATÓRIAS FACULTATIVAS
Parede celular
Ribossomos
Plasmídeos
ADN cromossômico
Flagelo
Fímbrias e pili
Endósporo
Cápsula https://gl.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_procari%C3%B3tica#/media/File:Average_pr
okaryote_cell-gl.svg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Estruturas obrigatórias bacterianas
As estruturas presentes em todos os gêneros bacterianos do Domínio Eubactéria são: 
PAREDE CELULAR
ADN 
CROMOSSÔMICO
PLASMÍDEO
RIBOSSOMOS
ADN cromossômico (genômico), contendo informações 
morfológicas e vitais para a célula. 
ADN extra cromossomial, onde se encontram fatores de resistência 
e de virulência.
Estrutura externa à membrana celular. Pode ser de constituição 
diferente, de tipo Gram positiva ou Gram negativa. 
Organela citoplasmática, onde ocorre a síntese de proteínas.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Plasmídeos
Os plasmídeos são formados por um ADN extracromossômico. Não possuem informações 
relacionadas à morfologia e fisiologia celular. São autoduplicáveis e podem receber ou doar genes 
em trocas genéticas entre bactérias.
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/01/plasmideo.jpg
Na Genética molecular e na Biotecnologia, plasmídeos são
usados para multiplicar genes e produzir de substâncias
diversas. O princípio é a inserção de um gene ao plasmídeo.
GENE
PLASMÍDEO
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Estruturas facultativas bacterianas
Algumas bactérias possuem estruturas que, em geral, conferem vantagens.
Estrutura de 
locomoção 
bacteriana.
Pode ser único 
ou múltiplo.
Estrutura externa 
à parede celular, 
que confere 
vantagens à 
bactéria.
Forma 
preservada que 
se forma em 
situações de 
carência de água 
e nutrientes.
São filamentos 
fino e curtos, de 
função variável.
FLAGELO FÍMBRIAS/PILI ENDÓSPORO CÁPSULA
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Flagelos
As bactérias flageladas podem ser classificadas quanto à localização e a quantidade de flagelos.
A = MONÓTRICAS, com um único flagelo
B = LOFÓTRICAS, com vários flagelos em um ponto
C = ANFÍTRICAS, com flagelos em extremidades opostas
D = PERÍTRICAS, com flagelos em toda a superfície do corpo
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Fímbrias / Pili
As fímbrias ou pili (pilus) são estruturas finas e curtas, proteicas,que recobrem algumas bactérias
Gram negativas.
Apresentam diversas funções, como a facilitar a fixação em superfícies e formar “pili sexual”.
Através do “pili sexual” bactérias trocam material genético.
http://photos1.blogger.com/blogger/4566/894/1600/conjugation-pili-pg.jpg
https://lh5.googleusercontent.com/-
m7hCEqemx8k/TW2Pl2Io7eI/AAAAAAAAABU/jWyz3MzYqTY/s1600/fig04
08.jpg
http://www.sobiologia.com.br/figuras/Reinos/conjugacaobacteriana2.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Cápsula bacteriana
Estruturas polissacarídicas e/ou polipeptídicas que estão externamente aderidas à parede celular
bacteriana.
Impedem a fagocitose, armazenam nutrientes e favorecem adesão à superfícies.
http://revistaavances.com/wp-
content/uploads/2014/01/Cresa-Haemophilus-parasuis.jpg
CÁPSULA
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Endósporos bacteriano
Formadas por bactérias dos gêneros Clostridium e Bacillus, principalmente, em condições de carência
de nutrientes e água.
Podem permanecer por muitos anos de forma latente e, ao entrarem no organismo vivo, voltam à
forma viva (vegetativa).
Formação de um endósporo bacteriano: 
https://www.youtube.com/watch?v=pSpEXSz-SvY
http://ccgb.fiocruz.br/imgs/ccgb01.jpg
Endósporo
https://www.youtube.com/watch?v=pSpEXSz-SvY
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Genoma bacteriano
Bactérias apresentam ADN cromossômico 
de fita dupla, disperso no citoplasma, numa 
região denominada nucleoide, uma vez que 
não possuem núcleo. 
Possuem plasmídeos (ADN extra 
cromossômico) e segmentos de ADN 
denominados transposons e integrons. 
Apresentam mecanismos de recombinação 
gênica bacteriana: conjugação, transdução e 
transformação.
http://media.tumblr.com/tumblr_lz1flu4VEa1qj1rb4.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Fisiologia e metabolismo bacteriano
A manutenção da vida bacteriana, assim como seu crescimento, requer condições ideais. Cada
espécie bacteriana requer fatores gerais, específicos e em proporções diferentes.
Estas condições envolvem: 
• Obtenção de macro e micronutrientes;
• Temperatura;
• pH;
• Respiração;
• Umidade;
• Luz;
• Obtenção de energia.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/82/E_coli_at_10000x.jpg
O metabolismo bacteriano é o resultado das reações anabólicas e catabólicas bacterianas.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Nutrição bacteriana
Para que as funções fisiológicas bacterianas ocorram, são necessários água, fatores de crescimento e
nutrientes, entre outros fatores.
Alguns nutrientes são requeridos por todas as espécies e outros de forma específica.
Os nutrientes são classificados como macronutrientes, micronutrientes e fatores de crescimento.
MICRONUTRIENTES
MACRONUTRIENTES
FATORES DE CRESCIMENTO
NUTRIENTES
Nutrientes requeridos em grande quantidade. Ex.:
carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio e enxofre.
Nutrientes requeridos em pequena quantidade e por
algumas bactérias. Ex: manganês, zinco, potássio, sódio, cloro, cobre,
molibdênio, selênio e outros.
Nutrientes necessários ao crescimento bacteriano.
Ex: vitaminas, aminoácidos e nucleosídeos.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Obtenção de energia
As bactérias autotróficas produzem seu próprio alimento com uso de dióxido de carbono (CO2). As
bactérias heterotróficas utilizam compostos orgânicos como fonte de energia.
Bactérias, em geral, obtêm energia pela oxidação de substratos.
• Fototróficas – utilizam luz como fonte de 
energia. Podem ser fotoautotróficas ou 
fotoeterotróficas.
• Quimiotróficas – utilizam compostos 
químicos como fonte de energia. Podem 
ser quimioautotróficas ou 
quimioeterotróficas.
http://estudmed.com.sapo.pt/microbiologia/metabolismo_bacteriano.htm
De forma geral, quanto à forma de obtenção de energia, as
bactérias são:
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Temperatura bacteriana
De acordo com a faixa de temperatura metabólica, as bactérias do Domínio Eubactéria são classificadas
em: psicrófilas, mesófilas e termófilas. As bactérias hipertermófilas fazem parte do Domínio Archea.
A maior parte das bactérias patogênicas para o homem é mesófila.
A faixa de temperatura de cada grupo varia de acordo com o autor.
• Psicrófilas → abaixo de 150C 
• Mesófilas → entre 250C e 400C
• Termófilas → entre 600C e 800C
• Termófilas extremas/Hipertermófilas → acima de 850C
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
pH bacteriano
O pH do meio também é importante para o crescimento bacteriano.
Cada espécie bacteriana apresenta uma faixa de pH ideal para seu metabolismo, podendo ser: 
acidófilas, neutrófilas e alcalinófilas.
A maior parte das bactérias patogênicas para o homem é neutrófila.
http://image.slidesharecdn.com/crescimentobacteriano-140718064655-
phpapp01/95/noes-bsicas-do-crescimento-bacteriano-16-
638.jpg?cb=1405666083
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Respiração bacteriana
De acordo com o uso de gás oxigênio e o padrão respiratório, as bactérias são classificadas em aeróbias 
e anaeróbias. As bactérias aeróbias usam gás oxigênio (O2) em diferentes teores de disponibilidade em 
sua respiração e as anaeróbias não o utilizam. 
Não usam, mas suportam a atmosfera de O2.
AERÓBIAS
ANAERÓBIAS
ESTRITAS 
MICROARERÓFILAS 
FACULTATIVAS 
AEROTOLERANTES 
ESTRITAS 
Utilizam altos teores de O2.
Utilizam baixos teores de O2.
Na ausência de disponibilidade de O2, fazem fermentação.
São consideradas aeróbias ou anaeróbias facultativas.
Morrem na presença de O2.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
PARTE 5: BACTERIOLOGIA II
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Conteúdo desta aula
PAREDE CELULAR 
BACTERIANA
1
MÉTODO DE 
COLORAÇÃO DE GRAM
2
REPRODUÇÃO 
BACTERIANA
3
CURVA DE CRESCIMENTO 
BACTERIANO
4
MICOPLASMAS
E RIQUÉTSIAS
5
PRÓXIMOS 
PASSOS
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Parede celular bacteriana
• A parede celular é a estrutura presente externamente à membrana celular de bactérias do
Domínio Eubactéria.
• A parede celular bacteriana pode ser identificada pelo Método de coloração de Gram, criada em
1884 pelo bacteriologista Hans Christian Gram.
• As que se coram de roxo (azulado) são denominadas Gram positivas, enquanto as que se coram
de vermelho (róseo) são denominadas de Gram negativas.
https://claraealinebioifes.files.wordpress.com/2011/04/gram-negativas-e-positivas.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Parede celular
GRAM POSITIVAS → Apresentam extensa camada de peptideoglicano, com ácidos teicoicos e
lipoteicoicos inseridos nessa.
GRAM NEGATIVAS → Apresentam espaço periplásmico, fina camada de peptideoglicano e outra
membrana celular externa.
http://www.microbiologybook.org/Portuguese/bact-mem-port.jpg
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/bacterias/imagens/bacterias3g.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Método de coloração de Gram
http://biomedicinaparatodos.blogspot.com.br/2015/06/coloracao-de-gram-sabe-o-que-e-entenda.html
TÉCNICA DE COLORAÇÃO DE GRAM
O Método de coloração de Gram é a técnica aplicada para a identificação da parede celular
bacteriana.
Reagentes utilizados:
• Violeta de genciana (Cristal 
de violeta) 
• Lugol (Iodo)
• Solução álcool-acetona
• Fucsina
Os micoplasmas e as
micobactérias não se coram
pelo Método de Gram.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Método Ziehl Neelsen
As bactérias do gênero Mycobacterium (micobactérias) não se coram pelo Método de coloração de
Gram.
São bacilos-álcool-ácido-resistentes (BAAR) e possuem, externamente à parede celular, uma camada
composta por ácidos micólicos.Os BAAR são corados pelo Método de Ziehl Neelsen.
http://image.slidesharecdn.com/micatip2008alessandram-141101183410-conversion-gate01/95/micobactrias-atpicas-de-crescimento-
rpido-no-tuberculosa-3-638.jpg?cb=1414866986http://www.scielo.br/img/revistas/abmvz/v60n5/09f1.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Reprodução bacteriana
• Crescimento microbiano é o aumento na quantidade de células.
• O crescimento ocorre por divisão binária (fissão binária).
• Bactérias formam colônias e estas podem ser vistas a olho nu.
• Cada bactéria possui taxa de crescimento e tempo de geração específicos. 
http://gerencia.ambientebrasil.com.br/
midia/imagens/81.gif
http://static.hsw.com.br/gif/bacteria-2.jpg
VARIAÇÃO NA FORMA, ELEVAÇÃO E MARGEM DAS COLÔNIAS
http://lh4.ggpht.com/-0lnFKtdgXYo/UgGjyVg1FzI/AAAAAAAAOa8/csgOUZ-zDK8/colonia%25255B2%25255D.png?imgmax=800
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Crescimento bacteriano
• Taxa de crescimento – variação na
quantidade de células por unidade de
tempo.
• Geração – intervalo em que uma célula
origina duas novas.
• Tempo de geração – tempo necessário
para a população bacteriana dobrar em
número.
• Crescimento exponencial – padrão em
que o número de células é duplicado a
cada período de tempo (2, 22, 24, 28,...)
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe
u6QAE/fisiologia-microbiana?part=2
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Curva de crescimento
Em meio de cultura (sistema fechado), o crescimento bacteriano ocorre em etapas, denominadas:
Fase lag, Fase log (ou exponencial), Fase estacionária e Fase de declínio (ou morte).
As fases da curva de crescimento em sistema fechado são: 
N
º 
d
e 
b
ac
té
ri
as
Tempo (h)
Lag Log Estacionária Declínio
Fase Lag → Período de repouso e adaptação ao meio.
Fase log ou exponencial → Período de divisão celular
intenso.
Fase estacionária → Período de equilíbrio, em que a
quantidade de células novas equivale a de células
mortas.
Fase de declínio ou morte → Período com progressão
de células mortas.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Meios de cultura
• O cultivo bacteriano pode ser realizado, fornecendo as condições ótimas para cada espécie
bacteriana.
• Os meios de cultura são substâncias suplementadas de nutrientes e elementos químicos,
necessários ao metabolismo bacteriano.
• Existem meios de cultura sólidos, líquidos ou
semissólidos.
• Os meios sólidos, em geral, são produzidos
com a alga Agar agar e são específicos para
gêneros ou espécies bacterianas.
MEIO SÓLIDO MEIO LÍQUIDO
http://scienceblogs.com.br/meiodecultura/files
/2010/05/65bi.jpg
http://www.prolab.com.br/blog/wp-content/uploads/2014/12/1-Meiodecultura1.jpg
AULA 7: BACTERIOLOGIA II
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Meios de cultura
Meios de cultura: http://www.biomedicinabrasil.com/2010/09/meios-
de-cultura.html#.Vk6QwnarTIU
http://www.biomedicinabrasil.com/2010/09/meios-de-cultura.html#.Vk6QwnarTIU
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Meios de cultura
Os meios de cultura podem ser enriquecidos, seletivos, diferenciais e redutores.
Exemplos de meios de cultura:
• Ágar sangue de carneiro
• Ágar chocolate
• Ágar manitol salgado
• Ágar Mac Conkey
• Ágar Mueller-Hinton,
• Ágar salmonella-shigella
Meios de cultura
http://www.ufjf.br/microbiologia/files/20
12/11/Meios-de-cultura-usados-no-
laborat%C3%B3rio-e-
colora%C3%A7%C3%B5es.pdf
http://static1.squarespace.com/static/50e713f4e4b0888041877c38/t/524c4699e4b0ad97e93c2591/1432216489782/iStock_000019289346Large.jpg
AULA 7: BACTERIOLOGIA II
http://www.ufjf.br/microbiologia/files/2012/11/Meios-de-cultura-usados-no-laborat%C3%B3rio-e-colora%C3%A7%C3%B5es.pdf
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Meios de cultura
http://www.cenapro.com.br/images/noticias/beleza-eswcondida-escola-focus.jpg
Arte em meios de cultura: 
http://www.microbialart.com/galleries/
Crescimento bacteriano em diferentes meios de cultura
AULA 7: BACTERIOLOGIA II
http://www.microbialart.com/galleries/
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Coleta de material
Para a identificação bacteriana, é necessário a coleta do material. Em geral, a coleta de superfícies é
feita com swab estéril. Urina e secreções são coletados em frascos, e sangue em tubos ou frascos de
hemocultura.
https://www.bd.com/resource.aspx?IDX=3562
https://www.bd.com/scripts/brasil/productsdrilldown.asp?CatID=115&SubID=3
08&siteID=10056&d=brasil&s=brasil&sTitle=&metaTitle=Microbiologia&dc=bras
il&dcTitle=BD+-+Brasil
Coleta com swab Frascos de hemoculturaColeta de hemocultura
http://www.sciencecodex.com/aggregated-
images/tech/jIv3x1W938BxXzHX.jpg
Coleta com frascos
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Identificação bacteriana
A identificação da espécie bacteriana pode ser feita por meio de testes bioquímicos, sistema
automatizado, sistema API (Analytical Profile Index), laminocultivos ou culturas indicadoras.
http://www.biomerieux.pt/upload/API_ID41.jpg
http://www.interlabdist.com.br/produtos/mostra_pr
oduto/1573,urilab-cromoclin-trio-c10un
http://images.slideplayer.com.br/18/5764974/slides/slide_1.j
pg
Testes bioquímicos Sistema API laminocultura
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Micoplasmas
O gênero Mycolasma pertence à família Mycoplasmateceae.
São menores que as demais bactérias do Domínio Eubactéria e não possuem parede celular.
Algumas espécies apresentam estruturas semelhantes à micélios de fungos e, por isso, foram
designados como micoplasmas.
Causam, principalmente, infecções do trato respiratório.
http://ibiantech.com/wp-content/uploads/2013/09/Micoplasma.jpg
http://www.icb.usp.br/bmm/ext/arquivos/imagens/timenetsky%20micoplasma.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Riquétsias
O gênero Rickettsia pertence à Família Rickettsiaceae. São bactérias muito pequenas, quase não
vistas ao microscópio óptico.
São, obrigatoriamente, parasitas intracelulares e costumam parasitar piolhos, pulgas e carrapatos.
O tifo é causado pela Rickettsia prowasekii, transmitida por piolhos, enquanto a febre maculosa é
causada pela Rickettsia rickettsii, transmitida por carrapato.
https://dnaeoutrascoisas.files.wordpress.com/2014/02/slide2.jpg
http://cdn.doutissima.com.br/content/uploads/2013/09/febre-maculosa.jpg
https://lh4.googleusercontent.com/-hma-n1xcYCc/UBqTO01CZnI/AAAAAAAAB4I/cB5cl8msoCg/s300/tifo-
epidemico.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
PARTE 6: Microbiota, 
patogenicidade e virulência 
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Conteúdo desta aula
PATOGENICIDADE 
X 
VIRULÊNCIA
1
MECANISMOS DE 
PATOGENICIDADE
2
FATORES DE 
VIRULÊNCIA
3
MICROBIOTA 
RESIDENTE
4
MICROBIOTA 
TRANSITÓRIA
5
PRÓXIMOS 
PASSOS
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Patogenicidade x virulência
PATOGENICIDADE VIRULÊNCIA
Um organismo é patogênico 
quando, ao entrar em um 
organismo, causa sinais e sintomas 
clínicos.
Portanto....
... patogenicidade é a capacidade 
do micro-organismos em causar 
doença em um hospedeiro.
Quanto maior a capacidade de um 
micro-organismo em causar casos 
graves, mais virulento ele é.
Portanto...
... virulência é a capacidade de um 
micro-organismo ser mais agressivo 
e causar maior número de casos 
graves e óbitos.
Denomina-se infecção à presença de um micro-organismo ou parasita em um organismo hospedeiro
e depende de fatores relacionados à patogenicidade e à virulência do agente etiológico.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Infecção x colonização
Nem sempre a presença de um micro-organismono organismo humano significa doença.
O controle de contaminação é importante para evitar infecção.
CONTAMINAÇÃO
COLONIZAÇÃO
INFECÇÃO
Presença e crescimento de micro-organismos em superfícies
do corpo, sem causar doença.
Presença e multiplicação de micro-organismos com invasão à
sítios do corpo e manifestação de doença.
Presença transitória de micro-organismos em superfícies, sem
invasão de tecidos do corpo.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Mecanismos de Patogenicidade
Os mecanismos de patogenicidade iniciam quando o micro-organismo consegue transpassar as
barreiras físicas e químicas do organismo, causando infecção.
Nem todas as infecções obedecem a todas as etapas do mecanismo de patogenicidade.
ENTRADA DO PATÓGENO
FIXAÇÃO TECIDUAL
MULTIPLICAÇÃO
DANOS AO HOSPEDEIRO
DISSEMINAÇÃO
A infecção pode resultar em quadro
agudo ou inaparente.
Alguns micro-organismos possuem
mecanismos de escape e burlam as
defesas imunológicas, levando à
infecção persistente (crônica ou latente).
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Bacteremia x sepse x choque séptico
• Bacteremia → presença de bactérias na corrente sanguínea por forma direta (entrada direta) ou
secundária (hematogênica ou linfática).
• Sepse → quando, em uma bacteremia, bactérias invadem 
órgãos, promovendo um quadro inflamatório sistêmico. A 
sepse difusa, que acomete múltiplos órgãos, com disfunção 
orgânica, é classificada como sepse grave. 
• Septicemia → termo menos usado. Designa sepse causada 
por toxinas ou infecções também por outros micro-
organismos. 
• Choque séptico → sepse grave com choque circulatório e 
diminuição da função dos órgãos, aumentando a 
probabilidade de óbito por falência múltipla dos órgãos.
http://www.jcnet.com.br/banco_imagem/images/sa%C3%BAde/Uremia.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Fatores de virulência
Os fatores de virulência são estruturas ou substâncias produzidas por micro-organismos, que
aumentam sua capacidade de danos.
Cada espécie bacteriana apresenta fatores de virulência específicos, entre eles:
FATORES DE VIRULÊNCIA BACTERIANA
http://www.facmed.unam.mx/deptos/microbiologia/bacteriologia/images/adhesinas.jpg
TOXINAS
Podem ser endotoxinas 
ou exotoxinas que 
aumentam os danos ao 
hospedeiro.
ADESINAS
Estruturas bacterianas 
que facilitam a adesão à 
superfícies.
INVASINAS
Provocam alterações no 
citoesqueleto da célula-
alvo e protegem o micro-
organismo das defesas 
imunológicas do 
hospedeiro.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transfer%C3%AAncia_horizontal_de_genes#/media/File:E_coli_at_10000x.jpg
BIOFILME
Crescimento bacteriano 
aderidos à superfícies, 
formando um agregado, 
conferindo auto-
proteção e colonização.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Microbiota
Os micro-organismos que habitam um corpo 
constituem a microbiota. 
A microbiota pode ser residente ou 
transitória.
A presença de micro-organismos pode 
caracterizar quadro benéfico ou que traga 
riscos para o organismo. 
O uso de antibióticos, antimicóticos ou 
antiparasitários pode alterar a microbiota
normal e trazer problemas para o organismo. 
http://i2.wp.com/asaudesimples.files.wordpress.com/2014/05/gutbtra.jpg
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Microbiota residente
A microbiota residente também é chamada de microbiota anfibiôntica normal, microbiota normal,
microbiota indígena, microbiota autóctone ou “flora” normal.
http://4.bp.blogspot.com/-
imWdz7nRsk0/U6iUEWr6AnI/AAAAAAAABqc/1S4gSL7z24w/s1600/Microbiota+intestinal.jpg
É caracterizada por bactérias, fungos e/ou
protozoários que estão, habitualmente, no organismo
e, primariamente, não causam danos ao organismo.
A microbiota normal produz substâncias importantes
para o organismo, impede a colonização por outros
micro-organismos patogênicos, degradam produtos
tóxicos etc.
Um micro-organismo da microbiota normal pode se
comportar como oportunista, em condições de
desequilíbrio do hospedeiro, e causar doença.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Principais microbiotas
• A microbiota intestinal é formada por bactérias
diversas. Estas protegem de colonização de outras
bactérias patogênicas, fazem a síntese de vitaminas
B e K, degradam toxinas etc.
MICROBIOTA
P
EL
E
UROGENITAL
INTESTINAL
R
ESP
IR
A
TÓ
R
IO
• A microbiota da pele alberga uma gama de micro-organismos que, em geral, não são patogênicos.
Porém, lesões na continuidade da pele (corte, arranhão etc.) promovem a invasão destes.
• A microbiota do trato respiratório apresenta
diversidade de micro-organismos, como bactérias e
fungos que podem acometer boca, nariz, faringe, até
os pulmões.
• A microbiota vaginal é composta por lactobacilos
(Bacilos de Döderlein). Estes mantêm o pH vaginal e
impedem a colonização por outras bactérias.
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Principais microbiotas
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/01/desequilibrio-na-flora-intestinal-ou-vaginal-da-
sintomas-veja-como-evitar.html
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/01/desequilibrio-na-flora-intestinal-ou-vaginal-da-sintomas-veja-como-evitar.html
Microbiologia básica
AULA 1: A MICROBIOLOGIA - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
Microbiota transitória
A microbiota transitória também é chamada de microbiota alóctone ou microbiota exógena.
Os micro-organismos que colonizam o corpo por pouco
tempo fazem parte da microbiota transitória e, em geral,
são adquiridos por contato direto ou indireto, como por
fômites.
Em algumas situações, bactérias da microbiota transitória
podem causar doença ao terem acesso e invadir o
organismo.
As mãos, no dia a dia, adquirem a maior gama de micro-
organismos transitórios. Por este motivo, a higienização
das mãos é essencial.
http://beneditasaudavel.com.br/wp-content/uploads/2013/12/germs-on-hands-150x150.jpg

Outros materiais