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03_CONCRETOS

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CONCRETOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
SISTEMAS ESTRUTURAIS E CONSTRUTIVOS
PROFESSOR: RAFAEL CRISTELLI
• INTRODUÇÃO A SISTEMAS ESTRUTURAIS
• ESFORÇOS ATUANTES NAS ESTRUTURAS
• INTRODUÇÃO AO CONCRETO | CONCEITUAÇÃO
• COMPOSIÇÃO DO CONCRETO (MATERIAIS)
• CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES BÁSICAS
• CLASSIFICAÇÃO, TIPOS DE CONCRETO E UTILIZAÇÃO
• PROCESSOS DE CONCRETAGEM
Este material é introdutório, para fornecer uma visão geral sobre concretos.
1.1.1 DEFINIÇÃO: Sistema estrutural de um edifício é um conjunto de elementos
construtivos que trabalha em conjunto e tem a função de suportar as cargas impostas
ao edifício, transmitindo-as de forma segura às fundações.
 ECONOMIA x EFICIÊNCIA
 CONDIÇÕES DE SEGURANÇA
 DURABILIDADE
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
1. SISTEMAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO
1.1 INTRODUÇÃO – SISTEMAS ESTRUTURAIS E CARREGAMENTOS
1.1.2 CLASSIFICAÇÃO DOS CARREGAMENTOS:
NBR 6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações
 QUANTO À NATUREZA DO CARREGAMENTO:
(móveis e/ou estáticos)
 Cargas Permanentes: peso próprio da estrutura +
peso de todos os elementos construtivos fixos e
instalações permanentes.
 Cargas acidentais: atuam sobre a estrutura de
edificações em função do seu uso (pessoas, móveis,
materiais diversos, veículos, ventos, etc.)
 QUANTO À INCIDÊNCIA DO ESFORÇO:
 Cargas verticais
 Cargas horizontais
 QUANTO À CONCENTRAÇÃO DOS ESFORÇOS:
 Cargas uniformemente distribuídas (lineares ou não)
 Cargas pontuais (concentradas)
(a) Tração: caracteriza-se pela tendência de
alongamento do elemento na direção da força
atuante.
(b) Compressão: a tendência é uma redução do
elemento na direção da força de compressão.
(c) Flexão: ocorre uma deformação na direção
perpendicular à da força atuante.
(d) Torção: forças atuam em um plano
perpendicular ao eixo e cada seção transversal
tende a girar em relação às demais.
(e) Flambagem: é um esforço de compressão
em uma barra de seção transversal pequena
em relação ao comprimento, que tende a
produzir uma curvatura na barra.
(f) Cisalhamento: forças atuantes tendem a
produzir um efeito de corte, isto é, um
deslocamento linear entre seções transversais.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI1. SISTEMAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO
1.2 PRINCIPAIS ESFORÇOS ATUANTES NAS ESTRUTURAS
Em situações práticas pode ocorrer combinação de dois ou mais tipos de esforços na mesma estrutura.
 CIMENTO + ÁGUA = PASTA DE CIMENTO
 PASTA DE CIMENTO + AGREGADO MIÚDO (AREIA) = ARGAMASSA
 ARGAMASSA + TELA = ARGAMASSA ARMADA
 PASTA DE CIMENTO + AREIA + AGREGADO GRAÚDO (BRITA) = CONCRETO
 CONCRETO + ADITIVOS + ADIÇÕES = CONCRETOS ESPECIAIS
 CONCRETO OU CONCRETOS ESPECIAIS + AÇO = CONCRETO ARMADO
2. CONCRETO OU ARGAMASSA?
DEFINIÇÕES DAS 
NOMENCLATURAS
CONFORME 
COMPOSIÇÃO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
“O concreto é o material mais utilizado pela civilização moderna, só perdendo em volume
para a água, com índices estimados de 16 bilhões de toneladas/ano.” (JOHN, VANDERLEY M.)
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
3. NOÇÕES SOBRE CONCRETO:
3.1 INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DO CONCRETO
3.1.1 CONSIDERAÇÕES DE USO:
 Pode ser moldado em várias formas e 
tamanhos, propiciando grande 
liberdade aos projetos arquitetônicos;
 É o material estrutural normalmente 
mais barato e mais facilmente 
disponível no canteiro de obras;
 Pode receber armaduras de aço e 
incorporação de outros materiais, 
aumentando suas propriedades 
mecânicas de acordo com as 
necessidades específicas de cada obra.
 Pode ser dosado na obra ou dosado 
em central e posteriormente 
transportado até o local da obra.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
3. NOÇÕES SOBRE CONCRETO:
3.2 EXEMPLOS DE OBRAS. USO DO CONCRETO COMO ESTRUTURA.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
3. NOÇÕES SOBRE CONCRETO:
3.2 EXEMPLOS DE OBRAS. USO DO CONCRETO COMO ESTRUTURA.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
3. NOÇÕES SOBRE CONCRETO:
3.3 EXEMPLOS DE ARTEFATOS. USO VARIADO EM PEÇAS PRÉ-MOLDADAS.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
3. NOÇÕES SOBRE CONCRETO:
3.3 EXEMPLOS DE ARTEFATOS. USO VARIADO EM PEÇAS PRÉ-MOLDADAS.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
3. NOÇÕES SOBRE CONCRETO:
3.3 EXEMPLOS DE ARTEFATOS. USO VARIADO EM PEÇAS PRÉ-MOLDADAS.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI4. O CONCRETO:
4.1 CONCEITUAÇÃO (P. Kumar Metha e Paulo J. M. Monteiro)
“Concreto é um material compósito* que consiste, 
essencialmente de um meio aglomerante no qual estão 
aglutinadas partículas ou fragmentos de agregado.”
METHA, P. Kumar e MONTEIRO, Paulo J. M. (2008) 
* Os compósitos, também chamados de composites, são materiais formados pela união de outros materiais com o objetivo de se obter um produto de maior qualidade.
 Excelente resistência do concreto à água (considerando cimento Portland como aglomerante).
Diferentemente da madeira e do aço comum, a capacidade do concreto de enfrentar a ação da água sem grave deterioração
torna-o um material ideal para construções expostas ao tempo.
 Facilidade com a qual elementos estruturais de concreto podem ser obtidos através
de uma variedade de formas e tamanhos. Isto porque o concreto fresco é de consistência plástica, que
favorece o fluxo do material para o interior das fôrmas pré-fabricadas. Depois de algumas horas, quando o concreto está
solidificado e endurecido, tornando-se uma massa consistente, a fôrma poder ser removida para reuso.
 Apresenta baixo custo e grande disponibilidade do material para uma obra. Os principais
componentes para produção do concreto são relativamente baratos e facilmente encontrados em todos os lugares do mundo.
↓ MANUTENÇÃO ↑ RESISTÊNCIA AO FOGO ↑ RESISTÊNCIA AO 
CARREGAMENTO CÍCLICO
4.2.1 AGLOMERANTES: unem os fragmentos de outros materiais. No concreto, em geral se emprega
Cimento Portland (aglomerante hidráulico), que reage com a água e endurece com o tempo.
4.2.2 AGREGADOS: partículas minerais que aumentam o volume da mistura, reduzindo seu custo, além de
contribuir para a estabilidade volumétrica do produto final. Dependendo das dimensões características,
dividem-se em dois grupos: Agregados miúdos: 0,075mm < Ø < 4,8mm. Exemplo: areias. Agregados graúdos:
≥ 4,8mm. Exemplo: pedras, brita.
4.2.3 ÁGUA: responsável pelo início da reação dos aglomerantes hidráulicos e por fornecer a plasticidade e
trabalhabilidade à mistura. A quantidade de água utilizada na mistura deverá ser controlada pois sua
associação está ligada diretamente com a resistência dos concretos através do fator a/c (água/cimento).
4.2.4 ADITIVOS: produtos químicos adicionados em quantidade controlada aos concretos de cimento
Portland, que modificam algumas propriedades, melhorando condições específicas do material para atender
determinadas condições requeridas pelo uso. Exemplos: Plastificantes (P) - Retardadores de pega (R) -
Aceleradores de pega (A), Plastificantes Retardadores (PR), Plastificantes Aceleradores (PA), Incorporadores
de Ar (IAR), Superplastificantes (SP), Superplastificantes Retardadores (SPR) e Superplastificantes
Aceleradores (SPA).
4.2.5 ADIÇÕES: materiais que, em dosagens adequadas, podem ser incorporados aos concretos ou inseridos
nos cimentos ainda na fábrica, alterando sua composição e propriedades para atendimento de demandas
específicas de desempenho do material. Exemplos: escória de alto forno, cinza volante, sílica ativa de ferro-
silício e metacaulinita.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI4. O CONCRETO:
4.2 MATERIAIS CONSTITUINTES E RESPECTIVAS FUNÇÕES NOS CONCRETOS.
AGLOMERANTES + AGREGADOS + ÁGUA + ADITIVOS + ADIÇÕES 
PROF.: RAFAEL CRISTELLI4. O CONCRETO:
4.2 MATERIAIS CONSTITUINTES E RESPECTIVAS FUNÇÕES NOS CONCRETOS.
4.3.1 QUANTO À MASSA ESPECÍFICA:
 CONCRETO DE DENSIDADE NORMAL ≈ 2.400 KG/M³.
Uso corrente para fins estruturais.
Utiliza areia natural e pedregulhos ou agregados britados.
 CONCRETOS LEVES ≤ 1.800KG/M³.
Redução da densidade dos agregados processados
termicamente. Utilizado em aplicações específicas, tais como
tratamentos térmicos e preenchimentos de regularização
geométrica de elementos da construção.
 CONCRETOS PESADOS OU DENSO ≥ 3.200 KG/M³
Concreto produzidocom agregados de alta densidade.
Exemplo: Concreto para blindagem contra radiação.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI4. O CONCRETO:
4.3 TIPOS DE CONCRETO | CLASSIFICAÇÃO:
4.3.2 QUANTO À RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO:
 CONCRETO DE BAIXA RESISTÊNCIA: menos de 20 MPa;
 CONCRETO DE RESISTÊNCIA MODERADA: de 20 MPa a 40 MPa;
 CONCRETO DE ALTA RESISTÊNCIA: mais de 40 MPa.
[LEVE] CONCRETO CELULAR AUTOCLAVADO
[LEVE] CONCRETO COM UTILIZAÇÃO DE 
ARGILA EXPANDIDA (AGREGADO GRAÚDO)
[PESADO] CONCRETO COM UTILIZAÇÃO DE 
BARITA COMO AGREGADO GRAÚDO
5.1.1 DOSAGEM: medição e mistura dos componentes do concreto
(cimento, cal, agregados graúdos e miúdos, água, aditivos e adições),
feita em obra ou em uma central externa, a partir de um TRAÇO pré-
definido, determinando suas propriedades no estado fresco e no
estado endurecido. O traço é a proporção relativa entre os
constituintes do concreto, podendo ser expresso em peso ou volume.
5.1.2 NO ESTADO FRESCO: Dosagem visando garantia das operações e
processos construtivos referentes à viabilidade de utilização dos
concretos. Tem como objetivo garantir trabalhabilidade durante a
execução conforme demandas específicas da obra.
5.1.3 NO ESTADO ENDURECIDO: Dosagem visando atingir índices de
desempenho conforme aspectos requeridos pela argamassa durante
o período de operação e uso da edificação. Tem como objetivo atingir
resistência e durabilidade especificadas no projeto.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
5. PRODUÇÃO DO CONCRETO:
5.1 DOSAGEM E TRAÇOS DE CONCRETO
EXEMPLO DE TRAÇO:
1:2:4:0,5
cimento : areia : brita e água
ESTADO FRESCO
TRABALHABILIDADE
TEMPO DE PEGA
COESÃO
SEGREGAÇÃO
ESTADO ENDURECIDO
MASSA ESPECÍFICA
RESISTÊNCIAS MECÂNICAS
DEFORMABILIDADE
ESTABILIDADE DIMENSIONAL
DURABILIDADE
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
5. PRODUÇÃO DO CONCRETO:
5.2 CONCRETO DOSADO EM OBRA
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
5. PRODUÇÃO DO CONCRETO:
5.2 CONCRETO DOSADO EM CENTRAL (CONCRETO USINADO)
Prática recomendada, pois reduz o estoque dos
materiais na obra, agiliza o processo de
produção e proporciona maior grau de controle
do concreto. O concreto dosado em central
utiliza aditivos com a finalidade de modificar
algumas propriedades do concreto ou conferir a
ele qualidades para melhorar o seu
comportamento.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
5. PRODUÇÃO DO CONCRETO:
5.3 RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO ou FATOR a/c ASPECTO IMPORTANTE!!!
5.3.1 DEFINIÇÃO: Quantidade de água da mistura medida em relação à massa de cimento.
5.3.2 IMPACTOS: Embora seja benéfica ao aumento da trabalhabilidade do concreto no estado
fresco, o excesso de água além da quantidade necessária à hidratação do cimento altera
negativamente as propriedades do concreto no estado endurecido, aumentado a porosidade e
permeabilidade, reduzindo a resistência mecânica à compressão e consequentemente reduzindo a
durabilidade do material.
6. PRINCIPAIS ENSAIOS (CONTROLE TECNOLÓGICO)
6.1 VERIFICAÇÃO DA CONSISTÊNCIA | TRABALHABILIDADE ESTADO FRESCO
ABNT NBR NM 67:1998 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
6.1.1 SLUMP TEST: Ensaio de abatimento do
tronco de cone para verificação da
plasticidade, trabalhabilidade e consistência
do concreto no estado fresco. Deve ser
realizado no momento de recebimento ou na
produção do concreto na obra, verificando
aspectos fundamentais à execução (facilidade
de adensamento e preenchimento integral das
fôrmas), bem como a relação a/c que
influencia diretamente na resistência e
durabilidade dos concretos.
6. CONTROLE TECNOLÓGICO (ENSAIOS):
6.2 VERIFICAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO CONCRETO AUTO ADENSÁVEL 
NO ESTADO FRESCO. NBR 15823 – CONCRETO AUTO ADENSÁVEL
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
6.2.1 NORMAS TÉCNICAS: Considerando-se a crescente especificação e utilização dos
concretos auto adensáveis é importante mencionar as partes que compõem a
normatização referentes aos ensaios deste tipo de material.
Parte 1: Classificação, controle e aceitação no estado fresco
Parte 2: Determinação do espalhamento e do tempo de escoamento (SlumpFlow) – Método do cone de Abrams
Parte 3: Determinação da habilidade passante – Método do anel J
Parte 4: Determinação da habilidade passante – Método da caixa L
Parte 5: Determinação da viscosidade – Método do funil V
Parte 6: Determinação da resistência à segregação – Método da coluna de segregação
6.3.1 ENSAIOS DE RUPTURA À COMPRESSÃO:
Procedimento para verificação da resistência
do concreto no estado endurecido. Baseia-se
na aplicação de cargas de compressão em
processo gradual até o rompimento do corpo
de prova, quando são registradas as
deformações e a carga máxima utilizada para
rompimento. Verificação: Mpa / Fck (kgf/cm²).
6.3.2 FATORES PRINCIPAIS:
 Qualidade e quantidade de materiais;
 Granulometria e tamanho dos agregados;
 Compactação e ar incorporado;
 Condição de cura;
 Idade do concreto;
 Relação água/cimento (a/c).
Registro para posterior referência, a data, a hora de adição
da água de mistura, o local de aplicação do concreto, a hora
da moldagem e o abatimento obtido.
6. PRINCIPAIS ENSAIOS (CONTROLE TECNOLÓGICO)
6.3 VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ESTADO ENDURECIDO
NBR 5738 – Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova - Procedimento
NBR 5739 – Concreto – Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos - Método de ensaio
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
6. PRINCIPAIS ENSAIOS (CONTROLE TECNOLÓGICO)
6.3 VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ESTADO ENDURECIDO
NBR 5738 – Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova - Procedimento
NBR 5739 – Concreto – Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos - Método de ensaio
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
6. PRINCIPAIS ENSAIOS (CONTROLE TECNOLÓGICO)
6.3 VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ESTADO ENDURECIDO
NBR 5738 – Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova - Procedimento
NBR 5739 – Concreto – Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos - Método de ensaio
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
6.3.3 FATORES QUE INFLUENCIAM A RESISTÊNCIA DO CONCRETO: A partir dos gráficos
abaixo pode-se observar a influência do tamanho máximo do agregado e do fator água
cimento nos resultados dos ensaios de resistência à compressão do concreto. Quanto
maior for a granulometria do agregado e quanto maior for a quantidade de água da
mistura em relação à quantidade de cimento, a resistência diminui.
O QUE É FCK DO CONCRETO?
Fck (Feature Compression Know) = 
Resistência Característica do 
Concreto à Compressão.
Mpa = Mega Pascal = 1 milhão de 
Pascal = 10,1972 kgf/cm²
É a pressão exercida pela força de 1 
newton, distribuída uniformemente 
sobre uma superfície plana com área 
de 1 m² que deve estar 
perpendicular à direção da força.
Exemplo: concreto 30 Mpa = 30 x 
10,1972 Kgf/cm² = 305,916 kgf/cm²
Evolução média de resistência à compressão dos diferentes tipos de cimento Portland. Fonte: ABCP, 2002
6.3.4 INFLUÊNCIA DA CLASSE DO CIMENTO E DA MANUTENÇÃO DA CURA: Para efeito
da NBR 6118, a avaliação da resistência à compressão deve ser realizada e documentada
necessariamente aos 28 dias, observadas as condições de cura adequadas. Consideram-
se os gráficos de evolução da resistência à compressão do concreto conforme diferentes
tipos de cimento Portland (ABCP, 2002) e o gráfico contendo informações sobre evolução
da resistência após os 28 dias conforme manutenção dos procedimentos de cura úmida.
6. PRINCIPAIS ENSAIOS (CONTROLE TECNOLÓGICO)
6.3 VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ESTADO ENDURECIDO
NBR 5738 – Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova - Procedimento
NBR 5739 – Concreto – Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos - Método de ensaio
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
7.1 Produção: dosagem e mistura homogênea em proporções adequadas, afim de obter
um material com características específicas que atendam determinada obra. É
importante considerar a dosagem/traço prevendo comportamento e propriedades nos
estados fresco e endurecido.
7.2 Transporte: Levar o concreto da betoneira até olocal da concretagem ou transportar
por caminhões betoneira quando for produzido em usinas / central de dosagem.
7.3 Lançamento: despejo da mistura na forma / molde. Cuidado com segregação.
7.4 Adensamento: Compactação da massa de concreto e redução dos vazios - ganho de
resistência. Utilização de vibradores mecânicos: garantir preenchimento integral das
fôrmas e envolvimento das barras de aço para proteção no caso do concreto armado.
7.5 Acabamento: Tratamento da superfície externa do concreto.
7.6 Cura: fase de secagem do concreto. Processo de manutenção da umidade do
material, evitando a evaporação de água da mistura necessária ao processo de
hidratação dos materiais aglomerantes. Pode ser química ou úmida.
7. UTILIZAÇÃO DO CONCRETO:
PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS / ETAPAS DA CONCRETAGEM
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
PRODUÇÃO → TRANSPORTE → LANÇAMENTO → 
→ ADENSAMENTO → ACABAMENTO → CURA
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
7. UTILIZAÇÃO DO CONCRETO :
PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS / ETAPAS DA CONCRETAGEM
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
7. UTILIZAÇÃO DO CONCRETO :
PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS / ETAPAS DA CONCRETAGEM
LANÇAMENTO ACABAMENTO
ADENSAMENTO CURA
Variedade dos tipos de concreto → desenvolvimento tecnológico dos componentes da
mistura em dosagens específicas e inserção de dispositivos especiais para se obter
material com características específicas e permitir aplicações apropriada à uma
determinada finalidade ou obra.
8.1 TIPOS DE CONCRETO (PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES):
8.1.1 CONCRETO SIMPLES: não apresenta armadura, ou a área da seção da armadura é
menor que a mínima. Resiste basicamente às tensões de compressão e possui um peso
específico da ordem de 24 kN/m³. Utilizado principalmente nas fundações, como
os blocos de concreto ciclópico, os tubulões e as estacas de concreto.
8.1.2 CONCRETO MOLDADO IN LOCO: confeccionado no local onde a peça vai
permanecer. (montagem das formas → produção ou recebimento do concreto →
concretagem).
8. PRINCIPAIS TIPOS DE CONCRETO: PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8.1.3 CONCRETO ARMADO: é o material
resultante da ação conjunta do concreto
(resistência à compressão) e do aço (armadura
passiva - resistência à tração). Possui um peso
específico da ordem de 25kN/m³. A aderência
destes dois materiais determina suas
propriedades enquanto estrutura consolidada.
8.1.4 CONCRETO PROTENDIDO: concreto e o aço (como armadura ativa, através da 
introdução de tensão prévia da armadura nos elementos estruturais). É geralmente 
utilizado, nas estruturas com grandes vãos e cargas elevadas, onde o concreto armado 
não apresenta índices de resistência satisfatórios (viabilidade econômica) . Em função 
do princípio de funcionamento, apresenta maior durabilidade e menor fissuração.
8. PRINCIPAIS TIPOS DE CONCRETO: PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8. PRINCIPAIS TIPOS DE CONCRETO: PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8.1.5 CONCRETO LEVE: é um concreto mais leve que o convencional, que utiliza agregados leves 
celulares (apresenta peso específico cerca de 30% a 35% menor que o peso do concreto 
convencional, e não ultrapassando o valor de 18,50 kN/m³. É utilizado nas peças de pré-moldados 
leves, e em estruturas onde se pretende reduzir o peso próprio. 
8.1.6 CONCRETO PRÉ-MOLDADO / PRÉ-FABRICADO: utilizado na confecção das peças estruturais fora 
do canteiro de obras e transportado até o local para montagem da estrutura, garantindo agilidade 
nas obras. Por ser um processo industrializado, apresenta melhor controle de qualidade do material, 
possibilidade de reutilização de formas para peças padronizadas. Deve-se ter cuidado especial no 
transporte e içamento para não danificar as peças.
8. PRINCIPAIS TIPOS DE CONCRETO: PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8.1.7 CONCRETO PESADO: utiliza minerais de alta massa específica (cerca de 50% mais 
pesado que o concreto convencional). Empregado para blindagem em usinas nucleares, 
ou outros tipos de radiação. 
8.1.8 CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL: 
Solução avançada para a produção de 
concreto fluído, auto-nivelante, que pode 
ser lançado e compactado sem 
equipamento de vibração e sem 
segregação. Utilizado em peças de difícil 
acesso para processo de adensamento e 
vibração.
8. PRINCIPAIS TIPOS DE CONCRETO: PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8.1.9 CONCRETO DE ALTA RESISTÊNCIA (CAR): 
apresenta resistência à compressão acima de 
60 Mpa. (baixa resistência: até 25 Mpa; média 
resistência: de 25 à 50 Mpa; alta resistência: 
de 50 à 90 Mpa; ultra-alta resistência: acima 
de 90 Mpa). Muito utilizado atualmente em 
praticamente todo tipo de estruturas, 
especialmente em obras de vulto e em pilares 
de edifícios.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8. PRINCIPAIS TIPOS DE CONCRETO:
8.1.10 CONCRETO PROJETADO: projetado em alta velocidade, por uma 
bomba pneumática, sobre uma superfície. Obras de reparo, túneis,canais e paredes finas.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
8. PRINCIPAIS TIPOS DE CONCRETO:
8.1.11 CONCRETO BOMBEADO: transportado
por pressão através de tubos rígidos ou
mangueiras flexíveis e descarregado
diretamente nos pontos onde deve ser aplicado.
Muito utilizado nas obras de grandes edificações
com sistema: caminhão betoneira + bomba.
8.1.12 CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO
(CAD): apresenta fator água/cimento inferior a
0.4, garantindo de baixa permeabilidade, bom
desempenho estrutural e durabilidade
diferenciados em relação ao concreto
convencional. Geralmente apresenta adições de
materiais com propriedades pozolânicas (sílica
ativa ou cinza volante) e aditivos
superplastificantes para melhoria de sua
trabalhabilidade. É utilizado em estruturas
sujeitas à compressão elevada, em peças
protendidas, em estruturas submetidas a
desgastes mecânicos e erosão, como rodovias,
pisos industriais e pistas de aeroportos.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI8. PRINCIPAIS TIPOS DE CONCRETO:
8.1.13 CONCRETO COMPACTADO COM 
ROLO: é um concreto seco, de 
consistência dura e trabalhabilidade tal 
que lhe permite receber compactação 
por rolos compressores (vibratórios ou 
não). Utilizado como base e 
revestimento de pavimentos sujeitos a 
tráfego pesado e em obras hidráulicas.
8.1.14 CONCRETO COM FIBRAS: adição 
de fibras para melhorara seu 
desempenho. As fibras podem ser 
metálicas, fibras de vidro, polipropileno, 
etc. Além de aumentar a rigidez do 
material (atuando nas tensões internas), 
as fibras diminuem a permeabilidade e 
as tensões nos estribos, e controlam 
melhor a fissuração. Utilizado em 
estruturas pré-moldadas e em concreto 
projetado, lajes e pisos, túneis. 
PROF.: RAFAEL CRISTELLI8. PRINCIPAIS TIPOS DE CONCRETO:
8.1.15 GROUT OU GRAUTE: Graute é um tipo específico de concreto,
indicado para preenchimento de espaços vazios dos blocos e canaletas,
com o objetivo de solidarização da armadura e aumentar a capacidade
portante. Na literatura técnica em inglês utiliza-se o termo grout para
definir uma argamassa ou um micro concreto fluido, utilizado para o
preenchimento de um vazio. Os grouts apresentam consistência fluida,
dispensando o adensamento; atinjem altas resistências iniciais e finais
e apresentam expansão controlada.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI8. PRINCIPAIS TIPOS DE CONCRETO:
Aplicações: Os grautes são materiais destinados ao
preenchimento de vazios confinados ou semiconfinados em
locais de difícil acesso, seja por se tratarem de cavidades muito
estreitas ou locais com elevada densidade de obstáculos tais
como armaduras, tubulações, entre outros.
A fluidez do graute permite que haja um preenchimento total da
seção, sem a necessidade de adensamento. A alta resistência
inicial permite a rápida liberação das fôrmas e da estrutura
grauteada, possibilitando maior agilidade no processo de fixação
de equipamentos, e rápida colocação da estrutura reparada ou
reforçada em carga. A elevada resistência final e a apresentação
de módulo de deformação compatível com o do concreto
garantem o bom desempenho frente a esforços elevados,
mesmo para reforço de concretos de alta resistência.
A expansão controlada ou, conforme o produto, a simples
compensação da retração, garante a estabilidade volumétrica e
impede aexistência de vazios, propiciando perfeita aderência e
compacidade.
Os dois campos principais de utilização dos grautes são as obras
novas e as de recuperação estrutural. Os grautes para reparo
são, em geral, denominados argamassas ou micro concretos
fluidos ou simplesmente grautes de reparo.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
9. AÇO PARA CONCRETO ARMADO:
9.1 INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DO AÇO
AÇO ≠ FERRO FUNDIDO
AÇO - liga metálica composta basicamente por ferro e carbono (0,008 e 2,11%).
Pode ser facilmente deformável por forja, laminação e extrusão.
FERRO FUNDIDO - liga metálica também composta por ferro e carbono (2,11% e 6,67%).
Em função da grande presença de carbono, ferro fundido é muito frágil (quebradiço).
Os aços são classificados conforme:
 Quantidade de carbono presente na liga;
 Composição química;
 Constituição microestrutural ;
 Quanto à sua aplicação.
As ligas de aço podem incorporar outros elementos químicos para melhorar
características mecânicas do material ou mesmo facilitar algum processo de fabricação.
Ex: Aço inoxidável com altos teores de cromo e níquel em sua composição (aprox. 20%).
ELASTICIDADE: a propriedade do metal de retornar à forma original, uma vez removida a 
força externa atuante (ciclo de carregamento e descarregamento). A deformação elástica é 
reversível, ou seja, desaparece quando a tensão é removida. Módulo de elasticidade.
PLASTICIDADE é a propriedade inversa à da elasticidade, ou seja, do material não voltar à 
sua forma inicial após a remoção da carga externa, obtendo-se deformações permanentes. 
A deformação plástica altera a estrutura interna do material.
9. AÇO PARA CONCRETO ARMADO:
9.2 PROPRIEDADES DO AÇO PARA CONCRETO ARMADO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
TRAÇÃO
DOBRAMENTO
ADERÊNCIA
CLASSIFICAÇÃO CONFORME DIÂMETRO DAS PEÇAS:
 Barras: Ø nominal 6,3 mm ou superior – peças são laminadas a quente
 Fios: Ø nominal 10,0 mm ou inferior – conformação por trefilação ou estiramento
CONFORME RESISTÊNCIA AO ESCOAMENTO: 
 CA – 25 (250Mpa) e CA – 50 (500Mpa) – barras
 CA – 60 (600 Mpa) – fios
9. AÇO PARA CONCRETO ARMADO:
9.3 CLASSIFICAÇÃO DO AÇO PARA CONCRETO ARMADO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
 São fornecidas com comprimento de 12metros, 
com tolerância de ± 1%.
 As barras nervuradas devem apresentar 
laminação em relevo identificando o produtor, 
categoria e diâmetro nominal
PRINCIPAIS 
PROPRIEDADES 
MECÂNICAS:
9. AÇO PARA CONCRETO ARMADO:
9.4 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO CONCRETO ARMADO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
CONCRETO: material que combate principalmente os esforços de COMPRESSÃO.
AÇO: disposto/concentrado nas regiões das peças para combater os esforços de TRAÇÃO.
 Resistência aos esforços de flexo-tração e cisalhamento.
 Nervuras para garantir aderência ao concreto e solidarização da estrutura.
COMPRESSÃO
TRAÇÃO
TRAÇÃO TRAÇÃO
TRAÇÃO TRAÇÃO
COMPRESSÃO
COMPRESSÃO
10. MATERIAL COMPLEMENTAR:
ABCP – COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-
construtivos/3/estrutura-de-concreto/
MATERIAL DE APOIO:
ESTRUTURA DE CONCRETO
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/estrutura-de-concreto/

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