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La Ingeniería Estructural: puente para el desarrollo e integración de América y el mundo ID: XXXVIIIJSIE-07-018 DIMENSIONAMENTO OTIMIZADO DE VIGAS EM CONCRETO ARMADO OPTIMAL DESIGN OF REINFORCED CONCRETE BEAMS Charles J. Oliveira (1); Isabele Antonelli (P) (2); Monique C. A. Rodrigues (3) (1) Eng. Civil, M.Sc., Professor, Universidade Positivo, Curitiba, Brasil. (2) Eng. Civil, Universidade Positivo, Curitiba, Brasil. (3) Eng. Civil, Universidade Positivo, Curitiba, Brasil. Dirección para correspondencia: chjaster@hotmail.com; (P) Presentador Área Temática: Investigaciones teóricas y computacionales. Resumen Na Engenharia Civil torna-se extremamente importante o uso de processos de otimização de modo a reduzir custos. Por meio dos critérios de dimensionamento da ABNT NBR 6118:2014, a determinação da solução mais econômica acaba sendo definida por um processo de tentativa e erro. Este trabalho apresenta um estudo da aplicação de otimização estrutural no processo de dimensionamento de vigas biapoiadas em concreto armado, com seção retangular, submetidas a um carregamento uniformemente distribuído. Para isso, os resultados são avaliados em termos de valores ótimos da altura da viga, além da redução no consumo de concreto, área de armadura de aço e de madeira utilizada na produção de fôrmas. O estudo foi realizado a partir da ferramenta Solver do software Microsoft Excel, utilizando o método do Gradiente Reduzido Generalizado, respeitando critérios normativos. Os resultados foram comparados entre dimensionamento convencional e otimizado, aplicando diferentes condições de contorno para o problema, como por exemplo a resistência característica do concreto à compressão. Outro critério utilizado foi relativo ao detalhamento, visando um ajuste na quantidade, diâmetro e comprimento das barras longitudinais, bem como na distribuição ótima dos estribos ao longo do diagrama de esforço cortante. Em função dos exemplos analisados, o dimensionamento otimizado mostra-se mais viável pelo fato de respeitar os critérios normativos da mesma forma que no dimensionamento convencional, apresentando economia de 0,45% a 29,59%, dependendo do vão e resistência do concreto. Foram obtidas soluções ótimas em custo dentre uma série de combinações possíveis na parametrização do problema que comprovam esta eficiência para diferentes cenários. Palavras-chave: Otimização Estrutural, Otimização de Vigas, Concreto Armado, Custo. Abstract The use of optimization processes in civil engineering becomes extremely important in order to reduce costs. Through the design criteria of ABNT NBR 6118:2014, a process of trial and error defines the determination of the most economical solution. This work presents a study of the application of structural optimization in the process of design of simply supported beams in reinforced concrete, with rectangular section, submitted to a uniformly distributed load. For this, the results are evaluated in terms of optimal beam height values, as well as the reduction in concrete consumption, steel reinforcement area and timber formwork area. The study of the non-linear optimization was conducted using Generalized Reduced Gradient by the Microsoft Excel's Solver function and respecting the normative criteria. The results were compared between conventional and optimized design, applying different boundary conditions, such as the compressive strength of concrete. Another criterion used in the optimization process was the detailing, optimizing the quantity, diameter and length of longitudinal bars, as well as optimum distribution of the stirrups along the shear diagram. Due to the analyzed examples, the optimized design is more advantageous to respect the normative criteria in the same way as in the conventional design, presenting savings of 0,45% to 29,59%, depending on the span and concrete strength. Optimum solutions were obtained in cost from a series of possible combinations in the parameterization of the problem that prove this efficiency for different scenarios. Keywords: Structural Optimization, Beam Optimization, Reinforced Concrete, Cost. mailto:chjaster@hotmail.com La Ingeniería Estructural: puente para el desarrollo e integración de América y el mundo 1. INTRODUÇÃO O princípio básico da otimização é encontrar a melhor solução possível dentre diversas circunstâncias apresentadas. O termo estrutura ótima é bastante hipotético, isso ocorre pelo fato de uma estrutura ser ótima em diferentes aspectos, sendo estes conhecidos como o peso da estrutura, o custo ou até mesmo sua rigidez. A solução para este problema depende de vários fatores externos como a formulação de uma função objetivo, formulação de restrição, método adotado, etc. (Kakadiya e Desai, 2013). Em problemas de otimização estrutural a função objetivo geralmente é aplicada na determinação de estruturas com o menor peso possível, resultando num menor custo, aspecto este que acaba sendo o mais atrativo no quesito econômico (Verzenhassi, 2008). Como citado por Maia (2009), a vantagem na otimização de projetos em concreto armado é a renúncia à parâmetros baseados pela intuição ou experiência do projetista, ressaltando a busca final através de determinação probabilística, a qual acontece respeitando os critérios normativos impostos pela ABNT NBR 6118:2014. A busca da excelência para com o dimensionamento ótimo é uma forma de agregar resultados satisfatórios tanto em prol do cliente quanto em função da estrutura. Fraga e Kripka (2015) e Vieira (2014) partem do mesmo princípio em relação aos estudos para a diminuição do impacto ambiental, que são atenuados com os dimensionamentos otimizados de estruturas. Fraga e Kripka (2015) apontam que no Brasil há uma preocupação maior em minimizar estes riscos devido ao grande impacto que as estruturas em concreto armado, fartamente empregadas no país, tendem a causar no meio ambiente. Circunstancialmente, Vieira (2014) atribui que o meio de se alcançar a sustentabilidade na construção civil está diretamente ligado à redução da quantidade de resíduos gerados e ao consumo e desperdício de materiais. 2. METODOLOGIA O problema de otimização começa a partir da determinação das variáveis e parâmetros que discriminam o problema físico, paralelo às restrições que o delimitam. Só então é estabelecida a função objetivo que trata da minimização da função custo. A otimização do custo busca determinar a melhor altura da seção para que posteriormente seja indicada a área calculada para as armaduras, bem como os detalhamentos necessários, definindo quantidade, tamanho e posição para as barras de aço na viga. As variáveis que no final compõem o custo total da peça dependem basicamente do concreto, do aço e das fôrmas. Além da minimização do volume do concreto a variação do 𝑓𝑐𝑘 implicará diretamente na composição do custo, resultando em outro parâmetro otimizado. A função objetivo do problema de otimização foi composta pela função do custo total C, expressa pela equação (1), e suas composições derivativas, custo de concreto, armaduras e fôrmas. FAc CCCC (1) Cwc RLhbC $ (2) AAefesestribosretotsA RVLAC $)( ,,, (3) FwwF RhbLhbC $)2)2(( (4) Onde: 𝐶𝑐, 𝐶𝐴 e 𝐶𝐹 = custo de concreto, armaduras e fôrmas, respectivamente; 𝑏𝑤, ℎ e 𝐿 = largura, altura e comprimento da viga, respectivamente; 𝑅$𝑐 = custo por metro cúbico do concreto fornecido, lançado e adensado (de acordo com o 𝑓𝑐𝑘); 𝐴𝑠,𝑡 = área unitária da bitola utilizada para o estribo; 𝐿𝑟𝑒𝑡𝑜,𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠 = comprimento total reto dos estribos a serem utilizados na viga; 𝜌𝐴 = massa específica do aço; La Ingeniería Estructural: puente para el desarrollo e integración de América y el mundo 𝑉𝑠,𝑒𝑓𝑒 = volume total da armaduralongitudinal, variando de acordo com a configuração de camada localizada pelo programa; 𝑅$𝐴 = custo de aço (R$/kg) cortado, dobrado e montado na obra; 𝑅$𝐹 = custo da fôrma por metro quadrado. Para a geometria da viga, as condições de apoio partem da tipologia biapoiada, considerando apoio articulado fixo. O sistema de dimensionamento implementado leva em consideração a ação das cargas verticais distribuídas. A Fig. 1 apresenta os parâmetros e variáveis utilizados no processo da otimização estrutural. Figura 1. Detalhamento longitudinal e transversal dos parâmetros do problema de otimização. O carregamento é definido pelo peso próprio da viga, variando de acordo com o vão, bem como uma carga proveniente de uma parede de alvenaria apoiada diretamente sobre a viga, onde o peso foi considerado distribuído ao longo de seu comprimento do mesmo modo que a sobrecarga adotada. Após estabelecidos os parâmetros iniciais, calculam-se os esforços internos e as deformações. Quando da ocorrência em que a flecha total ultrapasse a flecha limite é prevista a adoção de uma contra flecha. Para obter os esforços e deslocamentos referentes ao estado limite de serviço, as combinações frequentes e quase permanentes são calculadas utilizando fatores de combinações condizentes com o estabelecido na ABNT NBR 6118:2014. Esta norma ainda define os critérios de detalhamento da viga pertinentes aos espaçamentos entre barras, estribos, taxa de armadura e comprimentos de ancoragem. 2.1. Formulação do Problema Foram determinadas, através da planilha de cálculo, as alturas ótimas correspondentes para vãos de 4 a 12 metros, variando os dados a cada metro a fim de tornar possível uma análise minuciosa dos custos obtidos em função dos fatores de dimensão da altura, da resistência característica do concreto à compressão, além de quais os impactos gerados ao longo da mudança deste vão. As vigas foram testadas para diferentes valores de resistência à compressão, variando de 20 a 45 MPa. Para a altura inicial foi adotado um valor igual a 10% do vão, caso comum em pré-dimensionamentos de vigas. Para a base fixou-se o valor de 20 cm. Para a área da armadura longitudinal foram criadas 450 combinações diferentes onde através da área de aço calculada busca-se, como estratégia metodológica e a favor da segurança, o valor maior e mais próximo da área obtida. As opções variam entre diâmetros de 6,30 mm até 20,00 mm, respeitando sempre a quantidade máxima de bitolas a serem alojadas em cada camada, através da verificação do espaçamento horizontal máximo e descontando-se os valores referentes ao cobrimento e diâmetro dos estribos. As demais camadas derivam basicamente das configurações geradas para a primeira camada. Já para a armadura transversal fixou-se o diâmetro dos estribos em 5 mm, sendo as configurações das camadas da armadura longitudinal já programadas e calculadas para estribos deste diâmetro. A Fig. 2 demonstra um breve exemplo da distribuição das barras de acordo com cada camada, bem como possibilita entender a ocorrência do corte e ancoragem das barras, à depender do tipo de arranjo. La Ingeniería Estructural: puente para el desarrollo e integración de América y el mundo Figura 2. Detalhe do arranjo de barras por camada. Ressalta-se que a planilha contempla o cálculo de deslocamentos em viga para qualquer tipo de carregamento, porém deve ser feito um prolongamento das configurações de camadas da armadura longitudinal pelo fato de que a planilha de áreas foi aferida até o valor de 51,25 cm² (configuração de até 5 camadas). Apesar de conter 450 configurações diversas, foi priorizado no cálculo da área de aço efetiva o fato de que os valores estivessem mais próximos uns dos outros, como por exemplo, no caso de uma viga de vão igual a 9 metros e 𝑓𝑐𝑘 igual a 40 MPa a área calculada de aço corresponde a 9,24 cm² e, por meio de arranjos de camadas, chega-se a uma área de aço efetiva igual a 9,30 cm², equivalente à duas camadas distribuídas entre 6mmmm (a mais próxima dentro das combinações geradas). O principal propósito de se criar arranjos com bitolas diversas é refinar o cálculo para a otimização. Para o cálculo do cisalhamento, adotou-se uma estratégia de otimização realizada antes mesmo de se implementar o comando Solver. Esta análise se baseia na verificação entre a área calculada e área mínima de aço, a qual realiza a otimização do espaçamento em trechos onde o esforço cortante é relativamente menor, utilizando para tal o valor calculado para a armadura mínima correspondente, variando-o de acordo com o diagrama de esforços cortantes. Para o esforço cortante máximo de cálculo (𝑉𝑠𝑑) o espaçamento entre estribos possui distâncias menores, diferentemente do esforço cortante de cálculo mínimo (𝑉𝑠𝑑,𝑚í𝑛) onde os espaçamentos são maiores. A Fig. 3 mostra como os espaçamentos são conjugados ao longo do comprimento da viga. Figura 3. Distribuição dos estribos de acordo com o esforço cortante. Posteriormente, é possível realizar o cálculo da decalagem a ser utilizada no comprimento total das barras cortadas. Para o corte da armadura longitudinal, assim como para a ancoragem das barras nos apoios e para as armaduras comprimidas e de pele algumas simplificações tiveram que ser adotadas. Para os estribos é prevista ancoragem com ganchos em ângulo reto. 2.2. Simplificações adotadas No decorrer do trabalho, algumas simplificações foram adotadas, a fim de se tornar possível a otimização. São elas: Não foi adotada uma dimensão específica para os pilares, o que ocasiona em um esforço cortante utilizado diretamente no eixo do apoio; Todas as regiões foram tomadas como sendo de boa aderência; La Ingeniería Estructural: puente para el desarrollo e integración de América y el mundo Apesar da criação de diversas configurações para colocação da armadura longitudinal em cada camada, a altura útil não é recalculada. Isto resulta em consequências diretamente ligadas à segurança da peça; Foi considerado, a fim de se simplificar os cálculos, que duas barras seriam ancoradas nos apoios, sendo escolhido para cada configuração o maior diâmetro que tivesse, no mínimo, 2 barras em cada camada. Este fator, bem como o cálculo da nova altura útil, interfere diretamente no quesito segurança da peça; Para barras ancoradas nos apoios foi adotado gancho em ângulo reto, com um comprimento de 20 cm cada; Nas armaduras comprimidas e de pele a ancoragem é em ângulo reto; Foram adotados critérios, baseados em análises anteriores, em relação à porcentagem utilizada do vão como comprimento inicial das vigas. Para cada caso de atuação da armadura foi adotada uma porcentagem do vão conforme as relações à seguir: - Para o corte de barras das armaduras tracionadas, exceto as que são ancoradas nos apoios, adotou-se um comprimento inicial igual a 20% do vão; - Para as armaduras comprimidas foi adotado um comprimento inicial igual a 25% do vão. Foi adotada uma sobrecarga distribuída igual a 10,0 kN/m. 2.3. Restrições As restrições são os limites impostos às células variáveis. O Solver toma uma restrição como satisfeita se a condição que esta restrição classifica é verdadeira, observados pequenos limites de tolerância. As verificações de restrições são realizadas em relação ao Estado Último de Limite, Estado Limite de Serviço e detalhamento, com o propósito de atender as diretrizes da ABNT NBR 6118:2014. As restrições impostas ao projeto de otimização para a tipologia de viga calculada são: Restrição à resistência; Restrição para que o elemento se comporte como viga; Restrição à biela comprimida; Restrição para a armadura mínima de cisalhamento; Restrição ao limite inferior para a armadura longitudinal; Restrição ao limite superior para a armadura longitudinal; Restriçãoà flecha. 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS Como primeira análise, temos a relação da altura ótima em comparação à altura inicial considerando a utilização de uma contra flecha, conforme Fig. 4 nota-se que, apesar da não- linearidade do dimensionamento da viga, os resultados apresentam um comportamento semelhante ao longo dos vãos, ressalva-se alguns casos como para o vão de 12 metros e 𝑓𝑐𝑘 igual a 40 MPa onde há uma discrepância no valor encontrado para a altura ótima, fato este que deriva da não- linearidade na otimização dimensional da viga. Entretanto, a maioria dos resultados mostram uma redução significativa na altura ótima ao longo do crescimento da resistência do concreto utilizada no dimensionamento. Figura 4. Altura ótima encontrada para cada vão. 0,00 30,00 60,00 90,00 120,00 4 5 6 7 8 9 10 11 12 20 MPa 25 MPa 30 MPa 35 MPa 40 MPa 45 MPa Altura inicial (cm) (m) La Ingeniería Estructural: puente para el desarrollo e integración de América y el mundo Em uma segunda análise é feita a comparação da altura ótima das vigas sem considerar a aplicação da contra flecha, conforme mostra a Fig. 5: Figura 5. Altura ótima desconsiderando a contra flecha. A partir da análise das Fig. 4 e 5 pode-se constatar que a flecha é fator preponderante no dimensionamento, sendo a altura ótima das vigas limitada pela mesma. Pode-se notar o padrão que ocorre ao longo do gráfico, o qual apresenta um formato aproximadamente parabólico. Observa- se que a flecha começa a interferir na altura ótima para satisfazer a restrição. A altura da viga chega a ser então maior do que a dimensionada pelo método convencional, especificamente em casos que utilizam 𝑓𝑐𝑘 menores, os quais afetam diretamente na resistência final da viga. A aplicação da contra flecha implica não somente numa diminuição da altura, como gera economia nos custos e uma redução nas cargas solicitantes, uma vez que alturas inferiores afetam diretamente o peso próprio da viga. Em relação ao custo total, é possível constatar que, aumentando-se a resistência característica do concreto, são obtidas reduções no custo total cada vez maiores, visto que a parcela a ser resistida pelo concreto é maior, conforme mostra a Fig. 6. Em nenhum momento o aumento da resistência do concreto ocasionou desvantagens para a ferramenta de otimização motivado pelo custo muito superior se comparado à concretos de menor resistência. Figura 6. Comparação dos custos totais e otimizados de acordo com o vão e 𝑓𝑐𝑘 utilizado. A Fig. 7 mostra a porcentagem de economia obtida com o dimensionamento otimizado da viga. Esta redução reflete diretamente no gráfico da Fig. 6, o qual demonstra o custo real da viga através do dimensionamento convencional comparado ao custo obtido pelo dimensionamento otimizado. Nota-se uma tendência no gráfico da Fig. 7, o qual apresenta soluções mais econômicas para vãos menores e uma economia relativamente menor para vãos maiores. Vale destacar o salto ocorrido no gráfico da Fig. 6 para o vão de 6 metros com um 𝑓𝑐𝑘 de 25 MPa e que pode ser facilmente percebido no gráfico da Fig. 7 como a maior economia obtida ao longo das variações apresentadas. 0,00 30,00 60,00 90,00 120,00 150,00 4 5 6 7 8 9 10 11 12 20 MPa 25 MPa 30 MPa 35 MPa 40 MPa 45 MPa Altura inicial (cm) R$0,00 R$300,00 R$600,00 R$900,00 R$1.200,00 R$1.500,00 R$1.800,00 R$2.100,00 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Custo V ão ( m ) Custo pelo dimensionamento convencional 45 MPa 40 MPa 35 MPa 30 MPa 25 MPa 20 MPa (m) La Ingeniería Estructural: puente para el desarrollo e integración de América y el mundo Figura 7. Porcentagem economizada de acordo com o vão e fck utilizado. De acordo com a Tabela 1, apresenta-se uma análise com os resultados obtidos entre a composição do custo total da viga pelo dimensionamento convencional e pelo dimensionamento otimizado. A análise obtida deu-se através de uma viga de vão igual a 7 metros com o 𝑓𝑐𝑘 do concreto igual a 35 MPa. Nota-se que o programa busca a melhor solução para satisfazer às restrições e otimizar o custo. Esta distribuição é fruto dos resultados apresentados na Tabela 1, os quais mostram os dados obtidos pelos dois dimensionamentos: Tabela 1. Custos referentes à análise de uma viga com 𝑓𝑐𝑘 igual a 35 MPa. Convencional Otimizado Vão (m) Fôrma (R$) Concreto (R$) Aço (R$) Custo Total (R$) Fôrma (R$) Concreto (R$) Aço (R$) Custo Total (R$) 7 160,49 303,28 257,23 721,00 145,35 270,70 179,35 595,40 22,26% 42,06% 35,68% - 24,41% 45,47% 30,12% - Pode ser observada uma redução, já esperada, da participação das fôrmas e do volume de concreto no custo total, visto que conforme ocorre a redução significativa da altura consequentemente a área de superfície da viga se torna menor, bem como seu volume. Analisando por fim os resultados de uma forma geral, percebe-se que há um certo padrão no modo como ocorre a manipulação do processo de otimização do custo das vigas. Nota-se que geralmente há um aumento na área de aço e diminuição do volume de concreto e área de fôrmas. Como o concreto é o material preponderante na composição dos custos o programa busca um meio de amenizar a diminuição da altura da viga, fato que implica diretamente no cálculo do volume e da área. Na Fig. 8 é apresentada uma comparação, ao longo do vão, dos custos unitários referentes à composição de concreto, fôrmas e aço obtidos pelo dimensionamento otimizado e pelo dimensionamento convencional para um 𝑓𝑐𝑘 igual a 30 MPa. Figura 8. Comparação dos custos unitários referente à cada material. Seguindo a mesma análise dos gráficos estudados acima, percebe-se a não-linearidade que ocorre na distribuição dos custos unitários dos materiais, tendo por vezes uma diminuição 1,31% 11,09% 4,53% 2,65% 7,12% 17,76% 2,46% 0,45% 2,55% 19,28% 9,83% 29,59% 4,26% 0,75% 26,32% 4,04% 6,01% 4,37% 20,92% 1,06% 7,59% 13,71% 2,07% 9,63% 10,44% 3,19% 11,87% 23,50% 15,28% 8,86% 17,42% 15,36% 21,07% 7,19% 10,70% 8,59%8,26% 18,39% 5,05% 20,50% 14,52% 9,03% 9,31% 15,51% 0,58% 8,63% 22,96% 10,44% 22,68% 12,26% 11,93% 8,79% 8,84% 9,26% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 4 5 6 7 8 9 10 11 12 20 MPa 25 MPa 30 MPa 35 MPa 40 MPa 45 MPa R$ 0 R$ 150 R$ 300 R$ 450 R$ 600 R$ 750 R$ 900 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Fck 30 MPa Dimensionamento convencional Concreto Fôrma Aço (m) (m) La Ingeniería Estructural: puente para el desarrollo e integración de América y el mundo significativa no volume de concreto e área de aço calculada bem como apresenta uma certa estagnação no custo da área de fôrmas. Ressalva-se ainda que, em certos casos, há um aumento notável na quantidade de aço necessária resultante da diminuição expressiva da altura da viga. Analisando ainda a Fig. 8, pode-se perceber que o custo unitário das fôrmas é expressivamente maior para as vigas de 4, 5, 6 e 7 metros de vão do que o para os vãos maiores. Constata-se neste gráfico que nem sempre a viga de menor dimensão na seção transversal retomará menores custos em termos de materiais utilizados, pois conforme há a redução da seção, maior se torna a participação do aço na composição geral da viga, podendo haver o encarecimento do projeto. Todavia, menores dimensões transversais geram uma diminuição na área de superfície da viga, que por fim impacta em um percentual menor de utilização de fôrmas. 4. CONCLUSÕES Em função dos exemplos analisados, o dimensionamento otimizado mostra-se uma opção mais viável em relação ao dimensionamento convencional. Respeitando os critérios normativos, foram obtidas soluções ótimas em custo dentre uma série de combinações possíveis na parametrização do problema. Por fim, através de processos de detalhamento foi possível refinar ainda mais o custo final dentrodo processo de otimização. Em relação a área, através das diversas configurações geradas, o Solver procura àquela que satisfaz as especificações estabelecidas no dimensionamento. Posto isso, a planilha elaborada para o arranjo das barras calcula, de forma eficiente, o respectivo volume considerando o corte de barras, respeitando o processo de decalagem e de detalhamento imposto pela ABNT NBR 6118:2014. Através da esquematização do problema é possível ainda refinar o cálculo para a distribuição dos estribos. A altura ótima de vigas de concreto armado pode ser analisada em função do vão a ser vencido. O concreto é o insumo preponderante na composição dos custos de vigas biapoiadas, sua participação é de aproximadamente 50% do custo total. Em uma segunda verificação, as fôrmas aparecem como material predominante. Destaca-se a importância de se conhecer antecipadamente os métodos de otimização, sejam de caráter linear ou não. Neste trabalho o foco foi o método do Gradiente Reduzido Generalizado, o qual é utilizado internamente pela ferramenta Solver e é, de fato, uma ferramenta muito útil para a determinação de problemas de otimização. Porém, também se faz necessário um conhecimento prévio para que se possa usá-lo corretamente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Associação Brasileira de Normas Técnicas (2014). NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. ABNT 83p. Rio de Janeiro. Fraga, J.L.T e Kripka, M. (2015). Projeto estrutural de vigas de concreto armado visando a minimização do impacto ambiental. Rev. de Eng. e Tecnologia, v. 7, n. 1, p. 123-131. Kakadiya, C.R. e Desai, A.N. (2013). Optimization of 2-D Steel Truss by Grid Search Method. International Journal of Innovations in Engineering and Technology, v. 2, issue 1. Maia, J.P.R. (2009). Otimização estrutural: estudo e aplicações em problemas clássicos de vigas utilizando a ferramenta Solver. Dissertação de Mestrado. Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos. Verzenhassi, C.C. (2008). Otimização de risco estrutural baseada em confiabilidade. Dissertação de Mestrado. Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos. Vieira, A.A. (2014). Redução do impacto ambiental das estruturas em concreto pré-moldado através de otimização por algoritmo genético. Dissertação de Mestrado. Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos.
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