Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 2 SUMÁRIO 1 CONCEITOS BÁSICOS DE PRODUTOS E SERVIÇOS 4 1.1 Natureza e características de um serviço 5 1.2 Níveis do Produto 6 1.3 Classificação dos bens de consumo 7 2 DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS 8 2.1 Estágios do Desenvolvimento de Novos Produ tos 9 2.1.1 Geração de Idéias 10 2.1.2 Seleção de Idéias 10 2.1.3 Desenvolvimento e Teste do Conceito 10 2.1.4 Estratégias de Marketing 11 2.1.5 Análise Comercial 11 2.1.6 Desenvolvimento do Produto 12 2.1.7 Teste de Mercado 12 2.1.8 Comercialização 12 3 PLANEJAMENTO DE EMBALAGENS 12 3.1 Formato e Tamanho 13 3.2 Cor 14 3.3 A Embalagem e a Comunicação 15 3.4 Tipografia 15 3.5 Testes de Embalagem 16 3.6 Tendências Globais em Embalagem 16 4 CLASSIFICAÇÃO DO PRODUTO PARA O COMPOSTO DE MARKE TING 17 4.1 Consumo 17 4.1.1 Conveniência 17 4.1.2 Compra Comparada 18 4.1.3 Especialidade 18 4.1.4 Não-procurados 18 4.2 Industriais 18 4.2.1 Instalações 19 4.2.2 Acessórios 19 4.2.3 Matéria-Prima 19 4.2.4 Serviços 20 5 CICLO DE VIDA DO PRODUTO 20 5.1 Os tipos de adotantes para cada fase do ci clo de vida do produto 23 6 ESTRATÉGIA DE CICLO DE VIDA DO PRODUTO 24 6.1 Estágios do Ciclo de Vida do Produto 24 6.1.1 Ciclo de Vida da Classe, da Forma e da Marca do Produto 24 6.2 Estágio de Introdução 25 6.2.1 Estratégias de Marketing no Estágio de Introdução 25 6.3 Estágio de Crescimento 25 6.3.1 Estratégias de Marketing no Estágio de Crescimento 25 6.4 Estágio de Maturidade 26 6.4.1 Estratégias de Marketing no Estágio de Maturidade 26 6.5 Estágio de Declinio 26 6.5.1 Estratégias de Marketing no Estágio de Declínio 27 7. O PAPEL DAS MARCAS 27 7.1 O Brand Equity 28 7.2 Modelo de Aaker 28 7.3 Ressonância de Marca 29 7.4 A decisão da criação da marca 30 7.5 Estratégias de marca 30 7.6 Revitalização da marca 31 7.7 Crise da marca 32 8 ANÁLISE DE PORTFOLIO DE PRODUTOS E MATRIZ BCG 32 8.1 Planejamento Organizacional 32 8.2 Desenvolvimento do Portfólio de Negócios e Produtos 33 8.3 Análise do Portfolio Atual da Empresa 34 8.3.1 Os quatro quadrantes 35 Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 3 8.3.2 A Matriz BCG na Prática 35 8.4 Correlação entre a Matriz BCG E O Ciclo de Vida do Produto (CVP) 36 8.5 Desenvolvimento de Estratégias de Crescime nto 37 8.5.1 Selecionando uma Estratégia de Cres cimento do Mercado 38 9 DISTRIBUIÇÃO 39 9.1 Canais de distribuição 39 9.2 Desenvolvimento do Canal 39 9.3 Trabalho realizado pelos canais de marketi ng 40 9.4 Níveis de canais 42 9.5 Canais do Setor de Serviços 42 9.6 Principais opções de canais 43 9.6.1 Tipos intermediários 43 9.6.2 Número de intermediários 44 9.6.3 Direitos e responsabilidades dos me mbros do canal 44 9.7 Decisões de Gerenciamento do Canal 45 9.7.1 Seleção dos membros do canal 45 9.7.2 Treinamento dos membros do canal 45 9.7.3 Motivação dos membros do canal 45 9.7.4 Avaliação dos membros do canal 46 9.8 Conflito, Cooperação e Concorrência 47 9.8.1 Tipos de conflito e concorrência 47 9.8.2 Causas do conflito de canais 47 9.8.3 Gerenciamento do conflito de canal 48 10 A MÍDIA COMO PARTE DA ESTRATÉGIA DE MARKETING 48 10.1 A integração dos profissionais de comunic ação 48 10.2 A Mídia e a Gestão de Mkt nas Agências – uma nova realidade 49 10.2.1 Jornal 50 10.2.2 Revista 51 10.2.3 Outdoor e Mídia Exterior 51 10.2.4 Rádio 52 10.2.5 Televisão 53 10.2.6 Cinema 53 10.2.7 Internet e Novas Mídias 54 10.3 Mídias Alternativas 55 REFERÊNCIAS 56 Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 4 1 CONCEITOS BÁSICOS DE PRODUTOS E SERVIÇOS Um cosmético é muito mais que um cosmético quando é a Natura que o vende. Senão vejamos, um toca CD da Sony, um Vectra da General Motors do Brasil, férias na Disneylândia, um café no Frans Café, os serviços financeiros da Fininvest, as horas malhando na sua academia de ginástica e, os conselhos de seu médico particular – todos são produtos. Portanto, o que é um produto, então ? Produto, em administração e marketing, é um conjunto de atributos, tangíveis ou intangíveis, constituído através do processo de produção, para atendimento de necessidades reais ou simbólicas, e que pode ser negociado no mercado, mediante um determinado valor de troca, quando então se converte em mercadoria. Segundo Kotler e Armstrong, produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa satisfazer a um desejo ou necessidade. Os produtos se classificam, de uma forma genérica; em bens tangíveis e bens intangíveis. BENS TANGÍVEIS: são os objetos físicos que podemos ver, tocar, estocar, manusear. Os bens tangíveis se subdividem em bens duráveis e não- duráveis. Bens duráveis são caracterizados por terem uma vida útil mais longa, tais como uma geladeira, uma TV, um carro, ferramentas e vestuário. Bens não-duráveis são caracterizados por serem normalmente consumidos ou usados uma um poucas vezes, como cerveja, refrigerante, sabão, remédios. Os bens tangíveis, também se subdividem em duas categorias principais: bens de consumo e bens de capital. BENS DE CONSUMO: São os produtos voltados para o consumo próprio do consumidor como pessoa física. BENS DE CAPITAL: São produtos utilizados para gerar capital, também denominados de bens industriais ou de geradores de riqueza. São produtos usados para gerar renda. Um carro quando utilizado pelo consumidor para seu uso particular é classificado como sendo um bem de consumo, porém, quando utilizado como um táxi, ele passa a ser classificado como um bem de capital, pois está gerando uma renda para o consumidor. Devido a sua importância no mundo da economia, vamos dar uma atenção especial para os serviços, um determinado tipo de produto que é essencialmente intangível e que compreende atividades, benefícios ou a geração de satisfações oferecidas na venda e que resultam na não propriedade de algo. Geralmente, os serviços, na sua fase inicial significam uma promessa de algo que ainda não existe. Alguns exemplos de serviços podem ser: serviços bancários, de hotelaria, de consultoria tributária, de advocacia, de dentista, de corte de cabelo. BENS INTANGÍVEIS: são por definição os serviços em geral, pois apresentam características próprias, (que veremos a seguir) uma vez que eles só existem na medida em que são consumidos. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 5 1.1 Natureza e características de um serviço Uma empresa deve considerar quatro características especiais do serviço ao elaborar seus programas de marketing. INTANGIBILIDADE DOS SERVIÇOS: significa que eles não podem ser vistos, provados, sentidos, ouvidos ou cheirados antes da compra. Por exemplo; quem se submete a uma cirurgia plástica não pode ver o resultado antes de se olhar no espelho, após o serviço ter sido realizado. Para reduzir a incerteza, os compradores buscam sinais de qualidade do serviço com base nas instalações, no pessoal, nos preços, nas marcas, nas comunicações, que é o que eles podem ver. Portanto, cabe ao prestador de serviços fornecer evidências tangíveis que possam transmitir confiança para o consumidor. INSEPARABILIDADE DOS SERVIÇOS: significa que eles não podem ser separados de seus fornecedores, sejam eles pessoas ou equipamentos.Se um determinado funcionário é quem fornece o serviço, ele passa a fazer parte integrante do produto, ou seja, do serviço. Como o cliente necessariamente deve estar presente no ato da execução do serviço, a interação; prestador de serviços – cliente é uma característica fundamental para a conclusão do serviço. Por exemplo, num tratamento dentário, se o paciente não estiver sentado na cadeira do dentista, o serviço de tratamento dentário não existe. VARIABILIDADE DOS SERVIÇOS: significa que a qualidade deles depende de quem os fornece, bem como de quando, onde e como são fornecidos. Por exemplo: alguns hotéis têm a reputação de fornecer melhores serviços que outros. Mesmo assim, um determinado funcionário pode não executar seu serviço tão bem quanto os demais funcionários do hotel. Até a qualidade do serviço prestado por determinado funcionário do hotel pode ser afetado conforme; seu estado de espírito, sua energia, seu condicionamento físico no momento em que interage com os hóspedes. PERECIBILIDADE DOS SERVIÇOS: significa que eles não podem ser armazenados para venda ou uso posterior. Por exemplo: um médico ao organizar sua agenda diária de consultas, define um número de atendimentos para aquele dia. Se um paciente agendado não comparecer à consulta marcada, o atendimento daquela hora perece, ou seja, desaparece. No final do dia o faturamento daquele período ficará comprometido. A perecibilidade dos serviços não é um problema tão grave, quando a empresa tem uma demanda mais estável. Porém quando a demanda é flutuante a situação se complica para as prestadoras de serviços. Tome como exemplo a demanda do horário de pico para as empresas de transporte público, que nos horários de pico têm de aumentar o efetivo de veículos que passam a rodar para dar conta do aumento na demanda por esse serviço. Por isso é importante que as empresas prestadoras de serviços foquem sua atenção tanto em seus clientes quanto em seus empregados. Tudo isso sugere que o marketing de serviços também requer o planejamento do marketing interno e do marketing interativo . Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 6 Marketing Interno significa que a prestadora de serviços deve treinar e motivar efetivamente seus funcionários que mantém contato com seus clientes e todo o pessoal de serviço de apoio para que trabalhem em equipe afim de satisfaze-los. Marketing interativo significa que a qualidade dos serviços depende fortemente da qualidade da interação comprador – vendedor durante a execução deles. No marketing de serviços, a qualidade do serviço depende tanto de quem o executa quanto da qualidade da execução. 1.2 Níveis do Produto Quando se planeja um produto, é necessário pensar em três níveis de produtos e serviços. Produto Núcleo Este é o nível mais fundamental e é onde as empresas devem se preocupar no benefício ou no serviço central, ou seja, devem focar na seguinte questão: O que o comprador está realmente comprando? A mulher quando compra um batom, está comprando mais do que simplesmente uma cor para os lábios. Numa fábrica de cosméticos são gerados produtos, mas na loja são vendidas “esperanças de desejos”. Produto Básico Produtos básicos podem ter até cinco características: padrão de qualidade, atributos específicos, design, uma marca e uma embalagem. Tomemos como exemplo um televisor. O produto núcleo de um televisor é o entretenimento, ou seja, esse é o benefício central do produto. Já o produto básico, envolve em se definir determinados atributos tais como: tela plana, dimensões da tela, funções do controle remoto, design diferenciado, se é de plasma ou LCD, qual a marca do aparelho. Porém a medida que as empresas enfrentaram uma concorrência acirrada, seus produtos também ficaram muito parecidos em termos gerais, assim, tiveram que tentar aumentar sua vantagem competitiva e buscar fatores que as diferenciassem entre si. Surge então o nível de produto ampliado que busca, oferecer serviços e benefícios adicionais aos consumidores. Produto Ampliado Nesse caso, serviços de instalação, serviços de garantia adicionais, serviços de entrega e de facilidade de crédito e serviços pós-compra fazem o diferencial do produto. Resumindo: Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 7 O produto núcleo traduzindo o benefício central que são os benefícios que solucionam o problema do consumidor que compra o produto. O produto básico ou real que inclui um padrão de qualidade, design, marca, atributos e embalagem. E finalmente o produto ampliado que é o produto final acrescido dos diversos benefícios adicionais oferecidos para torná-lo mais atrativo para o consumidor e o diferenciá-lo da concorrência. 1.3 Classificação dos bens de consumo Geralmente, os profissionais de marketing os classificam segundo quatro categorias, a saber: Bens de conveniência: são produtos e serviços de consumo que o consumidor geralmente compra com freqüência, rapidez e com um mínimo de comparação e esforço. Exemplos: sabonetes, doces, jornais, gêneros alimentícios. Geralmente esses produtos têm preços baixos e são colocados sempre à vista dos consumidores, para facilitar o acesso a eles. Bens de comparação: são produtos e serviços de consumo comprados com menor freqüência e cujas características de adequação, qualidade, preço e estilo o consumidor compara cuidadosamente. Para isso, os consumidores se dispõem a gastar um tempo e um esforço maior na busca de informações e fazendo uma série de comparações entre as ofertas analisadas. São exemplos desses produtos: móveis, vestuário, carros usados, eletrodomésticos e serviços e hotelaria. Bens de especialidade: são produtos e serviços de consumo com características singulares ou identificação de marca pelos quais um determinado grupo de consumidores está disposto e despender um esforço especial para adquiri-los. São exemplos: marcas e modelos específicos de carros, equipamento fotográfico especial, roupas de grife, serviços médicos e legais altamente especializados. Bens não procurados: são produtos e serviços de consumo que o consumidor não conhece ou, conhece, mas não pensa em comprar. A maioria das inovações, geralmente é proveniente de produtos não procurados até o consumidor se conscientize da sua existência através dos meios de comunicação. Exemplos clássicos são seguros de vida, venda de jazigos nos cemitérios. Logicamente, quando o gerente de produto planeja projetar um produto ele deve primeiramente se preocupar com o nível de qualidade do produto, um design e um estilo que agrade os consumidores, fatores de desempenho que atendam as necessidades do consumidor e claro, tenha uma marca de fácil identidade. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 8 2 DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS Os novos produtos constituem a força vital de uma determinada empresa e têm a função de mantê-la em um ritmo de crescimento, mas com uma série de grandes riscos financeiros. Antes de seguirmos, é interessante analisarmos o que vem a ser um novo produto. O termo novo é difícil de definir de uma forma adequada e ampla. Senão, vejamos: mudar a cor de um sabão em pó significa dizer que ele é novo? Um forno elétrico comum com a velocidade de um forno de microondas pode ser considerado um produto novo? O fator fundamental é definir de que forma podemos ver um produto como uma novidade. Se um produto é funcionalmente diferente, em relação às ofertas existentes no mercado, podemos dizer que esse produto pode ser definido como novo. Por exemplo, o forno de microondas e o automóvel, foram, em uma determinada época, considerados como funcionalmente novos, mas, para a maioria dos produtos, a inovação é mais uma modificação de um produto antigo do que uma mudança funcional considerável. Uma empresa desenvolve novos produtos como um meio de aprimorar seu mix de produtose adicionar variedade a uma linha de produtos. O desenvolvimento e a introdução de novos produtos quase sempre são caros e arriscados. Porém, para uma empresa, também é muito arriscado não introduzir, sistematicamente, novos produtos no mercado. Novos produtos são produtos originais, produtos aprimorados, produtos modificados e novas marcas que uma determinada empresa desenvolve por meio de seu próprio trabalho de pesquisa e desenvolvimento. Empresas bem-sucedidas determinam a inovação em seus produtos com base em três níveis. No nível menor, que envolve riscos mínimos, ocorre a extensão de linha de produtos. Nesse caso, cria-se uma melhoria incremental em um produto atraente ou importante da empresa. Por exemplo, a Diet Coke, da Coca-Cola ou o aparelho de barbear Sensor da Gillette. No segundo nível, verifica-se um significativo salto de inovação ou de tecnologia. Como exemplo, podemos citar o caso da Sony que saiu da linha dos gravadores não portáteis para a linha do walkman. No terceiro nível é que se manifesta, efetivamente, a inovação, ou seja, a geração de um produto realmente revolucionário, como, o desenvolvimento do primeiro computador Apple em 1976. Uma quarta forma de se definir novos produtos é em termos dos seus efeitos sobre o consumo. Essa abordagem classifica os novos produtos de acordo com o grau de aprendizagem exigido do consumidor, como mostrado na figura abaixo. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 9 Com a inovação contínua , nenhum comportamento novo precisa ser aprendido. Com produtos de consumo que exigem muito pouco aprendizado do consumidor, o marketing eficaz depende da geração da consciência e de uma forte distribuição nos locais adequados. Com a inovação continuamente dinâmica, são exigidas somente pequenas modificações no comportamento para utilização do produto. Uma inovação descontínua implica fazer com que o consumidor aprenda padrões de comportamento inteiramente novos para usar o produto. Logo, os esforços do marketing para as inovações descontínuas implicam não somente conquistar a consciência do consumidor, mas também instruí-lo sobre os benefícios e o uso adequado do produto inovador. A venda pessoal e a propaganda criativa são freqüentemente necessárias para se conseguir esclarecer o consumidor. 2.1 Estágios do Desenvolvimento de Novos Produtos O processo de desenvolvimento de um novo produto consiste em um planejamento consistente e que se resume em oito etapas bem definidas, a saber: • Geração de idéias; • Seleção de idéias; • Desenvolvimento e teste do conceito; • Estratégia de marketing; • Análise do comercial; • Desenvolvimento do produto; • Teste de mercado; • Comercialização. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 10 2.1.1 Geração de Idéias Significa a busca sistemática de novas idéias de produtos. Normalmente, uma empresa gera muitas idéias para poder descobrir aquelas que são significativas. Na Gillette, por exemplo, de cada 45 novas idéias para produtos, cuidadosamente desenvolvidas, três passam para o estágio de desenvolvimento e somente uma alcança o mercado consumidor. A DuPont descobriu que podem ser necessárias três mil idéias brutas para produzir apenas dois produtos comerciais vencedores, e as indústrias farmacêuticas podem precisar de seis mil a oito mil idéias para cada novo produto comercial de sucesso. (KOTLER, 2004). Entre as fontes importantes de idéias para novos produtos estão as fontes internas, os clientes, os concorrentes, os distribuidores e os fornecedores. Usando fontes internas, a empresa pode descobrir novas idéias por meio de pesquisa e desenvolvimento formais. Conta, também, com a inteligência de seus executivos, cientistas, engenheiros, pessoal de produção e de vendas. Boas idéias para novos produtos também surgem quando se observam e se ouvem os clientes. A empresa pode analisar as perguntas e reclamações deles para descobrir novos produtos que dêem melhores soluções a seus problemas. Os concorrentes são igualmente outra boa fonte de idéias para novos produtos. As empresas observam os anúncios e outras formas de comunicação dos concorrentes para descobrir pistas sobre seus novos lançamentos. Compram os produtos lançados pelos concorrentes, desmontam-nos para ver como funcionam, analisam suas vendas e decidem se devem lançar um produto próprio. 2.1.2 Seleção de Idéias O propósito da geração de idéias é criar um grande número de idéias, e o propósito dos estágios seguintes é reduzir esse número. O propósito da análise de idéias é identificar boas idéias e abandonar as mais fracas o mais rápido possível. Na maioria das empresas, os executivos expõem suas idéias de novos produtos em um formulário padrão, que é então analisado por um comitê de novos produtos. Esse relatório contém uma descrição do produto, do mercado- alvo e da concorrência e uma estimativa grosseira do tamanho do mercado, do preço do produto, do tempo e custos do desenvolvimento, dos custos de fabricação e da taxa de retorno. O comitê de novos produtos avalia, então, a idéia com base em critérios gerais predeterminados. 2.1.3 Desenvolvimento e Teste do Conceito Uma idéia atraente deve ser transformada em conceito de produto. É importante distinguir entre idéia de produto, conceito de produto e imagem de Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 11 produto. Idéia de produto é uma idéia para um possível produto que a empresa possa vir a oferecer ao mercado. Conceito de produto é uma versão detalhada da idéia apresentada em termos significativos do consumidor. Imagem de produto é a forma como os consumidores percebem o produto. Anexo 01 Desenvolvimento do Conceito: Suponhamos que a GM queira comercializar seu carro elétrico experimental, que atinge 120 quilômetros por hora e tem uma autonomia de 140 quilômetros. A GM tem de desenvolver essa idéia em conceitos alternativos de produto, para descobrir até que ponto cada um dos conceitos alternativos de produto atrai mais o consumidor e escolher o melhor deles. Por exemplo: Conceito-1: modelo compacto de baixo custo, projetado para ser o segundo carro da família, para ser usado somente dentro da cidade. Conceito-2: carro de custo e tamanho médio, projetado para todas as finalidades familiares. Conceito-3: modelo esporte e compacto, de custo médio, próprio para gente jovem. 2.1.4 Estratégia de Marketing A definição de estratégia de marketing consiste em três partes. A primeira descreve o mercado-alvo; o posicionamento do produto; e as metas de vendas, de participação no mercado e de lucros para os primeiros anos. A segunda parte da definição de estratégia de marketing descreve o preço planejado do produto, sua distribuição e o orçamento de marketing para o primeiro ano. A terceira parte da definição da estratégia de marketing descreve o planejamento das vendas em longo prazo, as metas de lucros e a estratégia de marketing mix. 2.1.5 Análise Comercial Depois que a empresa decide que conceito de produto e que estratégia de marketing serão adotados, poderá avaliar a atratividade comercial da proposta. A análise comercial inclui um estudo de vendas, custos e projeções de lucros para saber se eles satisfazem os objetivos da empresa. Se esses parâmetros de retorno forem atingidos, o produto poderá passar para o estágio de desenvolvimento. Para estimar as vendas, deve-se analisar o histórico de vendas de produtos semelhantes; realizar pesquisas de opinião e estimar as vendas mínimas e máximas para que se determine o nível de risco. Então, utilizam-se os dados de vendas e custos para analisar a atratividade financeira do novo produto. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 12 2.1.6 Desenvolvimento do Produto Essa etapa requer a destinação efetiva de grande parte do investimento planejado e irá demonstrar se a idéia do produto poderáser transformada em um produto funcional. O departamento de P&D desenvolverá uma ou mais versões físicas do conceito de produto, até criar um protótipo que satisfaça e estimule os consumidores e que possa ser produzido, rapidamente, dentro dos custos previstos. Quando os protótipos ficam prontos, eles precisam ser testados. Nos testes funcionais, realizados em laboratórios e em condições experimentais, constata-se se o produto tem um desempenho seguro e eficaz. 2.1.7 Teste de Mercado Se o produto passar no teste funcional e no teste de consumo, o próximo passo é o teste de mercado, estágio em que o produto e o programa de marketing são introduzidos em situações de mercado mais realistas. Esse teste dá ao profissional de marketing experiência com comercialização do produto antes de serem assumidas as grandes despesas de uma introdução efetiva. A quantidade de testes de marketing varia conforme o novo produto. Esses testes podem ter custos muito altos e, às vezes, levam tanto tempo que os concorrentes tiram vantagem disso. 2.1.8 Comercialização Se a empresa for adiante com a comercialização, ou introdução do novo produto no mercado, irá arcar com uma série de custos elevados. Em primeiro lugar, terá de construir ou alugar instalações para a fabricação dos produtos. No lançamento de um novo produto, a empresa tem de decidir, primeiro, o momento da introdução do produto no mercado. Depois, é preciso decidir onde lançar o novo produto – em uma única localidade, em uma região, em nível nacional ou em nível internacional. 3 PLANEJAMENTO DE EMBALAGENS O componente embalagem refere-se a qualquer recipiente no qual o produto é oferecido para venda e no qual informações são transmitidas. Em grande medida, a primeira exposição de um produto ao cliente se dá pela embalagem, que é uma parte cara e importante da estratégia de marketing. Muitos produtos oferecidos no mercado têm de ser embalados. Para alguns profissionais de marketing, a embalagem corresponde ao quinto P (packaging) – ao lado do preço, produto, praça e promoção. Entretanto, para a maioria, ela é um elemento na estratégia do produto. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 13 A embalagem inclui o projeto e a produção do recipiente ou do invólucro do produto. Pode incluir o recipiente básico, a embalagem secundária jogada fora quando o produto vai ser usado e a embalagem de transporte necessária para armazenar, identificar e transportar o produto. O rótulo também faz parte da embalagem e consiste em uma informação impressa colocada sobre a sua superfície. O desenvolvimento eficaz de uma nova embalagem para um produto exige a definição de uma série de fatores, mas a primeira decisão a ser tomada é estabelecer o conceito da embalagem, definindo o que esta deve ser ou fazer. A seguir, decide-se tipo, tamanho, forma, materiais, cor, texto impresso e símbolo da marca. Por fim, executam-se os testes de embalagem, tanto de cunho de aceitação por parte do consumidor como de engenharia. É importante conhecer e ter o produto dos principais concorrentes, fornecedores, saber os locais de distribuição do produto que o cliente considera importante (onde o produto deverá ser exposto), além de analisar o verso da embalagem. A embalagem deve ser uma das ferramentas mais importantes de se conquistar o cliente, pois, por meio dela, o consumidor poderá formar uma imagem da marca e isso ajudará a torná-lo fiel, quando o produto fizer parte do dia-a-dia do consumidor. Para desenvolver uma embalagem eficiente, devem-se conhecer as características técnicas, a técnica de impressão, decoração ou rotulagem que será adotada, o número de cores disponíveis, o sistema de envase, a maneira como a embalagem é fechada, a posição e magnitude do código de barras, áreas de reserva da impressão, áreas de soldagem, lacre e localização das informações do lote de fabricação, data e prazo de validade. Saber o número de cores disponíveis para escolher se serão usadas cores especiais e se a embalagem será impressa individualmente, ou em um sistema de co-produção, em que vários sabores são impressos simultaneamente. A criação de um “estilo” na embalagem é resultado da comunicação de vários elementos gráficos, e uma das tarefas mais difíceis é a escolha desses elementos e a sua combinação em um design unificado. 3.1 Formato e Tamanho O primeiro elemento a ser definido no design de uma embalagem é o formato e o tamanho. O formato permite uma ampla gama de possibilidades de qualidades, transmitindo a característica mais simples ou a mais sofisticada. Adicionalmente, o tamanho pode ser usado para reforçar ou mesmo para criar um apelo mais discreto. O formato não precisa, necessariamente, ser original ou único, pode ser uma avaliação sutil de um quadrado ou retângulo. O importante é definir esses elementos, analisando, simultaneamente, se a produção da embalagem é possível ou se seu custo é positivo. Isso está diretamente ligado ao aspecto funcional da embalagem. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 14 Uma embalagem muito grande ou de formato desconfortável pode, além de ser um transtorno ao consumidor, gerar preferência por uma marca concorrente, mas de maneabilidade mais adequada. 3.2 Cor A impressão psicológica criada por uma imagem depende, fundamentalmente, da cor, sendo um de seus componentes mais importantes. Portanto, para um projeto de embalagem, é fundamental sua adequação às necessidades psicológicas de venda e de uso de um produto. A cor é uma linguagem individual. Cada pessoa responde a ela de forma diferente, geralmente de acordo com influências culturais. Podemos verificar, em todas as cores, três características principais: Tom – atributo que distingue uma cor da outra, em função da predominância de uma das cores primárias (azul, amarelo e vermelho). Subdivide-se em: • matiz (fusão do branco com alguma cor); • sombreado (fusão do preto com alguma cor); • e tonalidade (fusão do cinza com alguma cor). Luminosidade – atributo pelo qual se percebe que uma cor reflete mais ou menos luz e corresponde aos adjetivos: claro, escuro ou brilhante. Saturação – atributo pelo qual se distinguem duas cores de um mesmo tom. As interações das várias cores garantem o apelo visual de um produto pelo resultado final da cor da embalagem. Deve-se considerar o elemento cultural e social das cores, como o preto relacionado ao luto; o branco relacionado à pureza; o vermelho relacionado à paixão etc. As cores que possuem mais visibilidade são, respectivamente, o amarelo, amarelo esverdeado, amarelo alaranjado, laranja e o laranja avermelhado. Estas cores possuem altos índices de memorização e são geralmente associadas, inconscientemente, com calor, alimentos, atividades e força. Em alguns contextos, podem ser associadas com perigo, perturbação e medo. O azul violeta, azul, azul esverdeado e verde, têm pouca retenção na memória e, inconscientemente, são associadas com frio, natureza e relaxamento. Tonalidades fortes são em geral preferidas por homens, enquanto as mulheres tendem a preferir cores mais delicadas ou pastéis. O preto traz associações negativas, mas torna as cores próximas mais interessantes. O branco traz consigo uma imagem de pureza e limpeza. Os consumidores de nível econômico mais elevado tendem a preferir tonalidades mais suaves. Consumidores de baixa renda tendem a preferir cores fortes e vibrantes, como o vermelho. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 15 Pode-se afirmar, como regra geral, que, em termos de embalagem, o vermelho, o amarelo e o azul são as três cores mais usadas (pela ordem). O vermelho é visto mais rapidamente e todos os tons alaranjados têm sido muito usados, por sugerirem brilho e claridade. Anexo 01 3.3 A Embalagem e a Comunicação Um elemento agregado à embalagem contribui para a percepção dosdemais, por exemplo, uma palavra escrita em preto sobre um fundo branco tem conotações diferentes do que se a mesma palavra fosse escrita em preto sobre o amarelo, ou seja, dependendo da mensagem que se quer veicular, a sintaxe da embalagem deve respeitar o repertório do consumidor, formando uma unidade que deve ser compreendida na sua totalidade. A identificação de um produto no mercado não se dá apenas pela marca. A embalagem é um veículo de comunicação direto e atuante, podendo sugerir, dentre outras coisas, o nível de qualidade de seu produto. Como meio de propaganda, a embalagem aparece como uma das principais atrações na mídia eletrônica, inclusive é, muitas vezes, usada como “assinatura” de uma campanha. Publicidade do produto é um dos objetivos principais de uma boa embalagem, pois o design cria inovações e, possivelmente, notícias atraindo a atenção de editores e, por fim, a propaganda corporativa, cuja preocupação é com o impacto da embalagem quando utilizada em propaganda corporativa, anúncio de dividendo, relatórios anuais etc. Anexo 02 3.4 Tipografia A palavra tipografia representa o desenho, relacionamento e arranjo das letras de uma superfície impressa. É um termo oriundo do primeiro processo de impressão tipográfica. Relacionando-se cor e tipografia, é preciso adequar, também, o tamanho do tipo para a aplicação de uma cor mais leve ou pesada. Existem três grupos tipográficos principais, a saber: Cursiva – são os tipos que imitam manuscritos, costumam ser mais utilizados como logo. Por exemplo, podemos ver as confecções de convites de casamento. Com Serifa – são pequenas linhas finas torneadas em cima ou em baixo das letras (a serifa). Em geral, considera-se que essas formas de tipos sejam mais legíveis. Por exemplo: as fontes Garamond, Times, Century, no programa Word. Sem Serifa – inclui os tipos que não têm serifa. Apresenta várias vantagens: permite maior condensação e compressão das letras (mais do que os tipos com serifa), permitindo a impressão de maior número de letras em um mesmo espaço. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 16 3.5 Testes de Embalagem Antes de colocar a embalagem definitivamente no mercado, é necessário submetê-la a uma série de testes, tanto de engenharia como de mercado. Os testes de engenharia são feitos para determinar a resistência e as reações químicas que podem ocorrer com o produto e com o meio. O campo mercadológico, os estudos de mercado, podem ser aplicados à embalagem, interferindo, também, em diferentes etapas ou fases de seu processo de desenvolvimento. São importantes as seguintes técnicas para pesquisa de embalagens: 1. Visibilidade e legalidade testadas por meio de tachistoscópio (aparelho usado para medir a percepção de formas e cores, pela utilização de projeções de durações rápidas e controladas. Seu uso é particularmente adequado em pré-testes de produtos e em propaganda); 2. Medidas, de impacto e relativa legalidade, em displays simulados em supermercados; 3. Teste de legalidade a distância em vários níveis de iluminação; 4. Teste de “tempo para achar” a embalagem. Teste em uma ambientação típica de supermercado; 5. Estudos de imagem; 6. Shopping trips simuladas; 7. Medidas indiretas por meio do teste de produtos idênticos em diferentes embalagens. 3.6 Tendências Globais em Embalagem Duas tendências globais em embalagem que se originaram em meados da década de 1990 continuam até os nossos dias. Uma tendência envolve os efeitos ambientais da embalagem; a outra evidencia as preocupações com saúde e segurança nas embalagens. Sensibilidade Ambiental : Devido à ampla preocupação mundial com o crescimento de lixo sólido e a escassez de aterros sanitários viáveis, a quantidade, composição e o descarte de material de embalagem continuam a receber muita atenção. Reciclar material de embalagem é um grande esforço. Cada vez mais, as empresas estão usando a análise do ciclo de vida para examinar o efeito ambiental de sua embalagem em cada estágio, desde as fontes de matéria-prima e produção até a distribuição e o descarte. Um uso clássico da análise do ciclo de vida foi o que motivou a decisão do McDonald’s de abandonar as caixinhas de isopor utilizadas para embalar seus hambúrgueres. Preocupações com a saúde e a segurança Uma segunda tendência envolve as crescentes preocupações com a saúde e a segurança no que diz respeito ao material de embalagem. Hoje, a maior parte dos consumidores norte-americanos e europeus acredita que as empresas deveriam certificar-se de que os produtos e suas embalagens são seguros, independentemente do custo, e as empresas estão reagindo a essa visão de diversas formas. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 17 A maioria dos isqueiros de butano vendidos hoje, como aqueles feitos pela BIC, contém um lacre de segurança resistente a crianças, para impedir tanto o mau uso, quanto o fogo acidental. Tampas à prova de crianças em produtos farmacêuticos bem como em produtos de limpeza doméstica e tampas seladas em embalagens de alimento, agora, são comuns. A nova tecnologia de embalagem e materiais, que prolonga o prazo de validade de um produto e evita a deterioração, continua a ser desenvolvida com aplicações especiais para países em desenvolvimento. 4 CLASSIFICAÇÃO DO PRODUTO PARA O COMPOSTO DE MARKETING Para melhor entendermos e conhecermos os diferentes produtos e serviços de uma empresa e realizar um planejamento de marketing adequado, pode-se classificar estes produtos de diversas maneiras. A primeira divisão importante que podemos fazer, de acordo com Churchill (2000) é entre os bens de consumo (aqueles destinados aos consumidores finais) e os bens industriais (aqueles destinados a organizações). De acordo com estas duas classificações serão apresentadas a relação do composto de produto do mix de marketing com os outros 3 componentes (preço, praça e promoção), procurando esclarecer diferentes estratégias que as empresas podem adotar. 4.1 Consumo Começando pelos bens de consumo, ou varejistas, aqueles que são comercializados diretamente para os consumidores finais, podemos classificar os produtos em quatro tipos diferentes, conforme a tabela abaixo. Tipos de produtos de consumo Tipo Preço Promoção Distribuição Conveniência Baixo Massa Ampla Compra Comparada Médio Massa: Vendas Seletiva Especialidade Alto Massa: Venda Precisa Exclusiva Não Procurados Alto Específica Exclusiva 4.1.1 Conveniência Temos primeiros os produtos de conveniência, que são aqueles comprados com alta freqüência, e que demandam também um mínimo esforço para serem adquiridos. São produtos geralmente com baixo preço, além de que sua estratégia de promoção busca atingir a massa, ou seja, um público bem heterogêneo. Por isso, a distribuição destes produtos deve ser ampla, atingindo assim uma grande quantidade de clientes. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 18 Churchill (2000) cita como exemplos alimentos, meias ou lavagem de roupas. 4.1.2 Compra Comparada Este tipo de produto é comprado após algum esforço por parte dos clientes, que buscam comparar o produto em questão com diferentes alternativas. Um dos motivos para os clientes realizarem esta comparação é por que as conseqüências dos erros são maiores. Normalmente os produtos de compra comparada possuem preços mais altos que os de conveniência, mas não muito altos, a estratégia de promoção continua sendo de atingir a massa, mas agora com um foco mais específico em vendas, e a distribuição passa a ser mais seletiva, pois agora o volume vendido é bastante inferior, tendo então de ser mais direcionado para seu público-alvo. Churchill (2000) cita como exemplos os equipamentos eletrônicos, serviços de creche e também roupas de luxo. 4.1.3 Especialidade Já neste caso, são os produtos que são, de alguma forma, comprados comuma menor freqüência, e por conseqüência são também mais caros. No que diz respeito à promoção, esta é realizada muito mais direcionada para os consumidores, apesar de ainda se utilizar de veículos de comunicação de massa. A distribuição é exclusiva e possui pontos de venda específicos para a classe do produto. Nesta situação, o cliente está mais disposto a se esforçar um pouco mais para obter o produto, da marca exata que deseja. Churchill (2000) cita como exemplo as faculdades, casa ou automóveis. 4.1.4 Não-procurados Por último, estes são produtos que os consumidores normalmente não irão procurar, ou muitas vezes produtos os quais estes consumidores não possuam nem conhecimento. Para que estes produtos sejam vendidos, é necessário que o profissional de marketing crie nos clientes a necessidade do valor destes produtos. Isto é especialmente importante no marketing internacional, quando muitas vezes diferenças culturais fazem com que produtos que em alguns países são altamente consumidos, em outros sejam totalmente desconhecidos. Churchill (2000) cita como exemplo deste tipo de produto o seguro de vida e os exames de rotina para câncer de próstata. 4.2 Industriais Após analisarmos os bens de consumo, iremos agora apresentar os tipos de produto industriais, que são também classificados de acordo com Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 19 outros 2 componentes do mix de marketing (preço e promoção), e também a decisão de compra por parte do cliente. Tipos de produtos Industriais Tipo Decisão de Compra Preço Promoção Instalações Complexa, muitos membros Não importante Vendas Pessoais Acessórios Rápida, menos membros Normalmente não importante Propaganda Matéria- Prima Freqüente Muito importante Vendas Pessoais Serviços Varia Varia Varia 4.2.1 Instalações Como primeiro grupo, temos os produtos classificados como instalações, que são os bens industriais não-portáteis, que são comprados, instalados e utilizados na produção de outros produtos e serviços. Estes produtos passam por um processo de decisão de compra bastante complexo, pois muitos membros da empresa acabam envolvidos no processo de compra. O preço normalmente é alto, mas acaba não sendo um aspecto muito importante, já que estes produtos tendem a trazer bons retornos para as empresas. O processo de promoção é normalmente através de vendas pessoais, onde deve existir uma persuasão personalizada para cada um dos envolvidos no processo de compra. Churchill (2000) cita como exemplos fornalhas e linhas de montagem. 4.2.2 Acessórios Estes são equipamentos e ferramentas portáteis, utilizados no processo produtivo da empresa, mas que não acabam integrados ao produto final comercializado pela empresa. Quanto à decisão de compra, esta é normalmente rápida, já que acaba possuindo poucos membros envolvidos na escolha de compra. O preço normalmente é baixo, e não muito importante no processo de compra. O processo de promoção destes produtos, que atendem a vários tipos de empresa, normalmente é com a utilização da propaganda. Churchill (2000) cita como exemplo empilhadeiras, chaves de fenda ou calculadoras. 4.2.3 Matéria-Prima São os itens não-processados que são transformados em partes dos produtos acabados. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 20 Quanto ao processo de decisão de compra, este acaba sendo simples por ser bastante freqüente, já que todo mês deve ser comprada matéria- prima para a fabricação. O preço passa a ser extremamente importante, já que agora está envolvido com o custo variável (ou custo direto) de fabricação do produto, e irá influenciar os preços finais dos produtos da empresa. Na maior parte das vezes, a promoção a ser utilizada deve ser as vendas pessoais, já que cada cliente possui volume diferente de compra, e condições e preços também variam muito de acordo com a demanda pelos produtos. Churchill (2000) cita como exemplo trigo, cobre e algodão. 4.2.4 Serviços E por último temos a situação mais específica dos serviços, que dão suporte às atividades da organização. Como as empresas hoje em dia têm terceirizado boa parte de suas atividades, as estratégias de marketing a serem utilizadas junto à diferentes características do composto de marketing vão variar muito, seja em relação à decisão de compra, preço ou promoção. Por isto mesmo este material dedica uma parte específica para os serviços, pois estes são hoje um dos grandes desafios do marketing. Churchill (2000) cita como exemplos desde pesquisas de marketing, contabilidade e engenharia, até limpeza e envio de encomendas. 5 CICLO DE VIDA DO PRODUTO Segundo Kotler (2006), um produto é considerado qualquer artigo que tenha como objetivo satisfazer uma necessidade específica de um consumidor. No entanto, de acordo com Irigaray et al. (2006), um produto pode ser algo tangível (um bem, por exemplo) ou intangível (um serviço ou uma marca). Em resumo, qualquer coisa que possa ser expressa em valor monetário, como uma idéia, é considerado um produto. Um produto continuará vivo no mercado desde que esteja atendendo às necessidades impostas pelos consumidores, sendo elas facilmente perceptíveis ou não tão claras, mas que o delimitam dentro de um grupo ou estilo de vida. O conceito de ciclo de vida do produto (CVP) surge uma vez que o mercado, os consumidores e os concorrentes estão em constante mudança, exigindo estratégia de posicionamento e diferenciação das empresas para garantir seu sucesso através do gerenciamento do volume do investimento em cada etapa do ciclo de vida. Segundo Kotler (2006), ao dizer que um produto possui um ciclo de vida faz-se necessário aceitar os seguintes fatores: 1. Os produtos têm vida limitada; 2. As vendas dos produtos passam por estágios distintos, cada um deles com desafios, oportunidades e problemas diferentes para as empresas; Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 21 3. Os lucros sobem e descem nos diferentes estágios do ciclo de vida do produto; 4. Os produtos necessitam de diferentes estratégias de produção, financeira, marketing, compras e recursos humanos de acordo com cada estágio do seu ciclo de vida. Ciclo de vida dos produtos Kotler (2006), utiliza o conceito de que a curva do CVP é dividida em quatro estágios: 1. Desenvolvimento de produto ou introdução ou lançamento do produto: período de baixo crescimento das vendas e alto custo de produção associado, já que o volume de produção/vendas não permite economia de escala. Nesta fase, o produto requer altos investimentos em tecnologia, propaganda, distribuição e embalagem/design. O lucro é negativo; 2. Crescimento: período em que uma significativa parcela dos consumidores toma conhecimento da existência do produto o que eleva seu volume de vendas e favorece o surgimento da economia de escala. Começam a surgir os concorrentes, o que faz com que a empresa invista em diferenciação para não perder a parcela de mercado que já conquistou. Com o aumento da oferta, os preços caem. Nesta fase, a empresa recupera todos os investimentos e o lucro aumenta; 3. Maturidade: período caracterizado por baixa no crescimento das vendas, já que os consumidores potenciais já foram conquistados. Os lucros diminuem ou se estabilizam no final deste estágio em função do aumento da concorrência; 4. Declínio: o produto atinge sua obsolescência e é substituído pelo concorrente mais inovador. Neste momento a empresa pára de investir em distribuição, propaganda e desenvolvimento e começa a discutir qual o melhor momento de retirar o produto do mercado ou reposicioná-lo em outro nicho. Kotler (2006), ressalta que nem todos os produtos passam por todos os estágios de ciclo de vida. Isso ocorre, pois alguns produtos morrem antes de chegar na maturidade ou até mesmo no primeiro estágio por erros de estratégia ou posicionamento de mercado.Assim, o lançamento constante de novos produtos é uma estratégia das organizações, para alcançar o sucesso e garantir um ciclo de vida mais duradouro. Em contrapartida, alguns produtos têm uma aceitação tão grande pelo mercado que podem passar logo do estágio de introdução para a maturidade. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 22 Ainda segundo Kotler (2006), outros produtos podem passar da fase da maturidade para um crescimento lento, afastando o estágio de declínio por algum tempo. Isso se deve graças a um forte investimento em propaganda e caracteriza o chamado reciclo. Reciclo dos Produtos Fonte: Kotler, 2000 apud Irigaray et al., 2006 Kotler (2006), identificou outros tipos de comportamento da curva do ciclo de vida do produto. A curva caracterizada pelo crescimento-queda-maturidade é tipicamente vista em produtos eletrodomésticos. Padrão de crescimento-queda-maturidade Fonte: Kotler, 2000 apud Irigaray et al., 2006 De acordo com Kotler (2006), no comportamento escalonado, o produto vai ganhando diferentes tipos de utilização acompanhada conseqüentemente de um aumento das vendas. Um exemplo pode ser o nylon que foi ganhando outras formas de utilização e aumentando sua participação no mercado. Padrão Escalonado Fonte: Kotler, 2000 apud Irigaray et al., 2006 Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 23 5.1 Os tipos de adotantes para cada fase do ciclo d e vida do produto É possível identificar quais os grupos de consumidores que estariam dispostos a utilizar determinado produto bem como, saber em qual época do ciclo de vida do produto eles estariam mais propensos a efetuar a compra. Adoção é a decisão de alguém de se tornar usuário regular de um produto (Kotler, 2006). A adoção é dividida em cinco fases: 1. Conscientização: o consumidor toma consciência da existência do produto; 2. Interesse: o consumidor potencial se interessa e busca informações do produto; 3. Avaliação: o consumidor avalia o risco e o custo da experimentação; 4. Experimentação: o consumidor experimenta o produto e avalia se vai comprá-lo; 5. Adoção: o produto é adotado se aprovado pelo consumidor. Dessa forma, Kotler (2006), afirma que podemos caracterizar os tipos de adotantes assim: • Inovadores; • Adotantes imediatos; • Maioria imediata; • Maioria tardia; • Retardatários. Curva de Adotantes Fonte: Kotler, 2000 apud Irigaray et al., 2006 Inovadores: são os consumidores extravagantes e que gostam de assumir riscos, correspondem a 2,5% dos consumidores. Não são formadores de opinião e não servem como referência de consumo para a grande massa. Adotantes imediatos: são os consumidores tidos como intelectuais e altamente respeitados por seus grupos. Correspondem a 13,5% dos consumidores e são muito importantes para as empresas uma vez que contribuem para o estágio de crescimento no ciclo de vida do produto. Contribuem para o incremento do volume de vendas necessário para investimento nos novos produtos. Maioria imediata: são consumidores altamente cuidadosos e que não gostam de correr riscos. Embora não sejam formadores de opinião, são eles os Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 24 responsáveis pelo crescimento do lucro de forma significativa na fase de maturidade e correspondem a 34% dos consumidores. Com metade dos consumidores potenciais sendo atendidos, a empresa tem como saber qual é a parcela do mercado conquistado. Maioria tardia: são consumidores extremamente cautelosos, que não gostam de correr riscos e tem resistência à adoção de um produto novo. São conservadores e só passam a adotar um produto quando já é utilizado pela maioria consumidora. Essa é a melhor fase para a empresa onde ela consegue recuperar todos os investimentos feitos e já tem um conhecimento melhor do segmento de mercado definido por cada empresa concorrente. Representam 34% dos consumidores. Retardatários: são consumidores extremamente tradicionais em que a compra de um produto novo traz uma sensação de extremo desconforto psicológico. Fogem de novidades e consideram imatura a compra de um produto inovador no mercado. Correspondem a 16% dos consumidores. 6 ESTRATÉGIA DE CICLO DE VIDA DO PRODUTO O ciclo de vida de um produto começa onde termina o processo de desenvolvimento de um novo produto. Os vários estágios do ciclo de vida de um produto exigem uma reprogramação constante das estratégias e recursos. A posição de vendas e a lucratividade de um produto mudam através do tempo. O ciclo de vida de um produto é uma tentativa de se reconhecer os estágios distintos no seu histórico de vendas. Correspondentes a esses estágios existem oportunidades e problemas distintos com relação à estratégia de marketing e o potencial de lucro. 6.1 Estágios do Ciclo de Vida do Produto A representação da história das vendas de um produto segue a forma de S, esta curva é tipicamente dividida em quatro estágios conhecidos como introdução, crescimento, maturidade e declínio. A determinação dos pontos em que esses estágios começam e terminam é um tanto arbitrária, geralmente baseia-se no ponto em que a taxa de crescimento ou declínio de vendas tende a se tornar acentuada. 6.1.1 Ciclo de Vida da Classe, da Forma e da Marca do Produto O conceito de CVP deve ser definido com respeito a se o produto é ou não uma classe de produto (cigarros), uma forma de produto (cigarros com filtro), ou uma marca (Philip Morris sem filtro). As classes de produtos possuem históricos de vida mais longos do que formas específicas de produtos e, certamente, do que a maioria das marcas. O conceito de CVP é útil principalmente para desenvolver estratégias eficazes de marketing nos seus diferentes estágios. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 25 6.2 Estágio de Introdução O estágio de introdução é marcado por um lento crescimento nas vendas. Estudos identificaram quatro causas para este fato: • demora na expansão da capacidade de produção; • problemas técnicos (corrigindo os defeitos); • demora em tornar o produto disponível aos clientes, especialmente na obtenção de distribuição adequada através de pontos de venda a varejo; • relutância por parte dos clientes de modificar os padrões de comportamento estabelecidos. 6.2.1 Estratégias de Marketing no Estágio de Introd ução As elevadas despesas de propaganda, que geralmente estão na sua proporção mais alta em relação às vendas, durante este estágio, tem por objetivo: • informar os clientes em potencial do novo e desconhecido produto; • induzir à experimentação do produto; • assegurar a distribuição nos pontos de venda a varejo Trabalhando apenas com preço e propaganda, as quatro estratégias abaixo estão à disposição do administrador: • Estratégia de perfil elevado - consiste no lançamento de um novo produto com um preço alto e um alto nível de propaganda; • Estratégia de penetração seletiva - consiste no lançamento do novo produto com um preço alto e uma propaganda reduzida; • Estratégia de penetração antecipada - consiste em lançar o produto com um preço baixo e intensa propaganda; • Estratégia de perfil reduzido - consiste em se lançar um produto novo com um preço baixo e baixo nível de propaganda. 6.3 Estágio de Crescimento Se o novo produto satisfizer o mercado, as vendas começarã0 a subir substancialmente. O produto alcança picos de venda por meio de comentários favoráveis, assim como por intermédio de medidas distintas tomadas pela empresa. Nesse estágio, novos concorrentes entram no mercado, a empresa começa a acrescentar novos aspectos e requintes ao produto, a fim de entrar em novos segmentos. A proporção decrescente das despesas de propaganda em relação às vendas é uma das contribuições importantes para os lucros elevados durante esse estágio. 6.3.1 Estratégias de Marketing no Estágio de Cresci mento Durante esseestágio, a empresa procura sustentar o máximo possível o rápido crescimento do mercado. Isto é realizado através de ações como: Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 26 • a empresa propõe-se a melhorar a qualidade e acrescentar novos aspectos e modelos ao produto; • procura intensamente novos segmentos de mercado para entrar; • mantém os olhos abertos com relação a novos canais de distribuição, a fim de conseguir exposição adicional para o produto; • substitui alguma propaganda de formação de consciência de produto por tentativas de conseguir o convencimento e a aquisição; • decide quando é a época certa para reduzir os preços, a fim de atrair a camada seguinte de compradores sensíveis a preço dentro do mercado. 6.4 Estágio de Maturidade Em algum ponto da história de todo produto, seu ritmo de crescimento de vendas diminuirá e o produto entrará num estágio de relativa maturidade. A maioria dos produtos encontra-se no estágio de maturidade do ciclo de vida e, portanto, a maior parte da administração de marketing trata do produto maduro. 6.4.1 Estratégias de Marketing no Estágio de Maturi dade O gerente de produto, cujos produtos se estabeleceram no estágio de maturidade, se satisfaz em simplesmente defender sua posição atual. Três estratégias básicas são disponíveis nesse estágio: • modificação do mercado - observação das oportunidade para encontrar novos mercados e segmentos; • modificação do produto - ( ou relançamento do produto) - mudanças calculadas nas características do produto, que atrairão novos usuários e/ou mais utilização por parte dos usuários atuais; • modificação do composto de marketing - estimular as vendas por meio da alteração de um ou mais elementos do composto de marketing. 6.5 Estágio de Declínio A maioria das formas e marcas de produtos finalmente entra num estágio de declínio de vendas, que poderá ser lento ou rápido. As vendas poderão baixar a zero e o produto ser retirado do mercado, ou poderão estabilizar-se num baixo nível e continuar nele por muitos anos. A não ser que existam fortes razões, a manutenção de um produto fraco é muito dispendiosa para a empresa, pela sua não eliminação no tempo adequado, esses produtos atrasam a procura agressiva por produtos substitutos, comprimem a lucratividade atual e enfraquecem os alicerces da empresa para o futuro. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 27 6.5.1 Estratégias de Marketing no Estágio de Declín io Uma empresa enfrenta inúmeras tarefas e decisões para garantir o tratamento eficaz de seus produtos envelhecidos: • identificação dos produtos fracos - quais produtos estão realmente num estágio de declínio; • determinação das estratégias de marketing - em face das vendas em declínio, algumas empresas abandonarão o mercado mais cedo do que outras; • a decisão de abandono - vender, transferir ou abandonar o produto completamente. 7. O PAPEL DAS MARCAS Marca é um nome, designação, sinal, símbolo ou combinação dos mesmos, que tem o propósito de identificar bens ou serviços de um vendedor ou grupo de vendedores e de diferenciá-los de seus concorrentes (American Marketing Association apud Crocco et al., 2006). Segundo Kotler (2006), a marca serve, portanto, para diferenciar produtos seja de forma funcional, racional ou tangível, isto é, relacionado ao desempenho do p roduto, ou podem ser diferenças simbólicas, emocionais ou intangíveis, relacionado ao que a marca representa do ponto de vista do consumidor. Ainda de acordo com Kotler (2006), no que tange o consumidor, pode-se avaliar produtos iguais de forma diferente, dependendo de como a marca é estabelecida. Eles conhecem as marcas através de experiências anteriores com o produto em questão ou em função dos meios de marketing utilizados para divulgação do produto. A marca protege a empresa quanto às características exclusivas dos produtos. De acordo com Kotler (2006), o nome da marca pode ser protegido por marcas registradas, os processos produtivos podem ser protegidos por meio de patentes, enquanto as embalagens podem ser protegidas por meio de direitos autorais. Isso garante que a empresa invista em propriedade intelectual de maneira segura, tirando os devidos benefícios do seu ativo. Além disso, ainda de acordo com Kotler (2006), a marca tem a vantagem de criar Fidelidade caso os consumidores fiquem satisfeitos com a utilização de um determinado produto. Isso gera estabilidade para a empresa que tem uma maior previsibilidade da demanda. A marca também favorece o processo de precificação do produto que, em média, tem seu valor acrescido de 20% a 25% uma vez que o consumidor cria uma disposição a pagar mais pelo produto, criando, dessa forma, vantagem competitiva para a empresa. Para as empresas as marcas representam uma propriedade legal incrivelmente valiosa que pode influenciar o comportamento do consumidor, ser comprada e vendida e, ainda, oferecer a segurança de receitas futuras e estáveis para seu proprietário (Kotler, 2006). Segundo Crocco et al. (2006), uma marca de sucesso é conseqüência da percepção dos consumidores em achá-la melhor do que outras marcas e fracassa caso essa diferença não seja perceptível por eles. Wall Street acredita que as marcas aumentam as margens de lucro da empresa, gerando maior valor para os acionistas. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 28 7.1 O Brand Equity Segundo a American Marketing Association apud Crocco et al. (2006), o brand equity é o valor adicionado atribuído a produtos ou serviços. De acordo com Kotler (2006), este valor pode ser traduzido pela forma como os consumidores sentem e agem em relação ao produto, assim também como nos preços, na parcela do mercado conquistada pela marca e na lucratividade obtida pela empresa. Ainda de acordo com Kotler (2006), o brand equity é um ativo intangível que traz valor psicológico e financeiro para a empresa. 7.2 Modelo de Aaker Segundo David Aaker apud Crocco et al. (2006), o brand equity é representado por cinco categorias que representam o ativo e passivo de uma marca e podem aumentar ou diminuir o valor fornecido por um produto ou serviço. O equity da marca (brand equity) na visão de David Aaker Fonte: Crocco et al., 2006 Lealdade à marca: ocorre quando as crenças favoráveis à marca levam a repetidos atos de compra. Uma vez atendidas as expectativas, levará a um alto nível de lealdade. Lealdade é a preferência do consumidor pela satisfação com a marca, enquanto que fidelidade é o consumo exclusivo e efetivo de uma marca, obtidos por esforços mercadológicos da empresa. Consciência da marca: representa qual o grau de conhecimento do consumidor em relação à marca. Podem ser top of mind, quando a marca é a primeira que vem à cabeça do consumidor, uma vez questionado em relação a uma determinada categoria; consciência não assistida, quando se referem à marca que o consumidor se lembra sem receber nenhum estímulo; ou consciência assistida, quando o consumidor não se lembra de determinada marca se não for estimulado. Associações com a marca: podem ser feitas por meio de associações com o produto (associações primária) ou a partir das associações primárias (através do produto, ou informações fornecidas pela empresa). Estão vinculadas ao local de produção do produto ou situações valorizadas pelo consumidor. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 29 Qualidade percebida: é a percepção do consumidor em relação a um produto ou serviço. Pode ser expressa em forma de observação ou argumentos que enfatizam os atributos da marca em relação aos concorrentes. Outros ativos da marca: outros fatores tais como patentes, tamanho e qualidade dos canais de distribuição e montante das verbas para desenvolvimento tecnológico do produto. 7.3 Ressonância de Marca Segundo Kotler (2006), este modelo de Ressonânciaprevê a construção do brand equity através de etapas ascendentes e seqüências visualizadas em forma de pirâmide sendo representadas a rota racional para a construção da marca (do lado esquerdo) e a rota emocional (do lado direito), enfatizando a dualidade no processo de construção das marcas. Pirâmide de Ressonância da marca Fonte: Kotler, 2006 Etapa 1: assegurar a identificação e associação das marcas na mente dos consumidores, utilizando-se de uma classe específica ou de uma necessidade; Etapa 2: associar o significado da marca na mente dos consumidores valendo-se de artifícios tangíveis e intangíveis relacionados a ela; Etapa 3: obter retorno dos consumidores com relação a sensações ligadas à marca; Etapa 4: adequar a marca criando um relacionamento de fidelidade ativo e intenso entre ela e o consumidor. Segundo Kotler (2006), neste modelo, para se estabelecer estas quatro etapas faz-se necessário fincar seis ‘alicerces de marca’ entre os consumidores visualizados na pirâmide. Para criar um brand equity significativo, é necessário atingir o topo da pirâmide, o que somente ocorrerá se forem estabelecidos os alicerces de forma correta: • Proeminência da marca: relacionada à freqüência e à facilidade com que é evocada em diversas situações de compra; Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 30 • Desempenho da marca: modo como o produto atende às necessidades funcionais do cliente; • Imagem da marca: modo como o produto atende às necessidades intrínsecas do produto como necessidades psicológicas ou sociais; • Julgamento da marca: baseado nas opiniões e avaliações pessoais do consumidor; • Ressonância da marca: mensura o relacionamento que os consumidores possuem com a marca e se sentem em sincronia com ela. 7.4 A decisão da criação da marca Segundo Kotler (2006), a primeira decisão a ser tomada é com respeito à utilização ou não de um nome de marca. Esta decisão é importante, pois traduzirá o posicionamento da empresa de modo que, se a opção for a de não utilizar marca, a empresa venderá uma commoditie e terá seu foco na área de produção, enquanto que, se for feita a opção por utilizar marca, o foco será voltado para o mercado, implicando em custos maiores de marketing do produto. Uma commoditie é um produto tão básico que não pode ser diferenciado na mente dos consumidores, sendo muito similares entre si e com o preço ditado pelas flutuações do mercado. Porém, de acordo com Kotler (2006), um produto não necessariamente será uma commoditie para sempre. Hoje, vários produtos antes ditos como commodities tornaram-se marcas fortes e são extremamente diferenciados. De acordo com Crocco et al. (2006), a opção pela utilização da marca é denominada marca de fabricante, pois é o fabricante do produto que decide por construir a marca. Caso a opção seja por não utilizar a marca, o fabricante tem duas opções: vender o produto com a marca de um varejista, chamada de marca própria, ou vender o produto com uma marca genérica. Em alguns casos o fabricante opta pela marca de fabricante além de vender o produto para varejistas como marca própria. Ainda de acordo com Crocco et al. (2006), caso não haja interesse de construir a marca nem de produzi-la para terceiros, existe a possibilidade do licenciamento. Uma empresa pede autorização para fabricar um produto de um determinado fabricante utilizando sua marca. Esta estratégia não requer a construção da marca uma vez que ela já existe, e mediante a pagamentos de royalties a empresa tem os direitos legais que permitem a utilização de uma determinada marca. 7.5 Estratégias de marca Quando uma empresa opta pela utilização de marcas e já possui algumas, é necessário estabelecer algumas estratégias para seu uso. De acordo com Crocco et al. (2006), se a empresa resolve criar uma outra marca dentro de uma categoria na qual ela já apresenta marcas, está optando por uma estratégia multimarcas. Essa estratégia utiliza-se quando existe mais de um segmento a ser atendido, posicionando cada marca para um segmento distinto. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 31 Segundo Kotler (2006), quando cria-se uma nova marca dentro de uma nova categoria explorada pela empresa, essa estratégia recebe o nome de novas marcas. Porém, se a empresa já possui um nome de marca registrado, pode optar por criar um produto vinculado à mesma categoria explorada por ela, chamado de extensão de linha. Se a empresa trabalha em uma categoria e opta por utilizar a mesma marca, porém em outra categoria, trata-se de extensão de marca. Segundo Kotler (2006), a extensão de marca vem sendo largamente utilizada como estratégia, uma vez que as empresas preferem utilizar extensão de marca a lançar marcas totalmente novas por duas razões: • os índices de mudança em tecnologia são tão altos que novos produtos são lançados com uma freqüência muito maior que em décadas passadas; • os custos associados à construção e desenvolvimento de uma nova marca para um novo produto são altíssimos. Se uma linha de produtos é muito extensa, recomenda-se haver um ponto em comum em um grupo desses produtos, de maneira que se mantenha nos demais uma identificação corporativa. 7.6. Revitalização da marca Segundo Kotler (2006), o sucesso de uma marca pode ser afetado por mudanças na preferência dos consumidores, mudanças tecnológicas ou de mercado ou alguma mudança no ambiente do marketing. Em todas as categorias de produtos há exemplos de grandes marcas que passaram por uma fase onde eram notórias e admiradas, para uma fase de dificuldades e, em muitos casos, até desapareceram. Entretanto, muitas delas, sobreviveram quando foi retomado o contato com os consumidores. Ainda de acordo com Kotler (2006), para se restabelecer no mercado, as marcas necessitam retornar às raízes do brand equity ou, até mesmo, criar novas fontes de brand equity. A primeira pergunta a ser feita é se as associações positivas com a marca estão perdendo força ou se passou a fazer associações negativas. A partir dessa resposta, torna se necessária a reavaliação do atual posicionamento ou a adoção de um novo. Em alguns casos, o posicionamento está correto mais o programa não consegue cumprir os objetivos de marketing, entretanto, há possibilidade de que o posicionamento não esteja correto e uma estratégia de reinvenção da marca torne-se necessária. Na concepção de Kotler (2006), existem duas possibilidades para atualizar fontes de brand equity ou criar novas fontes: • Melhorando o equity da marca , a sua lembrança e seu reconhecimento por parte do consumidor no ato da compra ou consumo; • Melhorando as associações com a marca , formando sua imagem através de programas direcionados a associações novas ou anteriores com a marca. De uma maneira geral, as revitalizações da marca começam pelo produto. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 32 7.7 Crise da marca Especialistas sugerem que, em algum momento, a marca passará por uma crise. Segundo Kotler (2006), quanto mais fortes forem o brand equity e a imagem da corporação, especialmente com relação à credibilidade e confiança, melhor preparada estará a marca para sair da crise. Um programa de gerenciamento de crises também é fundamental. A fator chave para se enfrentar a crise é que os consumidores enxerguem a resposta da empresa como rápida e honesta. De acordo com Kotler (2006), quanto mais tempo a empresa demorar em responder a crise, maiores serão as impressões negativas que os consumidores terão sobre determinada marca e melhor para a concorrência. Isso se deve ao fato de que a concorrência pode se valer do fator mídia para tirar proveito da marca em crise e deixar que os consumidores fiquem em dúvida quanto aos benefícios do produto em crise. Os consumidores podem achar que, na realidade, não gostam daquela marca e podem debandar, de forma definitiva, paraoutra marca ou produto. Além disso, Kotler (2006), destaca que os consumidores são extremamente sensíveis à sinceridade e honestidade. Quanto mais sincera for a resposta da empresa, maior será a credibilidade que ela terá junto aos seus consumidores. Deve-se divulgar aos consumidores a seriedade do impacto da crise e tomar medidas necessárias para solucioná-la de forma a evitar a formação de associações negativas junto aos clientes. 8 ANÁLISE DE PORTFOLIO DE PRODUTOS E MATRIZ BCG 8.1 Planejamento Organizacional Muitas empresas operam sem planos formais. Em novas empresas, os administradores, muitas vezes, são tão ocupados que não têm tempo para o planejamento. Em pequenas empresas, eles, às vezes, pensam que somente grandes organizações precisam de planejamento formal. Tudo bem! Planejamento nem sempre é muito divertido e, o que é pior, leva tempo para ser feito e é uma atividade complicada para muitos empresários, porém o planejamento formal pode render muitos benefícios para qualquer tipo de empresa – grandes, médias, pequenas, novas, maduras. O planejamento encoraja a administração a pensar, sistematicamente, no que aconteceu, no que está acontecendo e no que acontecerá. Ele forca a empresa a definir melhor seus objetivos e políticas, levando a uma melhor coordenação de seus esforços, oferecendo padrões de desempenho mais claros para um controle efetivo. Geralmente, as empresas preparam três tipos de planos: os anuais, de longo prazo, e os planos estratégicos. Os planos anuais e de longo prazo tratam dos negócios atuais da empresa e de como mantê-los em andamento. Já o plano estratégico compreende adaptar a empresa para que ela consiga obter vantagens das oportunidades do ambiente em constante mudança. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 33 Portanto, definimos planejamento estratégico como o processo de desenvolver e manter um ajuste estratégico entre os objetivos, habilidades e recursos de uma organização e as oportunidades de marketing em um mercado em contínua modificação. Etapas do Planejamento Estratégico Fonte: KOTLER ; ARMOSTRONG. Princípios de Marketing. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2004, p.33. No nível corporativo, a empresa, primeiramente, define sua proposta geral e sua missão. Em seguida, essa missão é transformada em objetivos de apoio detalhados, que orientam todas as atividades da empresa. Depois, a administração organizacional decide o melhor portfolio de negócios e produtos para a empresa e quanto apoio será dado a cada um deles. Cada unidade de negócios e de produtos deve desenvolver planos de marketing e outros planos departamentais detalhados, que apóiem o plano geral da empresa. Assim, o planejamento estratégico ocorre nos seguintes níveis: unidade de negócios, produto e mercado. Ele apóia o planejamento estratégico da empresa com um planejamento mais detalhado para oportunidades de marketing específicas. 8.2 Desenvolvimento do Portfólio de Negócios e Prod utos A estratégia de uma unidade de negócio tem como componente principal a definição da missão da empresa. A missão de uma unidade de negócio é, portanto, uma declaração que especifica o mercado e as linhas de produtos nos quais o negócio concorrerá. Orientada, portanto, pela declaração da missão da empresa e por seus objetivos, a administração deve desenvolver seu portfolio de negócios ou produtos que constituem a empresa. O melhor portfolio de negócios é aquele que melhor relaciona os pontos fortes e fracos dela, com as oportunidades no ambiente de marketing. A empresa deve analisar seu portfolio de negócios atual e decidir quais negócios ou produtos deve receber mais, menos ou nenhum investimento e desenvolver estratégias de crescimento para adicionar novos produtos ou negócios. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 34 O objetivo do planejamento estratégico é encontrar maneiras de a empresa utilizar melhor seus pontos fortes para aproveitar as atraentes oportunidades do ambiente competitivo. 8.3 Análise de Portfólio Atual da Empresa A Matriz BCG é uma ferramenta desenvolvida na década de 1970 por Bruce Henderson para o Boston Consulting Group para analisar o posicionamento e possibilidades de cada unidade de negócios de uma empresa. A matriz é composta por 4 quadrantes localizados em um diagrama com o eixo "X" representando a participação relativa de mercado da Unidade de Negócios (da maior para a menor) em relação ao principal concorrente e o eixo "Y" com a taxa de crescimento do mercado em que a unidade atua. O quadrante inferior esquerdo compreende os produtos chamados de Vacas Leiteiras ou Geradores de caixa. O quadrante inferior direito engloba os produtos chamados de Abacaxis, ou Cachorros (recentemente tem surgido a expressão "bichos de estimação - Pets" para não dar uma idéia pejorativa). Produtos no quadrante superior direito são chamados de Oportunidades ou Interrogação. Já os posicionados no quadrante superior esquerdo são denominados de Estrela. (veja o diagrama abaixo) Simplificando: a) Produtos ou Serviços com alta participação Relativa de Mercado em um mercado de baixo crescimento são Vacas Leiteiras; b) Produtos ou Serviços com baixa participação relativa de mercado em um mercado de baixo crescimento são Abacaxis, ou Cachorros; c) Produtos ou Serviços com baixa participação relativa de mercado em um mercado de alto crescimento são oportunidades; d) Produtos ou serviços com alta participação relativa de mercado em um mercado com alto crescimento são estrelas. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro Ramos ® 2013 35 A denominação acaba sendo facilmente entendida ao se analisar os extremos: sem dúvida um produto posicionado em um mercado crescente com alta participação nesse mercado, só pode ser uma "estrela". Já um produto com participação baixa em um mercado estagnado é na realidade um "abacaxi". 8.3.1 Os quatro quadrantes O quadrante da Estrela é o cenário onde há a situação ideal de alto crescimento e alta participação, um produto ou empresa nesta situação requer um investimento maior devido ao crescimento contínuo. O Quadrante da Vaca Leiteira lida com baixo crescimento e alta participação. Este cenário requer um baixo investimento, mas o crescimento é muito lento. O Quadrante do Abacaxi ou Cachorro é a situação onde o crescimento é baixo e a participação de mercado é baixa, esta é uma das piores situações que uma empresa ou produto pode enfrentar. Nesta situação, se os produtos não estão gerando lucro, o melhor é descontinuar. O último quadrante da matriz representa as Oportuni dades ou a Interrogação. é o ponto em que o crescimento do mercado é alta, mas a participação é baixa. Nesta situação há uma demanda alta, mas baixo retorno. É melhor tentar aumentar a participação de mercado. 8.3.2 A Matriz BCG na Prática O posicionamento de um produto ou linha de produtos em cada quadrante exige uma ação diferente das empresas. A seguir é mostrado o que pode ser feito em cada caso. Oportunidades ou Interrogação Oportunidades ou Interrogação são os produtos que crescem rapidamente e, como resultado consomem grandes quantidades de dinheiro, mas devido ao fato de terem participações baixas de mercado, não geram muito dinheiro. O resultado é um gasto grande de dinheiro. Uma Oportunidades ou Interrogação tem potencial para ganhar participação de mercado e se tornar uma estrela, e, eventualmente, uma vaca Leiteira, quando o crescimento do mercado diminui. Se ele não se tornar um líder de mercado, pode se tornar um abacaxi ou cachorro quando o crescimento de mercado diminuir. que vai se tornar um cão quando diminui o crescimento do mercado. Oportunidades ou Interrogação são produtos que devem ser analisados a respeito de valer ou não a pena investir neles para aumentar a participação de mercado. Prof. Esp. Marcos Vinicius Carraro
Compartilhar