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Aula_Fontes de Direito Internacional Público

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FONTES DO DIREITO INT. PÚBLICO
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FONTES DO DTO. INTERNACIONAL PÚBLICO
 FONTES: origem da norma jurídica e, consequentemente, de seus efeitos.
 E o que seriam os fundamentos? Relacionam-se à validade e eficácia
 DIVISÃO:
Fontes materiais 
Fontes formais
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FONTES DO DTO. INTERNACIONAL PÚBLICO
A) Fontes Materiais: são os elementos que influenciam a produção normativa, podendo ser de cunho político, moral ou econômico: ex. a II Guerra Mundial (PORTELA, 2012).
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FONTES DO DTO. INTERNACIONAL PÚBLICO
B) Fontes Formais: são os valores que o Dto busca tutelar.
 São as maneiras pelas quais se apresentam os preceitos jurídicos sob a forma de regras aceitas e sancionadas pelos poderes públicos. Ex: costume e tratados.
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FONTES DO DTO. INTERNACIONAL PÚBLICO
As fontes formais do Dt. Internacional Público surgiram ao longo da história e foram consolidadas no art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ).
DIVISÃO:
A) Estatutárias: presentes no art. 38, da CIJ
B) Extra-estatutárias: não aparecem no rol do art. 38 do CIJ
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art. 38 do CIJ:
“A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:
as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
O costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;
Os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;
As decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito;
Existe uma hierarquia de fontes no Direito Internacional? (temos que buscar a natureza das fontes)
A definição do art. 38 é definitiva? (é puramente descritiva)
Existem outras fontes além as do art. 38? 
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O PROBLEMA DA HIERARQUIA DAS FONTES
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OUTRAS FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL
São fontes comuns ao Direito interno e outras decorrentes unicamente da dinâmica das relações internacionais:
Analogia
Equidade
Atos unilaterais dos Estados
Decisões das organizações internacionais
Jus cogens
Soft law
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CLASSIFICAÇÃO:
A doutrina costuma classificar as fontes em: principais e acessórias (auxiliares)
A) PRINCIPAIS: revelam qual o Direito aplicável à ordem jurídica;
B) ACESSÓRIAS: são as que contribuem para elucidar o conteúdo da norma. EX: Jurisprudência e doutrina
C) CONVENCIONAIS: resultam de um acordo de vontades e abrangem os tratados.
D) NÃO-CONVENCIONAIS: originam-se da evolução da realidade internacional, como o jus cogens, a jurisprudência.
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TRATADOS:
São acordos escritos, concluídos por Estados e organizações internacionais com vistas a regular o tratamento de temas de interesse comum.
Ex: Tratado de Kadesh, um dos primeiros tratados de que se tem notícia, foi celebrado entre Hatusi III e Ramsés II, faraó do Egito. O tratado pôs fim à guerra nas terras sírias.
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COSTUME INTERNACIONAL:
Prática geral, uniforme e reiterada dos sujeitos de Direito Internacional, reconhecida como juridicamente exigível (PORTELA, 2012).
CARACTERÍSTICAS: contribui para a aplicação dos tratados, regula temas como a imunidade de jurisdição dos Estados e a reciprocidade;
Ex: imunidade do imposto aduaneiro aos diplomatas, depois ratificado no Tratado de Viena
Obs) não há nenhuma hierarquia entre as normas costumeiras e as normas convencionais;
COSTUME: conjunto de atos e normas não escritas admitidas por dilatado tempo e observadas pelos Estados, em suas relações mútuas, como se direito fossem.
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COSTUME INTERNACIONAL:
EXTINGUE-SE:
A) pelo desuso, quando a prática deixa de ser reiterada, generalizada e uniforme dentro de um determinado grupo social;
B) pelo aparecimento e afirmação de um novo costume que substitua costume anterior;
C) pela substituição do costume por tratado internacional que incorpore as normas costumeiras;
Obs) o costume tem incidência em todos os Estados, independentemente de determinado costume ser formado numa dada região; (existem controvérsias);
Obs) no processo de elaboração não necessita que estejam presentes todos os Estados da Sociedade Internacional;
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JURISPRUDÊNCIA INTERNACIONAL
É o conjunto de decisões reiteradas no mesmo sentido, em questões semelhantes, proferidas por órgãos internacionais de solução de controvérsias relativas a matéria de Direito Internacional. Originam-se principalmente de cortes internacionais, como a Corte Internacional de Justiça (CIJ), o Tribunal Penal Internacional (TPI) e a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
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DOUTRINA
 É o conjunto dos estudos, ensinamentos, teses e pareceres dos estudiosos do Direito Internacional.
EX: Trabalhos da Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas
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PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
São normas de caráter mais genérico e abstrato que incorporam os valores que fundamentam a maioria dos sistemas jurídicos mundiais.
Ex: primado da proteção da dignidade da pessoa humana, o pacta sunt servanda, a boa-fé, o devido processo legal, a res judicata e a obrigação de reparação por parte de quem cause um dano.
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PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO INT. PÚBLICO
Ex: Solução pacífica das controvérsias, autodeterminação dos povos, a cooperação internacional, a proibição da ameaça ou do uso da força, prevalência dos direitos humanos nas relações internacionais.
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ANALOGIA
Há controvérsia na aceitação da ANALOGIA como fonte do Dto. Int. Público visto que a analogia é uma modo de integração do ordenamento jurídico
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EQUIDADE
É a aplicação dos princípios de justiça a um caso 
concreto sub judice.
ATOS UNILATERAIS DOS ESTADOS
Contexto da própria dinâmica das relações internacionais.
 a) protesto: manifestação de discordância acerca de determinada prática. Ex: protestos por ocasião de golpes de Estado;
b) notificação: ato pelo qual um Estado leva oficialmente ao conhecimento de outro ente estatal fato ou situação que pode produzir efeitos jurídicos. Ex: notificações de estado de guerra
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DECISÕES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
São os resultados das atividades de entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU), que se materializam em atos que podem gerar efeitos jurídicos.
TIPOS:
A) obrigatórias: vinculam os sujeitos de Direito Int. : recomendações da OIT e as decisões do Conselho de Segurança da ONU
B) facultativas: são propostas de ação. Ex: Resoluções da Assembleia Geral da ONU
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NORMAS IMPERATIVAS: o jus cogens
São preceitos que tem um valor muito maior na sociedade internacional e, por isso, adquire primazia dentro da ordem jurídica internacional. Possuem clara inspiração jusnaturalista.
Ex: direitos humanos, proteção do meio ambiente, promoção do desenvolvimento sustentável, paz e segurança internacionais.
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SOFT LAW
São regras cujo valor normativo seria limitado, seja porque os instrumentos que as contêm não seriam juridicamente obrigatórios, seja porque as disposições em causa não criariam obrigações.
Ex: Declaração Universal dos Direitos Humanos;
Declaração de Cartagena

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