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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS
ENGENHARIA ELÉTRICA
AEROGERADORES
CENTRAIS I
FERNANDO FERREIRA LUCAS
Graciela Barbosa Viana
Pelotas,RS
RESUMO
Este trabalho visa informar em detalhes as características dos equipamentos destinados à captura da energia proveniente dos ventos e à sua transformação em energia mecânica, normalmente na forma de rotação de eixo. Estes equipamentos são conhecidos como Aerogeradores ou Turbinas Eólicas e estes são, atualmente, uma promessa de energia renovável limpa, segura e de baixo custo. 
As turbinas eólicas atuais utilizam modernos conceitos de aerodinâmica e o que há de mais recente em inovação tecnológica, de modo a torná-las cada vez mais eficientes. 
As turbinas elétricas podem ser projetadas tanto com geradores síncronos como com geradores assíncronos, e com várias formas de conexões direta ou indireta com a rede elétrica. O gerador síncrono pode ser do tipo bobinado ou de ímã permanente. O gerador assíncrono pode ser em gaiola ou de rotor bobinado.
Palavras Chave: Turbinas; Turbinas Eólicas; Aerogeradores; Energia Eólica; Gerador Síncrono; Gerador Assíncrono. 
SUMÁRIO
1. AEROGERADORES
1.1 INTRODUÇÃO
1.2 Tipos de turbinas
1.2.1 Aerogerador de eixo horizontal 
1.2.2 Aerogerador de eixo vertical
1.3 Componentes de um aerogerador
1.4 Comportamento de um aerogerador em função da velocidade do vento
1.5 Tecnologias aplicadas na conversão eólica/elétrica
	1.5.1 Grupos eólicos-elétricos Assíncronos
	1.5.2 Grupos eólicos-elétricos Síncronos
1. AEROGERADORES
1.1 INTRODUÇÃO
A turbina eólica, ou aerogerador, é uma máquina eólica que absorve parte da potência cinética do vento através de um rotor aerodinâmico, convertendo em potência mecânica de eixo (torque x rotação), a qual é convertida em potência elétrica (tensão x corrente) através de um gerador elétrico. 
A turbina eólica é composta pelo rotor e pela torre que o sustenta, pela transmissão/multiplicação e pelo conversor. Ela pode extrair energia cinética somente do ar que passa através da área interceptada pelas pás rotativas. Embora combinada com a eficiência do modelo, a área varrida pelo rotor circular (p r2) é um fator crucial na determinação da energia entregue pela turbina eólica. A energia cinética bruta por unidade de tempo, potência, do vento passando por uma área A perpendicular ao seu vetor velocidade instantânea V, é dada por:
P = Cp 1/2 .A.V3
onde :
r = densidade do ar, que varia com a latitude e as condições atmosféricas; r @ 1.2kg/m3;
Cp = é o coeficiente da performance que se relaciona com a energia cinética de saída e depende do modelo e na relação entre a velocidade do rotor e a velocidade do vento.
V = velocidade do vento em m/s2.
A energia potencial da turbina eólica depende do cubo da velocidade do vento; isto significa, por exemplo, que se a velocidade do vento em um local dobrar, a energia potencial de saída de uma turbina eólica é multiplicada por 8 ( 23 ). Esta sensibilidade da energia com a velocidade do vento mostra a importância na obtenção dos dados do vento para a estimativa da energia disponível.
1.2 TIPOS DE TURBINAS
Existem diversos tipos de turbinas eólicas atualmente, devido à variedade de modificações que podem ser feitas na construção das mesmas e também da possibilidade de serem instaladas na terra ou no mar e estar isolados ou agrupados em parques.
Atualmente as máquinas de grande porte disponíveis são em maioria tripás de eixo horizontal. Entretanto, existem máquinas bipás, monopás, quadripás e multipás de eixo horizontal, além das máquinas Darrieus e Savonius de eixo vertical, bem como diversos outros dispositivos. Essas inúmeras variantes são normalmente utilizadas apenas para máquinas de pequeno porte.
As turbinas eólicas se dividem, usualmente, em dois tipos principais, que são: Turbinas axiais de eixo horizontal (TEEH) e turbinas axiais de eixo vertical (TEEV). Essa diferenciação é feita normalmente em função da aplicação.
Figura 1: Aerogerador de eixo horizontal
Fonte: http://energiaeolicapai.blogspot.com.br 
Figura 2: Aerogerador de eixo vertical
Fonte: https://evolucaoaalp.wordpress.com 
1.2.1 Aerogerador de eixo horizontal 
Os aerogeradores de eixo horizontal baseiam-se no princípio de funcionamento dos moinhos de vento. São constituídos por turbinas de uma a três pás ou multipás (acima de três pás), com um perfil aerodinâmico.
Rotores de 3 pás são os mais comuns, pois constituem um bom compromisso entre coeficiente de potência, custo e velocidade de rotação, bem como uma melhor estética comparada às turbinas de 2 pás. Apesar dos rotores com 2 pás serem mais eficientes, são mais instáveis e propensos a turbulências, trazendo risco a sua estrutura, o que não acontece nos rotores de 3 pás que são muito mais estáveis, barateando seu custo e possibilitando a construção de aerogeradores de mais de 100 metros de altura e com capacidade de geração de energia que pode chegar a 5 MW (megawatts). Seu pico de geração de energia é atingido com ventos fortes e sua eficiência pode passar dos 45%.
Rotores multipás são mais utilizados para bombeamento de água de poços artesianos, mas nada impede que sejam utilizados para geração de energia elétrica. Impulsionados tanto por força de arrasto como por força de sustentação, esses rotores têm seu pico de eficiência em ventos fracos, com uma eficiência de 30%
Aerogeradores de eixo horizontal são os mais utilizados porque o seu rendimento aerodinâmico é superior aos de eixo vertical e estão menos expostos aos esforços mecânicos, compensando seu maior custo.Existem duas categorias de aerogeradores de eixo horizontal:
· Frontais (“upwind”)  : o vento sopra pela parte frontal. As pás são rígidas e o rotor é orientado segundo a direção do vento através de um dispositivo motor.
Figura 3: Um aerogerador de eixo horizontal “upwind”.
Fonte: https://evolucaoenergiaeolica.wordpress.com
· Retaguarda (“downwind”): o vento sopra pela retaguarda das pás. O rotor é flexível e auto-orientável.
Figura 4: Um aerogerador de eixo horizontal “downwind”.
Fonte: https://evolucaoenergiaeolica.wordpress.com
A colocação da turbina no topo é a forma mais utilizada por ser a mais simples e a que conduz a melhores resultados para grandes potências; são menores os esforços de manobra e melhor a estabilidade. 
As pás da turbina devem sempre ser orientadas segundo a direção do vento.
Atualmente, aerogeradores de eixo horizontal com um rotor do tipo hélice possuem grande importância para a produção de eletricidade em grande escala.
1.2.2 Aerogerador de eixo vertical
Aerogeradores de eixo vertical (AEVs) tendem a ser mais seguros, mais fáceis de construir, podem ser montados mais perto do solo e lidam muito melhor com condições de turbulência. Possuem torres baixas, entre 0,1 e 0,5 vezes a altura do próprio rotor, o que permite a colocação de todo o dispositivo de conversão de energia (gerador, caixa de velocidades, etc) na base do aproveitamento, o que facilita as operações de manutenção. Além disso, neste tipo de aerogerador não é necessário o dispositivo de orientação da turbina face ao vento, tal como acontece nos aerogeradores de eixo horizontal. Possuem também uma velocidade de arranque mais baixa do que a dos aerogeradores de eixo horizontal, o que lhes dá vantagem em condições de vento reduzido.
Por outro lado, eles não são tão eficientes como os aerogeradores de eixo horizontal. Isso acontece porque o vento junto ao solo é de mais fraca intensidade, o que implica um menor rendimento deste tipo de aerogeradores e a torre fica sujeita a elevados esforços mecânicos. Devido a essas razões, os construtores atualmente privilegiam os aerogeradores de eixo horizontal.
Este tipo de aerogeradores é especialmente indicado para meios urbanos porque além de ser silencioso, aproveita o vento mesmo que a direção deste não seja constante e haja a formação de turbilhões, o que acontece frequentemente em áreas com edifícios, árvores e outros obstáculos.
Aerogeradores de eixo vertical são difíceisde encontrar à venda. Isso acontece porque apesar de terem vantagens em algumas circunstâncias, perdem claramente em rentabilidade quando as condições de vento são boas. Por isso nunca veremos um parque eólico com AEVs, resumindo-se o seu uso a pequenos projetos e a algumas instalações em ambiente urbano.
Os rotores de eixo vertical são geralmente mais baratos que os de eixo horizontal, pois o gerador não gira seguindo a direção do vento, apenas o rotor gira enquanto o gerador fica fixo. Porém, como já foi dito, seu desempenho é inferior.
1.3 Componentes de um aerogerador
Os moinhos eólicos, ou aerogeradores, são basicamente constituídos por:
Um rotor, ao qual estão acopladas as hélices ou pás (que chegam a medir mais do que30 metros);
Uma torre de suporte, que tem entre 50 a 80 metros de altura;
Uma cabina, ou nacelle, na qual se encontra o gerador e outros dispositivos.
Além dos componentes principais, os aerogeradores são compostos por um sensor de direcção, o qual tem como funcionalidade girar as hélices no sentido de apanhar o vento pela frente e obter o máximo rendimento. Para que o sensor de direcção funcione correctamente, é necessária a presença de dois dispositivos: um anemómetro e um medidor de direcção de vento, que servem, respectivamente, para medir a velocidade e a direcção do vento.
Já dentro da cabine, é possível encontrar dois eixos (principal e do gerador), existindo entre eles um conjunto de engrenagens a que se dá o nome de multiplicador. O eixo do gerador, tal como o seu nome indica, está acoplado ao gerador, sendo este o componente responsável pela conversão da energia mecânica em energia eléctrica.
Além disso, ainda existe um sistema aerodinâmico, designado por freixo, junto ao eixo principal que tem como função controlar a velocidade de movimento das pás. Em tempo de tempestade o freixo é normalmente acionado, impedindo que as hélices girem a velocidades superiores às ditas “normais”.
Por fim, ainda existe um computador no interior de cada cabine, designado por controlador electrónico, responsável pelo funcionamento do gerador, pelo sistema aerodinâmico, entre outros dispositivos.
Figura 5: Componentes do aerogerador
Fonte: https://evolucaoenergiaeolica.files.wordpress.com
1.4 Comportamento de um aerogerador em função da velocidade do vento
Ventos com baixa velocidade não têm energia suficiente para acionar as máquinas eólicas, (que só funcionam a partir de uma determinada velocidade), a qual normalmente varia entre 2,5m/s e 4,0m/s. Com o aumento da velocidade do vento, a potência no eixo da máquina aumenta gradativamente até atingir a potência nominal do aerogerador, a qual varia geralmente entre 9,5m/s e 15,0m/s. 
Para velocidades superiores à nominal, em muitas máquinas, a potência permanece constante até uma velocidade de corte superior, na qual a turbina deve sair automaticamente de operação para evitar que sofra danos estruturais. 
É importante saber que a energia disponível varia com o cubo da velocidade do vento, de forma que o dobro de velocidade representa um aumento de oito vezes em energia.
1.5 TECNOLOGIAS APLICADAS NA CONVERSÃO EÓLICA / ELÉTRICA
A turbina eólica capta uma parte da energia cinética do vento que passa através da área varrida pelo rotor, e a transforma em energia mecânica de rotação. O eixo do rotor, acionando o gerador elétrico, transforma uma parte dessa energia mecânica de rotação em energia elétrica. 
 	As baixas rotações atuais tornam as pás visíveis e evitáveis por pássaros em vôo migratório. As turbinas eólicas construídas aerodinamicamente satisfazem as exigências de ruído, mesmo quando instaladas as distâncias da ordem de 300m de áreas residenciais.
A tecnologia eólico-elétrica é, portanto, ecologicamente correta e constitui uma fonte alternativa e limpa de energia, com capacidade de geração da ordem de Megawatts (MW). 
 A geração de energia elétrica se inicia com velocidades de ventos da ordem de v0 = 2,5 m/s, e o gráfico mostrado na FIGURA 6, a seguir, ilustra esse processo, em quatro regiões distintas. 
 P(W) 
 
 
 
 
 
 I II III IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
v (m/s) 
 
0
 5 10 15 20 25 
 
 Figura 6 – Regiões de funcionamento das turbinas eólicas
Fonte: Eletricidade Moderna, 2006
Abaixo desse valor de velocidade (2,5 m/s) o conteúdo energético do vento não justifica o seu aproveitamento. Essa faixa de velocidade corresponde à região I na FIGURA 6. 
Já na região II, a velocidade do vento varia de v0 = 2,5 m/s até vn = 12 m/s. Aqui, a potência disponível no eixo do gerador varia com o cubo da velocidade do vento e corresponde à região onde se inicia o processo de conversão eletromecânica da energia do vento. Para velocidades de vento superiores a vn = 12 m/s e menores que vm =25 m/s, região III, é ativado o sistema de limitação automático de potência da turbina, que pode ser por controle do ângulo de passo das pás (picth) ou por estolamento aerodinâmico (stall), dependendo do modelo da turbina. Nessa região, a potência disponível no eixo do gerador é constante. 
Para ventos muito fortes, com velocidade superior a vm = 25 m/s, região IV, atua o sistema automático de proteção, reduzindo a rotação das pás, e o gerador elétrico é desconectado da rede elétrica (RÚNCOS, 2006). 
A turbina eólica, devido à característica de velocidade variável do vento, não consegue transformar a energia do vento em energia mecânica, mantendo a rotação do eixo constante. Em função desta característica, é necessário construir um grupo gerador eólico-elétrico que seja capaz de gerar energia elétrica e de entregá-la à rede com freqüência constante. Outra característica importante do grupo gerador eólico-elétrico é a baixa rotação desenvolvida pela turbina eólica. Essas características fazem com que a tecnologia de projeto e de fabricação do grupo eólico-elétrico apresente particularidades diferentes daquelas que são encontradas nos grupos convencionais de geração de energia elétrica. 
 	Existem, basicamente, duas filosofias tecnológicas aplicadas atualmente aos grupos eólico-elétricos, que serão descritas nas subseções seguintes. 
1.5.1 GRUPOS EÓLICO-ELÉTRICOS ASSÍNCRONOS
Nesses grupos, o eixo da turbina eólica está acoplado ao eixo de um gerador assíncrono trifásico, que pode ser com rotor de gaiola ou rotor bobinado. Como os geradores assíncronos são máquinas elétricas que apresentam velocidade de operação bem superior à velocidade da turbina, eles exigem que, entre a turbina eólica e o gerador, seja acoplado um ampliador de velocidade. O grupo eólico-elétrico assíncrono, quando conectado à rede através de um conversor de freqüência, ou quando duplamente alimentado, torna-se bastante flexível, atendendo perfeitamente às duas características da conversão eólico-elétrica da energia cinética dos ventos, ou seja, opera perfeitamente nas regiões II e III do gráfico mostrado na Figura 6 (RUNCÓS, 2006). 
1.5.2 GRUPOS EÓLICO-ELÉTRICOS SÍNCRONOS
Já nestes grupos, o eixo da turbina eólica está acoplada ao eixo de um gerador síncrono trifásico, que pode ter, no rotor, um circuito de excitação independente ou ímãs permanentes. Nessa tecnologia, nos grupos de menor potência (menos de 1MW), o gerador síncrono apresenta velocidade de operação bem superior à da turbina, exigindo um ampliador de velocidade acoplado entre a turbina e o gerador. Porém, nos grupos de maior potência (acima de 1MW), normalmente o gerador síncrono é fabricado com um número muito grande de pólos e para uma freqüência nominal baixa, fazendo com que sua velocidade de operação seja da mesma ordem da turbina, não necessitando do multiplicador de velocidade, mas, sim, de um acoplamento planetário entre a turbina e o gerador (RUNCÓS, 2006). 
a) O gerador está conectado diretamente à rede elétrica operando com velocidade fixa 
Este grupo eólico-elétricopode ser constituído de um gerador assíncrono ou um gerador síncrono, mostrado na FIGURA 7.
Figura 7- Grupo eólico-elétrico conectado diretamente à rede elétrica. a) Gerador assíncrono de gaiola. b) Gerador síncrono com excitação independente
Fonte: http://catalogo.weg.com.br/files/wegnet/WEG-geracao-de-energia-eolica-tecnologias-atuais-e-futuras-artigo-tecnico-portugues-br.pdf
Ambos trabalham com velocidade de rotação acima dada turbina exigindo um multiplicador de velocidade, normalmente de vários estágios. O gerador síncrono deve trabalhar com rotação constante, tornando o grupo rígido, exigindo sincronização com a rede e, consequentemente, não permitindo nenhuma regulação de velocidade. Já o gerador assíncrono permite uma pequena variação de velocidade devido a sua característica de funcionamento, ou seja, o escorregamento, fazendo com que o grupo seja um pouco mais flexível. Para aumentar esta flexibilidade, em alguns casos é aplicado um gerador assíncrono de gaiola com duplo enrolamento no estator com polaridades diferentes. 
O grupo assíncrono demanda o uso de um sistema de compensação de reativos, enquanto o grupo síncrono compensa os reativos na excitação independente. Esta configuração pode ser aplicada para potências de até 1MW, em regiões onde a velocidade dos ventos é razoavelmente constante. O grupo assíncrono apresenta a vantagem de ser robusto, ter menor custo e não emitir componentes harmônicos para a rede. Ambos apresentam baixa eficiência na transformação da energia devido a sua rigidez, no que se refere a regulação de velocidade. 
b) O gerador está conectado à rede elétrica através de um conversor
Nesta configuração o grupo eólico-elétrico pode ser constituído de um gerador assíncrono ou um gerador síncrono mostrado na FIGURA 8.
Figura 8- Grupo eólico-elétrico conectado à rede elétrica através de um conversor. a) Gerador assíncrono de gaiola. b) Gerador síncrono com excitação independente
Fonte: http://catalogo.weg.com.br/files/wegnet/WEG-geracao-de-energia-eolica-tecnologias-atuais-e-futuras-artigo-tecnico-portugues-br.pdf 
Ambos operam com velocidades acima da turbina exigindo um multiplicador de velocidades. O link DC do conversor desacopla o gerador da rede permitindo uma grande flexibilidade na regulação de velocidade. 
Esta filosofia de grupo eólico-elétrico apresenta uma boa eficiência na transformação de energia quando comparada com a do grupo comentado no a cima. Aqui também a solução do grupo eólico-elétrico com gerador assíncrono apresenta a vantagem de ser robusto e de menor custo. O gerador síncrono compensa os reativos através da excitação independente. A demanda dos reativos necessários para excitar o gerador assíncrono provém do conversor, não exigindo um banco adicional de capacitores. Nas duas soluções o conversor CA/CA apresenta um grande impacto no custo, já que toda a potência, do grupo eólico-elétrico passa para a rede através do conversor. 
Esta solução não apresenta limite de potência podendo ser empregada para qualquer potência respeitando apenas a critérios técnicos econômicos.
c) 	Gerador Assíncrono Trifásico de Rotor Bobinado Duplamente 	Alimentado 	com 	Escovas [GATDACE] 
Nesta configuração o grupo eólico-elétrico é constituído de um gerador assíncrono trifásico com rotor bobinado duplamente alimentado através de escovas [GATDACE], conforme mostrado esquematicamente na FIGURA 9.
Figura 9- Grupo eólico-elétrico constituído de geradro assíncrono trifásico duplamente alimentado com escovas [GATDACE]
Fonte: http://catalogo.weg.com.br/files/wegnet/WEG-geracao-de-energia-eolica-tecnologias-atuais-e-futuras-artigo-tecnico-portugues-br.pdf
Este gerador permite uma ampla faixa de regulação de velocidade da ordem de ± 30 % em torno de sua rotação síncrona. O controle da velocidade é feito através do conversor conectado ao circuito rotórico. Devido a esta característica de regulação de velocidade, esta solução é utilizada nas regiões onde a velocidade dos ventos é bastante variável. Aqui também como nas soluções anteriores o gerador trabalha numa rotação acima da turbina, exigindo um multiplicador de velocidade, que normalmente é de vários estágios. Projetando-se o circuito rotórico adequadamente, o conversor de frequência para este grupo eólico-elétrico, necessita ser dimensionado para no máximo 30% da potência do grupo, devendo ser bidirecional para permitir o fluxo de potência nos dois sentidos, isto é, do gerador para a rede e da rede para o gerador, dependendo do ponto de operação. Esta é uma grande vantagem de custos, fazendo com que esta solução seja bastante competitiva. Esta filosofia apresenta uma grande eficiência na transformação eletromecânica da energia dos ventos, porque devido a sua característica de regulação de velocidade que permite o aproveitamento energético em toda a faixa de velocidade dos ventos, ou seja, região I, II e III mostradas na FIGURA 6. A outra grande vantagem é devido ao fato do estator estar ligado diretamente à rede gerando uma onda senoidal pura. Dessa forma não introduz no sistema elétrico poluição harmônica, consequentemente não exige o uso de filtros harmônicos. 
Esta configuração é largamente utilizada pela maioria dos fabricantes de grupos eólico-elétricos para potências da ordem de até 5MW, por apresentar custo inicial baixo, robustez e grande eficiência na transformação eletromecânica da energia dos ventos. Porém, apresenta dois pontos fracos que são o uso do multiplicador de velocidades e o uso de escovas, onde principalmente o segundo aumenta a manutenção do grupo. 
d) Gerador Síncrono Trifásico conectado à rede através de um conversor sem multiplicador de velocidade
Nesta configuração o grupo eólico-elétrico é constituído de um gerador síncrono trifásico com excitação independente ou com rotor de ímãs permanentes, conforme mostrado esquematicamente na figura 10.
Figura 10- Grupo eólico-elétrico conectado à rede elétrica através de um conversor. a) Gerador síncrono com excitação independente b) Gerador síncrono de ímãs permanente.
Fonte: http://catalogo.weg.com.br/files/wegnet/WEG-geracao-de-energia-eolica-tecnologias-atuais-e-futuras-artigo-tecnico-portugues-br.pdf
Nesta solução tanto a configuração (a) como a (b) requerem um gerador de grande número de polos gerando em frequência baixa e variável de acordo com a velocidade da turbina. O conversor desacopla o gerador da rede permitindo a conversão eletromecânica da energia numa ampla faixa de velocidade dos ventos, conforme mostrado na FIGURA 6. Como os geradores apresentam um grande número de polos, trabalham em rotação mais baixa não exigindo um multiplicador de velocidade, mas apenas um planetário de um único estágio com custo e manutenção menor. 
Na configuração (a) a regulação da tensão gerada é feita através da excitação independente, enquanto que na (b) não é permitida a regulação da tensão gerada devido ao rotor ser de imãs permanentes. Porém a solução com imãs permanentes no rotor apresenta um rendimento maior por que praticamente não tem perdas no rotor. 
Esta filosofia é utilizada por alguns fabricantes de grupos eólico-elétricos para potências da ordem de até 5MW, por apresentar uma grande eficiência na transformação eletromecânica da energia dos ventos e por não necessitar do multiplicador vária estágios de velocidade. Porém apresenta um custo inicial elevado e necessita de filtros para evitar a poluição da rede através dos harmônicos provenientes do conversor. 
Conclusão
Apresentamos as diversas tecnologias de gerador elétrico atualmente aplicado na geração eólica de energia elétrica. Comentamos as vantagens e desvantagens de cada solução e realçamos que a solução com a GATDACE apresenta o menor custo, porém a desvantagem do uso de escovas. O uso de escovas implica em vários problemas, conforme comentado. O estudo do GATDASE pode se constituir numa boa alternativa para aplicação em geração eólica, principalmente se levarmos em conta o fato de não necessitar de escovas e permitir uma grande flexibilidade no controle do torquee na velocidade, numa ampla faixa de ± 30% em torno de sua velocidade síncrona natural através do conversor.
A pesar da grande vantagem apresentada pelo gerador aqui analisado, a limitação desta solução é o seu baixo fator de potência, aumentando a corrente nas condições de operação e como consequência aumentando as perdas Joules nos condutores reduzindo o rendimento da máquina. 
Quanto ao fator de potência baixo, visto pela rede, pode ser corrigido dimensionando adequadamente um banco de capacitores no link CC do conversor. Utilizando a técnica do controle vetorial é possível, através do conversor, fazer o sistema gerador – conversor operar com o fator de potência desejado. 
Para podermos ser mais conclusivos com relação à aplicação do GATDASE, em estações eólicas reais, é necessário aprofundar-se mais no controle da máquina.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] http://www.pucrs.br/ce-eolica/faq.php?q=11 
[2] http://www.solar.coppe.ufrj.br/eolica/eol_txt.htm 
[3]http://atlanticenergias.com.br/saiba-como-funciona-o-aerogerador-que-transforma-vento-em-eletricidade/ 
[4]https://evolucaoenergiaeolica.wordpress.com/aerogerador-de-eixo-horizontal/custo-comparativo/ 
[5]https://apenergiasrenovaveis.wordpress.com/eolica/componentes-de-um-aerogerador 
[6]http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=com_content&lang=pt&cid=231 
[7]https://sites.google.com/a/poli.ufrj.br/energias-renovaveis/energia-eolica/conversao 
[8]http://www.respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NTcwNw== 
[9]https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/59873/2/Texto%20integral.pdf 
[10]http://www.sbse.org.br/anais/PDF/SBSE2014-0013.pdf 
[11]http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-solucoes-para-energia-eolica-50036044-catalogo-portugues-br.pdf 
[12]https://www.portalenergia.com/downloads/aulas/Aula06_Geradores_de_turbinas_eolicas.pdf 
[13]ftp://ftp.ufrn.br/pub/biblioteca/ext/bdtd/CarlosAB.pdf 
 
 
 
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AEROGERADORES
 
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