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APOL História da Literatura

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Questão 1/10 - História da Literatura
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“[...] Deus disse: ‘Que a terra verdeje de verdura: ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem sobre a terra, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente’, e assim se fez. A terra produziu verdura: ervas que dão semente segundo sua espécie, árvores que dão, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente, e Deus viu que isso era bom. Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GORGULHO, G. da S.; STORNIOLO, I.; ANDERSON, A. F. (coordenadores). Gênesis. In: ______. A Bíblia de Jerusalém. Trad. Vários. Nova edição revista. São Paulo: Paulinas,1985, p.31, 32.
As narrativas consideradas inaugurais da história da literatura universal têm semelhanças de forma e conteúdo que as aproximam para além das diferenças contextuais que as geraram. Considerando o fragmento de texto citado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre questões e temas comuns a essas obras, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Os temas mais recorrentes eram os relativos aos tratados de etiqueta, ligados às cortes
 das cidades-Estado regidas por príncipes e afins.
	
	B
	As questões que aparecem em todos esses textos se ligam às perguntas sobre a
 constituição da literatura e dos gêneros literários.
	
	C
	A questão da autonomia da mulher em face da dominação patriarcal está presente 
nesses textos inaugurais.
	
	D
	Entre as questões centrais estavam as reflexões sobre a criação do mundo, do homem,
 do lugar de onde vem o homem ou para onde ele vai.
Você acertou!
Textos como o Gilgamesh, O livro dos Mortos, o Velho Testamento, entre outros buscam 
responder a essas questões: “Pensando nessas obras tidas como inaugurais, uma das questões
 centrais, que inquietava os primeiros pensadores ou artistas, era a de compreender a criação
 do mundo ou saber quem somos nós e de onde viemos. Assim, as primeiras narrativas tinham 
como tema a criação do mundo e eram longos textos, provavelmente em versos [...] (livro base, p.
 32). As demais alternativas estão erradas porque não eram temas comuns à discussão sobre a 
etiqueta da corte, debate que começou no Renascimento, com obras como O cortesão, entre 
outras; nem sobre os gêneros literários, ainda que haja passagens sobre a origem da linguagem,
 o poder das palavras, etc. A discussão inicial sobre gêneros se dará na esfera da filosofia, com
 Platão e Aristóteles; tampouco se discutem a autonomia da mulher, algo que só virá muito mais
 tarde, ainda que já na Antiguidade haja personagens femininas poderosas como Antígone e 
Medeia e até Xerazade, das Mil e uma noites; e muito menos os feitos de cavalaria, que são
 temas pertencentes à literatura medieval.
	
	E
	Os temas estavam ligados aos feitos dos heróis de cavalaria, cuja ênfase recaía nos
 valores como a honra, coragem e a fortaleza.
Questão 2/10 - História da Literatura
Leia a citação: 
“O domínio próprio da tragédia situa-se nessa zona fronteiriça onde os atos humanos vêm articular-se com as potências divinas, mas onde revelam seu verdadeiro sentido, ignorado até por aqueles que os praticam e por eles são responsáveis, inserindo-se numa ordem que ultrapassa o homem e a ele escapa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VERNANT, Jean-Pierre; VIDAL-NAQUET, Pierre. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 17.
A citação de Jean Pierre Vernant e Pierre Vidal-Naquet comentam sobre o sentido da tragédia. Na Poética, Aristóteles descreve as características da tragédia, mencionando a catarse como um dos seus elementos centrais. Considerando a citação e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre a catarse, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	é o processo de alívio e purificação experimentado pelo público diante da punição da
 personagem que cometeu uma ação incorreta aos olhos dos deuses.
Você acertou!
A tragédia para Aristóteles deve levar ao bem. Nesse sentido, a catarse ocorre no momento
 decisivo da tragédia em que uma personagem que violou uma lei divina, ainda que a desconheça,
 é punida, e tal punição é sentida como um alívio pelo público por não estar no lugar dela:
 “Quando o público se depara com as ações incorretas do vilão e o vê sendo castigado, ao
 se identificar com esse personagem, teme ser punido como ele, sente alívio por não estar
 em seu lugar e passa por um processo de purificação, que o faz querer imitar apenas as ações 
virtuosas do herói [...]” (livro-base, p. 52).
	
	B
	é o sentimento de satisfação em face da identificação do público com uma personagem
 virtuosa da tragédia, a qual segue estritamente as regras prescritas pelos deuses.
	
	C
	é o sentimento de ódio ao vilão da tragédia que cometeu uma ação considerada
 radicalmente estranha à cultura do público.
	
	D
	é a revolta do público pela condenação injusta sofrida pela personagem, sinalizando
 uma ruptura em relação às regras divinas.
	
	E
	é o amor que a personagem principal tem pelo vilão da tragédia, como ocorre com 
Medeia em relação a Jasão.
Questão 3/10 - História da Literatura
Leia a citação a seguir: 
“Ressalta-se nele a ruptura do equilíbrio da vida interior, com o triunfo da intuição e da fantasia, as quais alimentam o contraste entre as aspirações e a realidade. Necessariamente se oporia ao predomínio da razão, que, como se sabe, levava os clássicos a aceitar a vida e a sociedade de maneira relativamente pacífica ou com atitude espiritual e moral estáticas. Ao contrário destes, o romântico exprime a insatisfação do mundo contemporâneo: inquietude, tristeza, aspiração vaga e imprecisa, anseio de algo melhor do que a realidade, inconformismo social, ideais políticos e de liberdade, entusiasmo nacionalista. Dá grande ênfase à vida sentimental, tornando-se intimista e egocêntrico, enquanto o coração é a medida mais exata da sua existência”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CASTELO, José Aderaldo; CANDIDO, Antonio. Presença da Literatura Brasileira – Das origens ao Romantismo. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1974. p.204.
O texto mencionado mostra que o Romantismo expressa uma insatisfação em relação a seu tempo, um inconformismo que leva os românticos a aspirarem por uma outra realidade. De acordo com a citação e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, em relação ao descontentamento romântico, é correto afirmar que ele se devia...
Nota: 10.0
	
	A
	às novidades trazidas pelo progresso econômico, que escondiam as diferenças entre
 as classes sociais, as quais se intensificaram no decorrer do século XVIII.
Você acertou!
“O romantismo designa um movimento estético cuja principal característica consistiu no
 descontentamento com as novidades trazidas pelo progresso econômico, que mascararam
 a indignidade produzida pelo distanciamento entre as classes sociais” (livro-base, p. 182). 
As demais informações estão incorretas, porque não procedem historicamente.
	
	B
	à intensificação do controle político e religioso por parte da Igreja, a qual passou a
 perseguir os escritores, gerando um clima de terror e pessimismo.
	
	C
	ao fortalecimento do regime monárquico na Europa, pois os escritores românticos,
 em sua maioria, eram burgueses.
	
	D
	à adesão do proletariado à classe burguesa, expressando a falta de saída para a
 sociedade e os escritores do período.
	
	E
	à queda do número de leitores e a consequente crise do mercado editorial do período.
	
	F
	à queda do número de leitores e a consequente crise do mercado editorial do período.
Questão 4/10 - História da Literatura
Leia o poema a seguir:           
Chuva de verão 
Uma gota caiu na macieira,
Outra – no telheiro;
Algumas beijavam os beirais
Fazendo rir as cumeeiras.
 
Outras foram engrossar o córrego,
Que fora engrossar o mar;
Pensei: fossem pérolas,
Que colares não formavam!
 
Assentado o pó nos aéreos caminhos,
Os pássaroscantaram mais alegres,
O sol jogou longe seu chapéu,
E os pomares despiram seus brilhos.
 
As brisas trouxeram magoados alaúdes
E na alegria os mergulharam –
O Oriente, então mostrou uma bandeira apenas
E, da festa, anunciou o final. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DICKINSON, Emily. Poemas de Emily Dickinson. Trad. Ivo Bender. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2002. s. p.
O poema mencionado é representativo da poética da escritora norte-americana Emily Dickinson. Considerando os versos e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, sobre o poema citado e a poesia de Dickinson, analise as afirmativas a seguir:
I. O poema evidencia a temática da natureza, tão cara à poeta, apresentando um ambiente de harmonia e equilíbrio, em contato com o ambiente natural.
II. A construção imagética é constante no poema, constituindo-se de uma sequência de quadros elaborados de forma concisa, clara e inovadora.
III. A temática da morte evidencia-se, de forma literal, na última estrofe, contrariando o tom ameno das estrofes anteriores.
IV. A poeta evidencia a intervenção divina no funcionamento da natureza, sobre a qual o homem não tem poder algum, ficando subjugado às suas intempéries, o que desencadeia um sentimento de impotência e pessimismo. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I e III
	
	B
	I e II
Você acertou!
As afirmativas I e II estão corretas, pois dizem respeito a características da obra de Dickinson:
 “Amava a natureza e encontrou inspiração profunda nos pássaros, nos animais, nas plantas
 e nas mudanças de estação na zona rural da Nova Inglaterra [Estados Unidos]. Seu estilo 
conciso, normalmente imagético, é moderno e inovador. É capaz de mostrar uma consciência
 existencial terrível” (livro-base, p. 194).  A afirmativa III está incorreta, porque, embora
 esteja dentro da linha temática que a autora costuma desenvolver, o tema da morte não
 está presente no poema em questão, ao menos de forma literal, como menciona a afirmação.
 A afirmativa IV não está correta, pois não há um sentimento de pessimismo e impotência, mas
 sim de harmonia e equilíbrio entre os elementos da natureza.
	
	C
	II e III
	
	D
	I e IV
	
	E
	III e IV
Questão 5/10 - História da Literatura
Leia a passagem a seguir: 
 “[...] e o rei Xariar continuou a se casar a cada noite com uma jovem filha de mercadores ou de gente do vulgo – com ela ficando uma só noite e em seguida mandando matá-la ao amanhecer – até que as jovens escassearam as mães choraram, as mulheres se irritaram e os pais e as mães começaram a rogar pragas contra o rei, queixando-se ao criador dos céus e implorando ajuda àquele que ouve as vozes e atende às preces”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Anônimo. Livro das Mil e uma Noites, v. 1, ramo sírio. Trad. Mamede Mustafá Jarouche. São Paulo: Globo, 2005, p. 49. 
O Livro das mil e uma noites é um clássico da literatura mundial. A obra é uma coletânea de histórias maravilhosas que foram produzidas e circularam por várias regiões de cultura árabe. A primeira vez que se ouviu falar no livro foi no século IX, mas boa parte dele foi escrita na segunda metade do século XIII. O que unifica os diversos contos de as Mil e uma noites é a narrativa de Xerazade. Considerando a passagem citada e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, a estratégia de Xerazade na história é:
Nota: 10.0
	
	A
	contar histórias para aguçar a curiosidade do rei e interrompê-las ao amanhecer para
 continuá-las na noite seguinte.
Você acertou!
“O ponto em comum nas variadas versões reside no modo de organizar os contos, que são
 narrados por Xerazade, esposa do rei Xariar” (livro-base, p. 99). Xerazade tenta se livrar da
 fatalidade de ser morta na manhã seguinte, como as demais esposas do rei, mantendo sua
 curiosidade, contando diferentes histórias. Sua estratégia era contar parte da história,
 interrompendo-a de manhã, e continuá-la na noite seguinte (p. 99).
	
	B
	contar histórias para Xariar, seu pai, na esperança de que não fosse mandada a uma terra 
distante, para desposar o filho de um tirano.
	
	C
	livrar-se do ciúme do rei Xariar, contando-lhe histórias edificantes e com final feliz.
	
	D
	convencer o rei Xariar de que o melhor era deixá-la partir e ensinar a outros povos a 
tradição do Oriente.
	
	E
	ajudar o rei Xariar a escolher novas virgens para se casar. Nos intervalos em que ficava
 só, ela contava-lhe histórias.
Questão 6/10 - História da Literatura
Leia a passagem a seguir: 
“Com a democratização, em meados da década de 1980, o processo literário encontrou novos rumos. [...] sua condição principal residiria no desenvolvimento de uma economia de mercado que integrou as editoras e profissionalizou a prática do escritor nacional. Um novo critério de qualidade surge, resultando em romances que combinam as qualidades de best-sellers com as narrativas épicas clássicas, retornando aos clássicos mitos de fundação, como em Tocaia Grande, de Jorge Amado, e Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SCHOLLHAMMER, Karl Erik. Ficção brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2009, p. 28, 29.
Levando em conta essa afirmação e o livro-base História da Literatura Universal, sobre a literatura contemporânea dos anos 1980, leia as afirmativas a seguir:
I. A temática predominante nesse período é urbana, com ênfase nos estilos pessoais e na exploração de novas técnicas narrativas.
II. Rubem Fonseca explora os efeitos psíquicos, sociais e estéticos da violência urbana, no gênero policial.
III. Antonio Callado, com a obra Quarup, tematiza a violência e a tortura durante o Regime Militar.
IV. A busca é de uma poesia mais reflexiva e intelectualizada, sem se afastar das emoções e das demandas do mundo. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I, II e III
	
	B
	I, III e IV
	
	C
	III e IV
	
	D
	I, II e IV
Você acertou!
As afirmativas I, II e IV estão corretas porque a temática da literatura desse período é
 predominantemente urbana, enfatizando estilos pessoais e a exploração de novas técnicas
 narrativas. Os novos poetas da década de 1980 não abriram mão dessas características e
 acrescentaram, ao menos, mais uma: a busca de uma poesia mais reflexiva, intelectualizada,
 embora sem se afastar das emoções e das demandas do mundo contemporâneo (livro-base, p.
 324-328) No gênero policial, Rubem Fonseca (1925-) explora os efeitos psíquicos, sociais e 
estéticos da violência urbana, sobretudo em A grande arte (livro-base, p. 324). A afirmativa 
III está errada, 
porque Quarup, de Antonio Callado, pertence a outra geração, a dos anos 1960-1970. (livro-base,
 p. 314).
	
	E
	II e III
Questão 7/10 - História da Literatura
Leia a citação a seguir: 
“O romântico não teme as demasias do sentimento nem os riscos da ênfase patriótica, nem falseia de propósito a realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua forma mental que está saturada de projeções e identificações violentas, resultando-lhe natural a mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse complexo ideoafetivo que vai cedendo a um processo de crítica na literatura dita ‘realista’. Há um esforço, por parte do escritor antirromântico, de acercar-se impessoalmente dos objetos, das pessoas. E uma sede de objetividade que responde aos métodos científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1996, p. 167. 
Levando-se em consideração a citação e as informações do livro-base História da Literatura Universal sobre as características do Realismo, leia as afirmativas a seguir e assinale (V) para as afirmativas verdadeiras ou (F) para as afirmativas falsas:
I. ( ) O Realismo procura fazer uma análise objetiva da realidade social.
II. ( )A linguagem rebuscada e ornamental representa a complexidade com que os escritores realistas buscavam retratar a realidade de seu contexto sócio-histórico.
III. ( ) Correntes científico-filosóficas como o positivismo, o determinismo e o darwinismo influenciam a postura analítica e racional dos escritores realistas.
IV. ( ) O pensamento cientificista que orientou os escritores realistas fez com que estes percebessem o homem como produto do seu meio e, por esse motivo, buscaram uma arte mais comprometida com a crítica social.
V. ( ) O Naturalismo foi uma corrente literária que surgiu juntamente com o Realismo e que se opôs a ele, por manter o sentimentalismo romântico na abordagem da realidade.
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	F – V – V – V – F
	
	B
	V – F – F – V – V
	
	C
	V – F – V – V – F
Você acertou!
As afirmativas I, III e IV são verdadeiras porque a perspectiva do realismo é objetiva em relação
 à realidade social; tal objetividade está associada às correntes filosóficas da época e à
 compreensão de que o homem era produto do meio fez os realistas se concentrarem nas
 questões sociais: “Esse contexto tem como característica o antirromantismo, antissubjetivo
 e adepto da objetividade, pois o que interessa é o objeto, aquilo que está fora de nós [...].
 Preferia-se uma busca da verdade universal e impessoal e o interesse por fatos observáveis,
 isto é, o que pressupunha uma base científica, revelando o condicionamento do homem ao
 meio físico e social” (livro-base, p.  229-230); essa objetividade está associada às correntes
 filosóficas do período: “[...] o positivismo de Auguste Comte [...]; o determinismo, criado por
 Hippolyte Taine [...]; e o darwinismo [...]” (p. 229). As afirmativas II e V são falsas porque a
 linguagem utilizada pelos realistas é objetiva e clara e os naturalistas convergiam com os
 realistas no que se refere à objetividade, entre outros aspectos (p. 228, 229).
	
	D
	V– F – V – V – V
	
	E
	F – F – V – F – V
Questão 8/10 - História da Literatura
Leia a citação a seguir: 
“Kitâb el-Mayytûn, literalmente Livro dos Mortos, foi o nome árabe empregado pelos violadores das necrópoles dos faraós para todo rolo de papiro encontrado nas tumbas. Nome muito genérico evidentemente, pois os papiros tratavam dos mais variados assuntos, de receituário mágico a contrato de cessão de terras, de projeto arquitetônico a estudos médicos ou matemáticos.
Este termo foi acolhido no século passado [séc. XIX] pelos pioneiros das pesquisas de egiptologia e assim convencionalmente permaneceu, limitado, contudo, à miscelânea de fórmulas, difundidas no Novo Império [egípcio], voltadas para proteger o defunto contra os perigos do reino dos mortos, além de ser um texto útil para os vivos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RACHEWILTZ, Boris de (introdução, notas e tradução). Il Libro dei Morti degli antichi egizi. 2ªed. Roma: 2001, p. 11 (trad. autor da questão).
Tendo como referência as informações mencionadas e a leitura de seu livro-base História da Literatura Universal, leia as afirmativas a seguir, assinalando (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as afirmativas falsas:
I. (  ) Os egípcios passaram a comportarem-se temendo o veredito de Anúbis, o deus que apontava quem ia ou não para Aaru, o paraíso.
II. (   ) Os textos que integram o que hoje se denomina Livro dos mortos não foram escritos por um único autor nem são todos da mesma época histórica.
III. ( ) O Livro dos Mortos continha instruções de como falar, respirar e beber no Além.
IV. ( ) Depois de ser embalsamado por Anúbis, que entoava cantos para sua ressuscitação, Osíris se tornou senhor dos mortos. 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – F – V – V
	
	B
	V– V – V – F
	
	C
	F – V – V – V
Você acertou!
A afirmativa I é falsa, porque não é Anúbis, mas sim Osíris o deus dos mortos: “Durante o
 processo
 de embalsamento, Anúbis entoava encantos que ressuscitaram Osíris e tornaram-no o senhor dos
 mortos, incumbido do julgamento das almas e da permissão ou proibição de entrada dos espíritos
 no Aaru, o paraíso” (livro-base, p. 38). As afirmativas II, III e IV são verdadeiras, porque a
 finalidade do Livro dos Mortos “[...] era guiar os mortos para o além por meio de orações e
 rituais. [...] Na verdade, não se trata de um ‘livro’ de acordo com seu conceito atual, que prevê
 a existência de um autor que intencionalmente escreve um texto com começo meio e fim. [...] os
 escritos que integram o que hoje se denomina por Livro dos Mortos não foram elaborados por
 um único autor nem são todos da mesma época histórica [...]” (livro-base, p. 37).
	
	D
	F – V – F – V
	
	E
	F – F – V – V
Questão 9/10 - História da Literatura
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Apresentarei agora ao mundo
aquele que viu tudo
que conheceu a Terra inteira
penetrou todas as coisas
e explorou em toda parte
tudo aquilo que se esconde!
Dotado de imensa sabedoria,
abraçara tudo com seu olhar:
contemplou os Segredos
revelou os Mistérios
até nos fez conhecer
o que houve antes do Dilúvio!” 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANÔNIMO. L’Epopea di Gilgamesh. L’Eroe che non voleva morire. Trad. Jean Bottéro. Roma: Edizioni Mediterranee, 2008, p. 69. (Traduzido pelo autor do banco para o português) 
O fragmento de texto mencionado faz parte da cultura mesopotâmica, cuja matriz desenvolveu-se entre os povos sumérios, que se fixaram na região sul do atual Iraque.  Sabe-se que nesse período a oralidade, a convivência entre povos diferentes, colaboravam para a difusão das obras e de suas intensas inter-relações.  Na Epopeia de Gilgamesh, é possível ver semelhanças com outras obras criadas em épocas e territórios próximos aos dos sumérios. Entre essas obras está o Velho Testamento. Nele, assim como em Gilgamesh, encontramos temas e elementos muito parecidos, como a história do Dilúvio e a presença da serpente. Considerando os versos citados, os comentários do enunciado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, entre as características das narrativas inaugurais produzidas pelas primeiras civilizações estão:
Nota: 0.0
	
	A
	a apresentação da realidade social em que viviam esses povos, incluindo os códigos
 legais e os relatos contábeis.
	
	B
	a expressão dos sentimentos do homem submetido à opressão dos seus governantes, 
conclamando-os à revolução.
	
	C
	a adoção de temas ligados à criação do mundo, ligados a uma visão mítica do mundo e a
 uma cosmogonia.
As narrativas tidas como as primeiras da história da humanidade estavam vinculadas às questões
 cosmogônicas, ou seja, àquelas ligadas à criação e à ordenação do mundo. Portanto, buscavam
 contar como o mundo, a partir das óticas de determinadas matrizes culturais, havia sido criado.
 Estavam longe ainda de abordar a realidade social, ou conclamar a insurreição contra seus 
governantes (diferentemente da revolta de um povo submetido à escravidão por outro povo, 
como se encontra no Velho Testamento), tampouco denotavam a ideia de dominação da natureza
 e a emancipação do sujeito. “Pensando nessas obras tidas como inaugurais, uma das questões
 centrais, que inquietava os primeiros pensadores ou artistas, era a de compreender a criação do
 mundo ou saber quem somos nós e de onde viemos. Assim, as primeiras narrativas tinham como
 tema a criação do mundo e eram longos textos, provavelmente em versos [...]. Muitas tinham
 a função de estabelecer o contato com a divindade por meio de rituais, cânticos e hinos,
 reforçando uma visão mítica do mundo, ou uma cosmogonia [...]” (livro-base, p. 32).
	
	D
	a apresentação da grande capacidade humana de submeter a natureza aos propósitos
 civilizatórios.
	
	E
	a libertação do homem do jugo das tiranias, servindo de exemplo da emancipação do
 sujeito diante do Estado.
Questão 10/10 - História da Literatura
Leia a citação a seguir: 
“A consciência literária dos romanos era bilíngue. Os gêneros latinos puramente nacionais,concebidos numa linguagem única, definharam e não receberam uma forma literária. A consciência criativa e literária dos romanos originou-se, do começo ao fim, no fundo das línguas e das formas gregas. Já nos seus primeiros passos o discurso literário latino olhava-se à luz do discurso grego, com os olhos do discurso grego; desde o começo ele foi um discurso de tipo estilizante; ele vinha como que encerrado entre aspas especiais, que indicavam uma estilização reverente”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BAKHTIN, M. Questões de literatura e estética. A teoria do romance. 3 ed. São Paulo: Hucitec, 1993. p. 379.
A influência da literatura grega nos textos literários romanos é notória. O crítico literário Otto Maria Carpeaux chega a dizer que é uma literatura de segunda mão. Exageros à parte, o que está claro é que os escritores romanos tinham na Grécia sua fonte de inspiração. De acordo com a citação e os conteúdos abordados no livro-base História da Literatura Universal, sobre as características da literatura romana, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	era independente e sem interferência de outras produções literárias.
	
	B
	a consciência criativa literária dos romanos originou-se das formas gregas.
Você acertou!
“Embora tenha produzido a sátira e este seja um estilo praticado até hoje [...], a literatura 
romana não tem a mesma relevância da grega, sendo, por vezes, mera imitação dela. [...] os 
escritores da República Romana e do Império Romano imitavam os grandes autores gregos,
 mas, na verdade, eles quiseram evitar a inovação a fim de permanecerem fiéis à arte grega”
 (livro-base, p. 84).
	
	C
	foi influenciada pela produção etrusca a partir dos contatos de expansão do Império.
	
	D
	foi uma literatura inexpressiva, visto que suas obras influenciaram pouco a literatura 
ocidental.
	
	E
	os romanos inovaram nas formas e temas literários, para se distanciarem da arte grega.

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