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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU SÂMEA SOARES DOS SANTOS SILVA - Ra: 95475 SOCIOLINGUÍSTICA SANTOS 2020 Resenha: O PAPEL SOCIAL DA LÍNGUA: O PODER DAS VARIEDADES LINGÜÍSTICAS Sâmea Soares Língua, Oralidade e Variedades LInguisticas. O PAPEL SOCIAL DA LÍNGUA: O PODER DAS VARIEDADES LINGÜÍSTICAS Carmen Elena das Chagas (UFF/UNESA) carmenelena@bol.com.br A presente autora é doutora em Estudos de Linguagem pela Universidade Federal Fluminense - UFF. MESTRA pela Universidade Federal Fluminense - UFF, na área de Linguagem - Sub-área Língua Portuguesa, Especialista em Língua Portuguesa pela FAFIC e em Língua Portuguesa Contemporânea pela FAFIMA. Gosta de lecionar e de pesquisar as áreas de Letras, especificamente, Linguística Aplicada em Língua Materna, Linguística Textual, Semiologia, Análise do Discurso e Sociolinguística. Atualmente é professora efetiva de Língua Portuguesa e Literatura no Instituto Federal do Rio de Janeiro - ministrando Língua Portuguesa e Literatura no Curso de Informática integrado ao Médio, Português Instrumental no Curso Técnico Subsequente em Meio Ambiente e Metodologia Científica na Pós-graduação TDAE. Esta obra trata em seu inicio da concepção linguística, dizendo que esta é heterogênea, múltipla, variável, mutável, instável e está sempre em desconstrução e reconstrução. Fala que a língua é um processo permanente e nunca concluído, sendo uma atividade social, coletiva e produzida pelos falantes que interagem. De forma notória é colocado no artigo que a língua não para, pois se assim ocorrer é porque, ela morreu, tendo em vista que a historia da língua é a historia do povo, as línguas não permanecem uniformes, elas apresentam em si muitas diferenciações, diferenciações essas que não prejudicam sua unidade. Essas diferenciações são as variedades linguísticas que existem, inclusive dentro do mesmo grupo social. Essa variedade é identificada como “dialeto”. A autora elucida as questões de regionalismos, sociais e também individuais, para que se construa as variações da língua. E ao final das considerações iniciais , deixa explicito que, é uma ilusão acreditar que a língua seja algo estático, uma vez que a mesma é a voz de um povo. A autora segue falando sobre a importância dessa variedade linguística principalmente dentro da língua portuguesa falada e da língua portuguesa escrita e da ligação que tem com a historia do seu povo. Ressalta a importância em se valorizar também a oralidade, desse falar cotidiano, na busca do que seria a língua brasileira. Enfim, propõe uma reflexão sobre repensar e a valorizar o falar, uma vez que esse falar possui um vinculo com o pensamento daquele cidadão. Também coloca a importância de que tanto locutor quanto interlocutor precisam se conscientizar da variedade linguística do outro , para que o entendimento seja reciproco. Caso contrario a variedade pode tornar-se alvo de preconceito linguístico, há que se pensar, que não há jeito certo ou errado de se falar, nem tão pouco, dialeto superior ou inferior a outro, quando isso acontece, a linguagem tornasse um fator de discriminação social O presente artigo trata de forma clara e coesa, a questão do papel social da língua e suas variedades linguísticas. A autora conclui enfatizando que a língua, é o reflexo da cultura do povo bem como, determina formas de pensamento. O código linguístico reflete e regula a estrutura das relações sociais. Sendo assim, a fala revela mais do que o pensamento do falante, ela revela a cultura, posição cultural, social, capacidade de adaptação a certas situações, timidez, a forma do individuo ser e ver o mundo. De forma critica e como um alarme o presente artigo nos chama atenção e vem de encontro com tantos movimentos que estamos vivenciando nos tempos atuais, com questões raciais explodindo, dentro de uma pandemia e no ultimo paragrafo temos a seguinte frase , que eu não poderia deixar de citar, o que ela diz ser necessário para uma sociedade mais justa e igualitária. “Dessa forma, falar mesmo, dizer o mundo, suas vidas, seus desejos e prazeres, dizer coisas para transformar, dizer o seu sofrimento e suas lutas para fazer, mudar e vencer, é tarefa, ou melhor, é pré-requisito para uma sociedade mais justa e igualitária.”
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