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André Corrêa de Sá Carneiro PAPEL DO LEGISLATIVO Papel do Legislativo MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO, 3 MÓDULO 2 - CONCEITOS IMPORTANTES SOBRE NOSSO PAÍS, 4 Introdução, 4 República e Federação, 4 Estado democrático de direito, 4 Tipos de democracia, 5 MÓDULO 3 - PODER E PODERES, 5 Introdução, 5 Poder e poderes, 5 Separação dos poderes, 6 Funções típicas de cada poder, 6 Executivo, 6 Legislativo, 6 Judiciário, 7 Freios e contrapesos, 7 MÓDULO 4 – A NECESSIDADE DAS LEIS, 7 Introdução, 7 O homem é um animal social, 7 O objetivo das normas, 8 MÓDULO 5 - PODER LEGISLATIVO, 8 Introdução, 8 Organização, 9 Organização: um poder, duas casas, 9 Organização: Câmara dos Deputados, 9 Organização: Senado Federal, 10 Nossa escolha, 11 Atribuições, 11 MÓDULO 6 – A CÂMARA DOS DEPUTADOS,14 Introdução, 14 Órgãos da Câmara dos Deputados, 14 Formação das leis na Câmara dos Deputados, 15 MÓDULO 7 – VOCÊ E O PODER LEGISLATIVO, 16 Introdução, 16 Eleger seus representantes, 16 Responder a uma consulta direta, 17 Iniciativa popular e propostas aos representantes, 17 Participar de Fóruns Oficiais das Casas Legislativas, 17 Acompanhar o trabalho legislativo, 18 Participar efetivamente do Poder Legislativo, 18 SU M Á RI O Papel do Legislativo 3 MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO Diariamente, deparamo-nos com alguma situação em que a existên- cia de regras é indispensável para que as coisas andem bem. Na en- trada de um shopping: “proibido entrar sem camisa”, na convenção do condomínio: “animais domésticos devem ser transportados pelo elevador de serviço”, e assim por diante. E, mesmo que não concord- emos com todas as regras e que nem mesmo tenhamos conhecimen- to pleno delas, sabemos que elas existem para atender a um grupo de interessados que, usualmente, é a maioria. A existência das regras assegura que os direitos e deveres sejam res- peitados. Já a sua inexistência faz com que cada um de nós sustente práticas diferenciadas e alicerçadas tão-somente em sua própria con- sciência, o que nem sempre é a conveniência da coletividade. Mas, e quando as relações sociais extrapolam a individualidade ou coletivi- dades pequenas e envolvem todos os habitantes de um país? Essas regras recebem o nome de “lei” e precisam estar registradas, explicit- adas, ser conhecidas, respeitadas. Por exemplo: por ocasião do planejamento da rede rodoviária no Bra- sil, mais especificamente das estradas, como se decidiu que os carros deveriam andar do lado direito da pista? Na Inglaterra e em outros países, os carros andam pelo lado esquerdo! //CURIOSIDADE Por que na Inglaterra se dirige pela esquerda? Essa convenção de trânsito é seguida não apenas no Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda), mas também em várias de suas ex-colônias - como Índia, Africa do Sul, Austrália e Nova Zelândia - e no Japão. Sua origem remonta à era medieval, quando a circulação a cavalo se dava pela esquerda para deixar a mão direita, a mesma que a maioria das pessoas usava para manusear a espada, livre em caso de luta. Para completar, em 1300, o papa Bonifácio VIII determinou que todos os peregri- nos com destino a Roma deveriam se manter no lado esquerdo da estrada, para organizar o fluxo. (disponível em http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-na-inglaterra-se-dirige-pela-esquerda) As leis são as regras de um país. Neste curso você vai ver o que o Poder Legislativo tem a ver com isso: você vai conhecer o papel do Legislativo e o processo de elaboração de leis, saber como esse processo lhe afeta e de que maneira você pode interferir para torná-lo melhor. Primeiramente, é fundamental compreendermos que, embora o Poder Legislativo tenha outras atribuições além de legislar, essa é a ação que a sociedade vê como primordial em suas atividades. E que essa atribuição de legislar se fundamenta em duas áreas de conhecimento específicas: a técnica legislativa, que orienta como deve ser elab- orada uma lei, seja em relação ao seu conteúdo ou à sua forma, e o processo legislativo, que é o conjunto de procedimentos a serem observados para a elaboração de um ato normativo, ou seja, uma lei. Papel do Legislativo 4 Assim, para conhecermos o papel do legislativo, necessário se faz abordar aspectos do processo legislativo. E, para entendermos esse processo, em primeiro lugar, é indispensável falar um pouco sobre o nosso país, o Brasil, e sobre conceitos que são importantes para o estudo da temática. Este curso divide-se nos seguintes módulos: • Conceitos importantes sobre nosso país; • Poder e poderes; • A necessidade das leis; • Organização e atribuições do Poder Legisla- tivo; • A Câmara dos Deputados; e • “Como você pode participar do Poder Legis- lativo?”. MÓDULO 2 - CONCEITOS IMPORTANTES SOBRE NOSSO PAÍS Introdução A Constituição Federal de 1988, nossa Lei Maior, diz, em seu primeiro artigo, que: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre ini- ciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Veremos agora o que é uma “República Federati- va” e o que é um “Estado Democrático de Direito”. República e Federação República é uma forma de governo que se opõe à monarquia (aquela dos reis, rainhas e impera- dores) e tem sentido parecido com democracia, pois permite a participação popular no governo. Para Rui Barbosa “república é a forma de governo em que além de existirem os três poderes consti- tucionais, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, os dois primeiros derivam de eleição popular”. Assim, temos os conceitos de: • Eletividade, em que o governante é eleito pelo povo e não se permite a sucessão he- reditária. • Temporariedade, pois o governante possui um mandato, ou seja, certo período de tem- po para governar. • Responsabilidade, situação em que o gover- nante é responsável politicamente e presta conta ao povo pelos seus atos de gestão. Já a palavra “federativa” vem de “federação”, que significa uma união política entre estados que se associam sob um governo central, mas mantêm certa autonomia, como também vimos no art. 1º: “formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal”. Então, o Brasil é uma República Federativa porque é um país composto por diversas entidades terri- toriais autónomas que possuem governo próprio, no caso, os estados, os municípios e o Distrito Federal. Com isso, nossa federação é um pouco diferente de outros países, ela inclui também os municípios. Estado democrático de direito O que quer dizer Estado Democrático de Direito? Para entender essa expressão, precisamos antes saber o que é democracia. Todos já ouvimos falar de democracia. Os políticos, por exemplo, gostam muito de falar sobre ela. Mas não são muitas pes- soas que conhecem realmente qual o seu con- ceito. Democracia é um regime de governo que reconhece o direito de cada um dos membros da comunidade de participar da direção e da gestão Papel do Legislativo 5 dos assuntos políticos de forma direta ou indire- ta por meio de representantes. É o contrário do autoritarismo, no qual só manda quem está no poder. No regime autoritário, predomina a vontade de uma única pessoa, um ditador, um comitê, um par- tido, um grupo ou uma assembleia que age com opressão e violência, podendo até mesmo partir para a formação e manipulação da consciência so- cial, interferindo até mesmo na forma como nós pensamos. Nos regimes autoritários, vale aquele dito popular: “manda quem pode e obedece quem tem juízo!” Na democracia não é assim! Na democracia, a au- toridade é do povo, como mostra a origem grega dessa palavra: “demos” significapovo e “kratos”, autoridade. Assim, diz-se que democracia é o: “governo do povo, para o povo, pelo povo”. Tipos de democracia Agora que sabemos que “Estado democrático de Direito” significa regido por leis que são fruto dos desejos populares e que buscam o bem estar do povo, veremos os tipos de democracia existentes. Seria uma grande dificuldade reunir todos os inte- grantes do Brasil para discutir assuntos de inter- esse público. Isso acontecia na cidade de Atenas na Grécia Antiga, por exemplo. Naquela época, os cidadãos atenienses se reuniam em assembleia para resolver os assuntos mais importantes do governo da cidade. Era uma democracia direta, em que os próprios cidadãos se autogovernavam sem a necessidade de representantes. Na democracia indireta ou representativa, os ci- dadãos participam do governo por meio de rep- resentantes eleitos pelo voto direto ou indireto. Na democracia indireta pode, também, ocorrer a democracia participativa ou semidireta quando os cidadãos são chamados a opinar de forma direta sobre questões importantes da vida nacional. No Brasil, nesse caso, o povo dá sua opinião direta- mente por meio de instrumentos como plebiscito, referendo e iniciativa popular. //CURIOSIDADE A democracia representativa ou indireta é também con- hecida como democracia possível, já que o povo concede um mandato ao político eleito para que ele atue no governo, decidindo no nome e no interesse daqueles que o elegeram. MÓDULO 3 - PODER E PODERES Introdução Vistos alguns conceitos sobre Estado, agora ver- emos o que é um “poder”, para, em seguida, con- hecer qual a principal função de cada um dos fa- mosos “Três Poderes”. Depois, saberemos como essa divisão se liga à preocupação antiga de ga- rantir um estado democrático de direito. Poder e poderes Nossa Constituição Federal, logo no seu primeiro artigo diz que: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou direta- mente nos termos desta Constituição”. Esse poder de que nossa Lei Maior fala refere-se à soberania do nosso povo. Isso quer dizer que o povo brasileiro é o único que pode decidir sobre as grandes questões relacionadas ao País. Pode exercer esse poder de forma indireta, por meio de representantes eleitos, ou diretamente, por meio de referendo, plebiscito e inciativa popular. Logo no Art. 2º, a Constituição diz que “São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Papel do Legislativo 6 Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” A palavra “poderes”, nesse artigo, tem um significado diferente. Trata-se dos três órgãos que exercem o poder na república: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Separação dos poderes O objetivo de dividir os poderes vem da preocupação, desde a antiguidade, de se evitar a concentração do poder em uma só pessoa ou órgão. É uma forma de evitar o excesso e abuso de poder, que pode resultar em um regime autocrático, ditatorial, ar- bitrário, no qual ocorre o desrespeito aos direitos fundamentais do homem. Portanto, a separação dos poderes estatais em três (Legislativo, Executivo e Judiciário) serve para garantir o Estado Democrático de Direito. O filósofo francês Charles de Montesquieu é considerado o pai da separação dos poderes. Ele propôs a criação de órgãos distintos e independentes uns dos outros para realizar determinadas atividades: • produzir leis (Legislativo); • executar, administrar, segundo as leis, para desenvolver a atividade do Estado (Executivo); • e solucionar desentendimentos entre as pessoas e o Estado ou entre as próprias pessoas (Judi- ciário). Funções típicas de cada poder Executivo As principais funções desse poder são governar e administrar os recursos públicos conforme a lei. Quem representa esse poder são o Presidente da República, os Governadores e os prefeitos. Legislativo As principais funções desse poder são propor e votar leis, apreciar matérias apresentadas pelos outros poderes e pela população, fiscalizar as ações do Executivo, votar orçamentos públicos e examinar as contas públicas. Quem representa esse poder são os deputados e senadores. Papel do Legislativo 7 Judiciário As principais funções desse poder são garantir o direito das pessoas e promover a justiça, aplicando as leis. Quem representa esse poder são os juízes e os Ministros de Tribunais Superiores. Freios e contrapesos A Teoria da Separação dos Poderes, contribuição de Montesquieu, definiu que cada órgão dos três poderes desempenha uma função diferente. Estabeleceu-se assim a independência dos poderes e, ao mesmo tempo, o relacionamento das suas atividades. Esse sistema chamado de freios e contrapesos permite o controle de um poder sobre o outro, de forma a evitar o excesso por parte do governante em relação aos membros da sociedade. E como os poderes podem controlar uns aos outros para evitar abusos, como defende a teoria dos frei- os e contrapesos? Bem, a Constituição Federal dá a cada poder mecanismos para controlar os outros dois. Por exemplo, tanto o Executivo como o Judiciário podem controlar a constitucionalidade das leis feitas pelo Legislativo, ou seja, ver- ificar se as leis estão adequadas com os princípios existentes em nossa Lei Maior, a Constituição. Assim, o Presidente da república pode vetar os projetos de lei que ele considere inconstitucionais e o Judiciário pode con- siderar inconstitucionais leis ou parte delas. MÓDULO 4 – A NECESSIDADE DAS LEIS Introdução Bom, vimos rapidamente a função de cada poder. Agora entrarmos no tema principal do nosso cur- so: o Poder Legislativo. Apesar de o Legislativo ter outras funções, a de criar e alterar leis é vista pela sociedade como pri- mordial desse poder. Por que as leis são tão im- portantes? O homem é um animal social É comum ouvirmos que o homem é um animal social. Realmente, o ser humano não vive isolado, mas em contato com seus semelhantes. A vida em sociedade faz parte da natureza humana e per- mite que os homens somem esforços e superem suas limitações e dificuldades. Mas viver em grupo tem seu preço, afinal, não podemos fazer tudo o que queremos. Essa ideia está na expressa na frase: “o seu direito termina quando começa o direito do outro”. Isso porque, para vivermos em sociedade, é preciso respeit- ar algumas regras de conduta estabelecidas em benefício do interesse geral. Seria uma bagunça se todos pudessem fazer o que quisessem sem se importar com os outros. Se, por exemplo, um vizinho pudesse pegar um objeto de outro e ficar com ele, sem pedir autorização. Ainda bem que existem leis como a que diz que pegar um objeto de outro sem autorização é furto, e que a pessoa Papel do Legislativo 8 que faz isso está sujeita a uma pena imposta pelo Estado. É por isso que, se não existissem normas para a vida em sociedade, regras de convivência, poderiam surgir conflitos que tornariam impossível a vida em comum. O objetivo das normas O homem sempre buscou disciplinar a vida em sociedade, estabelecendo o que é proibido e o que é permitido. Isso porque, conforme vimos, para que seja possível a vida em comum, é preciso colocar alguns limites para as ações das pessoas e garantir certos direitos também. O objetivo das normas é garantir as condições necessárias para a vida em comunidade, permitir o desen- volvimento individual e o coletivo e possibilitar o alcance das necessidades materiais. //CURIOSIDADE Você sabia que desde os primórdios da humanidade o homem cria leis com a intenção de direcionar a conduta das pessoas? O Código de Hamurabi é um dos mais antigos conjuntos de leis já encontrados. Estima-se que tenha sido compilado pelo rei do império babilônico, Hamurabi, em torno de 1700 a.C. Trata-se de um monumento monolítico talhado em rocha em escrita MÓDULO 5 - PODER LEGISLATIVO Introdução As nossas leis são nada mais do que regras e normas, e a necessidade delas fica clara em simples atos de nossa vida cotidiana, como no trânsito. Mas dificilmente paramos para pensarna importância das leis, em como elas influenciam nossa forma de agir e pensar, em como elas são feitas e por quem são produzidas. O Poder Legislativo é o responsável por produzir as leis que irão orientar nossa sociedade com o objetivo disciplinar a vida em comum. Além disso, cabe ao Poder Legislativo representar o povo brasileiro, fis- calizar, além de sediar os debates de interesse nacional. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse Poder. Papel do Legislativo 9 Organização O Poder Legislativo possui âmbito federal, estadual (ou distrital) e municipal. O Legislativo Federal é com- posto pela Câmara dos Deputados e Senado Federal. Nos Estados, o órgão responsável por legislar é chamado de Assembleia Legislativa, no Distrito Federal, de Câmara Legislativa ou Câmara Distrital e nos municípios, Câmara Municipal ou Câmara de Vereadores. Observe o quadro abaixo: Organização: um poder, duas casas O Poder Legislativo Federal é bicameral, ou seja, é composto por duas Câmaras, duas Casas: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Nos estados, no Distrito Federal e nos municípios, o Poder Legislati- vo é unicameral com apenas um órgão responsável por fazer as leis. No sistema bicameral, adotado pelo Brasil no âmbito Federal, uma das Casas Legislativas inicia o pro- cesso legislativo e a outra o revisa. Assim, as duas casas devem se manifestar sobre a elaboração das leis, com raras exceções. O objetivo desse sistema é fazer com que as leis sejam mais debatidas e evitar excessos e decisões precipitadas na produção das leis, seguindo a ideia do sistema de freios e contrape- sos. Organização: Câmara dos Deputados A Câmara dos Deputados é composta de representantes do povo brasileiro, o que quer dizer que os deputados são eleitos para manifestarem a vontade do povo. A Constituição afirma que todo poder emana do povo que o exerce de forma direta ou por meio de seus representantes. Então, os deputados federais são os representantes do povo. Eles são escolhidos pelos Papel do Legislativo 10 eleitores por meio do sistema proporcional, que define o número de deputados de forma propor- cional à população de cada estado e do Distrito Federal. O mandato do deputado federal é de quatro anos. Esse período é chamado de legis- latura. Depois de quatro anos, os deputados finalizam seu mandatos e podem iniciar outro apenas se forem reeleitos. A idade mínima para se candidatar a deputado federal é de 21 anos. De acordo com a nossa Consti- tuição, o número de deputados federais é proporcional à população de cada estado e do Distrito Federal. Já que são representantes do povo, quanto mais pessoas viv- erem no estado ou Distrito Federal, mais deputa- dos serão necessários para representá-las. Cada unidade da federação tem entre oito a seten- ta deputados federais dependendo do número de habitantes. Se forem criados territórios federais, cada um terá um número fixo de quatro deputa- dos. Atualmente, a Câmara conta com 513 deputados. Organização: Senado Federal O Senado Federal é composto por representantes dos Estados e do Distrito Federal. Em uma feder- ação, cada estado tem a mesma importância de outro. É por isso que, ao contrário da Câmara, que representa o povo, o Senado possui um número fixo de três senadores para cada unidade da Fed- eração, totalizando 81 senadores no Brasil. O mandato de senador é de oito anos, ou seja, de duas legislaturas. A renovação do Senado ocorre a cada quatro anos (legislatura) quando são renova- dos, de forma alternada, um terço e dois terços dos senadores. Também há a possibilidade da reeleição. A idade mínima que um candidato ao Senado precisa ter é 35 anos. Outra diferença nas eleições é que os deputados são eleitos pelo sistema proporcional, enquanto os senadores são pelo majoritário, ou seja, são eleitos os mais votados numericamente. Organização: as diferentes tarefas Tanto a Câmara dos Deputados como o Senado Federal tem a missão de legislar e fiscalizar. Mas eles também têm tarefas diferentes. É de responsabilidade da Câmara iniciar a apreciação de projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo, do Judiciário e do Ministério Público, e, dar a última palavra sobre o texto final. O Senado Federal, entre outras atribuições, aprova a escolha de diversas autoridades, como o Procurador da República, presidente e diretores do Banco Central, chefes de missões diplomáticas de caráter permanente. Além disso, o Senado Papel do Legislativo 11 trata de diversas questões financeiras. Já o Congresso Nacional (Câmara e Senado juntos) também se reúne em sessões conjuntas para, entre outras atividades, tomar conhecimento do veto do Presidente da República a projetos de lei e decidir sobre ele, fazer emendas à Constituição, discutir e votar projetos de lei relacionados ao Orçamento e dar posse ao Presidente e Vice-Presidente da República. Nossa escolha É importante lembrar que todos os deputados, senadores e vereadores são escolhidos por nós, ele- itores. Dessa forma, a qualidade dos nossos representantes e de seus trabalhos está em nossas mãos! Daí a importância de escolhermos bem em quem votar e de acompanharmos de perto sua atuação! Atribuições Em primeiro lugar, a função primordial do Poder Legislativo é legislar, ou seja, fazer as leis que irão ori- entar a vida em sociedade. //CURIOSIDADE O analfabeto político O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. Bertold Brecht Pensador alemão Eugen Berthold Friedrich Brecht (Augsburg, 10 de Fevereiro de 1898 — Berlim, 14 de Agosto de 1956) foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX A criação de uma nova lei ou a alteração de uma já existente parte da necessidade de regulamentar algo relacionado à educação, saúde, meio ambiente, transporte, trabalho, esporte, economia, turismo etc., ou seja, algo que diz respeito à vida em sociedade. Depois é preciso pensar em como resolver o problema ou atender à necessidade que foi identificada. Em seguida, um deputado ou senador, ou mesmo a população por meio da iniciativa popular precisa apresentar um projeto de lei para atender àquela demanda. O que é um projeto de lei? Projeto de lei consiste em um texto, uma proposta escrita e articulada na for- ma de artigos, a ser submetida à apreciação do Poder Legislativo com o objetivo de que se torne uma lei. Para que esse projeto seja debatido e possa virar realmente uma lei existe um caminho a ser trilhado. Esse caminho se chama “processo legislativo”. Papel do Legislativo 12 Atribuições: legislar Para se fazerem leis, existem regras que se encon- tram em nossa Lei Maior, a Constituição, em Leis Complementares à Constituição e também em “leis” chamadas de “regimentos internos”, estatu- tos que definem a organização da Casas Legislati- vas e de seus trabalhos. Assim, da mesma forma que para se fazer um pão existe uma receita que diz quais são os ingredientes necessários e os pas- sos a serem seguidos, para se fazerem leis existem regras que descrevem o que é preciso e quais são as fases existentes para se cumprir tal objetivo. Essa sucessão de atos realizados para a produção de leis é chamado de processo legislativo. Em um sistema bicameral, como é o caso do Bra- sil, os projetos de lei devem ser apreciados pelas duas Casas Legislativas: Câmara dos Deputados e Senado Federal. Em seguida, os projetos são enviados ao Presiden- te da República, que poderá sancionar, ou seja, concordar com o projeto, ou vetá-lo, casonão concorde. Nesse último caso, o Congresso, ainda assim, tem a possibilidade de derrubar o veto e fazer o projeto continuar seu caminho para se tor- nar uma lei! Um ponto importante é que as Casas Legislativas não são fábricas de leis no sentido de que quanto mais produzem melhor. A produção legislativa não pode ser medida pelo número de leis aprovadas, mas sim pela qualidade dos debates sobre cada tema de interesse da so- ciedade. Assim, é melhor que existam poucas leis bem elaboradas e estruturadas a muitas leis que dão margem a diversas interpretações ou não são seguidas porque não refletem as expectativas da sociedade. Nem sempre a criação de uma lei é o melhor a se fazer. Muitas vezes, por meio de debates que ocorrem no Congresso Nacional, a conclusão é de que uma determinada lei, naquele momento, traria mais prejuízos do que benefícios para a sociedade. E então, o projeto é arquivado. Alguns desses proje- tos voltam a ser discutidos anos depois e podem até, nesse novo momento, virar uma lei! Atribuições: fiscalizar Outra responsabilidade do Poder Legislativo é a de fiscalizar. É uma função muito importante para nosso País. Afinal, é preciso sempre verificar se o dinheiro fruto do pagamento de impostos pela população está sendo bem empregado e gerando benefícios para a coletividade, como saúde, educação, limpe- za urbana e transporte coletivo de qualidade. O Legislativo exerce a sua função fiscalizadora de várias formas, principalmente, por meio das Comissões. Acontece da seguinte maneira: no Papel do Legislativo 13 Congresso Nacional existe a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, que exam- ina e emite parecer sobre as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República. Na Câmara dos Deputados temos a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, além das outras Comissões que, por meio de Proposta de Fiscalização e Controle, podem fiscalizar todas as instituições que utilizam dinheiro público. As Casas legislativas contam ainda com o auxílio dos Tribunais de Contas para exercerem essa tarefa tão importante. As Comissões Parlamentares de Inquérito, as famosas “CPIs”, têm poder de investigação própria de au- toridades judiciais e têm como objetivo apurar fatos específicos por um prazo determinado. Atribuições: sediar os debates nacionais Por último, cabe ao Legislativo sediar os debates nacionais. As audiências públicas que ocorrem nas Comissões e a Comissão Geral que acontece no Plenário da Câmara têm o objetivo de trazerem espe- cialistas para discutir determinado assunto ou matéria de importância nacional. Talvez seja essa a função mais importante do Poder Legislativo, lembrando que a produção legislativa não deve ser medida pela quantidade de leis aprovadas e sim pela qualidade dos debates sobre cada tema de interesse da sociedade. Todo ano, ocorrem centenas de audiências públicas nas Comissões do Congresso Nacional com o obje- tivo de discutir e debater temas de interesse de nossa sociedade e de nosso País. Papel do Legislativo 14 MÓDULO 6 – A CÂMARA DOS DEPUTADOS Introdução A Câmara dos Deputados tem como papel ser a representante do povo brasileiro, buscando alcançar as necessidades da sociedade por meio da discussão e votação de propostas sobre questões econômicas e sociais, como saúde, transporte, educação, habitação, meio ambiente, entre outras. Além disso, sem se esquecer de fiscalizar o correto emprego dos recursos arrecadados da população com o pagamento de impostos. Órgãos da Câmara dos Deputados Agora vamos conhecer a estrutura dos órgãos políticos da Câmara dos Deputados. Há três órgãos prin- cipais: o Plenário, a Mesa Diretora e as Comissões. No espaço chamado “Plenário Ulisses Guimarães”, bem abaixo da famosa cúpula da Câmara, reúnem-se os 513 deputados para discutir e votar as proposições em tramitação. Tais reuniões são chamadas “ses- sões”. A reunião de todos os deputados constitui-se em um órgão também chamado de “Plenário” e é a instância de maior poder dentro da Câmara. A Mesa Diretora é formada por sete deputados com um mandato de dois anos e tem a função de dirigir os trabalhos legislativos e os serviços administrativos da Casa. É composta pelo Presidente da Câmara, dois Vice-Presidentes e quatro Secretários. Já as Comissões são órgãos compostos por deputados onde as proposições são discutidas e votadas. Cada comissão trata de temas específicos como Defesa do Consumidor e Cultura e essa divisão permite o aprofundamento do estudo das matérias. As Comissões podem ser permanentes ou temporárias. Papel do Legislativo 15 //CURIOSIDADE Na Câmara dos Deputados, existem Comissões permanentes com diferentes áreas de atuação e campos temáticos, que são: Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural - CAPADR Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática - CCTCI Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania - CCJC Comissão de Cultura - CCULT Comissão de Defesa do Consumidor - CDC Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio - CDEIC Comissão de Desenvolvimento Urbano - CDU Comissão de Direitos Humanos e Minorias - CDHM Comissão de Educação - CE Comissão de Finanças e Tributação - CFT Comissão de Fiscalização Financeira e Controle - CFFC Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia - CINDRA Comissão de Legislação Participativa - CLP Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - CMADS Comissão de Minas e Energia - CME Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional - CREDN Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado - CSPCCO Comissão de Seguridade Social e Família - CSSF Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público - CTASP Comissão de Turismo e Desporto - CTD Comissão de Viação e Transportes - CVT Formação das leis na Câmara dos Deputados Já vimos que o Processo Legislativo é uma espécie de receita de como as leis são elaboradas. Então, agora vamos conhecer como ocorre o processo de elaboração das leis na Câmara dos Deputados com mais detalhes. Depois que um projeto de lei é apresentado, ele é numerado e despachado pelo Presidente da Câmara para as Comissões parlamentares rela- cionadas à matéria. Se aprovado nas Comissões permanentes quanto ao mérito da matéria, segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Ci- dadania para análise da constitucionalidade. E ainda, se for o caso, passa pela comissão que tra- ta da questão financeira e orçamentária (Comissão de Finanças e Tributação). Como você já sabe, as Comissões são órgãos for- mados por um grupo de parlamentares de deter- minada Casa Legislativa e nelas são discutidas e votadas matérias sobre ao seu campo de atuação, como saúde, educação, turismo, segurança públi- ca. As Comissões permitem que um tema seja debatido com mais profundidade e a apreciação da matéria seja mais rápida – já que a comissão é composta de um número menor de parlamen- tares do que o Plenário da Casa Legislativa a que pertencem. Além disso, há parlamentares espe- cializados em determinados assuntos, que po- dem, então, se encontrar para discutir e votar as matérias que tratam dos temas de cada uma das Comissões. A nossa Lei Maior, a Constituição, permite a aprovação de alguns projetos de lei somente pe- las Comissões, sem a necessidade de passar pelo Plenário da Casa. É o que chamamos de poder conclusivo das Comissões e tem o objetivo de deixar o processo legislativo mais ágil e aumentar Papel do Legislativo 16 o prestígio das Comissões Permanentes. Por isso, a presença de poucos deputados em plenário não significa que nada está ocorrendo na Câmara dos Deputados. Isso porque, enquan- to alguns deputados debatem ou discursam em Plenário, outros estão decidindo e discutindo so- bre questões importantes nas Comissões. Depois que o projeto de lei é apreciado em to- das as Comissões, caso não possa ser deliberado somente pelas Comissões via poderconclusivo, o projeto é encaminhado ao Plenário para que seja discutido e votado por todos os membros da Câmara. Uma vez aprovado na Casa, o projeto é remetido ao Senado Federal, para que seja também lá apre- ciado, ou ao Presidente da República (para sanção ou veto), caso já tenha vindo do Senado. Se, por sua vez, o projeto é rejeitado, é encaminhado ao arquivo. MÓDULO 7 – VOCÊ E O PODER LEGISLATIVO Introdução Sabemos que os deputados trabalham no Plenário e nas Comissões, mas poucos sabem que eles têm outra atribuição longe do Congresso Nacional: es- tar próximo de seus eleitores, ouvir suas deman- das e observar as necessidades do povo que eles representam! Visando isso, cada deputado tem um escritório em seu estado de origem para re- ceber a população em alguns dias da semana, a fim de identificar as expectativas e desejos de seus eleitores. Somos nós, eleitores, que escolhemos quem irá nos representar, seja no Legislativo, seja no Ex- ecutivo. No entanto, além de votar de forma con- sciente, nossa missão continua com controle da atuação dos nossos representantes, observando como eles se comportam em relação às grandes questões que afligem a sociedade, exigindo deles o cumprimento das promessas de campanha e cobrando ações que tragam benefícios para a co- letividade e para o nosso País. Tudo isso pode e deve ser feito como forma de mostrar aos políticos que a sociedade está acom- panhando o desempenho de seus trabalhos como representantes do povo brasileiro! O cidadão deve procurar o seu deputado, no seu estado mesmo, para tratar de assuntos que afe- tem sua cidade, seu estado ou o nosso País. Ver- emos, ainda neste curso, como participar mais do trabalho legislativo. Eleger seus representantes O voto é, provavelmente, a primeira coisa que nos vem à mente quando pensamos em participação. Nós cidadãos, eleitores, temos uma importante missão a ser desempenhada que, se formos parar para pensar, é decisiva para o futuro de nossa nação e traz consequências para todos os que nos cercam: nossos parentes, amigos, colegas de trabalho, vizinhos e, principalmente, para nossos filhos, netos, bis- netos. Então temos o poder de escolher os representantes que irão gover- nar o nosso país, decidir sobre os gastos do Estado e fazer as leis que regulam a vida em sociedade. Assim, Papel do Legislativo 17 lembre-se que está em nossas mãos o poder de decidir quem vai nos representar e, votando com con- sciência e bem informados, podemos evitar que maus políticos tomem as grandes decisões por nós. Responder a uma consulta direta O Poder Legislativo pode solicitar a realização de uma consulta direta ao povo para saber qual é a sua opinião sobre determinada questão de relevância nacional. Na prática, é uma espécie de eleição em que os cidadãos “votam” na opção que reflete a sua opinião. Isso ocorre por meio de Plebiscito quando a consulta é feita antes que determinada medida ou ação seja tomada pelo governo. O Referendo acontece quando o governo toma uma decisão e de- pois submete tal decisão à apreciação do povo, que pode aprova-la, ou seja, referendá-la, ou rejeitar a medida. Assim, em 2005 a população foi consultada em um referendo sobre a proibição do comércio de ar- mas de fogo e munição no Brasil, atendimento ao disposto na Lei nº 10.826/2003. Iniciativa popular e propostas aos representantes A Constituição dá ao povo a possibilidade de apresentar ao Poder Legislativo, por meio de um abaixo-assinado, um projeto de lei. Para isso, um número mínimo de eleitores precisa apoiar essa iniciativa. Dessa forma, se um grande número de eleitores entende que a criação de uma determi- nada lei é necessária e apresenta um projeto de lei por meio da iniciativa popular, o Legislativo tem o dever de apreciar essa matéria, que é resultado da vontade dos cidadãos. O voto não é o único vínculo que o cidadão tem com os deputados! Depois de eleito, o deputado é representante dos cidadãos, mesmo de quem não tenha votado nele. Se o cidadão ou uma asso- ciação da qual ele participa tem ideia de algo que possa ser feito e que depende de legislação para isso, o cidadão ou a associação pode acionar seu representante. Ele é um representante legítimo para alterar ou propor uma nova lei. Por isso, o ci- dadão pode entrar em contato com ele ou com as pessoas que o assessoram por meio de telefone, correio eletrônico ou pessoalmente – e no caso dos deputados federais, nos gabinetes em Brasília ou nos escritórios que cada deputado tem em seu Estado. O cidadão pode recorrer ao deputado sozinho ou coletivamente, por meio de um sindicato, órgão de classe, ONG etc. Além disso, é importante lembrar que há deputados que se “especializam” em de- terminados temas e assim, independente de qual Estado o tenha eleito, será o mais indicado para tratar da questão. Participar de Fóruns Oficiais das Casas Legislativas Há fóruns oficiais para debater e propor sugestões para o aperfeiçoamento da legislação já existente ou para elaboração de novas normas segundo divisões por temas. Pelo site Câmara dos Depu- tados, qualquer cidadão pode se inscrever no E - democracia. Na Câmara e em outras casas legis- lativas, também existem Comissões de Legislação Participativa, que recebem sugestões de projetos de lei e de outras proposições de entidades da sociedade civil organizada (ONGs; Associações e Órgãos de Classe; Entidades da Sociedade Civil, exceto Partidos Políticos; Órgãos e Entidades de Administração Direta e Indireta com participação paritária da sociedade civil). Papel do Legislativo 18 Assim, até mesmo uma associação de moradores de um bairro pode apresentar uma sugestão que, posteriormente, pode virar uma lei. Temos como exemplo a primeira sugestão apre- sentada à Comissão de Legislação Participativa da Câmara, pela Associação dos Juízes Federais do Brasil, que trata da informatização do processo ju- dicial, transformou-se na Lei 11.419, de 2006. Acompanhar o trabalho legislativo O cidadão pode acompanhar os trabalhos legisla- tivos pelos endereços eletrônicos das Casas Leg- islativas e saber quais temas estão em discussão, quais as decisões estão sendo tomadas. Na Câmara dos Deputados, ele pode, por exemplo, assistir a todas as reuniões, votações e audiências públicas ocorridas em plenário ou nas Comissões. Os cidadãos podem fazer isso pessoalmente e também pela internet, rádios e TVs legislativas. Além disso, o site da Câmara dos Deputados per- mite que a pessoa se cadastre para receber um boletim sobre a atuação do deputado de seu in- teresse e fazer pesquisas sobre temas que você escolher. O Legislativo existe para servir à popu- lação e é por isso que sua atuação é pública e está disponível ao cidadão! Participar efetivamente do Poder Legislativo Lembre-se de que uma das funções do legislativo é a de fiscalizar, tarefa que é exercida com aux- ílio dos Tribunais de Contas e por meio das CPIs - Comissões Parlamentares de Inquérito. Por isso, se o cidadão identifica uma irregulari- dade, ele pode acionar a sua casa legislativa mu- nicipal, estadual ou federal e fazer uma denúncia. A denúncia pode ser inclusive a respeito da atu- ação dos próprios deputados. O cidadão deve fi- car de olho e apontar o que vê de errado! Para quem tem vontade de fazer algo pela sua cidade, estado ou pelo Brasil como um todo, se tornar um representante é um bom caminho! Por meio da atuação legislativa, um parlamentar pode apontar e decidir sobre questões relevantes para a sociedade. O primeiro passo é buscar um parti- do político com o qual a pessoa se identifique. É importante disseminar conhecimento sobre o Poder Legislativo, compartilhar o que se conhece sobre a atuação do legislativo e as formas de acompanhamento e participação. Cidadãos infor- mados, críticos e participativos fortalecem nossa democracia! Papel do Legislativo 19 Chegamos ao final do curso. Pudemos perceber que o Poder Legislativo tem um importantepapel para a nossa democracia, fiscalizando, elaborando nossas leis e sediando os debates de relevância para o Brasil. Mas, além disso, a atuação do cidadão também é muito importante! Escolhendo bem e acompanhando a atuação dos nossos representantes podemos dar nossa con- tribuição para todos os que nos rodeiam e para as nossas futuras gerações. Por isso, devemos continuar buscando conhecimento sobre o nosso país e o nosso sistema político! //SAIBA MAIS Veja a partir de que idade você pode concorrer às vagas de representante Unidade da Federação Casa legislativa Membro Idade mínima União Câmara dos Deputados Deputado Federal 21 Senado Federal Senador da República 35 Estados Assembleia Legislativa Deputado Estadual 21 Distrito Federal Câmara Distrital Deputado Distrital 21 Municípios Câmara Municipal Vereador 18 Conteúdo: André Corrêa de Sá Carneiro Planejamento Educacional: Thais da Costa Picchi Adequação de conteúdo: Lúcio José Carlos Batista - Seead Revisão textual: Natália Oliveira - Seead Imagens: Aldo Faiad – Nuead MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO MÓDULO 2 - CONCEITOS IMPORTANTES SOBRE NOSSO PAÍS Introdução República e Federação Estado democrático de direito Tipos de democracia MÓDULO 3 - PODER E PODERES Introdução Poder e poderes Separação dos poderes Funções típicas de cada poder Executivo Legislativo Judiciário Freios e contrapesos MÓDULO 4 – A NECESSIDADE DAS LEIS Introdução O homem é um animal social O objetivo das normas MÓDULO 5 - PODER LEGISLATIVO Introdução Organização Organização: um poder, duas casas Organização: Câmara dos Deputados Organização: Senado Federal Nossa escolha Atribuições Atribuições: legislar Atribuições: fiscalizar Atribuições: sediar os debates nacionais MÓDULO 6 – A CÂMARA DOS DEPUTADOS Introdução Órgãos da Câmara dos Deputados Formação das leis na Câmara dosDeputados MÓDULO 7 – VOCÊ E O PODER LEGISLATIVO Introdução Responder a uma consulta direta Iniciativa popular e propostas aos representantes Participar de Fóruns Oficiais das Casas Legislativas Acompanhar o trabalho legislativo Participar efetivamente do Poder Legislativo
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