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O programa bolsa família

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O programa bolsa família:
O programa Bolsa Família (BF) foi instituído em outubro de 2003 sob o governo 
Lula, com o objetivo de complementar a renda de famílias expostas à pobreza e à extrema 
pobreza (a qual, na definição do Banco Mundial, atinge pessoas com renda inferior a um dólar diário). Sua maior novidade foi a unificação de vários benefícios sociais do governo federal (bolsa escola, cartão alimentação, bolsa alimentação, auxílio gás) num único programa de transferência direta de renda em dinheiro, gerido em parceria com os estados e as prefeituras. A participação no BF é condicionada, entre outras coisas, ao acompanhamento da saúde e à matrícula e frequência escolares dos filhos. Segundo dados oficiais, ao início de 2015, são mais de 14 milhões de famílias atendidas; mais ou menos um em cada quatro O Cadastro Único foi desenvolvido pelo governo federal através da Caixa Econômica Federal, com início em 2001, sendo a última normatização a ordenada pelo Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007 do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Quem tem pode participar do Bolso 
O programa de transferência de renda condicionada Bolsa Família tem se destacado, nos últimos anos, como a principal política social do Brasil, destinada aos "mais pobres" do país. Em poucos anos de implementação, o Bolsa Família é conhecido por grande parcela da população, desperta muito interesse e é objeto de vários estudos, em sua grande maioria, amostrais e estatísticos. Esse trabalho tem como objetivo discutir essa política pública em suas diferentes etapas, considerando tanto os aspectos institucionais (desenho, implementação e modelo de gestão), como os subjetivos. O foco da análise é apreender a interação entre a população e a política. Para tanto, realizei, tendo como metodologia a etnografia, um estudo comparativo com técnicos/as e beneficiárias das cidades de São Paulo (SP) e São Carlos (SP), observando as diferenças e semelhanças que a política assume depois que 'sai do papel'. Privilegia-se o olhar do beneficiário, isto é, 'daquele que recebe', com o intuito de realizar um levantamento das percepções, avaliações e sentimentos sobre a política. Busquei, com isso, analisar os efeitos gerais do Programa, com destaque para os impactos políticos dessa nova política de combate à pobreza. Um dos resultados observados é que, embora seja uma política federal, por ser implementado pelos municípios, o Bolsa Família 'funcionando' assume uma dinâmica diferente, de acordo com a estrutura política e administrativa local. Além disso, apesar de conter em seu desenho mecanismos que estimulem a participação política do beneficiário, na prática, entre as pessoas entrevistadas, ser beneficiário do Programa não se reverteu em uma maior participação e consciência política: a maioria participa das reuniões "porque tem que ir". Outro ponto observado é a falta de conhecimento e informação sobre o Programa, tanto entre os/as técnicos/as responsáveis pela política, como entre a população beneficiária. A pesquisa realizada com as pessoas que estão 'dentro' do Bolsa Família mostrou que é mais do interessante, ao se analisar uma política pública, considerar as falas daqueles que estão lidando diariamente com a política, uma vez que, ao se considerar os aspectos simbólicos e subjetivos, novos e significativos elementos surgem, demonstrando efeitos que a avaliação estatística não consegue apreender
através das ações e serviços de assistência social123, deve garantir as seguranças de sobrevivência (de rendimento e de autonomia), de acolhida e de convívio ou vivência familiar (PNAS, 2005). Para tanto, os serviços e ações de assistência social estão organizados, por níveis de complexidade, em: Proteção Social Básica124, destinada à prevenção de riscos de pessoas e famílias em situações de vulnerabilidade social; e a Proteção Social Especial de Média e Alta complexidade125 , destinada a indivíduos e famílias em situação de violação de direitos.
Os programas de transferência de renda surgem no cenário nacional e internacional como alternativa ao esfacelamento do modelo do Welfare State e aos novos problemas econômicos, 
políticos e sociais das décadas de 80, 90 e anos 2000, causados, em grande parte, pelos ajustes estruturais propostos pelo Consenso de Washington. Teoricamente, eles se baseiam na superação da pobreza a partir do desenvolvimento de capacidades individuais128, tal como apregoado pelo economista indiano Amartya Sen. No Brasil, a discussão foi heroicamente sustentada pelo senador Eduardo Suplicy (PT/SP): foram mais de dez anos desde a apresentação do Projeto de Lei n°80/91 que propunha a implementação do Programa de Garantia de Renda Mínima, até a promulgação da Lei n° 10.835, em 08 de janeiro de 2004, que institui a Renda Básica de Cidadania no Brasil.
92% do total de receberos do bolsa família são mulheres, 
Dados o ipea 
O Bolsa Família é a transferência pública que mais alcança a população pobre no Brasil, uma vez que cerca de 70% dos recursos do programa alcançaram os 20% mais pobres, reduzindo a pobreza em 15% e a extrema pobreza em 25%. A conclusão consta do trabalho feito por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que analisou “Os efeitos do Programa Bolsa Família (PBF) sobre a pobreza e a desigualdade: Um balanço dos primeiros 15 anos”.
“O Bolsa Família também responde por 10% de redução da desigualdade no Brasil, entre 2001 e 2015. Esse impacto é relevante, tendo em vista o baixo custo do programa, de apenas 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB)”, disse o pesquisador do Ipea Pedro Ferreira de Souza. Ele participou do balanço dos impactos do Bolsa Família sobre a condição de vida das famílias beneficiadas, lembrando que se trata de uma das principais políticas sociais do governo federal.
O aumento de cobertura foi importante para os bons resultados do Programa. O número de beneficiários do Bolsa Família passou de 6 milhões de famílias em 2004 para 13,3 milhões de famílias em 2017, ano no qual o programa possibilitou que 3,4 milhões de pessoas deixassem a situação de pobreza extrema e outras 3,2 milhões superassem a pobreza.
Contudo, o estudo também ressalta que os desafios permanecem, pois 64% dos beneficiados pelo Bolsa Família continuam em situação de extrema pobreza. Isso pode ser explicado pelo valor médio transferido mensalmente para cada família – cerca de R$ 180, em 2017. “O valor modesto impede que o programa seja ainda mais eficaz no combate à pobreza no país”, ponderou o pesquisador do Ipea.
A análise dos impactos gerados pelo programa de transferência de renda feita pelo Ipea foi baseada em dados da Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2001 a 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Benefício Básico
Concedido às famílias em situação de extrema pobreza (com renda mensal de até R$ 89,00 por pessoa). O auxílio é de R$ 89,00 mensais.
Benefício Variável
Destinado às famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza que tenham em sua composição gestantes, nutrizes (mães que amamentam), crianças e adolescentes de 0 a 15 anos. O valor de cada benefício é de R$ 41,00 e cada família pode acumular até 5 benefícios por mês, chegando a R$ 205,00.
Benefício Variável Jovem:
Destinado às famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza e que tenham em sua composição adolescentes entre 16 e 17 anos. O valor do benefício é de R$ 48,00 por mês e cada família pode acumular até dois benefícios, ou seja, R$ 96,00. (Limite de dois jovens por família e é obrigatório comprovar frequência escoar de 75% )
Renda básica 
Reduzir a burocracia pública e dar poder ao cidadão. A renda básica deve combater a pobreza e buscar a autonomia das pessoas em relação ao Estado
O artigo terceiro da Constituição diz: “constituem os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobrezae a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.
Podemos nos encontrar com Aristóteles, 300 anos antes de Cristo, em “Política”. Ele disse que a política é a ciência de como alcançar o bem comum, uma vida justa para todos. Para isso se faz necessário a justiça política que precisa ser precedida da justiça distributiva, que torna mais iguais os desiguais.
Justiça distributiva: 
Em janeiro de 2004, a Lei 10.835 aprovada pelo Congresso, foi sancionada, instituindo a renda básica de cidadania. De acordo com a lei, todos os brasileiros e estrangeiros residentes há pelo menos cinco anos no país devem receber um benefício monetário suficiente para atender às despesas mínimas com alimentação, educação e saúde. O programa Bolsa Família é considerado pelo senador como um dos passos necessários para alcançar esse objetivo. mas depende da vontade política do Poder Executivo para ser implementada.
Auguste Comte------
http://rendabasica.com.br/renda-basica-de-cidadania-uma-questao-de-bom-senso-entrevista-com-eduardo-suplicy/
Fonte: http://www.caixa.gov.br/programas-sociais/bolsa-familia/Paginas/default.aspx

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