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CDU: 621.643.4-036.6:666.189.21 JUN./1988 4 páginas Copyright © 1990, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas EB-318 Tubo de poliéster reforçado com fibras de vidro, com junta elástica, para esgoto sanitário SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas 6 Inspeção 7 Aceitação e rejeição 1 Objetivo Esta Norma fixa as condições exigíveis para o recebimento de tubos de poliéster reforçado com fibras de vidro, com junta elástica, contendo ou não enchimento de agregado inorgânico, para esgoto sanitário. 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: EB - 1553 - Junta elástica DEFOFO para tubos e conexões de poliéster reforçado com fibras de vidro - Especificação MB - 1140 - Tubo de poliéster armado com fios de vidro - Verificação de estanqueidade à pressão interna - Método de ensaio MB - 1766 - Tubo de poliéster reforçado com fibras de vidro (PRFV) - Verificação da resistência axial por pressão hidrostática interna - Método de ensaio Palavras-chave: Esgoto sanitário. Junta elástica. Tubo de poliéster Registrada no INMETRO como NBR 10845 NBR 3 - Norma Brasileira Registrada Especificação Origem: Projeto 2:009.23 -046/84 CB-2 – Comitê Brasileiro de Construção Civil CE-2:009.23 – Comissão de Estudo de Tubos de Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro EB-318 - Glass-fibre reinforced polyester resin pipes with flexible joints for sewers - Specification Esta Norma substitui a EB-318/85 MB - 1767 - Tubo de poliéster reforçado com fibra de vidro (PRFV) - Verificação da resistência circunferencial por pressão hidrostática interna - Método de ensaio MB - 1768 - Tubo de poliéster reforçado com fibra de vidro (PRFV) - Avaliação da resistência química quando submetido a ovalização por compressão diametral - Método de ensaio MB - 1769 - Tubo de poliéster reforçado com fibra de vidro (PRFV) - Determinação da dureza Barcol em resinas de poliéster - Método de ensaio NB-309-01- Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos - Procedimento NB - 928 - Assentamento de tubulação de poliéster reforçado com fibras de vidro - Procedimento PB - 798 - Tubulação de saneamento nas áreas de re- de de distribuição, adutoras, redes coletoras de esgoto e interceptores - Diâmetros nominais – Padroni- zação. 3 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.11. 3.1 Diâmetro nominal (DN) Número que classifica, em dimensão, os elementos de tubulações (tubos, conexões, etc.) e que corresponde 2 EB-318/1988 aproximadamente ao diâmetro interno da tubulação, em milímetros. Nota: O diâmetro nominal não deve ser objeto de medição nem ser utilizado para fins de cálculo. 3.2 Comprimento de montagem (CM) Distância medida entre a extremidade da bolsa de um tubo até a extremidade da bolsa de outro tubo de mesmo DN, quando os dois tubos são conectados, executando- se uma junta elástica de ponta e bolsa com anel de borracha (JE-PBA). 3.3 Poliéster Material plástico, termofixo, que se torna permanentemente rígido, infusível e substancialmente insolúvel quando curado, caracterizado por grupos éster em sua cadeia molecular. 3.4 Véu de superfície Feltro fino de fibras de vidro ou fibras orgânicas. 3.5 Camada interna Aquela em contato com o fluido conduzido, construída com véu de superfície e resina poliéster. 3.6 Cura Reação química em que a resina poliéster se transforma progressivamente do estado líquido para o estado sólido permanentemente rígido, infusível e substancialmente insolúvel. 3.7 Fibras de vidro Filamentos de vidro de formulação específica (vidro tipo E), tratados superficialmente para compatibilidade com as resinas poliéster. 3.8 Pressão de serviço (PS) Pressão interna máxima, incluindo as variações dinâmicas, a que o tubo pode ser submetido em serviço contínuo, em determinada temperatura. 3.9 Fator de rigidez (FR = E’ � I) Produto do módulo de elasticidade circunferencial de flexão (E’c) pelo momento de inércia da parede do tubo (I) por unidade de comprimento. 3.10 Classe de rigidez (CR = ) Razão entre o fator de rigidez (FR) e a terceira potência do diâmetro interno do tubo (∅3). 3.11 Classe de pressão (CP) Número que classifica os tubos, correspondendo à pressão de serviço (PS) expressa em pascal, à temperatura de 25°C. 4 Condições gerais 4.1 Requisitos de fabricação dos tubos 4.1.1 Devem ser fabricados em poliéster reforçado com fibras de vidro, com adição de ingredientes a critério do fabricante, por processo que assegure a obtenção de um produto que preencha as condições estabelecidas nesta Norma. 4.1.2 Devem ser fabricados na classe de pressão (CP) 40. 4.1.3 Devem ser fabricados nos tipos ponta e bolsa ou duas pontas e luva, com junta elástica (JE), atendendo aos requisitos da EB-1553 e fabricados nos diâmetros nominais de DN 50, 75, 100, 150, 200, 250, 300, 350, 400, 450, 500, 600, 700, 800, 900, 1000, 1200, 1300, 1400 e 1500, baseados na PB-798. 4.1.3.1 Outros tipos de juntas podem ser utilizados conforme especificações do fabricante, mediante acordo prévio com o comprador. 4.1.3.2 Juntas que restrinjam a movimentação axial dos tubos, tais como juntas flangeadas (F), juntas soldadas (JS) ou juntas travadas (JT), podem originar, quando em serviço, esforços para os quais os tubos não foram dimensionados. 4.1.3.3 O fabricante deve informar ao comprador, se por este consultado, sobre como proceder nestes casos especiais ou fornecer tubos que apresentem resistências axiais superiores aos valores constantes da Tabela e que sejam adequados à aplicação. 4.1.4 Devem ser fabricados nas classes de rigidez (CR) 1250, 1600, 2000, 2500, 3200, 4000, 5000 e 6000 Pa. 4.1.4.1 Dependendo de acordo prévio entre comprador e fabricante, os tubos podem ser fornecidos em classes de rigidez (CR) superiores às estabelecidas em 4.1.4. 4.1.4.2 Tendo em vista as condições de instalação dos tubos, o comprador deve escolher a classe de rigidez (CR) entre os valores estabelecidos em 4.1.4. O fabricante, para atender a determinada classe de rigidez, pode fornecer tubos com CR maior que o valor especificado. 4.1.5 Quando com diâmetros nominais maiores que DN 1500, os tubos devem ser fabricados com tipos de junta, respectivos diâmetros, pressões nominais e comprimentos, estabelecidos de comum acordo entre comprador e fabricante, tendo em vista as características do projeto, execução, transporte e manuseio, sendo que no restante devem satisfazer aos requisitos desta Norma. 4.1.6 Devem apresentar a superfície externa sem nenhuma fibra exposta, seja o acabamento manual ou à máquina, devendo existir suficiente resina e/ou material inerte de enchimento na parte externa para tal finalidade. 4.1.7 A camada interna deve ser lisa, impermeável e altamente resistente ao ataque de ambientes agressivos. FR ∅3 3EB-318/1988 Tabela - Pressões de ensaio para verificação de resistência axial (MPa) Diâmetro Pressão referente Nominal à classe 40 (DN) (MPa) 350 0,90 400 0,90 450 0,72 500 0,72 600 0,56 700 0,56 800 0,56 900 0,56 1000 0,56 1100 0,56 1200 0,56 1300 0,56 1400 0,561500 0,56 4.1.8 Trazer, no mínimo, a seguinte marcação: a) marca ou identificação do fabricante; b) diâmetro nominal “DN....”; c) classe de pressão “CP....”; d) classe de rigidez “CR....”; e) tipo de junta “JE”; f) identificação desta Norma. 4.2 Comprimento dos tubos Os tubos devem ter comprimento de montagem (CM) de 6m ou 12m, com tolerância de + 6cm e - 3cm. 4.3 Unidade de compra A unidade de compra é o tubo de ponta e bolsa com comprimento conforme 4.2. 5 Condições específicas 5.1 Ensaio hidrostático à pressão interna Os tubos, quando submetidos individualmente, durante 30s a 60s, à pressão hidrostática interna igual a duas vezes sua pressão de serviço, conforme 6.5, não devem apresentar exsudação, lacrimejamento ou qualquer outra evidência de vazamento. 5.2 Dimensões e tolerância Os tubos, quando submetidos à verificação dimensional conforme 6.6.2, devem satisfazer ao estabelecido em 4.2 e na EB-1553, nesta para os diâmetros nominais (DN) de 100 a 500. 5.3 Dureza Barcol As áreas das superfícies interna e/ou externa, escolhidas para verificação do grau de cura da resina utilizada conforme 6.7.1, devem apresentar dureza no mínimo igual a 90% da dureza especificada pelo fabricante da resina poliéster empregada na fabricação da referida superfície. 5.4 Classe de rigidez e deflexão Os corpos-de-prova submetidos à deflexão diametral por pratos paralelos devem apresentar classe de rigidez (CR) maior ou igual aos valores estabelecidos em 4.1.4, bem como devem suportar deflexões de 15% de seu diâmetro interno, sem apresentar quaisquer sinais de dano estrutural, tais como trincas, delaminação, ruptura ou rasgos. Nota: A deflexão de 15% estabelecida é uma condição de ensaio e não deve ser interpretada como deflexão admissível no assentamento dos tubos,conforme NB-928. 5.5 Resistência à pressão hidrostática 5.5.1 Os tubos devem suportar, sem se romper ou exsudar, pressão hidrostática interna igual a quatro vezes e meia a pressão de serviço que caracteriza sua classe de pressão, quando ensaiados conforme a MB-1140. 5.5.2 Os tubos devem suportar, sem se romper ou exsudar, pressão hidrostática interna conforme a Tabela, quando ensaiados segundo a MB-1766. 5.6 Resistência química - qualificação A qualificação do processo e materiais usados na produção de tubos para condução de esgotos sanitários é feita conforme a MB-1768. O tubo é considerado adequado para condução de esgoto sanitário, se o alongamento extrapolado para 100.000 h for igual ou superior a 0,5%, tendo como ambiente agressivo ácido sulfúrico 1,0 N à temperatura ambiente. O processo e materiais assim qualificados podem ser controlados conforme 5.7. 5.7 Resistência química - controle Os corpos-de-prova não podem apresentar falhas, quando defletidos diametralmente durante 100 h para alongamento de 0,7% e durante 1.000 h para alongamento de 0,64%. Este controle deve ser executado pelo fabricante dos tubos conforme a MB-1768, tendo como ambiente agressivo ácido sulfúrico 1,0 N à temperatura ambiente. 6 Inspeção 6.1 Se o comprador desejar inspecionar os tubos, esta inspeção deve ser efetuada na fábrica. 4 EB-318/1988 6.2 O fabricante deve colocar à disposição do comprador ou seu representante os equipamentos e pessoal especializado para os ensaios, gabarito de controle, etc., conforme sua rotina normal de controle de qualidade. 6.3 O comprador ou seu representante deve ser avisado, no mínimo, 15 dias úteis antes do início das operações do recebimento do material. 6.4 Caso o comprador ou seu representante não compareça na data estipulada para acompanhar os ensaios de recebimento, deve o fabricante proceder aos ensaios e demais providências conforme estabelece esta Norma. 6.5 Os tubos, após completamente curados, devem ser submetidos individualmente, pelo fabricante, ao ensaio de pressão hidrostática interna conforme a MB-1140. 6.6 Os tubos aprovados no ensaio de pressão hidrostática interna devem ser submetidos à verificação de conformidade com 4.1, 4.3, 5.5 e 6.6.1 e 6.6.2. 6.6.1 O fabricante deve emitir um termo de garantia explícita de que seus tubos, fabricados conforme esta Norma, e não somente os lotes que vão embarcar, cumprem as exigências de 4.1.3 e 5.5, observando-se: a) o fabricante deve qualificar o projeto de sua junta, com a realização de ensaios indicados na EB-1553, e deve manter sob registro, para exibição quando solicitados, os resultados destes ensaios; b) os ensaios para verificação da resistência axial e circunferencial dos tubos, para cada classe de pressão e diâmetro devem ser realizados pelo fabri- cante pelo menos uma vez por ano. Notas: a) A verificação da capacidade de suportar pres- são hidrostática interna deve ser feita de acordo com a MB-1767. b) A verificação da capacidade de suportar carga axial deve ser feita de acordo com a MB-1766. c) O fabricante deve qualificar e controlar o pro- cesso e os materiais usados na fabricação dos tubos com a realização dos ensaios de qualifi- cação e controle mencionados em 5.6 e 5.7, e deve manter sob registro, para exibição quando solicitados, os resultados destes ensaios. 6.6.2 A inspeção deve ser feita utilizando-se gabaritos apropriados para verificação dos requisitos dimensionais conforme 4.2 e dos diâmetros nominais (DN) de 100 a 500 conforme EB-1553, bem como devem-se verificar as marcações conforme 4.1.8. Nestas inspeções, deve-se adotar o plano de amostragem dupla da NB-309-01, inspeção normal, com nível de qualidade aceitável (NQA) de 2,5% e nível geral de inspeção II. 6.7 A verificação da dureza da resina poliéster deve ser feita segundo a MB-1769, observando-se que: a) devem-se escolher aleatoriamente três áreas nas superfícies interna ou externa de cada tubo, em que seja possível efetuar a medição, que sejam repre- sentativas destas superfícies; b) cada área deve ter dimensões aproximadas de 20cm x 20cm; c) a dureza deve ser verificada com impressor Barcol, modelo GYZJ 934-1, calibrado com padrões de durezas conhecidas. 6.7.1 As superfícies revestidas com material inerte de enchimento não são suscetíveis de verificação da dureza Barcol. 6.8 De cada 100 tubos fabricados, de mesmo diâmetro nominal e classe de pressão, deve ser escolhido um tubo para extração de corpos-de-prova para ensaios, observando-se que: a) a seleção do tubo para extração dos corpos-de- prova deve ser aleatória, de tal forma que na média ocorra um tubo escolhido para cada 100 produzi- dos; b) do tubo escolhido devem ser cortados, a partir da ponta, três pedaços de 30cm cada um, para a realização do ensaio de rigidez e deflexão; c) do mesmo tubo devem ser cortados mais dois cor- pos-de-prova de comprimento aproximado de três vezes o diâmetro nominal ou, no máximo, 2,5m, para os ensaios de resistência circunferencial e axial, conforme as MB-1767 e MB-1766, respecti- vamente. 7 Aceitação e rejeição 7.1 Quando a aprovação do material for feita pelo comprador ou seu representante, o certificado de inspeção deve ser dado tão logo os ensaios e a inspeção sejam concluídos e no próprio local de inspeção. 7.2 Caso o comprador ou seu representante não compareça aos ensaios de recebimento, o material, se for aprovado pelo controle de qualiade do fabricante, conforme previsto em 6.4, deve ser considerado liberado para faturamento e despacho, sendo anexado o certificado de inspeção do fabricante. 7.3 Quando o comprador ou seu representante recusar o material, a recusa deve ser feita mediante documento dirigido às partes no prazo máximo de até 48 h, com argumentos técnicos baseados nesta Norma. 7.4 Caso qualquer um dos resultados do ensaio de deflexão, conforme 5.4, seja inferior ao mínimo exigido, o tubo correspondente é recusado. Devem ser retirados corpos- de-prova de dois outros tubos do mesmo lote e repetidos os ensaios.7.5 Os lotes que satisfizerem às exigências estabelecidas em 4.1, 4.3, 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4 devem ser aceitos. 7.6 Os tubos dos quais são retirados os corpos-de-prova, conforme 6.8, devem receber, na parte cortada, acabamento equivalente ao dado às pontas. Estes tubos devem ser aceitos pelo comprador como se tivessem seu comprimento total, antes da extração dos corpos-de- prova.
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