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Copyright © 1995, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210-3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 5363ABR 1998 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Tipo de proteção "d" - Especificação SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Classificação dos invólucros em grupos e classes de temperatura 5 Juntas à prova de explosão 6 Gaxetas 7 Eixos de operação 8 Eixos e mancais 9 Partes transparentes 10 Respiros e drenos 11 Fechos e parafusos 12 Resistência mecânica do invólucro 13 Entradas para invólucros à prova de explosão 14 Conjuntos de manobra para grupo I 15 Receptáculos e bases de lâmpadas 16 Invólucros não-metálicos e partes não-metálicas de invólucros 17 Marcação 18 Inspeção de invólucros metálicos 19 Inspeção de invólucros não-metálicos e de partes não- metálicas de invólucros 20 Certificação de invólucros à prova de explosão para usos diversos ANEXO A - Tabelas ANEXO B - Figuras ANEXO C - Certificação de invólucros à prova de explosão para usos diversos ANEXO D- Respiros e drenos para instalação de equipa- mentos elétricos à prova de explosão ANEXO E - Acessórios para instalação de equipamentos elétricos à prova de explosão 1 Objetivo 1.1 Esta Norma estabelece os requisitos específicos para a construção e inspeção de equipamentos elétricos com invólucros à prova de explosão, tipo de proteção “d”, de modo a torná-los adequados à aplicação em ambientes com atmosferas explosivas, em adição aos requisitos gerais es- tabelecidos na NBR 9518. 1.2 As instalações elétricas em minas e em indústrias, particularmente as químicas e petroquímicas onde exista a possibilidade de formação de ambientes com misturas explosivas, devem receber atenção especial. Tais áreas são as definidas com o código BE-3 na NBR 5410. 1.3 No sentido de minimizar os riscos de danos pessoais e materiais que possam ocorrer em conseqüência destas instalações, existem diferentes técnicas e procedimentos relacionados na coletânea de normas citadas no Capítulo 2 da NBR 8370. 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão - Procedimento NBR 6405 - Rugosidade das superfícies - Procedimento NBR 7356 - Plásticos - Determinação da flamabilidade - Método de ensaio NBR 8370 - Equipamentos e instalações elétricas para atmosferas explosivas - Terminologia Palavras-chave: Invólucros à prova de explosão. Equipamento elétrico 37 páginas Origem: Projeto de Emenda NBR 5363/1997 CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade CE-03:031.01 - Comissão de Estudo de Invólucros à Prova de Explosão NBR 5363 - Electrical apparatus for explosive atmospheres - Flameproof enclosures "d" - Specification Descriptors: Flameproof enclosure. Electrical apparatus Esta Norma foi baseada na IEC 79-1 e na CENELEC EN 50018 Esta Norma substitui a NBR 5363/1995 Válida a partir de 01.06.1998 E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 2 NBR 5363/1998 NBR 8447 - Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Segurança intrínseca - Especificação NBR 9518 - Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Requisitos gerais - Especificação NBR 9527 - Rosca métrica ISO - Procedimento NBR 9883 - Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Segurança aumentada - Especificação NBR 10861 - Prensa-cabos - Especificação BS 6121 - Cable glands IEC-61-1 - Lamp caps - Part 1 IEC-79-14 - Electrical installations in explosive gas atmospheres (other than mines) IEC-112 - Method for determining the comparative and the proof tracking indices of solid insulating materials under moist conditions ISO/R 179 - Plastics - Determination of charpy impact strength of rigid materials ISO 1817 - Rubber vulcanized - Determination of the effect of liquids ISO 2738 - Permeable sintered metal materials - Determination of density, oil content, and open porosity ISO 4003 - Permeable sintered metal materials - Determination of bubble test pore size ISO 4022 - Permeable sintered metal materials - Determination of fluid permeability ISO 4892 - Plastics - Method of exposure to laboratory ligth sources 3 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições constantes na NBR 8370. 4 Classificação dos invólucros em grupos e classes de temperatura Esta classificação deve ser conforme a NBR 9518, inclu- sive no que se refere às subdivisões A, B e C. 5 Juntas à prova de explosão Todas as juntas do invólucro permanentemente fechadas, ou projetadas para serem abertas de tempo em tempo, de- vem satisfazer às dimensões definidas nas Tabelas 1 e 2 do Anexo A e aos seguintes requisitos. 5.1 Juntas não-roscadas O projeto das juntas deve ser adequado às solicitações mecânicas previstas. As superfícies das juntas devem ser usinadas, de modo que a rugosidade média Ra (ver NBR 6405) não exceda 6,3 µm. Elas podem ser protegidas contra corrosão, mas pintura, ou revestimento com mate- rial similar, normalmente não é permitida, a não ser que o material e o procedimento de aplicação não alterem as características do tipo de proteção Ex-d. 5.1.1 Comprimento da junta O comprimento da junta não deve ser inferior aos valores constantes nas Tabelas 1 e 2 do Anexo A. O comprimento da junta para buchas metálicas montadas com interferên- cia nas paredes do invólucro metálico à prova de explosão de volume igual ou inferior a 2000 cm3 pode ser reduzido a 5 mm, se o projeto for tal que evite a expulsão das buchas durante o ensaio de tipo prescrito no Capítulo 18, e o diâmetro da bucha montada com interferência, onde o comprimento é medido, não exceda 60 mm. 5.1.1.1 Quando as juntas incluírem superfícies cônicas, o comprimento da junta e o interstício perpendicular às su- perfícies da junta devem satisfazer às dimensões definidas nas Tabelas 1 e 2 do Anexo A. O interstício deve ser uni- forme ao longo da parte cônica. Para invólucro do grupo IIC, o ângulo do cone não deve exceder 5°. 5.1.2 Interstício Não deve haver interstício intencional entre superfícies de juntas flangeadas, exceto quando necessário para por- tas ou tampas de ação rápida, o qual não deve exceder em nenhum ponto o valor máximo indicado na Tabela 1 do Anexo A. 5.1.2.1 Os equipamentos elétricos do grupo I devem ser providos com meios que permitam a verificação direta ou indireta das dimensões dos interstícios de juntas flangeadas de tampas e portas de inspeção. Ver exemplo na Figura 22 do Anexo B. 5.1.3 Juntas para invólucros do grupo IIC Para invólucros do grupo IIC são permitidas juntas flan- geadas ou de encaixe, desde que executadas nas condi- ções definidas a seguir. 5.1.3.1 Juntas flangeadas para grupo IIC São permitidas juntas flangeadas em equipamentos elétri- cos do grupo IIC para atmosferas explosivas contendo ace- tileno, somente se o interstício for 0,04 mm ou inferior. Nota: Para evitar a ignição da atmosfera circundante devido à ex- pulsão através das juntas de partículas ou poeira e, em par- ticular, de resíduos da combustão incompleta do acetileno, devem ser providos meios adequados, tais como a utiliza- ção de juntas de encaixe, labirinto, defletores, anteparos ou gaxetas, desde que aplicados conforme Capítulo 6. 5.1.3.2 Juntas de encaixe para grupo IIC Para a determinação do comprimento L das juntas de encaixe, deve ser considerado o seguinte: a) somente a parte cilíndrica. Neste caso, o interstício da parte plana e o da parte cilíndrica não devem, cada um, exceder o interstício máximo especificado na Tabela 2 do Anexo A (ver Figuras 1, 2 e 3 do Anexo B). Se for utilizada uma gaxeta na parte pla- na (ver Figura 2 do Anexo B), o interstício é medido entreas superfícies da parte plana. Entretanto, se esta gaxeta for de metal ou de material compres- sível revestido de metal (ver Figura 3 do Anexo B), o interstício é medido entre cada face da parte plana da junta e da gaxeta. O interstício da parte plana da junta é medido após a compressão da gaxeta. O comprimento L mínimo deve ser mantido, antes e depois da compressão da gaxeta; E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS NBR 5363/1998 3 b) a parte cilíndrica e a parte plana (ver Figura 4 do Anexo B). Neste caso, o comprimento “c” da parte plana deve ser no mínimo 6 mm, e o comprimento “d” da parte cilíndrica deve ser no mínimo igual à metade do valor mínimo prescrito para L, conforme especificado na Tabela 2 do Anexo A. Neste caso, o interstício da parte plana e da parte cilíndrica de- ve ser inferior ou igual ao dado na Tabela 2, do Ane- xo A. 5.1.4 Furos nas juntas Se a superfície da junta flangeada for interrompida por fu- ros para parafusos de fixação ou similares, o valor mínimo da distância “I” (ver Figuras 5, 6 e 7 do Anexo B) deve ser conforme Tabela 3 do Anexo A. Esta distância “I” é deter- minada conforme definido a seguir. 5.1.4.1 Determinação da distância “I” 5.1.4.1.1 Para juntas flangeadas Quando forem permitidas juntas flangeadas, a distância “I” deve ser medida entre cada furo e o interior do invólucro, quando o furo for externo ao invólucro (ver Figuras 5 e 6 do Anexo B), e entre cada furo e a face externa do invólucro, quando o furo estiver no interior do invólucro (ver Figura 7 do Anexo B). 5.1.4.1.2 Para juntas de encaixe (ver Figura 8 do Anexo B) A distância “I” é a soma do comprimento “a” da parte cilíndrica e do comprimento “b” da parte plana, desde que “I” seja inferior ou igual a 1 mm, e o interstício da parte cilíndrica seja inferior ou igual a 0,2 mm para invólucros dos grupos I, IIA e IIB, ou 0,1 mm para invólucros do grupo IIC (interstício reduzido); ou somente o comprimento “b” da parte plana, desde que uma ou outra das condições acima mencionadas não seja atendida, quando juntas planas forem permitidas. 5.2 Juntas roscadas As juntas roscadas devem satisfazer aos requisitos da Tabela 4 do Anexo A. Neste caso, o comprimento da junta é igual ao comprimento axial acoplado. 5.3 Juntas serrilhadas Os parâmetros para construção de juntas serrilhadas são mostrados na Figura 9 do Anexo B. Estas juntas devem ser firmemente apertadas por partes externas. 5.4 Juntas coladas 5.4.1 Materiais Os materiais utilizados para colagem devem atender aos requisitos da NBR 9518. 5.4.2 Resistência mecânica Juntas coladas somente são permitidas para assegurar a estanqueidade do invólucro à prova de explosão do qual elas fazem parte. A construção deve ser feita de modo que a resistência mecânica do conjunto não dependa unica- mente da cola. 5.4.3 Comprimento das juntas coladas O comprimento de uma junta colada, desde o interior até o exterior do invólucro à prova de explosão, deve ser no mínimo 6 mm para invólucros de volume igual ou inferior a 100 cm3, e 10 mm para invólucros de volume superior a 100 cm3. 6 Gaxetas Se uma gaxeta de material compressível ou elástico é necessária para evitar a penetração de umidade ou poeira, ou para evitar a saída de algum líquido, ela deve ser considerada como um item adicional e não como parte integrante da junta à prova de explosão. A gaxeta deve estar colocada de maneira a garantir o atendimento aos valores do comprimento e interstício da junta à prova de explosão, prescritos nas Tabelas 1 e 2 do Anexo A (ver Figuras 10 a 13 do Anexo B). Este requisito não se aplica às entradas de cabos e condutores. 7 Eixos de operação Os seguintes requisitos devem ser atendidos, onde o eixo de operação atravessa a parede de um invólucro à prova de explosão. 7.1 O comprimento do eixo de operação suportado pela parede do invólucro deve ser pelo menos igual ao com- primento mínimo da junta especificado nas Tabelas 1 e 2 do Anexo A, para o volume correspondente do invólucro. 7.2 Se o diâmetro do eixo de operação exceder o com- primento mínimo da junta especificado nas Tabelas 1 e 2 do Anexo A, o comprimento da junta deve ser no mínimo igual a este diâmetro, sem a necessidade de ultrapassar 25 mm. 7.3 O interstício entre o eixo de operação e a parede do invólucro não deve exceder o valor máximo adequado dado nas Tabelas 1 e 2 do Anexo A. 7.4 Se o interstício for suscetível de aumentar, como re- sultado do desgaste em serviço normal, meios apropriados devem ser providos para corrigir este aumento, como, por exemplo, pela utilização de uma bucha substituível. Em casos extremos, deve ser utilizada uma junta que não seja suscetível a desgaste em serviço normal. 8 Eixos e mancais 8.1 Generalidades Uma junta à prova de explosão sempre deve ser provida onde um eixo atravessa a parede de um invólucro à prova de explosão. Esta junta deve ser construída de tal forma que não se altere pela descentralização ou desgaste do mancal. A junta pode ser: cilíndrica (ver Figura 14 do Anexo B), de labirinto (ver Figura 15 do Anexo B) ou com bucha flutuante (ver Figura 16 do Anexo B). Atendidos os requi- sitos definidos a seguir, o comprimento da junta e o interstício devem estar de acordo com as Tabelas 1 e 2 do Anexo A. 8.2 Juntas cilíndricas Onde é utilizada uma junta cilíndrica contendo ranhuras para retenção da graxa, a parte contendo as ranhuras não deve ser incluída na determinação do comprimento da junta à prova de explosão. O comprimento ininterrupto da junta não deve ser inferior ao valor apropriado dado nas Ta- belas 1 e 2 do Anexo A (ver Figura 14 do Anexo B). O in- terstício não deve exceder o valor apropriado dado nas Tabelas 1 e 2 do Anexo A, mas a dimensão “k” não deve ser inferior a 0,1 mm (ver Figura 17 do Anexo B). E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 4 NBR 5363/1998 8.3 Juntas de labirinto Estas juntas, mesmo apresentando dimensões que não satisfazem sob todos os aspectos aos requisitos das Tabelas 1 e 2 do Anexo A, podem ser consideradas acei- táveis, desde que se comportem satisfatoriamente nos ensaios do Capítulo 18 (ver Figura 15 do Anexo B). 8.4 Juntas com bucha flutuante A determinação do grau máximo de flutuação da bucha deve considerar o interstício no mancal e o desgaste permissível deste. A bucha pode mover-se livremente, radialmente com o eixo e axialmente sobre o eixo, mas deve permanecer concêntrica com ele. Uma trava deve evitar a rotação da bucha (ver Figura 16 do Anexo B). Jun- tas com bucha flutuante não são permitidas para máqui- nas elétricas girantes do grupo IIC. 8.5 Mancais de bucha O comprimento da junta associada ao mancal de bucha deve ser no mínimo igual ao diâmetro do eixo, sem a necessidade de ultrapassar 25 mm. Se uma junta cilíndrica ou de labirinto for utilizada numa máquina elétrica girante com mancais de bucha, no mínimo uma face da junta deve ser de material não centelhante (por exemplo, latão), quando o entreferro entre estator e rotor for maior do que a folga radial mínima “g” especificada pelo fabricante (ver Figu- ras 18 e 19 do Anexo B). Este requisito não se aplica a juntas flutuantes. A espessura mínima do material não centelhan- te deve ser maior do que o entreferro. Mancais de bucha não são permitidos para máquinas elétricas girantes do gru- po IIC. 8.6 Mancais de rolamento No caso de eixos equipados com mancais de rolamento, a folga radial máxima “m” (ver Figura 17 do Anexo B) não deve exceder dois terços do interstício máximo admissível para estes mancais, conforme Tabelas 1 e 2 do Anexo A. 9 Partes transparentes Em adição aos requisitos desta Norma, as partes trans- parentes (por exemplo, janelas de inspeção e luminárias) devem suportar os ensaios prescritos na NBR 9518. 9.1 Material Pode ser usado vidro ou materialplástico, desde que seja estável química e fisicamente e capaz de suportar a tem- peratura máxima nas condições nominais de operação. 9.2 Montagem 9.2.1 A parte transparente deve ser montada numa das seguintes formas: a) colada diretamente no invólucro, de modo a formar parte integrante dele; b) presa diretamente no invólucro, com ou sem gaxeta (exceto para luminárias do grupo I em que a parte transparente deve ser presa com gaxeta); c) colada numa moldura, a qual é presa no invólucro, de modo que o conjunto possa ser substituído sem haver necessidade de colagem no local. 9.2.2 A colagem ou gaxeta utilizada para fixação da parte transparente deve satisfazer aos requisitos especificados em 5.4 e 6. 9.2.3 As precauções devem ser tomadas de modo que a montagem das partes transparentes feitas de vidro não pro- voque tensões mecânicas internas nestas partes. 10 Respiros e drenos 10.1 Se, por motivos técnicos, forem fornecidos respiros e drenos, estes devem ser construídos de modo que não se tornem inoperantes em serviço (por exemplo, por acúmulo de poeira ou por pintura). As aberturas para respiros e drenos não devem ser obtidas com o aumento deliberado do interstício de uma junta. 10.2 As dimensões das aberturas de respiros e drenos não necessitam atender aos valores determinados pelas Tabelas 1 e 2 do Anexo A. Entretanto, os invólucros con- tendo tais dispositivos devem ser aprovados nos ensaios dos Capítulos 18 e 19. 10.3 Se estes dispositivos forem construídos de peças desmontáveis, eles devem ser construídos de modo que a redução ou o aumento das aberturas durante a remontagem seja impossível. 11 Fechos e parafusos 11.1 Os fechos utilizados para prender portas, tampas e placas cegas ao invólucro à prova de explosão devem satisfazer aos requisitos para fechos especiais, conforme NBR 9518. 11.2 Os parafusos, prisioneiros e porcas de plástico ou metais leves não são permitidos. Se eles não forem de aço, o certificado do invólucro deve indicar o tipo e a qualidade do material. 11.3 Os parafusos ou prisioneiros que estão fixados per- manentemente no invólucro devem ser soldados ou rebi- tados de modo seguro, ou fixados por algum outro método igualmente eficaz. 11.4 Quando parafusos ou prisioneiros removíveis são utili- zados para prender quaisquer partes componentes dos in- vólucros à prova de explosão, os furos para tais parafusos ou prisioneiros não devem atravessar a parede do invó- lucro. A espessura de metal em torno do furo não deve ser inferior a 3 mm ou a um terço do diâmetro do furo, o que for maior. 11.5 Quando o parafuro ou prisioneiro é inteiramente atar- raxado sem uma arruela, deve existir um espaço livre entre a extremidade do parafuso ou prisioneiro e o fundo do furo, com um comprimento mínimo de um passo de rosca. 11.6 Se, por conveniência de fabricação, os furos são pas- santes através da parede do invólucro, tais furos devem ser fechados pela inserção de um bujão roscado, de comprimento não inferior a 6 mm ou ao diâmetro do furo, aquele que for maior. Tais bujões devem ser fixados con- forme 11.3. 11.7 Se a segurança do invólucro à prova de explosão de- pender da utilização de parafusos ou prisioneiros de maior resistência à tração do que os de aço comum, tais para- E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS NBR 5363/1998 5 fusos ou prisioneiros devem ser do tipo não intercambiável com parafusos ou prisioneiros comuns. Se parafusos ou prisioneiros intercambiáveis forem utilizados, o laboratório credenciado deve determinar, por ensaio ou cálculo, ba- seado numa pressão de uma vez e meia a pressão de refe- rência, que os parafusos ou prisioneiros de aço comum devem ter resistência adequada. 12 Resistência mecânica do invólucro 12.1 O invólucro à prova de explosão deve ser capaz de resistir aos ensaios especificados nos Capítulos 18 e 19. 12.2 Quando dois ou mais invólucros à prova de explosão são montados juntos, os requisitos desta Norma aplicam- se a cada um deles separadamente e, particularmente, às divisões entre eles, e a todos os terminais ou eixos de ope- ração que passam através destas divisões. 12.3 Quando um invólucro compreende dois ou mais com- partimentos que se comunicam, ou está subdividido pela disposição das partes internas do equipamento, pode ocor- rer a pré-compressão. Geralmente isto resulta num anor- mal e rápido aumento de pressão e pode conduzir a uma pressão máxima mais elevada do que aquela que seria es- perada. A forma do interior do invólucro deve ser tal que evite, na medida do possível, a pré-compressão. Se for impraticável evitar a pré-compressão, a resistência mecâ- nica do invólucro deve ser aumentada para permiti-la. 12.4 Líquidos que pela sua decomposição possam formar uma mistura explosiva não devem ser utilizados em invó- lucros à prova de explosão. Entretanto, eles podem ser utilizados se o invólucro for aprovado nos ensaios dos Capítulos 18 e 19 para a mistura explosiva formada. Neste caso, a atmosfera explosiva ao redor do equipamento deve ser do grupo para o qual este for construído. 12.5 Em invólucros à prova de explosão do grupo I, os materiais isolantes sujeitos a solicitações dielétricas que possam causar arcos no ar, originados por correntes no- minais maiores do que 16A (em equipamentos de manobra, como disjuntores, contatores e seccionadores), devem ter um índice comparativo de resistência superficial maior ou igual ao CTI 400M, de acordo com a IEC 112. Os materiais isolantes mencionados que não satisfaçam a este requi- sito podem, entretanto, ser utilizados se seu volume é li- mitado a 1% do volume total do invólucro vazio ou se um dispositivo adequado possibilita que a fonte de alimenta- ção do equipamento seja desligada, no lado da fonte, antes que uma possível decomposição do material isolante conduza a uma situação de risco. A presença e efetividade de tal dispositivo devem ser verificadas pelo laboratório credenciado. 13 Entradas para invólucros à prova de explosão Os seguintes métodos podem ser utilizados para efetuar a conexão de equipamentos elétricos localizados dentro de invólucros à prova de explosão, a circuitos externos: a) através de uma caixa de ligação auxiliar; b) diretamente no invólucro à prova de explosão. Em ambos os métodos, as entradas podem ser feitas com prensa-cabos eletrodutos, ou plugue e tomada. No caso da alínea a), a caixa de ligação pode ter tipo de proteção igual ou diferente do invólucro principal. Quando utilizada caixa com tipo de proteção diferente, a interligação com o invólucro principal deve ser feita através de buchas de passagem, construídas conforme 13.4. 13.1 Prensa-cabos Os requisitos específicos do invólucro à prova de explosão não devem ser alterados pela utilização de prensa-cabos. Para tanto, os comprimentos de junta e interstícios obtidos pela fixação do prensa-cabo ao invólucro devem ser os prescritos no Capítulo 5. Os prensa-cabos para utilização em invólucros Ex-d são os tipos A2F e E1F, conforme BS 6121. 13.2 Entradas por eletroduto 13.2.1 As entradas por eletroduto são permitidas somente para equipamentos elétricos do grupo II. 13.2.2 Os requisitos específicos do invólucro à prova de explosão não devem ser alterados pelas entradas por ele- trodutos. Para tanto, os comprimentos de junta e interstí- cios obtidos nestas entradas devem ser os prescritos no Capítulo 5. 13.2.3 Adicionalmente, um dispositivo de vedação, tal co- mo uma unidade seladora, deve ser utilizado, quer no in- vólucro à prova de explosão, quer no eletroduto conforme IEC-79-14. Este dispositivo deve satisfazer ao ensaio de tipo, conforme prescrito em 18.1.3. O composto de enchi- mento deve ser especificado no certificado, quer da uni- dade seladora, quer do invólucro à prova de explosão, quando faz parte deste. A parte da unidade seladora, entre o composto de enchimento e o invólucro à prova de explo- são deve ser considerada como invólucro àprova de explosão. Nota: A unidade seladora e seu composto de enchimento podem ser aplicados tanto pelo instalador como pelo usuário do equipamento elétrico. 13.3 Plugues e tomadas ou conectores acopláveis 13.3.1 O plugue e a tomada devem manter as caracterís- ticas à prova de explosão do invólucro no qual a tomada está instalada. O invólucro deve-se manter à prova de ex- plosão mesmo quando o plugue está removido. 13.3.2 O comprimento e o interstício das juntas à prova de explosão de plugues e tomadas devem ser determinados pelo volume que exista no momento da separação dos contatos, com exceção daqueles de circuitos intrinseca- mente seguros. 13.3.3 Para plugues e tomadas, as características do invólucro à prova de explosão devem ser mantidas na ocorrência de uma explosão interna, quando os plugues e as tomadas estão conectados, e também no momento da separação dos contatos, com exceção daqueles de circui- tos intrinsecamente seguros. 13.3.4 Os requisitos de 13.3.2 e 13.3.3 não se aplicam a plugues e tomadas conectados através de fechos espe- ciais, conforme a NBR 9518. E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 6 NBR 5363/1998 13.3.5 Os requisitos de 13.3.2, 13.3.3 e 13.3.4 também se aplicam para conectores acopláveis. 13.4 Buchas de passagem 13.4.1 Buchas de passagem podem conter um ou mais condutores. Quando instaladas nas paredes do invólucro, as características das juntas devem estar conforme as prescrições do Capítulo 5. 13.4.2 As partes das buchas de passagem externas ao invólucro à prova de explosão devem ser protegidas por um dos tipos de proteção prescritos na NBR 9518. 13.4.3 As buchas de passagem específicas para um deter- minado invólucro à prova de explosão devem satisfazer aos ensaios de tipo e de rotina para este invólucro. 13.4.4 As buchas de passagem não específicas para um determinado invólucro à prova de explosão devem ser submetidas a um ensaio de tipo de sobrepressão realiza- do com 2,0 MPa (20 bar) para equipamentos elétricos do grupo I e 3,0 MPa (30 bar) para equipamentos elétricos do grupo II. Estas buchas de passagem estão isentas dos ensaios de rotina. 13.5 Fechamento de aberturas não utilizadas As aberturas existentes num invólucro à prova de explo- são que não sejam utilizadas devem ser fechadas de mo- do que as propriedades à prova de explosão sejam man- tidas. Os dispositivos de fechamento devem ser capazes de serem colocados e removidos pelo interior do invólucro ou externamente por meio de fechos especiais, conforme as prescrições da NBR 9518. 14 Conjuntos de manobra para grupo I Os invólucros à prova de explosão do grupo I, contendo equipamentos de manobra que, em operação, produzem arcos ou centelhas capazes de provocar a ignição de uma mistura explosiva, devem satisfazer aos seguintes re- quisitos. 14.1 Dispositivo de seccionamento Todas as partes vivas acessíveis, exceto aquelas de cir- cuitos intrinsecamente seguros, conforme a NBR 8447, devem ser desligáveis da fonte de alimentação por um dispositivo de seccionamento antes de abrir o invólucro à prova de explosão. Tais dispositivos de seccionamento devem ser: a) instalados dentro de um invólucro à prova de ex- plosão; neste caso, as partes que permaneçam energizadas após a abertura dos dispositivos de seccionamento devem ser protegidas por um dos tipos de proteção normalizados, conforme a NBR 9518. Estas partes devem ser protegidas por uma tampa que exiba a seguinte inscrição: “NÃO ABRA ENQUANTO ENERGIZADO” Exceções: - isto não se aplica a circuitos intrinsecamente se- guros, confome a NBR 8447; - se as partes que permanecem energizadas têm tipo de proteção “e”, segurança aumentada, conforme a NBR 9883, o grau de proteção especificado pode ser reduzido de IP54 para IP20; b) construídos de acordo com um dos outros tipos de proteção normalizados, conforme a NBR 9518; c) plugue e tomada ou conectores acopláveis, confor- me prescritos em 13.3. 14.2 Portas e tampas 14.2.1 Portas de atuação rápida Estas portas devem ser intertravadas mecanicamente com um seccionador, de forma que: a) o invólucro mantenha as suas características à pro- va de explosão, enquanto o seccionador está fe- chado; b) o seccionador possa somente ser fechado quando estas portas assegurarem as características do in- vólucro à prova de explosão. 14.2.2 Portas e tampas fixadas por parafusos Estas portas e tampas devem exibir a seguinte inscrição: “NÃO ABRA ENQUANTO ENERGIZADO” 14.3 Requisitos suplementares Todo invólucro à prova de explosão com porta ou tampa fixada por parafusos (ver 14.2.2) deve incluir em sua mar- cação o símbolo “X”, conforme a NBR 9518. As condições de uso a serem especificadas no certificado, de forma a manter a segurança, dependem do tipo de equipamento contido no invólucro à prova de explosão. Isto significa que: a) se o invólucro contém somente um seccionador, com, possivelmente, barramentos, dispositivos de conexão e contatos auxiliares, o certificado deve declarar que o invólucro não deve conter qualquer outro componente elétrico; b) se o invólucro pode conter outros componentes elétricos, o certificado deve declarar que um dis- positivo de seccionamento deve estar localizado no lado da fonte de alimentação do invólucro. 15 Receptáculos e bases de lâmpadas Os seguintes requisitos aplicam-se a receptáculos e a ba- ses de lâmpadas que em conjunto devem formar um in- vólucro à prova de explosão, de modo que eles possam ser usados em luminárias de segurança aumentada. E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS NBR 5363/1998 7 15.1 As precauções para evitar que a lâmpada se solte do receptáculo, requeridas na NBR 9883, podem ser omitidas para receptáculos roscados que possuam chave de operação rápida em invólucro à prova de explosão que interrompa todos os pólos do circuito da lâmpada antes da separação dos contatos. 15.2 Para todos os receptáculos cilíndricos ou para bases de pino ou baioneta, com exceção daqueles de lâmpadas fluorescentes com base Fa6, conforme IEC 61-1, o compri- mento da junta à prova de explosão entre o receptáculo e a base ou o pino, no momento da separação dos contatos, deve ser maior ou igual a 10 mm. 15.3 A parte roscada do receptáculo de lâmpadas com ba- se roscada deve ser de um material resistente à corrosão sob as condições de serviço previstas. 15.4 Durante a remoção de uma lâmpada com base ros- cada, no momento da separação dos contatos, pelo me- nos dois fios de rosca devem estar roscados. 15.5 Para receptáculos roscados E27 e E40, o contato elétrico deve ser estabelecido por elemento de contato com mola. Além disto, para equipamentos elétricos dos grupos IIB e IIC, os contatos de abertura e fechamento durante a inserção ou a remoção da lâmpada devem ocor- rer no interior de um invólucro à prova de explosão do gru- po IIC. Nota: Para os receptáculos roscados E10 e E14, os requisitos de 15.5 não são necessários. 16 Invólucros não-metálicos e partes não- metálicas de invólucros Os seguintes requisitos se aplicam a invólucros não- metálicos e a partes não-metálicas de invólucros, exceto para acessórios não-metálicos, como anéis de vedação de entradas de cabos, materiais isolantes de plugue, to- madas e buchas, gaxetas de vedação que não influam no tipo de proteção, partes transparentes com superfícies menores do que 100 cm2. 16.1 Invólucros não-metálicos Estes são permitidos quando: a) seu volume livre não exceder 10 cm3; neste caso, os requisitos deste Capítulo e os ensaios do Capí- tulo 19 não se aplicam; b) seu volume livre for maior do que 10 cm3 e menor do que 3000 cm3; c) sem limitação de volume, o invólucro for parcial- mente feito de material não-metálico e a superfície de cada uma das partes de material não-metálico não exceder 500 cm2. Entretanto, a parte transpa-rente de uma luminária pode ter uma superfície que não exceda 8000 cm2. 16.2 Requisitos construtivos especiais 16.2.1 Resistência superficial e distâncias de escoamento em superfícies internas das paredes do invólucro Quando um invólucro ou uma parte de um invólucro de ma- terial não-metálico estiver em contato direto com partes vivas, a resistência superficial e as distâncias de escoa- mento das superfícies internas das paredes do invólucro devem estar de acordo com os requisitos a seguir. 16.2.1.1 Resistência superficial O índice comparativo de resistência superficial, determinado de acordo com a IEC 112, deve ser maior ou igual ao CTI 250. Entretanto, para invólucros de equipamentos elétricos do grupo I que possam ser sujeitos a solicitações dielétri- cas capazes de produzir arcos no ar e resultantes de cor- rentes nominais maiores do que 16A, devem ser observa- dos os requisitos de 12.5. 16.2.1.2 Distâncias de escoamento As distâncias de escoamento devem ser iguais ou maiores do que os valores dados na Tabela 7 do Anexo A. 17 Marcação A marcação dos invólucros à prova de explosão deve satis- fazer aos requisitos da NBR 9518. 18 Inspeção de invólucros metálicos Os invólucros à prova de explosão devem atender às pres- crições da NBR 9518, no que se refere às verificações e ensaios suplementados pelas prescrições deste Capítulo. 18.1 Ensaios de tipo Os ensaios de tipo devem ser realizados por laboratório credenciado em protótipo ou amostra, conforme indicados a seguir. Um ou mais ensaios podem ser dispensados, se o laboratório credenciado considerá-los desnecessários. 18.1.1 Ensaios de pressão O objetivo destes ensaios é confirmar que o invólucro pode resistir eficazmente à pressão resultante de uma explosão interna. Isto deve ser determinado pelos ensaios espe- cificados em 18.1.1.1 e 18.1.1.2. O invólucro deve ser en- saiado com todos os componentes ou seus equivalentes na posição respectiva. Caso seja projetado de tal modo a ser usado com os componentes internos removidos, ou com arranjos e componentes diferentes, os ensaios de- vem ser feitos sob as condições que o laboratório creden- ciado considerar serem as mais severas. Neste caso, o laboratório credenciado deve declarar no certificado, com base nas especificações do fabricante, os tipos de com- ponentes permitidos e suas condições de montagem. Os esultados dos ensaios são considerados satisfatórios se o invólucro não apresentar dano estrutural ou deformação permanente que resulte no enfraquecimento de qualquer de suas partes. Adicionalmente, suas juntas não devem ter seus interstícios permanentemente alterados, em qualquer ponto. 18.1.1.1 Ensaio para determinação da pressão de referência O ensaio consiste em inflamar uma mistura explosiva no interior do invólucro e registrar a pressão causada pela explosão. A composição da mistura a ser utilizada, à pres- são atmosférica, em proporção volumétrica com o ar, e o número mínimo de ensaios são os da Tabela 5 do Ane- xo A. A ignição da mistura deve ser provocada por uma ou E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 8 NBR 5363/1998 mais velas de ignição ou outra fonte de baixa energia. Alternativamente, quando o invólucro contiver dispositivo que produza centelha ou faísca capaz de inflamar a mis- tura explosiva, então este dispositivo deve ser preferencial- mente utilizado para iniciar a explosão, aplicando apenas a energia necessária para este fim. A pressão desenvolvida durante a explosão deve ser medida e registrada durante cada ensaio. A posição da(s) fonte(s) de ignição e do(s) sensor(es) de pressão é deixada a critério do laboratório credenciado. Quando forem especificadas pelo fabricante gaxetas removíveis, estas devem ser fixadas ao equi- pamento elétrico sob ensaio. As máquinas elétricas giran- tes devem ser ensaiadas em repouso e em rotação. Para o ensaio em rotação, o rotor pode ser acionado elétrica ou mecanicamente com velocidade igual ou muito próxima da velocidade nominal. As pressões devem ser medidas no lado da ignição e no lado oposto, e na caixa de ligações quando esta fizer parte do invólucro à prova de explosão. 18.1.1.2 Ensaio de sobrepressão Este ensaio deve ser feito por um dos seguintes métodos, que são considerados equivalentes. 18.1.1.2.1 Ensaio estático A pressão de ensaio deve ser igual a uma vez e meia a pressão de referência, com um mínimo de 0,35 MPa (3,5 bar). O período de aplicação da pressão de- ve ser de pelo menos 10 s e não precisa exceder 60 s. Para invólucros com volume acima de 10 cm3 que não foram submetidos ao ensaio de rotina especificado em 18.2, a pressão de ensaio deve ser quatro vezes a pressão de re- ferência. Se a pressão de referência não puder ser deter- minada porque o invólucro é demasiado pequeno, e se o método dinâmico não for aplicável, o ensaio estático deve ser realizado com uma pressão de 1,5 MPa (15 bar), para equipamento do grupo IIC, e 1 MPa (10 bar) para os demais grupos. Este ensaio deve ser realizado uma única vez. 18.1.1.2.2 Ensaio dinâmico Se a pressão de referência é conhecida, o ensaio dinâmico é feito de modo que a pressão máxima, ao qual o invólucro é submetido, seja igual a uma vez e meia esta pressão de referência. A taxa de elevação da pressão não deve ser muito diferente daquela obtida durante a determinação da pressão de referência. Esta exigência é ilustrada na Fi- gura 21. Em particular, o ensaio pode ser realizado pela pré-compressão da mistura explosiva utilizada para a determinação da pressão de referência. Se a determina- ção da pressão de referência for impraticável, isto é, se o volume for demasiadamente pequeno ou a pressão pare- cer anormal, o ensaio deve ser realizado pelo preenchi- mento do invólucro com a mistura explosiva especifi- cada na Tabela 7 do Anexo A, com uma pressão de 0,15 MPa (1,5 bar). A ignição da mistura deve ser provo- cada, conforme 18.1.1.1. Este ensaio deve ser realizado uma única vez, ou três vezes com cada gás, quando para o grupo IIC. 18.1.2 Ensaio de propagação O invólucro deve ser colocado numa câmara de ensaio. O ensaio deve ser realizado com a mesma mistura explosiva no interior do invólucro e na sua parte externa (câmara de ensaio). A ignição da mistura interna ao invólucro deve ser provocada por uma vela de ignição ou outra fonte de baixa energia. Alternativamente, quando o invólucro contiver dis- positivo que produza centelha ou faísca capaz de inflamar a mistura explosiva, então este dispositivo pode ser utili- zado como fonte de ignição. Os ensaios devem ser reali- zados pelo menos cinco vezes, sendo a mistura no inferior do invólucro e, se necessário, na câmara de ensaio, reno- vada a cada ensaio. Quando forem exigidos ensaios com misturas diferentes, devem ser realizados cinco ensaios com cada mistura. As gaxetas removíveis que não con- tribuem para o tipo de proteção devem ser removidas, ex- ceto para metal ou plástico revestido de metal (ver Figura 3 do Anexo B), e selagem para janelas. O resultado do en- saio é considerado satisfatório se a ignição não for trans- mitida à câmara de ensaio. 18.1.2.1 Ensaios para invólucros dos grupos I, IIA e IIB O invólucro deve ser ensaiado em sua condição normal sem criar artificialmente um interstício (as juntas devem estar dentro das tolerâncias de fabricação indicadas nos documentos). Para os ensaios, devem ser utilizadas as seguintes misturas explosivas, à pressão atmosférica, em proporção volumétrica com o ar: a) equipamentos elétricos para o grupo I: (12,5 ± 0,5)% metano/hidrogênio [(58 ± 1)% metano e (42 ± 1)% hidrogênio] (MESG de 0,8 mm); b) equipamentos elétricos para o grupo IIA: (55 ± 0,5)% hidrogênio (MESG de 0,65 mm); c) equipamentos elétricos para o grupo IIB: (37 ± 0,5)% hidrogênio (MESG de 0,35 mm). O interstício de ensaio I E deve atender à seguinte equação: 0,8IC ≤ IE ≤ IC ≤ IT Onde: IC = interstício máximo de faricação, conforme especi- ficadono desenho do fabricante I T = interstício máximo permitido, conforme Tabela 1 do Anexo A Nota: As misturas explosivas definidas para estes ensaios ga- rantem que as juntas previnem, com uma margem de segu- rança conhecida, a transmissão de uma ignição interna. Es-ta margem de segurança K é a relação entre o interstício máximo experimental seguro (MESG) de uma mistura re- presentativa do grupo em questão e o interstício máximo experimental seguro da mistura de ensaio escolhida: a) equipamentos elétricos do grupo I: K 1,14 0,8 1,42 (metano)= = b) equipamentos elétricos do grupo IIA: K 0,92 0,65 1,42 (propano)= = E x e m p l a r a u t o r i z a d o p a r a u s o e x c l u s i v o - P E T R O L E O B R A S I L E I R O - 3 3 . 0 0 0 . 1 6 7 / 0 0 3 6 - 3 1 I m p r e s s o p o r : P E T R O B R A S NBR 5363/1998 9 c) equipamentos elétricos do grupo IIB: K 0,65 0,35 1,85 (eteno)= = Se os invólucros dos grupos IIA e IIB forem passíveis de destruição ou danos nestes ensaios, admite-se efetuar es- tes, aumentando os interstícios acima dos valores máxi- mos especificados pelo fabricante. Para garantir as mesmas margens de segurança, os interstícios devem ser alargados com o fator 1,42 para equipamentos elétricos do grupo IIA, e 1,85 para equipamentos elétricos do grupo IIB. O com- primento acoplado para juntas roscadas com classe de ajuste conforme a NBR 9527 deve ser reduzido em um terço em relação ao adotado pelo fabricante, e na metade para juntas onde a classe de ajuste for inferior à especificada, conforme a NBR 9527. Juntas com rosca cônica não de- vem ter seu comprimento reduzido. Devem ser utilizadas as seguintes misturas explosivas no invólucro e na câmara de ensaio, em proporção volumétrica com o ar e à pressão atmosférica: a) equipamentos elétricos para o grupo IIA: (4,2 ± 0,1)% de propano; b) equipamentos elétricos para o grupo IIB: (6,5 ± 0,5)% de eteno. 18.1.2.2 Ensaios para invólucros do grupo IIC A mistura explosiva a ser utilizada em proporção volumétrica com o ar, à pressão atmosférica, é a indicada na Tabela 6 do Anexo A. Para o ensaio destes invólucros podem ser utilizados um dos seguintes métodos: 18.1.2.2.1 Primeiro método Os interstícios das juntas flangeadas, juntas cilíndricas, mancais e eixos de operação devem ser aumentados para os valores abaixo: com um mínimo de 0,1 mm para jun- tas flangeadas ou: I I 1 2 IE C T= + para juntas cilíndricas I E = 1,5 I T para juntas flangeadas, porém co- mo IT definido na Tabela 2 do Anexo A. O comprimento acoplado para juntas roscadas com classe de ajuste conforme a NBR 9527 deve ser reduzido em um terço em relação ao adotado pelo fabricante, e na metade para juntas com classe de ajuste inferior ao especificado na NBR 9527. Juntas com rosca cônica não devem ter seu comprimento reduzido. 18.1.2.2.2 Segundo método O invólucro deve ser ensaiado em sua condição normal, sem criar artificialmente um interstício (as juntas devem estar dentro das tolerâncias de fabricação indicadas nos documentos). O invólucro e a câmara de ensaio são preenchidos com uma das misturas explosivas indicadas na Tabela 6 com uma pressão de 0,15 MPa (1,5 bar). O interstício deve atender a: 0,8 I C ≤ I E ≤ I C . Notas: a) Um dos ensaios com acetileno deve ser precedido de uma ignição de 30% de C2H2 com ar, a fim de produzir depósitos de carbono. Essas partículas quando infla- madas e expelidas pela explosão subseqüente não de- vem causar a ignição da atmosfera externa. Este ensaio não é necessário para invólucros para uso em outras atmosferas que não contenham acetileno. Esta condi- ção deve ser certificada e marcada. b) O dissulfeto de carbono é tóxico. c) A relação dos volumes da câmara de ensaio para o invólucro deve ser no mínimo 5:1. d) Um interstício inferior a 0,8 IC pode ser ensaiado, desde que a pressão da mistura seja aumentada proporcio- nalmente para compensar este valor inferior. A pressão de ensaio (pT) pode ser calculada pela fórmula: p I I . 1,2T C E = 18.1.2.2.3 Terceiro método Para o caso de equipamentos elétricos em que somente uma ou poucas unidades serão construídas, cada amostra deve ser ensaiada cinco vezes com uma das misturas do primeiro método à pressão atmosférica, estando as juntas dentro das tolerâncias de fabricação. 18.1.3 Ensaio de vedação para unidade seladora 18.1.3.1 Um dispositivo hidráulico de ensaio é utilizado de modo a evitar a aplicação de pressão nas extremidades dos condutores. A Figura 20 mostra um exemplo de um dispositivo que atende esta condição e permite um ensaio simultâneo de duas unidades seladoras. A combinação de condutores ou cabos a serem colocados no eletroduto é escolhida pelo laboratório credenciado, de modo a obter as condições mais desfavoráveis. 18.1.3.2 O enchimento da unidade seladora submetida ao ensaio de vedação é realizado de acordo com as instruções do fabricante da unidade seladora. 18.1.3.3 Uma folha de papel absorvente branca e limpa é colocada sob as unidades seladoras submetidas ao ensaio, a fim de detectar qualquer vazamento de líquido. O líquido usado deve ser água colorida. O circuito hidráulico deve ser purgado. 18.1.3.4 A pressão hidráulica é então elevada progressiva- mente até um valor 1,0 MPa (10 bar), o que deve ser alcança- do no tempo máximo de 1 min. A pressão indicada pelo manômetro é observada durante 2 min e nenhuma redu- ção de pressão deve ser constatada. Ao final do ensaio, o papel absorvente deve estar isento de qualquer vestígio de vazamento. Nota: Com exceção das partes sob ensaio, pode ser necessário vedar todas as demais juntas do dispositivo de ensaio. 18.2 Ensaio de rotina 18.2.1 O ensaio de rotina compreende um ensaio de sobre- pressão realizado de acordo com um dos métodos descritos I I 1 2 IE C T= + E x e m p l a r a u t o r i z a d o p a r a u s o e x c l u s i v o - P E T R O L E O B R A S I L E I R O - 3 3 . 0 0 0 . 1 6 7 / 0 0 3 6 - 3 1 I m p r e s s o p o r : P E T R O B R A S 10 NBR 5363/1998 em 18.1.1.2 para protótipo e amostra. O método de ensaio aplicado deve ser escolhido em comum acordo entre o laboratório credenciado e o fabricante. 18.2.1.1 Para o ensaio de rotina é suficiente o ensaio com o invólucro vazio. Cada compartimento que forma o invólu- cro pode ser ensaiado separadamente com esforços similares aos do invólucro completo. Quando o ensaio de rotina for um ensaio dinâmico e os componentes internos do invólucro puderem ter influência na pressão máxima a ser atingida durante a explosão, as condições de ensaio devem ser determinadas de comum acordo entre o la- boratório credenciado e o fabricante. 18.2.1.2 Nenhum ensaio de rotina é requerido para invó- lucros com um volume igual ou inferior a 10 cm3 e para invólucros de volume superior a 10 cm3, cujo protótipo ou amostra tenha sido submetida com sucesso aos ensaios descritos em 18.1.1.2.1, sob a pressão estática igual a qua- tro vezes a pressão de referência. 18.2.2 Quando for escolhido o ensaio dinâmico, o ensaio de rotina deve consistir em: a) um ensaio com explosão, com a mistura explosiva conforme Tabela 5 do Anexo A (determinação da pressão de referência), no interior e no exterior do invólucro e com uma pressão de 0,15 MPa (1,5 bar); ou b) um ensaio com explosão, com a mistura explosiva especificada em 18.1.2 (para o ensaio de propa- gação com os interstícios aumentados), no interior e exterior do invólucro à pressão atmosférica, pre- cedido de um dos ensaios dinâmicos de sobre- pressão conforme 18.1.1.2.2; ou c) um ensaio estático com uma pressão mínima de 0,2 MPa (2 bar), precedido de um dos ensaios dinâmi- cos de sobrepressão, conforme 18.1.1.2.2. Nota: Os procedimentos indicados acima para o ensaio de rotina são executados para garantir que o invólucro suporte a pressão e que não possua nenhum furo ou fissura que afete o tipo de proteção. 18.2.3 O ensaio de rotina de sobrepressão pode ser feito pelo primeirométodo, mesmo que o ensaio de tipo de so- brepressão tenha sido feito pelo segundo método. Caso a determinação da pressão de referência seja impraticável (como, por exemplo, no caso de o volume ser demasiado pequeno ou a pressão parecer anormal) e quando a realização de um ensaio dinâmico resultar em possíveis danos aos componentes e partes internas do invólucro (enrolamentos, etc.), devem ser aplicadas as seguintes pressões estáticas: a) 1,0 MPa (10 bar) para equipamentos dos grupos I, IIA e IIB; b) 1,5 MPa (15 bar) para equipamentos do grupo IIC. Todos os invólucros de construção soldada devem ser submetidos ao ensaio de rotina. 18.2.4 O resultado dos ensaios de rotina é considerado sa- tisfatório se o invólucro não tiver sofrido dano estrutural ou deformação permanente que possa afetar a proteção à prova de explosão. Adicionalmente, em nenhuma parte deve ser produzido um aumento permanente dos interstí- cios das juntas, acima dos valores máximos permitidos in- dicados pelo fabricante nos documentos que definem o equipamento elétrico. Nota: É de inteira responsabilidade do fabricante a verificação de que os invólucros construídos de acordo com o protótipo ou amostra, certificados conforme as exigências das nor- mas aplicáveis pelo laboratório credenciado e identifi- cados como tal sobre a placa de identificação requerida no Capítulo 17,correspondem efetivamente às características do protótipo ou amostra que tenha sido submetida ao laboratório credenciado. 19 Inspeção de invólucros não-metálicos e de partes não-metálicas de invólucros 19.1 Seqüência de ensaios para equipamentos do grupo I Os ensaios devem ser feitos em três amostras: a) uma amostra deve ser submetida aos ensaios de estabilidade ao calor e ao frio (conforme a NBR 9518), depois aos ensaios mecânicos (con- forme a NBR 9518) e finalmente aos ensaios para verificar se o invólucro é à prova de explosão (conforme 19.5); b) outra amostra deve ser submetida aos ensaios de resistência a óleos e graxas (conforme 19.4), depois aos ensaios mecânicos (conforme a NBR 9518) e finalmente aos ensaios para verificar se o invólucro é à prova de explosão (conforme 19.5); c) a terceira amostra deve ser submetida aos ensaios de resistência a fluidos hidráulicos aplicados em mineração (conforme 19.4), depois aos ensaios mecânicos (conforme a NBR 9518) e finalmente aos ensaios para verificar se o invólucro é à prova de explosão (conforme 19.5). 19.2 Seqüência de ensaios para equipamentos do grupo II Os ensaios devem ser realizados em duas amostras, as quais devem ser submetidas aos ensaios de estabilidade ao calor e ao frio (conforme a NBR 9518), depois aos en- saios mecânicos (conforme a NBR 9518) e finalmente aos ensaios para verificar se o invólucro é à prova de explosão (conforme 19.5). 19.3 Ensaio de resistência à luz 19.3.1 Este ensaio deve ser realizado no material utilizado para todos os equipamentos elétricos do grupo II. Para equipamentos do grupo I, este ensaio aplica-se somente a luminárias. 19.3.2 O ensaio deve ser realizado em seis corpos-de-prova de tamanho padronizado (50 x b x 4 mm), conforme ISO/R179. Os corpos-de-prova devem ser fabricados sob as mesmas condições utilizadas para fabricação do invó- E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS NBR 5363/1998 11 lucro em questão; estas condições devem ser indicadas no relatório de ensaio do equipamento elétrico. O ensaio deve ser realizado, conforme a ISO 4892, numa câmara de expo- sição contendo uma lâmpada de xênon e um sistema de filtros simulando a luz solar, a uma temperatura do quadro negro entre 55°C e 58°C. A duração da exposição deve ser de 1000 h. 19.3.3 O critério de avaliação é a resistência à flexão por impacto, conforme a ISO/R 179. A resistência à flexão por impacto após a exposição, no caso de um impacto sobre a superfície exposta, deve ser no mínimo de 50% do valor medido sobre os corpos-de-prova não expostos. Para os materiais cuja resistência à flexão por impacto não puder ser determinada antes da exposição, devido a não ter ocorrido nenhuma ruptura, não se podem quebrar mais do que três corpos-de-prova expostos. 19.4 Ensaio de resistência a agentes químicos para equipamentos elétricos do grupo I 19.4.1 Os invólucros de plástico e partes plásticas de invó- lucros devem ser submetidos aos ensaios de resistência aos seguintes agentes químicos: a) óleos e graxas; b) fluidos hidráulicos para aplicações em mineração. 19.4.2 Os ensaios correspondentes devem ser realizados em duas amostras de invólucro seladas contra a penetra- ção dos líquidos de ensaio no seu interior. a) uma amostra deve permanecer durante 24 h a 26 h em óleo nº2, conforme o Anexo “Reference Immersion Liquids”da ISO 1817, à temperatura de 50°C; b) a outra amostra deve permanecer durante 24 h a 26 h num fluido hidráulico de uma solução aquosa de polímero em 35% de água. 19.4.3 No fim do ensaio, as amostras do invólucro em questão devem ser retiradas do banho, cuidadosamente enxugadas e armazenadas durante 24 h no ambiente do laboratório. Em seguida, cada uma das amostras do invólucro deve ser submetida aos ensaios mecânicos da NBR 9518. 19.4.4 Se pelo menos uma das amostras não suportar estes ensaios mecânicos, condições especiais para uma utiliza- ção segura devem ser indicadas no certificado, e a marca- ção do equipamento elétrico deve incluir o sinal X, conforme a NBR 9518. 19.5 Ensaios para verificar se o invólucro é à prova de explosão Estes ensaios devem ser executados, na ordem definida a seguir, nos invólucros que tenham sido submetidos aos ensaios relacionados em 19.1 ou 19.2, quando aplicáveis. 19.5.1 Ensaios de pressão Devem ser realizados conforme definido em 18.1.1. 19.5.2 Ensaio de erosão por chama Este ensaio deve ser feito somente em invólucros de volu- me maior do que 100 cm3 e nos quais as juntas tenham pelo menos uma face de material plástico. Para este ensaio: a) interstícios de juntas flangeadas de invólucros de- vem ser ajustados para um valor entre 0,10 mm e 0,15 mm; entretanto, se o máximo interstício per- mitido para o grupo em questão for menor do que 0,15 mm, os interstícios devem ser ajustados para o máximo valor permitido; b) interstícios de juntas de encaixe ou roscadas não devem ser modificados. O ensaio consiste em 50 ignições da mistura explosiva especificada em 18.1.2.1 para o grupo correspondente (para equipamentos elétricos do grupo IIC, para qualquer gás do grupo) e em 25 ignições com cada uma das duas misturas explosivas especificadas na Tabela 5 do Anexo A. Para equipamentos do grupo IIC, para uso em ambientes com somente hidrogênio ou acetileno ou dissulfeto de carbo- no, consiste em 50 ignições da mistura especificada na Tabela 5 do Anexo A. O ensaio é considerado de acordo, se o ensaio de propagação realizado a seguir for satisfatório. 19.5.3 Ensaio de propagação Este ensaio deve ser realizado conforme especificado em 18.1.2. 19.5.4 Ensaio de flamabilidade Este ensaio deve ser realizado somente em invólucros ou partes de invólucros de material plástico. Ele deve ser reali- zado de acordo com a NBR 7356. 19.5.4.1 Os corpos-de-prova devem: a) ser retirados do invólucro do equipamento elétrico; b) ser moldados como peças individuais; c) ser retirados de placas preparadas para esta finalidade. 19.5.4.2 Os corpos-de-prova moldados como peças indivi- duais, ou as placas das quais os corpos-de-prova são retirados, devem ser produzidos sob condições similares àquelas utilizadas para a fabricação dos invólucros do equipamento elétrico. 19.5.4.3 Estas condições devem ser incluídas no relatório de ensaio. O tempo durante o qual o corpo-de-prova continua a E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 12 NBR 5363/1998 queimar após a remoção da chama deve ser menordo que 15 s. Durante este tempo, o corpo-de-prova não deve queimar completamente (ver NBR 7356, categoria 2). 19.6 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve incluir: a) a referência completa do equipamento elétrico; b) as características completas dos materiais não- metálicos utilizados na fabricação do invólucro; c) os resultados obtidos em cada um dos ensaios especificados; d) todos os incidentes e anormalidades que tenham ocorrido durante os ensaios; e) a descrição dos ensaios que não tenham sido feitos de acordo com os requisitos especificados nesta Norma e as razões para tais desvios. 19.7 Ensaios em respiros e drenos Os ensaios em respiros e drenos para instalação de equi- pamentos elétricos à prova de explosão devem ser realizados de acordo com o Anexo D. 19.8 Ensaios em acessórios Os ensaios em acessórios para instalação de equipa- mentos elétricos à prova de explosão devem ser reali- zados de acordo com o Anexo E. 20 Certificação de invólucros à prova de explosão para usos diversos A certificação de invólucros à prova de explosão para usos diversos deve ser realizada de acordo com o Anexo C. /ANEXO A E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS NBR 5363/1998 13 ANEXO A - Tabelas Tabela 1 - Comprimento mínimo da junta e interstício máximo para invólucros dos grupos I, IIA e IIB I T (mm) interstício máximo para invólucros de volume, V (cm3) Tipo da junta V < 100 100 < V < 500 500 < V < 2000 V > 2000 I IIA IIB I IIA IIB I IIA IIB I IIA IIB 6 0,3 0,3 0,2 - - - - - - - - - 9,5 0,35 0,3 0,2 0,35 0,3 0,2 - - - - - - 12,5 0,4 0,3 0,2 0,4 0,3 0,2 0,4 0,3 0,2 0,4 0,2 0,15 25 0,5 0,4 0,2 0,5 0,4 0,2 0,5 0,4 0,2 0,5 0,4 0,2 6 0,3 0,3 0,2 - - - - - - - - - 9,5 0,35 0,3 0,2 0,35 0,3 0,2 - - - - - - 12,5 0,4 0,35 0,25 0,4 0,3 0,2 0,4 0,3 0,2 0,4 0,2 - 25 0,5 0,4 0,3 0,5 0,4 0,25 0,5 0,4 0,25 0,5 0,4 0,2 40 0,6 0,5 0,4 0,6 0,5 0,3 0,6 0,5 0,3 0,6 0,5 0,25 6 0,45 0,45 0,3 - - - - - - - - - 9,5 0,5 0,45 0,35 0,5 0,4 0,25 - - - - - - 12,5 0,6 0,5 0,4 0,6 0,45 0,3 0,5 0,45 0,3 0,6 0,3 0,2 25 0,75 0,6 0,45 0,75 0,6 0,4 0,75 0,6 0,4 0,75 0,6 0,3 40 0,8 0,75 0,6 0,8 0,75 0,45 0,8 0,75 0,45 0,8 0,75 0,4 (A) Ver 7.2 e 8.5. (B) Ver 8.6. Comprimento L mínimo da junta (mm) Eixos com mancais de rolamento(B) Eixos de operação e eixos com mancais de bucha(A) Juntas flangeadas e de encaixe E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 14 NBR 5363/1998 Tabela 2 - Comprimento mínimo da junta e interstício máximo para invólucros do grupo IIC IT(mm): interstício máximo para invólucro de volume, V (cm 3) V < 100 100 < V ≤ 500 500 < V ≤ 1500 1500 < V ≤ 2000 2000 < V ≤ 6000(F) Juntas flangeadas 6(A) ≤ L < 9,5 0,10 - - - - 9,5 < L < 15,8 0,10 0,10 - - - 15,8 ≤ L < 25 0,10 0,10 0,04 - - 25 ≤ L 0,10 0,10 0,04 0,04 0,04 Juntas de encaixe (Figuras 1, 2,3) (E) 6 ≤ L < 12,5 0,10 0,10 - - - 12,5 ≤ L < 28,5 0,15 0,15 0,15 0,15 - 25 ≤ L < 40 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 40 ≤ L 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 Juntas de encaixe (Figura 4) C ≥ 6 mm, d min = 0,5 L L = C + df < 1 mm 12,5 ≤ L < 25 0,15 0,15 0,15 0,15 - 25 ≤ L < 40 0,18(B) 0,18(B) 0,18(B) 0,18(B) 0,18(B) 40 ≤ L 0,20(C) 0,20(C) 0,20(C) 0,20(C) 0,20(C) Juntas cilíndricas para eixos de operação(D) 6 ≤ L < 9,5 0,10 - - - - 9,5 ≤ L < 12,5 0,10 0,10 - - - 12,5 ≤ L < 25 0,15 0,15 0,15 0,15 - 25 ≤ L < 40 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 40 ≤ L 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 Juntas cilíndricas para eixos com mancais de rolamento 6 ≤ L < 9,5 0,15 - - - - 9,5 ≤ L < 12,5 0,15 0,15 - - - 12,5 ≤ L < 25 0,25 0,25 0,25 0,25 - 25 ≤ L < 40 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 40 ≤ L 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 (A) Juntas flangeadas não são permitidas para misturas explosivas de acetileno e ar, exceto se IT ≤ 0,04 mm para L ≥ 9,5 mm até V = 500 cm3. (B) IT da parte cilíndrica deve ser aumentada para 0,20 se f ≤ 0,5. (C) IT da parte cilíndrica deve ser aumentada para 0,25 se f ≤ 0,5. (D) Atenção especial é solicitada para os requisitos referentes ao desgaste dados no Capítulo 7. Ver 7.2, se o diâmetro do eixo de operação for maior do que o comprimento mínimo da junta especificado. (E) IT < 0,04 mm é permitida até 6000 cm 3, e pode ser 0,06 mm para folga diametral de partes cilíndricas. (F) Invólucros de volume maior do que 6000 cm3 e com uma das dimensões maior do que 1 m estão sujeitos a requisitos especiais aprovados mediante acordo entre o fabricante e o laboratório credenciado. Tipo e comprimento mínimo L (mm) da juntas E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 16 NBR 5363/1998 Tabela 6 - Misturas explosivas para o ensaio de propagação para invólucros do grupo IIC Gás Mistura Nº de ensaios Qualquer gás do grupo (27 ± 2)% H2 e (7,5 ± 1)% C2H2 5 e 5 Hidrogênio (27 ± 2)% H2 5 Acetileno (7,5 ± 1)% C2H2 5 Dissulfeto de carbono (8,5 ± 1)% CS 2 5 Tabela 7 - Distâncias de escoamento mínimas em superfícies internas de paredes de invólucros que estão em contato direto com partes vivas Tensão U Distâncias de escoamento mínimas (V) (mm) U ≤ 60 3 60 < U ≤ 250 6 250 < U ≤ 380 8 380 < U ≤ 500 10 500 < U ≤ 660 12 660 < U ≤ 1000 20 1000 < U ≤ 3000 45 3000 < U ≤ 6000 85 6000 < U ≤10000 125 Nota: As tensões nominais dos equipamentos elétricos podem exceder 10% dos valores listados na Tabela. /ANEXO B E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS NBR 5363/1998 17 ANEXO B - Figuras Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 1 Interior do invólucro 2 Gaxeta 3 Gaxeta de metal ou material compressível revestido de metal Figuras 1 a 4 - Juntas de encaixe para invólucros do grupo IIC Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figuras 5 a 7 - Furos nas juntas E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 18 NBR 5363/1998 Figura 8 - Junta de encaixe Figura 9 - Junta serrilhada Figura 10 Figura 11 E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS NBR 5363/1998 19 Figura 12 Figura 13 L = Comprimento da junta (ver Tabelas 1 e 2 do Anexo A) Figuras 10 a 13 - Colocação de gaxetas E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 20 NBR 5363/1998 L = Comprimento da junta (ver Tabelas 1 e 2 do Anexo A) Figura 14 - Exemplo de junta cilíndrica para eixos com mancais de rolamento Figura 15 - Exemplo de junta de labirinto para eixos com mancais de bucha ou de rolamento E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS NBR 5363/1998 21 L = Comprimento da junta (ver Tabelas 1 e 2 do Anexo A). Figura 16 - Exemplo de junta com bucha flutuante k = Folga radial mínima m = Folga radial máxima D - d = Interstício Figura 17 - Juntas para eixos de máquinas elétricas girantes E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O -3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 22 NBR 5363/1998 Figura 18 - Mancais de bucha - Caso onde a < g a = entreferro entre rotor e estator g = folga radial permitida pela junta Figura 19 - Mancais de bucha - Caso onde a > g E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS NBR 5363/1998 23 1 P ap el a bs or ve nt e 5 M an gu ei ra 2 N ip le c om g ax et a a se r re m ov id o pa ra e ns ai o 6 M an ôm et ro 3 U ni da de s el ad or a 7 B om ba h id rá ul ic a 4 C om po st o de v ed aç ão F ig u ra 2 0 - E n sa io d e ve d aç ão p ar a u n id ad e se la d o ra E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 24 NBR 5363/1998 P = pressão de ensaio (uma vez e meia a pressão de referência) Curva A = pressão de referência determinada como descrito em 18.1.1.1 Curva B = pressão de ensaio de acordo com 18.1.1.2.2 Figura 21 - Ilustração para as exigências de um ensaio dinâmico de acordo com 18.1.1.2.2 Figura 22 - Exemplo de verificação indireta de uma junta à prova de explosão /ANEXO C E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS NBR 5363/1998 25 ANEXO C - Certificação de invólucros à prova de explosão para usos diversos C.1.2.9 Os requisitos e procedimentos específicos es- tabelecidos pelo laboratório credenciado devem ser apli- cados, quando apropriados, em comum acordo com o fa- bricante do invólucro. C.2 Conversão de invólucros com “certificado de componente” para equipamentos completamente certificados C.2.1 Procedimento Os invólucros que tenham obtido “certificado de com- ponente” são passíveis de serem certificados como equipa- mentos completos em conformidade com esta Norma e com a NBR 9518, normalmente, sem a repetição dos ensaios já realizados, desde que atendam aos requisitos descritos em C.2.2. C.2.2 Requisitos C.2.2.1 Quando necessário à segurança, o conteúdo do invólucro deve cumprir com os requisitos apropriados de acordo com as normas pertinentes de equipamentos para atmosferas explosivas. Exemplos específicos para estes casos estão em C.2.2.5, C.2.2.6 e C.2.2.7. C.2.2.2 O equipamento completamente montado deve cumprir com os requisitos apropriados de acordo com as normas pertinentes de equipamentos para atmosferas explosivas. C.2.2.3 Os componentes internos ao invólucro devem ser dispostos em um arranjo, de forma que no mínimo 20% de cada seção transversal permaneça livre, não criando obstáculos à passagem do fluxo de gás e assim não favorecendo a ocorrência de uma pré-compressão durante o desenvolvimento de uma explosão. C.2.2.4 Para os objetivos de C.2.2.3, as áreas de passagem do fluxo de gás devem ser agregadas de modo que cada área tenha a dimensão mínima, em qualquer direção, de 12,5 mm. C.2.2.5 Máquinas elétricas girantes, ou outros dispositivos que criem turbulência, não podem ser instaladas no interior do invólucro. C.2.2.6 Líquidos não devem ser usados no interior do in- vólucro, quando houver riscos de produção de mistura explosiva pela decomposição ou liberação de oxigênio por estes líquidos. C.2.2.7 O uso de dispositivos que armazenam energia requer atenção especial, devido à possibilidade destes gerarem faíscas, mesmo após a isolação da fonte de alimentação, que podem causar a ignição da atmosfera circundante, quando a tampa do invólucro estiver removida. Além disto, células secundárias e, em alguns casos, células primárias de baterias podem produzir gases inflamáveis não considerados nas condições normais da certificação de componente. Em vista disto, os seguintes requisitos devem ser atendidos: a) o uso de baterias com células secundárias não é permitido; C.1 Certificação de invólucros à prova de explosão na forma de componentes C.1.1 Generalidades Os invólucros à prova de explosão podem ser certificados na forma de componentes individuais de um determinado equipamento, quando ensaiados em vazio. Isto não elimina a necessidade de subseqüente certificação do equipamento completo pelo laboratório, mas tem como objetivo facilitar esta certificação, normalmente sem a repetição dos ensaios já realizados no invólucro. C.1.1.1 O fabricante do invólucro certificado como com- ponente é responsável por garantir que todas as unidades fornecidas: a) sejam idênticas em construção ao protótipo en- saiado, conforme desenhos constantes no relatório de ensaio que originou o certificado do componente; b) tenham sido submetidas aos ensaios de rotina descritos em 18.2; c) atendam aos requisitos de qualquer condição especial mencionada no certificado de componente. C.1.2 Requisitos para o invólucro C.1.2.1 Os invólucros dos grupos I, IIA e IIB podem obter certificação de componente. Esta certificação não se aplica a invólucros do grupo IIC nem a invólucros para máquinas girantes. C.1.2.2 Os invólucros devem estar conforme os requisitos desta Norma e da NBR 9518. C.1.2.3 Os invólucros devem ser de geometria simples (retangulares ou cilíndricos, por exemplo). C.1.2.4 Os invólucros devem possuir meios adequados para a localização e montagem de componentes internos. C.1.2.5 Os desenhos dos invólucros devem indicar o máximo número de entradas, seu maior tamanho, posições e tipo de rosca, nas diversas combinações possíveis. C.1.2.6 Os invólucros com o máximo número de entradas do maior tamanho, estando vazios e com as entradas fechadas por acessórios adequados, devem ser capazes de suportar uma pressão de no mínimo três vezes a pressão de referência, determinada conforme 18.1.1.1. C.1.2.7 O invólucro certificado como componente deve ser marcado internamente conforme os requisitos da NBR 9518, onde o número do certificado de componente deve ser finalizado pelo sufixo “U” e acrescido da inscrição “Equi- pamento não completamente certificado”, a não ser que a marcação da certificação exista externamente no equipamento completo. C.1.2.8 Externamente ao invólucro, deve ser previsto o lo- cal para marcação da certificação do equipamento com- pleto. E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 26 NBR 5363/1998 b) o uso de baterias com células primárias é permitido desde que não produza gases inflamáveis; c) todos os dispositivos que armazenam energia devem ser equipados com meios para prevenir a ocorrência de faíscas capazes de causar a ignição da atmosfera circundante, quando o invólucro estiver sem tampa; d) invólucros que possuam capacitor incorporado e que possam ser abertos mais rápido do que o tempo necessário à descarga da energia residual, com um valor abaixo de 0,2 mJ para equipamentos dos grupos I ou IIA e 0,06 mJ para equipamentos do grupo IIB, devem possuir, na parte externa do invólucro, em local visível, inscrição informando o tempo de espera necessário para iniciar a abertura do invólucro, após o desligamento da alimentação elétrica. Da mesma forma, esta inscrição deve existir nos equipamentos que possuam componentes internos que operem a uma temperatura maior do que a classificação da temperatura do equipamento, para permitir que o componente esfrie até a tempe- ratura do equipamento, antes que o equipamento seja aberto. C.2.2.8 Os componentes imersos em óleo não podem ser usados. C.2.2.9 Nenhum furo, para fins elétricos ou mecânicos, passante ou não passante, pode ser executado no invólucro, a menos aqueles furos previstos e mostrados nos desenhos aprovados no processo de certificação de componente. Qualquer furação especificada nos desenhos aprovados no processo de certificação de componente deve ser executada, mas somentepelo fabricante que obteve a cer- tificação de componente. C.2.2.10 Todos os acessórios para entradas de cabos ou eletrodutos devem ser do tipo especificado nos documentos de certificação, possuir certificação de componente e ser adequados para as condições de uso, ou ser especifica- mente certificados com o invólucro. C.2.2.11 Qualquer entrada não utilizada deve ser fechada por um acessório especificado nos documentos de certificação e possuir um certificado de componente ou ser especificamente certificada com o equipamento. C.2.2.12 Para obtenção da certificação do equipamento completo é necessário que o solicitante da certificação forneça todas as informações que permitam ao laboratório credenciado verificar o atendimento dos requisitos ante- riores, bem como de outros requisitos da certificação não explicitamente atendidos na certificação de componente, como, por exemplo, classe de temperatura. Nota: Os requisitos anteriores podem ser suplementados e/ou ampliados pelo laboratório credenciado em comum acordo com o fabricante. /ANEXO D E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS NBR 5363/1998 27 ANEXO D - Respiros e drenos para instalação de equipamentos elétricos à prova de explosão D.2.5 Requisitos adicionais para elementos fabricados na forma de chapa prensada (colméia) D.2.5.1 Estes elementos devem ser fabricados de níquel- cobre, aço inox ou outro metal objeto de acordo entre fabricante e laboratório. Alumínio, titânio, magnésio e suas ligas não devem ser utilizados. D.2.5.2 Quando os caminhos de chama através do disposi- tivo podem ser especificados nos desenhos dos fabrican- tes e podem ser medidos no dispositivo completo, os li- mites inferiores e superiores das tolerâncias destes ca- minhos devem ser especificados e verificados na produ- ção. Quando isto não for possível, aplicam-se os requisitos de D.2.7. D.2.5.3 Os ensaios de tipo conforme 18.1 devem ser reali- zados em amostras fabricadas com os interstícios má- ximos permitidos pelas tolerâncias indicadas no desenho do dispositivo. D.2.6 Requisitos para elementos com caminhos de chama não mensuráveis D.2.6.1 Quando os caminhos de chama através dos ele- mentos não forem mensuráveis (como, por exemplo, ele- mento de metal sinterizado), o elemento deve atender aos requisitos correspondentes de D.2.6.2 e D.2.7. D.2.6.2 Os elementos com caminhos de chama não men- suráveis são classificados conforme a densidade e o ta- manho dos poros. Por razões funcionais, pode também ser necessário declarar a permeabilidade a fluidos e a porosidade. O fabricante deve especificar, quando requerido, as se- guintes características: a) densidade do elemento; b) tamanho máximo dos poros; c) permeabilidade a fluidos; d) porosidade. Estas características devem ser medidas conforme um método normalizado reconhecido para o particular mate- rial e o particular método de fabricação. Nota: Os métodos adotados para medição das características citadas em a) e b) devem incluir requisitos para ensaios de rotina, a fim de garantir que o elemento corresponde à especificação fornecida. D.2.7 Requisitos adicionais para elementos com caminhos de chama não mensuráveis D.2.7.1 Elementos de metal sinterizado D.2.7.1.1 Os elementos de metal sinterizado devem ser fabricados em aço inox ou bronze (cobre-estanho 90/10) ou outro metal ou liga específica, mediante acordo entre fabricante e laboratório. D.1 Generalidades D.1.1 Os respiros ou drenos devem possuir elementos permeáveis que extinguam as chamas e esfriem subpro- dutos da combustão para uma temperatura abaixo da temperatura de ignição de gases inflamáveis. Devem tam- bém suportar os efeitos dinâmicos de explosões, sem dano ou deformação permanente, tais que alterem suas propriedades extintoras de chama. Estes acessórios não objetivam suportar queima contínua em nenhuma de suas superfícies. D.1.2 Estes requisitos não se aplicam nem a acessórios que objetivam aliviar as pressões desenvolvidas por explosões no interior de invólucros, nem a acessórios utilizados em linhas pressurizadas, tais como extintores de retrocesso de chama. D.2 Requisitos construtivos D.2.1 Aberturas D.2.1.1 As aberturas destinadas ao respiro ou à drenagem não devem ser obtidas pelo aumento deliberado dos in- terstícios de juntas do invólucro. Nota: Se, por motivos técnicos, respiros ou drenos forem necessários, eles devem ser construídos de modo que não se tornem inoperantes em serviço, como, por exemplo, por acúmulo de poeira ou pintura. D.2.2 Limites da composição química dos materiais D.2.2.1 Os limites da composição química dos materiais utilizados nos acessórios devem ser especificados direta- mente no relatório de ensaio ou por referência a uma es- pecificação existente. Para aplicação em atmosferas con- tendo acetileno, o material utilizado não deve conter mais do que 60% de cobre por unidade de massa, para limitar a formação de acetileto. Deve ser observada a necessi- dade de resistência contra corrosão para atender as con- dições de utilização. D.2.3 Dimensões D.2.3.1 As dimensões dos respiros e drenos e de suas partes devem ser especificadas. Se estes dispositivos fo- rem constituídos de duas ou mais partes desmontáveis, devem ser projetados de forma a evitar qualquer redução do caminho de chama ou aumento do interstício durante a remontagem. D.2.4 Requisitos para elementos com caminhos de chama mensuráveis D.2.4.1 Os interstícios e os caminhos de chama mensurá- veis não necessitam atender aos valores especificados nas tabelas 1 a 4 do Anexo A, desde que os elementos sejam aprovados nos ensaios estabelecidos no Capí- tulo 18. E xe m pl ar a ut or iz ad o pa ra u so e xc lu si vo - P E T R O LE O B R A S IL E IR O - 3 3. 00 0. 16 7/ 00 36 -3 1 Impresso por: PETROBRAS 28 NBR 5363/1998 D.2.7.1.2 A pressão de borbulhamento equivalente ao ta- manho do poro deve ser determinada pelo método espe- cificado na ISO 4003. D.2.7.1.3 A densidade do elemento de metal sinterizado deve ser determinada conforme a ISO 2738. D.2.7.1.4 Quando for requerida a determinação da poro- sidade e/ou da permeabilidade a fluidos, devido a as- pectos funcionais dos dispositivos, as medições devem ser efetuadas conforme as ISO 2738 e ISO 4022. D.2.7.1.5 Os elementos de metal sinterizado devem ser claramente identificados na documentação do fabricante, pela especificação das seguintes características: a) composição do material conforme D.2.2.1 e D.2.7.1.1; b) dimensão máxima dos poros, em microns (μm), determinada conforme D.2.7.1.2; c) densidade do elemento determinada conforme D.2.7.1.3; d) espessura mínima; e) quando apropriado, a porosidade e a permeabili- dade a fluidos conforme D.2.7.1.4. D.2.7.2 Elementos de telas metálicas prensadas (telas superpostas de fios metálicos, prensados em uma matriz formando um extintor de chama) D.2.7.2.1 Os elementos de telas metálicas prensadas de- vem ser fabricados com fios de aço inox ou outro metal, mediante acordo entre fabricante e laboratório. D.2.7.2.2 Os elementos devem ser rígidos e com dimen- sões definidas. D.2.7.2.3 A fim de avaliar a densidade do elemento, o diâ- metro do fio metálico deve ser especificado. Informações quanto à massa, dimensões da tela de fios e tamanho da malha também devem ser fornecidas. A razão entre a massa do filtro formado e a massa de um volume idêntico do mesmo metal rígido deve estar entre 0,4 e 0,6. D.2.7.2.4 A pressão de borbulhamento equivalente ao ta- manho do poro deve ser determinada pelo método espe- cificado na ISO 4003. D.2.7.2.5 A densidade do elemento deve ser determinada conforme a ISO 2738. D.2.7.2.6 Quando for requerida a determinação da porosi- dade e/ou da permeabilidade a fluidos, devido a aspectos funcionais dos elementos, as medições devem ser efetua- das conforme as ISO 2738 e ISO 4022. D.2.7.2.7 Os elementos de telas metálicas prensadas de- vem ser claramente
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