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Esqueleto (CUMPRIMENTO DE SENTENÇA) - constitucional 6

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EXCENTISSÍMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITOS DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO CAETANO, ESTADO DE PERNANBUCO.
PROCECCO N.
LUIZ AUGUSTO ..., estado civil ..., comerciante, inscrito no CPF sob o n. ..., com título de eleitor n. 123456, cidadão no gozo de seus direitos políticos, e-mail ..., residente e domiciliado em ..., São Caetano/PE, por meio de seu advogado, com endereço profissional na ..., vem, perante Vossa Excelência, propor o presente
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
(OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA – arts. 523 e 524 do CPC/15)
em face da ASSOCIAÇÃO DE CMERCIANTES LOCAIS – ACSC/PE, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n. ..., sediada na ..., São Caetano/PE, pelos fatos e razões de direito a seguir expostas:
I - DOS FATOS
Opostos os Embargos de Declaração da decisão do Tribunal de Justiça, os desembargadores acolheram o seu recurso e complementaram a decisão, julgando ser impossível a devolução dos valores recebidos irregularmente pela associação ré, em razão da Lei de Ação Popular prever apenas anulação do ato legal realizado, e não a reparação dos danos decorrentes desse ato.
Dessa forma, foi interposto um Recurso Especial para o Superior Tribunal de Justiça pela não aplicação da Lei da Ação Popular, em especial, no seu artigo 11. Porém, o seguimento do REsp foi denegado pelo Presidente do TJ PE, sobre o fundamento de estar correta aplicação da lei. Em seguida, foi interposto um Agravo, o qual é um Recurso cabível contra a decisão do presidente ou do vice-presidente do Tribunal que inadmitir Recurso Especial, conforme artigo 1.042, CPC/15.
O Agravo em Recurso Especial foi conhecido e provido e, ainda, os fundamentos do pedido de reforma constante do Recurso Especial foram atacados pelo Tribunal, e a associação foi condenada a devolver os valores indevidamente recebidos pela exploração do serviço de estacionamento em locais públicos.
A decisão final proferida pelo STJ determinou que todo o dinheiro recebido de forma irregular pela associação ré fosse devolvido ao Município de São Caetano, julgando improcedente a ação contra o prefeito. 
Vejamos a decisão:
“Dá-se provimento ao REsp, tendo em vista o patente descumprimento de Lei de Ação Popular, cabendo o pedido de devolução dos valores indevidamente recebidos, em razão da anulação do Decreto n° 01/2019 e da violação aos princípios da Administração Pública previstos na Constituição Federal e expostos na inicial, o que se configura como ato lesivo à moralidade administrativa, como comprovado nos autos.
Determina-se, portanto, a devolução integral dos valores recebidos ilegalmente pela ACSC-PE, desde a entrada em vigor do decreto até a sua anulação por infringência de dispositivo de Lei Federal, artigo 11, Lei n° 4.717/65, a serem apurados em fase de liquidação”.
Como não havia valores apurados a respeito de quanto era o crédito municipal, houve a necessidade de que a decisão passasse pela fase de liquidação.
Apurados os valores devidos em R$ 113.000,00 (cento e treze mil reais), a associação permaneceu inerte por mais de 30 dias após ser cientificado da ordem de restituição dos valores ao ente público.
Os valores devidos, apurados em R$ 113.000,00 (cento e treze mil reais), foram calculados com aplicação e demonstração do índice de correção monetária; do juros aplicados e das respectivas taxas; do termo Inicial e do termo final dos juros e da correção monetária utilizados; da periodicidade da capitalização dos juros; e, ainda, da especificação dos descontos obrigatórios realizados. Esses cálculos consta no documento “X”, juntado aos autos, com julgamento da liquidação da sentença.
OCORRE QUE, CONFORME JÁ MENCIONADO, A EMPRESA EXECUTADA NÃO CUMPRIU COM A OBRIGAÇÃO ADQUIRIDA COM A SENTENÇA, UMA VEZ QUE, A EMPRESA PERMANECE INERTE ATÉ O MOMENTO. NESSE SENTIDO, É O ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL ABAIXO COLACIONADO:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. 
MULTA DO ART. 475-J.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 
CÁLCULOS REALIZADOS PELA CONTADORIA JUDICIAL. ERRO. HOMOLOGAÇÃO. SENTENÇA PROFERIDA. EFEITO TRANSLATIVO DO RECURSO. DECISÃO CASSADA. 1- o artigo 475-J do CPC prevê que, nas hipóteses de Condenação ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação caso o devedor não providencie o pagamento do débito no prazo de 15 dias, aplicar-se-á a multa de 10% sobre o valor total e atualizado da condenação. In Casu, considerando que o Agravado foi expressamente intimado para o cumprimento voluntário da sentença e, ao invés de depositar o valor que entende devido, manteve-se inerte, posteriormente tendo sido realizada a penhora via BACENJUD, é devida a multa em referência. 2- A alteração da natureza jurídica da execução de sentença, a qual passou a ser tratada como fase complementar do processo de conhecimento que a originou, e não mais como um processo autônomo, não altere o fato de ser devida a verba honorária, se o credor for obrigado a atuar no processo em busca da satisfação da dívida. No caso em análise, verificado que o devedor não efetuou o pagamento do montante da condenação, revela-se o cabível arbitramento de honorários advocatícios. 3- A matéria referente aos honorários advocatícios é objeto do Enunciado da súmula nº 517 do colendo Superior Tribunal de Justiça, ipsis litteris: “ São devidos honorários advocatícios no cumprimento de sentença, haja ou não impugnação, depois de escoado o prazo para o pagamento voluntário, que se inicia após a intimação do advogado da parte”.
4- Tendo sido proferida sentença homologando cálculos realizados pela contadoria judicial de maneira errônea, deve ser dado efeito translativo ao presente recurso para cassar a referida sentença determinando que seja proferida nova decisão apreciando o cabimento da multa do artigo 475-J e dos honorários advocatícios na fase de cumprimento de sentença Agravo de Instrumento provido.
(TJ-DF – AGI: 20150020228196, Relator: ANGELO CANDUCCI PASSARELI, Data de Julgamento: 25/11/2015, 5° Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 30/11/2015. Pág.:232)
II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A decisão final proferida pelo STJ determinou que todo o dinheiro recebido de forma irregular pela associação ré seja devolvida ao Município de São Caetano julgando improcedente ação contra o Prefeito. Como não haviam valores apurados a respeito do quanto seria o crédito Municipal, houve necessidade de se proceder a liquidação da sentença
Mesmo após ser cientificada ordem de restituição dos valores ao entre público, a associação permaneceu inerte, razão pela qual se requer sua imediata intimação para depositar os valores com os acréscimos legais. Conforme fundamento legal artigo 523 parágrafo 1° e parágrafo 3° do CPC.
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
§ 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação.
II.I - DOS CÁLCULOS
Apurados os valores devidos em R$ 113.000,00 (cento e treze mil reais), a associação permaneceu inerte, descumprindo a ordem de restituição dos valores ao ente público, sendo necessária a instauração da fase de cumprimento de sentença, cujo cálculo foi juntado aos autos com julgamento da liquidação.
Destarte, foi dado prazo para pagamento voluntário, não tendo ocorrido, cabendo assim a aplicação da multa do artigo 523 parágrafo 1º do CPC. Além disso, devido ainda o pagamento do juros e correção monetária desde a citação.
No entanto, deve ser intimada a realizar o pagamento no prazo legal o qual deve ser devidamente atualizado e acrescido de todos os encargos apresentadosno item anterior o que faz atualmente o montante de R$ 113.000,00 (cento e treze mil reais).
Verifica-se no cálculo de atualização monetária que hora se faz juntada, os quais constam, inclusive, as penalidades previstas artigo 523 parágrafo 1º do CPC, Exequente faz jus ao que dispõe o artigo 523 parágrafo 1º e paragrafo 2º do CPC, tendo em vista a r. sentença ser título executivo;
Isto posto, requer a citação da executada, para que nos termos do artigo 523 parágrafo 1º do CPC, pague a quantia aqui apurada, qual seja, R$ 113.000,00 (cento e treze mil reais), além dos honorários e multas do artigo 523 parágrafo 1º do CPC.
II.II – DOS BENS PASSÍVEIS DE PENHORA
Requer, caso o Executado não efetue o pagamento no prazo legal, que desde já, pela seja determinado a expedição de ofício via BACENJUD, para o fim de identificar e bloquear valores e aplicações financeiras da empresa Executada, tendo em vista a gradação legal prevista no artigo 854 e parágrafos do CPC.
Por fim, no caso de restar infrutífera a tentativa de penhora BACENJUD, requer a expedição de Ofício RENAJUD, a fim de se proceda a pesquisa em seus cadastros com fim de identificar e realizar bloqueio judicial de quaisquer veículos que estejam no nome da Executada nos termos do artigo 837 do CPC, a fim de garantir a efetividade de posterior penhora;
 
III - PEDIDOS
Ante o exposto, requer seja a empresa executada/devedora intimada, na pessoa de seu advogado, para efetuar o pagamento da quantia apurada em liquidação com os acréscimos legais (correção monetária e juros moratórios), em 15 (quinze) dias, sob pena de multa de 10% sobre o valor (art. 523, §1º do CPC/15) e penhora de ativos financeiros (penhora on-line – Bacen-Jud) ou outros bens de titularidade da executada (art. 523, §§1º e 3º do CPC/15).
Nestes termos, 
Pede deferimento.
São Caetano/PE, 27 de maio de 2020
ADVOGADO (A)
OAB

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