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1 1 PRIVATE Cancioneiro por ordem cronológica Canção dos Olhos (Chico Buarque - 1959) Marcha para um dia de sol (Chico Buarque - 1964) Tem mais samba (Chico Buarque - 1964) Desencanto (Chico Buarque - 1964) A Rita (Chico Buarque - 1965) Desencontro (Chico Buarque - 1965) Fica (Chico Buarque - 1965) Funeral de um lavrador – 1965 (Chico Buarque/João Cabral de Melo Neto - 1964) Juca (Chico Buarque - 1965) Lua cheia (Chico Buarque/Toquinho - 1965) Madalena foi pro mar (Chico Buarque - 1965) Malandro quando morre (Chico Buarque - 1965) Meu refrão (Chico Buarque - 1965) Olê, olá (Chico Buarque - 1965) Pedro pedreiro (Chico Buarque - 1965) Sonho de um carnaval (Chico Buarque - 1965) Tamandaré (Chico Buarque - 1965) Tereza tristeza (Chico Buarque - 1965) Roda gigante (Chico Buarque - 1965) PRIVATE A banda (Chico Buarque - 1966) Amanhã, ninguém sabe (Chico Buarque - 1966) Com açúcar, com afeto (Chico Buarque - 1966) Ela e sua janela (Chico Buarque - 1966) Morena dos olhos d'água (Chico Buarque - 1966) Noite dos mascarados (Chico Buarque - 1966) Quem te viu, quem te vê (Chico Buarque - 1966) Você não ouviu (Chico Buarque - 1966) A televisão (Chico Buarque - 1967) Onde é que você estava (Chico Buarque - 1969) Rosa-dos-ventos (Chico Buarque - 1969) Samba e amor (Chico Buarque - 1969) Umas e outras (Chico Buarque - 1969) PRIVATE Apesar de você (Chico Buarque - 1970) C´é piú samba (Chico Buarque/Bardotti - 1970) Ciao, ciao, addio (Chico Buarque/Bardotti - 1970) Desalento (Chico Buarque/Vinícius de Moraes - 1970) Minha história (Gesùbambino) (Dalla/Palotino/Versão de Chico Buarque - 1970) Samba de Orly (Chico Buarque/Vinícius de Moraes/Toquinho - 1970) Tema para "Os inconfidentes" (Chico Buarque/Cecilia Meireles - 1970) Valsinha (Vinicius de Moraes/Chico Buarque - 1970) PRIVATE Acalanto para Helena (Chico Buarque - 1971) Bolsa de amores (Chico Buarque - 1971) Construção (Chico Buarque - 1971) Cordão (Chico Buarque - 1971) Cotidiano (Chico Buarque - 1971) Deus lhe pague (Chico Buarque - 1971) Essa passou (Chico Buarque/Carlos Lyra - 1971) Olha Maria (Chico Buarque/Tom Jobim/Vinícius de Moraes - 1971) Ana de Amsterdam (Chico Buarque/Ruy Guerra - 1972/1973) Atrás da porta (Chico Buarque - 1972) Baioque (Chico Buarque - 1972) Bandolim (Chico Buarque - 1972) PRIVATE Acorda amor (Leonel Paiva/Julinho da Adelaide - 1974) Jorge maravilha (Julinho da Adelaide - 1974) Basta um dia (Chico Buarque - 1975) Bem querer (Chico Buarque - 1975) Corrente (Este é um samba que vai pra frente) (Chico Buarque - 1975) Gota d'água (Chico Buarque - 1975) Mambordel (Chico Buarque - 1975) Milagre brasileiro (Julinho da Adelaide - 1975) A noiva da cidade (C B/Francis Hime - 1976) Desembolada (Francis Hime/C B - 1976) Meu caro amigo (C B/Francis Hime - 1976) Mulheres de Atenas (Chico Buarque - 1976) O que será (À flor da pele) (Chico Buarque - 1976) O que será (À flor da terra) (Chico Buarque - 1976) O que será (Abertura) (Chico Buarque - 1976) Olhos nos olhos (Chico Buarque - 1976) Passaredo (Chico Buarque/Francis Hime - 1975/1976) Quadrilha (Chico Buarque - 1976) Tanto mar (primeira versão)* (Chico Buarque - 1976) Sem açúcar (Chico Buarque - 1976) Vai levando (Chico Buarque/Caetano Veloso - 1976) Vai trabalhar vagabundo (Chico Buarque - 1976) PRIVATE A cidade ideal (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque - 1977) A galinha (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque - 1977) Homenagem ao malandro (Chico Buarque - 1977/1978) Léo (Chico Buarque - 1978) Murro em ponta de faca (Chico Buarque/Augusto Boal - 1978) O casamento dos pequenos burgueses (Chico Buarque - 1977/1978) O malandro (Kurt Weill/Bertolt Brecht/Versão Livre de Chico Buarque - 1977/1978) O malandro nº2 (Kurt Weill/Bertolt Brecht/Versão Livre de Chico Buarque - 1977/1978) O meu amor (Chico Buarque - 1977/1978) Ópera (Chico Buarque - 1977/1978) Pedaço de mim (Chico Buarque - 1977/1978) Pivete (Chico Buarque - 1978) Se eu fosse o teu patrão (Chico Buarque - 1977/1978) Tango do covil (Chico Buarque - 1977/1978) Tanto mar * (Chico Buarque - 1978) Teresinha (Chico Buarque - 1977/1978) Trocando em miúdos (Chico Buarque - 1978) Viver do amor (Chico Buarque - 1977/1978) PRIVATE INCLUDEPICTURE \d "../letras/img/seta_letras.jpg" HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=arosa_79.htm')" A Rosa (Chico Buarque - 1979) Alumbramento (Chico Buarque/Djavan - 1979) Amando sobre os jornais (Chico Buarque - 1979) Bye bye, Brasil (C B/Roberto Menescal - 1979) Canção de Pedroca (C B/Francis Hime - 1979) Dueto (Chico Buarque - 1979) Hino de Duran (Chico Buarque - 1979) Introdução para a turma do funil (no Baixo Leblon) (Chico Buarque/Tom Jobim - 1979) Luisa (Chico Buarque - 1979) Meu caro barão (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque - 1981) Moto-contínuo (Edu Lobo/C Buarque - 1981) O meu guri (Chico Buarque - 1981) Piruetas (Enriquez/Bardotti/C Buarque - 1981) Rebichada (Enriquez/Bardotti/C Buarque - 1981) Tanto amar (Chico Buarque – 1981) A bela e a fera (Chico B/Edu Lobo - 1982) A história de Lily Braun (C B/Edu Lobo - 1982) Beatriz (Chico Buarque/Edu Lobo - 1982) Ciranda da bailarina (C B/Edu Lobo - 1982) Embarcação (C Buarque/Francis Hime - 1982) Imagina só (Silvio Rodrigues/Versão de Chico Buarque – 1982) Meu namorado (C Buarque/Edu Lobo - 1982) Na carreira (Chico Buarque/Edu Lobo - 1982) Novo amor (Chico Buarque - 1982) O circo místico (C Buarque/Edu Lobo - 1982) Opereta do casamento (C B/Edu Lobo - 1982) Sobre todas as coisas (C B/Edu Lobo - 1982) Supõe (Silvio Rodrigues/Versão de Chico Buarque - 1982) Valsa dos clowns (Chico Buarque/Edu Lobo - 1982) PRIVATE A violeira (Chico Buarque/Tom Jobim - 1983) Dr. Getúlio (Chico Buarque/Edu Lobo - 1983) Imagina (Chico Buarque/Tom Jobim - 1983) Meninos, eu vi (Chico Buarque/Tom Jobim - 1983) Mil perdões (Chico Buarque - 1983) Não sonho mais (Chico Buarque - 1979) Samba do grande amor (Chico Buarque - 1983) Sinhazinha (Despertar) (Chico Buarque - 1983) Tanta saudade (Chico Buarque/Djavan - 1983) Tantas palavras (Chico Buarque/Dominguinhos - 1983) Um tempo que passou (Chico Buarque/Sergio Godinho - 1983) As cartas (Chico Buarque - 1984) Brejo da cruz (Chico Buarque - 1984) Iolanda (Pablo Milanés/Versão de Chico Buarque - 1984) Mano a mano (Chico Buarque/João Bosco - 1984) Pelas tabelas (Chico Buarque - 1984) Sílvia (Chico Buarque/Vinicius Cantuária - 1984) Suburbano coração (Chico Buarque - 1984) Vai passar (Chico Buarque/Francis Hime - 1984) A mulher de cada porto (Chico Buarque/Edu Lobo - 1985) A volta do malandro INCLUDEPICTURE \d "img/bt_cifra.gif" (Chico Buarque - 1985) Acalanto (Chico Buarque/Edu Lobo - 1985) Aquela mulher (Chico Buarque - 1985) Bancarrota blues (Chico Buarque/Edu Lobo - 1985) Choro bandido (C Buarque/Edu Lobo - 1985) Desafio do malandro (Chico Buarque - 1985) Hino da repressão (Chico Buarque - 1985) Las muchachas de copacabana (C B - 1985) Meia-noite (Chico Buarque/Edu Lobo - 1985) O corsário do rei (C Buarque/Edu Lobo - 1985) Opereta do moribundo (Chico Buarque/Edu Lobo - 1985) Todo o sentimento (Chico Buarque/Cristóvão Bastos - 1987) Tororó (Chico Buarque/Edu Lobo - 1987/1988) Uma menina (Chico Buarque - 1987) Valsa brasileira (Chico Buarque/Edu Lobo - 1987/1988) PRIVATE A mais bonita (Chico Buarque - 1989) Baticum (Chico Buarque/Gilberto Gil - 1989) É tão simples (Chico Buarque - 1989) Morro dois irmãos (Chico Buarque - 1989) O futebol (Chico Buarque - 1989) Trapaças (Chico Buarque - 1989) Uma palavra (Chico Buarque - 1989) PRIVATE INCLUDEPICTURE \d "../letras/img/seta_letras.jpg" HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=afotodac_93.htm')" A foto da capa (Chico Buarque - 1993) Biscate (Chico Buarque - 1993) De volta ao samba (Chico Buarque - 1993) Futuros amantes (ChicoBuarque - 1993) Outra noite (Chico Buarque/L. C. Ramos - 1993) Paratodos (Chico Buarque - 1993) Piano na Mangueira (Chico Buarque/Tom Jobim - 1993) Romance (Chico Buarque - 1993) Tempo e artista (Chico Buarque - 1993) Nego maluco (Edu Lobo/Chico Buarque - 1993) PRIVATE Dis-mois comment (Versão de Chico Buarque - 1994) Como um samba de adeus (Caetano Veloso - Chico Buarque - 1995) Chão de esmeraldas (Chico Buarque/Hermínio Bello de Carvalho - 1997) Você, você (Chico Buarque/Guinga - 1997) Caetano Veloso Vai levando - 1975 Como um samba de adeus - 1995 Carlinhos Vergueiro Leve - 1997 Nosso bolero - 1986 Carlos Lyra Essa passou - 1971 Cristóvão Bastos Todo o sentimento - 1987 Dias Gomes O rei de ramos (Francis Hime - Chico Buarque - Dias Gomes) - 1979 Djavan Alumbramento - 1979 Tanta saudade - 1983 Dominguinhos Tantas palavras - 1983 Xote do navegador – 1998 Edu Lobo A bela e a fera - 1982 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=ahislili_82.htm')" A história de Lily Braun - 1982 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=amulherd_85.htm')" A mulher de cada porto - 1985 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=apermuta_87.htm')" A permuta dos santos - 1987 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=abandono_87.htm')" Abandono - 1987 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=acalanto_85.htm')" Acalanto - 1985 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=bancarro_85.htm')" Bancarrota blues - 1985 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=beatriz_82.htm')" Beatriz - 1982 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=cambaio_01.htm')" Cambaio - 2001 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=cantiga_acordar_01.htm')" Cantiga de acordar - 2001 A moça do sonho - 2001 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=casadejo_87.htm')" Casa de João de Rosa - 1987 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=choroban_85.htm')" Choro bandido - 1985 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=cirandad_82.htm')" Ciranda da bailarina - 1982 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=drgetuli_83.htm')" Dr. Getúlio - 1983 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=frevodia_87.htm')" Frevo diabo - 1987 Lábia – 2001 Garoto Gente humilde (Garoto - Vinícius de Moraes - Chico Buarque) - 1969 Gilberto Gil Baticum - 1989 Cálice - 1973 Guinga Você, você - 1997 Hermínio Bello de Carvalho Chão de esmeraldas - 1997 João Bosco Mano a mano - 1984 João Donato Cadê você (Leila XIV) - 1987 Luíz Cláudio Ramos Outra noite - 1993 Cecília - 1998 Miltinho Angélica - 1977 Milton Nascimento Léo - 1978 Levantados do chão - 1997 O cio da terra - 1977 Primeiro de maio - 1977 Novelli Linha de montagem - 1980 Roberto Menescal Bye bye, Brasil - 1979 Ruy Guerra Ana de Amsterdam - 1972 Bárbara - 1972 Boi voador não pode - 1972 Cala a boca Bárbara - 1972 Cobra de vidro - 1972 Fado tropical - 1972 Fortaleza - 1972 Não existe pecado ao sul do equador - 1972 Tatuagem - 1972 Tira as mãos de mim - 1972 Vence na vida quem diz sim - 1972 Você vai me seguir - 1972 Wilson das Neves Grande hotel - 1997 Versões e adaptações INCLUDEPICTURE \d "../img/espaco.gif" Alemão Auge in Auge (Cara a cara) - 1969 Auge ins Auge (Olhos nos Olhos) - 1976 Bis zum Schluß (Até o fim) - 1978 Brejo da Cruz (Brejo da Cruz) - 1984 Bye bye, Brasil (Bye bye, Brasil) - 1979 Carolina (Carolina) - 1967 Der Ganove (O malandro) - 1977/78 Die Musikkapelle (A banda) - 1966 Die Kleine hat sich verändert (Essa moça tá diferente) – 1969 Die Rückkehr des Gauners (A volta do malandro) – 1985 Die Stimme des Herrn und der Herr der Stimme (A voz do dono e o dono da voz) - 1981 Geh arbeiten, fauler Kerl (Vai trabalhar vagabundo) – 1975 Gott vergelt's dir (Deus lhe pague) - 1971 Hommage für den Ganoven (Homenagem ao malandro) - 1977/78 Ich liebe dich (Eu te amo) - 1980 Laß die Kleine in Ruhe (Deixe a menina) – 1980 Mein Kleiner (O meu guri) - 1981 Mein lieber Freund (Meu caro amigo) - 1976 Nicanor (Nicanor) - 1969 Ohne Fantasien (Sem Fantasia) - 1967 Straßendieb (Pivete) - 1978 Strömung (Corrente) - 1976 Tingeltramp (Mambembe) - 1972 Verzweiflung (Desalento) - 1971 Was mag es sein (O que será) - 1976 Weitermachen (Vai levando) - 1975 Tira as mãos de mim Cobra de vidro Vence na vida quem diz sim Fortaleza Para a peça Gota d´água, de Chico Buarque e Paulo Pontes (1975) Flor da idade Bem querer Gota d'água Basta um dia Cancioneiro para peças e musicais INCLUDEPICTURE \d "../img/espaco.gif" Para o musical Balanço de Orfeu, de Luiz Vergueiro (1964) Tem mais samba Para a peça Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto (1965) Para a peça O patinho preto, de Walter Quaglia, (1966) Para a peça Pedro pedreiro, de Renata Pallottini (1966) Para o musical Meu refrão, de Hugo Carvana e Antônio Carlos Fontoura (1966) Noite dos mascarados Para a peça Os inimigos, de Górki, com direção de José Celso Martinez Corrêa (1966) Para a peça O&A, de Roberto Freire (1967) Para a peça Roda viva, de Chico Buarque (1967) Roda viva Sem fantasia Tema para "Os inconfidentes" (1970) Para o musical O Homem de La Mancha, de Ruy Guerra (1972) Sonho impossível A pousada do bom barão A batalha (instrumental) Esconde-esconde Todos juntos Para a peça Murro em ponta de faca (1978) Murro em ponta de faca (com Augusto Boal) Para a peça Ópera do malandro, de C B (1978) O malandro (versão livre da canção de Kurt Weill/Bertolt Brecht) Hino de Duran Viver de amor Uma canção desnaturada Tango do covil Doze anos O casamento dos pequenos burgueses Teresinha Homenagem ao malandro Folhetim Ai, se eles me pegam agora O meu amor Se eu fosse o teu patrão Geni e o zepelim Pedaço de mim Ópera O malandro n° 2 (versão livre da canção de Kurt Weill/Bertolt Brecht) Para a peça O Rei de Ramos, de Dias Gomes (1979) Amando sobre os jornais Canção de Pedroca Choro bandido Salmo Acalanto O corsário do rei Meia-noite Para a peça As quatro meninas, adaptação de Lenita Ploncynski, do romence Mulherzinhas, de Louise May (1986) As minhas meninas Para o balé Dança da Meia-lua (1987-1988) Todas as canções em parceria com Edu Lobo Casa de João de Rosa A permuta dos santos Frevo diabo Meio-dia, meia-lua Abandono Dança das máquinas Tablados Tororó Sol e chuva Valsa brasileira Para a peça Suburbano coração, de Naum Alves de Souza (1989) A mais bonita É tão simples Para o musical Cambaio, de Adriana e João Falcão (2001) Cambaio - Cantiga de acordar A moça do sonho - Lábia Noite de verão - Ode aos ratos Uma canção inédita Veneta Para República dos assassinos. de Miguel Faria Jr. (1979) Sob medida Não sonho mais Para Bye bye, Brasil, de Cacá Diegues (1979) Bye bye, Brasil (com Roberto Menescal) Para Os saltimbancos trapalhões, de J. B. Tanko (1981) Adaptações de canções de Enriquez e Bardotti Piruetas Hollywood Alô, liberdade A cidade dos artistas História de uma gata Rebichada Minha canção Meu caro barão Todos juntos Para Perdoa-me por me traíres, de Braz Chediak (1983) Mil perdões Para Para viver um grande amor, de Miguel Faria Jr. (1983) Sinhazinha (Despertar) (com Tom Jobim) A violeira (com Tom Jobim) Imagina (com Tom Jobim) Tanta saudade (com Djavan) Sinhazinha (Despedida) (com Tom Jobim) Samba do grande amor (com Tom Jobim) Meninos eu vi (com Tom Jobim) Ano Novo (Chico Buarque – 1967) Carolina (Chico Buarque - 1967) Januária (Chico Buarque - 1967) Logo eu? (Chico Buarque - 1967) Realejo (Chico Buarque - 1967) Roda viva (Chico Buarque - 1967) Sem fantasia (Chico Buarque - 1967) Será que Cristina volta? (Chico Buarque - 1967) Um chorinho (Chico Buarque - 1967) PRIVATE Até pensei (Chico Buarque - 1968) Até segunda-feira (Chico Buarque - 1968) Benvinda (Chico Buarque - 1968) Bom tempo (Chico Buarque - 1968) Ela desatinou (Chico Buarque - 1968) Mulher, vou dizer quantote amo (Chico Buarque - 1968) O velho (Chico Buarque - 1968) Pois é (Chico Buarque - 1968) Retrato em branco e preto (Chico Buarque/Tom Jobim - 1968) Sabiá (Tom Jobim/Chico Buarque - 1968) Agora falando sério (Chico Buarque - 1969) Cara a cara (Chico Buarque - 1969) Essa moça tá diferente (Chico Buarque - 1969) Gente humilde (Garoto/Vinicius de Moraes/Chico Buarque - 1969) Ilmo. Sr. Ciro Monteiro ou Receita pra virar casaca de neném (Chico Buarque - 1969) Não fala de Maria (Chico Buarque - 1969) Nicanor (Chico Buarque - 1969) Bárbara (Chico Buarque/Ruy Guerra - 1972/1973) Boi voador não pode (Chico Buarque/Ruy Guerra - 1972/1973) Bom conselho (Chico Buarque - 1972) Caçada (Chico Buarque - 1972) Cala a boca Bárbara (Chico Buarque/Ruy Guerra - 1972/1973) Cálice (Chico Buarque/Gilberto Gil - 1973) Cobra de vidro (Chico Buarque/Ruy Guerra - 1972/1973) Fado tropical (Chico Buarque/Ruy Guerra - 1972/1973) Fortaleza (Chico Buarque/Ruy Guerra - 1972/1973) Joana Francesa (Chico Buarque - 1973) Mambembe (Chico Buarque - 1972) Não existe pecado ao sul do equador (Chico Buarque/Ruy Guerra - 1972/1973) Partido alto (Chico Buarque - 1972) Quando o carnaval chegar (Chico Buarque 1972) Soneto (Chico Buarque 1972) Sonho impossível (J. Darion/M. Leigh/Versão Chico Buarque e Ruy Guerra - 1972) Tatuagem (Chico Buarque/Ruy Guerra - 1972/1973) Tira as mãos de mim (Chico Buarque/Ruy Guerra - 1972/1973) Flor da idade (Chico Buarque - 1973) Valsa rancho (Chico B/Francis Hime - 1973) Vence na vida quem diz sim (Chico Buarque/Ruy Guerra - 1972/1973) Você vai me seguir (Chico Buarque/Ruy Guerra – 1972/1973) A pousada do bom barão (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque - 1977) Angélica (Miltinho/Chico Buarque - 1977) Bicharia (Enriquez/Bardotti/C Buarque - 1977) Carta ao Tom (paródia) (Toquinho/Tom Jobim /Chico Buarque - 1977) Esconde-esconde (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque - 1977) Feijoada completa (Chico Buarque - 1977) História de uma gata (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque - 1977) João e Maria (Sivuca/Chico Buarque - 1977) Maninha (Chico Buarque – 1977) Maravilha (Francis Hime/Chico Buarque - 1977) Minha canção (Enriquez/Bardotti/C B - 1977) O cio da terra (Milton Nascimento/C B - 1977) O jumento (Enriquez/Bardotti/C Buarque - 1977) Primeiro de maio (Milton Nascimento/Chico Buarque - 1977) Samba para Vinícius (Toquinho/C B – 1977) Todos juntos (Enriquez/Bardotti/C B - 1977) Um dia de cão (Enriquez/Bardotti/C B - 1977) Estamos aí (Tom Jobim/Vinícius/Aloli/Chico Buarque - 1977) PRIVATE Ai, se eles me pegam agora (C B – 1977/1978) Até o fim (Chico Buarque – 1978) Canción por unidad latinoamericana (Pablo Milanés/Versão de Chico Buarque - 1978) Doze anos (Chico Buarque – 1977/1978) Folhetim (Chico Buarque – 1977/1978) Fantasia (Chico Buarque – 1978) Geni e o zepelim (Chico Buarque - 1977/1978) Não sonho mais (Chico Buarque - 1979) O rei de ramos (Francis Hime/Chico Buarque/Dias Gomes - 1979) Qualquer amor (Chico Buarque/Francis Hime - 1979) Sob medida (Chico Buarque - 1979) Uma canção desnaturada (Chico Buarque - 1979) Bastidores (Chico Buarque - 1980) De todas as maneiras (Chico Buarque - 1980) Deixe a menina (Chico Buarque - 1980) E se (Chico Buarque/Francis Hime - 1980) Eu te amo (Chico Buarque/Tom Jobim - 1980) Já passou (Chico Buarque - 1980) Linha de montagem (Chico Buarque/Novelli - 1980) Mar e lua (Chico Buarque - 1980) Morena de angola (Chico Buarque - 1980) Pássara (Chico Buarque/Francis Hime - 1980) Qualquer canção (Chico Buarque - 1980) Vida (Chico Buarque - 1980) PRIVATE A cidade dos artistas (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque - 1981) A voz do dono e o dono da voz (Chico Buarque - 1981) Almanaque (Chico Buarque - 1981) Alô, liberdade (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque - 1981) Amor barato (Francis Hime/Chico B - 1981) As vitrines (Chico Buarque - 1981) Ela é dançarina (Chico Buarque – 1981) Hollywood (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque - 1981) O rei de ramos (Francis Hime/Chico Buarque/Dias Gomes - 1979) Qualquer amor (Chico Buarque/Francis Hime - 1979) Sob medida (Chico Buarque - 1979) Uma canção desnaturada (Chico Buarque - 1979) Bastidores (Chico Buarque - 1980) De todas as maneiras (Chico Buarque - 1980) Deixe a menina (Chico Buarque - 1980) E se (Chico Buarque/Francis Hime - 1980) Eu te amo (Chico Buarque/Tom Jobim - 1980) Já passou (Chico Buarque - 1980) Linha de montagem (Chico Buarque/Novelli - 1980) Mar e lua (Chico Buarque - 1980) Morena de angola (Chico Buarque - 1980) Pássara (Chico Buarque/Francis Hime - 1980) Qualquer canção (Chico Buarque - 1980) Vida (Chico Buarque - 1980) PRIVATE A cidade dos artistas (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque - 1981) A voz do dono e o dono da voz (Chico Buarque - 1981) Almanaque (Chico Buarque - 1981) Alô, liberdade (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque - 1981) Amor barato (Francis Hime/Chico Buarque - 1981) As vitrines (Chico Buarque - 1981) Ela é dançarina (Chico Buarque - 1981) Hollywood (Enriquez/Bardotti/Chico Buarque - 1981) Palavra de mulher (Chico Buarque - 1985) Paroara (Fagner/C Buarque/Fausto Nilo - 1985) Rio 42 (Chico Buarque - 1985) Salmo (Chico Buarque/Edu Lobo - 1985) Sentimental (Chico Buarque - 1985) Show bizz (Chico Buarque/Edu Lobo - 1985) Tango de Nancy (C Buarque/Edu Lobo - 1985) Último blues (Chico Buarque - 1985) Verdadeira embolada (C B/Edu Lobo - 1985) Anos dourados (C Buarque/Tom Jobim - 1986) As minhas meninas (Chico Buarque - 1986) Nosso bolero (Chico Buarque/Carlinhos Vergueiro - 1986) PRIVATE Abandono (C Buarque/Edu Lobo - 1987/1988) A permuta dos santos (Chico Buarque/Edu Lobo - 1987/1988) Cadê você (Chico Buarque/João Donato - 1987) Cantando no toró (Chico Buarque - 1987) Casa de João de Rosa (Chico Buarque/Edu Lobo - 1987/1988) Estação derradeira (Chico Buarque - 1987) Frevo diabo (Chico Buarque/Edu Lobo - 1987/1988) Lola (Chico Buarque – 1987) Ludo real (Chico Buarque/Vinicius Cantuária - 1987) Meio-dia meia-lua (Na ilha de Lia, no barco de Rosa) (Edu Lobo/Chico Buarque - 1987/1988) O velho Francisco (Chico Buarque - 1987) Sol e chuva (Chico Buarque/Edu Lobo - 1987/1988) Tablados (Chico Buarque/Edu Lobo - 1987/1988) Assentamento (Chico Buarque - 1997) Levantados do chão (Chico Buarque/Milton Nascimento - 1997) Grande hotel (Wilson das Neves/C B - 1997) Leve (Carlinhos Vergueiro/C Buarque - 1997) A ostra e o vento (Chico Buarque - 1998) Carioca (Chico Buarque – 1998) Cecília (Luiz Cláudio Ramos/C Buarque - 1998) Injuriado (Chico Buarque – 1998) Iracema voou (Chico Buarque - 1998) Sonhos sonhos são (Chico Buarque - 1998) Xote de navegação (Dominguinhos/Chico Buarque - 1998) Dura na queda (Ela desatinou nº2) (Chico Buarque - 2000) Cambaio (Edu Lobo/Chico Buarque - 2001) A moça do sonho (Edu Lobo/C Buarque - 2001) Lábia (Edu Lobo/Chico Buarque - 2001) Noite de verão (Edu Lobo/C Buarque - 2001) Ode aos ratos (Edu Lobo/Chico Buarque - 2001) Uma canção inédita (Edu Lobo/C B - 2001) Eu sou a árvore (Eusébio Delfin – versão de Chico Buarque - 2001) Veneta (Chico Buarque/Edu Lobo - 2001) Cantiga de acordar (C B/Edu Lobo - 2001) Cancioneiro por parcerias INCLUDEPICTURE \d "../img/espaco.gif" Aloli Estamos aí (Chico Buarque - Tom Jobim - Vinícius - Aloli) – 1977 Augusto Boal Mulheres de Atenas - 1976 Murro em ponta de faca – 1978 Meia-noite - 1985 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=meiodiam_87_b.htm')" Meio-dia meia-lua (Na ilha de Lia, no barco de Rosa) - 1987/1988 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=meunarad_82.htm')" Meu namorado - 1982 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=motocont_81.htm')" Moto-contínuo - 1981 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=nacarrei_82.htm')" Na carreira - 1982 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=nego.htm')" Negomaluco - 1993 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=noite_verao_01.htm')" Noite de verão - 2001 O circo místico - 1982 O corsário do rei - 1985 Ode aos ratos - 2001 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=operetac_82.htm')" Opereta do casamento - 1985 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=operetm_85.htm')" Opereta do moribundo - 1985 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=salmo_85.htm')" Salmo - 1985 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=showbizz_85.htm')" Show bizz - 1985 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=sobretod_82.htm')" Sobre todas as coisas - 1982 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=solechuv_87.htm')" Sol e chuva - 1987 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=tablados_87.htm')" Tablados - 1987 Tango de Nancy - 1985 Tororó - 1987 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=cancao_inedita_01.htm')" Uma canção inédita - 2001 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=valsabra_87.htm')" Valsa brasileira - 1987 Valsa dos clowns - 1982 Veneta - 2001 Verdadeira embolada - 1985 Fagner e Fausto Nilo Paroara (Fagner - Chico Buarque - Fausto Nilo) - 1985 Francis Hime A noiva da cidade - 1975 Amor barato - 1981 Atrás da porta - 1972 Desembolada - 1976 E se - 1980 Embarcação - 1982 Luisa - 1979 Maravilha - 1977 Meu caro amigo - 1976 Pássara - 1980 Passaredo - 1975 Pivete - 1978 Quadrilha - 1975 Qualquer amor - 1979 Trocando em miúdos - 1978 Vai passar - 1984 Valsa rancho - 1973 Canção de Pedroca - 1979 O rei de ramos (Chico Buarque - Francis Hime - Dias Gomes) – 1979 Sonho impossível (J. Darion - M. Leigh - Versão Chico Buarque e Ruy Guerra) - 1972 Sergio Godinho Um tempo que passou INCLUDEPICTURE \d "img/bt_som2.gif" - 1983 Sivuca João e Maria - 1977 Tom Jobim HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=avioleir_83.htm')" A violeira - 1983 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=anosdour_86.htm')" Anos dourados - 1980 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=euteamo_80.htm')" Eu te amo - 1980 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=imagina_83.htm')" Imagina - 1983 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=turmadof_79.htm')" Introdução para a turma do funil (no Baixo Leblon) - 1979 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=meninose_83.htm')" Meninos, eu vi - 1983 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=pianonam_93.htm')" Piano na Mangueira- 1993 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=poise_68.htm')" Pois é - 1968 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=retratoe_68.htm')" Retrato em branco e preto - 1968 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=sabia_68.htm')" Sabiá - 1968 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=olhamari_71.htm')" Olha Maria (Chico Buarque - Tom Jobim - Vinícius de Moraes) - 1971 HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=cartaaot_77.htm')" Carta do Tom (paródia) (Chico Buarque - Toquinho - Tom Jobim) - 1977 Estamos aí (Chico Buarque - Tom Jobim - Vinícius - Aloli) - 1977 Toquinho Samba de Orly (Chico Buarque - Vinícius de Moraes - Toquinho) - 1970 Lua cheia - 1965 Samba para Vinicius - 1977 Carta do Tom (paródia) (Chico Buarque - Toquinho - Tom Jobim) - 1977 Vinicius Cantuária Ludo real - 1987 Sílvia - 1984 Vinícius de Moraes Desalento - 1970 Gente humilde (Chico Buarque - Garoto - Vinícius de Moraes) - 1969 Olha Maria (Chico Buarque - Tom Jobim - Vinícius de Moraes) - 1971 Valsinha (C B - Vinícius de Moraes) - 1970 Samba de Orly (Chico Buarque - Vinícius de Moraes – Toquinho) - 1970 Estamos aí (Chico Buarque - Tom Jobim - Vinícius - Aloli) - 1977 Cancioneiro para peças e musicais INCLUDEPICTURE \d "../img/espaco.gif" Para o musical Balanço de Orfeu, de Luiz Vergueiro (1964) Tem mais samba Para a peça Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto (1965) Para a peça O patinho preto, de Walter Quaglia, (1966) Para a peça Pedro pedreiro, de Renata Pallottini (1966) Para o musical Meu refrão, de Hugo Carvana e Antônio Carlos Fontoura (1966) Noite dos mascarados Para a peça Os inimigos, de Górki, com direção de José Celso Martinez Corrêa (1966) Para a peça O&A, de Roberto Freire (1967) Para a peça Roda viva, de Chico Buarque (1967) Roda viva Sem fantasia Tema para "Os inconfidentes" (1970) Para o musical O Homem de La Mancha, de Ruy Guerra (1972) Sonho impossível Para a peça Calabar, de Chico Buarque e Ruy Guerra (1973 e 1974) Todas as canções em parceria com Ruy Guerra Cala a boca, Bárbara Tatuagem Ana de Amsterdam Bárbara Não existe pecado ao sul do Equador Boi voador não pode Fado tropical Para a peça Calabar, de Chico Buarque e Ruy Guerra (1973 e 1974) Todas as canções em parceria com Ruy Guerra Cala a boca, Bárbara Tatuagem Ana de Amsterdam Bárbara Não existe pecado ao sul do Equador Boi voador não pode Fado tropical Tira as mãos de mim Cobra de vidro Vence na vida quem diz sim Fortaleza Para a peça Gota d´água, de Chico Buarque e Paulo Pontes (1975) Flor da idade Bem querer Gota d'água Basta um dia Para a peça Mulheres de Atenas, de Augusto Boal (1976) Para o musical Saltimbancos, de Enriquez e Bardotti (1977) Adapatações da cançoes de Enriquez e Bardotti Bicharia O jumento Um dia de cão A galinha História de uma gata A cidade ideal Minha canção Para a peça Geni, de Marilena Ansaldi (1980) Mar e lua Pássara (Francis Hime/Chico Buarque) Para o Balé Grande circo místico (1982) Todas as canções com Edu Lobo Abertura do circo Beatriz Valsa dos clowns Opereta do casamento A história de Lily Braun Meu namorado Sobre todas as coisas A bela e a fera Ciranda da bailarina O circo místico Para a peça Dr. Getúlio, de Dias Gomes e Ferreira Gullar (1983) Dr. Getúlio (Edu Lobo/Chico Buarque) Para a peça O corsário do rei, de Augusto Boal (1985) Todas as canções com Edu Lobo Verdadeira embolada Show bizz A mulher de cada porto Opereta do moribundo Bancarrota blues Tango de Nancy Cancioneiro para cinema INCLUDEPICTURE \d "../img/espaco.gif" Para O anjo assassino, de Dionísio Azevedo (1966) Para Garota de Ipanema de Leon Hirziman (1967) Um chorinho Para Se segura malandro de Hugo Carvana (1977) Feijoada completa Para Quando o carnaval chegar, de Cacá Diegues (1972) Baioque Bom conselho Caçada Mambembe Quando o carnaval chegar Partido alto Soneto Para Joana Francesa, de Cacá Diegues (1973) Joana Francesa Para Vai trabalhar vagabundo, de Hugo Carvana (1975) Vai trabalhar vagabundo Flor da idade Para A noiva da cidade, de Alex Viani (1975-1976) Quadrilha (com Francis Hime) Passaredo (com Francis Hime) Para Dona Flor e seus dois maridos, de Bruno Barreto (1976) O que será (À flor da pele) O que será (À flor da Terra) O que será (Abertura) Para Ópera do malandro, de Ruy Guerra (1985) A volta do malandro Las muchachas de Copacabana Hino de Duran INCLUDEPICTURE \d "../letras/img/seta_letras.jpg" HYPERLINK "javascript:wopen('/cgi-bin/frame.pl?nurl=trapacas_89.htm')" Trapaças Para A ostra e o vento, de Walter Lima Jr. 1995 O último blues Tango do covil Sentimental Aquela mulher Palavra de mulher Hino da repressão Rio 42 Para Amor vagabundo, de Hugo Carvana (1989) LETRAS PRIVATE Vai Trabalhar Vagabundo Vai trabalhar, vagabundo Vai trabalhar, criatura Deus permite a todo mundo Um loucura Passa o domingo em família Segunda-feira beleza Embarca com alegria Na correnteza Prepara o teu documento Carimba o teu coração Não perde nem um momento Perde a razão Pode esquecer a mulata Pode esquecer o bilhar Pode apertar a gravata Vai te enforcar / Vai te entregar Vai te estragar / Vai trabalhar Vê se não dorme no ponto Reúne as economias Perde os três contos no conto Da loteria Passa o domingo no mangue Segunda-feira vazia Ganha no banco de sangue Pra mais um dia Cuidado com o viaduto Cuidado com o aviãoNão perde mais um minuto Perde a questão Tenta pensar no futuro No escuro tenta pensar Vai renovar teu seguro Vai caducar Vai te entregar Vai te estragar Vai trabalhar Passa o domingo sozinho Segunda-feira a desgraça Sem pai nem mãe, sem vizinho Em plena praça Vai terminar moribundo Vida Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz Deixei a fatia Mais doce da vida Na mesa dos homens De vida vazia Mas, vida, ali Quem sabe, eu fui feliz Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz Verti minha vida Nos cantos, na pia Na casa dos homens De vida vadia Mas, vida, ali Quem sabe, eu fui feliz Luz, quero luz, Sei que além das cortinas São palcos azuis E infinitas cortinas Com palcos atrás Arranca, vida Estufa, veia E pulsa, pulsa, pulsa, Pulsa, pulsa mais Mais, quero mais Nem que todos os barcos Recolham ao cais Que os faróis da costeira Me lancem sinais Arranca, vida Estufa, vela Me leva, leva longe Longe, leva mais Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz Toquei na ferida Nos nervos, nos fios Nos olhos dos homens De olhos sombrios Mas, vida, ali Eu sei que fui feliz O Meu Guri Quando, seu moço, nasceu meu rebento Não era o momento dele rebentar Já foi nascendo com cara de fome E eu não tinha nem nome pra lhe dar Como fui levando, não sei explicar Fui assim levando ele a me levar E na sua meninice ele um dia me disse Que chegava lá Olha aí - Olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri E ele chega Chega suado e veloz do batente E traz sempre um presente pra me encabular Tanta corrente de ouro, seu moço Que haja pescoço pra enfiar Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro Chave, caderneta, terço e patuá Um lenço e uma penca de documentos Pra finalmente eu me identificar, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri E ele chega Chega no morro com o carregamento Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador Rezo até ele chegar cá no alto Essa onda de assaltos tá um horror Eu consolo ele, ele me consola Boto ele no colo pra ele me ninar De repente acordo, olho pro lado E o danado já foi trabalhar, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri E ele chega Chega estampado, manchete, retrato Com venda nos olhos, legenda e as iniciais Eu não entendo essa gente, seu moço Fazendo alvoroço demais O guri no mato, acho que tá rindo Acho que tá lindo, de papo pro ar Desde o começo, eu não disse, seu moço Ele disse que chegava lá Olha aí, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri Meu caro amigo (cont.) Aqui na terra 'tão jogando futebol Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll Uns dias chove, noutros dias bate sol Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta A Marieta manda um beijo para os seus Um beijo na família, na Cecília e nas crianças O Francis aproveita pra também mandar lembranças A todo o pessoal Adeus Gente Humilde Tem certos dias Em que eu penso em minha gente E sinto assim Todo o meu peito se apertar Porque parece Que acontece de repente Feito um desejo de eu viver Sem me notar Igual a como Quando eu passo no subúrbio Eu muito bem Vindo de trem de algum lugar E aí me dá Como uma inveja dessa gente Que vai em frente Sem nem ter com quem contar São casas simples Com cadeiras na calçada E na fachada Escrito em cima que é um lar Pela varanda Flores tristes e baldias Como a alegria Que não tem onde encostar E aí me dá uma tristeza No meu peito Feito um despeito De eu não ter como lutar E eu que não creio Peço a Deus por minha gente É gente humilde Que vontade de chorar Construção Amou daquela vez como se fosse a última Beijou sua mulher como se fosse a última E cada filho seu como se fosse o único E atravessou a rua com seu passo tímido Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Tijolo com tijolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima Sentou pra descansar como se fosse sábado Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago Dançou e gargalhou como se ouvisse música E tropeçou no céu como se fosse um bêbado E flutuou no ar como se fosse um pássaro E se acabou no chão feito um pacote flácido Agonizou no meio do passeio público Morreu na contramão atrapalhando o tráfego Amou daquela vez como se fosse o último Beijou sua mulher como se fosse a única E cada filho seu como se fosse o pródigo E atravessou a rua com seu passo bêbado Subiu a construção como se fosse sólido Ergueu no patamar quatro paredes mágicas Tijolo com tijolo num desenho lógico Seus olhos embotados de cimento e tráfego Sentou pra descansar como se fosse um príncipe Comeu feijão com arroz como se fosse máquina Dançou e gargalhou como se fosse o próximo E tropeçou no céu como se ouvisse música E flutuou no ar como se fosse sábado E se acabou no chão feito um pacote tímido Agonizou no meio do passeio náufrago Morreu na contramão atrapalhando o público Amou daquela vez como se fosse máquina Beijou sua mulher como se fosse lógico Ergueu no patamar quatro paredes flácidas Sentou pra descansar como se fosse um pássaro E flutuou no ar como se fosse um príncipe E se acabou no chão feito um pacote bêbado Morreu na contramão atrapalhando o sábado Minha História Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente Ele assim como veio partiu não se sabe pra onde E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe Esperando, parada, pregada na pedra do porto Com seu único velho vestido cada dia mais curto Quando enfim eu nasci minha mãe embrulhou-me num manto Me vestiu como se fosse assim uma espécie de santo Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher Me ninava cantando cantigas de cabaré Minha mãe não tardou a alertar toda a vizinhança A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança E não sei bem se por ironia ou se por amor Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor Minha história é esse nome que ainda hoje carrego comigo Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz Me conhecem só pelo meu nome Menino Jesus Olha Maria Olha Maria - Eu bem te queria Fazer uma presa Da minha poesia Mas hoje, Maria Pra minha surpresa Pra minha tristeza Precisas partir Parte, Maria Que estás tão bonita Que estás tão aflita Pra me abandonar Sinto, Maria Que estás de visita Teu corpo se agita Querendo dançar Parte, Maria Que estás toda nua Que a lua te chama Que estás tão mulher Arde, Maria Na chama da lua Maria cigana Maria maré Parte cantando Maria fugindo Contra a ventania Brincando, dormindo Num colo de serra Num campo vazio Num leito de rio Nos braços do mar Vai, alegria Que a vida, Maria Não passa de um dia Não vou te prender Corre, Maria Que a vida não espera É uma primavera Não podes perder Anda, Maria Pois eu só teria A minha agonia Pra te oferecer Vai Passar Vai passar Nessa avenida um samba popular Cada paralelepípedo Da velha cidade Essa noite vai Se arrepiar Ao lembrar Que aqui passaram sambas imortais Que aqui sangraram pelos nossos pés Que aqui sambaram nossos ancestrais Num tempo Página infeliz da nossa história Passagem desbotada na memória Das nossas novas gerações Dormia A nossa pátria mãe tão distraída Sem perceber que era subtraída Em tenebrosas transações Seus filhos Erravam cegos pelo continente Levavam pedras feito penitentes Erguendo estranhas catedrais E um dia, afinal Tinham direito a uma alegria fugaz Uma ofegante epidemia Que se chamava carnaval O carnaval, o carnaval (Vai passar) Palmas pra ala dos barões famintos O bloco dos napoleões retintos E os pigmeus do bulevar Meu Deus, vem olhar Vem ver de perto uma cidade a cantar A evolução da liberdade Até o dia clarear Ai, que vida boa, olerê Ai, que vida boa, olará O estandarte do sanatório geral vai passar Ai, que vida boa, olerê Ai, que vida boa, olará O estandarte do sanatório geral Vai passar Bye bye Brasil (cont.) Emmarço vou pro Ceará Com a benção do meu orixá Eu acho bauxita por lá Meu amor Bye bye, Brasil A última ficha caiu Eu penso em vocês night and day Explica que tá tudo okay Eu só ando dentro da lei Eu quero voltar, podes crer Eu vi um Brasil na tevê Peguei uma doença em Belém Agora já tá tudo bem, Mas a ligação tá no fim Tem um japonês trás de mim Aquela aquarela mudou Na estrada peguei uma cor Capaz de cair um toró Estou me sentindo um jiló Eu tenho tesão é no mar Assim que o inverno passar Bateu uma saudade de ti Tô a fim de encarar um siri Com a benção do Nosso Senhor O sol nunca mais vai se pôr A Rita Chico Buarque/1965 A Rita levou meu sorriso No sorriso dela Meu assunto Levou junto com ela E o que me é de direito Arrancou-me do peito E tem mais Levou seu retrato, seu trapo, seu prato Que papel! Uma imagem de São Francisco E um bom disco de Noel A Rita matou nosso amor De vingança / Nem herança deixou Não levou um tostão / Porque não tinha não Mas causou perdas e danos / Levou os meus planos Meu pobres enganos / Os meus vinte anos O meu coração / E além de tudo Me deixou mudo / Um violão As vitrines Chico Buarque/1981 Eu te vejo sair por aí Te avisei que a cidade era um vão -Dá tua mão -Olha pra mim -Não faz assim -Não vai lá não Os letreiros a te colorir Embaraçam a minha visão Eu te vi suspirar de aflição E sair da sessão, frouxa de rir Já te vejo brincando, gostando de ser Tua sombra a se multiplicar Nos teus olhos também posso ver As vitrines te vendo passar Na galeria Cada clarão É como um dia depois de outro dia Abrindo um salão Passas em exposição Passas sem ver teu vigia Catando a poesia Que entornas no chão Brejo da Cruz Chico Buarque/1984 A novidade Que tem no Brejo da Cruz É a criançada Se alimentar de luz Alucinados Meninos ficando azuis E desencarnando Lá no Brejo da Cruz Eletrizados Cruzam os céus do Brasil Na rodoviária Assumem formas mil Uns vendem fumo Tem uns que viram Jesus Muito sanfoneiro Cadê você (Leila XIV) João Donato/Chico Buarque/1987 Para o filme Quando o carnaval chegar de Cacá Diegues Me dê noticia de você Eu gosto um pouco de chorar A gente quase não se vê Me deu vontade de lembrar Me leve um pouco com você Eu gosto de qualquer lugar A gente pode se entender E não saber o que falar Seria um acontecimento Mas lógico que você some No dia em que o seu pensamento Me chamou Eu chamo o seu apartamento Não mora ninguém com esse nome Que linda a cantiga do vento Já passou A gente quase não se vê Eu só queria me lembrar Me dê noticia de você Me deu vontade de voltar Cotidiano Chico Buarque/1971 Todo dia ela faz tudo sempre igual Me sacode às seis horas da manhã Me sorri um sorriso pontual E me beija com a boca de hortelã Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar E essas coisas que diz toda mulher Diz que está me esperando pro jantar E me beija com a boca de café Todo dia eu só penso em poder parar Meio dia eu só penso em dizer não Depois penso na vida pra levar E me calo com a boca de feijão Seis da tarde como era de se esperar Ela pega e me espera no portão Diz que está muito louca pra beijar E me beija com a boca de paixão Cotidiano (cont.) Toda noite ela diz pra eu não me afastar Meia-noite ela jura eterno amor E me aperta pra eu quase sufocar E me morde com a boca de pavor Todo dia ela faz tudo sempre igual Me sacode às seis horas da manhã Me sorri um sorriso pontual E me beija com a boca de hortelã Desencontro Chico Buarque/1965 A sua lembrança me dói tanto Eu canto pra ver Se espanto esse mal Mas só sei dizer Um verso banal Fala em você Canta você É sempre igual Sobrou desse nosso desencontro Um conto de amor Sem ponto final Retrato sem cor Jogado aos meus pés E saudades fúteis Saudades frágeis Meros papéis Não sei se você ainda é a mesma Ou se cortou os cabelos Rasgou o que é meu Se ainda tem saudades E sofre como eu Ou tudo já passou Já tem um novo amor Já me esqueceu Eu te amo Tom Jobim - Chico Buarque/1980 Ah, se já perdemos a noção da hora Se juntos já jogamos tudo fora Me conta agora como hei de partir Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios Rompi com o mundo, queimei meus navios Me diz pra onde é que inda posso ir Se nós, nas travessuras das noites eternas Feijoada completa Chico Buarque/1977 Para o filme Se segura malandro de Hugo Carvana Mulher Você vai gostar Tô levando uns amigos pra conversar Eles vão com uma fome que nem me contem Eles vão com uma sede de anteontem Salta cerveja estupidamente gelada prum batalhão E vamos botar água no feijão Mulher Não vá se afobar Não tem que pôr a mesa, nem dá lugar Ponha os pratos no chão, e o chão tá posto E prepare as lingüiças pro tiragosto Uca, açúcar, cumbuca de gelo, limão E vamos botar água no feijão Mulher Você vai fritar Um montão de torresmo pra acompanhar Arroz branco, farofa e a malagueta A laranja-bahia, ou da seleta Joga o paio, carne seca, toucinho no caldeirão E vamos botar água no feijão Mulher Depois de salgar Faça um bom refogado, que é pra engrossar Aproveite a gordura da frigideira Pra melhor temperar a couve mineira Diz que tá dura, pendura a fatura no nosso irmão E vamos botar água no feijão Joana francesa Chico Buarque/1973 Para o filme Joana Francesa de Cacá Diegues Tu ris, tu mens trop Tu pleures, tu meurs trop Tu as le tropique Dans le sang et sur la peau Geme de loucura e de torpor Já é madrugada Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda Mata-me de rir Fala-me de amor Songes et mensonges Sei de longe e sei de cor Geme de prazer e de pavor Já é madrugada João e Maria Sivuca - Chico Buarque/1977 Agora eu era o herói E o meu cavalo só falava inglês A noiva do cowboy Era você Além das outras três Eu enfrentava os batalhões Os alemães e seus canhões Guardava o meu bodoque E ensaiava um rock Para as matinês Agora eu era o rei Era o bedel e era também juiz E pela minha lei A gente era obrigada a ser feliz E você era a princesa Que eu fiz coroar E era tão linda de se admirar Que andava nua pelo meu país Não, não fuja não Finja que agora eu era o seu brinquedo Eu era o seu pião O seu bicho preferido Sim, me dê a mão A gente agora já não tinha medo No tempo da maldade Acho que a gente nem tinha nascido Agora era fatal Que o faz-de-conta terminasse assim Pra lá deste quintal Era uma noite que não tem mais fim Pois você sumiu no mundo Sem me avisar E agora eu era um louco a perguntar O que é que a vida vai fazer de mim Luísa Francis Hime - Chico Buarque/1979 Por ela é que eu faço bonito Por ela é que eu faço o palhaço Por ela é que eu saio do tom E me esqueço no tempo e no espaço Quase levito Faço sonhos de crepom E quando ela está nos meus braços As tristezas parecem banais O meu coração aos pedaços Mulheres de Atenas Chico Buarque - Augusto Boal/1976 Para a peça Mulheres de Atenas de Augusto Boal Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas Quando fustigadas não choram Se ajoelham, pedem, imploram Mais duras penas / Cadenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas Quandos eles embarcam, soldados Elas tecem longos bordados Mil quarentenas E quando eles voltam sedentos Querem arrancar violentos Carícias plenas / Obcenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas Quando eles se entopem de vinho Costumam buscar o carinho De outras falenas Mas no fim da noite, aos pedaços Quase sempre voltam pros braços De suas pequenas / Helenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas Elas não têm gosto ou vontade Nem defeito nem qualidade Têm medo apenas Não têm sonhos, só têm presságios O seu homem, mares, naufrágios Lindas sirenas / Morenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas As jovens viúvas marcadas E as gestantes abandonadas Não fazemcenas Vestem-se de negro, se encolhem Se conformam e se recolhem Às suas novenas / Serenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas O meu amor Chico Buarque/1977-1978 Para a peça Ópera do malandro, de Chico Buarque Teresinha: O meu amor Tem um jeito manso que é só seu E que me deixa louca Quando me beija a boca A minha pele toda fica arrepiada E me beija com calma e fundo Até minh'alma se sentir beijada, ai Lúcia: O meu amor Tem um jeito manso que é só seu Que rouba os meus sentidos Viola os meus ouvidos Com tantos segredos lindos e indecentes Depois brinca comigo Ri do meu umbigo E me crava os dentes, ai As duas: Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz Meu corpo é testemunha Do bem que ele me faz Lúcia: O meu amor Tem um jeito manso que é só seu De me deixar maluca Quando me roça a nuca E quase me machuca com a barba malfeita E de pousar as coxas entre as minhas coxas Quando ele se deita, ai Teresinha: O meu amor Tem um jeito manso que é só seu De me fazer rodeios De me beijar os seios Me beijar o ventre E me deixar em brasa Desfruta do meu corpo Como se o meu corpo fosse a sua casa, ai A duas: Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz Meu corpo é testemunha Do bem que ele me faz Paratodos Chico Buarque/1993 O meu pai era paulista Meu avô, pernambucano O meu bisavô, mineiro Meu tataravô, baiano Meu maestro soberano Foi Antonio Brasileiro Foi Antonio Brasileiro Quem soprou esta toada Que cobri de redondilhas Pra seguir minha jornada E com a vista enevoada Ver o inferno e maravilhas Nessas tortuosas trilhas A viola me redime Creia, ilustre cavalheiro Contra fel, moléstia, crime Use Dorival Caymmi Vá de Jackson do Pandeiro Vi cidades, vi dinheiro Bandoleiros, vi hospícios Moças feito passarinho Avoando de edifícios Fume Ari, cheire Vinícius Beba Nelson Cavaquinho Para um coração mesquinho Contra a solidão agreste Luiz Gonzaga é tiro certo Pixinguinha é inconteste Tome Noel, Cartola, Orestes Caetano e João Gilberto Viva Erasmo, Ben, Roberto Gil e Hermeto, palmas para Todos os instrumentistas Salve Edu, Bituca, Nara Gal, Bethania, Rita, Clara Evoé, jovens à vista O meu pai era paulista /Meu avô, pernambucano O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano Vou na estrada há muitos anos Sou um artista brasileiro Pelas tabelas Chico Buarque/1984 Ando com minha cabeça já pelas tabelas Claro que ninguém se toca com minha aflição Quando vi todo mundo na rua de blusa amarela Eu achei que era ela puxando um cordão Oito horas e danço de blusa amarela Minha cabeça talvez faça as pazes assim Quando ouvi a cidade de noite batendo as panelas Eu pensei que era ela voltando pra Minha cabeça de noite batendo panelas Provavelmente não deixa a cidade dormir Quando vi um bocado de gente descendo as favelas Eu achei que era o povo que vinha pedir A cabeça de um homem que olhava as favelas Minha cabeça rolando no Maracanã Quando vi a galera aplaudindo de pé as tabelas Eu jurei que era ela que vinha chegando Com minha cabeça já pelas tabelas Claro que ninguém se toca com minha aflição Quando vi todo mundo na rua de blusa amarela Eu achei que era ela puxando um cordão Oito horas e danço de blusa amarela Minha cabeça talvez faça as pazes assim Quando ouvi a cidade de noite batendo as panelas Eu pensei que era ela voltando pra Minha cabeça de noite batendo panelas Provavelmente não deixa a cidade dormir Quando vi um bocado de gente descendo as favelas Eu achei que era o povo que vinha pedir A cabeça dum homem que olhava as favelas Minha cabeça rolando no Maracanã Quando vi a galera aplaudindo de pé as tabelas Eu jurei que era ela que vinha chegando Com minha cabeça já numa baixela Claro que ninguém se toca com minha aflição Quando vi todo mundo na rua de blusa amarela Eu achei que era ela puxando um cordão Samba do grande amor Chico Buarque/1983 Para o filme Para viver um grande amor, de Miguel Faria Jr. Tinha cá pra mim Que agora sim Eu vivia enfim o grande amor Mentira Me atirei assim De trampolim Fui até o fim um amador Passava um verão A água e pão Dava o meu quinhão pro grande amor Mentira Eu botava a mão No fogo então Com meu coração de fiador Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito Exijo respeito, não sou mais um sonhador Chego a mudar de calçada Quando aparece uma flor E dou risada do grande amor Mentira Fui muito fiel Comprei anel Botei no papel o grande amor Mentira Reservei hotel Sarapatel E lua-de-mel em Salvador Fui rezar na Sé Pra São José Que eu levava fé no grande amor Mentira Fiz promessa até Pra Oxumaré De subir a pé o Redentor Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito Exijo respeito, não sou mais um sonhador Chego a mudar de calçada Quando aparece uma flor E dou risada do grande amor Mentira Sem fantasia Chico Buarque/1967 Para a peça Roda Viva de Chico Buarque Vem, meu menino vadio Vem, sem mentir pra você Vem, mas vem sem fantasia Que da noite pro dia Você não vai crescer Vem, por favor não evites Meu amor, meus convites Minha dor, meus apelos Vou te envolver nos cabelos Vem perder-te em meus braços Pelo amor de Deus Vem que eu te quero fraco Vem que eu te quero tolo Vem que eu te quero todo meu Ah, eu quero te dizer Que o instante de te ver Custou tanto penar Não vou me arrepender Só vim te convencer Que eu vim pra não morrer De tanto te esperar Eu quero te contar Das chuvas que apanhei Das noites que varei No escuro a te buscar Eu quero te mostrar As marcas que ganhei Nas lutas contra o rei Nas discussões com Deus E agora que cheguei Eu quero a recompensa Eu quero a prenda imensa Dos carinhos teus Tanto amar Chico Buarque/1981 Amo tanto e de tanto amar Acho que ela é bonita Tem um olho sempre a boiar E outro que agita Tem um olho que não está Meus olhares evita E outro olho a me arregalar Sua pepita A metade do seu olhar Está chamando pra luta, aflita E metade quer madrugar Na bodeguita Se seus olhos eu for cantar Um seu olho me atura E outro olho vai desmanchar Toda a pintura Ela pode rodopiar E mudar de figura A paloma do seu mirar Virar miúra É na soma do seu olhar Que eu vou me conhecer inteiro Se nasci pra enfrentar o mar Ou faroleiro Amo tanto e de tanto amar Acho que ela acredita Tem um olho a pestanejar E outro me fita Suas pernas vão me enroscar Num balé esquisito Seus dois olhos vão se encontrar No infinito Amo tanto e de tanto amar Em Manágua temos um chico Já pensamos em nos casar Em Porto Rico Vida Chico Buarque/1980 Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz Deixei a fatia Mais doce da vida Na mesa dos homens De vida vazia Mas, vida, ali Quem sabe, eu fui feliz Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz Verti minha vida Nos cantos, na pia Na casa dos homens De vida vadia Mas, vida, ali Quem sabe, eu fui feliz Luz, quero luz, Sei que além das cortinas São palcos azuis E infinitas cortinas Com palcos atrás Arranca, vida Estufa, veia E pulsa, pulsa, pulsa Pulsa, pulsa mais Mais, quero mais Nem que todos os barcos Recolham ao cais Que os faróis da costeira Me lancem sinais Arranca, vida Estufa, vela Me leva, leva longe Longe, leva mais Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz Toquei na ferida Nos nervos, nos fios Nos olhos dos homens De olhos sombrios Mas, vida, ali Eu sei que fui feliz Pivete Francis Hime - Chico Buarque 1978 No sinal fechado / Ele vende chiclete Capricha na flanela / E se chama Pelé Pinta na janela / Batalha algum trocado Aponta um canivete / E até Dobra a Carioca, olerê Desce a Frei Caneca, olará Se manda pra Tijuca / Sobe o Borel Meio se maloca / Agita numa boca Descola uma mutuca / E um papel Sonha aquela mina, olerê Prancha, parafina, olará Dorme gente fina / Acorda pinel Zanza na sarjeta Fatura uma besteira E tem as pernas tortas E se chama Nané Arromba uma porta Faz ligação direta Engata uma primeira E até Dobra a Carioca, olerê Desce a Frei Caneca, olará Se manda pra Tijuca Na contramão Dança pára-lama Já era pára-choque Agora ele se chama Emersão Sobe no passeio, olerê Pega no recreio, olará Não se liga em freio Nem direção No sinalfechado Ele transa chiclete E se chama pivete E pinta na janela Capricha na flanela Descola uma bereta Batalha na sarjeta E tem as pernas tortas Marcha para um dia de sol (1964) Chico Buarque Eu quero ver um dia / Nascer sorrindo E toda a gente / Sorrir com o dia Com alegria / Do sol do mar Criança brincando / Mulher a cantar Eu quero ver um dia / Numa só canção O pobre e rico / Andando mão e mão Que nada falte Que nada sobre O pão do rico E o pão do pobre Eu quero ver um dia Todos trabalhar E ao fim do dia Ter onde voltar E ter amor Eu quero ver a paz Tristeza nunca mais Eu quero tanto um dia O pobre ver sem frio E o rico com coração Eu quero ver um dia Numa só canção O pobre e rico Andando mão e mão Que nada falte Que nada sobre O pão do rico E o pão do pobre Eu quero ver um dia Todos trabalhar E ao fim do dia Ter onde voltar E ter amor Eu quero ver a paz Tristeza nunca mais Eu quero tanto um dia O pobre ver sem frio E o rico com coração Com um pouco de paciência No fim da fila do fundo Da previdência Parte tranqüilo, ó irmão Descansa na paz de Deus Deixaste casa e pensão Só para os teus A criançada chorando Tua mulher vai suar Pra botar outro malandro No teu lugar Vai te entregar / Vai te estragar Vai te enforcar / Vai caducar Vai trabalhar Vai trabalhar Vai trabalhar Vagabundo Trocando em Miúdos Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim Não me valeu Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim? O resto é seu Trocando em miúdos, pode guardar As sobras de tudo que chamam lar As sombras de tudo que fomos nós As marcas do amor nos nossos lençóis As nossas melhores lembranças Aquela esperança de tudo se ajeitar Pode esquecer Aquela aliança, você pode empenhar Ou derreter Mas devo dizer que não vou lhe dar O enorme prazer de me ver chorar Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago Meu peito tão dilacerado Aliás / Aceite uma ajuda do seu futuro amor Pro aluguel Devolva o Neruda que você me tomou E nunca leu Eu bato o portão sem fazer alarde Eu levo a carteira de identidade Uma saideira, muita saudade E a leve impressão de que já vou tarde Mil Perdões Te perdôo Por fazeres mil perguntas Que em vidas que andam juntas Ninguém faz Te perdôo Por pedires perdão Por me amares demais Te perdôo Te perdôo por ligares Pra todos os lugares De onde eu vim Te perdôo Por ergueres a mão Por bateres em mim Te perdôo Quando anseio pelo instante de sair E rodar exuberante E me perder de ti Te perdôo Por quereres me ver Aprendendo a mentir (te mentir, te mentir) Te perdôo Por contares minhas horas Nas minhas demoras por aí Te perdôo Te perdôo porque choras Quando eu choro de rir Te perdôo Por te trair Meu Caro Amigo Meu caro amigo me perdoe, por favor Se eu não lhe faço uma visita Mas como agora apareceu um portador Mando notícias nessa fita Aqui na terra 'tão jogando futebol Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll Uns dias chove, noutros dias bate sol Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta Muita mutreta pra levar a situação Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça E a gente vai tomando que, também, sem a cachaça Ninguém segura esse rojão Meu caro amigo eu não pretendo provocar Nem atiçar suas saudades Mas acontece que não posso me furtar A lhe contar as novidades Aqui na terra 'tão jogando futebol Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll Uns dias chove, noutros dias bate sol Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta É pirueta pra cavar o ganha-pão Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro E a gente vai fumando que, também, sem cigarro Ninguém segura esse rojão Meu caro amigo eu quis até telefonar Mas a tarifa não tem graça Eu ando aflito pra fazer você ficar A par de tudo que se passa Aqui na terra 'tão jogando futebol Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll Uns dias chove, noutros dias bate sol Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta Muita careta pra engolir a transação E a gente tá engolindo cada sapo no caminho E a gente vai se amando que, também, sem um carinho Ninguém segura esse rojão Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever Mas o correio andou arisco Se permitem, vou tentar lhe remeter Notícias frescas nesse disco O Que Será (À Flor da Pele) O que será que será Que andam suspirando pelas alcovas Que andam sussurrando em versos e trovas Que andam combinando no breu das tocas Que anda nas cabeças, anda nas bocas Que andam acendendo velas nos becos Que estão falando alto pelos botecos Que gritam nos mercados, que com certeza Está na natureza, será que será O que não tem certeza, nem nunca terá O que não tem conserto, nem nunca terá O que não tem tamanho O que será que será Que vive nas idéias desses amantes Que cantam os poetas mais delirantes Que juram os profetas embriagados Que está na romaria dos mutilados Que está na fantasia dos infelizes Que está no dia-a-dia das meretrizes No plano dos bandidos, dos desvalidos Em todos os sentidos, será que será O que não tem decência, nem nunca terá O que não tem censura, nem nunca terá O que não faz sentido O que será que será Que todos os avisos não vão evitar Porque todos os risos vão desafiar Porque todos os sinos irão repicar Porque todos os hinos irão consagrar E todos os meninos vão desembestar E todos os destinos irão se encontrar E o mesmo Padre Eterno que nunca foi lá Olhando aquele inferno, vai abençoar O que não tem governo, nem nunca terá O que não tem vergonha nem nunca terá O que não tem juízo Deus lhe Pague Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir Deus lhe pague Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair Deus lhe pague Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir Deus lhe pague Apesar de Você Hoje você é quem manda Falou, tá falado Não tem discussão, não A minha gente hoje anda Falando de lado E olhando pro chão, viu Você que inventou este estado Inventou de inventar Toda a escuridão Você que inventou o pecado Esqueceu-se de inventar O perdão Apesar de você Amanhã há de ser Outro dia Eu pergunto a você Onde vai se esconder Da enorme euforia Como vai proibir Quando o galo insistir Em cantar Água nova brotando E a gente se amando Sem parar Apesar de você (cont.) Quando chegar o momento Esse meu sofrimento Vou cobrar com juros, juro Todo esse amor reprimido Esse grito contido Este samba no escuro Você que inventou a tristeza Ora, tenha fineza De desinventar Você vai pagar e é dobrado Cada lágrima rolada Nesse meu penar Apesar de você Amanhã há de ser Outro dia Inda pago pra ver O jardim florescer Qual você não queria Você vai se amargar Vendo o dia raiar Sem lhe pedir licença E eu vou morrer de rir Que esse dia há de vir Antes do que você pensa Apesar de você Apesar de você Amanhã há de ser Outro dia Você vai ter que ver A manhã renascer E esbanjar poesia Como vai se explicar Vendo o céu clarear De repente, impunemente Como vai abafar Nosso coro a cantar Na sua frente Apesar de você Amanhã há de ser Outro dia Você vai se dar mal Etc. e tal Bastidores Chorei, chorei Até ficar com dó de mim E me tranquei no camarim Tomei o calmante, o excitante E um bocado de gim Amaldiçoei O dia em que te conheci Com muitos brilhos me vesti Depois me pintei, me pintei Me pintei, me pintei Cantei, cantei Como é cruel cantar assim E num instante de ilusão Te vi pelo salão A caçoar de mim Não me troquei Voltei correndo ao nosso lar Voltei pra me certificar Que tu nunca mais vais voltar Vais voltar, vais voltar Cantei, cantei Nem sei como eu cantava assim Só sei que todo o cabaré Me aplaudiu de pé Quando cheguei ao fim Mas não bisei Voltei correndo ao nosso lar Voltei pra me certificar Que nunca mais vais voltar Cantei, cantei Jamais cantei tão lindo assim E os homens lá pedindo bis Bêbadose febris A se rasgar por mim Chorei, chorei Até ficar com dó de mim Bye Bye, Brasil Oi, coração Não dá pra falar muito não Espera passar o avião Assim que o inverno passar Eu acho que vou te buscar Aqui tá fazendo calor Deu pane no ventilador Já tem fliperama em Macau Tomei a costeira em Belém do Pará Puseram uma usina no mar Talvez fique ruim pra pescar Meu amor No Tocantins O chefe dos parintintins Vidrou na minha calça Lee Eu vi uns patins pra você Eu vi um Brasil na tevê Capaz de cair um toró Estou me sentindo tão só Oh, tenha dó de mim Pintou uma chance legal Um lane lá na capital Nem tem que ter ginasial Meu amor No Tabariz O som é que nem os Bee Gees Dancei com uma dona infeliz Que tem um tufão nos quadris Tem um japonês trás de mim Eu vou dar um pulo em Manaus Aqui tá quarenta e dois graus O sol nunca mais vai se pôr Eu tenho saudades da nossa canção Saudades de roça e sertão Bom mesmo é ter um caminhão Meu amor Baby, bye bye Abraços na mãe e no pai Eu acho que vou desligar As fichas já vão terminar Eu vou me mandar de trenó Pra Rua do Sol, Maceió Peguei uma doença em Ilhéus Mas já tô quase bom A banda Chico Buarque/1966 Estava à toa na vida O meu amor me chamou Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor A minha gente sofrida Despediu-se da dor Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor O homem sério que contava dinheiro parou O faroleiro que contava vantagem parou A namorada que contava as estrelas parou Para ver, ouvir e dar passagem A moça triste que vivia calada sorriu A rosa triste que vivia fechada se abriu E a meninada toda se assanhou Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou A moça feia debruçou na janela Pensando que a banda tocava pra ela A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu A lua cheia que vivia escondida surgiu Minha cidade toda se enfeitou Pra ver a banda passar cantando coisas de amor Mas para meu desencanto O que era doce acabou Tudo tomou seu lugar Depois que a banda passou E cada qual no seu canto Em cada canto uma dor Depois da banda passar Cantando coisas de amor Atrás da porta Francis Hime - Chico Buarque/1972 Quando olhaste bem nos olhos meus E o teu olhar era de adeus Juro que não acreditei Eu te estranhei Me debrucei Sobre teu corpo e duvidei E me arrastei e te arranhei E me agarrei nos teus cabelos No teu peito (Nos teus pelos)* Teu pijama Nos teus pés Ao pé da cama Sem carinho, sem coberta No tapete atrás da porta Reclamei baixinho Dei pra maldizer o nosso lar Pra sujar teu nome, te humilhar E me vingar a qualquer preço Te adorando pelo avesso Pra mostrar que inda sou tua Só pra provar que inda sou tua... * verso original vetado pela censura Brejo da Cruz (cont.) Cego tocando blues / Uns têm saudade E dançam maracatus / Uns atiram pedra Outros passeiam nus / Mas há milhões desses seres Que se disfarçam tão bem / Que ninguém pergunta De onde essa gente vem / São jardineiros Guardas noturnos, casais São passageiros Bombeiros e babás Já nem se lembram Que existe um Brejo da Cruz Que eram crianças E que comiam luz São faxineiros Balançam nas construções São bilheteiras Baleiros e garçons Já nem se lembram Que existe um Brejo da Cruz Que eram crianças E que comiam luz Cálice Gilberto Gil/Chico Buarque - 1973 Pai, afasta de mim esse cálice Pai, afasta de mim esse cálice Pai, afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue Como beber dessa bebida amarga Tragar a dor, engolir a labuta Mesmo calada a boca, resta o peito Silêncio na cidade não se escuta De que me vale ser filho da santa Melhor seria ser filho da outra Outra realidade menos morta Tanta mentira, tanta força bruta Como é difícil acordar calado Se na calada da noite eu me dano Quero lançar um grito desumano Que é uma maneira de ser escutado Esse silêncio todo me atordoa Atordoado eu permaneço atento Na arquibancada pra a qualquer momento Ver emergir o monstro da lagoa De muita gorda a porca já não anda De muito usada a faca já não corta Como é difícil, pai, abrir a porta Essa palavra presa na garganta Esse pileque homérico no mundo De que adianta ter boa vontade Mesmo calado o peito, resta a cuca Dos bêbados do centro da cidade Talvez o mundo não seja pequeno Nem seja a vida um fato consumado Quero inventar o meu próprio pecado Quero morrer do meu próprio veneno Quero perder de vez tua cabeça Minha cabeça perder teu juízo Quero cheirar fumaça de óleo diesel Me embriagar até que alguém me esqueça Ela desatinou Chico Buarque/1968 Ela desatinou Viu chegar quarta-feira Acabar brincadeira Bandeiras se desmanchando E ela inda está sambando Ela desatinou Viu morrer alegrias Rasgar fantasias Os dias sem sol raiando E ela inda está sambando Ela não vê que toda gente Já está sofrendo normalmente Toda cidade anda esquecida Da falsa vida da avenida onde Ela desatinou Viu morrer alegrias Rasgar fantasias Os dias sem sol raiando E ela inda está sambando Quem não inveja a infeliz Feliz no seu mundo de cetim Assim debochando Da dor, do pecado Do tempo perdido Do jogo acabado Eu te amo (cont.) Já confundimos tanto as nossas pernas Diz com que pernas eu devo seguir Se entornaste a nossa sorte pelo chão Se na bagunça do teu coração Meu sangue errou de veia e se perdeu Como, se na desordem do armário embutido Meu paletó enlaça o teu vestido E o meu sapato inda pisa no teu Como, se nos amamos feito dois pagãos Teus seios inda estão nas minhas mãos Me explica com que cara eu vou sair Não, acho que estás só fazendo de tonta Te dei meus olhos pra tomares conta Agora conta como hei de partir Futuros amantes Chico Buarque/1993 Não se afobe, não Que nada é pra já O amor não tem pressa Ele pode esperar em silêncio Num fundo de armário Na posta-restante Milênios, milênios No ar E quem sabe, então O Rio será Alguma cidade submersa Os escafandristas virão Explorar sua casa Seu quarto, suas coisas Sua alma, desvãos Sábios em vão Tentarão decifrar O eco de antigas palavras Fragmentos de cartas, poemas Mentiras, retratos Vestígios de estranha civilização Não se afobe, não Que nada é pra já Amores serão sempre amáveis Futuros amantes, quiçá Se amarão sem saber Com o amor que eu um dia Deixei pra você Joana Francesa (cont.) Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda Vem molhar meu colo Vou te consolar Vem, mulato mole Dançar dans mes bras Vem, moleque me dizer Onde é que está Ton soleil, ta braise Quem me enfeitiçou O mar, marée, bateau Tu as le parfum De la cachaça e de suor Geme de preguiça e de calor Já é madrugada Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda João e Maria (cont.) Se remenda prum número a mais Por ela é que o show continua Eu faço careta e trapaça E pra ela que eu faço cartaz É por ela que espanto de casa As sombras da rua Faço a lua Faço a brisa Pra Luisa dormir em paz Palavra de mulher Chico Buarque/1985 Para o filme Ópera do malandro, de Ruy Guerra Vou voltar Haja o que houver, eu vou voltar Já te deixei jurando nunca mais olhar pra trás Palavra de mulher, eu vou voltar Posso até Sair de bar em bar, falar besteira E me enganar Com qualquer um deitar A noite inteira Eu vou te amar Vou chegar A qualquer hora ao meu lugar E se uma outra pretendia um dia te roubar Dispensa essa vadia Eu vou voltar Vou subir A nossa escada, a escada, a escada, a escada Meu amor, eu vou partir De novo e sempre, feito viciada Eu vou voltar Pode ser Que a nossa história Seja mais uma quimera E pode o nosso teto, a Lapa, o Rio desabar Pode ser Que passe o nosso tempo Como qualquer primavera. Espera Me espera Eu vou voltar Noite dos Mascarados Chico Buarque/1966 Para o musical Meu refrão Ele: Quem é você? Ela: Adivinhe, se gosta de mim Os dois: Hoje os dois mascarados Procuram os seus namorados Perguntando assim: Ele: Quem é você, diga logo Ela: Que eu quero saber o seu jogo Ele: Que eu quero morrer no seu bloco Ela: Que eu quero me arder no seu fogo Ele: Eu sou seresteiro Poeta e cantor Ela: O meu tempo inteiro Só zombo do amor Ele: Eu tenho umpandeiro Ela: Só quero um violão Ele: Eu nado em dinheiro Ela: Não tenho um tostão Fui porta-estandarte Não sei mais dançar Ele: Eu, modéstia à parte Nasci pra sambar Ela: Eu sou tão menina Ele: Meu tempo passou Ela: Eu sou Colombina Ele: Eu sou Pierrot Os dois: Mas é carnaval Não me diga mais quem é você Amanhã, tudo volta ao normal Deixe a festa acabar Deixe o barco correr Deixe o dia raiar Que hoje eu sou Da maneira que você me quer O que você pedir Eu lhe dou Seja você quem for Seja o que Deus quiser Seja você quem for Seja o que Deus quiser Olê, olá Chico Buarque/1965 Não chore ainda não / Que eu tenho um violão E nós vamos cantar / Felicidade aqui Pode passar e ouvir / E se ela for de samba Há de querer ficar Seu padre, toca o sino / Que é pra todo mundo saber Que a noite é criança / Que o samba é menino Que a dor é tão velha / Que pode morrer Olê olê olê olá Tem samba de sobra / Quem sabe sambar Que entre na roda / Que mostre o gingado Mas muito cuidado / Não vale chorar Não chore ainda não / Que eu tenho uma razão Pra você não chorar / Amiga me perdoa Se eu insisto à toa / Mas a vida é boa Para quem cantar Meu pinho, toca forte Que é pra todo mundo acordar Não fale da vida / Nem fale da morte Tem dó da menina / Não deixa chorar Olê olê olê olá Tem samba de sobra / Quem sabe sambar Que entre na roda / Que mostre o gingado Mas muito cuidado / Não vale chorar Não chore ainda não / Que eu tenho a impressão Que o samba vem aí / E um samba tão imenso Que eu às vezes penso / Que o próprio tempo Vai parar pra ouvir Luar, espere um pouco Que é pro meu samba poder chegar Eu sei que o violão / Está fraco, está rouco Mas a minha voz / Não cansou de chamar Olê olê olê olá Tem samba de sobra / Ninguém quer sambar Não há mais quem cante / Nem há mais lugar O sol chegou antes / Do samba chegar Quem passa nem liga / Já vai trabalhar E você, minha amiga Já pode chorar Pedaço de mim Chico Buarque/1977-1978 Para a peça Ópera do malandro, de Chico Buarque Oh, pedaço de mim Oh, metade afastada de mim Leva o teu olhar Que a saudade é o pior tormento É pior do que o esquecimento É pior do que se entrevar Oh, pedaço de mim Oh, metade exilada de mim Leva os teus sinais Que a saudade dói como um barco Que aos poucos descreve um arco E evita atracar no cais Oh, pedaço de mim Oh, metade arrancada de mim Leva o vulto teu Que a saudade é o revés de um parto A saudade é arrumar o quarto Do filho que já morreu Oh, pedaço de mim Oh, metade amputada de mim Leva o que há de ti Que a saudade dói latejada É assim como uma fisgada No membro que já perdi Oh, pedaço de mim Oh, metade adorada de mim Lava os olhos meus Que a saudade é o pior castigo E eu não quero levar comigo A mortalha do amor Adeus Samba de Orly Vinicius de Moraes - Toquinho - Chico Buarque/1970 Vai meu irmão Pega esse avião Você tem razão De correr assim Desse frio Mas beija O meu Rio de Janeiro Antes que um aventureiro Lance mão Pede perdão Pela duração (Pela omissão)* Dessa temporada (Um tanto forçada)* Mas não diga nada Que me viu chorando E pros da pesada Diz que eu vou levando Vê como é que anda Aquela vida à toa E se puder me manda Uma notícia boa * versos originais vetados pela censura Samba e amor Chico Buarque/1969 Eu faço samba e amor até mais tarde E tenho muito sono de manhã Escuto a correria da cidade, que arde E apressa o dia de amanhã De madrugada a gente ainda se ama E a fábrica começa a buzinar O trânsito contorna a nossa cama, reclama Do nosso eterno espreguiçar No colo da bem-vinda companheira No corpo do bendito violão Eu faço samba e amor a noite inteira Não tenho a quem prestar satisfação Eu faço samba e amor até mais tarde E tenho muito mais o que fazer Escuto a correria da cidade, que alarde Será que é tão difícil amanhecer? Não sei se preguiçoso ou se covarde Debaixo do meu cobertor de lã Eu faço samba e amor até mais tarde E tenho muito sono de manhã Malandro quando morre (1965) Chico Buarque Cai no chão Um corpo maltrapilho Velho chorando Malandro do morro era seu filho Lá no morro De amor o sangue corre Moça chorando Que o verdadeiro amor sempre é o que morre Menino quando morre vira anjo Mulher vira uma flor no céu Pinhos chorando Malandro quando morre Vira samba Sob medida Chico Buarque/1979 Para o filme República dos Assassinos de Miguel Faria Jr Se você crê em Deus Erga as mãos para os céus E agradeça Quando me cobiçou Sem querer acertou Na cabeça Eu sou sua alma gêmea Sou sua fêmea Seu par, sua irmã Eu sou seu incesto (seu jeito, seu gesto) Sou perfeita porque Igualzinha a você Eu não presto Eu não presto Traiçoeira e vulgar Sou sem nome e sem lar Sou aquela Eu sou filha da rua Eu sou cria da sua Costela Sou bandida Sou solta na vida E sob medida Pros carinhos seus Meu amigo Se ajeite comigo E dê graças a Deus Se você crê em Deus Encaminhe pros céus Uma prece E agradeça ao Senhor Você tem o amor Que merece Tatuagem Chico Buarque - Ruy Guerra/1972-1973 Para a peça Calabar de Chico Buarque e Ruy Guerra Quero ficar no teu corpo feito tatuagem Que é pra te dar coragem Pra seguir viagem Quando a noite vem E também pra me perpetuar em tua escrava Que você pega, esfrega, nega Mas não lava Quero brincar no teu corpo feito bailarina Que logo se alucina Salta e te ilumina Quando a noite vem E nos músculos exaustos do teu braço Repousar frouxa, murcha, farta Morta de cansaço Quero pesar feito cruz nas tuas costas Que te retalha em postas Mas no fundo gostas Quando a noite vem Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva Marcada a frio, a ferro e fogo Em carne viva Corações de mãe Arpões, sereias e serpentes Que te rabiscam o corpo todo Mas não sentes Partido Alto Chico Buarque 1972 Diz que deu, diz que dá Diz que Deus dará Não vou duvidar, ô nega e se Deus não dá Como é que vai ficar, ô nega Diz que Deus diz que dá E se Deus negar, ô nega Eu vou me indignar e chega Deus dará, Deus dará Deus é um cara gozador, adora brincadeira Pois pra me jogar no mundo, tinha o mundo inteiro Mas achou muito engraçado me botar cabreiro Na barriga da miséria, eu nasci batuqueiro Eu sou do Rio de Janeiro Jesus Cristo inda me paga, um dia inda me explica Como é que pôs no mundo esta pobre coisica Vou correr o mundo afora, dar uma canjica Que é pra ver se alguém se embala ao ronco da cuíca E aquele abraço pra quem fica Deus me fez um cara fraco Desdentado e feio Pele e osso simplesmente Quase sem recheio Mas se alguém me desafia E bota a mãe no meio Eu dou pernada a três por quatro E nem me despenteio Que eu já tô de saco cheio Deus me deu mão de veludo Pra fazer carícia Deus me deu muita saudade E muita preguiça Deus me deu perna comprida E muita malícia Pra correr atrás de bola E fugir da polícia Um dia ainda sou notícia Rio 42 Chico Buarque 1985 Se a guerra for declarada Em pleno domingo de carnaval Verás que um filho não foge à luta Brasil, recruta O teu pessoal Se a terra anda ameaçada De se acabar numa explosão de sal Se aliste, meu camarada A gente vai salvar o nosso carnaval Vai ter batalha de bombardino A colombina na Cruz Vermelha Vai ter centelha na batucada Rajada de tamborim A melindrosa mandando bala O mestre-sala curvando a Europa A tropa do general da banda Dançando o samba em Berlim Se a guerra for declarada A rapaziada ganha na moral Se aliste, meu camarada A gente vai salvar nosso carnaval Roda-viva (1967) Chico Buarque Tem dias que a gente se sente Como quem partiu ou morreu A gente estancou de repente Ou foi o mundo então que cresceu A gente quer ter voz ativa No nosso destino mandar Mas eis que chega a roda-viva E carrega o destino pra lá Roda mundo, roda-gigante Roda-moinho, roda pião O tempo rodou num instante Nas voltas do meu coração A gente vai contra a corrente Até não poder resistir Na volta do barco é que sente O quanto deixou de cumprir Faz tempo que a gente cultiva A mais linda roseira que há Mas eis que chega a roda-viva E carrega a roseira pra lá Roda mundo (etc.) A roda da saia, a mulata Não quer mais rodar, não senhor
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