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Projeto Diário de Leitura edição 2008

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Centro Educacional SESC Cidadania
Formando Cidadãos
Projeto Diário de Leitura
2008
Centro Educacional SESC Cidadania
Formando Cidadãos
Projeto: “Diário de Leitura!” – 3ª Edição
 2008
01 – IDENTIFICAÇÃO 
1.1- Unidade Executiva : Centro Educacional Sesc Cidadania
1.2- Atividades: 6ºs anos aos 9ºs anos – II fase do Ensino Fundamental
1.3- Realização: Leitura orientada em Sala de Aula e exposição de trabalhos.
1.4- Códigos orçamentários: Educação Fundamental – 305
 Lanchonete: 299
1.5- Tema: Projeto “Diário de Leitura”. 
1.6- Período: janeiro a dezembro /2008
1.7- Culminância: 
1.8- Local: Auditório
1.9- Horário: 
1.10- Público Alvo: Alunos da segunda fase do Ensino Fundamental -6º ano ao 9º ano
1.11- Professoras responsáveis : Ana Cristina
 Adriana 
 Élin
 Cida
 Rosilene
 Zezé
2. Apresentação
Atendendo ao programa de leitura do Centro Educacional SESC Cidadania, apresenta-se uma proposta que objetiva incentivar o hábito de leitura e desenvolvimento do processo de escrita.
Este projeto oportunizará a prática da leitura cotidiana por meio de registros em um diário de leitura ,visando ao desenvolvimento lingüístico dos alunos nos campos sintático, semântico, além de instigar a formação de indivíduos críticos imbuídos da capacidade de síntese análise e interpretação e culminará em atividades criativas relacionadas a temática das obras estudadas.
3. Objetivo
3.1 - Objetivo Geral
- Desenvolver o hábito de leitura e a competência lingüística.
3.2 - Objetivo Específico
- Identificar, reconhecer e desenvolver os processos de explicação, comentário, comparação, análise, definição, justificativa, enumeração, resumo, classificação e exemplificação em análises de diversas obras literárias;
- Compreender as partes integrantes de uma narrativa;
- Desenvolver habilidades artísticas, bem como a oralidade e desenvoltura em público;
- Promover uma sessão de contação de histórias aprimorando a capacidade de expressão corporal e dramatização dos alunos;
- Compreender a subjetividade da linguagem poética;
- Promover a culminância “Um espetáculo em prosa e verso”
- Destacar a vivência do processo de leitura;
- Diferenciar poema de poesia;
- Preparar o varal de poesias;
- Trabalhar a contextualização histórica de diversas obras literárias.
4 - Operacionalização
O projeto “Diário de leitura” será aplicado em todas as turmas do segmento Ensino Fundamental 2ª Fase visando incentivar o hábito de leitura, por meio de um processo lúdico e de análise científica.
A cada bimestre, será proposto um Diário de leitura constituído por atividades relacionadas aos conteúdos ministrados em sala de aula, associadas às concepções lingüísticas e literárias da disciplina Língua Portuguesa.
Cada aluno deverá solicitar empréstimo de um livro de seu interesse, mas que atenda às prescrições quanto ao estilo e número de páginas estabelecidas pela professora de gramática, literatura ou redação. Ao final do bimestre, os alunos entregarão o Diário de leitura completamente preenchido..
Os educandos serão cotidianamente orientados quanto à prática da leitura e o desenvolvimento do Diário de leitura.
A culminância do projeto dar-se-á com a socialização das obras por meio de atividades diversificadas apontadas no cronograma do projeto.
4.1 Cronograma
Cronograma
1º Bimestre – Estilo: Teatro
Procedimento
Data
- Apresentação do projeto Diário de leitura
(Todas as professoras apresentarão o projeto de acordo com o que será trabalhado em cada frente)
- Leitura das obras adotadas em literatura 
- 6º Ano: Lelé da Cuca, detetive especial
- 7° Ano: O conde de Monte Cristo 
- 8º Ano: Drácula 
- 9º Ano: Amor de perdição 
- Leitura e análise das obras adotadas em Redação (6º ao 9º ano)
6ºano – Miguel e a 5ª série
7º ano – Os cavaleiros da Távula Redonda
8ª ano – Sonho de uma noite de verão
9º ano – Hamlet
- Leitura e análise da obras adotadas em Literatura
- 6º Ano: Os monstros estão na moda
- 7° Ano: Adeus, pneus! 
- 8º Ano: Senhora
- 9º Ano: Cyrano de Bergerac 
- Trabalhos
- Produção de HQ no laboratório de informática (duplas) - Redação
- Dinâmicas de análise da obra literária
- Atividades avaliativas
- 11/02 – 15/02
- 18/2 – 07/03
- 10/03 – 28/03
- 31/03 – 25/04
2º Bimestre – Estilo: Narrativas
Procedimentos
Data
- Leitura das obras da biblioteca (Redação).
- Leitura das obras de literatura
- 6º Ano: A Grécia
- 7° Ano: Prova de fogo
- 8º Ano: O assassinato da Rua Morgue
- 9º Ano: Os miseráveis 
- Trabalhos
- Produção de paródia (literatura)
- Produção de Charges (Gramática)
- Exposição dos trabalhos/painéis (Redação)
- Atividades Avaliativas
- 05/05 – 23/05
- 26/05 – 13/06
3º Bimestre – Estilo: Narrativas
Procedimentos
Data
- Leitura das obras de literatura
- 6º Ano: O espião invisível
- 7° Ano: Romeu e Julieta
- 8º Ano: Romance de Tristão e Isolda
- 9º Ano: Memórias Pótumas de Brás Cubas
- Leitura das obras da biblioteca (Redação)
- Confecção dos trabalhos (produção dos cartazes sobre os capítulos do livro)
- Elaborar slides publicitários (os alunos deverão criar uma propaganda que incentive outras pessoas à leitura do livro estudado) 
(Redação)
04/08 – 29/08
- 01/09 – 19/09
- 01/09 – 19/09
- 01/09 - 19/09
4º Bimestre – Poemas / Poesia
Procedimentos
Data
· Leitura da coletânea de poesias elaborada pelas professoras (6º ao 9º ano) (Redação e Gramática)
· 6º ano: Príncipe Fantasma
· 7º Ano: Ladrão de sonhos
· 8º: Histórias de amor
· 9º: Volta ao mundo em 80 dias
- Produção dos cartões poéticos (Preenchimento em sala de aula)
· Produção de paródias baseadas em poemas de diversos autores. (Literatura)
· Produção do paredão poético (Gramática e Arte)
Obs: Na Mostra Multidisciplinar caso haja apresentações, teatro e café com letras.
- 22/10 – 01/11
- 13/10 - 24/10
- 13/10 - 24/10
- 13/10 - 24/10
05- RECURSOS HUMANOS
· Direção do Centro Educacional SESC Cidadania
· Coordenação Geral
· Coordenação Pedagógica da II fase Ensino Fundamental
· Professoras de língua portuguesa, ciências, matemática, informática e arte
· Professor dos 7º anos (a critério da Coordenação Pedagógica)
· Servidor para apoio: 1 auxiliar social
· Nutricionista
· Coordenação Administrativa e Financeira
06- RECURSOS MATERIAIS
Especificação
Quantidade
Valor 
unitário (R$)
Valor
 total (R$)
Flip Chart
Cavalete de madeira com apoio superior para afixar papel branco tamanho padrão.
4
Refil para flip chart
Papel sulfite 75g medida: 96 x 60cm
100 folhas
Tonner para impressão
Tinta preta e colorida para impressão dos trabalhos
450 impressões
TNT
Cores preta, branca, azul, laranja, verde, vermelho e amarelo
10m de cada
Papel VG
Cores diversas
6 pacotes
Creative paper
Bloco (Folhas lisas de cores diversas)
20 blocos
Linha de anzol
Linha de nylon transparente 030 
Rolo de 100m
Papel Pardo
70g x m3
1 rolo
TOTAL
6.1 - CUSTO TOTAL DO PROJETO
Especificação
Valor Unitário
Valor Total
Aluguel de ônibus
R$ 
R$ 
Lanche matinal
R$ 
R$ 
Diversos (guardanapos)
R$ 
R$ 
Almoço
R$ 
R$ 
Quadro branco
R$ 
R$ 
Pincel
R$ 
R$ 
Carimbo
R$
R$
Painel
R$
R$
TOTAL
R$ 
07- METAS
Ensino fundamental................................................................................... 660 alunos
Visitantes .................................................................................................. 800 pessoas
Professores e equipe de apoio ................................................................. 20 pessoas
TOTAL DE ATENDIMENTOS .......................................................................... 1480
CUSTO POR ATENDIMENTO: R$ (reais e centavos)por pessoa
08 – PROGRAMAÇÃO DO EVENTO
09- AVALIAÇÃO
10 - CULMINÂNCIA
11 – Anexos
Relação de livros 
1 Quer TC comigo? – Valéria Melki Busin
2 Cuidado, não olhe pra trás – Stella Carr
3 O segredo do duende – Felipe Marinho de Brito
4 Férias no hotel Sepulcro – Thomas Brezina
5 O fantasma no campo de futebol - Thomas Brezina
6 Uma múmia ao volante - Thomas Brezina
7 No templo do trovão - Thomas Brezina
8 Os robôs medievais - Thomas Brezina
9 A maldição das bruxas - Thomas Brezina
10 O forte do esqueletos - Thomas Brezina
11 A espada do samurai - Thomas Brezina
12 No tempo do trovão - Thomas Brezina
13 O elmo da caveira - Thomas Brezina
14 O safári dos monstros - Thomas Brezina
15 A pirâmide maldita - Thomas Brezina
16 O fantasma no campo de futebol - Thomas Brezina
17 O avião fantasma - Thomas Brezina
18 Cavalos assombrados - Thomas Brezina
19 O planeta do amor eterno – Maria Regina
20 Muito além da imaginaçã – Maria Regina
21 Moleques de rua – Roberto Freire
22 Anjo da morte – Pedro Bandeira
23 Amor impossível, possível amor – Pedro Bandeira e Carlos Queiroz Telles
24 A droga do amor – Pedro Bandeira
25 A droga da obediência – Pedro Bandeira
26 O fantástico mistério de feiurinha – Pedro Bandeira
27 Brincadeira mortal – Pedro Bandeira
28 O grande desafio – Pedro Bandeira
29 Na hora da verdade – Pedro Bandeira
30 A marca de uma lágrima – Pedro Bandeira
31 Pântano de sangue – Pedro Bandeira
32 Televizinhos – Toni Brandão
33 Ei! Tem alguém aí? – Jostein Gaarder
34 Órfãos do silêncio – Luiz Galdino
35 Extraterrestres / Eles estão aqui – Luiz Galdino
36 O túnel do fim do mundo – Luiz Galdino
37 Elidor / Um mundo ameaçado pela escuridão – Alan Garner
38 Revolução em mim – Márcia Kupstas
39 Meu negro amor - Márcia Kupstas
40 É preciso lutar - Márcia Kupstas
41 Clube do beijo - Márcia Kupstas
42 Um amigo no escuro - Márcia Kupstas
43 Jogo de máscaras – Jussara Rocha Koury
44 A gruta do penhasco - Jussara Rocha Koury
45 Fuga – Gordon Korman
46 Tremendo de coragem – Sérgio Klein
47 Aventuras de Xisto – Lúcia M. de Almeida
48 Operação Nova York – Luiz Antônio Aguiar
49 O caso da borboleta Atíria – Lúcia Machado de Almeida
50 Nas ondas do surfe – Edith Modesto
51 Um inimigo em cada esquina – Raul Drewnick
52 Correndo contra o destino - Raul Drewnick
53 A maldição do tesouro do faraó – Sersi Bardari
54 Na ilha do dragão – Maristel Alves dos Santos
55 Gincana da morte – Marcos Rey
56 Os passageiros do futuro – Wilson Rocha
57 A turma da rua Quinze – Marçal Aquino
58 Um inimigo em cada esquina – Raul Drewnick
59 Um rosto no computador – Marcos Rey
60 O mistério de cinco estrelas – Marcos Rey
61 Um cadáver ouve rádio – Marcos Rey
62 Sozinha no mundo – Marcos Rey
63 O ouro do fantasma – Manuel Filho
64 O rapto do garoto de ouro – Marcos Rey
65 Doze horas de terror – Marcos Rey
66 Tonico – José Rezende Filho
67 A primeira reportagem – Sylvio Pereira
68 O primeiro amor e outros perigos – Marçal de Aquino
69 Gincana da morte – Marcos Rey
70 Enigma da televisão – Marcos Rey
71 Meninos sem pátria – Luiz Puntel
72 Confusões e calafrios – Silvia Cintra Franco
73 A grande virada – Raul Drewnick
74 Bem-vindos ao rio – Marcos Rey
75 O fantasmo de tio William – Rubens Francisco Lucchetti
76 Perigos no mar – Aristides Fraga Lima
77 A guerra do lanche – Lourenço Cazarré
78 O robô que virou gente – Ivan Jaf
79 Vencer ou perder – Raul Dewnick
80 A vampira de Sussex e outras aventuras / Sherlock Holmes
81 Meninos sem pátria – Luiz Puntel
82 Tráfico de anjos – Luiz Puntel
83 A ilha perdida – Maria José Dupré
84 Açúcar amargo – Luiz Puntel
85 O escaravelho do diabo – Lúcia Machado de Almeida
86 Viagem pelo ombro da minha jaqueta – Lô Galasso
87 O segredo dos sinais mágicos – Sersi Bardari
88 Xisto no espaço – Lúcia Machado de Almeida
89 Office-boy em apuros – Bosco Brasil
90 Ameaça nas trilhas do Tarô – Sersi Bardari
91 Agitação à beira-mar – Leusa Araújo
92 Um gnomo na minha horta – Wilson Rocha
93 Na rota do perigo – Marcos Rey
94 Spharion – Lúcia Machado de Almeida
95 Pega ladrão – Luiz Galdino
96 O ninho dos gaviões – José Monteiro
97 Em busca do diamante – Francisco Marins
98 O fabricante de terremotos – Wilson Rocha
99 O brinquedo misterioso – Luiz Galdino
100 O jogo do camaleão – Marçal Aquino
101 A grande fuga – Sylvio Pereira
102 O mistério dos morros dourados – Francisco Marins
103 Cabra das rocas – Homero Homem
104 SOS ararinha-azul – Edith Modesto
105 Missão no Oriente – Luiz Puntel 
106 Na mira do vampiro – Lopes dos Santos
107 Segura, peão – Luiz Galdino
108 O mistério da cidade fantasma
RELAÇÃO DE LIVROS – 9ºs anos
1. O MÁRIO QUE NÃO É DE ANDRADE (LUCIANA SANDRONI)
2. O FANTASMA DA MEIA-NOITE (SIDNEY SHELDON)
3. CORRIDA PELA HERANÇA (SIDNEY SHELDON)
4. AS VIDAS DE CHRISTOPHER CHANT (DIANA WYNNE JONES)
5. O ASSASSINATO DO CONTO POLICIAL (PAULO RANGEL)
6. CORAÇÃO DIVIDIDO (JANET QUIN-HARKIN)
7. MOLEQUES DE RUA (ROBERTO FREIRE)
8. REPORTAGEM MORTAL (JORGE FERNANDO DOS SANTOS)
9. O MISTÉRIO DA CASA VERDE (MOACYR SCLIAR)
10. O PRESENTE DO AMOR (DIANE SCHWEMM)
11. UM SONHO NO CORAÇÃO DO ABACATE (MOACYR SCLIA)
12. O INCRÍVEL RAPTO DE ROSABELA (CARLOS AUGUSTO SEGATO)
13. MISTÉRIO DA CASA AZUL (HELENA SEBBA)
14. O ENCONTRO COM JACK STEELE (BRAD STRICKLAND E THOMAS E. FULLER)
15. MOTIM (BRAD STRICKLAND E THOMAS E. FULLER)
16. A LADEIRA DA SAUDADE (GANYMEDES JOSÉ)
17. DUAS VIDAS, DOIS DESTINOS (KATHERINE PATERSON)
18. O MESTRE DAS MARIONETES (KATHERINE PATERSON)
19. O REI CARACOLINHO E A RAINHA PERNA-FINA (MARIA HELENA PENTEADO)
20. O AMOR CHEGOU DE SURPRESA (ARLINN PRESSER)
21. NAS ASAS DO DESTINO (RICARDO KOTSCHO)
22. DEZ RAZÕES PARA AMAR (LIESA ABRAMS)
23. MEU PRIMEIRO NAMORADO (CALIE WEST)
24. O ESPELHO DA ALMA (ESTELA MARIES REZENDE)
25. UMA CHANCE PARA A VIDA (SANDRA ROSA)
26. MEMÓRIAS DE ESCURIDÃO (MARIA DE REGINO)
27. A PRINCESA E O COLEGRI (JORGE MACDONALD)
28. TUDO AO MESMO TEMPO AGORA (ANA MARIA MACHADO)
29. DONOS DAS RUAS (ILSA LIMA MONTEIRO)
30. A MENINA QUE FEZ A AMÉRICA. (ILKA BRUNHILDE LAURITO)
31. NOSSO FILME (MÁRCIA LEITE, LEONARDO CHIANCA)
32. A HORA H DO PADRE G (JOSÉ LOUZEIRO)
33. O PREÇO DO SUCESSO (GISELDA LAPORTA NICOLELIS)
34. O LIVRO DAS ESTRELAS (I. QADEHAR, O FEITICEIRO) (ERIK L´HOMME)
35. O AMOR NÃO TEM COR (GISELDA LAPORTA NICOLELIS)
36. RUA DA SOLEDADE (MARCOS BAGNO)
37. A BOLSA AMARELA (LYGIA BOJUNGA)
38. A HORA DA VERDADE (PEDRO BANDEIRA)
39. PÂNTANO DE SANGUE (PEDRO BANDEIRA)
40. APRENDIZ DE INVENTOR (JOÃO ANZANELLO CARRASCOZA)
41. O ESTUDANTE 3 (ADELAIDE CARRARO)
42. O ESTUDANTE (ADELAIDE CARRARO)
43. ET. O EXTRA TERRESTRE (TERRY COLLINS)
44. IMPAR (MARCELO CARNEIRO DA CUNHA)
45. A BALADA DE LUCY WHIPPLE (KAREN CUSHMAN)
46. CATARINA, A MENINA CHAMADA PASSARINHA (KAREN CUSHMAN)
47. MATILDA DO OSSO (KAREN CUSHMAN)
48. DANNY, O CAMPEÃO DO MUNDO (ROALD DAHL)
49. ENTRE O AZUL E O ROSA (VERA DIAS)
50. MEU DESTINO SOU EU (SONIA SALERNO FORJAZ)
51. O TESÃO E O SONHO (ROBERTO FREIRE)
52. UM GOSTO DE QUERO MAIS (SONIA SALERNO FORJAZ)
53. DE REPENTE...PAI ADOLESCENTE (BETINHA CORDEIRO FERNANDES)
54. CARPE DIEM, O CRIME BATE A PORTA (SAMIR THOMAZ)
55. A MARGIA DA ÁRVORE LUMINOSA (ROSANA BOND)
56. O GRITO DE HIP HOP (LUIZ PUNTEL E FÁTIMA CHAGURI)
57. CORAÇÃO DE ONÇA (OFÉLIA FONTES; NARBAL FONTES)
58. A ÁRVORE QUE DAVA DINHEIRO (DOMINGOS PELLEGRINI)
59. ÉRAMOS SEIS (MARIA JOSÉ DUPRE)
60. O FABRICANTE DE TERREMOTOS (WILSON ROCHA)
61. JOGO SUJO (MARCELO DUARTE)
62. A CHARADA DO SOL E DA CHUVA (LUIZ GALDINO)
63. SENHORA (JOSÉ DE ALENCAR)
64. SENHORA (JOSÉ DE ALENCAR)
65. A PATA DA GAZELA (JOSÉ DE ALENCAR)
66. A PATA DA GAZELA (JOSÉ DE ALENCAR)
67. O TRONCO DO IPÊ (JOSÉ DE ALENCAR)
68. DOM QUIXOTE DE LA MANCHA (MIGUEL DE CERVANTES)
69. A MORTE E A MORTE DE QUINCAS BERRO D’ÁGUA (JORGE AMADO)
70. O BERÇO DO HERÓI (DIAS GOMES)
71. A VIUVINHA (JOSE DE ALENCAR)
72. A VIUVINHA (JOSE DE ALENCAR)
73.UBIRAJARA (JOSE DE ALENCAR)
74. O TRONCO DO IPÊ (JOSE DE ALENCAR)
75. O FORTE (ADONIAS FILHO)
76. CORPO VIVO (ADONIAS FILHO)
77. MEMÓRIAS DE LÁZARO (ADONIAS FILHO)
78. NOITE SEM MADRUGADA (ADONIAS FILHO)
79. ENCARNAÇÃO (JOSÉ DE ALENCAR)
80. ENCARNAÇÃO (JOSÉ DE ALENCAR)
81. CINCO MINUTOS (JOSÉ DE ALENCAR)
82. CINCO MINUTOS (JOSE DE ALENCAR)
83. DIVA (JOSE DE ALENCAR)
84. DIVA (JOSE DE ALENCAR)
85. IRACEMA (JOSE DE ALENCAR)
86. IRACEMA (JOSE DE ALENCAR)
87. LUCÍOLA (JOSE DE ALENCAR)
88. LUCÍOLA (JOSE DE ALENCAR)
89. MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILICIAS (MANOEL ANTONIO DE ALMEIDA)
90. O FEIJÃO E O SONHO (ORÍGENES LESSA)
91. O FEIJÃO E O SONHO (ORIGENES LESSA)
92. BOM CRIOULO (ADOLFO CAMINHA)
93. BOM CRIOULO (ADOLFO CAMINHA)
94. OS BÊBADOS E OS SONANBULOS (BERNARDO CARVALHO)
95. ONZE (BERNANDO CARVALHO)
96. O MONTE CINCO (PAULO COELHO)
97. CAPITÃES DE ÁREIA (JORGE AMADO)
98. O COMPADRE DE OGUN (JORGE AMADO)
99. O ALIENISTA (MACHADO DE ASSIS)
100. O ALIENISTA (MACHADO DE ASSIS)
101. HELENA (MACHADO DE ASSIS)
102. HELENA (MACHADO DE ASSIS)
103. RESSURREIÇÃO (MACHADO DE ASSIS)
104. MEMORIAL DE AIRES (MACHADO DE ASSIS)
105. MEMORIAL DE AIRES (MACHADO DE ASSIS)
106. A MÃO E A LUVA (MACHADO DE ASSIS)
107. A MÃO E A LUVA (MACHADO DE ASSIS)
108. RESSURREIÇÃO (MACHADO DE ASSIS)
109. AONDE ESTÁ VOCÊ AGORA (REGIANA ANTONINI)
110. VITO GRANDAM (LIRALDO)
111. UMA IDEA SEM TAMANHO (ELIANE GONEM)
112. CONTA COM A GENTE (ISABEL VIEIRA)
113. BENDITA CASA MALDITA (CECÍLIA VASCONCELLOS)
114. UMA ESCOLA DE PERNAS PARA O AR (FERNANDO VAZ)
115. A GRANDE DECISÃO (ÁLVARO CARDOSO GOMES)
116. ANA PEDRO (MIGUEL JORGE)
117. FUGA (GORDAN KORMAN)
118. O TEMPO NÃO PODE PARAR (MICHEL ROEYE)
119. ELIDOR (ALAN GORNER)
120. ELIDOR (ALAN GORNER)
121. A ILHA CHARMAN (JULIA VERNE)
122. QUARTO DE DESPEJO (CAROLINA MARIA DE JESUS)
Projeto Diário de Leitura
Sesc Cidadania 
em...
UM ESPETÁCULO EM PROSA E VERSO
Organização: Adriana Linhares, Ana Cristina Fachin, Élin Cardoso, Zezé Capuzzo, Cida Gontijo, Mercedes Bitarelli, Rosilene Diniz e André Yamada
Colaboração: Wellington, Fabiana Rosseto, Vitória Régia
Agosto/2007
Personagens:
Cenário:
Produção contextualizada com as obras sob orientação das professoras Fabiana e Vitória.
Adereços:
Figurinos:
a) Meias calças grossas de listras coloridas para moços e moças e doutores
b) Bobo da Corte
Maquiagens:
Molière (Josias)
(pensativo, reflexivo) 
(Poema que fale sobre a leitura)
Muito bem, muito bem.
SIIIMMM!!! SIIIMMM!!! (ou outro jargão que invente, porém tem que ser engraçado)
Preciso de um motivo
Preciso falar,
Preciso de inspiração
Criado (Santos)
(intrometendo-se)
Pois não, a postos sempre que o Senhor precisar
Será que posso ajudar?
Molière (Josias)
Isso mesmo. EUREKA!!! Você é demais! 
(beija o rosto do criado mas não está dando bola para o que ele fala)
Criado (Santos)
(Achando que é com ele)
Eu?
Mas o que eu fiz? 
Eu fiz alguma coisa?
Molière (Josias)
É demais!
Criado (Santos)
Sou é?
Ainda bem que o senhor percebeu
Nunca é tarde
Sou mesmo
Molière (Josias)
O que? Você disse alguma coisa?
Criado (Santos)
Não. O senhor que disse
Disse que eu...
Molière (Josias)
(cortando o criado)
Isso mesmo. Você e os outros farão parte dessa alegria
Dessa motivação em prosa e verso.
Ande logo, busque os livros!!! Selecione as obras e trate de ensaiar o pessoal!!
Chame a todos!
Que rufem os tambores!
Pois a emoção vai começar!!!
(MÚSICA)
(entram todos com adereços de cena e arrumam o cenário que estava semi pronto, bem alegres) –
(bobo da corte entra com livros e procura um canto para iniciar a leitura )
(Escritor)
Meus senhores, minhas senhoras... (focalizando moça bonita na platéia, galanteador ele fala) ... Perdão!!! Senhoritas!
Nesse mundo globalizado
as coisas acontecem num piscar de olhos, 
e para o aprendizado 
só temos duas opções:
- Através da leitura e de nossas vivências... Sendo assim preciso fazer esse povo ler, ler, ler... ler muuuuuuito.
Com vocês um espetáculo em prosa e verso
Ato 1 – Obra “O guarani”
Abertura (música “O guarani”)
Desenvolvimento da peça 
O tesouro da Fortaleza
Cena 1 _
---Cuidado, cuidado! _ Gritou a Fada da Floresta.
---Com o quê? _ Índio
---O Macaco vai assustar a Cecília. _ Gritou a Fada da Floresta.
---Urrra Macaquinho! _ Gritou o índio
Narrador:
--- Como se fossem palavras mágicas do índio, o Macaquinho ficou parado; parecia que estava congelado e nada fez com a menina Cecília. Ela seguiu adiante onde seu pai Antonio de Mariz, sua mãe Lauriana e sua prima Isabel estavam degustando um delicioso piquenique. 
Conta a lenda do Guarani que o pai de Cecília construiu uma fortaleza aos arredores da Floresta, mas que ninguém nunca tinha visto antes...
Cena 2_
--- Muito obrigado meu rapaz! Bom índio! Como posso lhe agradecer pelo Macaco não ter feito nenhuma maldade com a Ceci? _ Pai
---Não há o que agradecer. Uma moça tão bela assim, não merece levar um susto. _ Índio
--- Bom, vou lhe dar um papel com o caminho da minha fortaleza onde ninguém sabe chegar e se você precisar de alguma coisa, pode me procurar; o meu nome é Antonio. _ Pai
--- Muito obrigado e eu sou o Peri, Guarani, da nação Goitacaz. _ Índio
--- Prazer em conhecê-lo, e estas são: Lauriana a minha esposa, Isabel a minha sobrinha e Ceci minha doce menina. _ Pai
---Obrigada por salvar a minha vida! Eu não posso ter sustos, porque tenho um sopro no coração e por isso, papai mudou-se do Rio de Janeiro para a Fortaleza perto da Floresta. Aqui é muito tranqüilo. _ Ceci
---Aceite esta flor em nome da minha amizade. _ Índio
---Claro! Você é tão gentil! Obrigada!
Narrador:
--- O pai de Ceci, convidou Peri para ir até a sua casa passear, embora Lauriana não conseguisse admitir que uma dívida de gratidão tornasse o índio e eles, que eram brancos, tão iguais. Peri aceitou o convite sem receios e Isabel, neste momento, notou que ele estava enamorado por Ceci. 
Cena 3_
Fada da Floresta:
--- Enquanto a família de Ceci e ela iam para casa, Álvaro de Sá e Lorendano traziam a caravana com as especiarias do Senhor Antônio.
Caiu à noite, a família estava protegida na Fortaleza jogando dama e lá no frio e escuro da Floresta, Lorendano ria alto por saber o segredo de Álvaro, a paixão pela Cecília, mas ele também era muito apaixonado pela bela menina.
Quando chegou o horário do jantar, Peri foi até a casa de Ceci e o Senhor Antonio convidou-lhe para o jantar. Peri havia dado-lhe o “Macaco dos sonhos “que seria o guardião dos sonhos de Ceci e toda vez que alguém passasse perto dele ele assobiava.
---Toc, toc, toc...
--- Quem será Tio? _ Isabel
---Querida deve ser Álvaro com a caravana voltando do Rio de Janeiro. _ Antonio
---Abra a porta, por favor, Peri? _ Lauriana
--- Porta? _ Peri
--- Tudo bem, eu abro a porta, tudo isso é muito novo pra você não é mesmo? _ Ceci
---Sim. _ respondeu Peri um pouco confuso.
---Olá Álvoro, como foi a viagem?
---Boa, e melhor agora por estar aqui outra vez. _ Álvaro
---Entre. _ Ceci
--- Você chegou no momento certo querido, vamos jantar agora! _ Lauriana.
---Muito obrigado, mas, eu não estou com fome. _Álvaro
---Álvaro este é o novo amigo de Ceci, o índio Peri. _ Isabel
--- Oi! Sou Peri. _ Índio
--- O que um índio faz aqui Senhor Antonio? _ Álvaro respondeu ignorando Peri.
--- Ele salvou Ceci de um susto, um enorme susto! _ Antonio
---Quer dizer então que você meu caro índio é um herói? O herói de Cecília? _ Álvaro
--- Não, eu apenas a salvei de um susto...
--- Senhor Antonio, lembre-se que índios são sempre índios... _ Álvoro.
---Peri tem a entrada livre na Fortaleza agora, Álvaro. _ disse ironicamente Lauriana.
--- Peri é meu convidado de honra nesta casa e ninguém mais discutirá isso! _ Antonio
Narrador: 
--- Isabel olhou para Álvoro tentando fazê-lo notar sua presença, já que o cavaleiro só tinha olhos para a sua prima Ceci. Todos sentaram à mesa e começaram a jantar em silêncio... Peri, um pouco desajeitado com a situação olhou paratodos os lados e todos e pegou a coxa de frango com a mão...
As primas sorriam ao ver o índio se esforçando e faminto naquela situação. De repente, o Macaquinho que estava na porta começou a assobiar e isso despertou a atenção de Álvoro e Senhor Antonio, afinal de contas os empregados estavam dispensados e todos estavam ali à mesa... Quem mais poderia estar na Fortaleza? 
Cena 4_
Fada da Floresta:
--- Ninguém sabia do plano de terror que Álvaro e Lorendano tramaram com alguns homens. Eles estavam em busca do mapa de um tesouro antigo e enterrado em algum lugar da Fortaleza, então, combinaram que matariam toda a família do Senhor Antônio menos a Ceci. Aliás, se algum cavaleiro do mal quisesse. poderia tirar a Isabel pelos dados.
O plano daria certo naquela noite se por um acaso, Peri não estivesse lá e também não tivesse pedido para seus amigos índios o procurar na Fortaleza caso ele não voltasse até as nove horas.
Era um pouco mais do que nove horas e os homens invadiram a Fortaleza. Logo, os amigos de Peri chegaram e também invadiram. Ceci e Isabel saíram correndo enquanto Peri lutava para defendê-las... Elas se esconderam e, nesse momento, confessaram uma a outra sobre seus sentimentos. Isabel chorou por causa de Álvaro e contou a Ceci que ele a amava, então, os seus sonhos estavam destruídos, mas, Ceci apenas abraçou a prima dizendo que tudo isso ia passar.
Enquanto isso, o ataque dos amigos de Peri fez com que os homens de Lorendano fossem presos pelos guardas da Fortaleza. Sem saída, Álvaro tentou contornar toda a situação...
---Senhor Antônio, não vê que esses homens estão atrás de um tesouro e é este macaco que o Peri deu à Ceci, colocou sua vida em risco? _ Álvaro
---Não, Álvaro! Ele não colocaria a vida da minha filha em risco; ele é bom.
Narrador:
---Indignado, Álvaro foi embora junto a Lorendano e, no meio da Floresta, ele levou uma flechada caindo no chão...
Lorendano olhou para Peri que passava pelo local e pediu ajuda. O índio pegou o corpo de Álvaro , levou-o até a Fortaleza, e Lorendano seguiu viagem. Dele não se sabe pra onde foi. 
Ao chegar na Fortaleza, os homens tinham escapado e os soldados estavam todos amarrados. Então, Senhor Antonio disse que morreria com a família, mas implorou a Peri que salvasse outra vez Ceci. Peri a pegou e colocou nos ombros, levando a menina Ceci para um lugar seguro na floresta. 
A família de Ceci já não existia e depois de longas horas chorando, a menina sorriu para Peri...
---Peri, você agora é meu amigo, minha família! _ Ceci
--- Nunca vou abandoná-la! Eu te amo! _ Peri
---Obrigada! _Ceci
Fada da Floresta:
E assim, os dias foram se passando na Floresta Mágica, onde Peri fazia tudo para agradar sua amada Ceci e aos poucos foram resgatando a felicidade que desta vez estava livre no ar, nas folhas, no verde da mata e no canto dos pássaros, já não era um tesouro enterrado na Fortaleza.
Adaptação de O Guarani, por: Ludmila Martins Naves.
Desfecho ( Poeta vestido de preto) (Trecho da carta de Pero Vaz de Caminha)
Encerramento (texto Carta do índio Seatle) – Imagem dos índios dizimados... (fotos)
(Troca de atos)
Palco na penumbra, foco de luz no bobo e no escritor.
(Escritor) Isso mesmo, estou apreciando suas idéias.
(Bobo da corte) Ah... então veja só, tenho certeza que a moçada gostará desta.
(O bobo mostra o livro para a platéia) 
Ato II – Obra “Ilíada e Odisséia”
Abertura – Mulheres de Atenas / Música coreografada
Desenvolvimento da peça 
A GUERRA DA VAIDADE
I ATO
Cenário: uma grande moldura e o gênio do espelho atrás. Entra a Madrasta má.
Madrasta: Espelho, espelho meu, existe alguém mais linda do que eu?
Espelho: Sim, Majestade.
(Entra Branca de Neve)
Madrasta: Você, sua mocréia?
Branca de Neve: Ai, ai, ai... me erra, “mamy”. Acabei de chegar e já vem me tirando?
Espelho: Aff... ninguém merece. Majestade, você nasceu de sete meses ou anda lendo muitos contos de fadas? Quem disse que é “essazinha”? (E aponta com desprezo para Branca de Neve)
Madrasta: Espelho, você pirou? Se não é ela, quem é, criatura?
(Branca de Neve sai mostrando a língua para o Espelho)
Espelho: Vossa Majestade precisa ler mais... fica lendo só livrinhos de dez páginas... se apreciasse leitura, Vossa Ignorância (Madrasta solta um olhar fulminante para o Espelho) saberia que existem outras bem mais belas e poderosas.
Madrasta: (olhando para a platéia) Pronto, o espelho “chapou o coco”. (voltando-se novamente para o Espelho) Se não sou eu nem a fedelha, quem mais pode ser?
Espelho: Dâââr... vá à vossa biblioteca e pegue o livro “A Ilíada” e entenderá o que estou afirmando (a Madrasta vai saindo) Santa ignorância!!!
(Madrasta ouve e volta)
Madrasta: O que disse, seu insolente?
(Espelho começa a assoviar, olhando para cima, como que disfarçando)
Espelho: Eu?... Ah, sim... eu disse “Quanta abundância”. Colocou silicone?
Madrasta: (com feição indignada) Atrevido!
(Saem os dois, apagam-se as luzes. Muda o cenário)
II ATO
Cenário: Festa com balões, Afrodite, Hera e Atena dançam “Macarena”.
Afrodite: Como Tétis ficou linda de noiva, amo casamentos!... e Peleu é um gato... eu dei uns conselhos para ela agarrar esse partidão.
Atena: Ainda bem que papai não convidou a barraqueira da Éris. Em toda festa ela causa um bafão.
Hera: Ela já fez tanta intriga entre mim e Zeus... se as pessoas forem dar ouvido ao que ela diz, todo mundo vai pensar que eu sou a maior corna do Olimpo.
Afrodite: (cochichando para Atena) Como se não fosse, né... (e começam com risadinhas)
(Éris “aparece” invisível e joga uma maçã de ouro próximo aos pés de Atena e desaparece)
Hera: (pegando a maçã) Ah... é pra mim. (e passa a mão no cabelo)
Afrodite: O que está escrito aí?
Hera: “Para a mais bela”, ou seja... eu!
Afrodite: Pirou, filhinha? Esqueceu que a deusa do amor e da beleza sou eu? (pega um espelho, passa os dedos na boca como se fosse corrigir o batom)
Atena: Vocês se acham, né? Essa maçã foi jogada em minha direção, portanto... a mais bela sou eu. (toma a maçã da mão de Hera e as três começam a brigar)
Afrodite: A mais bela sou eu.
Atena: Que você... eu sou a mais bela!
Hera: Tá bom... quem aqui é a esposa do rei, heim... heim... heim?
(Entram Karlla e Élin no palco)
Élin: Eu sou a mais linda, pergunte aos meninos.
Karlla: Mas veja na minha comunidade no Orkut, a maior parte dos votos são meus.
(Entra Zeus)
Zeus: Que confusão é essa? Vocês querem arruinar a festa de casamento? E vocês duas? (aponta para Élin e Karlla) Podem sair daqui, vocês não fazem parte dessa história.
(Karlla e Élin saem, mas continuam se alfinetando)
Atena: Papai, a mais bela não sou eu?
Hera: Se disser que é ela, vai dormir no sofá essa noite!
Afrodite: Ai... quanta perda de tempo... a mais bela sou eu e pronto!
(Recomeça a briga, Zeus pega a maçã)
Zeus: Parem com isso! Barraqueira é a Éris e nem convidada ela foi. De onde surgiu essa maçã?
(As três se olham)
As três: (em couro) Veio rolando pelo chão.
Zeus: Isso deve ser coisa da Éris... como gosta de semear a discórdia...
Atena: E agora, papai, vai dizer quem de nós é a mais bela ou não?
Hera: É... isso mesmo! E lembre-se do sofá...
Afrodite: Me dá essa maçâ logo! (e tenta tirar a maçã da mão de Zeus à força)
Zeus: Já sei quem vai resolver isso. Tem um cara que anda com a fama de pegador. Ele mora nas montanhas e cuida de um rebanho. Dizem que ele é o Brad Pitt do pedaço. Deve conhecer de mulher. Ele é quem vai decidir.
(Saem todos do palco, a luz se apaga. Muda o cenário)
III ATO
Cenário: Montanha com ovelhinhas ao fundo.
(Páris aparece sentado. Entram as três deusas. Paris levanta de uma vez, assustado)
Páris: Nóó... (coça os olhos pra enxergar melhor) Estourou um cano de mulher bonita aqui?
Atena: Papai disse que era pra gente te procurar, pois só você pode resolver nosso problema.
(Páris levanta as sobrancelhas e vira-se para a platéia)
Páris: É hoje!!!...
Hera: Não é nada disso, seu safado! Saiba que eu sou uma mulher casada e de respeito.
Atena: E eu nunca tive nenhum homem emtoda a minha existência imortal.
Afrodite: (passando a mão no rosto de Páris) É... até que você dá um caldo...
Páris: Então... o que vocês querem de mim? Eu sou apenas um pastor que vive humildemente nessa montanha e tem a fama de ser lindo, pegador, saradão... hehe... eu sou o cara!!!
(Atena interrompe)
Atena: O negócio é o seguinte: recebemos essa maçã de ouro com esta inscrição.
(Páris pega a maçã e lê)
Páris: “Para a mais bela”...
Atena: Então, queremos que você escolha qual de nós merece a maçã.
Páris: Caraca!!! As três são muito gatas, eu pegava as três facinho, facinho...
Hera: Pare de brincadeiras, seu ninfomaníaco!
Páris: Tá bom, tá bom... mas primeiro quero ter um particular com cada uma, conhecer melhor, tomar um chopps e tals...
(As três lançam um olhar fulminante para ele)
Páris: Brincadeirinha... (olha pra platéia tampando um lado da boca) Gente nervosa!!!
(Hera puxa Páris no canto)
Hera: A parada é a seguinte: se me escolher, terá toda a riqueza do mundo.
Páris: (olhando para a platéia) Nóó!!!
(Atena puxa Páris para o outro canto)
Atena: Sei que você é um cara inteligente e tal, mas, se me escolher, te darei tanta sabedoria que você vai sair dessa vida.
Páris: (olhando novamente para a platéia)Nóó!!!
(Afrodite puxa Páris para o centro do palco)
Afrodite: Sei que você é um cara pegador e tals... mas se você me escolher, eu te darei a mulher mais bonita que você encontrar.
Páris: Agora falou minha língua. (olha para as três, põe a mão no queixo, fazendo mistério) Seguinte: depois de muito observar as três, posso dizer que todas são gatas e tals, mas a Afrodite faz mais meu tipo. A maçã é dela!
(Hera e Atena olham furiosas para Afrodite)
Afrodite: Eu, heim... que culpa eu tenho se ele tem bom gosto?...
(Saem Hera e Atena resmungando)
Hera: (olhando para Páris) O que é seu tá guardado.
(Páris entrega a maçã para Afrodite)
Afrodite: Olha só... você quebrou essa pra mim, por isso vou te contar um babado fortíssimo.
Páris: (olhando para cima) Lá vem fofoca...
Afrodite: Então não conto (vira as costas e vai saindo)
Páris: Tá bom... desculpa, Afrô, mas é que você sabe, né... mulher gosta de uma fofoca.
Afrodite: Cabrinha abusado... (olhando pra platéia) e tem mais... eu sou uma deusa e não uma simples mulher. E não é só isso...
Páris: (para a platéia) Tá parecendo propaganda da Polishop...
Afrodite: Você vai me deixar falar ou não?
Páris: (impaciente) Fala logo, mulher!!!
Afrodite: (olhando para a platéia) Gente nervosa... (volta-se para Páris) e não me chame de Afrô!!!... não te dei essas intimidades.
Páris: (entediado, coloca a mão fechada no queixo, olha pra cima, suspirando) Aff...
Afrodite: Seu pai é rei de Tróia e te abandonou. Pronto! Falei!
Páris: (gaguejando) Co-como é que é?
Afrodite: É... teve uma parada lá de um sonho que sua mãe teve e tals... um cara interpretou falando que você destruiria Tróia, por isso te abandonaram (olha pra platéia) Gente sem coração... (volta-se para Páris novamente) Você deveria ir lá em Tróia e falar para galera que você quer seu reino de volta.
Páris: É isso mesmo que farei.
(Saem os dois. Em seguida, Páris aparece sozinho)
Páris: Gente maneira... mal me viram já me encheram de ouro... e de serviço também. (fala torcendo o nariz) Acabei de chegar e já me colocaram de embaixador. Vou ter que ir pra uma tal de Esparta falar com o rei Menelau (olha para a platéia e cochicha) nome esquisito...
(Páris chega a Esparta. Helena o recebe)
Helena: Como vai? Sou Helena, meu marido está viajando e me pediu para recebê-lo.
Páris: (olhando para a platéia) Caraca, que gata! (volta-se pra Helena) Encantado... tipo assim, se você estiver de bobeira, não tava a fim de fugir comigo pra Tróia e largar o Ladislau pra trás, não?
(Páris puxa Helena pela mão e saem correndo)
Helena: É Menelaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaau...
(O palco aparece vazio, surge Manelau furioso)
Menelau: Aquele pilantra roubou minha mulher, preciso fazer alguma coisa... Já sei! Vou chamar meu exército e invadiremos Tróia. Tenho certeza que nós, gregos, derrotaremos aqueles malditos troianos e traremos a mamulenga de volta!!!
(Apagam-se as luzes)
IV ATO
(Surgem, novamente, a Madrasta e Branca de Neve)
Branca de Neve: Puxa, “mamy”, nem eu nem você.
Madrasta: (nervosa) Ah... já te ordenei um milhão de vezes que não me chame de “mamy”.
Branca de Neve: Tá bom, “mamy”.
Madrasta: (olhando para cima) Aff...
Branca de Neve: Ah... mas isso tem muito tempo... hoje a mais bela sou eu. Afinal... (debochada) “mamy” você já ta ficando de idade...
Madrasta: (em tom de desdém) Deixa quieto, (debochada) “filhinha” o que a natureza te deu, e não a mim (olhando para a platéia com cara de drama), a medicina pode me dar. Há, há, há, há...
(Entram os médicos, colocam seios postiços na Madrasta, uma máscara com a foto da Élin e as luzes se apagam)
.
(Troca de atos)
Palco na penumbra, foco de luz no bobo e no escritor.
(Escritor) Mas essa busca pela beleza... não nos traz prejuízos?
(Bobo da corte) Hum... investiguemos sobre isso, meu caro escritor! 
(Olha livros de culinária, bordados, horóscopos, classificados, revistas de fofoca... e, por último, o livro de ciências)
(Bobo da corte) Já sei!! Busquemos ajuda de outras áreas!! (pausa) Placas, cartas ou universitários???
(Escritor) Santa ignorância.... aos liiiiiiiiiiivros!!!!!
(Bobo da corte) Já sei! O livro da professora Mercedes!!!
(Bobo da corte) (vira para o platéia) Algum aluno da Mercedes tá com o livro ai?
(O aluno sai da platéia mostrando o livro e gritando, entrega-o ao bobo e este o troca mostrando o “livrão”) – música carruagem de fogo
(Bobo da corte) Uau... que idéia maravilhosa... a revolta dos órgãos
Desenvolvimento da peça 
A Revolta dos Órgãos 
Os vários órgãos do Corpo Humano estão muito revoltados com a cabeça. Nos últimos tempos ela tem tomado atitudes que tem desagradado a todos. A cabeça está desmiolada, sem juízo, comprometendo o bom funcionamento do corpo como um todo. Vamos ver o que está acontecendo:
A mão direita é a primeira a se revoltar. ( ator com o braço esquerdo escondido) 
M.D.: _ Que loucura! Essa foi demais! Pra mim chega! (anda de um lado para outro, demonstrando raiva, contrariedade, revolta).
A mão esquerda entra em cena. ( Curiosa, intrigada, com a MD.)
ME: _ O que aconteceu ? Por que a moça está nervosa?
MD: _ (Olha com a cara feia) Olha aqui! Não vem não! Eu estou uma onça!
ME: _ Onça macho ou onça fêmea?
MD: _ Larga do meu pé! Não pega no meu pé!
ME: _ Uai! Nunca vi uma mão ter pé... (faz uma cara debochada). Vamos deixar de conversa fiada! O que te deixou tão injuriada?
MD: _ Olha, a cabeça perdeu o juízo! Ela me mandou puxar o gatilho da espingarda para matar vários animais. Depois, me mandou botar fogo na floresta. Foi demais! Foi revoltante!
ME: _ Eu tava lá e não pude fazer nada! Que lástima!
MD: _ Aliás você não serve pra nada mesmo, ME !
ME : _ Peraí , MD, aí você pulou o Corguinho! Que é isso, minha gente? Você me ofendeu! Você me ofendeu! (Aponta o dedo acusando)
MD: _ Você é uma inútil!
ME: _ Você não pensou assim na prova de Matemática.
MD: _ Não to sacando nada! (cara lerda, mansa)
ME: _ Lembra que você não sabia aquele problema e enquanto fingia que escrevia, eu puxava a cola escondida na sua meia... lembrou ?
MD: _ Além de imprestável, dedo-duro! Que horror! ( faz uma careta)
ME: _ Na hora de abraçar a namorada, você também precisa de mim, não é? ( muda a voz)
MD: _ Nós viemos aqui pra beber ou pra conversar?
ME: _ Sinceramente, não tem mais condições! Por que fazemos tudo que a cabeça manda? Não podemos questionar nunca?
MD: _ O problema é que estamos ligados a ela pelo tronco, através dos ossos e músculos.
ME: _ Vamos liderar um movimento separatista. Separação ou morte!
MD: _ Não seja radical! Nós dependemos dos nervos, que são ligados ao cérebro para nos movimentar, dependemos do sangue das artérias para viver.
ME: _ Estamos num mato sem cachorro e sem espingarda. ( cara desolada)
MD: _Ela me mandou assinar a nomeação de parentes e amigos . Me mandou conceder mordomias e privilégios. E eu assinei tudo! Que horror!
ME: _ Ainda bem que to fora disso.
MD: _ Uma mão esquerda nunca foi importante nesse país.
ME: _ Engano seu. Tivemos uma mão esquerda que foi diretora do SNI e presidente da República. _ Vira-se para a platéia e pergunta: 
_ Alguém se lembra dele? Qual a nome dele? A profª de História lembra? Com aquela mão canhota ele assinou tanta coisa...
MD: _ Chega! Vamos nos reunir e armar um plano infalível. 
ME: _ Vai ser um daqueles planos do Cascão e Cebolinha contra Mônica...
Socorro. 
Saem juntas e vão se sentar em um canto.
Entram em cena o pé direito e esquerdo. ( os dois atores entram juntos, amarrados pelas pernas(elo) e com os braços cruzados para trás). Estão parados, discutindo sobre as atitudes da cabeça.
PD: _ Meu Deus! Socorro! A cabeça pirou! Me mandou acelerar fundo e quase causamos um grave acidente. Por pouco não atropelamos uma criança. Que absurdo! 
PE: _ Eu não pude fazer nada, nadinha! 
PD: _ Não sei porque estamos juntos. Queria me livrar de você, traste! Trambolho!
PE: _ Lembre que os ossos das nossas coxas estão ligados ao osso da bacia e nossos nervos vem juntos da medula espinhal, e portanto, onde uma vai a outra vai atrás. 
( Cada um tenta ir para um lado. Evidencia-se que não podem andar. Aí, entram num acordo e começam a andar juntas)
PD: _ Pois é! Temos que tomar uma atitude. Nós também sofremos com essas loucuras.
PD: _ Lembra-se de quando ela nos fez pular de pára-quedas? E como nos fez correr de moto? 
PE: _ Muito pior é voar de ultra-leve, asa delta, andar de submarino....
PD: _ Vamos procurar as mãos e discutir um plano infalível. 
Aí chega o coração, todo alegre, faceiro... vê as pernas cochichando e se aproxima:
COR: _ O que está havendo?
PD: _ Estamos armando um plano...
PE: _ Para acabar com o domínio da cabeça sobre nós.
COR: _ Mas por quê?
PD: _ Ela não está no seu ...
PE: _ Juízo perfeito ultimamente.
COR: _ Não entendi nada! 
PD: _ A cabeça tem nos mandado fazer...
PE: _ As coisa mais absurdas, mais desumanas. Por isso, queremos derruba-la do comando.
COR: _ A mim não afeta em nada. Eu bato o dia inteiro, independente da vontade da cabeça. Ninguém manda em mim
Entra o representante dos órgãos internos:
O. INT: _ Quem manda em quem?
Cor: _ Estou falando para as pernas que não dependo da vontade da cabeça pra funcionar.
O.INT: _ Ah! Isso nós temos em comum. Nós os órgãos internos , os rins, o fígado, os pulmões, as glândulas, os intestinos, a bexiga, todos trabalhamos sem receber ordens.
O.Int: _ Vocês estão ligados ao sistema nervoso central, pelos nervos e pela medula espinhal ao cérebro.
COR: _ E vocês?
O.INT: _ Nós somos comandados pelo sistema nervoso autônomo. Por isso, funcionamos independente do cérebro. Ninguém nos manda respirar, filtrar, eliminar ou digerir.
Chegam a MD e a ME...
MD: _ Que bom vocês estarem por aqui! 
ME: _ Armamos um plano para acabar com a tirania da cabeça. 
PD/PE: _ Nós também temos um plano.
MD: _ Mas o nosso é melhor! 
PD/PE: _ Por quê?
MD/ME: _ Nós não somos chamados membros superiores? Recolha-se a sua inferioridade!
COR: _ Chega de conversa e diz o plano.
MD: _ É o seguinte: Vamos fazer uma série de reivindicações e caso não formos atendidos, vamos cruzar os braços e as pernas. Vamos fazer uma greve
PD: _ E se a cabeça não atender?
ME: _ Os órgãos internos vão fazer operação tartaruga.
Cor: _ Como assim?
ME: _ Se o fígado funcionar mal, vai causar muita dor de cabeça; 
Se o coração bater mais devagar, vai diminuir o oxigênio do cérebro.
MD: _ Com um plano perfeito como esse, nossa vitória será esmagadora.
Vamos minha gente! 
A cabeça está quieta, sentada ao fundo, muito pensativa.
Chegam todos juntos divididos em V. À direita, MD/ME/ O.INT.
E à esquerda, PD/PE/ COR. Se entreolham, cochicham , e finalmente a MD se adianta e diz:
MD _ Dona cabeça, nós estamos aqui reunidos para protestar contra suas últimas atitudes arbitrárias.
CAB – O que é isso? Uma rebelião? Uma tentativa de golpe?
PE:_ Nós estamos injuriados com suas ordens absurdas!
ME: _ Estamos fartos de cometer tantas injustiças, tantos crimes, tantas maldades.
CAB: _ Vocês ficaram loucos? Vocês foram feitos pra obedecer e não para pensar e questionar!!
PD: _ Se você não atender nossas reivindicações, faremos uma greve por tempo indeterminado!!
COR: _ Queremos mais justiça, mais consciência ecológica, mais amor à vida.
O.INT: _ Queremos condições de trabalho; Queremos uma alimentação sem produtos químicos, uma água pura e um ar sem poluição!!
CAB: _ Ora essa! Vocês sempre obedeceram e nunca questionaram nada, nunca quiseram saber o porquê das minhas ordens.
MD: _ Se você não mudar seu comportamento, cruzaremos os braços e as pernas. Vamos parar de trabalhar!!
CAB: _ Vocês, membros superiores e inferiores, se esqueceram que meu cérebro, através dos nervos e da medula espinhal comando seus movimentos. Vou sabotar essa grevezinha de araque! MD, Vem aqui!
MD: _ Sim senhora! 
CAB: _ Dá um murro na ME.
CAB: _ ME, dá um tapa na cara da mão direita...
( Hahahahaha ... riso aberto e debochado)
A greve de vocês não resistiu a uns tapinhas.....
COR: _ Não faça isso! Violência não!
CAB: _ PD, chuta a canela do PE.... PE, chuta o PD ( se chutam , perdem o equilíbrio e ficam sem graça)
PD! chuta a MD! Isso! Agora, ME! ( Ri loucamente, debochando de todos!).
Fracotes! Maricas! Marias moles! ( ri muito)
( todos estão desapontados, encolhidos.)
PD: _ Vocês, membros superiores! Olha só o que virou!
PE: _ Plano infalível! Igual a um plano do cascão e Cebolinha contra a Mônica!
O.INT: _ dona cabeça: se você não se render, vou fazer o fígado funcionar mal e te provocar uma terrível dor de cabeça!
CAB: _ És um idiota! Você tem um QI de minhoca debilóide! Basta tomar um dos muitos remédios para fígado que tem por aí e pronto! Adeus, fígado ruim! Há! Há! Há! Eu sou um gênio! ( voz debochada)
_ Agora o meu golpe final nessa greve idiota! MD,ME, PD, PE
 Aproximem-se, frente a frente! MD, bate no PE, ME, bate no PD....
PD, chuta a MD, PE, chuta a ME! Isso, puxem os cabelos, há!ha! há! ( riso bastante)
Os quatros estão embolados, se agredindo, gritando e se empurrando.
COR: Chega! Basta de violência! Chega de agressões!
CAB: _ Olha quem fala! O coraçãozinho de manteiga!! ( com um jeito muito mole)
COR: _ Precisamos acabar com essa discórdia. Assim não vamos conseguir a um acordo.
CAB: _ Não quero saber de acordo! Eu vou continuar fazer o que eu quiser e quando eu desejar! E fim de papo...
COR: _ Mas isso é muito arbitrário! É tirania pura!
CAB: _ Seu coração boboca, fica quieto ou vai sobrar pra você!
COR: _ Você não manda em mim! Não tem como me controlar, se eu parar, você morre! E tem mais: se você não parar com essas atitudes ditatoriais, , vou me fechar para os sentimento, vou ficar insensível.
CAB: _ Você não se atreveria! É muito atrevimento.....
COR: _ Não vou mais sentir o amor, a amizade, a alegria e tudo de bom da vida!!!
CAB: _ Isso é chantagem! Socorro! Polícia! Cadê meu papai?
COR: _ Não vou mais disparar quando você estiver amando, apaixonada, galante... 
MD/ME: _ Muito bem! Muito bem!
O.INT: _ Grande jogada! Boa bola, meu garoto!
PD/PE: _ Quero ver ela viver sem amor no coração, sem alegria e sem paz de espírito!
CAB: _ Todos contra mim!
Socorro! Quero minha mãe!
COR: _ Essa é a minha condição: ou você muda de comportamento ou vai viver sem amor no coração!!!
CAB: _ OH, não! É muito cruel viver sem amor no coração! Isso é golpe baixo! Chantagem barata! E o meu poder?
COR: _ Basta você pensar nas coisas que manda fazer. Não queira o poder pelo poder. Saiba mandar, saiba pedir, ouvir os outros. Seja sensata e consciente dos seus atos.
CAB: _ O quê que eu faço? Ficar sem meu poder ou viver sem amor no coração! 
Que dilema!!! Oh, dúvida cruel!
MD/ME/PD/PE/ O. INT: _ Vamos! Decida logo!Não temos tempo a perder!
CAB: _ Ok,! Vocês venceram! Eu me rendo! ( todos gritam, festejam, pulam de alegria, comemorando a vitória).
MD: _ Promete não me mandar destruir a natureza, matar animais? 
CAB: _ Prometo!
ME: _ Promete não contratar parentes? Promete renunciar as mordomias?
CAB: _ Não! Isso não! Você foi longe demais! 
COR: _ Bom, eu ... posso agir? 
CAB: _ Não! Não! Eu aceito ! Não vou nomear parentes e vou renunciar as mordomias....
PD: _ Promete não mandar eu pisar fundo no acelerador? 
CAB: _ Prometo!
PE: _ Promete não pisar nos mais fracos?
CAB: _ Prometo! 
O.INT: _ Promete não comer alimentos com agrotóxicos?
CAB: _ Prometo!
O. INT: _ Bom, agora estamos todos em paz! Vamos nos unir em nome do amor no coração! ( todos se abraçam, se confraternizam e saem todos juntos abraçados pelos ombros .)
(Troca de atos)
(Escritor) Os seres humanos vivem enclausurados, tanta obsessão pela busca da estética perfeita, do prazer. Tornam-se escravos... prisioneiros de sua loucura.
(Bobo da corte) Ah... mas não é somente deste tipo de escravidão que a sociedade é refém não. Ela já sofreu muito com o preconceito, a separação das raças, algumas se julgavam superiores a outras... este tempo já passou, mas o preconceito...
(lerêlerê... entram as escravas com o tema da escrava Isaura e declamação do navio negreiro)
Ato III
Desenvolvimento da peça 
O sol da liberdade
Giselda Laporta
O Palco:
Do lado direito do palco encontram-se Carlão e o entrevistador Foca, eles estão no quarto de Carlão, em um cortiço (sujo, feio e cheio de gente). Carlão está sentado em uma poltrona, extremamente cansado (passou a madrugada toda sambando), e na sua frente encontra-se o Foca, que no começo da entrevista não está muito empolgado, mas no decorrer desta fica, gradativamente, entusiasmado. Carlão relata sua vida, e a de seus antepassados à Foca. Do lado direito do palco aparecem os figurantes que interpretarão as narrativas de Carlão. Os figurantes não terão “fala”.
O Elenco:
Atores:
 Carlão – É o Rei Momo/85, o primeiro rei momo negro, e como a maioria dos seus antecessores, é um homem gordo. Ele é uma pessoa cativante com seu jeitão de malandro carioca. É pobre, mas tem a auto-estima de um rei. Vive em um cortiço sujo com diversos vizinhos barulhentos. Está com 80 anos e morre de medo da morte.
Foca – É o entrevistador de Carlão. É recém formado em Comunicação e com muita luta inicia a carreira de jornalista. Vê, com a história de Carlão, a possibilidade de galgar alguns degraus em sua iniciante carreira jornalística.
Figurantes:
Namonim – Rei Ioruba. Pai de Ajahi.
Ajahi – Filho de Namonim, passa a ser chamado de Jorge no Brasil.
Gangara – Mulher de Ajahi que foge para o quilombo Urubu e cria seu filho lá.
Uesu – Filho de Gangara com Ajahi, nasce livre no quilombo Urubu, e assim fica até ser aprisionado. Salva a vida de um senhor branco quando ainda era livre.
François Perrier – O grande plantador de fumo, de São Félix, que foi salvo por Uesu.
Mariana – Filha de François, é a que morre de desgosto esperando seu marido Jean retornar, o que nunca acontece.
Jean Perrier – Sobrinho de François e o que se casou com Mariana.
Ato:
Carlão – Você quer saber minha vida inteirinha, não é, rapaz? Então, melhor começar do início, que do fim não dá. Aliás, tô muito longe do fim, pode crer. Eu tenho muito sangue nas veias ainda... Meu antepassado foi um rei Nagô, ou melhor, Ioruba, pois nagô quer dizer “piolhento”... É um xingamento que os brancos inventaram para chamar nossa raça... (bem bonachão).
Foca – Essa é boa, espera um pouco que estou anotando. (meio desajeitado, mostrando insegurança).
Carlão – Você ainda não ouviu nada e já está assim, mano? Guenta aí que eu nem comecei.
Foca – Sou todo ouvidos.
Carlão – Então aí vai... Meu trisavô era um rei Ioruba, chamado Namonim, lá pelas terras da Guiné, atual Nigéria. A África era uma terra dividida, era terra de muitas tribos que viviam guerreando. Em uma dessas guerras meu trisavô saiu derrotado e se matou com uma lança. O filho dele, o Ajahi, foi levado debaixo da chibata para o tumbeiro. Você sabe o que é um tumbeiro, meu Rapaz?
Foca – Eram os navios negreiros, não? Aprendi na escola...
Carlão – É, todo mundo aprende... Mas será que dá para imaginar o que é um tumbeiro onde 400 homens, e algumas, mulheres são empilhados sem água, quase sem ar e sem comida? Sem poder conversar, pois eram de tribos diferentes e não falavam o mesmo idioma?
Foca – Deve ter sido horrível...
Carlão – Muito, tanto que metade morria na travessia. Dos quatrocentos que deixaram a África, apenas duzentos chegaram ao Brasil. Era muito desumano, chega dói no peito...
Foca – Calma, seu Carlão, não vá se emocionar muito...
Carlão – Preocupa não guri, este Negão é duro na queda...
Foca – Mas é muito triste mesmo,eles não se revoltavam não?
Carlão – É claro meu rapaz, negro não é manso e preguiçoso como costumam falar. Alguns se revoltavam, chegando a matar alguns brancos. Então os outros brancos pegavam os líderes e botavam de costas para o convés e acabavam com as nádegas dos pobres coitados. Outras vezes tiravam pedaços deles e jogavam para os peixes, até morrerem. Daí acabavam se tornando comida de tubarão...
Foca –Tanto assim? Não pensava que fosse tão horrível!!!
Carlão –Pois era assim... Mas vamos voltar à história. Os duzentos que chegaram, meio mortos, foram levados para os depósitos de escravos novos. Foi aí que meu bisavô, Ajahi, foi vendido para um senhor em salvador, na Bahia. Depois de muitos anos trabalhando, se não me engano foram sete anos, ele conseguiu comprar sua liberdade.
Foca – Nossa! Deve ter sido muito difícil... um escravo, com certeza, valia uma nota... Que homem de sorte!
Carlão –Sorte uma ova! Ser liberto não significava muita coisa, não... O escravo ainda ficava preso a seu senhor, pois, por exemplo, se seu ex-senhor fizesse uma denúncia contra seu ex-escravo afirmando que ele o estava difamando ele voltava a ser escravo. Era uma liberdade muito fajuta. Os ex-escravos também não podiam votar nos candidatos abolicionistas sob pena de voltarem a ser escravos... E assim, a coisa não mudava muito...
Foca – E o seu Atahi...
Carlão –Ajahi...
Foca –Ajahi!Ele aceitou esta situação?
Carlão – Você acha que o filho de um rei dos Iorubas iria aceitar ser privado de sua liberdade? Meu pai me dizia:
- “Um ioruba nunca se rende em um campo de batalha... Um ioruba nunca será escravo de ninguém... livre nasceu... livre morrerá...”
Foca – E o que foi que ele fez?
Carlão – Ele foi o líder da revolução dos Malês... Foi uma revolução muito organizada... Quem a comandou foram os negros de origem mulçumana... Estes eram inteligentes... Muitos eram mais letrados que os seus senhores... Escreveram em árabe os seus planos e, se não fosse uma negrinha muito fofoqueira, bem que poderia ter dado certo.
Foca – E que fim teve o seu antepassado?
Carlão –Ele morreu fuzilado, a cabeça dele e de outros quatro foram salgadas e espetadas num pau em praça pública.
Foca – Como é que você sabe tudo isso, Carlão? Dizem que os negros não conhecem a sua genealogia...
Carlão – Ora, ora... É que minha família é muito especial, muito especial. A gente cultiva essas historias da família, que foram passadas de geração para geração.
Foca – Muito especial mesmo...
Carlão – Mas ouça: Quando Ajahi morreu, a mulher dele, Gangara, estava grávida, mas mesmo assim, fugiu para um quilombo chamado Urubu, perto de Salvador... E sabe quem a salvou?
Foca – Quem? Um escravo corajoso, amigo do seu bisavô?
Carlão – Foi uma mulher, uma africana liberta, chamada Luiza Mahim, ouviste falar dela?
Foca – O nome não é estranho...
Carlão – Pois essa mulher corajosa, raçuda, que tinha lutado ao lado dos malês e escapado livre, já tinha um filho chamado Luís, com um português que ficara dono do menino, pois mesmo filhos de homens livres com negras libertas eram considerados escravos...
Foca – Foi antes da Lei Rio Branco, a do ventre livre, eu sei. Aprendi tudo na aula dehistória... Como Detestava aquelas aulas...
Carlão – Detestava por que era tudo frio ali no papel... Mas eu estou te contando a historia viva aqui, a historia da minha família!
Foca – O que a deixa bem mais interessante... Parece até novela...
Carlão –Pois é... Mas continuemos... Onde eu estava?
Foca –Estava contando a história do Luís filho de uma tal Luísa...
Carlão – Isso, Luísa Mahim! Pois esse menino, Luís, foi vendido como escravo, pelo próprio pai. Veio para o sul onde se tornou o grande Abolicionista Luís Gama... Que nunca revelou o nome do pai...
Foca – Nossa, que triste, o pai vendendo o próprio filho...
Carlão – Você é jornalista ou comentarista, Mano! Vai deixar eu contar minha historia ou não... Hahahaha
Foca – Pode continuar...(responde meio sem graça)
Carlão – Pois bem... Foi a mãe de Luís Gama quem salvou minha bisavó, Gangara, levando-a para o quilombo do Urubu, onde deu a luz a um menino chamado Uesu...
Foca – Desculpa... Espera só um pouquinho que a tinta de minha caneta acabou... Vou pegar outra...
Carlão – Rapaz, você é uma figura...
Foca –Só um pouquinho... Está aqui... Continue...
Carlão – Meu Avô, Uesu, salvou a vida de um branco mordido por cobra com umas mezinhas que aprendera com um velho feiticeiro no quilombo...
Foca –Salvou a vida e um branco? Mas eles não se odiavam?
Carlão – Você não está prestando atenção, não rapaz? Uesu nasceu livre, já disse. Não tinha motivos para ódio. Mais tarde ele foi aprisionado e vendido para uma fazenda de um compadre daquele branco que ele havia salvado e que se chamava François Perrier... Um grande plantador de fumo perto de São Félix... Os dois se encontraram por acaso... E o francês comprou meu avô de seu compadre... Parece que pagou uma boa grana para tirar Uesu daquela fazenda.
Foca – Mas que família aventureira, pô. Continua meu velho. (o foca esta até arrepiado)
Carlão – Uesu se casou na fazenda de Tabaco e teve um filho, chamado Aliara, que nasceu livre em 1873. Mas Aliara foi roubado por um traficante de escravos, de nome Alaor, que o vendeu para uma plantação de café em São Paulo. Uesu descobriu e jurou vingança... E um dia o destino fez com que ele encontrasse Alaor ferido na floresta. E Uesu não acudiu, deixou que ele fosse devorado pelas feras... (Carlão se anima com o interesse de foca, até o cansaço acaba, se sente mais jovem contando aquilo.). 
Foca –Mas que contradição Carlão. Primeiro ele salva um branco, depois deixa o outro morrendo a míngua... Não faz sentido.
Carlão –Faz todo o sentido do mundo, meu rapaz. Agora Uesu tinha sentido na carne as dores da escravidão e seu filho, que nascera livre, é hoje um escravo por culpa daquele homem. Foi justiça, justiça de Deus, Uesu não precisou encostar nenhum dedo no tal mulato Alaor...
Foca – E depois o que aconteceu?
Carlão –Veio um sobrinho francês para a fazenda do tal Perrier que se casou com uma das filhas do velho... Mas era um moço muito inquieto, apesar de já ser casado e viver feliz com sua esposa que era uma bela mulata, resolve ir para o Sul com alguns negros, depois da abolição da escravatura. Então meu avô, Uesu, veio com ele à procura do filho...
Foca – E ele encontrou seu filho? 
Carlão – Não, não encontrou. Durante um bom tempo ele procurou incansavelmente Aliara, procurou bastante, mas não conseguiu encontrá-lo. Pobre velho, morreu amargurado em uma fazenda em Itatiba.
Foca – Espera aí... Se ele nunca encontrou o filho, como é que você sabe tudo isso? (Foca, desconfiado, para de escrever esperando uma resposta.).
Carlão – Calma meu filho, tudo há seu tempo.(Carlão se levanta toma um copo d'água) Quer um pouco?
Foca –Não obrigado.
Carlão – (Sem pressa, continua) Acontece que Aliara estava perto dali, numa fazenda em Campinas, como escravo de um barão do café, Senhor Silvério, homem muito cruel. A filha dele, que era uma moça muito boa, foi obrigada a se casar com um barãozinho do café, chamado Caio. Ela se mudou para a fazenda de seu marido e levou junto um casal de negros de sua confiança: uma mucama chamada Gangara, minha vó, e meu pai, Aliara, cujo nome, passou a ser José... Ora, Aliara, apesar de ter sido roubado aos dez anos, sabia toda a história da família, mesmo não tendo mais visto seu pai.
Foca – Espera aí... Se ele nunca mais viu o pai, como você sabe a história dele? (Foca desconfia-se novamente).
Carlão – Péra lá, Rapaz? Vai me deixar contar a história ou não vai?
Foca – Claro, pode contar... (desconfiado, para de anotar).
Carlão – Siá Carolina viveu muitos anos com o tal sinhô Caio, que acabou morrendo em um acidente: caiu do cavalo. Então ela conheceu e se casou com um francês chamado Jean, que era o tal sobrinho do François Perrier, que tinha vindo ao sul e trazido Uesu.
Foca – Ora essa! Mas ele não era casado com Mariana, prima dele?
Carlão – Era. Mas ele demorou tanto a voltar para ela, que Mariana acabou morrendo de desgosto... E ele ficou viúvo. Ele contou toda sua história pra Sinhá Carolina, mas, como estavam apaixonados, a Sinhá o perdoou.
Foca – Você ainda não respondeu como sabe a historia de seu avô. (ainda impaciente e sem anotar.)
Carlão – Tá desconfiado, rapaz? Hehehe!! É uma historia incrível não?
Foca – Como é...
Carlão – É que o novo marido da Sinhá Carolina foi muito amigo de Uesu e sabia toda a historia da família dele. E em uma conversa Jean conta do escravo que veio com ele à procura do filho... Conversa vai... Conversa vem... Aliara era de dentro de casa... Acabam deduzindo tudo... Chegaram até a procurar Uesu, mas ele já tinha morrido...
Foca – Essa historia dá até um filme...(Fala empolgado, voltando a anotar tudo...)
Carlão – Pois é aí que eu entro na história, fui o filho caçula de Aliara e Gangara. Tive uma infância muito feliz em Ribeirão. Mas meus pais nunca saíram da fazenda, quase não recebiam salário, eram como objetos de casa...
Foca – O triste é que a situação do negro não mudou muito depois da escravidão... ainda continua ruça...
Carlão – E como... Primeiro foram os colonos italianos que vieram para substituir a mão-de-obra negra e “branquear” o Brasil... Depois de movimentar a economia do Brasil, o negro é descartado. E o pior, é que ainda o chamam de preguiçoso! Onde já se viu, depois de trabalhar tanto tempo e sofrer o que sofremos, ainda nos chamam de preguiçosos? Como se o negro quisesse viver nas favelas, nos cortiços, nas cadeias...
Foca – É, na cadeia tem mais negro do que branco. E o triste é que tem mais branco respondendo processo, mas tem mais negro sendo preso... deve ser muito difícil ser um negro, não, meu velho?
Carlão – Nós viemos pra cá como escravos... Aqui perdemos nossa dignidade durante os anos de chibata... Esquecemos os feitos de nossos antepassados, esquecemos o quanto somos grandes e ainda podemos ser... Chegamos realmente a acreditar que somos menores... Os brancos nos fizeram acreditar... 
Foca – Mas sua família preservou toda a sua grandeza através de suas memórias...
Carlão – Minha família é uma exceção, meu rapaz. Nós preservamos nossa história... Mas quantos tataranetos de grandes guerreiros existem por aí sem ter consciência da bravura e resistência de seus avós... Quantos descendentes de grandes sábios negros se julgam incapazes de fazer uma faculdade... Quantos herdeiros de grandes reis que não se sentem aptos a alcançarem grandes cargos e se contentam com os que a maior parte dos brancos já não querem.
Foca – Mas existem negros que furaram esse sistema...
Carlão – Um punhadinho, meu filho... diga-me, quantos negros você conhece que são juízes, deputados, senadores? Quantos são professores de Universidades?
Foca – Poucos...
Carlão –A maioria está aí, recebendo pauleira, sendo tratado como criminoso... É negro, então é marginal ou um coitado... Não queremos mais nem a chibata nem a pena de vocês, queremos o que é nosso de direito, DIGNIDADE E RESPEITO
Desfecho (Clipe do filme Amistad)
(Troca de atos)
(Escritor) Quanta estupidez, quanta arrogância... Onde vamos parar??
(Bobo da corte) É, meu amigo escritor, Sheakespeareescreveu em suas obras sobre o egoísmo e a ganância humana. As obras são medievais, mas o tema é tão contemporâneo. Como já bem disse Lulu Santos (música “Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade”). A lady Macbeth está presente entre nós, no ministério, nos plenários, nas nossas casas, dentro da escola e aqui no palco com a gente. Dê uma olhada nesta obra (abre o livro Macbeth)
Ato IV
Apresentando a peça: A tragédia de Macbeth
(As três bruxas entram – coreografia)
(bruxa1) Salve Macbeth, o vencedor!!
(bruxa 2) Ele já deve estar por vir!
(bruxa 3) Vamos nos aprontar, encontraremos mais tarde com ele no pântano.
(toca a música e as bruxas saem)
(entram Macbeth e Banquo, as bruxas entram pelo outro lado do palco)
(bruxa1) Salve Macbeth, barão de Glamis!!
(bruxa 2) Salve Macbeth, barão de Cawdor!!
(bruxa 3) Salve Macbeth, rei da Escócia.
(Macbeth) Vocês só sabem falar, horrendas criaturas. Quem são vocês?
(Banquo) Meu bom senhor, por que sobressaltaste? Boas são as palavras! A mim vocês não dirigiram palavras. Se sabem prever o futuro, digam: O que o destino me guarda?
(bruxa 1) Tu serás menos importante que Macbeth, porém mais poderoso!
(bruxa 2) Seus filhos serão reis, embora tu não o sejas!
(toca a música e as bruxas saem)
(entram Ross e Angus; encontram-se com Macbeth e Banquo)
(Ross) Venho, em nome do rei, saúda-lhe pela vitória e entrega-lo o título de barão de Cawdor!! Devo conduzi-lo à presença do rei!
(Banquo) Poderá a bruxa ter dito a verdade? As primeiras profecias se cumpriram!
(Macbeth) Se a sorte me fizer rei, então somente a sorte poderá me coroar. Eu não preciso agir para que isto aconteça.
(Banquo e Macbeth saem)
(Entram a lady Macbeth e o mensageiro que entrega uma carta a ela)
(A lady lê a carta... simula a leitura e em voz alta diz)
(Lady) E ao passar pelo pântano, horrendas criaturas me fizeram profecias. Duas delas já se cumpriram. A que não se cumpriu é a de que um dia serei rei. 
(Toca música com o tema: ambição)
(A Lady sai)
(Entra o mensageiro com um novo bilhete)
(Lady) O rei anuncia sua chegada neste recinto ainda hoje!!
(Entra Macbeth)
(Macbeth) Recebeu as boas novas?
(Lady) Já sei como adiantar a profecia.
(Macbeth) Como? O que pretende?
(Lady) Receberemos a visita do rei e, neste dia, poderemos adiantar seu destino fatal.
(Macbeth) Conversaremos sobre isso mais tarde.
(Lady confabula e elabora seu plano)
(Macbeth volta ao palco)
(Lady) Não se preocupe eu já sei o que devemos fazer para que você assuma o trono.
(Macbeth aparenta preocupação)
(O rei chega)
(Lady) (gesto de reverência ao rei) É um prazer recebê-lo em nossa humilde casa.
(Rei Duncan) O prazer é todo meu em poder contar com amigos como vocês.
(Saem todos se abraçando, manifestando uma suposta amizade)
(Toca uma música agitada) (foco no rei Duncan)
(Macbeth mata o rei e suja as mãos dos guardas para incriminá-los)
(Macbeth se encontra com a rainha)
(Macbeth) Maldita seja esta hora. Lavo minhas mãos e este sangue não sai, parece clamar justiça!
(Lady Macbeth) Justiça foi o que fizemos. Ande, vamos repousar e aguardar que nos avisem sobre a morte do rei.
(Lady e Macbeth saem)
(Macduth) Tragédia!! O rei fora assassinado!!
(Macbeth) Não é possível!! Há suspeitos?
(Macduth) Sim, os soldados que guardavam os aposentos do rei!!
(Macbeth) Então, declaro que eles já estão mortos.
(Macbeth sai) 
(Os filhos do rei entram)
(Donalbain): Somos filhos do rei, nos acusarão de assassinos. Somos os mais interessados no trono. Devemos fugir.
(Malcolm) Faremos isto agora. Vamos buscar os cavalos.
(Entra Banquo e se encontra com Macbeth)
(Banquo) Malcolm e Donalbain fugiram. Assuma o trono, Macbeth!!
(Macbeth) É com muita tristeza que assumo este trono, mas devo isto ao rei Duncan. 
(Banquo faz um gesto de reverência ao rei e sai)
(Macbeth fica sozinho)
(Macbeth) As profecias das horrendas criaturas se cumpriram. Mas... e Banquo? Elas disseram a ele que teria mais poder que eu e que o meu trono seria infrutífero. Preciso eliminá-lo.
(Macbeth sai) (toca uma música de suspense e ele retorna acompanhado por três homens com o rosto coberto por um capuz)
(todos saem)
(Banquo e Flanco entram em cena e Banquo é assassinado pelos homens que utilizavam capuz, mas Flanco foge – música agitada)
(Macbeth e os homens entram em cena) 
(Macbeth) E então? Conseguiram executar o plano?
(Assassino) Banquo repousa, mas Flanco, filho dele, continua vivo.
(Macbeth) Maldição! Parte da profecia ainda vive.
(todos saem)
(Entram as bruxas)
(Macbeth entra)
(Macbeth) Criaturas abomináveis, suas profecias se cumpriram. Digam-me o que devo temer?
(Bruxa) Nenhum homem nascido de uma mulher poderá matá-lo.
(Macbeth) Benditas sejam suas palavras.
(Macbeth e as bruxas saem)
(Entram a Lady Macbeth e a criada)
(Lady Macbeth) Maldito é o sangue que há em minhas mãos. Minhas mãos alvas estão manchadas. Ande, busque mais água!! Preciso lavá-las!
(criada) Vossa majestade parece dormir. Está delirando, Santo Deus!
(As duas saem)
(Entra Macbeth e se encontra com a criada)
(criada) Vossa majestade, a rainha não está bem.
(Macbeth) Vai passar. (ignora a criada e sai)
(A criada também pasma sai)
(Música agitada – a rainha se mata e a criada a encontra, chama os soldados que a carregam)
(Entra o soldado Seyton e encontra Macbeth)
(Seyton) A rainha está morta!
(Macbeth) Ela teria de morrer, mais cedo ou mais tarde! A vida é um palco no qual cada ator tem sua vez e voz e que ao se encerrar a peça, desaparece e sobre ele nada mais se sabe.
(Soldado) Rei, a floresta parece se aproximar! Ela anda em direção ao castelo.
(Macbeth) Prepare os soldados para a guerra. Que venham aqueles que ousam me desafiar, pois somente poderá dar fim a minha vida um homem que não tenha nascido de mulher.
(invadem o castelo / Macbeth e Macduth se encontram)
(Macbeth) Pronto para a batalha, nobre escocês!! Espero que não tenha nascido de uma mulher pois esta será sua única chance de sobrevivência.
(Os dois lutam enquanto Macduth diz...)
(Macduth) Quando nasci, minha mãe já não era uma mulher, mas somente um cadáver!!
(Macbeth) Malditas criaturas que com suas previsões ambíguas decretaram minha ruína!
(Macduth) O que lhe arruinou foi a sua ganância, a sua ambição, a sua maldade...
(Atinge o rei com um golpe fatal)
(Macduth) A Escócia está liberta de seu tirano!! Viva a liberdade!!!
- Entram todos os personagens cantando uma música com o tema liberdade.
Desfecho - Poesia sobre as tragédias humanas (datashow)
Encerramento:
(Entram o bobo e o escritor)
(Escritor) Nossa, meu caro bobo, acabamos de criar um grande espetáculo!!!
(Bobo) E o mais importante: que ele mostre às pessoas que a leitura é capaz de transformar as pessoas. 
(escritor) As pessoas se tornam mais críticas por meio da leitura, tornam-se capazes de transformar o mundo (foco no menino de rua) , encontrar saídas inteligentes para os problemas humanos (entra o menino com o livro), e devem usar o seu conhecimento em prol da melhoria do bem-estar social.
(entra todo o elenco vestido de branco e toca a música “É preciso saber viver”)
(slides com make-off da peça / fotos de momentos felizes)
Goiânia, janeiro de 2008.
Maria Filomena Figueiredo Seabra
Diretora do Centro Educacional SESC Cidadania
Lívia Regina Ferreira Silva
Coordenadora Pedagógica Geral
Luciene Costa A. Machado de Almeida
Coordenadora Pedagógica 6º ao 8º anos
Luiz Fernando Pinheiro
Coordenação Administrativo-financeiro
Francisca Malvina
Nutricionista

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