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REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Talita Cassimiro de Souza[footnoteRef:1] [1: *TalitaCassimiro de Souza, graduando do curso de Engenharia Civil na Faculdade Santa Rita de Cássia – IFASC. talitacassimirodesouza@gmail.com] 
Márcio Alves de Oliveira Filho[footnoteRef:2]*[footnoteRef:3]* [2: ** Márcio Alves de Oliveira Filho, Mestre em Estruturas pela Universidade de Uberlândia. marcio_alves_5@hotmail.com] [3: ] 
RESUMO: A construção civil pode ser considerada um dos setores mais importantes do desenvolvimento econômico e social do país, mas devido ao grande consumo de matérias-primas, à transformação da paisagem e à geração de grandes quantidades de resíduos, essa é uma atividade muito influente. A recuperação e reutilização de resíduos sólidos podem trazer benefícios econômicos, sociais e ambientais. Este artigo tem como objetivo descrever a classificação, destino, regulamentos existentes e viabilidade econômica de resíduos de construção.
PALAVRAS-CHAVE: Resíduos; Reutilização; Viabilidade econômica; Construção civil. 
ABSTRACT: Civil construction can be considered one of the most important sectors of economic and social development in the country, but due to the large consumption of raw materials, the transformation of the landscape and the generation of large amounts of waste, this is a very influential activity. The recovery and reuse of solid waste can bring economic, social and environmental benefits. This article aims to describe the classification, destination, existing regulations and economic viability of construction waste.
KEYWORDS: Waste; Reuse; Economic vaibility; Construction. 
1 INTRODUÇÃO 
O descarte de resíduos industriais não é tratado adequadamente, o que leva a muitos problemas ambientais e de saúde pública. No entanto, um método geral e mais apropriado é descartar esses resíduos perigosos para descarte adequado no futuro. Existem também indústrias que resolvem o problema dos resíduos de uma maneira que vai além do descarte: reutilização. As soluções incluem o uso de resíduos como matéria-prima para produzir outro tipo de produto, seja um produto simples ou um produto complexo.
Desde os anos 90, as pessoas começaram a prestar mais atenção à natureza e ao meio ambiente. Seja devido à crescente demanda por matérias-primas naturais ou resíduos gerados durante esse período, o crescimento de edifícios civis é fortemente afetado pelas condições econômicas e pela necessidade de enfrentar os déficits habitacionais e de infraestrutura, que também têm um impacto ambiental considerável durante a demolição de prédios antigos ou novos projetos. 
Segundo Paschoalin Filho et al., (2013) embora as pessoas pensem que a engenharia civil é uma indústria que tem um impacto significativo na cidade e no ambiente natural, a indústria também pode ser vista como um elo na cadeia de produção, a maioria das quais é investida em inovação tecnológica e no desenvolvimento de ferramentas de gerenciamento e manejo. 
Torna-se cada vez mais importante a implementação de uma cultura de sustentabilidade focada em tratamento, reciclagem e reutilização. Dessa forma promovendo não somente a preservação das matérias-primas e redução de poluição de rios e córregos, como também um ganho econômico na aquisição de matéria-prima.
Neste contexto o estudo centra-se no seguinte questionamento: qual a importância do reaproveitamento e reciclagem dos resíduos na construção civil: Foi levantado a seguinte hipótese: existe viabilidade econômica no reaproveitamento e na reciclagem do resíduo solido na construção civil?	Comment by Lorena: Sua hipótese é um questionamento, ela deveria ser uma afirmação que você usaria ou não para responder seu problema na conclusão. 
De acordo dados da ABRECON (Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição), o Brasil desperdiça 8 bilhões de reais ao ano por não reciclar os materiais adequadamente.
1.1 Objetivo Geral 
Analisar a viabilidade econômica na reciclagem do resíduo sólido da construção civil.
1.2 Objetivos Específicos 
· Classificar os resíduos da construção civil;
· Indicar a destinação correta para os resíduos sólidos, conforme a lei e de acordo com princípios de responsabilidade ambiental e sustentabilidade.
1.3 Justificativa 
O gerenciamento dos resíduos sólidos de construção nos canteiros de obras de pequeno, médio e grande porte, é indispensável para que haja qualidade na gestão ambiental dos centros urbanos. Os resíduos, popularmente chamados de “entulho”, requerem uma gestão adequada para que possibilitar a redução de custos sociais, financeiros e ambientais. Os “entulhos” são as sobras das construções e demolições, e devem ser gerenciados do projeto à sua destinação final, para que impactos ambientais sejam evitados ou amenizados. 
O tema escolhido visa uma ligação entre a oferta de resíduos e a demanda de matéria prima. Busca-se encontrar soluções que possam tornar a construção civil mais sustentável com viabilidade econômica. 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 Resíduos da Construção Civil 
Apesar de sua importância para o desenvolvimento do país, o setor da construção civil arca com o ônus de ser um elo da cadeia produtiva responsável por um impacto ambiental significativo oriundo de suas atividades (PASCHOALIN FILHO et al., 2013). Dessa maneira, é importante que sejam criadas na construção civil novas ferramentas de gerenciamento no intuito de enfrentar os desafios gerados por suas etapas construtivas.
Segantini e Wada (2011) acreditam que a engenharia civil é uma atividade que gera muito volume de resíduos, o que leva ao desperdício de muitos materiais naturais, como areia, pedra, madeira, cimento, etc.
De acordo com Ulsen et al. (2010), cerca de 90% da massa total de resíduos de construção civil (RCC) gerada no Brasil e na Europa é composta por concretos, argamassas, solo e gesso. Silva e Fernandes (2012) ressaltam que, além de gerar muito desperdício, os edifícios civis também consomem cerca de 50% de todos os recursos naturais disponíveis, ou seja, cerca de 40% a 60% dos resíduos sólidos urbanos (RSU) gerados diariamente pela cidade provêm da construção civil. Bohne et al. (2008) acrescentam que o impacto do RCC não se limita ao campo ambiental, mas também afeta a economia, porque a eliminação aguda deste material leva a altos custos de transporte para a disposição final.
John e Agopyan (2000) comentam que a quantidade de resíduos de construção civil gerada por habitante no Brasil varia entre 230 e 660 kg/hab/ano. De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE, 2012) a quantidade per capita no Brasil de resíduos de construção civil coletada, comparando-se os anos de 2010 e 2011, cresceu aproximadamente 6%, ou seja, de 0,618 kg/hab/dia para 0,656 kg/hab/dia.
Os Resíduos de Construção Civil deveriam receber maior atenção da sociedade, dos órgãos governamentais, e do próprio setor da construção, por apresentarem características inertes, devido ao volume produzido, por serem gerados através da atividade que é fundamental para o desenvolvimento econômico e para suprir necessidades básicas, como moradia, saneamento e infraestrutura, e devido aos problemas causados pela deposição indevida (ARAUJO; GÜNTHER,2007).
2.2 Classificação RCC
A norma NBR 10004 (ABNT, 2004) classifica os resíduos quanto aos seus potenciais riscos ambientais em Classe I – perigosos, Classe II A – não perigosos e não inertes, e Classe II B – não perigosos e inertes, conforme Tabela 1. A NBR 10004 (ABNT, 2004) descreve ainda cinco aspectos que conferem periculosidade aos resíduos sólidos, sendo eles inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. Destaca-se aqui, em virtude do presente trabalho abordar resíduos de construção civil, os aspectos de corrosividade, reatividade e toxicidade.
Figura 1 – Classificação de resíduos segundo a NBR 10004 (ABNT, 2004)
	Comment by Lorena: Aconselho transformar em texto. 
Fonte: NBR 10004 (ABNT, 2004).Pode-se ainda classificar os resíduos sólidos, quanto à fonte geradora, em três categorias: resíduos urbanos, resíduos sólidos industriais e resíduos especiais (SCHALCH, 2002; MARTINS, 2004).
	Tendo em vista que o artigo abordará resíduos de construção, será abordado com maior profundidade os resíduos de classes A, B, C e D conforme apresentado na figura 2 abaixo:
Figura 2 – Classificação de resíduos da construção civil.
	Comment by Lorena: Aconselho transformar em texto. Em forma de citação direta ou indireta. 
Fonte: Adaptado de Resolução n°307 do CONAMA.
	Segundo a Resolução CONAMA 307, o RCC é proveniente da construção, reforma, reparo e demolição de obras civis, resultado da preparação e escavação de terrenos, como tijolos, ladrilhos cerâmicos, concreto, solo, rocha, metal, resina, cola, Tintas, madeira e madeira compensada, tetos, argamassas, estuques, telhas cerâmicas, estradas de asfalto, vidro, plástico, tubos, fios, etc. são comumente referidos como detritos de construção, telhas ou estilhaços.
Os resíduos de construção representam uma das parcelas do consumo excessivo de materiais nos canteiros de obras (SOUZA et al., 2004).
2.3 Destinação e reciclagem RCC
Devido à estrutura física e ao volume de atividades de demolição e construção, os resíduos gerados são difíceis para o destino final. Esses resíduos não são aceitos pelos aterros sanitários e geralmente são armazenados em ambientes urbanos na forma de lixões.	
Embora, de acordo com a Resolução 307/2002 do CONAMA, a responsabilidade pelo destino correto dos resíduos seja do gerador, seja ele público ou privado, os pequenos geradores não respeitam essa determinação, resultando em material em vias públicas, espaços abertos, à beira do córrego.
Essa degradação da paisagem urbana estimula a criação de pequenos lixões a céu aberto que contribuem para a proliferação de vetores de doenças e o entupimento dos sistemas de drenagem (Paschoalin Filho, Graudenz, 2012).
A figura abaixo demonstra algumas formas de destinação definidas pelo CONAMA.
Figura 3 – Classe e destinação dos RCC de acordo com o CONAMA nº 307/2002.
	Comment by Lorena: Aconselho transformar em texto citação direta ou indireta. 
Fonte: Adaptado de Resolução n°307 do CONAMA.
	Segundo Silva (2006) vêm se criando soluções para o emprego dos RCD reciclados no Brasil. Sendo estes utilizados para:	Comment by Lorena: RCD ou RCC??
· Pavimentações que são empregadas nas reutilizações de resíduos reciclados como base, sub-base, revestimento primário, na forma de brita corrida ou em mistura de resíduo com o solo;
· Agregado para concreto não estrutural que são resíduos processados pelas usinas de reciclagem podendo ser utilizados a partir da substituição dos agregados convencionais (areia e brita);
· Agregado para confecção de argamassa que são originados após o processado por equipamentos denominados argamasseiras, que moem o entulho na própria obra, em granulometrias semelhantes às da areia, ele pode ser utilizado como agregado para argamassas de assentamento e revestimento.
2.4 Legislação, normas e responsabilidades 
A agência brasileira de gestão ambiental não possui política federal para o setor de resíduos sólidos. Para o problema dos resíduos sólidos, não existe um método estruturado geral, apenas regras específicas diferentes para lidar com a poluição da água e do ar.
	A seguir, é apresentada uma lista das principais leis e regulamentos ambientais do Brasil, direta ou indiretamente, relacionados a questões de resíduos sólidos. O CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002 (Brasil, 2002) (a partir de 2 de janeiro de 2003) estabelece o prazo para a classificação de municípios e geradores de RCD, estipulando:
· O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil será elaborado, implementado e coordenado pelos municípios e pelo Distrito Federal, e deverá estabelecer diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores, em conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza urbana local. 
· Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil serão elaborados e implementados pelos geradores não enquadrados no artigo anterior e terão como objetivo estabelecer os procedimentos necessários para o manejo e destinação ambientalmente adequados dos resíduos.
· O Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, de empreendimentos e atividades não enquadrados na legislação como objeto de licenciamento ambiental, deverá ser apresentado juntamente com o projeto do empreendimento para análise pelo órgão competente do poder público municipal, em conformidade com o Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
· O Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil de atividades e empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental deverá ser analisado dentro do processo de licenciamento, junto ao órgão ambiental competente.
· Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deverão contemplar as seguintes etapas: caracterização: nesta etapa o erador deverá identificar e quantificar os resíduos; triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos estabelecidas no art. 3º desta Resolução; acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização e de reciclagem; transporte: deverá ser realizado em conformidade com as etapas anteriores e de acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos; destinação: deverá ser prevista de acordo com estabelecido nesta Resolução (Brasil, 2002)
Ainda:
· Ficou estabelecido o prazo máximo até janeiro de 2004 para que os municípios e o Distrito Federal elaborem seus Planos Integrados de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil, contemplando os Programas Municipais de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil oriundos de geradores de pequenos volumes, e o prazo máximo de dezoito meses para sua implementação.
· Ficou estabelecido o prazo máximo de janeiro de 2005 para que os geradores incluam os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil nos projetos de obras a serem submetidos à aprovação ou ao licenciamento dos órgãos competentes.
· Ficou estabelecido o prazo até junho de 2004 que os Municípios e o Distrito Federal deverão cessar a disposição de resíduos de construção civil em aterros de resíduos domiciliares e em áreas de "bota fora". (Brasil, 2002).
2.5 Viabilidade econômica 
SEGATO; NETO, (2014) diz que de um modo geral, a reciclagem é uma solução para reduzir o desperdício em aterros sanitários, além de usar o valor contido nele. Apesar da ampla adoção desse método, a quantidade de materiais reciclados não atingiu um nível considerável
	Para a implantação de um programa de reciclagem, na fase de planejamento deve levantar o maior número possível de dados e informações locais. Uma delas é quantificar a geração de resíduos provenientes de construções e demolições, assim é possível implantar um programa adaptado à realidade específica do município, onde o mesmo será implantado (SEGATO; NETO, 2014).
	De uma forma geral, a reciclagem dos resíduos de construção civil traz inúmeras vantagens técnicas, econômicas e ambientais que são objeto de estudo de autores como: Tam et al. (2007); Santin (2009); Hwang e Yeo (2011); Arif et al. (2012), entre outros. Assim, é consenso entre os diversos autores citados os seguintes benefícios em relação a reciclagem dos RCC:
· Redução no consumo de recursos naturais não renováveis;
· Redução de áreas necessárias para aterro pela minimização de volume de resíduos pela reciclagem;
· Redução do consumo de energia durante o processo de produção;
· Reduções da energia utilizada para extração e transporte dos materiais aos centros consumidores;
· Redução da poluição;
· Possibilidades de melhoria no trânsitoda região pela diminuição do transporte dos materiais virgens aos centros consumidores;
· Gerações de emprego e renda e melhoria no âmbito social com uma nova e ampla cadeia produtiva no mercado de trabalho.
	Mais de 75% dos resíduos gerados pela indústria da construção civil têm potencial de valoração, reciclagem ou reuso (YEHEYIS et al., 2013). Os RCC apresentam, portanto, elevado potencial de reciclagem e baixa periculosidade, consequentemente, não os reaproveitar significa perder importante fonte de materiais alternativos. O uso desses resíduos como agregados alternativos pode contribuir para reduzir a retirada de matéria-prima de fontes não renováveis e minorar gastos e impactos associados com a extração de recursos naturais (CARNEIRO et al., 2001). 
	Pesquisas realizadas por Khatib (2005), Evangelista e Brito (2007, 2014) Salientam que a viabilidade de usar o RCC como um agregado fino, desde que não cause uma redução significativa no desempenho do concreto ou argamassa (em termos de mecânica ou durabilidade).
	Os resíduos de construção civil, quando não reciclados, frequentemente são depositados clandestinamente, ocasionando diversos prejuízos adicionais para o meio ambiente, impactando na qualidade de vida das comunidades. Essa realidade gera transtornos para as prefeituras, que arcam com os vários ônus sociais e sanitários associados à essa situação, tais como: desordem nos transportes, favorecimento de enchentes provocadas por assoreamento dos rios e entupimentos de galerias, degradação da paisagem urbana e contribuição para a proliferação de doenças (FERNANDES, 2013).
	De um modo geral, no Brasil, os resíduos de construção e demolição geralmente são reciclados como agregados, utilizados na produção de concreto e argamassa e na fabricação de tijolos; ou também podem ser usados ​​diretamente em terraplenagem, obras de drenagem, estabilidade de taludes. A reciclagem dos RCC se estabelece como uma solução inovadora para estes materiais, pois oferece a possibilidade de serem reutilizados produzindo benefícios nas esferas ambiental, econômica e social ao invés de simplesmente serem encaminhados para disposição final em aterros (Kralj, 2011). Tam (2009) complementa afirmando que a manufatura de novos produtos se utilizando RCC se caracteriza como uma potencial contribuição para o desempenho sustentável da construção civil, pois permite uma redução significativa na utilização dos recursos naturais, melhoria da qualidade de vida da sociedade pela não disposição dos rejeitos em aterros e a geração de nova cadeia produtiva pela elaboração do artefato.
	Para viabilizar economicamente a redução máxima de produção de resíduos na Construção Civil, empresas devem implantar estratégias gerenciais e logísticas. Isso inclui qualificação de mão-de-obra, pesquisa e implantação de técnicas construtivas menos impactantes do ponto de vista ambiental, e aprimoramento de processos de transporte e estocagem. Tendo a sociedade o papel de exigir, fiscalizar e cumprir os métodos adequados da disposição adequada dos resíduos (Luz, Pulter e Tamura, 2008).
3 METODOLOGIA 	Comment by Lorena: Removi o comentário q vc fez sobre a formula para calculo da viabilidade econômica, pois com ela não esta presente no trabalho não possui relevância. 
O artigo caracteriza-se como uma pesquisa de revisão bibliográfica, uma vez que os dados apresentados foram obtidos por meio de estudos já publicados que tratam do assunto em questão. 
A respeito deste tipo de pesquisa Lakatos e Marconi (2010, p. 66) explicam que ela “oferece meios para definir, resolver não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente”. 
4 CONCLUSÃO 	Comment by Lorena: Falta responder seu problema com base na sua hipótese. Que pode vir como ultimo parágrafo, e vc pode começar assim: cabe salientar que todos os objetivos propostos foram alcancaços, e deste modo responde-se ao questionamento, norteador desta pesquisa, com base na hipótese levantada, de que a reciclagem de resisduos sólidos civis apresenta vantagem econômica, e por essa razão deveria ser foco de políticas ambientais. 
Com base na literatura pesquisa e acima referenciada, conclui-se que a reciclagem de resíduos de construção apresenta muitas vantagens técnicas, econômicas e ambientais, mas requer um alto investimento inicial na compra de terrenos para a construção de plantas e na compra de equipamentos. A resistência cultural continua sendo o principal desafio para o Brasil superar a viabilidade tecnológica e econômica. Apesar da Resolução 307 do CONAMA, que entrou em vigor em 2 de janeiro de 2003, ainda existe despejo irregular no RCD no Brasil. O cumprimento da resolução será o primeiro passo para eliminar o desequilíbrio ambiental causado por edifícios civis.
A implementação do "Plano de Gerenciamento Sustentável" reduzirá os detritos gerados nos canteiros de obras e seu descarte adequado, reduzindo assim o impacto ambiental e econômico de resíduos excessivos desse tipo no centro da cidade. O plano de gerenciamento visa aumentar a conscientização da empresa sobre as qualificações dos funcionários, práticas de reciclagem e descarte de resíduos em locais apropriados para garantir a qualidade de vida da próxima geração.
Sugere-se a verificação da viabilidade econômica por meio de um estudo de caso, pois deste modo obter-se-á as seguintes informações:	Comment by Lorena: Coloquei este tópico como sugestão de estudos futuros acerca do tema. 
· Análise detalhas dos resultado do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Cívil;
· Análise gravimétrica dos RCC coletados;
· Análise da viabilidade da cobrança de uma taxa aos geradores pelo depósito dos resíduos;
· Análise detalhada do local da instalação e sua licença ambiental;
· Pesquisa de mercado na venda de agregados reciclados. 
Salienta-se que não foi realizado um estudo de caso, conforme sugere-se acima, em razão do enfrentamento de uma pandemia. Assim, as autoridades nacionais e internacionais orientaram e propuseram o isolamento social, de modo a inviabilizar, momentaneamente, a sua realização. 	Comment by Lorena: Mudei um pouco esse parágrafo para deixá-lo como uma justificativa por n ter realizado um estudo de caso sobre o tema. Na minha opinião pode ser excluído. 
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REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CONSTRUÇÃO 
CIVIL
 
 
Talita Cassimiro de Souza
*
 
Márcio Alves de Oliveira Filho
*
*
 
 
 
RESUMO: 
A construção civil pode ser considerada um dos setores mais importantes do 
desenvolvimento econômico e social do país, mas 
devido ao grande consumo de matérias
-
primas, à transformação da paisagem e à geração de grandes quantidades de resíduos, essa é 
uma atividade muito influente. A recuperação e reutilização de resíduos sólidos podem trazer 
benefícios econômicos, sociais e am
bientais. Este artigo tem como objetivo descrever a 
classificação, destino, regulamentos existentes e viabilidade econômica de resíduos de 
construção.
 
 
PALAVRAS
-
CHAVE: 
Resíduos; Reutilização; Viabilidade econômica; Construção civil. 
 
 
ABSTRACT: 
Civil 
construction can be considered one of the most important sectors of 
economic and social development in the country, but due to the large consumption of raw 
materials, the transformation of the landscape and the generation of large amounts of waste, 
this
 
is
 
a very influential activity
. The recovery and reuse of solid waste can bring economic, 
social and environmental benefits. This article aims to describe the classification, destination, 
existing regulations and economic viability of construction waste.
 
 
KE
YWORDS: 
Waste; Reuse; Economic vaibility; Construction. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*
TalitaCassimiro de Souza
, graduando do curso de Engenharia Civil na Faculdade Santa Rita de Cássia 
–
 
IFASC. 
talit
a
cassimirodesouza@gmail.co
m
 
**
 
Márcio Alves de Oliveira Fi
l
ho, Mestre em Estruturas 
pela Universidade de Uberlândia. 
marcio_alves_5@hotmail.com

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