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0800 283 8380 www.faculdadeunica.com.br MATERIAL DIDÁTICO PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA PORTARIA Nº 1.004 DO DIA 17/08/2017 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2 SUMÁRIO UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................... 4 UNIDADE 2 – A ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO ............................................. 6 2.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO – PCM ........................................ 11 UNIDADE 3 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – MECÂNICAS ............................................................................... 15 3.1 MOTORES, BOMBAS, VEÍCULOS INDUSTRIAIS, EQUIPAMENTOS DE GUINDAR E TRANSPORTAR, FERRAMENTAS MANUAIS, MOTORIZADAS, PNEUMÁTICAS ........................ 15 3.2 COMPRESSORES ................................................................................................ 20 3.3 SOLDAGEM E CORTE A QUENTE ............................................................................ 20 3.4 EQUIPAMENTOS DE PROCESSOS INDUSTRIAIS, ÁREA DE UTILIDADES, SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL ................................................ 21 3.5 PROJETO DE PROTEÇÃO DE MÁQUINAS ................................................................. 22 3.6 COR, SINALIZAÇÃO ROTULAGEM ........................................................................... 23 3.7 MANUTENÇÃO MECÂNICA E ENGENHARIA DE SEGURANÇA ....................................... 23 3.8 NORMAS REGULAMENTADORAS ........................................................................... 24 UNIDADE 4 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – ELÉTRICAS ................................................................................ 25 4.1 CABINES DE TRANSFORMAÇÃO, ATERRAMENTO ELÉTRICO, PARA-RAIOS ................... 25 4.2 AMBIENTES ESPECIAIS, ELETRICIDADE ESTÁTICA, INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS ........................................................................................................... 26 4.3 EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS. ÁREA DE UTILIDADES. SUBESTAÇÕES. . 28 4.4 MANUTENÇÃO PREVENTIVA E ENGENHARIA DE SEGURANÇA .................................... 31 4.5 RISCOS NA ELETRIFICAÇÃO RURAL ....................................................................... 33 4.6 ACIDENTES COM CERCAS ENERGIZADAS ............................................................... 33 4.7 MEDIDAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL .......................... 34 4.8 LEGISLAÇÃO E NORMAS RELATIVAS À PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS E GERAL ..................................................................................................................... 36 UNIDADE 5 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – NA CONSTRUÇÃO CIVIL ........................................................... 40 5.1 LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL, ARRANJO FÍSICO, LAYOUT, ORDEM E LIMPEZA ................ 40 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 3 5.2 CARACTERÍSTICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL: RISCOS PRINCIPAIS, PRAZO, CUSTO, SEGURANÇA E QUALIDADE ......................................................................................... 41 5.3 ANÁLISE DE PROGRAMAS CONVENCIONAIS DE SEGURANÇA, CONTROLE DE RISCO E PROGRAMAS DE SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................... 41 5.4 ANÁLISE DOS SUBSISTEMAS: PESSOAL, EQUIPAMENTO, MATERIAL E AMBIENTE. DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES. ................................................... 42 5.5 EDIFICAÇÕES, ESTRUTURAS, SUPERFÍCIES DE TRABALHO, COR, SINALIZAÇÃO ROTULAGEM ............................................................................................................. 43 5.6 TANQUES, SILOS E TUBULAÇÕES .......................................................................... 46 5.7 OBRAS DE CONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO E REFORMAS ............................................... 47 5.8 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL ........................ 47 5.9 MANUTENÇÃO E ENGENHARIA DE SEGURANÇA ....................................................... 48 5.10 NORMAS REGULAMENTADORAS .......................................................................... 49 UNIDADE 6 - PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, FORNOS.......................................................................................... 51 6.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS: CALDEIRAS A VAPOR E VASOS SOB PRESSÃO .................. 51 6.2 PRINCÍPIOS DE TERMODINÂMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR ................................ 52 6.3 RISCOS DECORRENTES DE DETERIORAÇÃO, AVARIAS E EXPLOSÃO .......................... 53 6.4 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA EM CALDEIRAS E VASOS DEPRESSÃO ............................. 55 6.5 NORMAS APLICADAS A CALDEIRAS ....................................................................... 58 6.6 NORMAS REGULAMENTADORAS ........................................................................... 60 UNIDADE 7 – MANUTENÇÃO PREVENTIVA E ENGENHARIA DE SEGURANÇA .................................................................................................................................. 63 7.1 MANUTENÇÃO CORRETIVA ................................................................................... 66 7.2 MANUTENÇÃO PREVENTIVA ................................................................................. 67 7.3 MANUTENÇÃO PREDITIVA .................................................................................... 67 7.4 CUSTOS DA MANUTENÇÃO ................................................................................... 68 7.5 A INTRODUÇÃO DA ROBÓTICA .............................................................................. 70 7.6 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS OBSOLETOS OU INSEGUROS – UM ESTUDO DOCUMENTAL DO MPAS ............................................................................................................... 71 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 84 ANEXOS ................................................................................................................... 89 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 4 UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO Aumentar a competitividade é hoje uma das condições para que as empresas continuem sobrevivendo no mercado. Elas geralmente buscam um máximo retorno financeiro sobre os ativos das instalações industriais, o que é possível aumentando a disponibilidade para a produção e cuidando adequadamente dos custos da manutenção. Essas condições nos fazem pensar em riscos, e estes, numprimeiro momento, se passam quase que exclusivamente por retorno financeiro, entretanto, o caminho é longo entre a eminência de um risco e o retorno financeiro. Um risco é qualquer ameaça que podemos perceber, é qualquer situação que poderia causar um dano para as pessoas, portanto, prevenir riscos é prevenir acidentes e até mesmo algumas doenças. A gestão de riscos, por sua vez, nada mais é que planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos humanos e materiais de uma organização, no sentido de minimizar os efeitos dos riscos sobre essa organização ao mínimo possível, ou ainda, podemos definir como um conjunto de técnicas que visa reduzir ao mínimo os efeitos das perdas acidentais, enfocando o tratamento aos riscos que possam causar danos pessoais, ao meio ambiente e à imagem da empresa. Uma das maneiras de evitarmos os riscos e acidentes no ambiente de trabalho, quando relacionado a máquinas, equipamentos e instalações seria fazermos uso da manutenção. Segundo Branco Filho (2008), manutenção é um conjunto de medidas ou ações que permitem conservar ou restabelecer um sistema em seu estado de funcionamento. Segundo a Norma inglesa BS 3811, seria uma combinação de técnicas e medidas administrativas com a finalidade de conservar um item em seu estado, ou restabelecer este estado, no qual ele possa realizar uma determinada função. Uma função empresarial, da qual se espera o controle constante das instalações assim como conjunto de trabalhos de reparo e revisão necessários para garantir o funcionamento regular e o bom estado de conservação das instalações produtivas, serviços e instrumentações dos estabelecimentos (OCDE1, 1963). 1 Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 5 Dessa maneira, ao longo desta apostila, veremos algumas estratégias de gerenciamento de manutenção, bem como sua organização, planejamento e controle. Evidentemente que o primeiro passo é definir manutenção e elaborar um manual de organização da mesma. Em detalhes, veremos os riscos em máquinas, equipamentos e instalações, que por divisão didática ficou assim composto: riscos mecânicos, elétricos, na construção civil, em caldeiras e vasos de pressão. Não podemos esquecer a importância das normas regulamentadores, com atenção para as NR 10 (Segurança em Instalações e serviços em eletricidade); NR 11 (Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais); NR 12 (Máquinas e equipamentos); NR 13 (Caldeiras e vasos de pressão) e NR 14 (Fornos). Esperamos que apreciem o material e busquem nas referências anotadas ao final da apostila subsídios para sanar possíveis lacunas que venham surgir ao longo dos estudos. Ressaltamos que embora a escrita acadêmica tenha como premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar, deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores, incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma redação original. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 6 UNIDADE 2 – A ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO Historicamente, a manutenção, como regra geral, tem apresentado uma característica marcante: utiliza de forma bastante ineficiente os seus recursos, principalmente humanos e materiais, acarretando custos elevados e crescentes (CAMPOS; BELHOT, 1994). Para os mesmos autores, mão de obra e materiais representam as áreas com grande potencial para a redução dos custos de manutenção, caracterizando uma excelente oportunidade de ganhos imediatos, principalmente numa época de crise e de alta competitividade como a atual. Mais do que isso, se houver manutenção correta, evitam-se acidentes de trabalho que são onerosos para a organização e para o Estado, uma vez que acarretam afastamento do trabalhador e custos para sua recuperação. Hoje em dia, fica difícil ter uma boa manutenção, sem dispor de informações acuradas e atualizadas sobre cadastro de equipamentos, histórico de ocorrências, programação e planejamento de atividades, utilização de mão de obra, cronograma de paradas, emissão de ordens de serviço e controle de estoque, que auxiliam em muito a programação, a execução e o controle da “função manutenção” (CAMPOS; BELHOT, 1994; BRANCO FILHO, 2008). A aplicação de recursos informatizados, ou sistemas informatizados, dia após dia vem fazendo surgir a necessidade de se reciclar e treinar a mão de obra envolvida com manutenção, chegando-se a propor (McDOWELL, 1991) até a aplicação de testes individuais para levantar e identificar as possíveis deficiências existentes em termos dessa mão de obra atuante. Mirshawka e Olmedo (1993, p.14) definem a manutenção como um conjunto de atividades e recursos aplicados aos sistemas ou equipamentos, visando garantir a consecução de sua função dentro de parâmetros de disponibilidade, de qualidade, de prazos, de custos e vida útil adequado. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1971) define manutenção como sendo o conjunto de todas as ações necessárias para que um item seja conservado ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com uma condição especificada. Essa associação também define defeito como sendo Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 7 uma ocorrência no equipamento que não impede seu funcionamento, todavia, podem, a curto ou longo prazo, acarretar sua indisponibilidade. E as falhas são definidas como ocorrências que impedem o funcionamento de equipamentos. A manutenção em um equipamento é uma decisão humana, pois trata-se de uma intervenção para sanar uma falha. A falha, por sua vez, pode significar a perda de uma função específica do equipamento, e se constitui numa perda física. Para se obter a otimização de todos os recursos humanos e materiais envolvidos no ambiente de manufatura, necessita-se que sejam aplicadas técnicas e metodologias capazes de auxiliarem no sistema de gestão de manutenção de equipamentos. Enfim, todo gerenciamento de atividade de manutenção de equipamentos requer que as ações sejam objetivas, desde o nível técnico até o nível gerencial. Surgimento da manutenção Podemos depositar na invenção do relógio mecânico, o ponto de partida para o surgimento da manutenção, o que se deu por volta do século XVI na Europa Central. Com a necessidade da assistência técnica para a manutenção desses relógios surgiram os primeiros artesões e ao longo da Revolução Industrial a manutenção evoluiu e se transformou em ciência no decorrer da Segunda Guerra Mundial. A partir disso surge a engenharia de manutenção para atender as necessidadesdas indústrias, que emergiram principalmente na Inglaterra, Alemanha, Itália e Japão (BEZERRA, 2008). A busca da melhoria contínua nos processos produtivos tem forçado as empresas a evitarem que os seus equipamentos se desgastem, evitando assim graves transtornos como o atraso de pedidos dos seus clientes. Por isso, é importante que se realize a conservação do maquinário para evitar possíveis quebras que causariam a parada da linha de produção. Segundo Xenos (2004), o conjunto de métodos e funções gerenciais da manutenção é denominado Sistema de Gerenciamento da Manutenção. Este sistema é parte da Gestão pela Qualidade Total (GQT), que atua diretamente num dos meios de produção da organização – os equipamentos. Utilizando bem os Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 8 princípios da GQT, é possível atingir metas de melhoria contínua praticando o “kaizen2”. Este processo de manutenção de equipamentos tornou-se muito complexo, devido à grande quantidade de equipamentos e a complexidade dos mesmos. Por isso, na atualidade, é necessário fazer uso de algum software para realizar a correta gestão do processo de manutenção. Além disso, é necessário contratar técnicos capazes de realizar os serviços (BOLGENHAGEN et al, 2011). O Manual de Organização da Manutenção O uso dos manuais tem sido disseminado desde que chegaram as normas da qualidade e surgiu a necessidade de registrar todos os processos de uma empresa. Eles são uma forma de documentar os procedimentos aceitos, e neles encontramos descrito os modos como as tarefas devem ser executadas, até mesmo como devem ser documentadas e registradas. Enfim, como diz Branco Filho (2008), os manuais registram a filosofia de trabalho da empresa ou de um departamento ou seção. Por definição, o Manual é um documento onde se estabelece, dentro do ambiente da organização, como a manutenção deverá se organizar, quais as estratégias a serem usadas, bem como o modo como a manutenção será avaliada. O significado das palavras, os indicadores de capacitação, de desempenho e performance mínimos necessários, os documentos e formulários que serão usados para registrar os eventos do dia a dia, o formato dos campos, como serão preenchidos, todas são questões a se considerar nos manuais. Podemos classificar os manuais basicamente em: 1. Manual de Treinamento – delineia como uma tarefa deve ser executada, preocupando-se sobre o que deve ser feito; porque deve ser feito; quando e 2 Essa prática de origem oriental visa o bem, não somente da empresa como do homem que trabalha nela. As empresas são municiadas com ferramentas para se organizarem e buscarem sempre resultados melhores. Partindo do princípio de que o tempo é o melhor indicador isolado de competitividade, atua de forma ampla para reconhecer e eliminar os desperdícios existentes na empresa, sejam em processos produtivos já existentes ou em fase de projeto, produtos novos, manutenção de máquinas ou, ainda, processos administrativos. Para o Kaizen, é sempre possível fazer melhor, nenhum dia deve passar sem que alguma melhoria tenha sido implantada, seja ela na estrutura da empresa ou no indivíduo. Sua metodologia traz resultados concretos, tanto qualitativamente, quanto quantitativamente, em um curto espaço de tempo e a um baixo custo (que, consequentemente, aumenta a lucratividade), apoiados na sinergia gerada por uma equipe reunida para alcançar metas estabelecidas pela direção da empresa. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 9 onde deve ser feito; quem deve fazer, como deve ser feito. Ele explica e fornece com detalhes todos os passos e procedimentos, o que possibilita a confecção da tarefa dentro da qualidade e segurança que se necessita; 2. Manual de Procedimentos – descreve os métodos especiais que devem ser seguidos para que uma tarefa seja executada; 3. Manual de Políticas – apresenta a política da empresa para garantir sua perenização; 4. Manual Técnico – trata de determinado assunto ou equipamento; 5. Manual Organizacional – trata sobre a organização de determinada função na empresa, do funcionamento desta função, sua interação com outras seções ou funções e do funcionamento dela na empresa ou parte dela. Os manuais apresentam vantagens diretas e indiretas para a organização. No primeiro caso, as vantagens são facilmente notáveis: • eliminam duplicação de esforços; • eliminam eventuais sobreposições de responsabilidades na organização; • reduzem o trabalho de papel e formulários; • estabelecem mecanismos padronizados de controle para o gerenciamento e redução de custos de treinamento e retreinamento. Como vantagens indiretas temos: • o aumento e a melhoria da organização da manutenção; • obtenção de uma base para avaliação da manutenção; • estabelecimento de referência para orientar o gerenciamento e o pessoal da manutenção e serve como base para uma melhor interação entre executantes e gerenciamento, da qual usualmente resulta maior satisfação para todos. Na contramão, temos também algumas desvantagens como, por exemplo, a inibição da iniciativa dos colaboradores na introdução de melhorias e inovações e a necessidade de revisões periódicas necessárias para que o manual seja efetivo. Com certeza, as vantagens sobrepõem-se às desvantagens. O manual deve ser elaborado por alguém que se dedique em tempo integral e, claro, com apoio total da gerência e das áreas externas envolvidas. Sua flexibilidade é muito importante para o caso de eventuais mudanças na política da Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 10 empresa ou de seus objetivos e ao mesmo tempo consistente para ser utilizado em unidades descentralizadas e ao longo do estado ou do país, além de adequado para os diversos níveis hierárquicos. Segundo Branco Filho (2008), dar um título claro como “Manual de Organização da Manutenção” é importante para que este não seja confundido. Por exemplo: se usar somente Manual de Manutenção poderia estar falando de um instrumento ou um equipamento em particular e ele é para a organização, ou seja, é amplo. O que deve conter um Manual de Organização da Manutenção: 1. Prefácio; 2. Apresentação – como qualquer obra, a apresentação é importante e promove uma primeira interação na empresa; 3. Objetivos – descreve a que veio e o que se deseja com o manual; 4. A organização – descreve como a manutenção deverá estar organizada para atender as necessidades do cliente do manual; 5. As responsabilidades – indica quais as responsabilidade na manutenção na empresa; 6. A documentação – aqui são citados todos os documentos em uso pela manutenção, o formato básico de cada um e como é seu uso na empresa; 7. As estratégias e programas de gerenciamento – aqui estarão descritas de forma sumária,como a manutenção atuará, suas estratégias e programas de gerenciamento da manutenção; 8. Métodos de avaliação da manutenção; 9. Políticas de sobressalentes; 10. Interface com outras divisões; 11. Relatórios de atividades; 12. Interação da manutenção com ou nos Programas de Segurança Saúde e Meio Ambiente (SMAS); 13. Programas de treinamento; 14. Programas de melhoria de método de trabalho; 15. Programas de contingência e emergência. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 11 Os tópicos acima são apenas sugestão, pois cada empresa, como possui cultura própria, tem liberdade de elaborá-lo de acordo com suas necessidades. Há que ressaltar que depois de elaborado deve ser distribuído aos interessados e sempre mantido atualizado, valendo como dica, sua editoração em meio eletrônico, uma vez que diminui-se o seu custo de elaboração, contribui com a utilização racional do papel e cada colaborador pode acessar do seu terminal de computador, podendo, a critério, promover as alterações e atualizações necessárias, estando de acordo com as gerências superiores. 2.1 Planejamento e Controle da Manutenção – PCM A manutenção, como função estratégica das organizações, é responsável direta pela disponibilidade dos ativos, tem importância capital nos resultados da empresa. Esses resultados serão tanto melhores quanto mais eficaz for a gestão da manutenção (OTANI; MACHADO, 2008). Segundo dados estatísticos da Associação das Empresas Brasileiras de Manutenção (ABRAMAN, 2003), o Brasil tem custo de manutenção por faturamento bruto de 4,3% do PIB (Produto Interno Bruto) contra a média mundial de 4,1%, isso significa para um PIB, segundo a Fundação Getúlio Vargas, de US$ 451 bilhões – 19 bilhões são gastos em manutenção. Portanto, esta realidade demonstra que as organizações devem procurar as melhorias contínuas na sua gestão da manutenção, buscando-se incessantemente os conhecimentos inovadores e aplicação das melhores práticas da manutenção já praticadas nas organizações dos países do primeiro mundo. Branco Filho (2008) apresenta algumas definições importantes que são: a) estratégias – arte de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos; b) planejamento – processo que leva ao estabelecimento de um conjunto coordenado de ações visando à consecução de determinados objetivos; c) controle – fiscalização exercida sobre atividades de pessoas ou departamentos para que não se desviem de normas preestabelecidas. Inclui atividades de correção de eventual desvio; Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 12 d) planejamento e controle de manutenção – conjunto de ações para preparar, programar, verificar o resultado da execução das tarefas de manutenção contra valores preestabelecidos e adotar medidas de correção de desvios para a consecução dos objetivos e missão da empresa, usando os meios disponíveis. É importante lembrar que as micros e pequenas empresas empregam muitos colaboradores que delas retiram o seu sustento e de toda a sua família. Neste sentido, elas cumprem um importante papel social, porém a maioria delas não possui um programa de manutenção de equipamentos. A implantação de tal sistema poderá melhorar o aproveitamento dos mesmos, melhorando sua produtividade. O primeiro passo para a implantação de uma gestão de manutenção de equipamentos vimos ao mencionarmos sobre os manuais. O segundo passo é entender o sistema ou função PCM – Planejamento e Controle de Manutenção, assunto a ser desenvolvido nesta unidade. Em terceiro lugar, conhecer com antecedência estratégias que poderão equacionar e resolver problemas em determinada área, equipamento ou instalações e quarto, compreender os tipos de manutenção. Segundo Branco Filho (2008), a decisão de possuir um órgão que execute a função PCM dependerá de vários fatores. Completando o que já foi definido, o PCM tem como função preservar o estado funcional de um equipamento ou sistema ou praticar ações que façam voltar à sua funcionalidade quando acontece algum sinistro, a fim de que cumpra a função para a qual foi adquirido. Lembremos que, para tanto, é preciso haver um programador, ou seja, um responsável pela implementação do conjunto de ações que prepara, programa, verifica o resultado da execução das tarefas de manutenção. Dentre as vantagens de termos um programador, podemos citar a sua contribuição para reduzir a perda de tempo na execução das tarefas, o aumento da eficiência da mão de obra direta, a diminuição do tempo de parada dos equipamentos e paradas apenas em momentos adequados. Voltando aos fatores que falamos serem necessários para a função PCM, temos: a) O porte da empresa – mesmo que não seja de praxe ter PCM nas empresas de pequeno porte, Branco Filho (2008) recomenda que seja realizado por Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 13 uma pessoa que possua outras atribuições, para que todos comecem a perceber a sua importância; b) A organização da empresa – em função de termos organizações com estrutura centralizada e outras com estrutura descentralizada, aqui recomenda-se observar o organograma da mesma, sendo que o PCM em cada tipo de empresa deverá ser tratado de maneira diferente, caso contrário, poderá ser oneroso e com resultados incertos; c) A aceitação da existência de uma seção PCM – existem empresas que os funcionários trabalham cada um a sua maneira, portanto, é importante mostrar-lhes que quanto melhor forem alocados os recursos, havendo planejamento das tarefas, mais eficiente será a empresa; d) A necessidade de melhor acompanhamento das atividades de manutenção e controle dos custos – o PCM permite à organização saber por meio do registro, como estão suas máquinas, como poderão estar depois de algum tempo, bem como poderão planejar mão de obra, o que somando gera informações para nivelar a relação custo-benefício. Para evitar insucessos no PCM vale a pena prestar atenção em duplicidade de atribuições; na descrição sem clareza das tarefas solicitadas; na falta de qualificação e preparação do planejador e/ou programador para o cargo; no planejador negligente e no tempo que muitas vezes é insuficiente para uma boa programação. Por outro lado, haverá aumento da produtividade na execução das tarefas quando o pessoal estiver motivado; quando as tarefas forem bem descritas; quando as peças e materiais sobressalentes estiverem disponíveis para execução e utilização; quando a operação e a produção cooperarem na entrega das máquinas; quando o tempo atribuído para o executante concluir a tarefa for adequado. Em suma, um bom planejamento e controle das tarefas de manutenção proporcionam tarefas executadas em menos tempo, menos desgaste tanto de peças, máquinas quanto de executantes, por conseguinte, maior produção, mais vendas e mais capital entrandona empresa, garantindo a continuidade da organização e a manutenção do emprego. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 14 Ao contrário de uma manutenção improvisada que poderá trazer problemas com paradas de máquinas, produtos fora das conformidades, a implantação de um PCM, utilizando os conhecimentos teóricos e seguindo a metodologia correta só tem vantagens a oferecer para todos os segmentos. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 15 UNIDADE 3 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – MECÂNICAS 3.1 Motores, bombas, veículos industriais, equipamentos de guindar e transportar, ferramentas manuais, motorizadas, pneumáticas Movimentos nas máquinas consistem basicamente em rotação, deslizamento e movimentos recíprocos ou a combinação deles. Os movimentos podem causar ferimentos por enroscamento, aprisionamento, esmagamento, arrastamento, fricção ou abrasão, corte, cisalhamento, perfuração, compressão, impacto, etc. Deve-se levar em consideração que certos tipos de máquina e componentes específicos dela (máquina) podem causar um ou mais tipos de ferimentos. Os princípios básicos para a redução dos riscos de acidentes em equipamentos mecânicos são os seguintes: a) identificação dos riscos; b) eliminação ou redução dos riscos através de projetos específicos; c) uso de proteções de segurança; d) uso de práticas seguras de operação. Motores são máquinas destinadas a transformar em energia mecânica outro tipo de energia. São classificados em dois grupos: de combustão interna e elétricos. Nos motores de combustão interna, a transformação de energia calorífica resultante da queima ou explosão de uma mistura ar-combustível é feita no interior de um dos órgãos da máquina, o cilindro. Podem ser a gás, a óleos pesados, a gasolina, a diesel ou a álcool. Os motores de combustão interna são baseados no princípio de que os gases se expandem quando aquecidos. Controlando essa expansão dos gases, pode-se obter pressão, que será utilizada para movimentar algum órgão da máquina, tendo-se assim a transformação da energia calorífica do combustível em energia mecânica. Os motores podem variar de tamanho, desde aqueles usados para aeromodelismo até os motores marítimos ou acoplados a grandes geradores. Geralmente, os motores pequenos de combustão interna podem ser acionados por uma simples cordinha, para se dar a partida, como no caso dos motores de popa (para barco) ou para bombas. Para dar partida em motores maiores, é necessário o uso de manivela ou motor elétrico auxiliar (motor de arranque). Riscos mecânicos; riscos de incêndio; riscos de explosão; riscos de Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 16 intoxicação; ruído; calor são alguns dos riscos que esses motores apresentam durante sua utilização. Devem-se tomar as seguintes precauções com o uso dos motores de combustão interna, que nada mais são do que regras de segurança: • instalá-los em cabine apropriada fora do ambiente de trabalho, com boa ventilação; • o sistema de saída de gases deve possuir silenciador, o tubo de escape deve conduzir os gases para fora do ambiente e acima das edificações e deve ser devidamente protegido, a fim de evitar queimaduras por eventual contato pelo operador; • precaver-se contra o risco de contragolpe, quando o acionamento for a manivela; • o sistema de transmissão de força deve possuir um conjunto de embreagens; • a partida deve ser dada sempre com o motor desengrenado; • deve-se manter perfeita manutenção periódica, com regulagem correta de mistura ar-combustível, verificação do sistema de arrefecimento, lubrificação, etc. • o tanque de combustível deve ser instalado de maneira que não fique próximo à saída dos gases, fiação ou chave elétrica; • as partes girantes, que podem oferecer riscos (hélices, cremalheira e acoplamento para transmissão de força, eixos, etc.) devem ser devidamente protegidas; • deve-se fazer inspeção periódica da bateria, cuidando-se dos riscos provenientes dos produtos químicos; • devem-se usar protetores auriculares quando os motores estiverem em operação. Bombas são máquinas hidráulicas capazes de realizar o deslocamento de um líquido por escoamento. Transformam o trabalho mecânico que recebem para seu funcionamento em energia, que é comunicada ao líquido sob as formas de energia de pressão e cinética. As bombas e todos os seus acessórios, seja por motivo de rendimento, seja por motivo de segurança, devem sempre garantir um desempenho perfeito. Fuga de Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 17 vapores e vazamentos podem ser prontamente localizados em caso de má vedação. Por esse motivo, as bombas devem ser instaladas em locais adequados, amplos e bem ventilados. É aconselhável que as tubulações de vedação e respectivas válvulas sejam colocadas em cubículos fora da sala de bombas, evitando assim um eventual vazamento dentro do ambiente. O motor elétrico muitas vezes é separado da bomba por meio de anteparos adequados. Além disso, é aconselhável colocar a bomba e o seu motor sobre uma base de altura mínima de 30 cm do piso, facilitando não só a manutenção como também a limpeza. É recomendável também a existência de drenos. Os vazamentos podem ser causa até mesmo de quedas de pessoas. Em qualquer circunstância, devem-se usar sapatos de solado antiderrapante. Bombas de alta pressão e velocidade não são usadas para o deslocamento de produtos de baixa viscosidade, a fim de evitar problemas e eletricidade estática. De qualquer maneira, é necessário termos um perfeito aterramento da bomba, motor e tubulação. Para facilitar a operação de manutenção, montagem e reparos da bomba devem-se manter as áreas de circulação sempre limpas. O espaço destinado a essas áreas é de acordo com o tamanho da bomba, a fim de facilitar manobras manuais ou com o auxílio de meios mecânicos. Um risco na operação de bombeamento é o da alta temperatura atingida pelo fluido, devido ao desprendimento de calor. No caso de locais confinados, esse fenômeno é agravado pela pouca ventilação e pela umidade. A medida de ordem preventiva é representada, antes de tudo, por uma adequada ventilação natural do local. A instalação de um sistema de ventilação geral diluidora, colocado na parte superior do local de instalação das bombas, e de um sistema de exaustão instalado na parte inferior se torna aconselhável; esses sistemas devem existir de qualquer maneira para eliminar os gases e vapores, que são maispesados que o ar e se depositam no solo. A vestimenta para os trabalhadores na sala de bombas deve ser do tipo leve, devido ao problema de sobrecarga térmica existente nesses locais; é oportuno Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 18 distribuir para o pessoal pastilhas de cloreto de sódio ou bebida aromatizada à base de sal. Nas salas de bombeamento de petróleo bruto, por exemplo, o nível de ruído proveniente de bombas de grande potência é elevado. As consequências são bem conhecidas. O completo isolamento acústico dessas salas é possível, se durante a fase de projetos e execução forem previstas formas e dimensões adequadas para o local e o emprego de coberturas e revestimentos acústicos (absorventes); em locais onde os equipamentos já estão instalados, podemos recorrer à insonorização localizada dos motores com sistema de enclausuramento. Para a proteção individual dos trabalhadores, devemos utilizar protetores auriculares. Segundo a NR 11, os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-cargas, pontes rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho. As ferramentas manuais devem ser apropriadas ao uso a que se destinam e devem ser mantidas em perfeito estado de conservação sendo proibida a utilização das que não atendam a essas exigências. Dentre as ferramentas motorizadas temos roçadeiras, motosserras, biotrituradores e um dos cuidados básicos ao utilizá-las é evitar o contato com superfícies de aparelhos aterrados tais como canos, radiadores, fogões e geladeiras. O risco de choque aumenta se o seu corpo for ligado à terra. Não expor ferramentas motorizadas à chuva ou condições molhadas, visto que o risco de choque elétrico aumenta se entrar água na ferramenta motorizada. As ferramentas pneumáticas são movidas a ar comprimido, incluindo amortecedores, moedores, pistolas de pregos e de grampos, britadeiras, brocas, pistolas de rebite, lixadeiras, chaves e picadeiras automáticas. Todas as ferramentas pneumáticas utilizam compressores de ar. Mangueiras e acessórios adequados devem ser usados para conectar uma ferramenta pneumática ao seu compressor de ar. Mangueiras que são feitas para resistir ao Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 19 desgaste, esmagamento e a falhas devido à flexão constante devem ser usadas para reduzir o risco de um acidente Óculos e equipamentos de segurança devem sempre ser usados em situações adequadas, enquanto estiver trabalhando com ferramentas pneumáticas. Limpezas e manutenções regulares devem sempre ser feitas ao longo da vida útil de qualquer ferramenta. Ferramentas pneumáticas devem ser usadas apenas por pessoas experientes ou indivíduos treinados. Seguem-se algumas medidas necessárias à prevenção de acidentes: � Arrumar cuidadosamente as ferramentas em painéis apropriados, sem acumular sobre a bancada, nem espalhadas pelo chão. Vistoriar regularmente as ferramentas, antes do início do trabalho; escolher e usar as adequadas e encaminhá-las para manutenção, sempre que necessário. Transportá-las em local adequado e tomar cuidados especiais com aquelas pontiagudas; � As ferramentas deverão ter cabos corretos, com encaixes justos, de tamanho apropriado e livre de lascas, mantidas afiadas aquelas necessárias, pois quando as lâminas estão gastas (rombudas), requerem pressão excessiva e “marteladas” para funcionarem; movimente a lâmina, sempre, em direção oposta ao corpo humano; � A chave de fenda é, das ferramentas manuais caseiras ou de oficina, a que mais se apresenta como causas de acidentes, devido à sua manutenção inadequada; na sua afiação, por exemplo, deve-se usar uma lima, ao invés do rebolo de esmeril; � Uma ferramenta para cortar madeira, possui canto de corte fino e deve ser utilizado para afiá-la, uma pedra de amolar, com um pouco de água; � Quanto às ferramentas elétricas devem ter proteção contra choques ou eletrocução; usando luvas e botas apropriadas quando manuseio em áreas alagadas. Já para as ferramentas motorizadas que usam gasolina, usar todos os EPI necessários, ler o manual de operações, abastecê-las com cuidado, em áreas ventiladas, observando o vedamento do tanque. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 20 3.2 Compressores Os compressores são dispositivos que elevam a pressão do ar, ou seja, aumentam a admissão comprimindo o ar acima da pressão atmosférica, porém sem criar um vácuo. Isso faz com que uma quantidade maior de ar seja forçada para dentro do motor, criando uma sobrealimentação. Com esse ar extra, é possível injetar mais combustível na mistura, aumentando-se a potência do motor. Existem três tipos de compressores: Roots, parafuso duplo e centrífugo. A principal diferença está em como eles jogam o ar para dentro do coletor de admissão do motor. Os compressores Roots e de parafuso duplo utilizam tipos diferentes de lóbulos entrelaçados, e o compressor centrífugo utiliza um rotor para aspirar o ar. Embora todos esses modelos forneçam ar sob pressão, eles diferem consideravelmente com relação à sua eficiência. Dentre as recomendações para seu uso correto e prevenção de acidentes estão a não ultrapassagem da pressão máxima indicada e não alteração da regulagem da válvula de segurança. 3.3 Soldagem e corte a quente As operações de soldagem e corte a quente somente podem ser realizadas por trabalhadores qualificados. Quando forem executadas operações de soldagem e corte a quente em chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio, será obrigatória a remoção por ventilação local exaustora dos fumos originados no processo de solda e corte, bem como na utilização de eletrodos revestidos. O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento adequado à corrente usada, a fim de se evitar a formação de arco elétrico ou choques no operador. Nas operações de soldagem e corte a quente, é obrigatória a utilização de anteparo eficaz para a proteção dos trabalhadores circunvizinhos. O material utilizado nesta proteção deve ser do tipo incombustível. Nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame, recipiente, tanque ou similar, que envolvam geração de gases confinados ou semiconfinados, é obrigatória a adoção de medidas preventivas adicionais para eliminar riscos de explosão e intoxicação do trabalhador. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas dearmazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 21 As mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das chamas na saída do cilindro e chegada do maçarico. É proibida a presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas próximo às garrafas de O2 (oxigênio). Os equipamentos de soldagem elétrica devem ser aterrados. Os fios condutores dos equipamentos, as pinças ou os alicates de soldagem devem ser mantidos longe de locais com óleo, graxa ou umidade, e devem ser deixados em descanso sobre superfícies isolantes (NR 18). 3.4 Equipamentos de processos industriais, área de utilidades, Sistemas e equipamentos de proteção coletiva e individual Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados em áreas especificas de armazenamento, devidamente demarcadas com faixas na cor indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de áreas externas. Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser adequados ao seu tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes e doenças relacionados ao trabalho. A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas características e aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores durante sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa. As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em torno de máquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de forma que os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais, movimentem-se com segurança. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos e das áreas de circulação devem: a) ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes; b) ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias e materiais que os tornem escorregadios; e, c) ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 22 As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e armazenadas ou dispostas em locais específicos para essa finalidade. As máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à sua estabilidade, de modo que não basculem e não se desloquem intempestivamente por vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças dinâmicas internas ou qualquer outro motivo acidental. 3.5 Projeto de proteção de máquinas Todas as máquinas e equipamentos cujas partes móveis apresentam riscos de lesão deverão possuir algum tipo de proteção que impeça o contato do operador. Estas proteções podem ser: � Proteção fixa – que é mantida em sua posição permanentemente, por meio de solda ou fixadores, tornando sua remoção ou abertura impossível, sem o uso de ferramentas; � Proteção distante – que não cobre completamente a zona de perigo, mas que impede ou reduz o acesso, em razão de suas dimensões e sua distância à zona de perigo, como grades de proteção; � Proteção móvel – que é geralmente vinculada à estrutura da máquina ou elemento de fixação adjacente, por meios mecânicos (basculante ou deslizante) e pode ser aberta sem o auxílio de ferramentas; � Proteção acionada por energia – uma proteção móvel, acionada por uma fonte de energia, como a elétrica; � Proteção com autofechamento – uma proteção móvel, que retorna à sua posição fechada por meio de gravidade, mola, etc.; � Proteção de comando – que é associada a um dispositivo de intertravamento, com ou sem bloqueio, de tal forma que as funções perigosas da máquina, cobertas por essa proteção, não podem operar, até que a proteção seja fechada; � Proteção ajustável – que pode ser fixa ou móvel, mas totalmente ajustável ou que incorpora parte ajustável. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 23 3.6 Cor, sinalização rotulagem Segundo a NR – 26 - Sinalização de Segurança, as cores na segurança tem como função, a prevenção de Acidentes; identificar os equipamentos de segurança; delimitando áreas; identificação de Tubulações de líquidos e gases advertindo contra riscos; identificar e advertir acerca dos riscos existentes. As cores devem ser em número reduzido e cada uma tem uma função (vide NR 26). Elas são: vermelho; amarelo; branco; preto; azul; verde; laranja; púrpura; lilás; cinza; alumínio; marrom. O armazenamento de substâncias perigosas deverá seguir a sinalização de padrões internacionais. A rotulagem tem caráter preventivo, geralmente para produtos perigosos ou nocivos à saúde e devem ser breves, precisas, redigidas em termos simples, de fácil compreensão, prática, não se baseando somente nas propriedades inerentes a um produto, mas dirigida de modo a evitar os riscos resultantes do uso, manipulação e armazenagem do produto. 3.7 Manutenção mecânica e engenharia de segurança É necessário: � Tomar as devidas providências, mediante as irregularidades do equipamento, levantadas pelo Anexo I – Formulário de Avaliação de Máquinas e Equipamentos – NR 12; � Efetuar o bloqueio e sinalização da máquina quando da execução de serviços de manutenção com o cartão “Equipamentos em Manutenção – Não Acione” fixado em local adequado; � Liberar máquinas e equipamentos para operação somente na condição de não oferecer riscos; � Recolocar e reativar as proteções eventualmente removidas para realização de serviços de manutenção; � Certificar-se, após a retirada do cartão pelo funcionário da manutenção, que a máquina oferece condições seguras de uso; � Elaborar e cumprir cronograma de manutenção preventiva para todas as máquinas; � Solicitar avaliação dos Técnicos de Segurança em máquinas novas, transferidas ou reformadas para o processo produtivo; Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 24 � Efetuar projetos, aquisições ou reformas de máquinas/equipamentos, considerando e definindo os dispositivos de proteção necessários para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, normas vigentes e demais itens desta norma; � Solicitar assessoria do setor de Segurança Industrial, quando do projeto de aquisição, construção ou reforma de máquinas; � Exigir, quando da aquisição de máquinas, que o fabricante forneça todas as informações inerentes à operação segura do equipamento. 3.8 Normas Regulamentadoras Dentre todas as normas voltadas para prevenção e controle em máquinas, equipamentos e instalações mecânicas, devemos atentar principalmente para as seguintes: NR 06 – Equipamentos de proteção individual. NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. NR 12 – Segurança no Trabalhoem Máquinas e Equipamentos. NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho de Construção. NR 26 – Sinalização de Segurança. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 25 UNIDADE 4 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – ELÉTRICAS 4.1 Cabines de transformação, aterramento elétrico, para-raios Choque elétrico é uma perturbação de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano quando percorrido, em certas condições, pela corrente elétrica. É um estímulo rápido e acidental do sistema nervoso do corpo humano, pela passagem de uma corrente que circulará quando ele se tornar parte de um circuito elétrico que possua uma diferença de potencial suficiente para vencer sua resistência elétrica. Efeitos diretos decorrentes do choque elétrico podem ser a morte, a fibrilação do coração, as queimaduras, as contrações violentas dos músculos, a tetanização, a parada respiratória, o formigamento. Efeitos indiretos são as quedas e as batidas. A morte ocorre por asfixia se a intensidade da corrente elétrica for de valor elevado, normalmente acima de 30 mA, e circular por um período de tempo relativamente pequeno. Para as frequências industriais (50 Hz-60 Hz), desde que a intensidade seja inferior ou no máximo igual a 10 mA, o choque, apesar de desagradável, não produz alterações de consequências graves. Quando a corrente ultrapassar 10 mA, as contrações musculares tornam-se mais violentas e podem chegar ao ponto de impedir que a vítima se liberte do contato com o circuito. Correntes de até 30 mA podem tornar-se muito perigosas se atuarem por mais de 5 segundos. As correntes da ordem de 100 mA, atuando por mais de 0,5 segundo, podem produzir fibrilação ventricular e, dificilmente, poderão ser detidas. A morte ocorre na quase totalidade dos casos. Correntes de alguns amperes produzem, além de asfixia pela paralisação dos centros nervosos, queimaduras extremamente graves, em geral com necrose dos tecidos, e não produzem, na maioria dos casos, fibrilação ventricular. Aterramento elétrico é a Ligação intencional à terra através da qual correntes elétricas podem fluir. O aterramento pode ser considerado uma ligação elétrica e de baixa resistência à terra. Tem como finalidade conduzir as correntes elétricas indesejáveis para a terra e estabelecer o mesmo potencial entre massas para evitar Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 26 um choque elétrico. É utilizado, também, para escoar as descargas elétricas atmosféricas para a terra. A terra (sob) pode ser considerada um condutor através do qual a corrente elétrica pode fluir. Por convenção o seu potencial é zero. Os aterramentos podem ser de três tipos: • Aterramento funcional – é a ligação à terra de um dos condutores do sistema, geralmente o neutro; • Aterramento de proteção – é a ligação à terra de massas (partes metálicas de equipamentos ou instalações que não fazem parte dos circuitos elétricos), visando à proteção contra choques elétricos por contato indireto; • Aterramento temporário – é a ligação provisória à terra de circuitos elétricos desenergizados visando a ações seguras de manutenção em partes das instalações normalmente sob tensão, postas fora de serviço. Os para-raios são equipamento para proteger edificações de descargas elétricas. A NBR nº 5.410/2004 fixa as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas, até uma tensão igual ou inferior a 1.000 V AC (frequência inferior a 400 Hz) ou 1.500 V CC, a fim de garantir seu funcionamento adequado, a segurança de pessoas e animais e a conservação dos bens. Com o objetivo de salvaguardar a vida das pessoas e dos animais, essa norma prescreve as condições das instalações elétricas para proteção contra choques elétricos e contra os efeitos térmicos, conforme se segue: a) proteção básica (isolação básica ou separação básica; barreira ou invólucro; limitação de tensão); b) proteção supletiva (equipotencialização, seccionamento automático da alimentação, isolação suplementar, separação elétrica). 4.2 Ambientes especiais, eletricidade estática, instalações elétricas provisórias São recomendações para os componentes das instalações em ambientes especiais: a) Os transformadores e capacitores localizados no interior de edificações ou em espaços confinados deverão ser instalados em locais bem ventilados, Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 27 construídos de materiais incombustíveis e providos de portas corta-fogo de fechamento automático; b) Todas as edificações devem ser protegidas contra descargas elétricas atmosféricas de acordo com as exigências da NBR nº 5.419, Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas; c) Os condutores e suas conexões devem ser instalados considerando as prescrições referentes a isolamento, dimensionamento, identificação e aterramento; d) Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, como telefonia, sinalização, controle e tração elétrica devem ser instalados, observando-se os circuitos especiais, quanto à sua separação física e identificação; e) As baterias fixas de acumuladores devem ser instaladas em locais providos de piso de material resistente a ácidos e dotados de meios que permitam a exaustão de gases. Para equipamentos de utilização de energia elétrica: a) As instalações elétricas e de ferramentas elétricas portáteis, nos locais de trabalho, devem possuir dispositivos que permitam o aterramento do equipamento. Caso tenham de entrar em contato direto ou indireto com a água, devem possuir dispositivos especiais que permitam a sua blindagem, estanqueidade e isolamento; b) É proibida a ligação simultânea de mais de um aparelho à mesma tomada de corrente, com o emprego de acessórios que aumentem o número de saídas, salvo se a instalação for projetada com essa finalidade; c) Todo motor elétrico deve possuir dispositivo que desligue automaticamente, toda vez que, por funcionamento irregular, represente risco iminente de acidente; d) Os equipamentos de iluminação devem sem especificados e mantidos durante sua vida útil, de forma a garantir os níveis de iluminamento contidos na NBR nº 5.413, Iluminâncias de interiores — Procedimento, e posicionados de forma a garantir condições seguras de manutenção; e) As lâmpadas elétricas portáteis serão utilizadas onde não possa ser conseguida uma iluminação direta dentro dos níveis de iluminamento previstos na NBR nº 5.413. Essas lâmpadas deverão possuir punho isolante cobrindo os fios de chegada da corrente e o punho oco, e um protetor que, fixado ao cabo, protegerá o Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusivefotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 28 usuário contra eventual explosão da ampola, resultante de uma energização sob tensão muito elevada; f) A instalação de equipamentos elétricos somente deve ser realizada por profissionais capacitados e deve estar de acordo com as prescrições da NBR nº 5.410, Instalações elétricas de baixa tensão, da ABNT, e da NR 10, Instalações e serviços em eletricidade, da Portaria nº 3.214, do MTE. Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. 4.3 Equipamentos e dispositivos elétricos. Área de utilidades. Subestações. As instalações elétricas das máquinas e equipamentos devem ser projetadas e mantidas de modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de acidentes, conforme previsto na NR 10. Uma Subestação é uma instalação elétrica de alta potência, contendo equipamentos para transmissão, distribuição, proteção e controle de energia elétrica. Funciona como ponto de controle e transferência em um sistema de transmissão elétrica, direcionando e controlando o fluxo energético, transformando os níveis de tensão e funcionando como pontos de entrega para consumidores industriais. Durante o percurso entre as usinas e as cidades, a eletricidade passa por diversas subestações, onde os transformadores aumentam ou diminuem a sua tensão. Ao elevar a tensão elétrica no início da transmissão, os transformadores evitam a perda excessiva de energia ao longo do caminho e faz com que o sistema possa transmitir uma maior quantidade de energia. Já ao rebaixarem a tensão elétrica perto dos centros urbanos, permitem a distribuição da energia por toda a cidade. Apesar de mais baixa, a tensão utilizada nas redes de distribuição primária ainda não está adequada para o consumo residencial imediato. A instalação de transformadores menores reduz ainda mais a tensão da energia que vai diretamente para as residências, comércios e outros locais de consumo. Têm-se no Brasil diversos modelos de subestações, sejam elas elevadoras ou abaixadoras de tensão. Podem ser desprotegidas ao tempo, chamadas de Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 29 subestação desabrigada como podem ser protegidas do tempo, chamadas de subestações abrigadas, em alvenaria ou no interior de cubículo metálico (invólucro metálico), ou até mesmo constituídas apenas, por um transformador instalado no topo do poste. Devem ser aterrados, conforme as normas técnicas oficiais vigentes, as instalações, carcaças, invólucros, blindagens ou partes condutoras das máquinas e equipamentos que não façam parte dos circuitos elétricos, mas que possam ficar sob tensão. As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que estejam ou possam estar em contato direto ou indireto com água ou agentes corrosivos devem ser projetadas com meios e dispositivos que garantam sua blindagem, estanqueidade, isolamento e aterramento, de modo a prevenir a ocorrência de acidentes. Os condutores de alimentação elétrica das máquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança: a) oferecer resistência mecânica compatível com a sua utilização; b) possuir proteção contra a possibilidade de rompimento mecânico, de contatos abrasivos e de contato com lubrificantes, combustíveis e calor; c) localização de forma que nenhum segmento fique em contato com as partes móveis ou cantos vivos; d) facilitar e não impedir o trânsito de pessoas e materiais ou a operação das máquinas; e) não oferecer quaisquer outros tipos de riscos na sua localização; e, f) ser constituídos de materiais que não propaguem o fogo, ou seja, autoextinguíveis, e não emitirem substâncias tóxicas em caso de aquecimento. Os quadros de energia das máquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança: a) possuir porta de acesso, mantida permanentemente fechada; b) possuir sinalização quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de acesso por pessoas não autorizadas; c) ser mantidos em bom estado de conservação, limpos e livres de objetos e ferramentas; Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 30 d) possuir proteção e identificação dos circuitos; e, e) atender ao grau de proteção adequado em função do ambiente de uso. As ligações e derivações dos condutores elétricos das máquinas e equipamentos devem ser feitas mediante dispositivos apropriados e conforme as normas técnicas oficiais vigentes, de modo a assegurar resistência mecânica e contato elétrico adequado, com características equivalentes aos condutores elétricos utilizados e proteção contra riscos. As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que utilizem energia elétrica fornecida por fonte externa devem possuir dispositivo protetor contra sobrecorrente, dimensionado conforme a demanda de consumo do circuito. As máquinas e equipamentos devem possuir dispositivo protetor contra sobretensão quando a elevação da tensão puder ocasionar risco de acidentes. Quando a alimentação elétrica possibilitar a inversão de fases de máquina que possa provocar acidentes de trabalho, deve haver dispositivo monitorado de detecção de sequência de fases ou outra medida de proteção de mesma eficácia. São proibidas nas máquinas e equipamentos: a) a utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada; b) a utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e, c) a existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia elétrica. As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança: a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas facilmente a partir do solo ou de uma plataforma de apoio; b) constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental; e, c) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto- circuito. Os serviços e substituições de baterias devem ser realizados conforme indicação constante do manual de operação. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 31 4.4 Manutenção preventiva e engenharia de segurança Durante a manutenção de instalações elétricas próximas de instalações sob tensão, devem ser tomados cuidados especiais quanto ao risco de contatos eventuais e de indução elétrica, sendo alguns deles: a) Quando forem necessários serviços de manutenção em instalações elétricas sob tensão, eles deverão ser planejados e programados, determinando todas as operações que envolvam riscos de acidentes, para que possam ser estabelecidas as medidas preventivas necessárias; b) São proibidos o acesso e a permanência de pessoas nãoautorizadas em ambientes próximos a partes das instalações elétricas que ofereçam riscos de danos às pessoas e às próprias instalações; c) Os serviços de manutenção ou reparo em partes de instalações elétricas que não estejam sob tensão só podem ser realizadas quando elas estiverem liberadas. Entende-se por instalação elétrica liberada para estes serviços aquela cuja ausência de tensão pode ser constatada com dispositivos específicos para tal finalidade (detectores de tensão); d) Para garantir a ausência de tensão no circuito elétrico, durante todo o tempo necessário para o desenvolvimento desses serviços, os dispositivos de comando devem estar sinalizados e bloqueados, e o circuito elétrico, aterrado; e) Os serviços de manutenção e ou reparos em panes de instalações elétricas sob tensão só podem ser executados por profissionais qualificados, devidamente treinados, em cursos especializados e com emprego de ferramentas e equipamentos especiais; f) Nas partes das instalações elétricas sob tensão, sujeitas a risco de contato durante os trabalhos de manutenção, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco; g) Quando os dispositivos de interrupção ou de comando não puderem ser manobrados, por questão de segurança, devem ser cobertos pelo Cartão impedimento, com letreiro visível a olho nu em uma distância de cinco metros; h) Os espaços dos locais de trabalho situados nas vizinhanças de partes elétricas expostas não devem ser utilizados como passagem; Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 32 i) É proibido guardar objetos estranhos às instalações próximos de suas partes; j) Manter sempre uma distância segura entre componentes energizados e equipamentos elétricos, respeitando as distâncias de segurança estabelecidas pela NR 10, da Portaria nº 598, de 7-12-2004, do MTE. Em situação de emergência, todo profissional, para instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas, deve estar apto a manusear e operar equipamentos de combate a incêndio utilizados nessas instalações e a prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio das técnicas de reanimação cardiorrespiratória. Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido na NR 10. O controle médico do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) deverá levar em conta, além dos riscos elétricos, os demais riscos presentes na atividade. Pontos principais a serem observador no setor de construção civil: • Manter atualizados os diagramas elétricos das instalações; • Manter atualizados e de fácil acesso, os diagramas elétricos de força, comando e os intertravamentos elétricos entre todos os quadros e equipamentos da instalação (quadros de distribuição, quadros para bombas de recalque, quadros para bombas de piscina e incêndio, etc.); • Manter em bom estado os equipamentos e instalações elétricas (Garantia de segurança para os trabalhadores); • Contratação de empresa especializada para fazer manutenção periódica (em situação normal, podemos considerar uma frequência anual) nos principais pontos das instalações elétricas, especificamente nos quadros elétricos, subestações, transformadores, sistema de equipotencialização (aterramento) e nas instalações de SPDA (para-raios). Assim garantimos a operação e manutenção segura para os trabalhadores e usuários dos riscos característicos da eletricidade. Na contratação destes serviços, deve ser Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 33 verificada a comprovação da habilitação profissional do Técnico ou Engenheiro, bem como sua regularidade junto ao CREA e a comprovação de sua experiência profissional, ou seja, se este profissional ou empresa está apta para execução dos serviços; • Manter um prontuário (caderno para anotações) exclusivo para instalações elétricas (obrigatório somente para instalações acima de 75 KW). Neste prontuário, dois itens relevantes são os documentos das inspeções e medições dos aterramentos e relatórios comprovando as manutenções periódicas, bem como as condições de segurança das instalações elétricas. Todas as informações relevantes devem ser descritas neste prontuário pelo profissional responsável e legalmente habilitado (Item da Norma – 10.2.3/10.2.4/10.3.9/10.4.4) . OBS: Os trabalhos com eletricidade em 13,8 kv (média tensão) ou acima de 1000 V devem ser executados por trabalhadores autorizados através de curso específico, conforme determina a NR-10. 4.5 Riscos na eletrificação rural Todos sabem que a atividade agrícola, muitas vezes, está sujeita a raios e trovoadas. A abordagem ambiental sob a ótica da Ergonomia, é centrada no ser humano e abrange tanto o critério da saúde quanto os de conforto e desempenho. Assim, com relação ao posto de trabalho, principalmente nos ambientes cobertos (residência, galpão, escritório, fábrica, armazém, silo, etc.), devem ser observados os cuidados construtivos e operativos necessários para propiciar ao trabalhador: conforto térmico, acústico, luminosidade, instalações sanitárias e locais para dessedentação e descanso. 4.6 Acidentes com cercas energizadas A norma específica que determina os requisitos básicos a serem adotados pelos fabricantes de equipamentos eletrificadores de cercas é a ABNT NBR IEC 60335-2-76, que em sua formulação classifica este tipo de equipamento como um “eletrodoméstico”, e que, portanto, deve também obedecer as determinações da Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 34 norma NBR 335-1:1996, que trata particularmente da segurança construtiva de aparelhos eletrodomésticos. Recomenda-se, portanto, aos usuários deste tipo de equipamento que, para garantir sua segurança, exijam das empresas instaladoras equipamentos que estejam de acordo com as normas. Salienta-se ainda que existem vários outros componentes utilizados na instalação de um sistema de cerca elétrica, como placas de advertência, hastes, fios, cabos de alta-isolação, etc. Mesmo uma instalação que utilize um eletrificador que atenda aos requisitos da norma, para ser considerada uma instalação segura e de qualidade, os outros componentes da instalação devem ser sempre de boa qualidade, de preferência os recomendados pelo fabricante do eletrificador. 4.7 Medidas e equipamentos de proteção coletiva e individual Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades
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