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ADMINISTRADOR JUDICIAL, DO COMITÊ DE CREDORES E DA ASSEMBLEIA GERAL

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ADMINISTRADOR JUDICIAL, DO COMITÊ DE CREDORES E DA ASSEMBLEIA GERAL
	
	Atribuições comuns à RJ e à falência
	Atribuições específicas da RJ
	Atribuições específicas da falência
	ADMINISTRADOR JUDICIAL
( ) Facultativo
( X ) Obrigatório
Principal função: 
Será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa j. especializada.
	1) enviar correspondência , comunicando a data do pedido de recuperação judicial ou da decretação da falência, a natureza, o valor e a classificação dada ao crédito;  2) fornecer as infos. pedidas pelos credores; 3) dar extratos dos livros do devedor; 4) exigir dos envolvidos infos. ; 5) a relação de credores; 6) consolidar o quadro de credores; 7) pedir ao juiz convocação da AGC quando entender necessária, entre outras previstos no art. 22, I, da lei 11.101.
	1) fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano de recuperação judicial; 2) requerer a falência no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação;
3) apresentar ao juiz, para juntada aos autos, relatório mensal das atividades do devedor; 4) apresentar o relatório sobre a execução do plano de recuperação, art.22, II, da lei 11.101.
	1) avisar, pelo órgão oficial, lugar e hora em que os credores terão à sua disposição os livros e docs. do falido; 2) examinar a escrituração do devedor; 3) relacionar os processos e assumir a representação judicial da massa falida; 4) receber e abrir a correspondência dirigida ao devedor, entre outras prevista no art. 22, III, da lei 11.101. O administrador passa a administrar a massa falida, “assumindo” de vez o lugar do proprietário.
	COMITÊ DE CREDORES
( X) Facultativo
( ) Obrigatório
 Principal função:
De fiscalização e representação dos demais credores nas negociações sobre o Plano de Recuperação ou sobre a venda de bens da empresa falida.
	1) fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador judicial; 2) zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei;  3) comunicar ao juiz, caso detecte violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores; 4) apurar e emitir parecer sobre quaisquer reclamações dos interessados; 5) requerer ao juiz a convocação da assembleia-geral de credores; 6) manifestar-se nas hipóteses previstas na Lei Falimentar, vide art.22, I, da lei 11.101.
	1) fiscalizar a administração das atividades do devedor, e a cada 30 dias, relatório de sua situação; 2) fiscalizar a execução do plano de RJ; 3) submeter à autorização do juiz, quando ocorrer o afastamento do devedor nas hipóteses previstas na Lei; 4) requerer a falência no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação, vide art. 22, II, lei 11.101
	Estão elencadas no art 27, I, da lei 11.101, as atribuições na falência do comitê de credores, que são atribuições comuns à RJ e à falência. 
	 ASSEMBLEIA GERAL
( x ) Facultativo
( ) Obrigatório
Principal função:
É o órgão de deliberação no processo recuperacional, cujas atribuições estão expressa e detalhadamente previstas em lei.
	A assembléia-geral de credores será convocada pelo juiz por edital publicado no órgão oficial e em jornais de grande circulação nas localidades da sede e filiais, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, observando as especificações do art. 36 da lei 11.101.
	1) aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor; 2) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição; 3) o pedido de desistência do devedor, nos termos do § 4º do art. 52 desta Lei, entre outros que encontra no art. 35, I, da lei 11.101.
	1) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição; b) a adoção de outras modalidades de realização do ativo, na forma do art. 145 desta Lei; 3) qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores, conforme o art. 35, II, da lei 11.101.
Cram Down na Recuperação Judicial
 O cram down pode ser visto e interpretado como um mecanismo que permite impor um plano que não teve a aprovação da assembleia, ainda que não estejam preenchidos todos os requisitos do artigo 58, parágrafo único, da lei de recuperação judicial. Em conformidade com o cram down, mediante a deliberação da maioria dos credores, aqueles que não aprovarem o plano de recuperação judicial devem, necessariamente, conformar-se com ele, dada que sua recuperação é de grande relevância social e econômica para o país, visto que tem o objetivo de preservar a empresa, manter os empregos e garantir os créditos. De forma que é permitido ao magistrado aprovar o plano de recuperação judicial em contexto de cram down, mesmo que tenha que impor um plano que não teve a aprovação da assembleia. Tudo isso para evitar eventual abuso do direito de voto. É justamente no momento de superação de crise o magistrado deve agir com sensibilidade na verificação dos requisitos do cram down, preferindo um exame pautado pelo princípio da preservação da empresa, optando, muitas vezes, pela sua flexibilização, especialmente quando somente um credor domina a deliberação de forma absoluta, sobrepondo-se àquilo que parece ser o interesse da maioria dos credores. De acordo com o artigo 45 da lei de recuperação judicial, nas deliberações sobre o plano de recuperação, todas as classes de credores (titulares de créditos trabalhistas, titulares de crédito com garantia real e titulares de créditos quirografários – sem garantia especial) devem aprovar a proposta. Porém, segundo o artigo 58, parágrafo primeiro, o juiz poderá conceder a recuperação judicial mesmo sem a aprovação da assembleia, desde que tenham ocorrido, de forma cumulativa: o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os créditos (inciso I); a aprovação de duas das três classes de credores, ou, no caso da existência de apenas duas classes, a concordância de pelo menos uma delas (inciso II); e o voto favorável, na classe que tenha rejeitado o plano, de mais de um terço dos credores (inciso III). O Superior Tribunal de Justiça confirmou o entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo no sentido de que, mesmo na ausência de todos os requisitos, é possível a realização do cram down em alguns contextos , no caso, o plano não foi aprovado por mais de 1/3 da classe de credores que efetuou a rejeição. (Recurso Especial n° 1.337.989). De acordo com o Relator do processo, Ministro Luis Felipe Salomão, “a mantença de empresa ainda recuperável deve se sobrepor aos interesses de um ou poucos credores divergentes, ainda mais quando sem amparo de fundamento plausível”. Ainda em relação ao mecanismo de cram down, o Ministro Luiz Felipe Salomão ressaltou que o intuito foi evitar o chamado “abuso da minoria” sobre o interesse da sociedade na superação do regime de crise empresarial, permitindo ao juízo a concessão da recuperação mesmo contra a deliberação da assembleia

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