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Professor: Jean Carlos Fernandes Aula 1: 03.08.2023 Empresa Empresário - sujeito de direito da atividade empresarial. Individual: Coletivo ou social: Sociedade empresárias. - Sociedade em nome coletivo (art. 1.039 CC) - Sociedade comandita simples (art. 1.045 CC) - Sociedade limitada (art. 1.052 CC) - hoje é possível a limitada unipessoal (um único sócio) - a participação dos sócios é chamada de cotas. - Sociedade anônima (art. 1.088 e 1.089 CC) - tem a mesma responsabilidade limitada - a participação dos sócios é chamada de ações. - Sociedade Comandita por ações (art. 1.090 CC) Estabelecimento (art. 1.142 CC) - “passar o ponto” *Simples: sistema simplificado; está ligado ao ME/EPP. Empresas com capital bruto até R$40.800.000,00 são EPP. Aula 2: 07.08.2023 1.1 O Direito Empresarial como instrumento de desenvolvimento econômico: a função sócio econômico do Direito Empresarial - O D.E. como instrumento primordial para evolução econômica e para o desenvolvimento econômico-social da nação. - Art. 170 da CF. - Metodologia do direito (comercial) empresarial: estudo histórico-comparativo; estudo exegético das normas positivas; estudo sistemático dos princípios; estudos técnico-econômico (a compreensão da realidade é pressuposto do estudo do direito empresarial) (um dos mais importantes segundo o prof.) - Vetores econômicos do direito empresarial: diminuição dos riscos impostos aos empreendedores; diminuição dos riscos impostos aos credores. ⇐Empreendedores⇒Credores Quando se diminui o risco dos credores, diminui-se o custo do crédito; isso fomenta a atividade econômica. - É inaceitável que os riscos da atividade empresarial sejam transferidos do empresário aos credores. Objetivos específicos do direito empresarial - Direito empresarial - Instrumento para desenvolvimento econômico. - Estimular o empreendedorismo - Iniciativa risco: capital próprio e de terceiros (crédito) - Máxima tutela do Crédito - Segurança na disponibilização de recursos ao mercado. Quem disponibiliza o crédito e quem empreende são os empresários. “Círculo virtuoso” É função do direito empresarial estimular o empreendedorismo. O Fomento ao Empreendedorismo - Na lei que instituiu o Marco Legal das Startups (Lei 182/2021): fomento ao empreendedorismo inovador como meio de promoção da produtividade e da competitividade da economia brasileira e de geração de postos qualificados (art. 3º). - Na lei 11.101/05: a falência visa fomentar o empreendedorismo, inclusive por meio da viabilização do retorno célere do empreendedor falido à atividade econômica. Alterou o art. 75. A falência é do empresário. O empresário quando fale ficava impedido de exercer sua atividade empresarial por 05 anos. A mudança nessa lei, fez com que o empresário tivesse possibilidade de voltar mais rápido. CPF é o sócio. CNPJ é o empresário. Quem atua no mercado são os empresários; as associações e fundações por ex. não são sociedades empresárias. Estimula ou Desestimula? Ex. de desestímulo: excesso de burocracia; desequilíbrio dos riscos impostos aos empresários individuais; desvirtuamento da desconsideração da personalidade jurídica (teoria maior/menor); excesso na responsabilidade tributária dos administradores; insegurança jurídica na revisão dos contratos empresariais. A necessária compreensão dos três “Es” do Direito Empresarial Empresario individual - FIRMA INDIVIDUAL - Ninguém usa. Normalmente se é a única pessoa tentando abrir uma empresa, se usa a LTDA. Empresário Coletivo ou Social - SOCIEDADES EMPRESÁRIAS Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado (físicos ou não), para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 1.2 História, origem e evolução do D.E. - Fase primitiva: em Roma não se desenvolveu especificamente um direito um direito especial do comércio (jus mercatorum) - Fase corporativa: sistema subjetivista Corporações de mercadores ou corporações de ofício e jurisdições consulares. - Fase do ato de comércio: sistema objetivista - era o utilizado no Brasil até 2002. - Fase da empresa: sistema subjetivista moderno. Utilizamos “empresário” pois adotamos a Teoria da Empresa Italiana. Aula 3: 10.08.2023 A autonomia do direito empresarial. O novo direito da empresa. Quando adotamos o CC de 2002, Teixeira de Freitas defendeu que deveríamos ter uma parte geral do Direito Privado e depois ramificar em Direito Civil e Direito Empresarial. Cesar Vivante defendia a unificação do direito privado. Em 1919 ele faz a proposta de unificação, mas posteriormente ele retrata, pois Civil e Empresarial se distingue bastante. Alfredo Rocco reagiu a essa proposta do Vivante. A grande diferença entre empresarial e civil, é que no primeiro o principal objetivo é o lucro. A autonomia do empresarial e civil é apenas formal. O que importa é a autonomia científica. Não dá para o D. empresarial ficar preso em um código. Apesar de no Brasil ter código comercial (hoje só utiliza-se a parte de direito marítimo). Há regimes jurídicos contratuais: - Subjetivação: i) Contratos de direito civil. Não tem objetivo de lucro. É entre particulares. Não tem objetivo de lucro. ii) Contratos do D. empresarial: tem o objetivo de lucro iii) Direito do trabalho - empresário e empregado (subjetivo) - Objetivação: i) Quando um empresário contrata um com o outro. Há uma coligação contratual. Entre empresários vale o que for pactuado. A intervenção deve ser mínima. o que vale aqui é a finalidade econômica do contrato. A lei de liberdade econômica traz intervenção mínima em relação aos contatos. Os contratos entre empresários não são bilaterais, são associativos. - Frustração de uma legítima expectativa. - Perdemos um pouco essa nossa autonomia formal. - Substancial ou jurídica: o foco de estudo é a atividade comercial. - A Junta Comercial pode registrar um costume, usos ou práticas mercantis. Aula 4: 14.08.2023 O alcance do conceito de empresário de sociedade empresária no Código Civil de 2002. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços(no mercado e para o mercado). Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Requisitos ou elementos qualitativos e distintivos do empresário i. Exercício de uma atividade ii. A natureza econômica da atividade iii) A Organização da atividade iv) A profissionalidade do exercício de tal atividade (elemento teleológico subjetivo) v) A finalidade da produção ou troca de bens ou serviços (elemento subjetivo) As atividades que o empresário exerce são organizadas com base nos fatores de produção. ESTÁTICOS vs. DINÁMICOS Estático: Fatores produtivos. Dinâmico: Contatos (a atividade que o empresário exerce é um feixe de contratos) Para ser uma empresa é preciso que seja uma ATIVIDADE ORGANIZADA. Não pode ser uma atividade esporádica. SLOTS: horários de pouso e de decolagem das companhias aéreas. Muitas vezes estes são negociados pelas companhias. Conceito de “elemento da empresa” Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. O Rural se quiser se tornar empresário: Se registrar na junta comercial.- O Perfil subjetivo é o EMPRESÁRIO. - O perfil objetivo é o ESTABELECIMENTO. - O perfil funcional é o perfil adotado no Brasil. Quem fale é o sujeito de direito (empresário. Contratos reduzem custos de transação. Aula 5: 17.08.2023 O alcance do conceito de empresário e de sociedade empresária no Código Civil de 2002. COOPERATIVA NÃO É EMPRESÁRIO Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. SOCIEDADE SIMPLES NÃO É EMPRESÁRIO Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará: I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas; II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços; VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições; VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais. RURÍCOLAS NÃO SÃO EMPRESÁRIOS Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária. Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a transformação. O Registro na Junta é DECLARATÓRIO e não Constitutivo. O empresário do art. 966 é o sujeito de direito da atividade empresarial. Pode ser: - Empresário Individual - firma individual - (firma é assinatura, mas no EUA firma é empresa) - Tem um CNPJ. Não quer dizer que ele passou a ser pessoa jurídica. É uma pessoa natural que está exercendo uma atividade em nome próprio. O CNPJ é para fins fiscais. - Nesse caso não há que se falar em Desconsideração da Personalidade Jurídica pois não há personalidade jurídica. - Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. - Empresário Coletivo ou Social - são as Sociedades - Sociedade em nome coletivo (art. 1.039 CC) - Sociedade comandita simples (art. 1.045 CC) - Sociedade limitada (art. 1.052 CC) - hoje é possível a limitada unipessoal (um único sócio) - a participação dos sócios é chamada de cotas. - Sociedade anônima (art. 1.088 e 1.089 CC) - tem a mesma responsabilidade limitada - a participação dos sócios é chamada de ações. - Sociedade Comandita por ações (art. 1.090 CC) Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. ME (bruno anual até R$ 360 mil por ano) e MPP (até quatro milhões e oitocentos) são apenas para terem benefícios tributários. - o ME paga até 4% de imposto. MEI: - Empreendedor é o sócio. A sociedade LTDA não vai para a junta Comercial. EMPRESÁRIOS RURAIS Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo à associação que desenvolva atividade futebolística em caráter habitual e profissional, caso em que, com a inscrição, será considerada empresária, para todos os efeitos. Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária. Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a transformação. Aula 6: 21.08.2023 Aula 7: 24.08.2023 Do plano de Recuperação Judicial para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Lei 11.101/05 Art. 70 a 72 (Seção V desta lei) Art. 72. Caso o devedor de que trata o art. 70 desta Lei opte pelo pedido de recuperação judicial com base no plano especial disciplinado nesta Seção, não será convocada assembléia-geral de credores para deliberar sobre o plano, e o juiz concederá a recuperação judicial se atendidas as demais exigências desta Lei. Parágrafo único. O juiz também julgará improcedente o pedido de recuperação judicial e decretará a falência do devedor se houver objeções, nos termos do art. 55, de credores titulares de mais da metade de qualquer uma das classes de créditos previstos no art. 83, computados na forma do art. 45, todos desta Lei Três fases: - Postulatória (plano de negociação) - Deliberativa (reunião em assembleia pelos credores) - Executiva: onde o plano é aprovado (aprovado pelos credores) e posteriormente esse plano deve ser executado. 3.9. A empresa simples de crédito - ESC (LC 167/2019) Art. 1o A Empresa Simples de Crédito (ESC), de âmbito municipal ou distrital, com atuação exclusivamente no Município de sua sede e em Municípios limítrofes, ou, quando for o caso, no Distrito Federal e em Municípios limítrofes, destina-se à realização de operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito, exclusivamente com recursos próprios, tendo como contrapartes microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (Lei do Simples Nacional). Art. 2º A ESC deve adotar a forma de empresa individual de responsabilidade limitada (Eireli), empresário individual ou sociedade limitada constituída exclusivamente por pessoas naturais e terá por objeto social exclusivo as atividades enumeradas no art. 1º desta Lei Complementar. § 1º O nome empresarial de que trata o caput deste artigo conterá a expressão “Empresa Simples de Crédito”, e não poderá constar dele, ou de qualquer texto de divulgação de suas atividades, a expressão “banco” ou outra expressão identificadora de instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil. § 2º O capital inicial da ESC e os posteriores aumentos de capital deverão ser realizados integralmente em moeda corrente. - não pode colocar bens no capital social. § 3º O valor total das operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito da ESC não poderá ser superior ao capital realizado. § 4º A mesma pessoa natural não poderá participar de mais de uma ESC, ainda que localizadas em Municípios distintos ou sob a forma de filial. Art.3º É vedada à ESC a realização de: I - qualquer captação de recursos, em nome próprio ou de terceiros, sob pena de enquadramento no crime previsto no art. 16 da Lei nº 7.492, de 16 de junho de 1986 (Lei dos Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional); e II - operações de crédito, na qualidade de credora, com entidades integrantes da administração pública direta, indireta e fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp123.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7492.htm#art16 Art. 5º Nas operações referidas no art. 1º desta Lei Complementar, devem ser observadas as seguintes condições: I - a remuneração da ESC somente pode ocorrer por meio de juros remuneratórios, vedada a cobrança de quaisquer outros encargos, mesmo sob a forma de tarifa; II - a formalização do contrato deve ser realizada por meio de instrumento próprio, cuja cópia deverá ser entregue à contraparte da operação; III - a movimentação dos recursos deve ser realizada exclusivamente mediante débito e crédito em contas de depósito de titularidade da ESC e da pessoa jurídica contraparte na operação. § 1º A ESC poderá utilizar o instituto da alienação fiduciária em suas operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito. § 2º A ESC deverá providenciar a anotação, em bancos de dados, de informações de adimplemento e de inadimplemento de seus clientes, na forma da legislação em vigor. § 3º É condição de validade das operações de que trata o caput deste artigo o registro delas em entidade registradora autorizada pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários, nos termos do art. 28 da Lei nº 12.810, de 15 de maio de 2013. § 4º Não se aplicam à ESC as limitações à cobrança de juros previstas no Decreto nº 22.626, de 7 de abril de 1933 (Lei da Usura), e no art. 591 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). - USURA - Acima do limite legal. - Os bancos não estão sujeitos à Lei de Usura, assim como as administradoras de cartão de crédito. IMPORTANTE: Texto prof. Moema Augusta (Canvas) UNIDADE 3: O alcance do conceito de empresário e de sociedade empresária no CC/02. 3.10. Função social da empresa - Decorre da função social da propriedade. CF. Art. 5º - XXIII - a propriedade atenderá sua função social A função social da empresa da Lei 6.0404/76 Art. 116. Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que: a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembléia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12810.htm#art28 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D22626.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D22626.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art591 Parágrafo único. O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender. Art. 154. O administrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e no interesse da companhia, satisfeitas as exigências do bem público e da função social da empresa. Lei n 11.101/05 Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. Uma coisa é função social, que decorre da atividade empresarial, outra coisa é o benefício da coletividade (campanhas, construção de praças, por ex.) 3.11. A empresa em Crise: lei nº 11.101/05 Art. 1º Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. Art. 2º Esta Lei não se aplica a: I – empresa pública e sociedade de economia mista; II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. - Recuperação judicial (comum e especial) - Recuperação extrajudicial - Falência obs: a falência é causa de dissolução regular de sociedade Aula 8: 28.08.2023 A Existência e a regularidade da atividade empresarial 4.1. Da Capacidade do empresário Exercício da atividade própria de empresário e capacidade. Exercício da atividade própria do empresário: art. 966. Capacidade: art. 972 (art. 3º, 4º e 4º do Código Civil). Essa capacidade está relacionada ao Empresário Individual, porque em uma Sociedade pode haver uma pessoa menor de idade. Os legalmente impedidos estão elencados no Direito Administrativo. No D. Empresarial há algumas situações: - Falido não reabilitado; - Administradores e sócios de responsabilidade ilimitada das sociedades falidas. - Leiloeiro (particular); Direito Administrativo: - Funcionários públicos, exceto na qualidade acionista, quotista ou comanditário, sem tomar parte da administração societária. - Militares na ativa - Médicos, para exercício simultâneo de farmácia ou equivalente. A pessoa legalmente impedida de exercer a atividade de empresário e as consequências dos atos praticados - O descumprimento das normas proibitivas não invalida os atos praticados pelos legalmente impedidos no exercício irregular da atividade empresarial - art. 973 CC. - O empresário irregular não pode pedir Recuperação Judicial, mas ele pode falir. A Continuidade da empresa pelo incapaz, na condição de empresário individual. - Uma pessoa incapaz não pode iniciar uma atividade empresarial, mas pode continuar. - art. 974 - é um exemplo de Princípio da Preservação da Empresa. - O dispositivo se refere ao exercício da atividade empresarial individual. O incapaz na condição de sócios Art. 974 - § 3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; II – o capital social deve ser totalmente integralizado; - Para o incapaz estar em uma sociedade não pode existir capital a ser integralizado. III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais - subscrever: prometer; Realizar: Integralizar. As obrigações do empresário: inscrição e escrituração - Inscrição no registro mercantil - art. 967 e 1.150 Escrituração dos livros empresariais - art. 1.179, §2º. Princípios da escrituração: uniformidade temporal, fidelidade (1.183) e sigilo (1.190) Adoção de livros obrigatórios Se na RJ os livros obrigatórios não aparecerem é considerado crime. - Comum: Diário: art. 1.180 - Especiais: Sociedade anônimo, livro de registro e duplicatas. - Livros facultativos: Livro razão; Livro Caixa Aula 9: 31.08.2023 - Escrituração uniforme de livros mercantis e levantamento anual do balanço patrimonial e do resultado econômico. Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentaçãorespectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. - Boa guarda da escrituração de demais documentos Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados. FORÇA PROBATÓRIA NA ESCRITURAÇÃO - Tudo que estiver nos livros presume serem verdades (pode ser contra ou a favor do empresário) - Princípio do sigilo dos livros empresariais (art. 1.190 e 1.193). - O livro tem natureza de documentos públicos para fins penais. Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei. Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais. - Exibição parcial Art. 1.191 - § 1 o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar à questão. SÚMULA 260 - O EXAME DE LIVROS COMERCIAIS, EM AÇÃO JUDICIAL, FICA LIMITADO ÀS TRANSAÇÕES ENTRE OS LITIGANTES. Se a exibição é negada, presumir-se-a verdadeira a alegação da parte contrária. - Exibição integral Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência. - Demandas em que envolve a liquidação da sociedade. 4.4. O SISTEMA DE REGISTRO PÚBLICO DE EMPESAS MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS A junta comercial é uma autarquia estadual. Cada estado tem uma junta comercial. As Juntas exercem registros do âmbito administrativo, por delegação dos estados. Em relação às matérias técnicas, as juntas exercem por delegação Federal. Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária. 4.4.4 Das finalidades e estrutura do registro mercantil Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, observado o disposto nesta Lei, será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais, estaduais e distrital, com as seguintes finalidades: I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei; II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes; III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento. Do efeito declaratório do registro mercantil O registro da Junta Comercial, embora obrigatória, não é constitutivo, mas simplesmente declaratório da qualidade de empresário. (mesmo o rural não se torna empresário, ele é equiparado) - Empresário irregular está sujeito à falência, mas não pode pedir RJ. Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis _Sinrem DEPARTAMENTO DE REGISTRO EMPRESARIAL E INTEGRAÇÃO (DREI) - Orgão técnico-consultivo, vinculado ao Ministério da Economia , exercendo as funções de supervisora, orientadora, coordenadora e normativa, na área técnica. - A Administração Pública Descentralizada (administrava publica indireta) e Desconcentrada (administrava publica Direita) - Adm. pública indireta: autarquias (INSS). - Direito privado: sociedade de economia mista. - Empresa pública: o capital é todo estado (CEF e Correios) - Entes de cooperação: (SENAI) JUNTAS COMERCIAIS - Autarquias estaduais, subordinadas administrativamente, ao governo do respectivo ente federativo e tecnicamente, ao Departamento Nacional de Registro Empresarial e integração.As juntas exercem as funções executora e administradora dos serviços de registro. 4.4.3. Atos pertinentes ao registro - art. 32 Lei 8.934/94. As cooperativas são de direito Civil. As cooperativas são simples, mas por politica administrativa, elas são registradas na junta. Quem alega costume, deve provar que este existe. Aula 10: 04.09.2023 Declaração de inatividade e cancelamento administrativo do registro UNI. 5: DOS AUXILIARES DO EMPRESÁRIO - Auxiliares subordinados (dependentes) art. 1.169 a 1.178 - empregos em geral, entre eles o preposto. - Auxiliares autônomos (independentes) - são aqueles externos à empresa, sem relação de dependência imediata. Relação contratual (contratos de mandato, agência, distribuição, comissão e corretagem. 5.1 DOS PREPOSTOS (art. 1.169 - 1.178) - caracteriza-se pelo poder de representação, na organização interna da empresa e nas relações externas com terceiros. - - Se for representação fora da empresa é necessário um documento, normalmente uma carta, para comprovar a representação. Art. 1.169 - personalismo da relação Art. 1.170 - dever de lealdade Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas. Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação. Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação. 5.2 DOS GERENTES Gerente é um preposto permanente. Art. 1.172. Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência. Art. 1.173. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados. Parágrafo único. Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes. Art. 1.174. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente. Parágrafo único. Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação do mandato ser arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis. Art. 1.175. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta daquele. Art. 1.176. O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função. 5.3 DO CONTABILISTA Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele. Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos. Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob aresponsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade. Decreto lei 487/69 - art. 3º. TEORIA DA APARÊNCIA Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito. Ex. Independente de quem recebeu uma intimação do local da empresa, presume-se que chegou ao conhecimento do empresário (da sociedade). Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor. 5.4 DOS CONTRATOS DE COLABORAÇÃO EMPRESARIAL Contratos empresariais segundo a intensidade de vinculação entre partes (não são subordinados, são independentes) Antes de 2002 só era considerado comerciante a compra e venda mercantil. Prestação não era direito empresarial. Hoje só a prestação de serviços intelectual é que está fora. Aqui são empresários colaborando com outros empresários (representantes comerciais, corretores, etc.) - Contratos de intercâmbio: interesses das partes são contrapostas (são os contratos sinalagmáticos) - se resolve comprindo as obrigações que cada parte se comprometeu. - Não há vinculação futura - Contratos de colaboração (híbridos): maior mobilidade de atuação no mercado - que as vantagens do contrato de intercâmbio e no societário. - O empresário faz uma parceria com outro empresário. Não são sócios, mas há uma vinculação futura. - É a união da independência do contrato de intercâmbio com a vinculação futura do contrato societário. - Contratos societários: reunião de esforços e riscos suportados por todos os sócios. - é o oposto do Contrato de intercâmbio. Nesse caso há um vínculo mais duradouro, podendo haver inclusive fiscalização. - Há vinculação futura. Os contratos de colaboração são chamados de NÃO societários. - Pressupõem esforços conjuntos. - Partes patrimonialmente autônomas - Mantém áleas (riscos), lucros e prejuízos distintos, embora interdependentes. Contratos de colaboração por aproximação: representação comercial, agência, comissão. Contratos de colaboração por intermediação: distribuição e concessão. - Distribuição não tem contrato tipificado. - Não ganha comissão, ganha sobre a margem de lucro. - Na concessão o concessionário tem que dar assistência técnica sobre o produto. Tem o direito de usar a marca do concedente. - A concessão que regula as concessionária automobilística é a única que é tipificada (Lei 6.727/79) Aula 11: 11.09.2023 Lei de Liberdade Econômica Art. 2º São princípios que norteiam o disposto nesta Lei: I - a liberdade como uma garantia no exercício de atividades econômicas; II - a boa-fé do particular perante o poder público; III - a intervenção subsidiária e excepcional do Estado sobre o exercício de atividades econômicas; e IV - o reconhecimento da vulnerabilidade do particular perante o Estado. Parágrafo único. Regulamento disporá sobre os critérios de aferição para afastamento do inciso IV do caput deste artigo, limitados a questões de má-fé, hipersuficiência ou reincidência. UNIDADE 6 - O ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL Estabelecimento é um complexo de bens organizados, para exercício de uma empresa, por empresário ou por sociedade empresária.. O local compõe o estabelecimento. O Estabelecimento é tratado como como objeto de direito e o empresário sujeito de direito. - Ação renovatória consultoria - locação. Lei 8.245/91 - Lei que protege o Ponto. Estabelecimento virtual ou digital Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. § 1º O estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade empresarial, que poderá ser físico ou virtual. § 2º Quando o local onde se exerce a atividade empresarial for virtual, o endereço informado para fins de registro poderá ser, conforme o caso, o endereço do empresário individual ou o de um dos sócios da sociedade empresária. § 3º Quando o local onde se exerce a atividade empresarial for físico, a fixação do horário de funcionamento competirá ao Município, observada a regra geral prevista no inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019. Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art3ii empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. _ Contrato de Trespasse Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. - Quando alguém compra um estabelecimento de outrem, a não ser RJ e Falência, tudo que tiver contabilizado e passivo, irá arcar com as dívidas. Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. - Cláusula de não restabelecimento. É implícito no contrato de Trespasse. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato. Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante. - Na lei de locação não tem sub-rogação (isso pode ser um problema) Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente. 6.2. Natureza jurídica do estabelecimento Universalidade de fato: Art. 90 CC. Pluralidade de bens que pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. - O estabelecimento comercial não tem personalidade jurídica, possui universalidade de fato. ** Em Portugal deram personalidade jurídica para estabelecimento (Sociedade Unipessoal). Características específicas: a) centro da organização da atividade produtora do empresário. b) existência real; c) sua criação depende da vontade do empresário; d) é formado por elementos do ativo e por elementos do passivo. Universalidade de direito: pode exercer direito (espólio e massa falida por. Ex.) 6.3 Elementos integrantes do estabelecimento ELEMENTOS CORPÓREOS OU MATERIAIS: mercadorias, mobiliário, máquinas, equipamentos, etc. : Há discussões de que o imóvel não pertence ao estabelecimento: Para o prof. Jean, o imóvel não integra o estabelecimento. Se o empresário vender o estabelecimento, se ele fizer o Contrato de Trespasse, ao vender o estabelecimento estaria vendendo o imóvel. Aula 12: 14.09.2023 - Correção da prova Aula 13: 25.09.2023 Pegar as anotações dessa aula (faltei) Aula 14: 28.09.2023 TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIOSPE: Sociedade de Propósito Específico Marco Legal da Securitização - Lei 14.430/22 Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados (SPE). Tipos societários são os que estão no Código. No Civil temos a Cooperativa e Sociedade Simples. ACORDO DE VONTADES NAS SOCIEDADES - Intuitu personae: envolve elementos de natureza essencialmente pessoal ou personalíssima. - Affectio societatis: intenção de associação e cooperação recíprocas, reunindo esforços para a realização de um fim comum. Em uma Sociedade LTDA, se os sócios romperem a sociedade se dissolve, na S.A. isso não ocorre. Contratos Fechados: Apresentam necessariamente apenas duas partes (ex. compra e venda, locação, mútuo etc.). As prestações das partes são contrapostas. COntratos associativos, abertos e plurilaterais: mínimo de duas partes, podendo apresentar um número ilimitado de partes. Elementos constitutivos: i) pluralidade de partes; ii) escopo comum. OBS: “Parte” não se confunde com pessoa. NATUREZA JURÍDICA DO ATO CONSTITUTIVO DA SOCIEDADE Teoria do contrato plurilateral: art. 981 CC Teoria do ato institucional - No contexto atual os sócios não podem pensar nos interesse interno à sociedade. O problema da sociedade individual: - É estranho falar em sociedade de um único sócio. A relação aqui é entre o sócio e a sociedade. - Marlon Tomazette entende ser uma declaração unilateral de contratos. - Calixto Salomão: Há um contrato organização, ou seja, quando cria uma sociedade está criando um organização que está se desvinculando sócio. Ele defende a possibilidade de sociedade sem sócio, apenas com um administrador. SOCIEDADE UNIPESSOAL - A pluralidade de sócios na constituição da sociedade é a regra geral. Unipessoalidade originária: i) Subsidiária integral: ii) Sociedade limitada unipessoal iii) Sociedade individual de advocacia Unipessoalidade temporária: Está na Lei de S.A.. Na prática não se usa muito esse formato. SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL (SLU) - É apenas um sócio SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOGADOS - Não empresária. Não é registrada na junta ou cartório, é registrada na OAB. UNIPESSOAL TEMPORÁRIA - OBS do Prof.: O dispositivo 206 da Lei 6.404/76 apica-se, por analogia, a todos os tipos societários, diante da revogação do inciso IV do art. 1.033 CC, pela Lei 14.195/21. CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES Quanto à atuação: - Sociedades empresárias; - Sociedades não-empresárias, simples ou civis. Quanto a responsabilidades dos sócios: - Sociedades de responsabilidade ilimitada; - Se a sociedade não tiver bens para pagar a terceiros, vai nos sócios. Não precisa de desconsideração da personalidade jurídica. OBS: é responsabilidade subsidiária. Primeiro vai na sociedade e depois no sócio. Não pode haver responsabilidade solidária entre o sócio e sociedade. - Sociedades de responsabilidade limitada; Quanto a personificação: - Sociedade não-personificadas: - Sociedade personificadas: Sociedade simples, sociedade cooperativa, ambas do CC. sociedade em nome coletivo, comandita simples, comandita por ações; sociedade limitada e sociedade anonimas, estas do D. Empresarial. Quanto a estrutura econômica: verificação na medida da affectio societatis - Sociedades de pessoas - Sociedade de Capital A dicotomia entre sociedade simples e sociedade empresária - Arts. 982, 983 e 1.150 do CC. FUNÇÕES DA SOCIEDADE SIMPLES (NÃO EMPRESÁRIA) - Gênero de atividade - Normas Gerais - Tipo societário Pegar matérias passadas Aula X: 26.10.2023 9.5. As sociedades personificadas empresárias reguladas pelo Código Civil SOCIEDADE EM NOME COLETIVO - Art. 1.039 - Os sócios têm responsabilidade solidária e ilimitada. - Somente pessoas físicas. Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. CPC - Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei. § 1º O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade. § 2º Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1º nomear quantos bens da sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o débito. § 3º O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do mesmo processo. § 4º Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a observância do incidente previsto neste Código. Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Capítulo e, no que seja omisso, pelas do Capítulo antecedente. Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art. 997, a firma social. - Aqui o administrador obrigatoriamente deve ser um sócio. Art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor. Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando: I - a sociedade houver sido prorrogada tacitamente; II - tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor, levantada no prazo de noventa dias, contado da publicação do ato dilatório. Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas enumeradas no art. 1.033 e, se empresária, também pela declaração da falência (causa de dissolução de sociedade). Formação do nome empresarial Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura. Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo. SOCIEDADE DE COMANDITA SIMPLES Possuem duas categorias de sócios. - Sócio comanditado - - Sócio comanditário - é o único “ário” que não toma prejuízo no direito. “Comanditário não é otário.” Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota. Parágrafo único. O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários. Art. 1.046. Aplicam-se à sociedade em comandita simples as normas da sociedade em nome coletivo, no que forem compatíveis com as deste Capítulo. Parágrafo único. Aos comanditados cabem os mesmos direitos e obrigações dos sócios da sociedade em nome coletivo. Art. 1.047. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de lhe fiscalizar as operações, não pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado. - O comanditário não pode ser gestor e nem ter o nome na sociedade. Parágrafo único. Pode o comanditário ser constituído procurador da sociedade, para negócio determinado e com poderes especiais. Art. 1.048. Somente após averbada a modificação do contrato, produz efeito, quanto a terceiros, a diminuição da quota do comanditário, em conseqüência de ter sido reduzido o capital social, sempre sem prejuízo dos credores preexistentes. Art. 1.049. O sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros recebidos de boa-fé e de acordo com o balanço. Parágrafo único. Diminuído o capital social por perdas supervenientes, não podeo comanditário receber quaisquer lucros, antes de reintegrado aquele. Art. 1.050. No caso de morte de sócio comanditário, a sociedade, salvo disposição do contrato, continuará com os seus sucessores, que designarão quem os represente. Art. 1.051. Dissolve-se de pleno direito a sociedade: I - por qualquer das causas previstas no art. 1.044; II - quando por mais de cento e oitenta dias perdurar a falta de uma das categorias de sócio. Parágrafo único. Na falta de sócio comanditado, os comanditários nomearão administrador provisório para praticar, durante o período referido no inciso II e sem assumir a condição de sócio, os atos de administração. Formação do nome da empresa: Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura. Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo. Ex. Oliveira & CIA (se omitiu o nome de um dos sócios) Sociedade de Comandita Simples. INstrução Normativa DREI 81/2020 - Lei permite o uso de CNPJ como nome social. Evita usar o nome dos sócios.
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