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Modulo-II-Seminario-V

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colocadas à disposição dos funcionários de outra instituição para aquisição de valores mobiliários não possuem caráter remuneratório, mas sim a natureza de ganho eventual e, portanto, não sujeitas à incidência de contribuições previdenciárias. (Proc. nº 10166.728875/201444, Acórdão 2202-004.844)”
O artigo 7º, incisos I e II, da Lei 7.713/88 prevê que estão sujeitos à retenção na fonte os rendimentos do trabalho assalariado, pagos ou creditados por pessoas físicas ou jurídicas ou os demais rendimentos percebidos por pessoas físicas, que não estejam sujeitos à tributação exclusiva na fonte. Nesse sentido, considerando-se que é defensável a natureza salarial nos “Stock Options”, entende-se, a princípio, devida a retenção do Imposto de Renda na fonte - IRRF. Todavia, conforme será melhor abordado adiante, só há acréscimo patrimonial real no momento em que a ação é vendida. Nesse sentido, considerando-se que seu rendimento não tem vínculo com a relação laboral, defensável que deve ser pago pelo Imposto de Renda Anual, não sendo devida, portanto, a retenção na fonte. 
Em que pese a base de cálculo, Thiago Taborda Simões[footnoteRef:11] ensina que, apesar de defensável o cálculo de imposto de renda a partir da diferença entre o valor pago e o valor de mercado ativo no momento do exercício, essa hipótese é inviável, uma vez que “enquanto essas ações não são vendidas, seus valores não devem ser atualizados pelo valor de mercado, cabendo ao contribuinte apenas repetir o valor pago nas declarações de exercícios posteriores”. [11: TEXTO STOCK OPTIONS Pág. 135] 
Nos anexos VIII e IV vemos Acórdãos do CARF com o entendimento de que “Stock Options” tem natureza salarial, remuneratória, base de cálculo de contribuições previdenciárias e que o Imposto de Renda deve ser retido na fonte. Ocorre que, adotado esse entendimento, o Imposto de Renda será sempre pago sobre um rendimento presumido e não real. E de acordo com Thiago Taborda Simões: 
“A empresa disponibiliza ações para serem compradas por beneficiários do plano por ela lançado. Os beneficiários, em momento oportuno, exercem seu direito e adquirem as ações disponibilizadas por preço pré-definido, ficando a venda dessas ações condicionada à observância de um prazo de carência. 
No momento em que o beneficiário exerce seu direito, as ações – ainda que indisponíveis para venda – passam a constituir o patrimônio desse que se torna o acionista da Companhia. Não há o que reter”.
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