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QUESTÕES DE 1 A 70 DE TEORIA DO DIREITO CIVIL I ACADÊMICOS: ACLEANE, MARIANA, LIDIANE, LIETE, CLEUDSON, SHARLES, GEYCIANNE, JEFFERSON, MICAELY, THAYLAN. 01. O que o Estado Democrático de Direito garante a todos os cidadãos? A ordem e a paz estabelecendo entre as garantias fundamentais da Constituição Federal de 1988, e apreciação pelo Poder Judiciário sempre que houver lesão ou ameaça a direito. 02. O que o legislador constituinte quis dizer quando se referiu a proteção sempre que houver lesão ou ameaça de direito? Subentende o dever legal de não causar dano a outrem. 03. Na linguagem do direito civil, o que se entende por ato ilícito? O ato ilícito civil é a conduta, a ação ou a omissão do agente que gerou o dano, o prejuízo a outrem. 04. Por que esse ato recebe o nome de ilícito? Porquê interrompe, ofende, invade a direito alheio, provocando resultado indesejados em consentimento prévio ou autorização legal. 05. Qual o resultado do ato ilícito na esfera cível? Resultando em dano patrimonial (material) ou extrapatrimonial (moral) sobre o direito de outrem, que injustamente o suporta, assistindo-lhe por esta razão, o direito a reparação. 06. Com que finalidade a vítima do ato ilícito civil procura o Poder Judiciário? A vítima de danos cíveis busca que o Poder Judiciário condene o autor do fato a reparação do seu estado anterior ao dano (status quo ante). 07. Existe ato ilícito penal? Em que consiste? Sim. Consiste em ação ou omissão do agente, cujo fato é previamente tipificado por norma penal de direito público. 08. No ato ilícito penal, de quem é o direito lesado? Da sociedade 09. Qual é a forma de reparação do dano causado pelo ato ilícito penal? A forma de reparação se dá através de punição, que pode ser desde uma pena pecuniária (multa ou fiança) até restituição total da Liberdade da pessoa (reclusão ou detenção traço - conforme a gravidade do tipo penal). 10. Dê exemplos de modos de punição penal. Dever de indenizar a vítima. 11. Quais são as garantias constitucionais para quem comete ato ilícito penal por dolo ou culpa? Art.5 da constituição federal: todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:xxxv - A lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a direito . 12. Por que pode-se dizer que o ato ilícito civil, é fonte de obrigação? O dever ressarcitório pela prática de atos ilícitos resulta da culpa, quer dizer da reprovabilidade ou censurabilidade da conduta do agente. Desta forma o ato ilícito qualifica-se pela culpa. 13. O que se entende por responsabilidade civil? Responsabilidade cívil é obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra. 14. Quando não haverá direito a indenização na esfera cível? Quando ocorrer violação a direito e ao mesmo tempo não ocorrer um dando o efetivo prejuízo (ainda que tenha havido culpa, ou dolo do agente) pois para que haja direito a reparação ou indenização devem ocorrer simultaneamente a violação ao direito e ao dano (material ou moral). 15- Quais são os elementos que compõem a responsabilidade civil? Conduta ou ato humano, nexo de causalidade e o dano ou prejuízo 16- O que significa ação ou omissão do agente? A omissão é quando se tem dever jurídico de agir, de praticar um ato para impedir o resultado. A omissão pode ser conceituada como "ato ou efeito de omitir-se, de deixar de dizer ou de fazer alguma coisa”. 17- O que significa dolo ou culpa do agente? Dolo é o artifício empregado para induzir alguém à prática de um ato que o prejudica, e aproveita ao autor do dolo ou a terceiro. Culpa se refere à vontade do agente, que é dirigida ao fato causador da lesão. O agente não queria o resultado, mas este ocorre pela falta de diligência na observância da lei ou norma de conduta 18- O que significa nexo causal ou nexo de causalidade? É o vínculo fático que liga o efeito à causa, ou seja, é a comprovação de que houve dano efetivo, motivado por ação, voluntária, negligência ou imprudência daquele que causou o dano. 19- Quando estará excluída a ilicitude do ato ilícito na esfera cível? Quando o agente agir em legítima defesa, exercício regular de direito reconhecido ou estado de necessidade. 20- O que se entende por dano na esfera cível, e quais são os tipos? Dano é toda lesão a um bem juridicamente protegido, causando prejuízo de ordem patrimonial ou extrapatrimonial. São eles: dano material, dano moral, dano existencial, dano social 21- O que diz a teoria da responsabilidade subjetiva? R: É aquela que busca a prova da culpa do agente a fim de com ela lhe imputar o dever de indenizar a vítima. Na responsabilidade subjetiva, se não encontrada a culpa em sentido amplo (dolo ou culpa) não responderá por perdas e danos causados o agente. 22) O que diz a teoria da responsabilidade objetiva? R: Não exige que se prove a culpa do agente; basta provar a existência do dano e do nexo causal. 23) Quais são as excludentes da responsabilidade subjetiva? R: I) Legítima defesa; II) Estado de necessidade; III) O exercício regular de um direito; IV) O estrito cumprimento do dever legal; V) O caso fortuito; VI) A força maior; 24) Qual teoria foi adotada pelo nosso código Civil, como regra geral para imputação de responsabilidade Civil? R: A teoria subjetiva. 25) A quem se deve imputar a responsabilidade civil por ato ilícito praticado por alguém que não possui plena capacidade de discernimento? R: O responsável será aquele que os representar (pai, tutor, curador etc.) 26) Na linguagem civil o que se entende por abuso de direito? R: É um ato ilícito que se configura quando o titular do direito, ao exercê-lo, excede os limites impostos pelo ordenamento jurídico (ignorando a finalidade social do seu direito subjetivo) 27) Dê alguns exemplos de abuso de direito. a) Requerer busca e apreensão sem necessidade; b) Requerer falência de alguém quando as circunstancias e as relações entre ele e o requerente não o autorizam; c) Oferecer queixa – crime ou delatío criminis contra pessoa sabidamente inocente. 28) Na aplicação da lei, o juiz deverá levar em conta os fins sociais e as exigências do bem comum. Dê exemplo que se ajuste a essa premissa. Considerando que um contrato de financiamento de veículo com 36 parcelas seja executado por inadimplemento, quando restavam apenas 3, não parece que a ação judicial atenda a boa fé e aos fins sociais. Poderá o magistrado com força no art.5º da LINDB, aplicar a teoria do adimplemento substancial. 29) Quais são os desdobramentos da teoria do abuso de direito? R: Venire contra factum proprium e supressio, surrectio e tu quoque. 30) O que significa a expressão: VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM? R: Significa a vedação ao comportamento contraditório, pressupondo a adoção de comportamento incompatível com o anterior pelo mesmo agente 31) O que significa a expressão: SUPRESSIO, SURRECTIO E TU QUOQUE? R: SUPRESSIO: Consiste na redução do conteúdo obrigacional pela inercia de uma das partes em exercer direito ou faculdade gerando na outra legítima expectativa. SURRECTIO: Ao contrário da supressio, representa uma ampliação do conteúdo obrigacional. Aqui, a atitude de uma das partes gera na outra a expectativa de direito ou faculdade não pactuada. TU QUOQUE: A locução significa “tu também’’ e representa as situações nas quais a parte vem a exigir algo que também foi por ela descumprido ou negligenciado. Em síntese, a parte na pode exigir de outrem comportamento que ela própria não observou. 32) Conceitue a prescrição do ponto de vista jurídica? R: Para Andreotti Neto a prescrição e um efeito jurídicona aquisição ou extinção de direito face ao decurso de tempo, havendo simultaneamente uma aquisição e uma extinção. O autor ressaltar apenas os efeitos do tempo em face de direitos, não esclarecendo se extingue a ação ou o direito em si. 33) Conceitue decadência do ponto de vista jurídica? R: Decadência e a perda efetiva de um direito potestativo, pela falta de seu exercício, no período previsto na lei (decadência legal), ou pela vontade das partes (decadência convencional). Portanto, a compreensão do sentido de decadência exigi do estudioso do direito o conhecimento da estrutura dos direitos potestativo, que podem ser definidos como aqueles que conferem ao seu titular o poder de provocar mudanças na esfera jurídica. 34) O que se entende por direito a uma prestação? R: O direito das obrigações, também chamados de direito pessoal, e um conjunto de normas que regem as relações jurídicas de ordem patrimonial onde um sujeito tem dever de prestar e o outro tem direito de exigir essa prestação ou seja um deve fazer algo e o outro deve receber esse algo 35) O que se entende por direito protestativos? R: É um direito sem contestação e o caso por exemplo do direito assegurado ao empregador de despedir um empregador cabe a ele apenas aceitar esta condição e a prerrogativa jurídica de impor a outrem, unilateralmente a sujeição ao seu exercício. 36) Segundo Chiovenda quantas e quais são as ações relativas ao direitos? R: Posteriormente, chiovenda formula a teoria da ação como direito potestativo que surge como, mas uma ramificação da teoria concreta. Para ele a ação e uma direito autônomo diversos do direito material que se pretende valer em juízo, mas o direito de ação não e, um direito subjetivo por que não lhe corresponde a obrigação do estado. 37) O que se entende por ações condenatórias? R: Olhando pela ótica da esfera civil, todas as ações que visam impor ao réu o que fazer ou deixar de fazer, ou o que dar, são consideradas condenatórias. Quando for julgado procedente, esse tipo de processo afirma o dever do réu de indenizar o autor, que tem direito e a violação do mesmo reconhecidos. 38) O que se entende por ação constitutiva? R: É ação de conhecimentos que tem por fim a criação, modificação ou a extinção de uma relação jurídica, sem estatuir qualquer condenação do réu ao cumprimento de uma prestação, produzindo efeitos. 39) O que se entende por ação declaratória? R: É aquela na qual o interesse do reclamante se limita a firmação da existência, ou inexistências, de uma relação jurídica. 40) Qual e a ideia que se tem sobre os direitos a uma prestação? R: Pablo Stolze de forma objetiva define o direito das obrigações como conjunto de norma e princípios jurídicos reguladores das relações patrimoniais entre um credor e um devedor a quem incumbe o dever de cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação de dar, fazer ou não fazer. 41) Sobre a prescrição da pretensão, o que estabelece o art.189 do código civil? R: art. 189 violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. 42) Quanto a pretensão qual a ideia que se tem sobre os direitos protestativos? R: Diferem essencialmente dos direito subjetivos, pois nestes, a existência do direito para uma pessoa gera para outra um dever jurídico, enquanto os direito potestativo não geram deveres jurídicos para a outra parte. São considerados direitos sem pretensão, logo, não podem ser inadimplidos nem executados. 43) QUAIS AS AÇOES QUE ESTÃO SUJEITA A PRESCRIÇÃO R: todas as ações de para indenização por danos morais ou materiais, bem como a repetição do indébito estão sujeitos a prescrição. Já as ações anulatórias em geral anulação do contrato por erro, em razão de incapacidade relativa do agente, estão sujeitos a decadência. 44) QUAIS AS AÇOES QUE ESTAO SUJEITA A DE CADENCIA R: são todas as ações por danos morais ou materiais bem como repetição do indébito estão sujeitos a prescrição já ações anulatórias em geral estão sujeitas a decadência jurídica 45) DE EXEMPLO DE UMA AÇAO CONSTUTIVA COM PRAZO E SEM PRAZO R: as ações constitutivas instrumentos de defesa para o direito potestativos aqueles que influem com uma declaração de vontade sobre a situação jurídica de outra pessoa, sem o concurso da vontade desta como se dá nos casos das ações de perda de cargo eletivo por infidelidade partidária. 46) O QUE SE ENTENDE POR AÇOES PERPETUAS R: definição, causas que impedem ou suspendem a prescrição, prazos primitivos, as ações eram perpetuas e o interessado a elas podia recorrer a qualquer tempo. 47) DE ACORDO COM ART. 190 DO CODIGO CIVIL. O QUE SE ENTENDE POR PRESCRIÇÃO DA EXCEÇAO R: a exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão. Em que pese a omissão do legislador a correta interpretação do dispositivo exige a dispositivo exige a distinção entre duas modalidades de exceção as dependentes e as independentes. 48) DE ACORDO COM ART. 191 DO CODIGO CIVIL. O QUE SE ENTENDE POR RENUNCIA A PRESCRIÇÃO R: a renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valera, sendo feita, sem prejuízo de terceiros, depois que a prescrição se consumar tácita e a interessado, incompatível com a prescrição. 49) QUANTOS E QUAIS SÃO OS REQUISITOS PARA SE ADMITIR A RENUNCIA A PRESCRIÇÃO R: dois requisitos 1) o prazo já deve estar consumado, 2) não pode prejudicar terceiros. 50 – Explique o requisito da renúncia em que o prazo prescricional já esteja consumado. R – art. 191 do código civil “A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; 51 – Explique o requisito da renúncia em que ela não prejudique a terceiro. R – Sem prejuízo de terceiro, que dizer que se a pessoa renunciar a prescrição, essa renúncia não prejudicará um terceiro. Terceiro não poderá ser cobrado por exemplo em casos de alugueis prescritos. 52 – É possível a alteração dos prazos prescricionais pela vontade das partes? Explique. R – Não. Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordos das partes. Os prazos de prescrição existem para que as partes exerçam a sua pretensão dentro do prazo previsto na lei, e não tornem os direitos e dividas eternos. Caso fosse possível as partes alterarem os prazos de prescrição previstos em lei, os direitos e dividas poderiam se prolonga indefinidamente, teríamos que guardar comprovantes para a vida toda. 53 – Em relação a prescrição, o que estabelece o § 5º, do art. 219 do código civil? R – Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados presumem- se verdadeiras em relação aos signatários. Parágrafo único. Não tendo relação direta, porém, com as disposições principais ou com a legitimidade das partes, as declarações enunciativas não eximem os interessados em sua veracidade do ônus de prová-las. 54 – Em que momento deve ser alegada a prescrição? R - Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. Obs.: Sendo assim a prescrição poderá ser alegada em qualquer grau de jurisdição, mas não poderá pela primeira vez em recursos excepcionais, a prescrição também não pode ser alegada na fase da execução. 55 – Em relação a continuação da prescrição, o que estabelece o art. 196, do código civil? R – Que se a pessoa morrer, por exemplo o prazo de prescrição continuará para o seu sucessor, não só em casos de mortes, mas trata também das sucessões decorrentes de atos entre vivos. 56 – No que diz respeito à responsabilidade do representante da pessoa jurídica e do assistente do relativamente incapaz, o que estabelece o art. 195, do código civil? R – Que tanto os relativamente incapazes, quanto as pessoas jurídicas têm ação contra seus assistentes, ou representanteslegais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. 57. Quais os artigos do Código Civil que apresentam as causa impeditivas e suspensivas da prescrição? R: Arts. 197, 198 e 199. 58. O que se entende por causas subjetivas bilaterais da prescrição? Qual a previsão legal? Em quais hipóteses não ocorre? R: Causas subjetivas bilaterais são aquelas em que as partes do negócio jurídico se encontram em uma situação peculiar, que não permite que a pretensão seja satisfeita. No art. 197 do Código Civil (causas subjetivas bilaterais) prevê três hipóteses em que não corre a prescrição por motivos de ordem moral: I – entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; II – entre os ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; III – entre os tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. 59. O que se entende por causas subjetivas unilaterais da prescrição? Qual a previsão legal? Em quais hipóteses não ocorre? R: Causas subjetivas unilaterais são aquelas situações peculiares que envolve somente o titular da pretensão, numa situação excepcional que o impede de buscar a pretensão. No artigo 198 do Código Civil (causas subjetivas unilaterais) prevê outros três casos em que não corre a prescrição levando em conta uma situação peculiar da parte na relação jurídica: I – contra os incapazes de que trata o art. 3º; II – contra os ausentes do país em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; III – contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. 60. Qual a previsão legal das causa objetivas ou materiais da prescrição? Em quais hipóteses não ocorre? R: Causas objetivas são aquelas relacionadas ao próprio negócio jurídico, e não as partes, o prazo de prescrição não flui. No art. 199 (causas objetivas ou materiais) do diploma civilista adota como critério situações jurídicas não consolidadas ou em formação: I – pendendo condição suspensiva; II – não estando vencido o prazo; III – pendendo ação de evicção. 61. Em relação às causas interruptivas da prescrição, o que estabelece o caput do art.202, do Código Civil? R: Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; III - por protesto cambial; IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. 62. Quanto aos prazos de prescrição o que estabelece o art. 206, do Código Civil? R: Art. 206. Prescreve: § 1o Em um ano: I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador; b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão; III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários Judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários; IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo; V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade. § 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem. § 3o Em três anos: I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias; III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela; IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa; V - a pretensão de reparação civil; VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição; VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo: a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima; b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembleia geral que dela deva tomar conhecimento; c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à violação; VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial; IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório. § 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. § 5o Em cinco anos: I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular; II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato; III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo. 63. As hipóteses do art. 206, do Código Civil que não prevê os prazos prescricionais, em qual artigos podemos encontra-las? R: Art 7, XXIX, CF; art. 1, Decreto n. 20.910/32; art. 12, Lei n. 6.453/77; art. 27, Lei n. 8.078/90; art. 104, Lei n. 4.717/65; art. 70, Anexo I, Decreto n. 57.663/66; art. 59, Lei n. 7357/85; art. 168, CTN; art. 21, Lei n. 4.717/65; arts. 285 e segs; Lei n. 6.404/76 64-De que modo pode ser estipulado o prazo decadencial? R: O prazo decadencial é estabelecido por lei ou vontade unilateral ou bilateral. A contagem do prazo de decadência deve ser feito da mesma forma que a contagem do prazo prescrição: excluindo-se o dia do começo e incluído o do vencimento. 65- Dê um exemplo de prazo decadencial estabelecido pela vontade das partes. R: O prazo estabelecido entre as partes em um contrato de compra e venda. 66-Pode haver renúncia à decadência legal? Por quê? R: Não. Porque envolve questões consideradas de ordem pública, e não se permite que diante de um interesse público a parte possa abrir mão do prazo imposto pelo legislador. 67-Em que momento pode ser alegada a decadência? R: Em qualquer grau da jurisdição e deve ser feita durante a instancia ordinária (primeira ou segunda instância). 68-Qual é o tipo de decadência em que o juiz pode declarar de ofício? Qual a previsão legal? R: Decadência legal. Está previsto no Art. 210 do Código Civil. 69-Quais as previsões legais das causas impeditivas, suspensivas e interruptivas da decadência? R: Estão previstas no artigo 208 do Código Civil, artigo 501 parágrafo único do Código Civil e no artigo 26, inciso II, do CDC. 70- Os prazos prescricionais e decadenciais correm contra os absolutamente incapazes? R: NÃO.
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