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CONTABILIDADE GERAL 1 (CG1) – RESUMÃO AP2 à Aula 7: Lucro ou Prejuízo? O confronto entre Receitas e Custos/Despesas. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): Demonstração contábil obrigatória com objetivo de mostrar o resultado (lucro ou prejuízo) durante o período de exercício. Correlacionando DRE e BP: • Receita recebida à vista -> No BP serão geradas contas de Caixa e Banco conta movimento para fazer contrapartida na DRE; • Receita recebida a prazo -> No BP Duplicatas / Contas a Receber Etapas da DRE: 1) Receita Líquida = Receita Bruta – Deduções. • Receita Bruta: Valor relativo à venda de mercadorias / prestação de serviços (à vista ou a prazo). • Deduções: Impostos relacionados com a prestação de serviço / venda dos produtos. 2) Resultado Bruto (Lucro / Prejuízo) = Receita Líquida – Custo das Mercadorias. 1º resultado encontrado pela empresa. • Custo menor que a Receita (Resultado é positivo) = Lucro Bruto; • Custo maior que a Receita (Resultado negativo) = Prejuízo Bruto. 3) Lucro do Período (Lucro Operacional) = Lucro Bruto – Despesas Operacionais. 2º resultado encontrado pela empresa. a) Despesas Operacionais: Gastos relacionados a atividade principal da empresa • Despesas Operacionais de Vendas: Relacionadas a venda do produto (Propaganda, salários e comissões dos vendedores); • Despesas Operacionais Administrativas: Relacionadas com a administração (Seguro da loja / fábrica, salário do pessoal da administração, assinatura de revistas, jornais); • Despesas Operacionais Financeiras: Relacionadas à remuneração do capital de terceiros (Juros, despesas bancárias); • Outras Despesas Operacionais: Que não se enquadraram nos itens anteriores. 4) Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social = Lucro Operacional – Despesas não operacionais. a) Despesas não operacionais / Receitas não operacionais: Não estão relacionadas com a atividade principal da empresa. Ex: Empresa de Gengibre vende um automóvel. • Valor Contábil: Valor de aquisição do bem menos a depreciação acumulada (S/ lucro ou prejuízo na venda). • Valor de Mercado: Valor que o mercado está disposto a pagar pelo bem. Apesar de o valor contábil de um determinado produto ser = 0 ele não é doado. 5) Lucro depois dos Impostos = Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social – Provisão IR e Contribuição Social. a) Provisão para o Imposto de Renda (PIR) e Contribuição Social (CS): Valor estimado que é será pago ao governo levando em consideração o Lucro Real. • Provisão: Quando o custo de um evento futuro atinge um valor significativo dos lucros, deve-se reservar uma quantia adequada para pagá-lo, tirando-a dos lucros do exercício atual. 6) Lucro Líquido (LL) = Lucro depois dos Impostos – Participações (Reduções previstas no estatuto da empresa). a) Tipos de participações: • Participação como gratificação extra: Valor determinado com base no estatuto interno da empresa e é calculado a partir de um pequeno percentual do Lucro Depois dos Impostos. É dividido entre todos os funcionários. Pode ser deduzida do Imposto de Renda; • Contribuição destinada a uma previdência complementar dos empregados: forma de participação que independe dos lucros da empresa; • Debêntures: Títulos de longo prazo, documentos comprados por um determinado preço, após o tempo combinado com o vendedor da debênture, o comprador recebe um valor maior do que pago inicialmente. Lucro Real (LR) = Lucro antes do IR + Inclusões – Exclusões • Inclusões: Gastos não dedutíveis para a Receita (Encargos de depreciação, despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, contribuições não obrigatórias) • Exclusões: Subtraem do lucro valores cuja dedução seja autorizada (depreciação acelerada incentivada, dividendos). • Cálculo da Provisão de Imposto de Renda (PIR): 15% do Lucro Real. Resumo da DRE: à Aula 8: BP e DRE: BP mostra os saldos iniciais e finais das contas patrimoniais e o DRE apresenta as variações do patrimônio líquido e de outros itens do BP. Integração das demonstrações contábeis: DRE e BP: • O lucro determinado na DRE deve ser lançado nos Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) no BP e adicionado no Caixa (se não houver distribuição entre os sócios). • Se todas as receitas e despesas forem feitas a prazo: Não haveria variação no Caixa ou no Lucros Acumulados (Nada foi recebido ou pago). Mas teria um aumento no número de Duplicatas a Receber e a Pagar registradas no BP. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPAc): Se a empresa obteve lucro líquido, este deve ser transferido para a DLPAc. A DLPAc mostra apenas a variação da conta Lucros e Prejuízos Acumulados. Ela pode ser substituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), que mostra a variação de todas as contas do PL. a) Relata o Lucro ou Prejuízo Líquido, disponível para: • Ser distribuído aos proprietários / sócios (como dividendos ou reinvestido na empresa /retenção de lucros) • Utilizado para aumentar o capital da empresa • Criar reservas b) Se o lucro que não for direcionado para um desses destinos da letra a (continuar no caixa), permanecerá na conta Lucros Acumulados no PL do BP. • Se, em vez de lucro, a empresa obtiver prejuízo, este será apresentado na conta Prejuízos Acumulados (ou terá seu valor reduzido dos Lucros Acumulados em anos anteriores). à Aula 9: O impacto do dia a dia no patrimônio de uma empresa: Efeito dos fatos administrativos nas demonstrações contábeis (parte 1) Fatos administrativos / Fatos contábeis: Fatos que provocam alterações nos elementos do patrimônio ou do resultado. • Fatos administrativos -> Registro contábil -> Saldo das contas -> Elaboração das Demonstrações contábeis -> Usuários. Balanços sucessivos: Forma de apuração do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial a cada fato registrado. se refere à estrutura patrimonial e do resultado da empresa. Uso de balanços sucessivos facilita o entendimento das informações contábeis. • Os valores registrados num dado balanço Patrimonial servem de base para o Balanço subsequente, pois as contas patrimoniais são acumulativas. Registro das operações nos balanços sucessivos – Método de Partidas Dobradas: 1. Movimentação da origem: Valor deverá ficar entre parênteses, na coluna da conta que representa de onde veio o valor registrado (de onde o dinheiro sai); 2. Movimentação da aplicação: Valor deverá ficar sem parênteses, na coluna da conta que representa onde o valor foi aplicado (para onde o dinheiro vai). Ex: • Situação 1: João e José são sócios de uma empresa de venda e reparo de calçados e integralizaram (cada um deles) R$ 50.000,00 em dinheiro ao capital da entidade. - Para lançar esses dados nas demonstrações contábeis, é necessário identificar se é BP (Ativo, Passivo, PL) ou DRE (Receitas ou Despesas). • Situação 2: José resolveu adquirir para a empresa R$ 30.000,00 de merca- dorias para revenda, sendo metade para pagamento à vista e a outra metade a prazo: - Todas as contas pertencem ao BP • Atividade 1: Criação de uma conta bancária com depósito inicial de R$65.000,00. • Situação 3: Uma produtora contratou os serviços da empresa de José e João, solicitando reparo de alguns sapatos. Pelo trabalho, se comprometeu a pagar a prazo R$10.000,00. - Serviço prestado será pago a prazo -> Lançado no BP como uma conta de Ativo. - E constitui a receita da empresa -> Lançado na Demonstração do Resultado do Exercício. - Não foram mencionados custos à prestação do serviço -> Lucro = Receita - DRE modifica o BP, pois o lucro apurado é lançado no PL (Lucros ou Prejuízos Acumulados). • Atividade 2: Despesa de R$6.000 com salário, o lucro que era R$10.000 passou a ser 4.000. • Situação 4: José e João venderam 60% do estoque de mercadorias arrecadando R$25.000. - Deve-se lançar na escrituração a receita da venda e a despesacom o custo da mercadoria. - Cálculo do custo da mercadoria vendida: 100% da mercadoria = 30.000 Venderam 60% = R$25.000 30.000 = 100% X = 60% X = 18.000 de custo. - Valor da venda entrou no caixa e o lucro foi adicionado aos R$4.000 do balanço anterior. à Aula 10: O impacto do dia a dia no patrimônio de uma empresa: Efeito dos fatos administrativos nas demonstrações contábeis (parte 2) Razonete: Representação em forma de “T” que resume os movimentos de origem e de aplicação de cada conta. É um retrato da folha do Livro Razão. • Débito = Aplicação (P/ onde o dinheiro vai; A conta que recebe o dinheiro fica em débito com a conta de onde vieram os recursos) • Crédito = Origem (De onde o dinheiro sai; Conta fica com um crédito por ter fornecido fundos para outra conta). Simulações administrativas: Lançamentos sucessivos de novos fatos - Usaremos o BP do final da aula passada como base: Como fazer os lançamentos sucessivos de uma série de operações ao mesmo tempo: à Operações: 1. Aquisição de equipamentos para uso da empresa no valor de R$ 20.000,00, totalmente financiado em 24 meses (Financiamento a Longo Prazo – LP) 2. Recebimento dos Clientes com juros de 5% sobre o valor total, em decorrência do atraso ocorrido. 3. Venda a prazo de todo o estoque de mercadorias, no valor de R$ 30.000,00. 4. Pagamento de Fornecedores com desconto financeiro de 5% pela antecipação de prazo. 5. Aquisição de mercadoria para estoque, sendo R$ 18.000,00 em dinheiro e R$ 32.000,00 a prazo. 6. Pagamento de aluguel em cheque no valor de R$ 4.000,00. 7. Alienação (venda) do veículo a prazo por R$ 24.000,00. ** SI = Saldo Inicial à Operação 1: A empresa de José e João precisou efetuar a compra de equipamentos no valor de R$ 20.000,00. Com receio de colocar o caixa muito em baixa, os sócios optaram por fazer a compra a prazo, financiando a aquisição em 24 meses. - A conta Equipamentos é a conta de aplicação dos R$20.000,00 e tem um débito com a conta Financiamentos a Longo Prazo, que é a origem do dinheiro. Esta conta passa a ter um crédito com a conta Equipamentos. ** débito / aplicação: dinheiro que está na conta ** crédito / origem: de onde o dinheiro saiu - BP após a inclusão da compra dos equipamentos: à Operação 2: Recebimento dos Clientes com juros de 5% sobre o valor total, em decorrência do atraso ocorrido. - No ativo estava para receber 5 mil dos clientes (origem), agora que já foi recebido é lançado como aplicação no razonete da conta Caixa. Sobre o valor incidirá taxa de 5% de juros, o valor lançado no Caixa será de R$ 5.250,00. - No razonete da conta Caixa constam também a Operação 4 (Pagamento de fornecedores com desconto) e Operação 5 (compra de mercadorias). - Para calcular o saldo é só subtrair a origem a origem com a aplicação. OBS: Recebimento de juros por atraso ou pagamentos com descontos por antecipação devem ter seus valores de diferença lançados em um razonete que se dedique a este tipo de registro. à Operação 3: Receita de venda é a anotação de tudo o que será utilizado para calcular o lucro através da DRE. - Consta também a Operação 3 (venda realizada a prazo) que será paga pelos clientes - As mercadorias que foram vendidas tiveram um custo para a empresa quando foram adquiridas. O custo das mercadorias vendidas na operação 3 é igual ao saldo inicial da conta Mercadorias do BP da empresa (R$ 12.000,00). Numeramos 3.1 o Custo das Mercadorias. à Operação 4: Pagamento dos fornecedores com desconto de 5%. Tinha que pagar 5 mil, com o desconto ficou R$4.750,00 (dinheiro foi retirado do caixa). à Operação 5: Aquisição de mercadoria para estoque, sendo R$ 18.000,00 em dinheiro e R$ 32.000,00 a prazo. - Entrou 18 mil no caixa e 32 mil nos fornecedores. - A conta Mercadorias sofreu uma baixa de 12 mil (Operação 3) e um acréscimo de 50 mil (Operação 5). à Operação 6: Pagamento de aluguel em cheque no valor de R$ 4.000,00. - Como foi pago por cheque o dinheiro sairá da conta Bancos. à Operação 7: Alienação (venda) do veículo a prazo por R$ 24.000,00. - Automóvel foi comprado por R$ 30.000,00 (valor registrado no BP). - Conta Veículo tem saída dos R$ 30.000,00 que são retirados do saldo inicial da conta (mesmo valor). - Automóvel foi vendido por 24 mil a prazo. Déficit de 6 mil. à Cálculo dos saldos que devem ser lançados no BP: à DRE (Confrontação de receitas e despesas): Lucro da empresa para lançá-lo na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados do PL. à Aula 11 e 12: Balancete de Verificação e apuração do resultado Balancete de Verificação: Instrumento utilizado para verificar, periodicamente, se os lançamentos contábeis estão sendo feitos corretamente. Detecta erros, e auxilia na preparação do BP e da DRE. Erros facilmente detectáveis pelo balancete são aqueles que “desbalanceiam” as demonstrações: • Lançamentos de valores errados (um valor no débito e outro no crédito); • Lançamento de um débito sem a respectiva contrapartida no crédito. EXEMPLO: Empresa foi criada com dinheiro dos sócios (R$1.000.000,00) • Operação A: Compra de móveis e utensílios a vista (R$150.000,00) • Operação B: Compra de estoques a vista (R$400.000,00) • Operação C: Abertura de conta corrente no banco (Depósito de R$100.000,00) Tipos de balancetes de verificação: 1) Analítico: Discrimina todos os lançamentos que foram efetuados nas contas da empresa 2) Simplificado: Mostra os saldos (devedor/credor) finais de cada conta, sem revelar todos os lançamentos. Ex: A movimentação da conta Caixa, que recebeu R$1.000.000,00 da conta Capital. Com este dinheiro, o Caixa adquiriu móveis e utensílios, estoques e abriu uma conta no banco com um depósito de R$ 100.000,00. Essas operações somam uma quantia de R$ 650.000,00. Ora, se a dívida do Caixa (não importa com que conta) era de um milhão, agora que tem créditos de R$ 650.000,00 com outras contas, ele só deve R$ 350.000,00. Separando as contas por grupos (Ativo, passivo): Facilita a transferência dos saldos das contas para as demonstrações contábeis. Ex: Balancete de verificação (simplificado): Escrituração dos lançamentos contábeis até a estruturação do BP: Composto por 8 etapas. EXEMPLO COM AS 8 ETAPAS: Balanço Patrimonial encerrado em 31 de dezembro de 2003: • Estoque é composto por 8 fotocopiadoras (cada uma com custo de R$400.000,00) • Operações realizadas em janeiro 2004: a. Pagamento de salários, no valor de R$ 500.000,00. b. Abertura de conta corrente, com depósito inicial de R$ 150.000,00. c. Venda de seis fotocopiadoras por R$ 4.200.000,00, sendo R$ 1.200.000,00 à vista e o restante a prazo. d. Pagamento de R$ 600.000,00 a Fornecedores, em dinheiro. e. Aquisição de Veículos, no último dia do mês, no valor de R$ 100.000,00, totalmente a prazo. O pagamento ocorrerá no próximo período. f. Pagamento de Aluguel, no valor de R$ 200.000,00. 1ª etapa - Escrituração: Lançar nos razonetes os saldos iniciais (que vêm discriminados no BP) e as operações correspondentes a cada conta. • A operação C movimentou 5 contas (Receita de Vendas, Caixa, Duplicatas a Receber, Estoques e Custo da Mercadoria Vendida (CMV - preço de aquisição das mercadorias adquiridas para revenda). Se a mercadoria tivesse sido vendida a vista não seria lançada em “Duplicatas a receber”. - O valor da venda foi creditado na conta Receita de Vendas e debitado em duas contas: Caixa e Duplicatas a Receber. - A mercadoria foi vendida, e deve-se dar baixa no estoque (CMV - Essa é uma conta de despesa que aparece na DRE e seu valor é idêntico àquele creditado na conta Estoques) 2ª etapa: Primeiro balancete de verificação para checar se os lançamentos contábeis feitos estão corretos. • Devedor: Todas as contas do ativo (representamum direito que tem sua origem em alguma outra conta. Por isso é que elas devem a uma outra conta) • Credor: Todas as contas do passivo (obrigações a serem pagas. As obrigações existem porque direitos foram gerados por meio delas). DÚVIDA: SALÁRIOS E ALUGUEL NÃO É PASSIVO? NÃO DEVERIA ESTAR NO CREDOR? 3ª etapa – Ajustes: I) Diferenças entre gasto e despesas: Gasto somente se torna despesa no momento do seu consumo (Ex: Empresa estava com estoque zerado e comprou R$100.000,00 de material em 2010. O pagamento foi efetuado somente em 2011. No BP encerrado em 31/12/2010 o estoque de material foi de R$60.000,00. A despesa de material lançada na DRE de 2010 foi de R$40.000,00). II) Depreciação: Diminuição do valor do Ativo Imobilizado, que decorre normalmente do uso (Registrada subtraindo o bem no ativo imobilizado como depreciação acumulada). • Depreciação pelo Método de linha reta: Parcelas da depreciação são iguais para os anos de vida útil • Veículos são totalmente depreciados em cinco anos (100%/5 anos = 20% ao ano). Se a depreciação é feita mensalmente, deve-se saber de quanto é a depreciação anual e dividir o valor por 12. Veículo deverá ter seu valor de aquisição diminuído paulatinamente até que, ao final do quinto ano, seu valor seja igual a zero. - Aquisição do Veículo (R$2.200.000,00) no final do mês de dezembro (não sofrerá depreciação neste mês), ficando para janeiro sua primeira parcela de depreciação. 100%/5 anos = 20% ao ano R$2.200.000,00 x 20% = R$440.000,00 (depreciação anual) R$440.000,00 / 12 = R$36.666,67 (depreciação mensal) -> Valor que será lançado no BP de janeiro. - As Instalações mencionadas no BP foram adquiridas e pagas à vista no dia 31 de dezembro de 2003. As Instalações terão vida útil de 10 anos e foram compradas por R$ 3.600.000,00. Qual a depreciação após 1 mês de uso? 100% / 10 anos = 10% ao ano R$3.600.000,00 X 10/100 = R$360.000,00 (depreciação anual) R$360.000,00 / 12 meses = R$30.000 (depreciação mensal) • Contra partida da depreciação acumulada: 4ª etapa: Balancete de verificação após ajustes. 5ª etapa: Encerramento das contas de resultado: Contas de resultados são encerradas por débito ou crédito de seus respectivos valores na conta transitória Apuração do Resultado do Exercício (ARE). • Contas de despesas têm sempre saldo devedor. Devem ser creditadas no mesmo valor para encerrá-las (Precisa de um crédito do valor da despesa para quitar ela). A contrapartida dessa operação é o débito na conta ARE. • Contas de receitas sempre terão saldo credor. Devem sofrer um débito igual ao seu saldo para encerrá-las; A contrapartida desta operação é o crédito na conta ARE. 6ª etapa: Contabilização do resultado: Lucro aumenta o PL e o prejuízo diminui o PL (Lucros acumulados e prejuízos acumulados no BP). • Esse lucro será lançado no BP na conta lucros acumulados (Considerando que todo o lucro permaneça na empresa). • Caso parte do lucro seja pago aos acionistas em forma de dividendos: a) Situação 1: 300.000 sejam pagos no último dia de janeiro de 2004 em dinheiro: - Conta caixa (500.000) sofrerá redução de 300.000 -> Saldo devedor (precisa de um crédito) - Conta lucros acumulados sofrerá redução de 300.000 -> Saldo credor (precisa de um débito) b) Situação 2: Valor dos dividendos é reconhecido, mas não é pago em janeiro, devendo ser pago em fevereiro. Dividendos ficarão como obrigação a ser paga (Dividendos a pagar -> Passivo -> Saldo credor) - Conta lucros acumulados sofre redução de 300.000 (Diminuição do PL) - Conta dividendos a pagar surge com a obrigação de pagar 300.000 (Aumento do Passivo circulante) **Maneiras de efetuar movimentações sem desequilibrar os pratos da “balança” do patrimônio: 1. Lançar um determinado valor no Ativo e lançá-lo também no Passivo. 2. Movimentar valores dentro de uma categoria (Ativo ou Passivo) apenas. Por exemplo, retirar dinheiro da conta Caixa e lançar na conta Bancos; retirar da conta Lucros Acumulados e lançar em Duplicatas a Pagar. 7ª etapa: Estruturação da DRE: A DRE tem por objetivo mostrar aos usuários da Contabilidade, em detalhes, como a empresa chegou a um determinado resultado. • Estruturar a DRE com base nos lançamentos registrados na ARE 8ª etapa: Estruturação do novo balanço patrimonial. • Conta ativo -> Saldo devedor • Conta passivo -> Saldo credor Averiguar razonetes (1ª etapa) e o cálculo de depreciação acumulada do veículo (3ª etapa) ** Ele deve ser apresentado comparando 2 períodos. à Aula 13: Revisão geral e novas perspectivas sobre a escrituração: Razonetes: • Contas do ativo: Se uma conta de Ativo tem seu saldo aumentado, ela deve ter esta operação registrada na coluna que aumenta sua “dívida” (está devendo mais a alguma outra conta). - Quanto mais você ganha => Mais débito • Contas do passivo: Contas a pagar, é porque bens (ou serviços) foram adquiridos, gerando obrigações. Assim, as contas de Passivo têm créditos com outras contas. Contas credoras. - Quanto mais você deve (dívida) => Mais crédito • Receita: vender produtos ou prestar serviços é um crédito na conta Receitas. Da mesma maneira, rendimentos inesperados, recebimento de juros etc. também devem ser anotados como créditos. A conta Receitas só recebe débito na hora da apuração do resultado do exercício • Custos e Despesas: Oposta à movimentação das contas de receitas. ARE: No final de um exercício, uma empresa deve apurar seu resultado, isto é, deve verificar se teve lucro ou prejuízo no período. Para isso, todas as contas de Receitas, Custos e Despesas devem ser encerradas, ou seja, devem ficar com saldo final igual a zero. Os saldos dessas contas são transferidos para a conta Apuração do Resultado do Exercício (ARE). Conta receita: Conta credora. Precisa de débito para ser encessada • Assim, devemos realizar um débito nas contas de Receitas e um crédito na conta Apuração do Resultado do Exercício, de mesmo valor (porque só dessa maneira o saldo da conta Receitas será zerado!). Conta de Custos e Despesa: Conta devedora. Precisa de crédito para ser encessada. • O inverso deve ser feito com as contas de Custos e Despesas: para encerrá-las, devemos realizar um crédito e, ao mesmo tempo, debitar a conta Apuração do Resultado do Exercício. Balancete de verificação: Deve apresentar todas as contas movimentadas em um período. • Contas de Ativo são sempre devedoras e as contas de Passivo, credoras. • Informações contábeis se complementam. Um Balancete de Verificação auxilia na elaboração do Balanço Patrimonial e da DRE. à Aula 14: Tópicos especiais Balanço social: Conjunto de informações e de indicadores econômicos, sociais e ambientais que evidenciam as ações junto às três grandes realidades das entidades: a humana, a econômica e a social • Vertentes: Balanço de Recursos Humanos, Balanço Ambiental, Benefícios e Contribuições à Sociedade em geral e Demonstração do Valor Adicionado. Balanço de Recursos Humanos: Evidencia o perfil dos trabalhadores da empresa. Leva em consideração: idade, sexo, estado civil, formação escolar, tempo de trabalho na empresa, remuneração, benefícios concedidos, gastos com treinamento, os gastos em benefício das populações da vizinhança, como construção e manutenção de creches, escolas, hospitais e centros de recreação. Balanço Ambiental: Divulga as atividades da empresa pertinentes ao uso, proteção e recuperação dos recursos naturais, tais como: reflorestamento, comparação dos poluentes produzidos com os parâmetros legais, recuperação de áreas degradadas etc. Balanço de Benefícios e Contribuições à Sociedade: Contribuições a entidades assistenciais e filantrópicas, programas de alfabetização,preservação de bens culturais. Demonstração do Valor Adicionado (DVA): faz parte do Balanço Social e tem como principal objetivo informar o valor da riqueza gerada pela empresa, bem como a sua distribuição entre os diversos fatores de produção (trabalho, capital próprio ou de terceiros, governo, acionistas e outros). Não é Obrigatório. Lembra a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício). Contabilidade Ambiental: A exigência da aplicação de recursos nas diversas formas de preservação, reposição e ampliação do meio ambiente, assim como em medidas econômicas das despesas, dos ativos e dos passivos ambientais causados pela exploração predatória das máquinas e geradores de lucros se tornou um imperativo. Para atender à necessidade dessa mensuração é que surgiu a Contabilidade Ambiental. Ativo ambiental: Conjunto de bens e direitos destinados ou provenientes da atividade de gerenciamento ambiental, incluindo os gastos efetuados com conservação ambiental ou com a prevenção e redução de danos ambientais potenciais. • Hoje em dia, calcula-se o custo de preservação de um ativo que se exaure à medida que é explorado. Se não houver estudo nem ações para sua reposição, a própria empresa acabará por fechar, além de causar uma perda expressiva para o meio ambiente, causando também uma perda social pela extinção de empregos. Passivo ambiental: Representa os danos causados ao meio ambiente, representando, assim, a responsabilidade social da empresa com os aspectos ambientais. Objetivo: Prestação de informações úteis e oportunas quanto ao patrimônio de uma empresa, incluindo a capacidade de exploração das riquezas naturais, assim como o custo de reposição ou ampliação delas. Contabilidade dos times de futebol: Necessária a padronização das demonstrações contábeis dos clubes de futebol. As demonstrações contábeis não são padronizadas, o que dificulta (ou até impossibilita) a comparação. Além desse problema, os clubes precisam uniformizar os critérios para registro contábil de diversas transações. Isso estaria provocando desrespeito aos princípios fundamentais da Contabilidade. Contabilidade criativa: Elaborar as informações contábeis de forma a “maquiar” os dados reais. Características dos princípios e normas contábeis: • Existência de múltiplas estimativas; • Flexibilidade, arbitrariedade e subjetividade na aplicação; • Diferentes, porém válidas, interpretações dos princípios e normas contábeis; • Conceito-base de imagem fidedigna pouco claro ou indeterminado; • Cuidados da administração na aplicação de princípios como prudência, confrontação de receitas e despesas e uniformidade. Características sociais e de comportamento humano: • Valores éticos e culturais; • Atitude do administrador diante da fraude. Medidas para limitar a prática da “Contabilidade Criativa”: • Maior envolvimento dos auditores independentes nesta questão; • Implantação efetiva de comitês de auditoria que verifique a atuação de auditores de grandes empresas, por exemplo; • Incorporação de conselheiros externos nos conselhos de administração; • Melhoria do nível de revelação da informação contábil; • Estabelecimento de uma norma contábil mais precisa e concreta; • Limitação da liberdade dos gerentes na escolha das alternativas contábeis; • Eliminação do resultado das transações que envolvam estimativas subjetivas; • Estabelecimento de mecanismos legais para controle da “Contabilidade Criativa” que permitiria haver uma penalidade jurídica por praticá-la.
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