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Síndrome Metabólica e Outros Fatores de Risco para Doença Cardiovascular em população de obesos

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442
Santos et al. 
Síndrome Metabólica em População Obesa
Artigo Original
Rev Bras Cardiol. 2013;26(6):442-49
novembro/dezembro
Artigo 
Original
3
Núcleo de Nutrição - Centro Acadêmico de Vitória - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - Vitória de Santo Antão, PE - Brasil
Correspondência: Hilda Carla Moura dos Santos
E-mail: carlinhatsuki@gmail.com
Rua F, 12 - Redenção - 55612-060 - Vitória de Santo Antão, PE - Brasil
Recebido em: 08/07/2013 | Aceito em: 16/10/2013
Síndrome Metabólica e Outros Fatores de Risco para Doença Cardiovascular em 
População de Obesos
Metabolic Syndrome and Other Risk Factors for Cardiovascular Disease in an Obese Population
Hilda Carla Moura dos Santos, Luciana Gonçalves de Orange, Cybelle Rolim de Lima, 
Maria Magdala Sales de Azevedo, Keila Fernandes Dourado, Sheylane Pereira de Andrade
Resumo
Fundamentos: A síndrome metabólica (SM) se 
caracteriza pela perda da homeostase corporal. Está 
relacionada principalmente com a obesidade abdominal, 
que se associa às alterações no perfil lipídico, ao 
aumento da pressão arterial e à hiperinsulinemia, fatores 
esses que aumentam o risco de diabetes mellitus (DM) 
tipo 2, doenças cardiovasculares e resistência à insulina. 
A adesão ao exercício físico e a um plano alimentar 
saudável é fundamental no tratamento da SM. 
Objetivo: Verificar a prevalência da síndrome 
metabólica (SM) e outros fatores de risco para doenças 
cardiovasculares (DCV) em obesos. 
Métodos: Estudo transversal incluindo 293 pacientes 
obesos, acompanhados no ambulatório de nutrição. 
A SM foi definida segundo o NCEP-ATP III. 
Resultados: Dos indivíduos avaliados (44 homens e 
249 mulheres), 67,7 % apresentaram SM, sem diferença 
entre os sexos, e mais frequente nos idosos. As 
comorbidades mais prevalentes foram: dislipidemias 
(69,1 %), hipertensão arterial sistêmica (49,0 %) e 
diabetes mellitus ou intolerância à glicose (36,3 %). 
Aqueles com SM apresentaram maior frequência de 
outros indicadores para DCV (relação TG/HDL; razão 
cintura/estatura; LDL e CT). 
Conclusão: Verificou-se elevada prevalência de SM 
associada a várias comorbidades e outros indicadores 
para DCV.
Palavras-chave: Obesidade; Doenças cardiovasculares; 
Síndrome X metabólica
Abstract
Background: Metabolic syndrome (MS) is characterized 
by the loss of body homeostasis related mainly to 
abdominal obesity that is associated with lipid profile 
alterat ions, increased blood pressure and 
hyperinsulinemia, which are factors stepping up the 
risk of type 2 diabetes mellitus (DM2), cardiovascular 
disease and insulin resistance. Adherence to exercise 
and a healthy eating plan are vital for treating this 
syndrome. 
Objective: To ascertain the prevalence of metabolic 
syndrome (MS) and other risk factors for cardiovascular 
diseases (CVD) in obese patients. 
Methods: Cross-sectional study of 293 obese patients 
monitored at a nutrition outpatient clinic. MS was 
defined on the basis of the NCEP-ATP III. 
Results: Among the 44 men and 249 women 
evaluated, 67.7% had MS, with no significant 
difference between genders, but more frequent 
among the elderly. The most prevalent comorbidities 
were dyslipidemia (69.1%), systemic hypertension 
(49.0%) and diabetes mellitus or glucose intolerance 
(36.3%). Patients with MS presented higher rates for 
other CVD indicators (TG/HDL ratio, waist/height 
ratio, LDL and TC). 
Conclusion: The prevalence of MS was high, 
associated with several other comorbidities and CVD 
indicators. 
Keywords: Obesity; Cardiovascular diseases; 
Metabolic syndrome X
443
Santos et al. 
Síndrome Metabólica em População Obesa 
Artigo Original
Rev Bras Cardiol. 2013;26(6):442-49
novembro/dezembro
Introdução
A obesidade é uma doença multifatorial resultante do 
acúmulo de tecido adiposo que afeta praticamente todas 
as idades e grupos socioeconômicos. É definida como 
doença crônica e progressiva por causa das numerosas 
comorbidades associadas1,2. Dentre essas, destaca-se a 
síndrome metabólica (SM), um complexo distúrbio 
decorrente da perda da homeostase corporal, que envolve 
o metabolismo dos glicídios, lipídeos e proteínas, assim 
como a programação e a predisposição genética3.
A SM tem prevalência estimada entre 20-25 % na 
população geral, com comportamento crescente nas 
últimas décadas. Essa prevalência é ainda maior em 
homens e mulheres mais velhos, chegando a 42 % em 
indivíduos >60 anos4.
A obesidade abdominal ou central é um dos principais 
fatores de risco para esta síndrome5 e está diretamente 
associada às alterações no perfil lipídico, ao aumento 
da pressão arterial e à hiperinsulinemia, fatores estes 
que aumentam o risco do diabetes mellitus tipo 2 (DM2), 
doenças cardiovasculares (DCV) e resistência à 
insulina (RI)6. Esta última refere-se à diminuição da 
ação da insulina endógena em seus tecidos-alvo, 
resultando em elevados níveis plasmáticos de 
glicose que induzem o pâncreas a liberar excesso de 
insulina (hiperinsulinemia) que, em longo prazo, 
culmina com intolerância à glicose e DM27.
Indivíduos com SM apresentam risco duas a três vezes 
maior de doenças cardiovasculares. Assim, há um 
enorme apelo médico e socioeconômico para se 
identificar os marcadores da SM que possam auxiliar 
no combate à progressão da atual epidemia8.
Segundo o National Cholesterol Education Program’s 
Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III)9, para 
diagnosticar a SM é necessário o indivíduo apresentar 
pelo menos três dos seguintes fatores: obesidade 
central por meio da circunferência da cintura (CC) 
(homens >102 cm e mulheres >88 cm); dislipidemia (DSL) 
(triglicerídeos (TG) ≥150 mg/dL ou HDL <40 mg/dL 
para homens e <50 mg/dL para mulheres); pressão 
arterial (PA) sistólica ≥130 mmHg ou PA diastólica 
≥85 mmHg; e hiperglicemia de jejum (glicemia de 
jejum (GJ) ≥110 mg/dL)9.
Sabe-se que no tratamento de indivíduos obesos com 
ou sem SM, a perda ponderal é bastante relevante. 
Dados da literatura apontam que a perda de 7-10 % do 
peso inicial já é suficiente para promover melhora na 
circunferência abdominal, no perfil lipídico e na 
glicemia10. Portanto, a adesão a tratamento dietoterápico 
e à prática de exercícios físicos são fundamentais no 
tratamento da SM, bem como da obesidade se for o 
caso. O plano alimentar proposto deve ser 
individualizado, no qual inicialmente se devem 
estabelecer as necessidades do indivíduo a partir da 
avaliação nutricional, incluindo a determinação do 
índice de massa corporal, circunferência do abdômen 
e, quando possível, a composição corpórea11, o que 
permitirá uma adequada conduta nutricional.
Este trabalho teve por objetivo verificar a prevalência 
da SM e de outros fatores de risco para desenvolvimento 
de doenças cardiovasculares em população obesa em 
acompanhamento dietoterápico.
Métodos
O estudo foi desenvolvido no Centro de Saúde de 
Especialidades da Vitória (CESV) do município de 
Vitória de Santo Antão, PE, no período de janeiro a 
novembro 2011.
Estudo do tipo transversal, com os dados coletados em 
fichas de avaliação nutricional de pacientes obesos 
atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no CESV. 
Foram incluídos apenas pacientes consultados por 
nutricionista do CESV com diagnóstico de obesidade 
[IMC ≥30 kg/m2 para adultos (20-59 anos) e IMC 
>27 kg/m2 para idosos (>60 anos)], com idade ≥20 anos, 
e excluídos os pacientes em período gestacional, 
amputados, oncológicos e com distúrbios neurológicos.
A avaliação nutricional incluiu dados laboratoriais e 
medidas antropométricas baseadas em informações 
coletadas nos documentos analisados. A antropometria 
consistiu em: peso, estatura, índice de massa corporal 
e circunferência da cintura.
O estado nutricional daqueles com idade entre 20-59 anos 
foi avaliado segundo o IMC de acordo com a 
Organização Mundial da Saúde12; e dos idosos também 
através do IMC, segundo critérios de Lipschitz13.
Os dados bioquímicos analisados foram glicemia de 
jejum (GJ), colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), 
HDL eLDL, utilizando-se o kit Human®. Para a 
classificação do perfil lipídico utilizou-se a IV Diretriz 
Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da 
Aterosclerose14, e para a glicemia de jejum as 
recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes15.
Foram avaliados os seguintes indicadores de risco 
cardiovascular: razão TG/HDL baseando-se na 
classificação de Hanak et al.16, a qual considera risco 
cardiovascular quando TG/HDL ≥3,8; e razão cintura/
estatura de acordo com Pitanga e Lessa17, que preconizam 
os pontos coorte: 0,52 para homens e 0,53 para mulheres.
O diagnóstico da SM foi realizado segundo critérios 
do NCEP-ATP III, adotados pela I Diretriz Brasileira 
da Síndrome Metabólica11.
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Santos et al. 
Síndrome Metabólica em População Obesa
Artigo Original
Rev Bras Cardiol. 2013;26(6):442-49
novembro/dezembro
Os cálculos estatísticos foram realizados utilizando-se 
os softwares SPSS 13.0 para Windows e o Excel 2003. 
Todos os testes foram aplicados com 95 % de confiança. 
Os resultados estão apresentados com suas respectivas 
frequências absoluta e relativa. As variáveis numéricas 
estão expressas em médias±desvio-padrão. 
Para as variáveis quantitativas foi utilizado o teste 
de normalidade de Kolmogorov-Smirnov. Para 
verificar a existência de associação foi utilizado o teste 
do qui-quadrado e o teste exato de Fisher para as 
variáveis categóricas. Na comparação entre os 
grupos: teste t de Student (distribuição normal) e 
Mann-Whitney (não normal).
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em 
Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde (UFPE), sob 
o nº CAAE- 0259.0.172.000-11. 
Resultados
Foram avaliados 293 indivíduos obesos, 44 (15 %) 
homens e 249 (85 %) mulheres. Houve predomínio de 
adultos na faixa etária de 20-59 anos: 220 indivíduos 
(75,1 %) e 73 (24,9 %) com idade ≥60 anos. Outras 
características clínicas da população estudada podem 
ser observadas na Tabela 1.
A prevalência de SM na população estudada foi 67,7 %, 
sendo 65,9 % nas mulheres e 78,4 % nos homens, sem 
significado estatístico. A SM se mostrou mais 
prevalente nos idosos (84,8 %) em relação aos não 
idosos (61,5 %).
Na Tabela 2 pode ser observada a prevalência dos 
componentes da SM segundo os critérios da NCEP-
ATP III. Destaca-se que todos os critérios apresentaram 
diferença significativa (p≤0,001) entre os portadores 
ou não de SM. Presença de hipertensão arterial 
sistêmica (HAS) e obesidade abdominal foram os 
componentes mais frequentes.
No que se refere aos outros indicadores de risco 
cardiovascular analisados, verificou-se que todos os 
indivíduos apresentavam pelo menos um indicador 
positivo. Do total de pacientes, 37,3 % tinham a razão 
TG/HDL ≥3,8 e 100,0 % apresentavam a razão cintura/
estatura (RC/Est) ≥0,52 para homens e ≥0,53 para 
mulheres. Ressalta-se que o LDL e o CT, embora não 
sejam considerados critérios diagnósticos para a SM, 
apresentaram diferença significativa entre os grupos 
(p<0,05) (Tabela 3). 
A comorbidade mais prevalente foi a DSL, presente 
em 201 (69,1 %) pacientes do total, sendo: 159 (54,6 %) 
com CT elevado, 121 (54,3 %) com HDL baixo, 
147 (53,1 %) com TG elevado e 42 (19,6 %) com LDL 
elevado. Em seguida a HAS, presente em 173 (49 %) 
pacientes, se apresentou mais prevalente, acompanhada 
do DM ou intolerância à glicose que esteve presente 
em 103 (36,3 %) pacientes. Entretanto na avaliação da 
frequência dessas comorbidades, verificou-se maior 
frequência de DSL e/ou HAS no sexo feminino e da 
DM isolada no sexo masculino (Tabela 4).
Tabela 1
Características da população obesa estudada, de acordo com o sexo
Variáveis
Sexo
p-valorMasculino 
Média ± DP
Feminino 
Média ± DP
Peso 91,4 ± 16,47 81,9 ± 13,15 <0,001 *
CC 108,7 ± 8,84 104,7 ± 9,99 0,014 *
CT 200,9 ± 45,13 209,7 ± 49,52 0,278 *
LDL 113,4 ± 30,32 121,2 ± 45,07 0,235 *
Mediana (Q1; Q3) Mediana (Q1; Q3)
Idade 57,0 (37,0; 64,0) 45,0 (32,0; 57,0) 0,008 **
Estatura 164,3 (156,4; 168,4) 153,9 (148,8; 159,0) < 0,001 **
IMC 32,8 (30,7; 36,8) 33,8 (31,3; 37,0) 0,341 **
GJ 106,5 (84,0; 148,0) 90,0 (80,0; 115,5) 0,024 **
HDL 42,0 (35,5; 55,0) 47,0 (41,0; 58,0) 0,025 **
TG 194,0 (122,5; 278,5) 152,5 (109,3; 199,0) 0,019 **
CC=circunferência da cintura; CT=colesterol total; IMC=índice de massa corporal; GJ=glicemia de jejum; TG=triglicerídeos; LDL=lipoproteína 
de baixa densidade; HDL=lipoproteína de alta densidade
(*) Teste t de Student; (**) Teste de Mann-Whitney
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Síndrome Metabólica em População Obesa 
Artigo Original
Rev Bras Cardiol. 2013;26(6):442-49
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Tabela 2
Prevalência dos componentes da síndrome metabólica segundo a NCEP-ATP III
Variáveis
Síndrome metabólica
p-valorSim Não
n % n %
PAS ≥130 mmHg 
ou PAD ≥85mmHg
Presente 134 79,8 29 36,3
< 0,001*
Ausente 34 20,2 51 63,7
Glicemia de jejum
< 110 mg/dL1 75 45,2 71 94,7
< 0,001*110-125 mg/dL
2 17 10,2 0 0,0
>126 mg/dL3 74 44,6 4 5,3
Obesidade 
abdominal
Ausente 2 1,2 9 11,3
0,001**
Presente 163 98,8 71 88,8
Triglicerídeos
≥ 150 mg/dL 117 70,5 16 20,5
< 0,001*
Aceitável 49 29,5 62 79,5
HDL
Aceitável 43 30,3 59 73,7
< 0,001*
Baixo 99 69,7 21 26,3
Tabela 3
Prevalência de outros fatores de risco para doença cardiovascular na população estudada
Variáveis
Síndrome metabólica
p-valorSim Não
n % n %
TG/HDL
≥ 3,8 71 50,7 11 14,1
< 0,001 *
Normal 69 49,3 67 85,9
CT
> 200 mg/dL 108 64,3 26 32,5
< 0,001 *
Aceitável 60 35,7 54 67,5
LDL
≥ 160 mg/dL 32 23,7 09 11,5
0,047 *
Aceitável 103 76,3 69 88,5
IMC
Obesidade grau 1 114 67,9 47 58,7
0,372 *Obesidade grau 2 38 22,6 23 28,8
Obesidade grau 3 16 9,5 10 12,5
TG/HDL=Razão triglicerídeos/lipoproteína de alta densidade; CT=colesterol total; LDL=lipoproteína de baixa densidade; IMC=índice 
de massa corporal
(*) Teste do qui-quadrado
PAS=pressão arterial sistólica; PAD=pressão arterial diastólica; HDL=lipoproteína de alta densidade; (1) Aceitável; (2) Intolerância à glicose; 
(3) Diabetes
(*) Teste do qui-quadrado; (**) Teste exato de Fisher
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Síndrome Metabólica em População Obesa
Artigo Original
Rev Bras Cardiol. 2013;26(6):442-49
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Discussão
Baseado nos critérios do NCEP-ATP III, uma alta 
prevalência da síndrome metabólica (SM) foi 
encontrada na população estudada. Quando 
comparado a outros estudos, verifica-se que esta 
prevalência assemelha-se com a do estudo de 
Oliveira et al.18 que encontrou alta prevalência em 
pacientes obesos. Esses resultados já eram esperados, 
já que indivíduos obesos têm maiores chances de 
serem portadores de SM19.
No grupo de obesos avaliados predominou a presença 
feminina, presumivelmente, por se preocuparem mais 
em procurar assistência à saúde em relação aos 
homens, no entanto, sem diferença significativa em 
relação à SM. Alguns estudos encontraram maior 
frequência dessa síndrome em mulheres18,20,21.
A idade se apresentou como uma variável de grande 
influência sobre a SM, coerente com outros autores. 
Eles justificam que a influência da senescência ocorre 
porque, na atualidade, aqueles com mais idade, 
adquiriram hábitos de vida mais caracteristicamente 
urbanos, além do acesso a bens que reduzem a 
demanda de esforço físico para a realização de suas 
tarefas cotidianas e contribuem para o desequilíbrio 
do balanço energético e ganho de peso corporal18,22,23. 
Ocorre então uma redistribuição de gordura (aumento 
na gordura corporal total e redução do tecido 
muscular), as quais podem desencadear o aparecimento 
de doenças como as DCV e DM24.
Em relação aos critérios para a SM, os componentes 
mais frequentes foram, em sequência: PA elevada, 
obesidade abdominal, hipertrigliceridemia, HDL 
baixo e hiperglicemia ou intolerância à glicose. Os dois 
primeiros mais frequentes se devem à forte relação 
destes com a obesidade e SM25,26. Salaroli et al.23, 
verificando os componentes da SM entre homens e 
mulheres, encontraram a HAS comoa mais frequente 
em ambos os sexos, similarmente aos achados do 
presente trabalho23. A obesidade central foi menos 
frequente nos homens e ocupou o terceiro lugar nas 
mulheres, provavelmente em decorrência de a 
população pesquisada não ser composta apenas por 
obesos.
Sullivan e Samuel27, avaliando o efeito da terapia 
Pritikinem em 67 pacientes com SM, durante 12-15 dias 
(terapia consiste na adoção de exercício físico regular 
e de uma dieta com muito baixo teor de gordura, baixo 
teor de sódio e rica em fibras), encontraram diminuição 
do IMC, níveis pressóricos, glicemia, LDL (10-15 %), 
triglicerídeos (36 %) e como consequência dessas 
modificações, 37 % dos pacientes saíram do diagnóstico 
de SM27. Confirmando esses achados, Azadbakht et al.28, 
verificando o efeito do modelo dietético Dietary 
Approaches to Stop Hypertension (DASH): dieta rica 
em frutas, vegetais, produtos lácteos pobres em 
gorduras e associada a um consumo restrito de sódio 
(<5,8 g NaCl/dia), em 116 indivíduos portadores de 
SM, observaram melhora acentuada no perfil de todos 
os componentes da SM (reduções de cintura abdominal, 
peso, triglicerídeos e níveis pressóricos e aumento do 
HDL)28.
Destaca-se também que a mediana do HDL foi menor 
entre os homens do estudo. Rigo et al.21, estudando 
uma população idosa de ambos os sexos, encontraram 
que a metade tinha SM e que os homens apresentavam 
valores menores de HDL em relação aos valores das 
mulheres21. Sugere-se que esse resultado esteja 
relacionado à idade dos homens, que apresentaram 
Tabela 4
Comorbidades encontradas na população obesa estudada, de acordo com o sexo
Comorbidades
Sexo
Masculino Feminino
n % n %
Nenhuma 2 4,5 36 14,5
HAS e/ou DSL 15 34,1 119 47,8
Diabetes ou intolerância à glicose 5 11,4 5 2,0
Doenças do TGI 1 2,3 1 0,4
Doenças ósseas 0 0,0 1 0,4
Doenças associadas* 21 47,7 87 34,9
HAS=hipertensão arterial sistêmica; DSL=dislipidemias; TGI=trato gastrointestinal
(*)Duas ou mais das doenças associadas
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mediana maior [57,0 (37,0; 64,0)], uma vez que a idade 
avançada é condição que dificulta a prática de 
exercícios físicos, fator que eleva o HDL sérico, 
segundo Durstine e Haskell29.
Vale salientar que embora os parâmetros de LDL e CT 
não sejam considerados critérios para a SM segundo 
o NCEP-ATP III, na amostra estudada mostraram-se 
elevados naqueles pacientes portadores da SM, como 
também as razões TG/HDL e cintura/estatura, esta 
última demonstrando uma forte associação entre a 
obesidade e a SM e, portanto, alta sensibilidade como 
indicador de risco cardiovascular. Freitas et al.20 
verificaram de maneira similar que a razão TG/HDL 
foi mais alta naqueles em que a síndrome foi 
diagnosticada20, confirmando que portadores da SM 
apresentam frequentemente aumento da fração 
pequena e densa do LDL que possui um potencial 
aterosclerótico maior30. A partir desses achados, torna-se 
relevante a necessidade de avaliar estes e outros 
parâmetros de risco cardiovascular nesses pacientes. 
Como exemplo, a presença do tabagismo, que não foi 
incluída nas fichas dos pacientes estudados; no entanto 
este hábito é um importante fator de risco 
aterosclerótico, que deve ser avaliado14.
Em relação à classificação do IMC, a obesidade grau I 
foi a mais prevalente no atual estudo, tanto no total 
da população quanto naqueles com SM. Este achado 
sugere um melhor prognóstico no tratamento desses 
pacientes, uma vez que a perda de peso alcançada com 
adequada orientação nutricional e prática de exercício 
físico trará mais rapidamente a classificação do IMC 
para a normalidade31,32.
Embora a maioria dos pacientes apresentasse 
obesidade grau I, verificou-se alta prevalência de 
comorbidades nesses indivíduos, o que pode ser 
justificado pela idade dos participantes, que é 
diretamente proporcional ao surgimento de 
comorbidades, como demonstrado em alguns 
estudos18,22,23,26.
Destaca-se ainda que todos os participantes apresentavam 
pelo menos um indicador positivo para risco 
cardiovascular, diferente do estudo de Souza et al.26, que 
observou que apenas 50 % dos indivíduos eram 
por tadores de a lgum r i sco para eventos 
cardiovasculares26. Esse fato advém da diferença entre 
os indivíduos avaliados; a obesidade, fator de inclusão 
do presente estudo, por si só já é considerada um fator 
de risco cardiovascular33. Quanto à CC, os homens 
apresentaram valores maiores em relação às mulheres, 
possivelmente porque a obesidade abdominal 
(androide) ocorre comumente em homens2,34.
A comorbidade mais prevalente na população 
estudada foi DSL, seguida da HAS e DM, coerente, em 
parte com os achados de Carneiro et al.19, que também 
analisaram essas variáveis em uma população com 
excesso de peso (sobrepeso e obesidade) e detectaram 
maior prevalência de hipercolesterolemia (49,1 %), 
seguida da HAS (43,8 %), DM ou intolerância à glicose 
(21,8 %) e hipertrigliceridemia (21,3 %). Esses autores 
concluíram que a obesidade favorece a ocorrência dos 
fatores de risco cardiovascular19. Ressalta-se que no 
presente estudo esses valores percentuais se 
apresentaram mais elevados, considerando-se a 
diferença entre as populações estudadas.
Entretanto, o estudo de Souza et al.26 realizado com a 
população geral demonstrou percentuais bem 
menores (6,0 % para DM, 24,2 % para DSL e 30,5 % 
para HAS), embora mais frequentes em indivíduos 
com excesso de peso26. Além disso, Porto et al.35, 
avaliando obesos grau III, encontraram prevalência 
mais alta de HAS (66,0 %) e de LDL elevado (66,7 %) 
do que a do atual estudo e evidenciaram a relação 
entre IMC elevado com maior frequência de HAS, DM 
e outros distúrbios metabólicos35. Provavelmente isto 
se deve à elevada quantidade de gordura que os 
obesos mórbidos possuem, que proporciona maiores 
complicações relacionadas à gênese da HAS e outras 
comorbidades12,36.
Carneiro et al.19 verificaram que a HAS era a única 
variável que continuou a se elevar junto com o IMC, 
fato este também observado nos estudos citados 
anteriormente12,35,36. Verifica-se, assim, a relação 
diretamente proporcional do surgimento dessas 
comorbidades com o IMC, sendo mais acentuada com 
a HAS.
Em relação ao sexo e comorbidades, verificou-se que 
a HAS e/ou DSL foram mais prevalentes no sexo 
feminino e a DM isolada no sexo masculino, coerente 
com os valores médios superiores da GJ e de TG 
plasmático na população masculina. Esses dados 
sugerem que os pacientes em estudo provavelmente 
apresentavam hábitos alimentares inadequados, 
caracterizados principalmente por dieta rica em 
glicídios, sobretudo de alto índice glicêmico, o que já 
está comprovadamente relacionado com o ganho de 
peso excessivo e também com a elevação de glicemia 
plasmática e hipertrigliceridemia37,38.
A maioria dos pacientes apresentava mais de uma 
comorbidade associada, o que foi observado com 
maior frequência no sexo masculino. Este fato pode 
ser explicado pela maior idade dos homens, quando 
se elevam os riscos de comorbidades, principalmente 
cardiovasculares39,40.
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O diagnóstico precoce da SM se faz necessário a fim 
de reduzir os riscos para DCV associados. Sugere-se 
que através de uma equipe multidisciplinar, sejam 
realizadas ações que objetivem a prevenção dos fatores 
que determinam o desenvolvimento da obesidade e 
da SM. Profissionais como o nutricionista e o educador 
físico são indispensáveis nesse tratamento, tendo em 
vista que o exercício físico associado a uma dieta 
equilibrada promove uma perda ponderal. Esta auxilia 
na regulação do perfil lipídico, redução da pressão 
arterial, resistência à insulina e circunferência 
abdominal, contribuindo dessa forma com a redução 
da morbimortalidade nessa população.
Conclusão
A população de obesos estudada apresentouelevada 
prevalência de SM; confirmando a íntima relação da 
obesidade com a presença desta síndrome. Não houve 
diferença significativa entre os sexos, e o diagnóstico 
da SM foi mais frequente nos idosos. Foram 
identificadas outras comorbidades, com maior 
frequência nos pacientes portadores de SM.
Potencial Conflito de Interesses 
Declaro não haver conflitos de interesses pertinentes.
Fontes de Financiamento
O estudo não apresentou fontes de financiamento externo.
Vinculação Acadêmica
Este artigo representa parte do Trabalho de Conclusão de 
Curso (TCC) de graduação em Nutrição de Hilda Carla 
Moura dos Santos pelo Centro Acadêmico de Vitória da 
Universidade Federal de Pernambuco.
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