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FACULDADE FAVENI
PÓS GRADUÇÃO EM NUTRIÇÃO CLINICA 
VALDECI FERREIRA RAMOS
SÍNDROME METABÓLICA POR DIVERSOS DIAGNÓSTICOS: UMA REVISÃO 
SALVADOR/BAHIA
2019
SÍNDROME METABÓLICA POR DIVERSOS DIAGNÓSTICOS: UMA REVISÃO 
AUTOR: VALDECI FERREIRA RAMOS
Declaro que sou autora deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO
A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada por um conjunto de aglomerado de comorbidades de fatores de risco. Os principais fatores de risco que compõe a SM são: obesidade abdominal, hiperglicemia, hipertensão e dislipidemia, caracterizada pelo aumento dos triglicerídeos e diminuição do HDL. No momento atual não há um consenso sobre o melhor critério diagnóstico para identificar a síndrome metabólica, uma vez que existe grandes discursões sobre qual o melhor critério e pontos de corte. E ainda é recente a prevalência desta, do mesmo modo a de cada componente associado, ainda é pouco investigada na população em geral. Diante disso, a finalidade desta revisão foi o de identificar quais o estudo melhor se encaixa na prevalência da síndrome metabólica na população brasileira: A prevalência da SM sobre os critérios das principais propostas utilizadas nos estudos referentes à população adulta de modo em geral foi em primeiro IDF estudo realizado por Rigo et al. (2009) que se deu a prevalência de 62,3% em homens e 64,6% em mulheres. De acordo com o NCEP-ATP III a prevalência de SM encontrada variou 38,8%, a 29,8%, a OMS ficou em terceiro lugar com um estudo realizado por Coutinho et al., (2014) com pacientes adultos e idosos, ambos os sexos, portadores de SM na cidade de Salvador-Ba revelando uma forte associação desta Síndrome com a Microalbuminúria (19%). Não foi encontrado nenhum estudo abordando o critério da AACE por ela prevalecer resistência insulínica como o fator principal a mesma coisa acontece com o EGIR por utilizar como critério obrigatório a insulina no plasma > 75 percentis associada a mais dois seguintes critérios não é comumente utilizado em comparação aos demais. A promoção da saúde deve considerar as mudanças no estilo de vida, sobretudo na atividade física regular e nas praticas alimentares de cada um, atuando de forma preventiva, uma vez que pode contribuir para a redução de mortalidade associada à síndrome metabólica.
PALAVRAS-CHAVE: Síndrome metabólica, Ponto de Cortes, Parâmetro Diagnóstico.
E-MAIL: vallramoss@gmail.com
1. INTRODUÇÃO
A Síndrome Metabólica (SM) corresponde a um aglomerado de comorbidades que estão associadas principalmente com a má alimentação, sedentarismo, obesidade e também a fatores genéticos. Foram descritos, a priori, por Reaven (1988) conceitos sobre a coexistência de anormalidades metabólicas e vasculares, que em conjunto, constituiriam uma síndrome, sendo esta causada pela resistência à insulina, hiperglicemia, hipertensão arterial, lipoproteína de alta densidade (HDL-colesterol) baixa e triglicérides elevadas, levando assim ao desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares. Para esta síndrome, Reaven a nomeou de síndrome X ou síndrome de resistência à insulina. (REAVEN, 1988).
O problema deste estudo consiste em conhecer os critérios utilizados na Síndrome Metabólica?
 	Pois desde sua descrição, a SM teve inúmeras modificações que explicavam a sua fisiopatogenia, culminando com os conceitos atuais que são definidos por uma constelação de interligado fisiológico, bioquímico, clínico, e fatores metabólicos que aumenta diretamente o risco de doença cardiovascular e mortalidade (I-DBTSM, 2005; JUNQUEIRA et al., 2011).
Desta forma o objetivo geral foi Identificar estudos que envolvem prevalência da síndrome metabólica na população brasileira.
Pois a SM corresponde à associação de fatores como a: resistência à insulina, a adiposidade visceral, dislipidemia aterogênica, disfunção endotelial, suscetibilidade genética, pressão arterial elevada e estresse crônico devido ao processo inflamatório (ALKERWI, 2011, GUIDELINES, 2005, FORD et al., 2005). 
Os objetivos específicos foram delimitados da seguinte forma: compreender os estudos que abordem a prevalência da síndrome metabólica na população brasileira; apresentando a prevalência da síndrome metabólica de acordo com a faixa etária, adultos e idosos; explanando a prevalência da síndrome metabólica de acordo com diferentes critérios diagnósticos. Levando em consideração que a síndrome metabólica é uma inflamação crônica como é conhecida por estar associada com a obesidade visceral e a resistência à insulina, que é caracterizada pela produção anormal de adipocitocinas, tais como fator de necrose tumoral (TNF) interleucina-1 (IL-1), interleucina-6 (IL-6), leptina e adiponectina. A integração entre os componentes do fenótipo clínico da síndrome com o seu fenótipo biológico (resistência à insulina, dislipidemia, entre outros) contribui para o desenvolvimento de um estado pró-inflamatório e concomitantemente uma inflamação vascular crônica, subclínica que modula e resulta em processos ateroscleróticos (KAUR et al., 2014). 
Sendo que a obesidade, frequentemente está associada a SM, que corresponde a um dos fatores de risco para o surgimento de outras doenças crônicas, como: hipertensão, diabetes além de doenças cardiovasculares que respondem por 72% dos óbitos no Brasil (STEINBERGER et al., 2009). Porém, apesar dessa evidência, os números de casos continuam crescentes nos dias atuais e poucas são as medidas efetivas para resolver o alto índice de prevalência e incidência da SM.
A síndrome metabólica corresponde a um transtorno complexo que agrega várias alterações clínicas como as doenças crônicas não transmissíveis, constituindo-se num potente fator de risco provável para doenças cardiovasculares. Como os seus componentes (dislipidemia, diabetes, hipertensão arterial, obesidade, entre outros) isolados são fatores reconhecidos de risco cardiovascular, sua associação, consequentemente, confere muito maior risco.
 Desta forma, a necessidade de estudar a SM e identificar um diagnóstico mais adequado para uma determinada população se faz de extrema importância, levando em consideração estudos de prevalência, para que o tratamento desta Síndrome seja realizado de forma mais apropriada e eficaz.
Trata-se de uma revisão de literatura, o qual compreende as seguintes etapas: identificação do tema e formulação da questão de pesquisa, elaboração dos critérios de inclusão e exclusão de artigos, construção de instrumento para coleta de dados relevantes dos artigos encontrados, avaliação e análise dos artigos selecionados na pesquisa, interpretação e discussão dos resultados obtidos e apresentação da revisão. “A busca foi realizada nas bases de dados: PUBMED, BIREME e SCIELO, com as palavras chaves: “síndrome metabólica” and “síndrome X”, “síndrome Plurimetabólica”, “ Fatores de Riscos” utilizando esses termos em inglês e português.
2. DESENVOLVIMENTO
		De acordo a Gerald Reaven a Síndrome Metabólica foi descrita em 1988 com a denominação “Síndrome X” ou Plurimetabólica. Essa concepção foi baseada em apanhados que mostravam uma ligação de uma série de fatores de risco cardiovascular, vasculares periféricos e diabetes. Desde sua descrição, a SM teve inúmeras transformações que explicavam a sua fisiopatogenia, culminando com as concepções atuais que são definidas por uma constelação de interligado fisiológico,bioquímico, clínico, e fatores metabólicos que aumenta diretamente o risco de doença cardiovascular e mortalidade (Reaven 1988).
		A SM (Síndrome Metabólica) corresponde à associação de fatores como a: resistência à insulina, a adiposidade visceral, dislipidemia aterogênica, disfunção endotelial, suscetibilidade genética, pressão arterial elevada e estresse crônico devido ao processo inflamatório (ALKERWI, 2011, GUIDELINES, 2005, FORD et al., 2005).
3. TABELA 1 - Os critérios de diagnóstico propostos para o diagnóstico clínico de SM (Síndrome Metabólica).
	Medida Clinica
	WHO (1998)
	EGIR (1999)
	ATPIII (2001)
	AACE (2003)
	IDF (2005)
	
Resistência à insulina
	Hiperglicemia de jejum, hiperglicemia pós-prandial, DM2, ou sensibilidade insulínica mais dois dos seguintes critérios.
	A insulina no plasma > 75 mais dois seguintes critérios.
	Nu Nenhum Três dos cinco critérios seguintes.
	Hiperglicemia de jejum ou pós-prandial, mais qualquer dos seguintes, baseados nos critérios clínicos.
	
Nenhum
	
Peso
	Relação cintura quadril >0,90 (masc); e >0,85 (fem) e/ou IMC >30 kg/m
	Per. abd. ≥94 cm (masc) Ou ≥80 cm (fem)
	Per. abd. ≥102 cm (masc) ou ≥88 cm (fem)
	
	Perímetro abd. Aumentado população específico mais dois dos seguintes critérios
	Lipídios
	TGs ≥150 mg / dL e / ou HDL – C < 35 mg / dL em H ou < 39 mg / dL em M
	TGs HD150 mg / dL e / ou HDL – C < 39 mg / dL 
	TGs ≥150 mg / dL e / ou HDL – C < 40 mg / dL H,
	TGs ≥150 mg / dL e HDL – C < 40 mg / dL em H, ou 
	TGs ≥150 mg / dL e HDL – C < 40 mg / dL em H, ou 
	Delta Pressão Arterial
	≥140/90 mm Hg
	≥140/90 mm Hg ≥140/90 mm Hg
	≥130/85 mm Hg
	≥130/85 mm Hg
	≥130/85 mm
Hg.
	Glicose
	Hiperglicemia de jejum ou pós-prandial ou DM 2
	Hiperglicemia de jejum ou pós−prandial ou DM 2
	> 110 mg / dL ( inclui diabetes )
	Hiperglicemia de jejum ou pós-prandial ou DM 2
	≥100 mg / dL ( inclui diabetes)
	Outro
	Microalbuminúria 
	
	
	Outros índices para resistência insulínica
	
Per.abd.= perímetro abdominal; IMC = índice de massa corpórea; DM = diabetes mellitus WHO = Organização Mundial da Saúde; EGIR = Grupo Europeu para o Estudo da resistência à insulina; NCEP-ATP III = Programa Educacional Nacional Colesterol , AACE= Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos; IDF = Federação Internacional de Diabetes Fonte: ( JUNQUEIRA et al.2010).
3.1. Principais Patologias
		A inflamação crônica é conhecida por estar associada com a obesidade visceral e a resistência à insulina, que é caracterizada pela produção anormal de adipocitocinas, tais como fator de necrose tumoral (TNF) interleucina-1 (IL-1), interleucina-6 (IL-6), leptina e adiponectina. A integração entre os componentes do fenótipo clínico da síndrome com o seu fenótipo biológico (resistência à insulina, dislipidemia, entre outros) contribui para o desenvolvimento de um estado pró-inflamatório e concomitantemente uma inflamação vascular crônica, subclínica que modula e resulta em processos ateroscleróticos (KAUR et al., 2014).
		As manifestações começam na idade adulta ou na meia-idade e aumentam muito com o envelhecimento. O número de casos na faixa dos 50 anos é duas vezes maior do que aos 30, 40 anos. Embora acometa mais o sexo masculino, alguns grupos tem um risco aumentado de desenvolver a síndrome metabólica: pessoas com história familiar e/ou pessoal de diabetes além de mulheres com história pessoal de Síndrome de Ovários Policísticos (SOP). (SPOSITO et al., 2007, SOCESP, 2004).
		Atualmente os fatores de risco cardiovascular são definidos como representativas biológicas ou estilos de vida que aumentam a probabilidade (risco) de morbidade e mortalidade cardiovascular.
3.2. Componentes da Síndrome Metabólica.
		Na atualidade por ter crescido o índice de doenças cardiovasculares, tendo causados mortalidade de modo geral no Brasil, é fundamental conhecer cada fator de risco que compõe a SM e saber compreender a contribuição de cada um deles no risco cardiovascular (RIGO, 2007) sendo os principais fatores de risco, as dislipidemias (triglicérides elevadas e baixo nível de HDL), obesidade central, hipertensão arterial que tem um destaque maior e hiperglicemia (glicemia em jejum).
Elevação do Triglicérides 
Redução do HDL-c
Circunferência da Cintura Elevada
Hipertensão Arterial 
Circunferência da Cintura Elevada
3.3. Dislipidemias.
De acordo Giuliano & Caramelli (2007) a dislipidemia está interligada à elevação do colesterol total (CT), das triglicérides altas (TG), do LDL e redução do HDL. Deste modo a dislipidemias, relacionadas com a síndrome metabólica, é uma conjunção de Triglicérides elevados e baixa concentração de HDL, repetidamente relacionados com resistência à insulina e geralmente observados em indivíduos com diabetes tipo 2.
Segundo a Rigo (2007) o HDL baixo está associado com doença cardiovascular prematura, crescendo o risco de infarto do miocárdio entre indivíduos sem doença arterial coronariana conhecida. Este pode ocorrer como uma anormalidade isolada, ou mais frequentemente, em associação com hipertrigliceridemia, que também pode ser considerada como um fator de risco independente para DCV, mesmo quando associada com níveis elevados de LDL e reduzidos de HDL.
A partir disso, quando a hipertrigliceridemia e o HDL baixo estão associados às lipoproteínas ricas em TG, quando presentes em concentrações elevadas, trocam seu conteúdo de TG por colesterol das HDL e LDL através da proteína de transferência de colesterol esterificado (CETP). Dependendo dos níveis de TG e da atividade da CETP, as partículas de HDL diminuem seu conteúdo de colesterol, trocando por TG. Assim, com o aumento dos níveis de TG, não só o nível de HDL, mas o tamanho e o número das partículas de HDL diminuem, reduzindo-se a proteção conferida pelas HDL. Assim os baixos níveis de HDL parecem interagir com a hipertrigliceridemia e elevar o risco cardiovascular (RIGO, 2007).
3.4. Obesidade Central.
Pela visão de Lopes (2007) os cidadãos portadores da SM apresentam a chamada obesidade central, avista disto, ocorrem acúmulo de gordura principalmente no abdômen e nas vísceras. Que têm mostrado que a gordura visceral ou obesidade central, popularmente conhecida como obesidade do tipo maçã, tem relação muito mais forte com doenças cardiovasculares. A gordura quando é concentrada nos quadris e no tecido subcutâneo, está mais associada com a ocorrência da resistência à insulina sendo assim cresce o índice da diabetes tipo 2.
Sendo a obesidade central ligada com a resistência à insulina e hiperglicemia, ou seja, o mecanismo pelo qual a gordura corporal excessiva provoca resistência à insulina e prejudica o metabolismo da glicose, está relacionado com os depósitos de gordura (especialmente o tecido adiposo visceral), ou seja, há uma elevação dos ácidos graxos livres (AGL) e triglicérides no músculo esquelético, prejudicando assim, a secreção de insulina e elevando os níveis de glicose, aumentando o risco de desenvolver diabetes (ALBERTI et al., 2005).
3.5. Hipertensão Arterial.
Está definido com a presença de níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer circular o sangue através dos vasos sanguíneos. A mesma fica superior a 140 mmHg de pressão sistólica e 90 mmHg de diastólica, em pelo menos duas aferições subsequentes, obtidas em dias diferentes ou mesmo em condições de repouso e ambiente tranquilo (WHO, 1999).
De acordo a Lopes (2005), a hipertensão propriamente dita e o histórico familiar para hipertensão têm relação direta com a síndrome metabólica. Sendo parte dessas alterações metabólicas consequências da atividade aumentada no tecido adiposo.
3.6. Glicemia em Jejum e Resistência à Insulina.
De acordo com BATISTA et al., (20050, a diabetes mellitus tipo 2 é uma síndrome heterogênea das mais prevalentes no mundo que resulta de deficiência na secreção e na ação da insulina, sendo que a patogênese de ambos os mecanismos está correlacionada a fatores genéticose ambientais, que está crescendo descontroladamente.
Segundo a SANTOS et al., (2006) a insulina é responsável pela entrada de glicose nos diversos órgãos e tecidos, entre eles o fígado, o músculo e o tecido adiposo. Quando o indivíduo é resistente à insulina, seu pâncreas produz o hormônio com o estímulo gerado pela glicose, mas este não age apropriadamente. Ou seja, a glicose não é capaz de entrar nas células dos tecidos e se acumula no sangue. Geralmente isso acontece quando o indivíduo tem excesso de gordura corporal acumulada no abdômen, e vive sedentariamente, portando, a resistência à insulina está diretamente ligada com a síndrome metabólica.
3.7. Microalbuminúria.
 De acordo a Gross (2003) a microalbuminúria é um aumento da excreção urinária de albumina acima de 20 µg/min e menor que 200 µg/min, é uma persistente elevação da albumina na urina. Que está associada ainda à resistência insulínica e síndrome metabólica, por sua vez caracterizada por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares relacionados à insulina e obesidade abdominal. A presença de microalbuminúria é considerada pela Organização Mundial da Saúde como um dos integrantes necessários para definir a presença de Síndrome Metabólica, o que mostra a necessidade do seu diagnóstico laboratorial	.
4. PRINCIPAIS GRUPOS DE ESTUDO DE DIADNOSTICO DA SÍDROME METABÓLICA.
Durante décadas foram adotados diferentes critérios para se definir Síndrome Metabólica (SM), levando-se em consideração a presença de dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica (HAS), Resistência a Insulina (RI), medidas de circunferência da cintura (CC) e índice de massa corporal (IMC), fator crucial para o diagnóstico, considerando esta a principal evidência relacionada à presença de Resistência à Insulina, (REVISTA BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2005; RITZ et al., 2007).
Embora a Síndrome Metabólica (SM) tenha sido reconhecida em diferentes formas desde 1927, os componentes, a definição e a importância clínica são assuntos em debate até os nossos dias. Em 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu a definição, sendo que a resistência à insulina era pré-requisito absoluto para o diagnóstico, identificada por uma das seguintes alterações do metabolismo glicídico: glicemia de jejum alterada, alteração do teste de tolerância à glicose ou evidência de resistência à insulina dado pelo índice de Avaliação Homeostasis Model (HOMA), produto de insulina de jejum e glicemia de jejum, conforme a Tabela 1. No entanto, a desvantagem dessa classificação é ser muito complexa para ser realizada (WOLD HEALTH ORGANIATION, 1999).
Em 1999, o Grupo Europeu para o Estudo da resistência à insulina (EGIR) modificou o critério da OMS, e propôs uma nova definição que substituiu a determinação direta da resistência à insulina pela insulinemia de jejum, excluía a microalbuminúria como um dos componentes da Síndrome Metabólica (SM), avaliava a obesidade medindo circunferência da cintura e adotava a glicemia de jejum para medir a intolerância à glicose (KAUR, 2014).
Apesar de esse critério diagnóstico ser mais simples, essa definição também tinha importantes limitações para o uso clínico, por não ser aplicável a pacientes diabéticos e incluir a insulinemia de jejum, que não é um exame habitual. Anos após, surgiu à proposta do National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Painel (NCEP-ATP III), que anulava a resistência à insulina como critério obrigatório proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) (Tabela 1).
Em 2003, a American Association of Clinical Endocrinologists (AACE) ressaltou novamente a importância da inclusão dos testes de tolerância à glicose no diagnóstico, Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 25 kg/m2 ou Circunferência da Cintura (CC) acima de 100 cm em homens e acima de 87,5cm em mulheres, estilo de vida sedentário, idade acima de 40 anos, etnia, história familiar de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2),  Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) ou Doença Cardiovascular (DCV) história de intolerância à glicose ou diabetes gestacional, Acantoses nigricans, SOP e doença hepática gordurosa não alcoólica.
Já a internacional Diabetes Federation (IDF) levou em consideração as diferentes etnias no que tange à avaliação dos critérios para a obesidade, variando seus pontos de corte para a circunferência da cintura. Em vista disso, constata-se que a SM tem passado por diversas influências de grupos de diagnósticos. Assim, ainda não há consenso sobre qual o melhor critério para diagnosticar esta Síndrome Metabólica (SM) na população em geral, muito menos na nossa população especificamente. O que norteia todos esses grupos de estudos é que a esta síndrome implica em maior morbidade e mortalidade cardiovascular, como já demonstrado por várias pesquisas clínicas.
Para a internacional Diabetes Federation (IDF), acredita-se que um menor ponto de corte da circunferência da cintura em comparação aos demais órgãos tende a abranger um maior número de indivíduos portadores da Síndrome Metabólica (SM). Nakazone M.A. et al. (2007) realizaram um estudo em que foram analisados 340 pacientes, subdividido entre 200 casos e 140 controles, de ambos os sexos e os autores encontraram prevalência da Síndrome Metabólica (SM) pelo internacional Diabetes Federation (IDF) de 46% no grupo de caso e 88% nos controles, onde o primeiro resultado assemelha-se ao encontrado no presente estudo.
Em outro estudo realizado por Rigo et al. (2009) identificaram a internacional Diabetes Federation (IDF) como referência de diagnóstico com prevalência de 62,3% em homens e 64,6% em mulheres. Pelos parâmetros do internacional Diabetes Federation (IDF), Figueiredo Neto et al. (2010), identificaram maior predominância de SM entre mulheres avaliadas: 81,1%.
O Grupo Europeu Para Estudo da Resistencia a Insulina (NCE PATPII), que considera os mesmos pontos de corte da internacional Diabetes Federation (IDF), diferindo apenas o perímetro abdominal que é maior e não é um fator obrigatório. Em um estudo realizado por Klein e Oliveira (2012), no Rio Grande do Sul, para avaliar a presença da Síndrome Metabólica (SM) pelo Grupo Europeu Para Estudo da Resistencia a Insulina (NCE PATPII) em idosos, os autores encontraram prevalência de 38,8%, resultado bastante próximo ao encontrado no estudo atual. Salaroli et. al. (2007) realizaram um estudo populacional com 1.663 indivíduos em Vitória no Espírito Santo e obtiveram prevalência de 29,8% de da Síndrome Metabólica (SM) pela definição do Grupo Europeu Para Estudo da Resistencia a Insulina (NCE PATPII),
. O Grupo Europeu Para Estudo da Resistencia a Insulina (NCE PATPII), que considera os mesmos pontos de corte da internacional Diabetes Federation (IDF), diferindo apenas o perímetro abdominal que é maior e não é um fator obrigatório. Em um estudo realizado por Klein e Oliveira (2012), no Rio Grande do Sul, para avaliar a presença da SM pelo Grupo Europeu Para Estudo da Resistencia a Insulina (NCE PATPII) em idosos, os autores encontraram prevalência de 38,8%, resultado bastante próximo ao encontrado no estudo atual. Salaroli et. al. (2007) realizaram um estudo populacional com 1.663 indivíduos em Vitória no Espírito Santo e obteve prevalência de 29,8% de Síndrome Metabólica (SM) pela definição do Grupo Europeu Para Estudo da Resistencia a Insulina (NCE PATPII).
Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) que, no geral, possui bastante semelhança nos pontos de cortes com os demais grupos de estudos, também apresenta algumas particularidades ao sugerir a inclusão da microalbuminúria, um marcador de lesão renal incipiente e de risco cardiovascular, como mais um fator no diagnóstico da Síndrome Metabólica (SM). Em um estudo realizado por Coutinho et al., (2014) com pacientes adultos e idosos, ambos os sexos, portadores de Síndrome Metabólica (SM) na cidade de Salvador-Ba revelou forte associação desta Síndrome com a microalbuminúria (19%).
Já com relação aos estudos para investigação da SM utilizando a OMS, estes também são bastante reduzidos devidoa determinados fatores com caráter excludentes, tais como: hiperglicemia de jejum, hiperglicemia pós-prandial, Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2), ou sensibilidade insulínica corresponder a um critério obrigatório. Além disto, o grupo também utiliza, isoladamente, a relação cintura quadril >0,90 (masculina); e >0,85 (feminina) como mais um critério para a Síndrome Metabólica (SM). (Coutinho et al., 2014).
A Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AACE) possui dois pontos de corte completamente diferentes dos demais que é IMC ≥25 kg/m2 e resistência insulínica que os outros grupos não utilizam como referência. Não foi encontrado nenhum estudo abordando o critério da Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AACE), que em 2003, retomou a presença de resistência insulínica como o fator principal da síndrome, propondo novamente a introdução do termo “resistência insulínica”.
Esse grupo reinstituía a importância das variáveis laboratoriais, hipertensão e obesidade, sem estabelecer quantidade de fatores presentes para o diagnóstico. O órgão exclui do seu diagnóstico os pacientes diabéticos, por consequência os estudos não o utilizam comumente, levando em consideração parâmetros de outros órgãos serem mais abrangentes e menos excludentes (KAHN R et al., 2005).
O Grupo Europeu para o Estudo da resistência à insulina (EGIR) por utilizar como critério obrigatório a insulina no plasma > 75 associada a mais dois seguintes critérios não é comumente utilizado em comparação aos demais.
Quanto aos cofatores encontrados pela internacional Diabetes Federation (IDF) em um estudo de Araújo (2011) realizado com 20 indivíduos atendidos em um Centro médico, no interior da Bahia, foi encontrado prevalência de 71,45 da Síndrome Metabólica (SM), encontrando como primeiros cofatores mais presentes hipertensão (80%) seguido de hipertrigliceridemia. Veloso et. al. (2014) avaliaram a prevalência da Síndrome Metabólica (SM) pelo internacional Diabetes Federation (IDF) em 85 mulheres no climatério, na faixa etária de 40-65 anos, na cidade de Montes Claros, Minas Gerais, obtiveram uma prevalência de 50,6% da Síndrome Metabólica (SM), com a presença dos seguintes critérios hipertensão em 49,4%, glicemia de jejum elevado em 40%, HDL-c reduzido em 38,8% e triglicérides aumentado 29,4%.
No estudo de Klein e Oliveira (2012) para avaliar a prevalência da Síndrome Metabólica (SM) pelo Grupo Europeu Para Estudo da Resistencia a Insulina. (NCEP) em idosos citado anteriormente, os autores encontraram a prevalência de cofatores nos seguintes percentuais: Alta Densidade Nível de Colesterol (HDL-c) (54,8%), seguido de aumento na circunferência abdominal (51,1%), hipertensão arterial (36,1%), triglicérides elevadas (27,7%) e hiperglicemia (16,6%), tais valores se assemelham. No presente estudo a obesidade abdominal e Alta Densidade Nível de Colesterol (HDL-c) estavam entre os mais prevalentes e hiperglicemia foi o menos encontrado.
5. CONCLUSÃO
O presente estudo constata que a SM é objeto de estudo de vários pesquisadores durantes anos. Vários autores buscam em suas publicações a construção de um quadro epidemiológico sobre a SM, no entanto observa-se que medidas efetivas que pudessem intervir nos índices de prevalência e incidência da SM ainda não foram descritas nas publicações cientificas. Em vista disso, constata-se que a SM tem passado por diversas influências de grupos de diagnósticos. Assim, ainda não há consenso sobre qual o melhor critério para diagnosticar esta SM na população em geral, tampouco em grupos populacionais específicos. O que norteia todos esses grupos de estudos é que a esta síndrome implica em maior morbidade e mortalidade cardiovascular, como já demonstrado por várias pesquisas clínicas. Em vista disso, ocorre à necessidade de mais estudos que possibilitem a aplicabilidade dos 5 grupos de estudos da SM, em associado, para avaliar qual deles melhor se adéqua a população em estudo.
REFERENCIA 
ALKERWI, et al. A prevalência da síndrome metabólica em Luxemburgo Segundo o comunicado estimado definição ORISCAV-LUX intercalar conjunto do estudo. BMC Public Healt. 11: 4. 2011. P doi: 10.1186/1471-2458-11-4. 
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