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Apostila 4 - Botânica e Zoologia
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 Curso de Biologia 
AULA 1 
Introdução ao Reino Vegetal 
 
O Reino Plantae ou Vegetalia ou Metaphyta engloba 
organismos conhecidos por vegetais ou plantas, possuindo 
características como: 
- São organismos eucariontes pluricelulares dotados de 
organização tecidual; as algas pluricelulares (clorofíceas, 
rodofíceas e feofíceas), anteriormente consideradas vegetais, 
passaram a ser incluídas no Reino Protista por não apresentarem 
esta organização tecidual, além de haver representantes 
unicelulares no grupo. 
- São autótrofas fotossintetizantes dotadas de clorofilas a e b; 
as algas podem apresentar outros tipos de clorofila, mas como 
já mencionado, são atualmente consideradas integrantes do Reino 
Protista. 
- São dotadas de células com parede celular à base de celulose, 
e armazenam amido como substância de reserva. 
- Não apresentam tecido nervoso, não possuindo, portanto, 
sensibilidade. 
- Não apresentam tecido muscular, não possuindo, portanto, 
capacidade de locomoção. 
- Apresentam crescimento ilimitado, ou seja, mantêm o 
crescimento por toda a vida, apesar de que, quando adultas, 
possuem um menor ritmo de crescimento. A capacidade de 
continuar crescendo por toda a vida é devida à existência de 
células meristemáticas, indiferenciadas, localizadas no ápice do 
caule e da raiz. 
Em organismos animais, o crescimento limitado é 
benéfico para evitar dimensões exageradas que dificultariam a 
locomoção e, consequentemente, a busca por alimento. Além 
disso, grandes dimensões implicam em grande necessidade 
calórica, o que é inadequado para o modo de vida desses 
organismos. 
Em organismos vegetais, o crescimento pode ser 
ilimitado, porque, por não se locomoverem, não possuem 
restrições de peso. Além disso, e principalmente, o crescimento 
ilimitado permite maiores dimensões, o que facilita a captação 
de luz e, desse modo, a fotossíntese. 
Segundo a Taxionomia moderna, uma apomorfia 
(característica comum e exclusiva do grupo) das plantas terrestres 
que pode ser usado como critério de definição do Reino Plantae é 
a formação de um embrião maciço e com nutrição dependente 
da planta mãe. Esse embrião maciço diferencia plantas de 
animais, cujo embrião (blástula) é oco devido à existência da 
blastocele. Esse embrião de nutrição matrotrófica (matro = mãe, 
trophos = alimentação) diferencia plantas de algas, que não 
formam embrião (a partir do zigoto ou dos esporos forma-se 
diretamente um organismo adulto) ou formam um embrião 
clorofilado nutricionalmente independente do talo da alga mãe. 
Usa-se, então, o nome Embryophyta (embriófitas) para descrever 
as plantas terrestres, o que implica na existência do embrião sem 
nutrição independente e sem cavidade interna. 
A evolução das plantas 
 
Algas 
Algas são organismos autótrofos fotossintetizantes sem 
organização tecidual, restritos a ambientes aquáticos ou 
terrestres úmidos e dotados de clorofila como pigmento 
fotossintetizante. O termo phyceae vem do grego ‘alga’, de modo 
que organismos com tal designação devem ter relação com as 
algas. 
As algas pluricelulares são conhecidas como talófitas 
(corpo formado por um talo, uma massa de células não 
diferenciadas em raiz, caule folhas). Uma vez que são aquáticas, 
não precisam de estruturas impermeabilizantes. São 
avasculares, pois não apresentam vasos condutores de seiva, de 
modo que a distribuição de substâncias ocorre por difusão célula 
a célula. 
A difusão célula a célula é um processo lento e bastante 
ineficaz, o que normalmente restringe bastante o tamanho do 
organismo, por não permitir a condução de água ou gases das 
superfícies de absorção até o interior do corpo em tempo hábil 
para manter o metabolismo das células. Para algas, entretanto, 
devido à ausência de estruturas impermeabilizantes e ao seu 
habitat aquático, todo o corpo funciona como superfície de 
absorção de água. Como a pequena espessura do talo permite a 
difusão célula a célula de modo bastante eficaz, em toda a 
extensão corporal, algumas algas podem atingir grandes 
comprimentos (até 100 metros, como nas kelps, gênero 
Macrocystys), mesmo sem haver vasos condutores. Nessas algas 
maiores, podem ocorrer células condutoras, mas não ainda 
caracterizados como vasos condutores. 
A reprodução envolve gametas masculinos flagelados. O 
ambiente aquático possibilita a reprodução desse modo. Algas são 
criptógamas (cryptós = escondido), ou seja, não possuem órgãos 
reprodutivos facilmente visíveis (ou seja, não possuem flores). 
 
Transição do ambiente aquático para o terrestre 
Acredita-se, atualmente, que os vegetais terrestres 
tenham se originado a partir de grupos primitivos de algas 
verdes, que deram origem, também, às atuais clorofíceas. Essa 
proximidade evolutiva é evidenciada por uma série de 
semelhanças, entre as quais se destacam os mesmos tipos de 
clorofila (a e b), a mesma substância de reserva (amido) e a 
formação de lamela média à base de fragmoplastos após a 
divisão celular (pelo menos em algumas formas de clorofíceas). 
As algas pardas e vermelhas teriam sido originadas por outros 
grupos primitivos de organismos. 
Considerando os ambientes aquáticos e terrestres, há 
vantagens e desvantagens a considerar em cada um deles. 
O ambiente aquático oferece um meio adequado para o 
desenvolvimento (lembre-se que a maior parte da composição de 
qualquer organismo vivo é a água), não havendo risco de 
ressecação. A água tem um alto calor específico, conferindo a 
esse ambiente uma razoável estabilidade térmica. 
Entretanto, há no ambiente aquático algumas limitações, 
em particular para atividades como fotossíntese e respiração. 
 
 
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- O ambiente aquático não tem muita luz disponível, uma vez 
que ela só penetra até um máximo de cerca de 400 metros de 
profundidade no oceano. 
- O gás carbônico necessário à fotossíntese e o gás oxigênio 
necessário à respiração não são muito solúveis em água, havendo 
pois baixa disponibilidade de gases na água. 
- Não há tampouco tantos sais minerais. Com exceção de NaCl, 
os teores de sais minerais são muito pequenos na água. 
Desse modo, as primeiras “plantas”, as algas, apesar de 
aquáticas, preferem se instalar próximas ao litoral, onde há uma 
série de benefícios: menores profundidades e 
consequentemente mais luz, mais gases devido à agitação das 
ondas que favorece uma maior dissolução de gases na água e 
mais minerais, uma vez que os rios “lavam” os solos, 
transportando sais minerais para as praias. 
Algas capazes de se instalar nessas regiões costeiras 
apresentam pois vantagens em relação àquelas das regiões de 
mar aberto. O litoral, entretanto, oferece riscos. A turbulência da 
água gerada por ondas pode arrancar as algas do lugar onde 
estão instaladas, o que se torna desvantajoso, uma vez que elas já 
estão no litoral para se beneficiarem da maior disponibilidade de 
luz, gases e sais. As variações dos níveis de água 
proporcionados pelas marés podem aprisionar algas em áreas 
secas, havendo então riscos de ressecação. 
As algas que resistiram às condições adversas das regiões 
litorâneas foram aquelas selecionadas por terem estruturas de 
fixação para resistir à turbulência gerada pelas ondas 
(apressórios, que em grupos terrestres equivale à raiz) e 
estruturas impermeabilizantes para aumentar as chances de 
sobrevivência em casos de aprisionamento em áreas secas no 
caso de marés muito baixas. Em algumas algas de maiores 
dimensões, houve seleção de células condutoras de matéria 
orgânica das porções
superiores iluminadas e fotossintetizantes 
para as porções de fixação instaladas em maiores profundidades e 
com menor disponibilidade de luz, devido à sombra das demais 
partes do talo. 
Essas algas instaladas no litoral são possivelmente aquelas 
que deram origem às plantas terrestres. Expostas ao ambiente de 
terra firme, vantagens como a maior disponibilidade de luz, gases e 
nutrientes minerais começaram a ser percebidas, e a seleção 
natural novamente favoreceu aqueles organismos com estruturas 
de fixação e absorção de água, impermeabilização e condução 
cada vez mais eficientes. 
Nessa transição evolutiva de “plantas” aquáticas (algas) 
para o ambiente terrestre, foram selecionadas transformações que 
surgiram ao acaso e que se mostraram adaptativas às novas 
condições ambientais. 
 
Adaptações ao ambiente terrestre 
No ambiente terrestre, os organismos enfrentam problemas 
diferentes dos que encontram no ambiente aquático, sendo o mais 
importante deles a falta de água. No ambiente aquático, as 
plantas absorvem água diretamente do meio que as circunda, não 
existindo células ou tecidos especializados na absorção e na 
condução de água. No ambiente terrestre, a quantidade de água 
sob a forma líquida é bem menor, estando a maior parte dela 
acumulada no interior do solo. Estruturas como rizoides e raízes, 
exercendo funções de absorção de água e de fixação da planta ao 
solo, foram positivamente selecionadas propiciando a expansão 
das plantas para o ambiente terrestre. 
Além do problema da obtenção de água, as plantas 
enfrentam, no ambiente terrestre, o problema da perda de água 
devido à evapotranspiração. O surgimento de cutículas e súber 
impermeáveis e de estruturas denominadas estômatos, dotadas 
de poros que podem abrir ou fechar de modo a controlar a saída 
de água das plantas, também contribuiu para o sucesso das 
plantas no meio terrestre. Estruturas impermeáveis estão 
ausentes em plantas briófitas em geral, sendo os estômatos 
encontrados em somente alguns grupos dessas plantas. A 
ausência dessas estruturas impermeabilizantes restringe as 
briófitas a ambientes úmidos e sombrios, devido a sua grande 
tendência de desidratar. Em pteridófitas, gimnospermas e 
angiospermas, essas estruturas são encontradas, sendo tais 
plantas capazes de habitar locais ensolarados. 
Os estômatos também vêm compensar outra séria 
dificuldade do meio terrestre quando comparado ao meio aquático, 
que se trata das temperaturas muito variáveis ao longo do 
tempo. A transpiração por estômatos auxilia o controle térmico. 
Outra modificação que se mostrou altamente vantajosa foi 
o desenvolvimento de tecidos de sustentação e de transporte, 
ausentes nas algas e nas briófitas. Os tecidos de sustentação 
permitiram que as plantas se mantivessem eretas, buscando 
melhores condições de luminosidade, o que se tornou 
particularmente importante com o aumento da competição entre as 
plantas terrestres por luz. Os tecidos condutores permitiram a 
condução de água e dos sais minerais, retirados do solo pelas 
raízes (seiva bruta), para as partes superiores das plantas, de 
modo que a reposição de água se dá numa velocidade maior do 
que as perdas por transpiração, o que dificulta a ressecação. A 
água é conduzida até as folhas, então, onde, através da 
fotossíntese, são produzidas substâncias orgânicas. Estas, 
juntamente com a água (seiva elaborada), são transportadas pelos 
tecidos condutores, das folhas até às raízes, distribuindo nutrientes 
às demais células da planta. Os tecidos de sustentação e de 
transporte propiciaram o surgimento de plantas de grande porte. 
Os vasos condutores de seiva surgiram inicialmente nas 
pteridófitas, plantas consideradas as primeiras entre as tipicamente 
terrestres. 
Quanto à reprodução sexuada, o grande passo que 
favoreceu a exploração do ambiente terrestre pelas plantas foi a 
diminuição da dependência da água para a reprodução. As 
algas reproduzem-se sexuadamente através de gametas móveis 
flagelados que se deslocam no ambiente aquático. Tal 
mecanismo, obviamente, não é eficiente no meio terrestre. As 
briófitas e as pteridófitas ainda são plantas que dependem de água 
para a reprodução, pois seus gametas masculinos são flagelados, 
havendo necessidade de gotas de chuva ou de orvalho para que 
eles entrem em contato com o gameta feminino. Em função disso, 
essas plantas ainda estão restritas a ambientes úmidos. Nas 
gimnospermas e angiospermas, já não há mais essa dependência 
de água para a reprodução. Os elementos reprodutores 
masculinos são imóveis, sendo levados por estruturas 
denominadas grãos de pólen até os elementos femininos através 
 
 
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de diferentes agentes de polinização, como o vento, os pássaros 
e os insetos. 
 
Quem surgiu primeiro: briófitas ou pteridófitas? 
As briófitas são normalmente consideradas as 
primeiras plantas terrestres, devido à sua simplicidade quando 
comparadas com as demais plantas, e à sua grande dependência 
de ambientes úmidos e sombrios para a sobrevivência. Segundo 
essa ideia, as pteridófitas teriam surgido depois. Entretanto, 
registros fósseis levantam dúvidas, uma vez que os fósseis mais 
antigos de briófitas e pteridófitas têm idades semelhantes. 
Assim, para alguns autores, talvez as pteridófitas tenham 
sido a primeiras plantas terrestres. Além disso, se as briófitas 
tivessem sido os primeiros vegetais terrestres, um questionamento 
poderia ser levantado: como elas estão restritas a ambientes 
sombrios, como poderiam ter sobrevivido em terra sem cobertura 
vegetal nenhuma e consequente sem ambientes sombrios (talvez 
por exceção da sombra de rochas e cavernas)? 
Sendo as pteridófitas as primeiras plantas terrestres, essa 
pergunta não precisa ser feita, já que elas são dotadas de 
estruturas impermeabilizantes que lhes permite habitar locais 
ensolarados. As pteridófitas então fariam sombra, e segundo essa 
ideia, nessa sombra, as primeiras briófitas poderiam ter se 
desenvolvido. 
 
Briófitas 
As briófitas, representadas pelos musgos, são muitas 
vezes consideradas as primeiras plantas terrestres, sendo 
organismos, ao contrário das algas, dotados de organização 
tecidual. Entretanto, não possuem ainda órgãos bem 
caracterizados, ou seja, não possuem raiz, caule e folhas, mas 
estruturas mais simples e avasculares denominadas rizoides, 
cauloides e filoides. Apesar de terrestres, sofrem duas sérias 
limitações: estão restritas a ambientes sombrios e úmidos. 
Briófitas estão restritas a ambientes sombrios porque elas 
não possuem estruturas impermeabilizantes, estando 
facilmente sujeitas a ressecação. 
Além disso, briófitas são avasculares, dependendo da 
difusão célula a célula para a condução de água. Ao contrário de 
algas que absorvem água por todo a superfície de seu talo, em 
briófitas, a única região de absorção de água são os rizoides, e a 
condução é mais lenta que a evaporação, reforçando a tendência a 
ressecação. Caso sejam muito altas, a água não consegue atingir 
as regiões mais superiores, que ressecam. Assim, a ausência de 
vasos condutores e tecidos de sustentação justificam o 
pequeno porte (até cerca de 20 cm de altura) dessas plantas. 
Também são criptógamas e de gametas masculinos 
flagelados, o que justifica sua restrição a ambientes úmidos: há 
dependência da água para a reprodução. 
São plantas embriófitas, formando embrião no ciclo de 
vida (algas não são embriófitas, não possuindo um embrião 
caracterizado). 
Como já dito, alguns autores têm questionado nos últimos 
anos as briófitas serem as primeiras plantas terrestres, uma vez 
que elas estão restritas a locais sombrios. Como haveria sombra 
num ambiente virgem e estéril de quando as plantas saíram da 
água? Rochas não teriam como proporcionar sombra
em tempo 
integral. Assim, talvez as pteridófitas tenham surgido primeiro, e 
sob sua sombra, as briófitas teriam encontrado seu nicho 
ecológico. 
 
Pteridófitas 
As pteridófitas, representadas pelas samambaias, são 
consideradas as primeiras plantas realmente terrestres, já 
podendo habitar locais ensolarados, desde que úmidos. Elas são 
as primeiras cormófitas: o corpo agora é um cormo, bem 
diferenciado em órgãos como raízes, caule e folhas. 
São as primeiras plantas com estruturas 
impermeabilizantes, daí a possibilidade de habitar locais 
ensolarados. São também as primeiras plantas com tecidos 
vasculares (traqueófitas) e tecidos de sustentação, o que 
contribui para a diminuição de risco de ressecação, bem como 
para maiores dimensões. Portes maiores são vantajosos para a 
melhor captação de luz. 
As limitações das pteridófitas em termos de habitat são 
reprodutivas: novamente são criptógamas e de gametas 
masculinos flagelados, com dependência da água para a 
reprodução, o que novamente justifica sua restrição a ambientes 
úmidos. São também embriófitas. 
 
Pteridospermas 
As pteridospermas estão atualmente extintas, e seus 
órgãos vegetativos, raízes, caules e folhas, eram semelhantes aos 
das samambaias, apesar de já produzirem sementes. Elas seriam, 
portanto, “samambaias com sementes” e muito provavelmente 
foram as precursoras das atuais gimnospermas. 
 
Gimnospermas 
Com a Terra ficando mais seca, o que ocorreu há alguns 
milhões de anos, a dificuldade de se reproduzir tornou-se um 
problema para as então dominantes pteridófitas. Assim, a seleção 
natural favoreceu o surgimento de um novo grupo vegetal: as 
gimnospermas, representadas pelos pinheiros. Como o grupo 
anterior, são cormófitas, dotadas de estruturas 
impermeabilizantes, traqueófitas e embriófitas, podendo pois 
facilmente se instalar em áreas ensolaradas. A maior novidade é a 
não restrição a ambientes úmidos, devido a um a série de 
importantes inovações no campo reprodutivo. 
A primeira inovação é o fato de serem plantas 
fanerógamas (fanerós = visível), com estruturas reprodutoras bem 
visíveis, nesse caso chamados de estróbilos (para alguns autores, 
um tipo de flor). Esses produzem grãos de pólen, que carregam 
células que originarão os gametas masculinos (não flagelados 
nesse grupo vegetal). Os grãos de pólen são nesse caso dotados 
de sacos aéreos, que funcionam como velas, sendo transportados 
pelo vento, sem necessidade da participação de água. Um 
inconveniente é que o vento não é direcionado, não 
garantindo que o pólen vai para o estróbilo de outro membro 
da espécie para haver a reprodução. As gimnospermas 
aumentam suas chances de polinização produzindo grandes 
quantidades de pólen. (Se bem que a água também não oferece 
essa garantia: mesmo os gametas masculinos de criptógamas 
sendo flagelados, eles não têm forças para vencer correntezas 
 
 
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mínimas, dependendo da direção da água). O transporte do pólen 
é chamado de polinização, e no caso de gimnospermas, é 
chamado de polinização anemófila (proporcionada pelo vento). 
Em gimnospermas inferiores, como as cicas e o ginkgo, o 
grão de pólen ao chegar libera os gametas masculinos flagelados, 
que nadam num líquido encontrado no interior do estróbilo para 
fecundar o gameta feminino. Apesar de a água não ser necessária 
no transporte do pólen de uma planta a outra, é necessária ao 
encontro dos gametas dentro do estróbilo. 
A independência máxima em relação à água para a 
reprodução vem com o surgimento do tubo polínico, em 
gimnospermas superiores, como os pinheiros. Quando o pólen 
chega ao estróbilo de outras plantas, forma um tubo polínico, que 
permite o deslocamento do gameta masculino não flagelado 
até o gameta feminino sem necessidade da participação de 
água. Gimnospermas são ditas, devido à presença de tubo 
polínico, sifonógamas. 
Graças ao pólen e ao tubo polínico, gimnospermas são 
as primeiras plantas independentes da água para a 
reprodução. 
Gimnospermas são também as primeiras plantas 
espermatófitas, plantas dotadas de sementes. Sementes são 
bem resistentes a secas, mais uma interessante adaptação à vida 
terrestre. Apesar de dotadas de sementes, não ocorrem frutos em 
gimnospermas, de modo que as sementes são expostas, o que 
origina o nome do grupo (gymnós = nu; spermatós = semente: 
“semente nua”). 
 
Angiospermas 
O que há de mais moderno em termos de vegetais, 
entretanto, são as angiospermas. Elas correspondem a 90% da 
cobertura vegetal atual, com cerca de 285 mil espécies num total 
de 315 mil espécies do Reino Vegetal. A maior parte das 
características de angiospermas é compartilhada com 
gimnospermas: ambas são cormófitas, com estruturas 
impermeabilizantes, traqueófitas, fanerógamas, sifonógamas, 
espermatófitas e, ufa, embriófitas. As novidades das 
angiospermas que justificam sua ampla dominância nas paisagens 
vegetais do mundo atual são duas: flores verdadeiras e frutos. 
Flores verdadeiras, ao contrário dos estróbilos das 
gimnospermas, possuem uma série de atrativos bem perceptíveis: 
pétalas vistosas e coloridas, glândulas odoríferas ou 
osmóforos produtores de perfume e nectários produtores de 
secreções açucaradas conhecidas como néctar. Este néctar atrai 
animais que o utilizam como alimento. As cores e odores indicam 
aos animais onde há néctar. Quando os animais vão recolher o 
néctar, o pólen das angiospermas, dotado de uma parede 
espinhosa chamada exina, adere aos animais. Como cada flor 
apresenta pequenas quantidades de néctar, estes animais 
precisam visitar várias flores por dia para consegui-lo em 
quantidades satisfatórias. Assim, a polinização é feita por esses 
animais, que garantem que o pólen vai para outras flores da 
mesma espécie, mesmo com uma mínima quantidade de pólen 
gerado. Essa polinização por animais é chamada de zoófila: 
entomófila por insetos, ornitófila por aves, quiropterófila por 
morcegos, malacófila por moluscos ou artificial por humanos. 
Em gimnospermas, a semente é desprotegida, não 
havendo frutos. Em angiospermas (angiós = urna), frutos são 
estruturas derivadas do ovário da flor verdadeira, e consistem 
numa eficiente proteção para a semente. Além disso, são 
nutritivos e saborosos, atraindo animais que venham comê-lo. 
Como a semente tem sabor desagradável, normalmente é 
descartada, facilitando a dispersão da planta. Às vezes, a 
semente é engolida, e tendo revestimentos de celulose, não 
digerível, atravessa intacta o tubo digestivo do animal sendo 
descartada nas fezes. Novamente a dispersão é facilitada. Nesse 
caso, a dispersão é chamada de zoócora (por animais). Alguns 
frutos secos aderem a animais, que o carregam, como ocorre no 
carrapicho. Outros frutos secos apresentam projeções aladas para 
a dispersão anemócora (pelo vento), como ocorre no algodão e 
no dente-de-leão. Outros frutos secos ainda são dotados de 
reservas de ar para flutuar na dispersão hidrócora (pela água), 
como ocorre no coco. 
 
Classificação taxionômica em vegetais 
 
A classificação taxionômica em vegetais é mais uma 
tradicional confusão em Biologia, em que cada autor utiliza uma 
classificação diferente. Principalmente para saber quais são as 
Divisões no Reino Plantae. Dessa forma, torna-se difícil afirmar 
qual o melhor sistema de classificação, havendo quatro muito 
utilizados: o de Eichler (1883), o de Tippo (1942), o de Whittaker 
(1969) e o de Bold (1970). 
Não se pretende, discutir detalhadamente cada um desses 
sistemas. Serão apresentados três deles, simplesmente para 
comparação, não havendo necessidade de que sejam fixados em 
seus detalhes. Discutiremos apenas alguns termos introduzidos 
por esses sistemas de classificação
e muito empregados na 
ciência que estuda as plantas: a Botânica. 
Os sistemas aqui apresentados estão simplificados, pois 
não é objetivo discutir sistemática vegetal. Em Botânica, alguns 
autores preferem o termo “Divisão” em vez de “Filo”. 
 
EICHLER, 1883 
 
REINO VEGETAL 
a) Cryptogamae 
Divisão 1: Thallophyta 
- Classe 1: Algae, Cyanophyceae, Chlorophyceae, 
Phaeophyceae, Rhodophyceae 
- Classe 2: Fungi 
Divisão 2: Bryophyta 
Divisão 3: Pteridophyta 
b) Phanaerogamae 
Divisão 1: Spermatophyta 
Classe 1: Gymnospermae 
Classe 2: Angyospermae 
 
 
 
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5 Curso de Biologia 
 
TIPPO, 1942 
REINO VEGETAL 
Sub-Reino 1: Thallophyta 
Filo 1: Cyanophyta 
Filo 2: Chlorophyta 
Filo 3: Euglenophyta 
Filo 4: Phaeophyta 
Filo 5: Rhodophyta 
Filo 6: Chrysophyta 
Filo 7: Pyrrophyta 
Filo 8: Eumicophyta 
Sub-Reino 2: Embryophyta 
Filo 1: Bryophyta 
Filo 2: Tracheophyta 
Classe 1: Filicinae 
Classe 2: Lycopodinae 
Classe 3: Gymnospermae 
Classe 4: Angyiospermae 
 
WHITTAKER, 1969 
REINO 1: MONERA 
Filo 1: Cyanophyta 
Filo 2: Eubacteriae 
REINO 2: PROTISTA 
Filo 1: Euglenophyta 
Filo 2: Chrysophyta 
Filo 3: Pyrrophyta 
(não incluímos os outros filos) 
REINO 3: PLANTAE 
Filo 1: Rhodophyta 
Filo 2: Phaeophyta 
Filo 3: Chlorophyta 
Filo 4: Bryophyta 
Filo 5: Tracheophyta 
Classe 1: Filicinae 
Classe 2: Licopodinae 
Classe 3: Gymnospermae 
Classe 4: Angyospermae 
 
Eichler dividiu o Reino Vegetal em dois grandes grupos, 
com base nas estruturas reprodutoras: criptógamas e 
fanerógamas. As plantas criptogramas não produzem flores sem 
sementes, enquanto as fanerógamas apresentam esses 
elementos. Os termos “criptógamas” e “fanerógamas”, entretanto 
não se referem a categorias taxonômicas como divisão, classe, filo 
ou outras. Entre as criptógamas, Eichler incluiu: 
- talófitas: plantas cujo corpo é um talo, estrutura não diferenciada 
em raiz, caule e folha; 
- briófitas: plantas de pequeno porte, que apresentam rizoide, 
cauloide e filoide, respectivamente formas semelhantes à raiz, ao 
caule e à folha, mas que não têm tecidos condutores de seiva. 
- pteridófitas: plantas que já possuem raiz, caule e folhas. 
As fanerógamas apresentam uma única divisão, que é a 
Spermatophyta (espermatófitas), nome referente a plantas que 
formam sementes (sperma = semente). São espermatófitas as 
Gymnosperme e as Angyospermae. As gimnospermas possuem 
flores e sementes, mas estas últimas são “nuas”, ou seja, não se 
abrigam no interior de frutos, vindo desse fato a denominação 
gymnos = nu e spermae = semente. Já as angiospermas têm suas 
sementes dentro de frutos, e a denominação do grupo baseia-se 
nesse fato: angios = urna e spermae = semente. 
Tippo, 1942, dividiu o Reino Vegetal em dois grandes sub-
reinos: Thallophyta e Embryophyta. Ele empregou o termo 
“embriófita” às plantas que, durante seu ciclo de vida, apresentam 
a formação de um embrião. Em Botânica, embrião significa planta 
rudimentar formada dentro de sementes ou de arquegônios 
(estruturas multicelulares de briófitas e de pteridófitas que 
abrigavam os gametas femininos). Dentre as embriófitas, Tippo 
considerou dois filos: Bryophyta e Tracheophyta. As briófitas são 
plantas terrestres avasculares, ou seja, não possuem tecidos 
condutores de seiva e, em função disso, têm tamanhos reduzidos, 
quando comparadas com a maioria das plantas terrestres, que são 
vasculares. Em função da presença de vasos condutores de seiva, 
Tippo agrupa os demais vegetais terrestres no Filo Tracheophyta. 
Dentro desse filo existem várias classes, mas consideramos, por 
conveniência, apenas quatro delas: Filicinae, que corresponde às 
samambaias e avencas; Lycopodinae, representada pelas 
Selaginelas; Gymnospermae e Angiospermae. 
Whittaker, 1969, classificou os seres vivos em cinco 
grandes reinos, considerando como pertencentes ao Reino Plantae 
os Filos Rhodophyta, Phaeophyta, Chlorophyta, Bryophyta e 
Tracheophyta. Esta será a sistemática por nós adotada. 
Consideraremos, como simplificação, o termo pteridófita 
como sinônimo de Filicinae e de Lycopodinae, uma vez que, 
segundo a sistemática que adotamos, o termo “pteridófita” não 
representa uma categoria taxonômica. Os termos criptógamas, 
fanerógamas, pteridófitas, talófitas, algas e embriófitas serão 
empregados quando for conveniente, ficando claro, no entanto, 
que não representam categorias taxonômicas, como ordem, classe 
etc. 
Bold, 1970, e alguns outros autores mais recentes, não 
consideram as gimnospermas uma categoria taxonômica, 
utilizando o termo como uma designação vulgar referente a quatro 
grupos distintos: Ginkgophyta, Cycadophyta, Coniferophyta e 
Gnetophyta. Vamos manter por conveniência o termo 
Gymnospermae como uma divisão dentro do Reino Plantae, 
seguindo a classificação de Whittaker, 1969. 
 
Classificação atual 
Se você ainda não se suicidou com essa loucura toda, ou 
ao menos desistiu do vestibular para a área de saúde, é sinal de 
que você é um grande exemplo de saúde e equilíbrio mental. 
Parabéns! Agora vamos aterrissar e apresentar a classificação 
atualmente mais aceita. 
 
 
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- Briófitas hoje são consideradas um grupo de três Divisões: 
Divisão Hepatophyta (hepáticas), Divisão Anthocerotes 
(antóceros) e Divisão Bryophyta (musgos). 
- Pteridófitas hoje são consideradas um grupo de quatro Divisões: 
Divisão Pterophyta (pteridófitas ou filicíneas: samambaias e 
avencas), Divisão Lycophyta (licopodíneas: licopódios e 
selaginelas), Divisão Arthrophyta ou Sphenophyta (cavalinhas 
ou equisetos) e Divisão Psilophyta (psilófitas). 
- Gimnospermas hoje são consideradas um grupo de quatro 
Divisões: Divisão Ginkgophyta (Ginkgo biloba, 1 espécie), 
Divisão Cicadophyta (cicadáceas), Divisão Conyferophyta 
(coníferas: pinheiros) e Divisão Gnetophyta (gnetófitas). 
- Angiospermas correspondem a uma única divisão, Divisão 
Anthophyta ou Magnoliophyta, com duas classes: Classe 
Monocotyledones ou Liliopsida e Classe Dicotyledones ou 
Magnoliopsida. 
 
 
QUADRO RESUMO 
REINO PLANTAE (CERCA DE 325 MIL ESPÉCIES) 
 
CRIPTÓGAMAS AVASCULARES (cerca de 23 mil espécies) 
(plantas sem flores, sementes e vasos condutores) 
- Divisão Hepatophyta (hepáticas) 
- Divisão Anthocerotes (antóceros) 
- Divisão Bryophyta (musgos) 
 
CRIPTÓGAMAS VASCULARES 
(plantas sem flores e sementes e com vasos condutores) 
- Divisão Psilophyta (psilófitas, 8 espécies) 
- Divisão Arthrophyta ou Sphenophyta (cavalinhas ou equisetos, 
40 espécies) 
- Divisão Pterophyta (pteridófitas ou filicíneas, 12 mil espécies) 
- Divisão Lycophyta (licopódios e selaginelas, 1 mil espécies) 
 
FANERÓGAMAS OU ESPERMATÓFITAS 
(plantas com flores, sementes e vasos condutores) 
Gimnospermas (sem frutos) 
- Divisão Ginkgophyta (Ginkgo biloba, 1 espécie) 
- Divisão Cicadophyta (cicadáceas, 100 espécies) 
- Divisão Conyferophyta (coníferas, 550 espécies) 
- Divisão Gnetophyta (gnetófitas, 70 espécies) 
Angiospermas (com frutos) 
- Divisão Anthophyta ou Magnoliophyta 
Classe Monocotyledones ou Liliopsida (monocotiledôneas, 48.500 
espécies) 
Classe Dicotyledones ou Magnoliopsida (dicotiledôneas, 236.500 
espécies) 
 
Exercícios 
Questões estilo múltipla escolha 
 
1. (ENEM) 
Os frutos são exclusivos das angiospermas, e a dispersão das 
sementes dessas plantas é muito importante para garantir seu 
sucesso reprodutivo, pois permite a conquista de novos territórios. 
A dispersão é favorecida por certas características dos frutos (ex.: 
cores fortes e
vibrantes, gosto e odor agradáveis, polpa suculenta) 
e das sementes (ex.: presença de ganchos e outras estruturas 
fixadoras que se aderem às penas e pelos de animais, tamanho 
reduzido, leveza e presença de expansões semelhante a asas). 
Nas matas brasileiras, os animais da fauna silvestre têm uma 
importante contribuição na dispersão de sementes e, portanto, na 
manutenção da diversidade da flora. 
CHIARADIA, A. Mini-manual de pesquisa: Biologia. Jun. 2004 (adaptado). 
Das características de frutos e sementes apresentadas, quais 
estão diretamente associadas a um mecanismo de atração de aves 
e mamíferos? 
A) Ganchos que permitem a adesão aos pelos e penas. 
B) Expansões semelhantes a asas que favorecem a flutuação. 
C) Estruturas fixadoras que se aderem às asas das aves. 
D) Frutos com polpa suculenta que fornecem energia aos 
dispersores. 
E) Leveza e tamanho reduzido das sementes, que favorecem a 
flutuação. 
 
2. (ENEM) Caso os cientistas descobrissem alguma substância 
que impedisse a reprodução de todos os insetos, certamente nos 
livraríamos de várias doenças em que esses animais são vetores. 
Em compensação teríamos grandes problemas como a diminuição 
drástica de plantas que dependem dos insetos para polinização, 
que é o caso das 
A) algas. 
B) briófitas como os musgos. 
C) pteridófitas como as samambaias. 
D) gimnospermas como os pinheiros. 
E) angiospermas como as árvores frutíferas. 
 
3. (UNIFOR) De acordo com a sistemática moderna, a 
classificação dos seres vivos deve ser baseada nas relações 
filogenéticas existentes entre os atuais grupos de seres vivos. 
Assim, as atuais plantas terrestres: Briófitas, Pteridófitas, 
Gimnospermas e Angiospermas estão agrupadas no Reino 
Plantae, porque todas derivam, provavelmente, de um ancestral 
comum, que desenvolveu características capazes de possibilitar a 
exploração do ambiente terrestre. Nesse contexto, a inovação 
evolutiva que permitiu a grande expansão da vegetação nos 
continentes a partir deste ancestral comum foi 
A) o surgimento de sementes e dos vasos condutores de seiva. 
B) o surgimento de flores e frutos. 
C) o aparecimento de estruturas semelhantes aos caules e raízes 
atuais. 
D) o surgimento de folhas modificadas para reprodução. 
E) o aparecimento de órgãos reprodutores. 
 
 
 
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4. (UNIFOR) A conquista do ambiente terrestre pelas plantas 
ocasionou diversas mudanças estruturais e funcionais. Uma das 
transformações mais notáveis que ocorreram nesta conquista foi 
A) o aumento da pressão osmótica nos vacúolos. 
B) o aparecimento de reprodução sexuada. 
C) a diminuição da dependência da água para a fecundação. 
D) o desenvolvimento do metabolismo fotossintético. 
E) a simplificação dos sistemas de transporte de água 
 
5. (UNIFOR) O pequeno porte das briófitas está associado: 
A) À ausência de reprodução sexuada. 
B) À ausência de estômatos nos talos. 
C) À ausência de um sistema condutor verdadeiro. 
D) Ao ambiente úmido em que vivem. 
E) Ao fato do esporófito não realizar fotossíntese. 
 
6. (INTA) O cladograma abaixo evidencia algumas estruturas das 
plantas que foram surgindo ao longo de sua evolução desde o 
mundo aquático até a conquista do ambiente terrestre. 
 
 
 
Entre as adaptações dos vegetais à vida terrestre, uma das mais 
importantes está relacionada com o desenvolvimento da 
reprodução sexuada independente do meio aquático. Sob este 
aspecto, os vegetais terrestres que conseguiram superar a 
dependência da água para a fecundação dos gametas foram 
apenas as: 
A) pteridófitas. 
B) gimnospermas. 
C) briófitas. 
D) angiospermas. 
E) gimnospermas e angiospermas. 
 
7. (UECE) No que diz respeito às estratégias de dispersão dos 
vegetais, relacione as colunas abaixo, numerando as 
características contidas na coluna II, de acordo com os termos 
apresentados na coluna I. 
 
COLUNA I COLUNA II 
1. Anemocoria 
2. Mirmecoria 
3. Hidrocoria 
4. Ornitocoria 
5. Autocoria 
(_) Os frutos são secos e deiscentes, com 
sementes pequenas e leves, normalmente 
apresentando estruturas aerodinâmicas que 
auxiliam o voo. 
(_) A planta lança suas sementes pelas 
redondezas, por meio de algum mecanismo 
particular, ou simplesmente libera as 
sementes diretamente no solo. 
(_) A dispersão das sementes é realizada por 
formigas. 
(_) Presença marcante de coloração nos 
frutos maduros. 
(_) Inclui frutos com durabilidade e capacidade 
de flutuação. 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
A) 1, 5, 2, 4, 3. 
B) 2, 3, 4, 5, 1. 
C) 1, 5, 4, 2, 3. 
D) 2, 3, 1, 4, 5. 
 
8. (UECE) Representam vegetais que possuem semente: 
A) pinheiros, leguminosas e gramíneas. 
B) avencas, bromélias e cactáceas. 
C) cavalinhas, pinheiros e orquídeas. 
D) leguminosas, hepáticas e gramíneas. 
 
9. (UECE) Constituem exemplos de vegetais intermediários e 
foram as primeiras plantas a conquistar realmente o ambiente 
terrestre os(as): 
A) pinheiros. B) musgos. 
C) samambaias. D) cactáceas. 
 
10. (UECE) No processo evolutivo dos vegetais, para se 
estabeleceram no meio terrestre, o primeiro a oferecer condições 
para tal foi o grupo das: 
A) pteridófitas. B) talófitas. 
C) briófitas. D) gimnospermas. 
 
11. (UECE) No sertão, é comum e do conhecimento da maioria das 
pessoas, as plantas rasteiras conhecidas por “Pega-Pinto” e 
Carrapicho. Os frutos dessas plantas possuem dispositivos 
morfológicos que fazem com que eles se “grudem” ao corpo dos 
animais, facilitando sua dispersão e aumentando, assim, a 
propagação das espécies. Esse tipo de dispersão ou disseminação 
recebe o nome de: 
A) anemocórica. B) zoocórica. 
C) hidrocórica. D) geocárpica. 
 
12. (FACID) A figura a seguir corresponde ao desenho 
esquemático de uma orquídea: flores com alas similares às 
abelhas e vespas, de tal forma que os machos dessas espécies 
são atraídos e chegam a copular com elas. Ao abandoná-las, 
poderão levar grãos de pólen e encontrando flores semelhantes, 
podem repetir o processo deixando o pólen que carregavam, 
polinizando-as. O processo descrito é chamado de 
 
 
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Fonte: Biologia: uma abordagem evolutiva e ecológica. Avancini e Favareto. 1ª Ed, página 279. 
 
A) Anemofilia. B) Ornitofilia. 
C) Heterostilia. D) Entomofilia. 
E) Quiropterofilia. 
 
13. (FACID) As plantas terrestres, possivelmente, surgiram de um 
clado de algas verde denominado Charales que, provavelmente, 
viveram às margens de poços ou charcos, circulando-os como uma 
esteira verde. Os primeiros indícios de plantas terrestres, ou de 
ancestrais no ambiente terrestre, datam, aproximadamente, de 400 
a 500 milhões de anos atrás. Enquanto a água, essencial à vida, 
está por toda a parte no ambiente aquático, é difícil obter e reter 
água no ambiente terrestre. Todos os itens a seguir relacionam 
adaptações ao ambiente terrestre, entretanto, uma destas, 
provavelmente, já se fazia presente nas algas ou em seus 
ancestrais. Identifique-a. 
A) Parede celular com composição celulósica garantindo maior 
resistência à célula. 
B) Desenvolvimento de cutícula, revestimento de cera que retarda 
a perda de água. 
C) Esporos com paredes grossas prevenindo dessecamento e 
apodrecimento. 
D) Gametângios, invólucros que revestem os gametas prevenindo 
ressecamento. 
E) Embriões os quais são plantas jovens envolvidas por uma 
estrutura protetora. 
 
14. (FACID) Sobre plantas julgue as afirmativas abaixo em 
verdadeira (V) ou falsa (F). 
I. Antófitas – plantas que produzem flores. O termo é geralmente 
aplicado somente
às angiospermas, como o eucalipto. 
II. Cormófitas – plantas que apresentam órgãos vegetativos bem 
desenvolvidos. Exemplo: hepáticas. 
III. Sifonógamas – plantas com tubo polínico e independentes da 
água ambiental para a reprodução. Os psilotos são vegetais desse 
grupo. 
IV. Espermatófitas – apenas as plantas que apresentam sementes 
envolvidas pelo fruto, como por exemplo, o abacate. 
Marque a alternativa correta. 
A) Apenas os itens I e IV são verdadeiros. 
B) Apenas os itens II e III são verdadeiros. 
C) Apenas os itens II e IV são verdadeiros. 
D) Apenas o item III é falso. 
E) Somente o item I é verdadeiro. 
 
15. (FCM-CG) “A polinização é um dos serviços ecossistêmicos ou 
ambientais gerados naturalmente por ecossistemas. Esses 
serviços produzem benefícios aos seres humanos, seja na forma 
de produtos – como alimentos e substâncias medicinais –, seja na 
forma de processos relacionados à fertilização do solo, controle do 
clima e muitos outros”. É resultado da polinização 
A) a reprodução de plantas espermatófitas que produzem 
sementes. 
B) a manutenção da reprodução de plantas avasculares que 
produzem sementes. 
C) a transferência de grãos de pólen das células reprodutivas 
femininas para o aparelho receptor masculino das plantas 
esporófitas. 
D) a garantia da manutenção de apenas espécies espermatófitas, 
já que sua variabilidade genética é baixa. 
E) o transporte de grãos de pólen das células reprodutivas 
masculinas para o aparelho receptor feminino dos vegetais, que 
são levados pelo aparelho bucal das abelhas, os mais importantes 
polinizadores. 
 
16. (UPE) Para algumas angiospermas, lançar o pólen ao vento é 
suficiente para garantir a disseminação de sementes, mas a 
grande maioria das plantas com flores depende de animais para 
espalhar seu pólen. Orquídeas, por exemplo, são flores altamente 
complexas. De acordo com Darwin, a evolução esticou, torceu e 
transformou as partes de flores comuns para criar os arcos e 
outros engenhos que estas usam para espalhar o seu pólen, 
valendo-se da coevolução com insetos. Em relação à evolução da 
reprodução das angiospermas, analise as afirmativas abaixo: 
I. As flores das angiospermas substituem os estróbilos masculino e 
feminino das gimnospermas. 
II. As fanerógamas produzem sementes envolvidas por frutos, e os 
gametas independem do meio líquido para se encontrarem, sendo 
transportados pelo processo chamado de polinização. 
III. Os frutos formam-se a partir do desenvolvimento da gema 
apical da flor e possuem papel fundamental na proteção e 
disseminação das sementes. 
IV. As diferentes estratégias de disseminação das sementes das 
angiospermas auxiliam na colonização de novos locais e 
aumentam as chances de sobrevivência das plantas-filhas, que 
não irão competir com a planta-mãe. 
Está correto o que se afirma em 
A) I e II. 
B) I, II e III. 
C) I e IV. 
D) II, III e IV. 
E) III e IV. 
 
17. (UEMA) Considerando a classificação atual dos seres vivos, a 
apomorfia típica das plantas é (são) 
A) alternância de gerações haploides e diploides. 
B) meiose gamética. 
C) embriões multicelulares maciços que se desenvolvem à custa 
do organismo materno. 
D) presença de vasos condutores de seiva. 
E) presença de semente, que se constitui na unidade reprodutiva 
que contém o embrião. 
 
 
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18. (FUVEST) Abaixo estão listados grupos de organismos 
clorofilados e características que os distinguem: 
I. Traqueófitas – vaso condutor de seiva. 
II. Antófitas – flor. 
III. Espermatófitas – semente. 
IV. Embriófitas – embrião. 
V. Talófitas – corpo organizado em talo. 
Considere que cada grupo corresponde a um conjunto e que a 
interseção entre eles representa o compartilhamento de 
características. Sendo P um pinheiro-do-paraná (araucária), 
indique a alternativa em que P está posicionado corretamente, 
quanto às características que possui. 
A) B) 
 
C) D) 
 
E) 
 
 
19. (FUVEST) Na evolução dos vegetais, o grão de pólen surgiu 
em plantas que correspondem, atualmente, ao grupo dos 
pinheiros. Isso significa que o grão de pólen surgiu antes 
A) dos frutos e depois das flores. 
B) das flores e depois dos frutos. 
C) das sementes e depois das flores. 
D) das sementes e antes dos frutos. 
E) das flores e antes dos frutos. 
 
20. (FUVEST) A presença ou a ausência da estrutura da planta em 
uma gramínea, um pinheiro e uma samambaia está corretamente 
indicada em: 
 ESTRUTURA GRAMÍNEA PINHEIRO SAMAMBAIA 
A) Flor ausente presente Ausente 
B) Fruto ausente ausente Ausente 
C) Caule ausente presente Presente 
D) Raiz presente presente Ausente 
E) Semente presente presente Ausente 
 
21. (FUVEST) O esquema abaixo representa a aquisição de 
estruturas na evolução das plantas. Os ramos correspondem a 
grupos de plantas representados, respectivamente, por musgos, 
samambaias, pinheiros e gramíneas. Os números I, II e III indicam 
a aquisição de uma característica: lendo-se de baixo para cima, os 
ramos anteriores a um número correspondem a plantas que não 
possuem essa característica e os ramos posteriores correspondem 
a plantas que a possuem. As características correspondentes a 
cada número estão corretamente indicadas em: 
 
 I II III 
A) presença de 
vasos condutores 
de seiva 
formação de 
sementes 
produção de 
frutos 
B) presença de 
vasos condutores 
de seiva 
produção de frutos formação de 
sementes 
C) formação de 
sementes 
produção de frutos presença de 
vasos condutores 
de seiva 
D) formação de 
sementes 
presença de vasos 
condutores de 
seiva 
produção de 
frutos 
E) produção de 
frutos 
formação de 
sementes 
presença de 
vasos condutores 
de seiva 
 
22. (UNESP) 
O vento soprava fraco, dobrando levemente as hastes de uma 
planta dominante, que mal superava a altura do tornozelo, mas 
nem sempre era assim. Na maior parte das vezes o deslocamento 
de ar era intenso e se transformava num jato de uivos poderosos, 
durante as tempestades de verão. ...Açoitadas pelo deslocamento 
de ar, as hastes se dobravam e se agitavam para liberar o 
conteúdo das copas, arredondadas como antigas lâmpadas 
incandescentes. Então as sementes partiam. Cada uma pousaria 
num ponto distinto, determinadas a perpetuar a espécie, 
adaptando-se com a disposição de migrantes que desembarcam 
numa terra estranha. O futuro está ali, não lá, de onde partiram. 
Ulisses Capozzoli. Memória da Terra. Scientific American Brasil, janeiro 2010. Adaptado. 
O texto retrata uma cena na Terra há alguns milhões de anos. 
Pode-se dizer que o texto tem por protagonista as _____ e 
descreve um processo que lhes permitiu _____. Os espaços em 
branco poderiam ser corretamente preenchidos por 
A) briófitas – manterem-se como uma mesma espécie até os dias 
atuais. 
B) pteridófitas – manterem-se como uma mesma espécie até os 
dias atuais. 
C) pteridófitas – diversificarem-se em várias espécies, algumas 
delas até os dias atuais. 
D) gimnospermas – manterem-se como uma mesma espécie até 
os dias atuais. 
E) gimnospermas – diversificarem-se em várias espécies, algumas 
delas até os dias atuais. 
 
 
 
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23. (UFSCAR) Aproximadamente 90% da flora neotropical produz 
frutos carnosos, com características atrativas para os vertebrados 
que os consomem. Desse modo, estes animais têm papel 
importante na dispersão de sementes e na organização das 
comunidades vegetais tropicais. Com relação à dispersão de 
sementes pelos vertebrados, pode-se afirmar que
A) os animais frugívoros que têm visão monocromática, como 
alguns canídeos, são ineficazes no processo de dispersão de 
sementes. 
B) a única forma de dispersão realizada pelos mamíferos é através 
do transporte acidental nos pelos. 
C) a dispersão através das fezes é possível porque as enzimas 
digestivas não digerem o embrião de algumas sementes. 
D) os peixes não se alimentam de frutos e por isso não participam 
do processo de dispersão de sementes. 
E) os animais onívoros só promovem a dispersão de sementes 
quando ingerem as vísceras de animais frugívoros. 
 
24. (UERJ) Desde o início da colonização do ambiente terrestre, 
houve grande diversificação das plantas, graças ao surgimento de 
características vantajosas à adaptação, que permitiram a 
sobrevivência e a reprodução em terra firme. As estruturas 
correspondentes a adaptações evolutivas exclusivas das plantas, 
que contribuíram para seu desenvolvimento e diversificação no 
habitat terrestre, estão indicadas em: 
A) fruto, semente e mitocôndria. 
B) vaso condutor, cutícula e estômato. 
C) membrana celular, cloroplasto e raiz. 
D) meristema apical, parede celular e flor. 
 
25. (UFC) Pesquisas recentes têm mostrado que o aquecimento do 
Planeta tem provocado a extinção ou a migração de várias 
espécies animais para as regiões mais frias, principalmente 
borboletas, abelhas e beija-flores. Como cerca de 90% da 
produção mundial de cereais depende das espécies polinizadoras, 
pode-se supor o comprometimento desta produção no futuro. Com 
respeito à polinização, marque a segunda coluna de acordo com a 
primeira, relacionando o agente polinizador com o processo de 
polinização. 
(1) vento 
(2) inseto 
(3) pássaro 
(4) morcego 
(5) molusco 
(_) entomofilia 
(_) quiropterofilia 
(_) anemofilia 
(_) ornitofilia 
(_) malacofilia 
 
A sequência correta será: 
A) 24135. 
B) 13524. 
C) 45312. 
D) 31542. 
E) 24531. 
 
26. (UFPI) Atualmente, biólogos da área de sistemática e evolução 
dos seres vivos incluem as algas como pertencentes ao reino 
Protista, e não ao reino Vegetal, como tradicionalmente se 
conhece devido à sua aparência com as plantas. A explicação para 
se classificar as algas como Protista e não como Vegetal está no 
fato da: 
A) presença de células com parede celulósica. 
B) ausência de envoltório nuclear em suas células. 
C) ausência de tecidos e órgãos bem diferenciados. 
D) presença de clorofila como pigmento fotossintetizante. 
E) ausência de organelas celulares. 
 
27. (UFPB) A polinização e a dispersão das sementes são dois 
mecanismos de grande importância no ciclo de vida dos vegetais. 
Sobre esses dois mecanismos, é incorreto afirmar: 
A) Os frutos contribuem para a dispersão das sementes, a exemplo 
do coco-da-baía que, por ser flutuante, pode ser levado pelas 
correntes marinhas para praias distantes, onde a semente 
germinará. 
B) A dispersão das sementes pode ocorrer através do transporte 
de frutos que aderem ao corpo de animais, como acontece com o 
carrapicho. 
C) A dispersão das sementes pode ocorrer através do vento, a 
exemplo do que acontece com as sementes aladas das orquídeas. 
D) A polinização feita por animais como morcegos, pássaros e 
insetos é um fenômeno característico das angiospermas. 
E) As gimnospermas têm flores rudimentares (estróbilos) e nelas 
não se verifica o fenômeno da polinização. 
 
28. (UFPB) O reino Plantae reúne cerca de 300 mil espécies de 
organismos que possuem características em comum, ou seja, 
esses organismos são 
A) eucariontes e procariontes, autótrofos fotossintetizantes, 
contendo cloroplastos com pigmentos. 
B) autótrofos facultativos, com células de paredes rígidas, 
contendo celulose e cloroplastos com clorofila. 
C) unicelulares ou pluricelulares, autótrofos fotossintetizantes e 
quimiossintetizantes, contendo cloroplastos com clorofila e outros 
pigmentos. 
D) eucariontes, autotróficos fotossintetizantes, contendo células de 
parede celular rígida, com celulose e cloroplasto com clorofila. 
E) autotróficos fotossintetizantes, com células de parede celular 
flexível, contendo celulose e cloroplasto com clorofila e outros 
pigmentos. 
 
29. (UFMG) Analise esta tabela: 
DIVERSIDADE ATUAL DE PLANTAS COM SEMENTE NA TERRA 
 No de 
famílias 
No de 
espécies 
Época de 
surgimento 
na Terra 
(milhões de 
anos) 
Gimnospermas Ginkgophyta 1 1 280 
Cycadophyta 3 100 300 
Coniferophyta 7 500 330 
Gnetales 3 100 200 
Angiospermas 500 300.000 120 
 
Com base nas informações dessa tabela e em outros 
conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que a diferença 
entre a diversidade de Gimnospermas e de Angiospermas pode 
ser explicada 
 
 
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A) pelos tipos de folhas e sementes. 
B) pela ação dos insetos polinizadores. 
C) pela ação menos intensa de herbívoros. 
D) pelos modos de dispersão dos frutos. 
 
30. (UFMG) A alface (Lactuca sativa), hortaliça de folhas 
comestíveis, é, há muito, utilizada na alimentação humana por 
apresentar todas as seguintes características, exceto 
A) Constitui uma fonte razoável de fibras, além de possuir 
reconhecido conteúdo vitamínico. 
B) É incapaz de se propagar por meio de sementes, já que não 
pode florir. 
C) Possui variedades que podem ser cultivadas em todas as 
estações do ano. 
D) Tem cultura de fácil manejo, podendo, por isso, ser consumida 
ainda fresca. 
 
 
Questões estilo somatória 
 
31. (UFSC) 
Até pouco tempo, acreditava-se que a cafeína presente nas flores 
do café era produzida pela planta com o intuito de inibir a 
herbivoria. Experimentos recentes trazem à tona uma nova 
perspectiva. Descobriu-se que existem baixos níveis de cafeína no 
néctar destas flores. Além disso, constatou-se que as abelhas que 
ingerem a cafeína presente no néctar das flores de café guardam 
por mais tempo a associação entre o cheiro das flores e o prazer 
obtido ao consumir o seu néctar açucarado. Assim como um 
vendedor de crack fornece drogas psicoativas capazes de viciar o 
consumidor, garantindo sua volta para obter uma nova dose, 
podemos imaginar que a planta de café utiliza a cafeína para 
alterar o cérebro das abelhas e garantir que elas retornem às suas 
flores. 
REINACH, Fernando. A função da cafeína na natureza. O Estado de São Paulo, 4 abr. 2013. 
[Adaptado] 
Sobre os pontos abordados no texto, indique a soma da(s) 
proposição(ões) correta(s). 
1. O néctar é um composto que pode ser produzido por flores, 
caules e folhas. 
2. Como estratégia para atrair polinizadores, além do néctar 
contendo ou não cafeína, as flores podem apresentar pétalas com 
cores vibrantes ou aromas perfumados. 
4. O transporte de pólen por animais, como as abelhas, representa 
uma estratégia evolutiva importante para a independência de um 
ambiente aquoso na reprodução de Briófitas, Pteridófitas e 
Angiospermas. 
8. Os grupos de plantas que apresentam pólen são os mesmos 
que produzem sementes. A semente deriva de um óvulo 
fecundado e a fecundação só pode ocorrer com a formação de um 
tubo polínico. 
16. O pólen representa o gameta masculino produzido pelo 
gineceu das flores. O androceu é responsável pela produção de 
óvulos. 
32. A cafeína é capaz de causar dependência por aumentar os 
níveis de neurotransmissores, como a dopamina, no cérebro. 
 
Questões discursivas 
 
32. (FUVEST) 
Pesquisadores encontraram características surpreendentemente 
avançadas no fóssil de um peixe primitivo conhecido como 
Gogonassus, que viveu há cerca de 380 milhões de anos no oeste 
da Austrália. Esse gênero faz parte de um grupo de peixes com 
barbatanas lobuladas que deu origem aos vertebrados terrestres e 
é uma das amostras mais completas já encontradas de seres 
aquáticos do período Devoniano
(419 a 359 milhões de anos 
atrás). [...] 
Rev. Pesquisa FAPESP – edição Online, 20/10/2006 
A) É correto afirmar que os primeiros vertebrados terrestres, 
descendentes dos peixes de barbatanas lobuladas, de que fala o 
texto, foram necessariamente consumidores primários? Por quê? 
B) Considerando que no Devoniano surgiram os primeiros filos de 
plantas gimnospermas, quais dentre as seguintes estruturas 
dessas plantas poderiam ter servido de alimento a esses primitivos 
vertebrados terrestres: caule, folha, semente, flor e fruto? 
Justifique. 
 
33. (FUVEST) A conquista do meio terrestre, pelas plantas, foi 
possível graças a um conjunto de adaptações. 
A) Cite duas adaptações dos vegetais terrestres relacionadas à 
economia de água. 
B) Que estruturas vegetais permitem a dispersão das pteridófitas e 
das gimnospermas, independentemente do meio aquático? 
 
34. (FUVEST) Um botânico recebeu duas plantas de origens 
desconhecidas. Estudando-as, concluiu que uma delas era 
polinizada por insetos e oriunda de região de alta pluviosidade; já a 
outra era polinizada pelo vento e provinha de uma região árida. 
Explique como ele pôde ter chegado a estas conclusões, com base 
nas observações e análises realizadas. 
 
35. (UNICAMP) Na Região Sudeste do Brasil as paineiras 
frutificam em pleno inverno, liberando suas sementes envoltas por 
material lanoso, como mostram as figuras abaixo. Tal fato está 
relacionado com o mecanismo de dispersão das sementes. 
 
Foto à esquerda - Fonte: www.deverdecasa.com. Acessado em 19/12/2012. Foto à direita – 
Acervo pessoal. 
A) Explique como ocorre a dispersão das sementes das paineiras e 
qual a importância da frutificação ocorrer no inverno da Região 
Sudeste. 
 
 
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B) Diferentemente das paineiras, existem plantas que investem na 
produção de frutos carnosos e vistosos. De que maneira tal 
estratégia pode estar relacionada à dispersão das sementes 
dessas plantas? Explique. 
 
36. (UNICAMP) A polinização das angiospermas é feita por 
agentes abióticos (vento e água) ou por vários tipos de animais. 
Nesse processo se observa relação entre as características florais 
e os respectivos agentes polinizadores. 
A) Considerando as informações sobre as flores das quatro 
espécies apresentadas na tabela abaixo, escolha, para cada uma 
delas, o possível agente polinizador dentre os seguintes: vento, 
morcego, beija-flor e abelha. 
B) Explique o papel do grão de pólen no processo de formação de 
sementes. 
Característica 
florais 
 
 
Espécies 
Período 
de 
abertura 
da flor 
Corola 
(pétalas) 
Perfume Néctar 
1 Diurno Vermelha Ausente Abundante 
2 Diurno Ausente ou 
branco-
esverdeada 
Ausente Ausente 
3 Noturno Branca Desagradável Abundante 
4 Diurno Amarela Agradável Presente 
ou ausente 
 
37. (UNICAMP) As informações a seguir estão relacionadas a dois 
mecanismos importantes no ciclo de vida dos vegetais. 
I. As sementes de orquídeas flutuam no ar e são carregadas pelo 
vento. 
II. A formação dos frutos de maracujá depende da presença de 
mamangavas. 
III. Os pássaros comem os frutos da goiabeira mas suas sementes 
não são digeridas e saem nas fezes. 
IV. O carrapicho se prende aos pelos dos animais. 
V. Os morcegos visitam as flores que se abrem à noite. 
A) Identifique o mecanismo em cada um dos casos. 
B) Dê duas vantagens que esses mecanismos trazem para os 
vegetais. 
 
38. (UNESP) 
GIMNOSPERMAS E ANGIOSPERMAS: UMA HISTÓRIA DE 
SUCESSO VEGETAL 
Uma das maiores inovações que surgiram no decorrer da evolução 
das plantas vasculares foi a semente. Essa estrutura 1. Por isso, 
as gimnospermas e angiospermas têm vantagem sobre os grupos 
de vegetais que se reproduzem por meio de esporos. A prova 
disso é que existe um número muito superior de espécies vegetais 
produtoras de sementes do que de plantas que fazem uso de 
esporos para se propagar. As angiospermas são as plantas que 
apresentam o maior sucesso evolutivo nos dias atuais. Se 
compararmos os números de espécies de angiospermas e 
gimnospermas, poderemos notar que o primeiro grupo de plantas 
conta com cerca de 235 mil espécies viventes contra 720 espécies 
do segundo grupo. Essa grande diversidade de espécies de 
angiospermas deve-se 2. 
http://educacao.uol.com.br. Adaptado. 
Construa dois novos trechos que possam substituir as lacunas do 
texto. No trecho 1 você deve citar duas vantagens adaptativas das 
sementes em comparação aos esporos, e no trecho 2 você deve 
citar uma característica exclusiva das angiospermas e explicar 
como essa característica contribuiu para sua maior diversidade. 
 
39. (UNESP) As curvas da figura representam, uma, a relação 
existente entre a probabilidade de encontro de uma planta jovem 
em diferentes distâncias a partir da árvore-mãe e, outra, a 
probabilidade de sobrevivência dessas plantas jovens. 
 
Considerando esta figura, responda. 
A) Que curva deve representar a probabilidade de sobrevivência 
das plantas jovens em relação à distância da árvore-mãe? Cite 
duas relações intraespecíficas que podem ser responsáveis pela 
tendência observada nessa curva. 
B) Cite um exemplo de mutualismo entre a árvore-mãe e animais 
que pode contribuir para o estabelecimento de plantas jovens em 
pontos distantes dessa árvore. 
 
40. (UNIFESP) Copaifera langsdorffii é uma árvore de grande 
porte, amplamente distribuída pelo Brasil e conhecida 
popularmente como copaíba. A dispersão das sementes da 
copaíba é feita por aves frugívoras. 
A) Indique e explique objetivamente a relação ecológica que se 
estabelece entre a copaíba e as aves frugívoras. 
B) Considerando que as sementes poderiam germinar ao redor da 
planta-mãe, por que a dispersão é importante para a espécie 
vegetal? 
 
41. (UFSCAR) Sobre flores, responda: 
A) As flores coloridas das angiospermas são interpretadas como 
uma aquisição evolutiva que aumenta a eficiência da reprodução 
sexuada. De que modo isso ocorre? 
B) Que fator ambiental contribui para a reprodução sexuada de 
flores não coloridas, como as do capim? 
 
42. (UFU) Leia o trecho abaixo. 
Os primeiros vegetais tiveram origem na água. Com a evolução e a 
aquisição de inúmeras adaptações, as plantas conseguiram 
conquistar o ambiente terrestre e, atualmente, existem espécies 
que conseguem sobreviver mesmo em regiões bastante áridas. 
Sobre esse assunto, pede-se: 
 
 
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A) Para conquistar o ambiente terrestre, como os vegetais 
resolveram o problema de captação da água do solo? 
B) Cite duas adaptações que permitiram aos vegetais restringir a 
perda de água. 
C) Como as plantas terrestres conseguiram agilizar o transporte 
interno de substâncias, que nos grupos vegetais aquáticos 
primitivos acontecia lentamente, apenas por difusão? 
 
43. (UFLAVRAS) Complete o texto abaixo, preenchendo os 
espaços em branco (Observação: uma só palavra por espaço). 
Em alguns sistemas e classificação, Algas, Briófitas e Pteridófitas 
formam o grupo das (a)_____, ou seja, vegetais que não possuem 
flores. Gimnospermas e Angiospermas são reunidas no grupo das 
(b)_____, ou seja, vegetais que possuem flores. Considerando que 
vegetais que possuem flores são capazes de produzir sementes, 
esses dois grupos de vegetais são também denominados (c) 
_____, que são, literalmente, plantas produtoras de sementes. 
Outro sistema de classificação de vegetais agrupa aqueles que 
não possuem tecidos e órgãos (Exemplo: Algas) numa categoria 
denominada (d)_____. Pteridófitas, Gimnospermas e 
Angiospermas, por possuírem tecidos e órgãos, são denominadas 
(e)_____. Pelo fato de possuírem vasos de condução de seivas, 
Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas fazem parte do
grupo 
das (f)_____. 
 
44. (UFOP) As florestas tropicais se caracterizam por apresentar 
alta umidade e pouca insolação. Tais características são ideais 
para o crescimento de briófitas, que apresentam poucos 
centímetros de altura, e de pteridófitas, que podem chegar até a 
cinco metros, como o samambaiaçu. Entretanto, o grupo vegetal 
melhor representado nas florestas em geral é o das angiospermas, 
as plantas com flores e sementes. Considerando as plantas 
citadas, responda às questões e faça o que se pede. 
A) Como pode ser explicada a diferença de tamanho entre os 
musgos e as samambaias, já que os dois grupos são abundantes e 
somente se desenvolvem bem em locais úmidos? 
B) Ainda sobre os musgos e as samambaias, é correto afirmar que 
tais plantas necessitam de água para a reprodução sexuada? 
Justifique sua resposta. 
C) As angiospermas apresentam ampla distribuição, ocorrendo em 
todos os ambientes. Cite duas características morfológicas ou 
anatômicas e justifique a importância destas para o sucesso 
adaptativo desse grupo. 
 
45. (UFC) Uma das razões do sucesso das angiospermas no 
ambiente terrestre é a presença de mecanismos de transporte do 
pólen de uma planta para o gametófito feminino de outra planta. 
Cite quatro características das flores dessas plantas que facilitam a 
polinização e permitiram a sua grande disseminação na Terra. 
 
46. (UFCG) O esquema abaixo representa subdivisões dicotômicas 
de grupos de vegetais, considerando a presença ou ausência dos 
seguintes componentes: sementes, vasos condutores, clorofila e 
frutos. 
 
Relacione, de acordo com o critério presença/ausência, os 
componentes citados com os grupos de vegetais apresentados e, 
em seguida, escreva cada um deles, nos espaços abaixo, 
correspondendo aos algarismos romanos I, II, III e IV. 
 
47. (UFRJ) As sementes de diversas espécies de plantas são 
revestidas por fibras de esclerênquima, um tipo de tecido vegetal 
rico em celulose e lignina. Explique como esse revestimento das 
sementes contribui para a dispersão dessas espécies de plantas. 
 
48. (UFRJ) A fotossíntese realizada nas folhas produz glicídios que 
se distribuem pela planta e ficam acumulados em diferentes 
órgãos, como raízes, caules subterrâneos e frutos. No caso de 
raízes e caules subterrâneos, esse acúmulo representa uma 
reserva nutritiva para a planta. No caso dos frutos, esse acúmulo é 
importante para a dispersão do vegetal. Explique por quê. 
 
49. (UFRJ) Na maioria dos angiospermas – plantas com flores e 
frutos – a reprodução depende da polinização, ou seja, do 
transporte dos grãos de pólen de um indivíduo para outro. Em 
alguns casos, o transporte é feito pelo vento e, em outros, por 
animais polinizadores que visitam sistematicamente as flores. Em 
qual dos dois casos a produção de pólen deve ser maior? 
Justifique sua resposta. 
 
50. (UFRJ) Os vegetais, em geral, são fixos e apresentam uma 
forma ramificada; por outro lado, a maioria dos animais tem um 
corpo compacto, sem grandes ramificações. Qual a relação entre 
essas características e a maneira como os dois grupos se 
alimentam? 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 2 
Introdução à reprodução vegetal 
 
Ciclos de vida na natureza 
 
Existem três tipos básicos de ciclos vitais na narueza, e as 
algas podem apresentar qualquer um dos três, dependendo da 
espécie. 
Os ciclos vitais podem ser descritos de acordo com duas 
características básicas: a ploidia dos indivíduos adultos e o número 
de tipos de formas adultas no ciclo. 
Quanto à ploidia, os ciclos podem ser haplontes, quando 
os indivíduos adultos são haploides (n), ou diplontes, quando os 
indivíduos adultos são haploides. 
Quanto ao número de tipos de formas adultas, os ciclos 
podem ser haplobiontes, quando só há uma forma adulta 
(haploide ou diploide), ou diplobiontes, quando há duas formas 
adultas (haploide e diploide) se alternando. 
Analisando os três tipos de ciclo de vida, temos: 
 
1. Ciclo Haplobionte-Haplonte (com meiose inicial 
ou zigótica) 
No ciclo haplobionte-haplonte, só ocorre um tipo de 
adulto quanto à ploidia, o qual é haploide. Assim, os indivíduos 
adultos são haploides e formam gametas por mitose. Esses se 
unem, formando zigotos diploides, que, logo em seguida, sofrem 
meiose (chamada meiose inicial ou zigótica) , formando esporos 
haploides. Os esporos se multiplicam por mitose, produzindo 
indivíduos haploides adultos. 
O ciclo haplobionte-haplonte ocorre em certas espécies 
de algas, protozoários e fungos. 
Adulto n
Gameta n Gameta n
Fecundação 
Zigoto 2n
Meiose
zigótica
Esporos n
Germinação 
Mitoses 
 
 
 
2. Ciclo Haplobionte-Diplonte (com meiose final ou 
gamética) 
No ciclo haplobionte-diplonte, só ocorre um tipo de 
adulto quanto à ploidia, o qual é diploide. Assim, os indivíduos 
adultos são diploides, originando, por meiose (chamada meiose 
final ou gamética), gametas haploides, que, na fecundação, 
formam o zigoto diploide. Esse se desenvolve por mitose e origina 
um novo adulto diploide. 
O ciclo haplobionte-diplonte, ocorre em todos os 
animais e em certas espécies de algas. 
Adulto 2n
Gameta n Gameta n
Fecundação 
Zigoto 2n
Desenvolvimento
Meiose
gamética 
 
 
3. Ciclo Diplobionte ou Haplonte-Diplonte ou 
Haplodiplobionte (com meiose intermediária ou 
espórica) 
No ciclo diplobionte, ocorrem dois tipos de adulto se 
alternando, e como há uma fase adulta haploide e outra fase 
adulta diploide, ele também é chamado de haplobionte-diplonte 
ou haplodiplobionte . 
Neste ciclo de desenvolvimento, os indivíduos haploides 
são chamados gametófitos e produzem gametas por mitose, e os 
indivíduos diploides são chamados de esporófitos e produzem 
esporos por meiose (chamada meiose espórica ou 
intermediária). 
Células do gametófito haploide produzem gametas por 
mitose. Esses se fecundam e originam o zigoto diploide, que sofre 
mitoses para originar o esporófito. Células do esporófito diploide 
sofrem meiose e originam esporos haploides, que se desenvolvem 
por mitose originando novo gametófito. 
O ciclo haplobionte-diplonte ocorre em todas as plantas 
e em certas espécies de algas. 
Adulto n
gametófito
Gameta n Gameta n
Fecundação 
Zigoto 2n
Desenvolvimento 
Adulto 2n
esporófito
Germinação 
Mitoses 
Meiose
espórica
Esporos n
 
 
 
 
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Em todos os organismos vegetais ocorre um ciclo de vida 
em que há alternância de uma fase de indivíduos diploides com 
uma fase de indivíduos haploides. Fala-se em alternância de 
geração ou metagênese. Nos indivíduos diploides, algumas 
células sofrem meiose, dando origem a esporos (n). Estes são 
liberados e, ao se fixarem em local adequado, dão origem a 
indivíduos haploides, através de várias divisões mitóticas. Algumas 
células desses indivíduos haploides diferenciam-se em gametas 
(n). Um gameta feminino pode ser fecundado por um gameta 
masculino, originando um zigoto diploide que, por mitoses 
sucessivas, dará origem a indivíduos diploide, reiniciando o ciclo. 
Neste caso, a meiose é espórica ou intermediária. Tanto os 
esporos como os gametas são células haploides. A diferença entre 
eles é que os esporos dão origem diretamente a novos indivíduos, 
enquanto os gametas fundem-se dois a dois, sendo um gameta 
masculino e um feminino, originando um zigoto diploide que 
produzirá um novo indivíduo. 
Organismos desse tipo são ditos haplodiplobiontes ou 
diplobiontes, ou ainda haplontes-diplontes por possuírem em 
sua vida uma fase haploide e uma diploide. Os indivíduos 
haploides são chamados gametófitos, e produzem gametas por 
mitose e os indivíduos diploides são chamados
esporófitos, e 
produzem esporos por meiose espórica. 
Células do gametófito haploide produzem gametas por 
mitose. Esses se fecundam e originam o zigoto diploide, que sofre 
mitoses para originar o esporófito. Células do esporófito diploide 
sofrem meiose e originam esporos haploides, que se desenvolvem 
por mitose originando novo gametófito. 
Esse ciclo de vida ocorre em muitas algas e em todas as 
briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Nas algas 
que possuem alternância de gerações em seus ciclos de vida, as 
fases gametofítica e esporofítica podem ser igualmente bem 
desenvolvidas, e independentes uma da outra; em alguns casos, 
não há inclusive diferenças morfológicas entre indivíduos diploides 
e haploides, a não ser em suas estruturas reprodutoras. 
Em vegetais terrestres, as duas fases do ciclo de vida são 
bem diferentes, e sempre ocorre uma fase predominante, 
duradoura, visível a olho nu, e uma fase passageira, 
microscópica. A tabela a seguir mostra quem são essas fases nas 
plantas terrestres. 
 
 Fase passageira Fase duradoura 
Briófitas Esporófito (2n) Gametófito (n) 
Pteridófitas Gametófito (n) Esporófito (2n) 
Gimnospermas Gametófito (n) Esporófito (2n) 
Angiospermas Gametófito (n) Esporófito (2n) 
 
No decorrer da evolução das plantas, o que se observa é a 
redução da fase gametofítica e maior desenvolvimento da fase 
esporofítica, que se torna independente da fase gametofítica. 
Uma vez que a fase gametofítica nunca possui estruturas 
impermeabilizantes, ela torna a planta muito susceptível à 
ressecação. Quanto maior a fase gametofítica, então, maior a 
tendência à ressecação. A redução da fase gametofítica 
possibilita, consequentemente, uma melhor adaptação a 
ambientes secos. 
Nas briófitas, a fase gametofítica é a mais 
desenvolvida; o esporófito é quase aclorofilado e se desenvolve 
sobre o gametófito, dependendo deste para sua nutrição. Nas 
pteridófitas, a fase esporofítica mais desenvolvida que a fase 
gametofítica, bastante reduzida. 
Nas gimnospermas e especialmente nas 
angiospermas, a fase gametofítica atinge o máximo de 
redução, não se verificando uma alternância típica de gerações, 
pois não se formam mais indivíduos haploides bem caracterizados: 
os gametófitos desenvolvem-se no interior das flores dos 
esporófitos, num fenômeno conhecido como desenvolvimento 
endospórico do gametófito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tendência evolutiva na alternância de gerações nas plantas. 
 
Origem dos gametas 
Em briófitas e pteridófitas, o gametófito (n) possui 
órgãos denominados gametângios (n) para a produção de 
gametas (n). O gametângio masculino se chama anterídio e 
produz os gametas masculinos denominados anterozoides. O 
gametângio feminino se chama arquegônio e produz os 
gametas femininos denominados oosferas. 
Em gimnospermas, com o desenvolvimento 
endospórico do gametófito, o gametófito se reduz bastante, 
sendo o masculino formado por apenas duas células 
(denominadas célula do tubo e célula geradora) e o feminino, 
maior, formado por várias células, nele se formando arquegônios 
bem caracterizados. O gameta masculino vem da célula geradora 
e é nesse caso denominado núcleo espermático. O gameta 
feminino é gerado no arquegônio e mantém o nome de oosfera. 
Em angiospermas, com o máximo do desenvolvimento 
endospórico do gametófito, o gametófito masculino se mantém 
com apenas duas células (ainda denominadas célula do tubo e 
célula vegetativa), mas o feminino se reduz a apenas oito 
células, sem arquegônios caracterizados. O gameta masculino 
continua sendo gerado a partir da célula geradora, mantendo o 
nome de núcleo espermático, e o gameta feminino, uma das 
apenas oito células do gametófito feminino, continua mantendo o 
nome de oosfera. 
 
 
 
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16 Curso de Biologia 
Origem dos esporos 
Em todos os vegetais terrestres, o esporófito (2n) possui 
órgãos denominados esporângios (2n) para a produção de 
esporos (n), por meiose. 
Em briófitas e na maioria das pteridófitas, apenas um 
tipo de esporo é formado, caracterizando um fenômeno conhecido 
isosporia. 
Em pteridófitas selaginelas, gimnospermas e 
angiospermas, dois tipos de esporângios aparecem, sendo eles 
denominados microsporângios ou androsporângios, 
masculinos, para a produção de micrósporos ou andrósporos, 
masculinos, além de megasporângios ou ginosporângios, 
femininos, para a produção de megásporos ou ginósporos, 
femininos. 
 
 
Exercícios 
 
Questões estilo múltipla escolha 
 
1. (ENEM) A imagem representa o processo de evolução das 
plantas e algumas de suas estruturas. Para o sucesso desse 
processo, a partir de um ancestral simples, os diferentes grupos 
vegetais desenvolveram estruturas adaptativas que lhes permitiram 
sobreviver em diferentes ambientes. 
 
Disponível em: http://biopibidufsj.blogspot.com. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado). 
Qual das estruturas adaptativas apresentadas contribuiu para uma 
maior diversidade genética? 
A) As sementes aladas, que favorecem a dispersão aérea. 
B) Os arquegônios, que protegem o embrião multicelular. 
C) Os grãos de pólen, que garantem a polinização cruzada. 
D) Os frutos, que promovem uma maior eficiência reprodutiva. 
E) Os vasos condutores, que possibilitam o transporte da seiva 
bruta. 
 
2. (ENEM) Os seres vivos apresentam diferentes ciclos de vida, 
caracterizados pelas fases nas quais gametas são produzidos e 
pelos processos reprodutivos que resultam na geração de novos 
indivíduos. Considerando-se um modelo simplificado padrão para 
geração de indivíduos viáveis, a alternativa que corresponde ao 
observado em seres humanos é: 
 
a) 
 
 
b) 
 
 
c) 
 
 
d) 
 
 
e) 
 
 
Disponível em: www.infoescola.com (adaptado). 
 
 
 
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3. (UNIFOR) O esquema a seguir representa de forma simplificada, 
o ciclo de vida de uma samambaia. 
 
esporófito
zigoto
esporos
gametófito
 
 
 
Nesse ciclo, surgem por reprodução sexuada e por reprodução 
assexuada, respectivamente, o 
A) esporófito e o gametófito. 
B) gametófito e o esporófito. 
C) esporófito e os esporos. 
D) gametófito e o zigoto. 
A) zigoto e o esporófito. 
 
4. (UNIFOR) Os esquemas abaixo representam ciclos de vida dos 
seres vivos. 
 
 
 
Os ciclos de vida da maioria dos animais e de todos os vegetais 
estão representados, respectivamente, em 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e I. 
D) II e III. 
E) III e II. 
5. (UNIFOR) Os esquemas abaixo referem-se a ciclos de vida das 
algas. 
 
 
A meiose em I, II e III é, respectivamente, 
A) Espórica, gamética e zigótica. 
B) Espórica, zigótica e gamética. 
C) Zigótica, gamética e espórica. 
D) Gamética, zigótica e espórica. 
E) Gamética, espórica e zigótica. 
 
6. (UNICHRISTUS) 
Cientistas descobriram em Tarija (Colômbia) o fóssil vegetal mais 
antigo já encontrado na América do Sul, de 400 milhões de anos. 
Trata-se de uma das “plantas superiores” mais antigas, cuja 
proliferação permitiu o desenvolvimento da vida animal fora dos 
oceanos. 
Revista Terra – Fev./96 - No 2 - Edição 46 - Editora Azul. 
É sabido que as plantas sofreram evolução passando do meio 
aquático ao terrestre. Várias adaptações ocorreram, levando o 
grupo mais adaptado ao ambiente terrestre, as Angiospermas, a 
conquistarem todos os ambientes do planeta. Baseado no texto e 
conhecimentos correlatos, pode-se inferir que 
A) para que a conquista do ambiente terrestre fosse efetiva, foi 
necessário o desaparecimento de vasos condutores. 
B) nas criptógamas, a fase gametofítica correspondente a um 
período curto

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