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trabalho avaliativo

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Dulce Aparecida Justino dos Santos 
8°período noturno 
 M:200533162 
 
 
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 
ªVARA 
DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE Alfenas, ESTADO DE MINAS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Doroteia Silva, brasileira, VIÚVA, portadora da 
cédula de identidade RG nº XXX e inscrito no CPF/MF sob o nºXXX, residente e 
domiciliada na Rua XXX,ALFENAS /MG, vem, respeitosamente, perante Vossa 
Excelência,intermédio da Defensoria Pública do Estado de MINAS GERAIS, por seu 
órgão de execução 
que esta subscreve, dispensada da apresentação de procuração, nos termos do 
disposto 
no artigo 128, da LC 80/94, propor a presente 
 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS 
 
.A ação foi proposta pela esposa, de Antônio Silva que era professor da Escola 
Estadual Rui Barbosa assassinado durante assalto a mão armada na escola pública 
onde trabalhava, em Alfenas (MG). A morte aconteceu em,20/05/2019, por volta das 
9:45h quando o profissional estava na sala dos docentes. 
 
 
em face do ESTADO DE MINAS GERAIS, pessoa jurídica de direito 
público interno, com sede do Estado MINAS GERAIS, a ser intimado, nos termos 
do art. 75, inciso II do 
Código de Processo Civil, na pessoa do Procurador Geral do Estado, cujo domicílio 
fica em MINAS GERAIS NA CIDADE DE ALFENAS, na Rua XXX, N°XX, , pelas 
razões de fato e de direito a seguir aduzidas. 
 
 
 
1 – DOS FATOS 
Em 20/05/2019, por volta das 9:45h, José Pequeno adentrou à Instituição de 
Ensino, rendendo diversos funcionários da escola a fim de subtrair-lhes bens e 
outros pertences pessoais. 
A Vítima estava na sala dos professores quando José Pequeno entrou e, 
inadvertidamente, lhe desferiu cinco tiros de arma de fogo, levando celular e 
computador da vítima 
A ocorrência de assalto que resulta na morte de professor dentro de escola pública 
é resultado da omissão do poder público no dever legal de garantir a segurança de 
funcionários e alunos, causando danos morais que devem ser reparados. 
Testemunhas informaram que José Pequeno vestia uniforme da escola, bem como 
que no horário do intervalo/recreio (9:30h às 10h) os portões da escola estavam 
abertos e o segurança havia se retirado para ir ao banheiro. 
 
2 – DO DIREITO 
 
2. Tratando-se de responsabilidade civil do Estado por omissão, aplica-se a teoria 
subjetiva. A ocorrência de assalto contra professor, dentro de estabelecimento 
escolar estadual, denota a omissão no dever legal de garantir a segurança dos 
professores e alunos.art. 37 de nossa Constituição Federal: 
“§6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que os funcionários 
públicos, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. 
 
2.1Todos os requisitos necessários para que restasse caracterizada a 
responsabilidade objetiva do Estado estão presentes: 
 consumação do dano; ação praticada por negligência do funcionário público 
vínculo causal entre o evento danoso e o comportamento estatal e ausência de 
qualquer causa excludente de que pudesse eventualmente decorrer a exoneração 
da responsabilidade do Estado. 
A consumação do dano e a ação praticada por funcionário público estatal são 
facilmente constatadas. 
A vítima foi morto em razão de disparos de arma de fogo 
efetuados por José Pequeno que vestia uniforme da escola ,Testemunhas disseram 
que foi, no horário do intervalo/recreio (9:30h às 10h) os portões da escola estavam 
abertos e o segurança havia se retirado para ir ao banheiro. Tal fato é inconteste. 
As testemunhas envolvidos na ocorrência confirmaram que realmente a escola se 
situa em região considerada perigosa, mas não tem segurança. Disse não ter 
havido qualquer alteração nas condições de segurança após o fato criminoso. 
Declarou que, entre um intervalo e outro, o portão permanecia semiaberto. A 
testemunha , que interessa ao julgamento deste recurso, disse ser professora na 
mesma escola. Esclareceu que não havia segurança à época e que a região é 
conhecida como um local perigoso; que não sabe informar como estava o portão no 
momento do fato, mas quando entrou na escola, junto da vítima, não estava 
trancado. Acrescentou que não houve alteração na segurança. E foi José pequeno 
que efetuou os cinco disparos que atingiu a vítima (fl. xx do inquérito policial em 
anexo). Ademais, a certidão de 
óbito é clara no sentido de que a morte foi consequência de hemorragia decorrente 
de 
ferimentos por disparos de arma de fogo. 
 
3 – DA INDENIZAÇÃO 
 
 
 3.1. DAS CONSEQUÊNCIAS VIVIDAS PELA AUTORA DA AÇÃO 
 
Esposa acionou a Justiça e, afirmando ter assistido o sofrimento e dor intensa do 
filho por ter crescido sem a figura do pai.E pela forma como ocorreu a morte da 
vítima extremamente violenta e súbita, que foi causada pela a irresponsabilidade 
,do funcionário público gerou, gera e gerará na autora da ação e nos demais 
familiares da vítima evidentes sentimentos de dor, perda, saudade, angústia, 
desproteção, injustiça, medo e revolta Tais sentimentos caracterizam os chamados 
danos morais, aqueles danos provocados na alma, nas lembrança se Sustenta seu 
pedido de indenização por danos morais na omissão do estado em garantir a 
segurança dos trabalhadores e alunos da escola pública. 
 
 
 
 
 
 
4. DOS PEDIDOS 
 
Ante o exposto, requer-se a citação do réu, na pessoa de seu 
representante legal, para, querendo, oferecer resposta, sob pena de revelia. 
Ademais, pleiteia-se: 
a) seja julgado procedente o presente pedido, com a 
condenação do réu ao pagamento, a título de indenização, da importância de R$ 
250 mil(duzentos e cinquenta mil reais) , a fim de reparar o dano sofrido pela morte 
de seu marido. 
 
Outrossim, requer-se 
 
a) a concessão aos autores dos benefícios da assistência judiciária 
gratuita, por estar caracterizada hipossuficiência econômica 
 
b) com amparo no artigo 128, inciso I, da Lei Complementar Federal nº 
80/94, que a Defensoria Pública seja pessoalmente intimada através de seus órgãos 
de execução 
de todos os atos praticados no feito, contando-se-lhe em dobro os respectivos 
prazos 
Com base no artigo 425, inciso VI, do Código de Processo Civil, declara- 
se que são autênticas as cópias dos documentos que instruem a presente ação. 
 
c) a sujeição do réu aos ônus da sucumbência, com reversão dos 
honorários advocatícios para o Fundo Especial de Despesas da Escola da 
Defensoria Pública do 
Estado, nos termos do art. 3º, inciso II da Lei estadual nº 12793/08 
d) com amparo no artigo 128, inciso I, da Lei Complementar Federal nº 
80/94, que a Defensoria Pública seja pessoalmente intimada através de seus órgãos 
de execução 
de todos os atos praticados no feito, contando-se-lhe em dobro os respectivos 
prazos. 
Com base no artigo 425, inciso VI, do Código de Processo Civil, declara- 
se que são autênticas as cópias dos documentos que instruem a presente açã 
 
e) seja concedida a possibilidade de provar o alegado por todos os meios 
de prova em direito admitidos, notadamente com os documentos que instruem a 
presente 
inicial, com o depoimento pessoal da autora e com a oitiva das testemunhas 
arroladas que 
deverão ser pessoalmente intimadas a depor em juízo. 
 
 DO VALOR DA CAUSA: 
 
Atribui-se à presente causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 
300,000 (trezentos mil reais)) 
 
 
 
 
Termos em que, pede deferimento.Alfenas 14 De Junho de 2020, 
 
 
 
 
Defensor Público do Estado 
 
 
 
 
 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1)Testemunha,xxx rua xx n°xx Alfenas,mg 
2)Testemunha,xxx rua xx n°xx Alfenas,mg

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