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PEÇA XXVIII EXAME OAB ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL RESOLUÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA VARA 
CÍVEL DA COMARCA... DO ESTADO ALFA 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA DA SILVA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portadora do RG 
de nº ..., inscrito no CPF/MF sob o nº ..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliada na 
Rua ..., por meio de seu advogado ...., inscrito na OAB/SP sob o nº ..., instrumento de 
mandato incluso (doc. 01), endereço eletrônico ..., com escritório na Rua ..., vem à presença 
de Vossa Excelência ajuizar a presente. 
AÇÃO INDENIZATÓRIA 
em face do ESTADO ALFA, pessoa jurídica de direito público, representado pelo Procurador 
Geral do estado Alfa ...., com endereço profissional em..., local onde deverá ser citado de 
acordo com as razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
Salienta, ainda, o Autor nos termos da Lei Federal nº 1.060/50 e Artigo 98 do Código 
de Processo Civil, que não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais 
sem prejuízo do próprio sustento (doc. 02). E sobre a matéria já se decidiu que: 
“A simples declaração de miserabilidade jurídica por 
parte do interessado é suficiente para a comprovação 
desse estado, nos termos do artigo 4º, § 1º da 
Lei 1060/50. (STF-RE 205.029-RS-DJU de 
07.03.97)”. 
Requer e faz jus, portanto, ao benefício da GRATUIDADE DA JUSTIÇA. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109499/lei-de-assist%C3%AAncia-judici%C3%A1ria-lei-1060-50
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11707350/artigo-4-da-lei-n-1060-de-05-de-fevereiro-de-1950
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11707312/par%C3%A1grafo-1-artigo-4-da-lei-n-1060-de-05-de-fevereiro-de-1950
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109499/lei-de-assist%C3%AAncia-judici%C3%A1ria-lei-1060-50
 II - DOS FATOS 
 Apolônio Silva foi encarcerado há três anos, pela prática do crime de lesão corporal 
seguida de morte ( Art. 129, § 3º, do CP), em razão de decisão penal transitada em julgado 
proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado Alfa, que o condenou à pena de doze anos de 
reclusão. Apesar das tentativas da Defensoria Pública de obter a ordem de soltura, Apolônio 
permaneceu preso, até que, no ano corrente, foi morto durante a rebelião que ocorreu no 
presídio em que estava acautelado. Durante a mesma rebelião, numerosos condenados foram 
assassinados a tiros, sendo certo que as armas ingressaram no local mediante pagamento de 
propina aos agentes penitenciários. 
 Sua mãe, então autora, demonstrou que, ao tempo da prisão, ele era filho único, 
solteiro, sem filhos, trabalhador, e provia o seu sustento. Como Maria tem idade avançada e 
problemas de saúde, ela não tem condições de arcar com os custos do processo, notadamente 
porque gastou as últimas economias para proporcionar um funeral digno para o filho. 
 
III - DO DIREITO 
A) DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO 
 Apolônio, filho da autora, foi encarcerado há três anos, pela prática do crime de lesão 
corporal seguida de morte ( Art. 129, § 3º, do CP), em razão de decisão penal transitada em 
julgado proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado Alfa, sendo morto durante uma rebelião 
que ocorreu no presídio em que estava acautelado. 
 Embora o finado estivesse cumprindo uma pena é dever do Estado zelar por sua 
integridade física durante o período de encarceramento, conforme o Art. 5º, inciso XLIX, da 
CRFB/88. Assim, com a morte de Apolónio durante a rebelião fica claro que o Estado 
descumpriu com seu dever constitucional, e deve assim ser responsabilizado porá tal 
violação. 
 Desta forma, ainda que a causa mortis não tenha sido diretamente causada por uma 
ação do ente público, este tem responsabilidade objetiva em reparar os danos, pois ocorre a 
incidência do Artigo 37, § 6º, da CRFB/88, no qual é adotada a teoria do risco administrativo. 
Assim é evidente que em relação a morte de Apolônio o Estado Alfa tem responsabilidade 
objetiva e arcar com os danos a autora. 
B) DO DANO MORAL 
 O filho da autora foi morto durante uma rebelião no estabelecimento prisional em que 
se encontrava. Durante a mesma rebelião, numerosos condenados foram assassinados a tiros, 
sendo certo que as armas ingressaram no local mediante pagamento de propina aos agentes 
penitenciários. 
Dito isto deve se apreciar o dano moral causado à autora por causa da morte de seu 
filho. A indenização do dano moral tem o caráter não só de compensar a dor, mas também 
de penalização e de prevenção para evitar a reincidência. Tal indenização deve ser fixada 
levando-se em conta a situação econômica da autora, que dependia dos proventos do trabalho 
de seu filho. 
Por fim, requer seja condido a autora uma indenização com base no dano moral 
sofrido pela morte de seu filho. 
C) DO DANO MATERIAL 
 A autora dependia financeiramente do trabalho de seu filho. Com a morte dele ela já 
não tem como garantir meios para o seu sustento, disto nasce o dever do Estado de lhe 
proporcionar um pensionamento na forma do Art. 948, inciso II, do Código Civil. 
 Além disto, ela gastou as últimas economias para proporcionar um funeral digno para 
o filho. O que gera a necessidade de ressarcimento por parte do Estado à autora em relação 
as despesas do funeral, de acordo com o Art. 948, inciso I, do Código Civil. 
 Assim, requer que seja concedido à autora um pensionamento suficiente para garantir 
seu sustento, e também que o Estado cubra os gastos com o funeral de seu filho. 
IV – DOS PEDIDOS 
Diante de todo o acima exposto, requer: 
1. Seja determinada a citação da parte Ré, na pessoa de seu representante, no endereço 
retrocitado, para que, querendo, apresente contestação no prazo legal, sob pena de revelia nos 
moldes do artigo 344 do Código de Processo Civil, devendo acompanhar a presente até final 
sentença; 
2. Seja julgada totalmente procedente a presente ação com a condenação do Réu pelo 
pagamento de indenização por danos morais e materiais, incluindo o pensionamento em 
decorrência da morte e as despesas que a autora teve que arcar com o funeral, onde 
entendemos justo o quantum indenizatório no valor de R$ ..., caso entendimento contrário 
seja arbitrada por Vossa Excelência, com base na equidade como reparação e coercibilidade; 
3. A concessão do benefício da assistência judiciária gratuita por ser a Autora pobre na 
acepção legal do termo e não podendo arcar com as custas processuais sem prejuízo da 
própria sobrevivência e de sua família (doc. 02); 
4. Requer, finalmente, a produção de todos os meios de prova admitidos em direito, 
especialmente documental. 
 
https://jus.com.br/tudo/dano-moral
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10703146/artigo-344-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
V – DA AUDIÊNCIA 
Ainda, deixamos à disposição da parte Ré, a alternativa de audiência de conciliação e 
mediação, com os requisitos dispostos no artigo 319, inciso VII do Código de Processo Civil, 
a fim de que o litígio seja resolvido de forma pacífica auferindo vantagem para ambas às 
partes. 
Dá-se a causa, para efeitos fiscais, o valor de R$.... 
Termos em que 
Pede deferimento. 
Local..., Data.... 
Advogado... 
OAB... 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10705427/artigo-319-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73

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