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Roteiro 1 - Dermato

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MÓDULO XVIII – SINAIS E SINTOMAS 
DERMATOLÓGICOS 
Atividade 1 
1 – Com auxílio dos livros de histologia, caracterizar a os anexos tegumentares 
observando os seguintes aspectos: 
1.1 – Pêlos: 
Os pelos são estruturas delgadas e queratinizadas, que se desenvolvem a partir de uma invaginação de epiderme. A 
cor, o tamanho e a disposição deles variam de acordo com a cor da pele e a região do corpo. São observados em 
praticamente toda a superfície corporal, com exceção de algumas regiões bem delimitadas. Os pelos são estruturas 
que crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de crescimento. A duração das fases de 
repouso e crescimento é variável de uma região para outra. No couro cabeludo, por exemplo, a fase de crescimento é 
muito longa, durando vários anos, enquanto a fase de repouso é da ordem de 3 meses. As características dos pelos 
de determinadas regiões do corpo (face e região pubiana) são influenciadas por hormônios, principalmente os 
hormônios sexuais. 
Cada pelo se origina de uma invaginação da 
epiderme, o folículo piloso, que, no pelo em 
fase de crescimento, apresenta-se com uma 
dilatação terminal, o bulbo piloso, em cujo 
centro se observa uma papila dérmica. As 
células que recobrem a papila dérmica formam 
a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo. 
Na fase de crescimento, as células da raiz 
multiplicam-se e diferenciam-se em vários 
tipos celulares. Em certos tipos de pelos 
grossos as células centrais da raiz produzem 
células grandes, vacuolizadas e fracamente 
queratinizadas, que formam a medula do pelo. 
Ao redor da medula diferenciam-se células 
mais queratinizadas e dispostas 
compactamente, formando o córtex do pelo. 
Células mais periféricas formam a cutícula do 
pelo, constituída por células fortemente 
queratinizadas que se dispõem envolvendo o 
córtex como escamas. Finalmente, das células 
epiteliais mais periféricas de todas, originam-
se duas bainhas epiteliais (uma interna e outra 
externa), que envolvem o eixo do pelo na sua 
porção inicial. A bainha externa se continua 
com o epitélio da epiderme, enquanto a 
interna desaparece na altura da região onde 
desembocam as glândulas sebáceas no 
folículo. Separando o folículo piloso do tecido 
conjuntivo que o envolve, encontra-se uma 
membrana basal muito desenvolvida que recebe o nome de membrana vítrea. O conjuntivo que envolve o folículo 
apresenta-se mais espesso, formando a bainha conjuntiva do folículo piloso. Dispostos obliquamente e inseridos de 
um lado nessa bainha e do outro na camada papilar da derme encontram-se os músculos eretores dos pelos, cuja 
contração puxa o pelo para uma posição mais vertical, tornando-o eriçado. 
A cor do pelo depende dos melanócitos localizados entre a papila e o epitélio da raiz do pelo, que fornecem melanina 
às células do córtex e da medula do pelo, por processo semelhante ao que ocorre na epiderme. 
Diferenças de queratinização do pêlo e da epiderme: 
- Enquanto a epiderme produz uma camada superficial de células mortas contendo queratina relativamente mole, 
com pouca adesividade e que se descama continuamente, no pelo acontece o oposto. Os pelos têm uma estrutura 
compacta constituída de queratina mais dura. 
- Na epiderme, o processo de diferenciação e queratinização é contínuo e tem lugar sobre toda a superfície. No pelo, 
ele é intermitente e localizado no bulbo piloso. A papila do pelo tem ação indutiva sobre o epitélio que o recobre, o 
que explica a ausência de pelos quando ocorre a destruição da papila 
- Enquanto na epiderme as células se diferenciam de modo uniforme, resultando na camada córnea, as células 
epiteliais da raiz do pelo diferenciam-se em múltiplos tipos celulares, cada qual com sua ultraestrutura, histoquímica 
e funções características. A atividade mitótica das células dos folículos dos pelos é influenciada pelos hormônios 
androgênicos (hormônios masculinos). 
- Constituição histológica geral 
Espalhados na epiderme, estão os folículos pilosos. Durante o desenvolvimento, a epiderme e a derme interagem 
para desenvolver as glândulas sudoríparas e os folículos pilosos. Um folículo piloso primordial (chamado 
de brotamento do folículo piloso) forma-se como um agregado de células na camada basal da epiderme, induzido por 
moléculas de sinalização derivadas dos fibroblastos do mesoderma dérmico. À medida que os agregados de células 
basais vão se estendendo para a derme, os fibroblastos dérmicos formam um nódulo pequeno (denominado papila 
dérmica) sob o brotamento do folículo piloso. 
A papila dérmica se projeta para dentro do núcleo do brotamento do folículo piloso, cujas células se dividem e se 
diferenciam para formar a haste do pelo queratinizado. Os melanócitos presentes no brotamento do folículo piloso 
produzem e transferem a melanina para a haste. 
Uma dilatação bulbosa (denominada bulbo folicular) na porção lateral do brotamento contém células-
tronco, queratinócitos clonogênicos, que podem migrar e regenerar a haste do pelo, epiderme e glândulas sebáceas, 
formando as unidades pilossebáceas, em resposta aos sinais morfogenéticos. 
 
O folículo piloso está associado a glândulas sebáceas, com seu ducto excretor conectado ao lúmen do folículo piloso. 
Quando o músculo eretor do pelo se contrai, o pelo torna-se ereto e o sebo é forçado para fora da glândula sebácea, 
para dentro do lúmen do folículo piloso. 
A cor do pelo depende da quantidade e da distribuição de melanina na haste do pelo. Poucos melanossomos são 
encontrados em pelos loiros. Poucos melanócitos são vistos nos pelos grisalhos. Os pelos ruivos, por sua vez, 
apresentam uma melanina quimicamente distinta, e os melanossomos são arredondados, em vez de elípticos. 
Uma estrutura que não é observada nos cortes histológicos dos folículos pilosos são as terminações nervosas 
peritriciais, enoveladas em torno da base do folículo piloso. A fibra nervosa é estimulada pelo movimento do pelo, 
- Divisão histológica 
Cada folículo piloso é constituído por duas partes: Haste do pelo, Bulbo piloso. 
 
 
 
A haste do pelo é uma estrutura filamentosa queratinizada presente praticamente em toda a superfície corporal, 
exceto na pele espessa das palmas e plantas, nas regiões laterais dos dedos, nos mamilos e na glande do pênis e do 
clitóris, entre outros. 
Um corte transversal da haste de um pelo espesso revela três zonas concêntricas contendo células queratinizadas: 
1. Cutícula. 2. Córtex. 3. Medula (a última está ausente nos pelos finos). 
A haste do pelo é constituída de “queratina dura”. 
O bulbo piloso é a porção final expandida do folículo piloso invaginado. Um centro de tecido conjuntivo vascularizado 
(papila dérmica) se projeta para dentro do bulbo piloso, nas proximidades das células da matriz. 
A haste do pelo é circundada por: 
1. Bainha externa da raiz, uma invaginação da epiderme. 
2. Bainha interna da raiz, originada no bulbo piloso (células da matriz do pelo), é constituída por três camadas de 
células contendo queratina macia (que, de fora para dentro, são as camadas de Henle, de Huxle e a cutícula da parte 
interna da bainha da raiz, adjacente à cutícula da haste do cabelo). 
A queratinização do pelo e da bainha interna da raiz ocorre na região chamada de zona queratogênica, a zona de 
transição entre as células epidérmicas em maturação e a queratina dura. A bainha externa da raiz não deriva do bulbo 
piloso. 
O folículo piloso é envolvido por uma camada de tecido conjuntivo e está associado ao músculo eretor do pelo, um 
feixe de fibras musculares lisas dispostas obliquamente à lâmina de tecido conjuntivo e à epiderme. O sistema nervoso 
autônomo controla o músculo eretor do pelo, que se contrai em situações de medo, emoções fortes e baixa 
temperatura. Quando o pelo levanta e o sítio de ligação do feixe muscular à epiderme forma um pequeno sulco, 
chama-se arrepio. 
 
- Padrões de crescimento 
O primeiro ciclo adulto do folículopiloso tem início quando a morfogênese está completa, com cerca de 18 dias após 
o nascimento. Os primeiros pelos no embrião humano são finos, não pigmentados e espaçados, chamados de lanugo. 
O lanugo é perdido antes do nascimento e substituído por pelos curtos e sem cor, os velos. Os pelos terminais 
substituem os velos, que permanecem apenas nas chamadas áreas do corpo sem pelos (como, p. ex., na testa dos 
adultos e nas axilas das crianças). 
Os folículos pilosos são invaginações tubulares da epiderme responsáveis pelo crescimento do pelo. Os folículos 
pilosos estão em constante ciclo entre: 
1. Fase de crescimento (anagênica). 
2. Fase de regressão (catagênica). 
3. Fase de repouso (telogênica). 
Nos primeiros 28 dias da fase telogênica, os folículos pilosos se tornam quiescentes devido aos sinais inibitórios de 
crescimento da derme (principalmente das proteínas morfogênicas ósseas). O aumento da sinalização de Wnt/β- 
catenina promove a ativação das células-tronco para iniciar o crescimento de cabelo novo na transição do telógeno 
para anágena. As fases anagênica, catagênica e telogênica vão prosseguir, sequencialmente, durante toda a vida do 
indivíduo. 
 
 
1.2 – Unhas: 
As unhas são placas de células queratinizadas localizadas na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos. A 
porção proximal da unha é chamada de raiz da unha. O epitélio da dobra de pele que cobre a raiz da unha consiste 
nas camadas usuais da epiderme. A camada córnea desse epitélio forma a cutícula da unha. É na raiz da unha que se 
observa a sua formação, graças a um processo de proliferação e diferenciação das células epiteliais aí colocadas, que 
gradualmente se queratinizam, formando uma placa córnea. A unha é constituída essencialmente por escamas 
córneas compactas, fortemente aderidas umas às outras. Elas crescem deslizando sobre o leito ungueal, que tem 
estrutura típica de pele e não participa na firmação da unha. A transparência da unha e a pequena espessura do 
epitélio do leito ungueal possibilitam observar a cor do sangue dos vasos da derme, constituindo uma maneira de se 
avaliar a oxigenação do sangue. 
- Constituição histológica geral e Divisão histológica 
As unhas são placas fortemente queratinizadas na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos das mãos e dos 
pés. A placa ungueal cobre o leito ungueal, a superfície da pele que consiste apenas em estrato basal e estrato 
espinhoso. 
 
O corpo da placa é envolvido pelas pregas ungueais laterais, com estrutura similar à epiderme da pele adjacente. 
Quando as pregas ungueais laterais se rompem, tem início um processo inflamatório. Esse processo é chamado 
de onicocriptose e, com frequência, é observado na unha do primeiro dedo do pé (unha encravada). 
A borda proximal da placa é a raiz ou matriz da unha, onde se localiza a lúnula, estrutura esbranquiçada em forma de 
lua crescente. A matriz da unha é a região da epiderme responsável pela formação da substância da unha. A porção 
distal da placa é a borda livre da unha. 
A placa ungueal consiste em escamas compactas correspondentes a células epiteliais cornificadas. A borda proximal 
da placa ungueal é coberta pelo eponíquio, uma prega que se projeta do estrato córneo da pele, a cutícula. 
A perda da cutícula facilita o desenvolvimento de processos inflamatórios e infecciosos da matriz da unha, levando 
a distrofias da placa ungueal. 
Embaixo da borda distal e livre da placa ungueal, o estrato córneo da epiderme forma uma estrutura espessa, 
o hiponíquio. O hiponíquo protege o leito da matriz da unha de invasões bacterianas e fúngicas. 
- Padrões de crescimento 
A unha é constituída essencialmente por escamas córneas compactas, fortemente aderidas umas às outras. Elas 
crescem deslizando sobre o leito ungueal, que tem estrutura típica de pele e não participa na firmação da unha. 
2 – Com o auxílio dos livros de histologia e dermatologia, caracterizar os 
receptores sensoriais da pele 
Uma das funções mais importantes da pele, graças à sua 
grande extensão e à sua abundante inervação sensorial, é 
receber estímulos do meio ambiente. A pele é o receptor 
sensorial mais extenso do organismo. Além das 
numerosas terminações nervosas livres localizadas na 
epiderme, folículos pilosos e glândulas, existem 
receptores encapsulados e não encapsulados na derme 
e na hipoderme, sendo mais frequentes nas papilas 
dérmicas. As terminações nervosas livres são sensíveis 
ao toque e à pressão (receptores táteis), bem como a 
variações de temperatura, dor, coceira e outras 
sensações. Os receptores encapsulados são os 
corpúsculos de Rnffini, Vater-Pacini, Meissnere Krause. 
Há evidências que mostram que os corpúsculos 
mencionados não são necessários para a sensibilidade 
cutânea. Muitas áreas da pele são desprovidas desses 
corpúsculos, porém têm sensibilidade. No entanto, 
quando são encontrados, eles funcionam como 
mecanorreceptores. Os corpúsculos de Vater-Pacini e os 
de Ruffini são encontrados também no tecido conjuntivo 
de órgãos situados nas partes profundas do corpo, em 
que provavelmente são sensíveis aos movimentos dos 
órgãos e às pressões de uns órgãos sobre os outros. 
Os receptores sensoriais são neurônios especializados e células semelhantes às epiteliais que recebem e convertem 
um estímulo físico em sinal elétrico transmitido ao sistema nervoso central. 
Existem três categorias gerais de receptores sensoriais: 
1. Os exteroceptores fornecem informações sobre o ambiente externo. 
2. Os proprioceptores estão localizados nos músculos (p. ex., o fuso neuromuscular), tendões e cápsulas articulares, 
fornecendo informações sobre a posição e o movimento do corpo. 
3. Os interoceptores fornecem informação sensorial dos órgãos internos do corpo. 
A classificação dos receptores sensoriais da pele se baseia no tipo de estímulo: 
1. Os mecanorreceptores respondem à deformação mecânica do tecido ou do próprio receptor (p. ex., estiramento, 
vibração, pressão e toque). 
Existem quatro mecanorreceptores primários na pele humana: 1. Disco de Merkel. 2. Corpúsculo de Meissner. 
3. Terminação de Ruffini. 4. Corpúsculo de Pacini. 
 
 
Os dois primeiros estão localizados na junção epiderme-derme; os outros dois, na derme profunda e na hipoderme. 
O corpúsculo de Meissner, a terminação de Ruffini, o corpúsculo de Pacini e o bulbo terminal de Krause são receptores 
encapsulados. O bulbo terminal de Krause é um termorreceptor encontrado somente em regiões especializadas. 
A terminação nervosa mecanorreceptor do disco de Merkel discrimina toques finos e forma uma estrutura discoide 
achatada que adere à célula de Merkel. As células de Merkel são encontradas no estrato basal da epiderme das pontas 
dos dedos e dos lábios. 
O corpúsculo de Meissner, ou corpúsculo tátil, é encontrado na derme superior, nas papilas dérmicas. Eles são 
encontrados principalmente nas pontas dos dedos e nas pálpebras. Esse receptor está bem adaptado para a detecção 
de forma e textura durante o toque ativo. 
A terminação de Ruffini, ou corpúsculo de Ruffini, se situa na derme profunda. Detecta o estiramento da pele e as 
deformações dentro das articulações. Também fornecem feedback quando se seguram objetos, além de controlarem 
a posição dos dedos e os movimentos (p. ex., quando utilizamos o teclado de um computador). 
O corpúsculo de Pacini é encontrado na derme profunda ou na hipoderme. Ele responde a estímulos de pressões 
profundas e vibrações transitórias de alta frequência. São encontrados no periósteo ósseo, nas cápsulas dos joelhos, 
no pâncreas, nas mamas e nos genitais. 
2. Os termorreceptores respondem a estímulos de temperatura – calor ou frio. O bulbo terminal de Krause é 
encapsulado, porém não é um mecanorreceptor. Trata-se de um termorreceptor que detecta frio. Os bulbos 
terminais de Krause são encontrados na conjuntiva do olho, na mucosa dos lábios e da língua, bem como no epineuro 
dos nervos. Tambémsão encontrados no pênis e no clitóris (portanto, o nome de corpúsculo genital). 
3. Os nociceptores respondem a estímulos de dor. A forma mais simples de um detector de dor são as terminações 
nervosas livres. Eles derivam do plexo nervoso dérmico e são supridos por ramos cutâneos dos nervos espinais. As 
fibras nervosas sensoriais que se prolongam em direção à superfície da pele perdem suas bainhas de mielina antes de 
se ramificar como axônios desnudos entre as fibras de colágeno, formando terminações nervosas dérmicas, ou dentro 
da epiderme, como terminações nervosas epidérmicas. 
As terminações nervosas peritriciais são muito sensíveis e estão em torno do folículo piloso, logo abaixo das glândulas 
sebáceas. As porções mielinizadas das terminações nervosas formam uma paliçada de terminações desnudas ao longo 
da bainha radicular externa do folículo piloso, rodeado por terminações circunferenciais. As terminações nervosas 
peritriciais são estimuladas com o movimento do pelo. 
A percepção da dor está associada à inflamação aguda, uma das respostas clássicas para lesão tecidual. As células 
lesadas liberam mediadores químicos, inclusive a substância P, agindo sobre os vasos sanguíneos e as terminações 
nervosas locais. A substância P provoca a degranulação dos mastócitos, em particular da histamina, que aumenta a 
dilatação vascular e o extravasamento de plasma, causando, assim, um edema na área em torno lesão. 
A hiperemia é considerada para a resposta tripla de Lewis quando se faz uma linha sobre a pele com um objeto 
pontiagudo: rubor (dilatação capilar), queimação (vermelhidão que se espalha por causa da dilatação 
arteriolar) e pápula (edema localizado). A resposta tripla se desenvolve entre um a três minutos. 
Em resumo, os receptores nociceptivos (os detectores de dor) encontram-se próximos à superfície da pele. Os discos 
de Merkel e os corpúsculos de Meissner, mecanorreceptores finos, estão localizados na junção dermoepidérmica, para 
que possam detectar o toque suave. Os corpúsculos de Pacini e as terminações de Ruffini, os grandes 
mecanorreceptores encapsulados, são encontrados na derme profunda e na hipoderme, respondendo aos toques 
mais profundos transitórios. 
3 – Com auxílio dos livros de patologia dermatologia, caracterizar os padrões 
histopatológicos observados na hanseníase: globias, granulomas e faixa de unna 
HANSENÍASE VIRCHOWIANA 
Chamam a atenção acúmulos de macrófagos em todos os níveis do derma, mais notadamente na porção superficial. 
Estas células têm citoplasma claro, finamente vacuolado e limites imprecisos, sendo difícil individualizá-las. 
Os macrófagos fagocitam os bacilos e não conseguem destruí-los. Pelo contrário, os bacilos proliferam no seu 
citoplasma, já que são parasitas intracelulares. Os macrófagos ricos em bacilos de Hansen são chamados células de 
Virchow e caracterizam a forma virchowiana da hanseníase (antigamente chamada de lepra lepromatosa). Não 
ocorrem só na pele, mas também em nervos periféricos (local preferencialmente acometido tanto na hanseníase 
virchowiana como na tuberculóide) e órgãos internos como o baço (estes, só na forma virchowiana). 
 
Estes macrófagos têm o citoplasma 
abarrotado de bacilos de Hansen formando 
acúmulos conhecidos como globias. 
Raramente estas podem ser visualizadas 
como massas basófilas. Nas globias, os 
bacilos estão unidos entre si por uma 
substância chamada gléia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O meio correto de ver os bacilos é com a coloração de Ziehl-Neelsen. 
 O termo 'leproma', hoje em desuso, foi substituído por hansenoma. Os hansenomas são o nome dado clinicamente 
aos nódulos subcutâneos salientes, resultantes do acúmulo de células de Virchow. Ocorrem na face (dando um aspecto 
conhecido como fácies leonina), tronco e membros. Há também alopecia (queda de pelos e cabelos) 
e madarose (perda dos supercílios). 
 
Além das alterações na derme, notar que a epiderme está retificada (ou seja, o limite dermo-epidérmico, que 
normalmente é ondulado, perde estas ondulações ficando plano). Isto geralmente é evidência de atrofia da epiderme, 
no caso através de compressão pelos hansenomas na derme. É frequente a observação da chamada faixa de Unna: 
uma fina camada de colágeno subepidérmica onde não há células de Virchow. 
 
Hanseníase virchowiana nervo de periférico - Bacilos 
formando globias em células no epinêurio, 
provavelmente macrófagos 
Hanseníase virchowiana na pele. 
Na hanseníase virchowiana não há formação de granulomas, mas infiltração histiocitária difusa. O caráter vacuolado 
das células de Virchow é dado pelos bacilos e por lípides. Há disseminação hematogênica dos bacilos. Por isso, as 
lesões cutâneas são aproximadamente simétricas e os grandes troncos nervosos são afetados por esta via. 
Paradoxalmente, as lesões da hanseníase virchowiana, apesar da infiltração celular difusa, são menos destrutivas para 
o nervo que as da hanseníase tuberculóide, por não haver necrose. Na forma tuberculóide há necrose caseosa que, 
associada aos granulomas, provoca grave lesão dos fascículos. Na hanseníase virchowiana também existe destruição 
das fibras nervosas, porém mais lenta, por ser causada pelo infiltrado inflamatório e não pelo mecanismo imunológico 
presente na forma tuberculóide. 
HANSENÍASE TUBERCULOIDE 
Na forma tuberculóide, a baciloscopia, via de regra, é negativa; em alguns casos, encontram-se raros bacilos na 
histopatologia de cortes de pele, observando-se infiltração de células epitelióides, gigantócitos circundados por 
linfócitos, na periferia, constituindo granuloma bem definido, que invade a derme e, por vezes, a epiderme, além de 
com prometer filetes nervosos, e anexos cutâneos, como glândulas sudoríparas e aparelho pilossebáceo. 
 
 
Por serem constituidos de células epitelióides, de forma semelhante aos granulomas da tuberculose, os granulomas 
são a razão do termo hanseníase tuberculóide. 
Há uma pequena área de necrose caseosa em um granuloma, mas ela não é necessária para o diagnóstico. 
 
Trata-se, portanto, de uma dermatite crônica granulomatosa, o que em si não é específico de nenhuma doença. 
Outras que poderiam apresentar aspecto histopatológico semelhante são a sífilis terciária e a sarcoidose. 
 
O diagnóstico de hanseníase tuberculóide baseia-se em dados clínicos da lesão. A pesquisa de bacilos de Hansen 
(bacilos álcool-ácido resistentes ou BAAR) pela técnica de Ziehl-Neelsen provavelmente resultaria negativa, pois a 
reação granulomatosa é eficiente para destruir os bacilos. 
EXTRA 
A pele (cútis ou tegumento) e seus derivados constituem o sistema tegumentar → Forma a cobertura externa do 
corpo e representa o seu maior órgão, constituindo 15 a 20% da massa total. 
Consiste em duas camadas principais: 
- Epiderme é composta de um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, que cresce continuamente, mas que 
mantém a sua espessura normal pelo processo de descamação. A pele origina-se do ectoderma 
- Derme é composta de tecido conjuntivo denso, que proporciona suporte mecânico, resistência e espessura à pele. A 
derme é derivada do mesoderma. 
 
A hipoderme contém quantidades variáveis de tecido 
adiposo disposto em lóbulos limitados por tecido 
conjuntivo. Situa-se abaixo da derme e é equivalente à 
fáscia subcutânea descrita na anatomia macroscópica. 
Nos indivíduos bem nutridos e naqueles que vivem em 
climas frios, o tecido adiposo pode ser muito espesso. 
Os derivados epidérmicos da pele (anexos epidérmicos 
da pele) incluem as seguintes estruturas e produtos 
tegumentares: 
- Folículos pilosos e pelos 
- Glândulas sudoríparas 
- Glândulas sebáceas 
- Unhas 
- Glândulas mamárias. 
O sistema tegumentar desempenha funções essenciais 
relacionadas com a sua localização na superfície externa. As principais funções da pele: 
- Atua como barreira que protege contra agentes físicos, químicos e biológicos no ambiente externo(i. e., barreira 
mecânica, barreira de permeabilidade, barreira para os raios ultravioleta); 
- Fornece informações imunológicas obtidas durante o processamento de antígenos para as células efetoras 
apropriadas no tecido linfático; 
- Participa na homeostasia ao regular a temperatura corporal e a perda de água 
- Transmite a informação sensorial do ambiente externo para o sistema nervoso 
- Desempenha funções endócrinas por meio da secreção de hormônios, citocinas e fatores de crescimento, e converte 
moléculas precursoras em moléculas hormonalmente ativas (vitaminas D3) 
- Funciona na excreção por meio da secreção exócrina das glândulas sudoríparas, sebáceas e apócrinas. Além disso, 
certas substâncias lipossolúveis podem ser absorvidas através da pele. Embora não seja uma função da pele, essa 
propriedade é frequentemente utilizada para administrar agentes terapêuticos. Por exemplo, nicotina, hormônios 
esteroides e medicamentos para a cinetose são frequentemente administrados através da pele, na forma de pequenos 
discos adesivos. 
A pele é classificada em espessa ou fina, que reflete sua espessura e localização. A espessura da pele varia na 
superfície do corpo, desde menos de 1 mm a mais de 5 mm. No entanto, a pele é evidentemente diferente, tanto 
macroscópica quanto microscopicamente, em duas localizações: as palmas das mãos e as plantas dos pés. Essas áreas 
estão sujeitas a maior grau de abrasão, são desprovidas de pelos e apresentam camada epidérmica muito mais espessa 
que a pele em qualquer outro local. Essa pele desprovida de pelos é denominada pele grossa. Nos demais locais, a 
pele tem epiderme muito mais fina e é denominada pele fina. Os termos pele grossa e pele fina, quando usados em 
descrição histológica, não são precisos, pois se referem apenas à espessura da camada epidérmica. Anatomicamente, 
a pele mais espessa é encontrada na parte superior das costas, em que a derme é extraordinariamente espessa. 
Contudo, a epiderme da parte superior das costas é comparável àquela da pele fina encontrada em outros locais do 
corpo. Em contrapartida, em alguns outros locais, como as pálpebras, a pele é extremamente fina. 
CAMADAS DA EPIDERME 
Camada basal ou germinativa 
- Contém as células-tronco da epiderme; 
- Pela sua atividade mitótica, esse estrato foi também denominado 
germinativo; 
- O estrato basal é formado por uma única camada de células que 
repousa sobre a lâmina basal; 
- As células são pequenas com formato cuboide a colunar baixo → 
Devido a pressão exercida pelo grande número de células; 
- As células estão aderidas à membrana basal por 
hemidesmossomos e às células vizinhas por desmossomos; 
- As células-filhas, os queratinócitos, vão para as camadas superiores; 
- No estrato basal, há também os melanócitos e as células de Merkel; 
- Nas camadas superiores ao estrato basal, como as pressões são mais uniformes, os queratinócitos são poliédricos. 
Exibem projeções curtas, que estão ligadas por desmossomos às projeções das células adjacentes, o que contribui 
para a resistência da epiderme ao atrito. No corte histológico, essas pontes intercelulares parecem espinhos, por isso 
esse estrato é chamado espinhoso. 
Camada espinhosa 
- O estrato espinhoso tem espessura formada por várias células; 
- Nessa camada, os queratinócitos são maiores que aqueles do estrato basal; estes exibem numerosos prolongamentos 
citoplasmáticos ou espinhos, que dão nome a essa camada; 
A diferenciação terminal das células epidérmicas, 
que começa com as divisões celulares no estrato 
basal, é considerada uma forma especializada de 
apoptose. Os núcleos das células do estrato 
granuloso exibem uma morfologia apoptótica típica, 
incluindo fragmentação de seu DNA. No entanto, 
não ocorre a fragmentação celular associada como 
na apoptose normal; em vez disso, as células ficam 
preenchidas com filamentos intracelulares de 
proteína queratina, e posteriormente são 
descamadas da superfície da pele. 
- São mais facilmente vistas as células de Langerhans; 
- As células vão amadurecendo e migrando para a superfície, elas aumentam de tamanho e tornam-se achatadas; 
- Na parte superior do estrato espinhoso, os queratinócitos modificam a expressão gênica, sintetizando citoqueratinas 
de maior peso molecular e produzindo outras proteínas envolvidas na queratinização; 
- Os precursores da proteína filagrina formam os grânulos de querato-hialina, que são basófilos e não envoltos por 
membrana. As células onde eles são reconhecidos compõem o estrato granuloso. 
Camada granulosa 
- A espessura dessa camada varia de uma a três células; 
- Nessa camada, os queratinócitos contêm numerosos grânulos de querato-hialina, que determinam o seu nome; 
- Esses grânulos contêm proteínas ricas em cistina e em histidina, que são precursoras da proteína filagrina, que 
agrega os filamentos de queratina presentes nas células cornificadas do estrato córneo; 
- Penetrando a epiderme até o estrato granuloso, há terminações nervosas livres. Elas são ramificações de fibras 
amielínicas aferentes desprovidas de células de Schwann. Funcionam como receptores táteis de temperatura e de dor. 
Camada córnea 
- As células de estrato córneo são as células mais diferenciadas da pele; 
- Em geral, observa-se uma transição abrupta entre as células nucleadas do estrato granuloso e as células anucleadas 
desidratadas e achatadas do estrato córneo; 
- A membrana plasmática espessa dessas células queratinizadas cornificadas é revestida externamente, na porção 
mais profunda desse estrato, com uma camada extracelular de lipídios que forma o principal componente da barreira 
hídrica na epiderme; 
- A barreira intercelular formada pelos lipídios impede a passagem de nutrientes, e as células degeneram; 
- O núcleo e as outras organelas são digeridos pelas enzimas lisossômicas. As células mortas constituem o estrato 
córneo; 
- As células são pavimentosas, anucleadas e queratinizadas (quase inteiramente preenchidas com filamentos de 
queratina_; 
- Esse estrato confere proteção contra o atrito, a invasão de micro-organismos e a perda de água; 
- Sua espessura varia, sendo maior na pele grossa, submetida a mais fricção do que a pele fina; A espessura dessa 
camada constitui a principal diferença entre a epiderme da pele espessa e a da pele fina. Essa camada cornificada 
torna-se ainda mais espessa em locais sujeitos a níveis altos de atrito, como é o caso da formação de calos nas palmas 
das mãos e na ponta dos dedos. 
 
Pele grossa (>5mm) 
 
- As células superficiais do estrato córneo não apresentam desmossomos e são descamadas com a abrasão. 
O estrato lúcido, considerado uma subdivisão do estrato córneo por alguns histologistas, geralmente é bem 
identificado somente na pele espessa. Essa camada altamente translúcida contém células eosinófilas nas quais o 
processo de queratinização está bem avançado. 
 
 
Pele fina (1 a 2 mm) 
) 
CÉLULAS DA EPIDERME 
Queratinócitos 
- Os queratinócitos, também conhecidos como ceratinócitos, são células diferenciadas que compõem o tecido 
epitelial e invaginações da epiderme para a derme, como é o caso das unhas e cabelos, responsáveis pela produção 
de queratina; 
- Estas são as células mais comumente encontradas na epiderme, representando 80% das células epidérmicas; 
- A morfologia dos queratinócitos varia conforme a camada que se localizam, na camada basal são colunares, núcleo 
grande e oval e citoplasmas basofílicos; 
- O tempo de vida dos queratinócitos varia de 40 a 50 dias na pele fina e de 25 a 30 dias na pele grossa. Na psoríase, 
contudo, o ciclo celular é acelerado, e a intensa proliferação resulta em áreas com acúmulos de queratinócitos e de 
estrato córneo. As células descamam em oito dias. 
 
Melanócitos 
- No adulto, há células-tronco dos melanócitos nos folículos pilosos, e os melanócitos são capazes de se dividir; 
- Os melanócitos são células arredondadascom longos prolongamentos, citoplasma claro e núcleo ovoide; 
- Em vesículas membranosas, denominadas melanossomas, oxidam a tirosina em 3,4-di-hidroxifenilalanina (DOPA) 
através da enzima tirosinase e transformam a DOPA em melanina (do grego melas, negro), um pigmento pardo-
amarelado a marrom-escuro; 
- Pela fagocitose da extremidade dos prolongamentos, os grãos de melanina são introduzidos nas células do estrato 
basal e do estrato espinhoso; 
 
- A melanina concentra-se sobre o núcleo, protegendo o material genético da radiação ultravioleta; 
- O número de melanócitos encontrado em diferentes etnias é praticamente o mesmo. Entretanto, nos indivíduos de 
pele clara, a atividade da tirosinase é menor; os melanossomas são menos desenvolvidos, e a melanina é rapidamente 
degradada pela atividade lisossômica dos queratinócitos, sendo decomposta antes da célula deixar a parte superior 
do estrato espinhoso. Nos afrodescentes, como os melanossomas são maiores e mais estáveis, a camada basal é mais 
pigmentada e as demais camadas da epiderme, inclusive o estrato córneo, contêm melanina; 
- No albinismo (do latim albus, branco), não há produção de melanina pela ausência de tirosinase. Essa doença é 
autossômica recessiva. 
Células de Merkel 
- São semelhantes aos melanócitos ao microscópio de luz, mas são mais 
escassas e, portanto, difíceis de serem observadas; 
- Possuem processos curtos; 
- Contêm um núcleo volumoso, filamentos de queratina e vesículas 
neuroendócrinas; 
- Na base da célula, formam junções sinápticas com terminações nervosas 
sensitivas; 
- Essas células são receptores táteis (mecanorreceptores) e são abundantes nas pontas dos dedos e na base dos 
folículos pilosos. 
Células de Langerhans 
- São células apresentadoras de antígenos e originam-se de precursores 
da medula óssea; 
- São células móveis e dendríticas com citoplasma claro e apresentam um 
marcador citoplasmático específico, os grânulos de Birbeck, que se 
originam do processo de endocitose; 
- Fagocitam e processam os antígenos estranhos na pele. Elas apresentam 
os antígenos capturados aos linfócitos T na própria epiderme ou nos 
linfonodos regionais, e os linfócitos iniciam a resposta imunológica; 
- As células de Langerhans participam das dermatites alérgicas por contato e da rejeição de transplantes cutâneos. 
 
CAMADAS DA DERME 
Camada papilar 
- É a mais superficial, consiste em tecido conjuntivo frouxo localizado imediatamente abaixo da epiderme; 
- As fibras colágenas localizadas nessa porção da derme não são tão espessas quanto aquelas da porção mais 
profunda. Essa delicada rede de colágeno contém predominantemente moléculas de colágeno do tipo I e do tipo III. 
De modo semelhante, as fibras elásticas são filiformes e formam uma rede irregular; 
- A camada papilar é relativamente fina e inclui as papilas dérmicas e as cristas dérmicas; 
- Contém vasos sanguíneos que suprem, mas não entram na epiderme; além disso, contém prolongamentos nervosos 
que terminam na derme ou que penetram na lâmina basal, entrando no compartimento epitelial. Como os vasos 
sanguíneos e as terminações nervosas sensitivas estão 
concentrados nessa camada, são particularmente aparentes nas 
papilas dérmicas. 
Camada reticular 
- Situa-se abaixo da camada papilar; 
- Tecido conjuntivo denso não modelado; 
- É sempre consideravelmente mais espessa e menos 
celularizada que a camada papilar; 
- Sua espessura varia nas diferentes partes do corpo; 
- Caracteriza-se por feixes espessos e irregulares de colágeno 
principalmente do tipo I e por fibras elásticas mais espessas.O 
colágeno e as fibras elásticas formam linhas regulares de tensão 
na pele, denominadas linhas de Langer. As incisões na pele 
feitas paralelamente às linhas de Langer cicatrizam com menor 
grau de formação de cicatrizes; 
Uma terceira cada seria a adventicial, que está 
disposta em torno dos anexos e constituída por 
feixes finos de colágeno. 
- Na pele das aréolas, do pênis, do escroto e do períneo, as células musculares lisas formam um plexo frouxo nas 
porções mais profundas da camada reticular. Esse arranjo é responsável pelo enrugamento da pele nesses locais, 
particularmente nos órgãos eréteis. 
 
 
 
 
 
 
Abaixo da camada reticular, encontra-se uma camada de tecido adiposo, 
o panículo adiposo, com espessura variável. Essa camada atua como 
importante local de armazenamento de energia e também proporciona 
isolamento. É particularmente espessa em indivíduos que vivem em climas 
frios. Essa camada e o tecido conjuntivo frouxo associado constituem 
a hipoderme ou fáscia subcutânea. 
As células musculares lisas isoladas ou organizadas em pequenos feixes que 
se originam nessa camada formam os músculos eretores dos pelos, que 
conectam a parte profunda dos folículos pilosos com a derme mais superficial. 
Nos seres humanos, a contração desses músculos produz a ereção dos pelos 
e o enrugamento da pele, denominado “pele de galinha”. Em outros animais, 
a ereção dos pelos serve tanto para a regulação térmica quanto para reações 
de medo. 
Uma camada fina de músculo estriado, o panículo carnoso, localiza-se abaixo 
da fáscia subcutânea em muitos animais. Embora seja, em grande parte, 
vestigial nos seres humanos, permanece bem-definido na pele do pescoço, 
face e couro cabeludo, em que constitui o músculo plastisma e os 
outros músculos da expressão facial.

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