Buscar

SEMINÁRIO FITOTERAPIA - PARTE ESCRITA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Faculdade Santíssima Trindade - FAST 
Nazaré da Mata, 06 de maio de 2020.
Curso: Farmácia Turma: 7º Período
Disciplina: Fitoterapia
Professora: Sandra Maranhão
Equipe: Alexandre Moura
 Allan César
	 Gilvaneide Amaro
	 Luiz Vicente
	 Marcela Aragão
	 Mauricéia
	 Rute Danielle
PRESCRIÇÃO MÉDICA DE FITOTERÁPICOS
INTRODUÇÃO
	Plantas medicinais já são utilizadas há incontáveis anos em nosso país. Antes mesmo de ser descoberto pelos europeus, os habitantes nativos do Brasil, os índios, usavam plantas em seus rituais de cura. Essa prática foi passando de geração em geração, e, apesar de ser considerada ultrapassada por alguns, está presente em muitas comunidades até os dias atuais. Mesmo tão presente em nossas vidas, as primeiras resoluções específicas sobre medicamentos fitoterápicos foram publicadas a partir de 2006, tornando mais claras as exigências para fabricação e prescrição de medicamentos fitoterápicos. 
	No Brasil , em consonância com recomendações da OMS, em 2006 foi publicada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), que contempla, além de outras práticas, a fitoterapia. Ainda em 2006, o Brasil recebeu a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. E em 2009, a Portaria Nº 2.960 aprovou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, sendo os três importantes para introdução do uso de plantas medicinais e fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS).
	Um produto tradicional fitoterápico é aquele obtido com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, cuja segurança seja baseada por meio da tradicionalidade de uso e que seja caracterizado pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade.
	Medicamento fitoterápico, por sua vez, é um medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança são validadas por meio de levantamentos etnofarmacológicos, de utilização, documentações tecnocientíficas ou evidências clínicas. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais. 
PRESCRIÇÃO MÉDICA DE FITOTERÁPICOS
	A prescrição medicamentos no Brasil é atribuição de profissionais legalmente habilitados. Historicamente o médico é o profissional habilitado para o diagnóstico e prescrição de medicamentos na medicina humana, os médicos veterinários na medicina veterinária e os cirurgiões dentistas para o uso odontológico. No entanto, enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas podem realizar prescrição e/ou indicação de medicamento respeitando a legislação vigente e estarem inscritos nos respectivos Conselhos Profissionais.
	No caso da medicina, a Fitoterapia não é considerada uma especialidade, porém é facultado ao médico realizar prescrição de fitoterápicos. Dentre os profissionais habilitados a prescrever somente os cirurgiões dentistas, farmacêuticos e nutricionistas possuem legislação específica para reconhecer e regulamentar a prescrição de fitoterápicos. Para o farmacêutico a prescrição é regulamentada pela resolução Nº 546 de 21 de julho de 2011, que dispõe sobre a indicação farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicos isentos de prescrição e o seu registro. A indicação deverá ser feita pelo farmacêutico de forma clara, simples, compreensiva, registrada em documento próprio, conforme modelo no anexo da resolução, emitido em duas vias, sendo a primeira entregue ao usuário/paciente e a segunda arquivada no estabelecimento farmacêutico.
	No senso comum, e muitas vezes até entre profissionais de saúde, existe a idéia de que medicamentos fitoterápicos são ,medicamentos naturais, e portanto, não representam nenhum risco à saúde humana. Esta idéia, no entanto, é equivocada, pois, apesar de serem medicamentos de origem vegetal, podem apresentar diversos compostos que podem ser tóxicos, caso sejam utilizados da maneira errada.
	A prescrição de fitoterápicos exige atenção especial a alguns parâmetros, para evitar alterações qualitativas e quantitativas dos ativos prescritos. Ao prescrever um fitoterápico, é de suma importância que sejam utilizados os nomes científicos das espécies vegetais. Isto é importante porque em muitas situações algumas plantas tem uma nomenclatura popular diferente, dependendo da região onde se encontra. 
	Outro fator importante é que, quando se prescreve fitoterapia, é essencial conhecer os ativos presentes nas diferentes partes da planta. O ativo de interesse terapêutico pode estar em concentrações diversas, a depender da parte da planta que for usada. O maracujá, por exemplo, apresenta nas folhas um composto com atividade ansiolítica. (Passiflora sp), enquanto a polpa da fruta (da qual se podem preparar farinhas) tem potencial hipolipêmico. 
	Além do caráter qualitativo (relativos ao nome científico e parte da planta a ser usada), é preciso também levar em consideração aspectos quantitativos. Assim, é preciso prestar muita atenção também às dosagens das prescrições de fitoterápicos. um mesmo vegetal, em diferentes apresentações, como tinturas, extratos secos, extratos fluidos, extratos glicólicos ou pós, podem conter concentrações diferentes dos ativos presentes nas plantas. Isto pode levar a erros de dosagens, podendo ocorrer uma baixa na eficácia (em casos de doses abaixo das prescritas) ou até uma toxicidade (em caso de doses acima das prescritas) do medicamento. Logo, uma prescrição de um fitoterápico, deve conter, além do nome científico da espécie, a apresentação e dose. 
CONCLUSÃO
	Além dos médicos, outros profissionais podem ser habilitados para realizar a prescrição/indicação de plantas e fitoterápicos, bem como realizar a orientação quanto ao uso racional e seguro das plantas medicinais e fitoterápicos.
	De um modo geral, apesar de ser incentivada pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério da Saúde como prática importante para o acesso da população a medicamentos de qualidade com custo baixo, a fitoterapia ainda não tem o seu potencial bem explorado, seja no âmbito do SUS ou serviços privados.
	Dentre os fatores estudados, entende-se que a falta de formação ou formação insuficiente nas universidades, especialmente nos cursos de medicina, contribuem para este dado. 
REFERÊNCIAS
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 13, de 14 de março de 2013. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Produtos Tradicionais Fitoterápicos. Brasília: ANVISA, 2007.
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 17, de 16 de abril de 2010. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Brasília: ANVISA, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006. Política Nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. Brasília: Ministério da Saúde.
CFN - Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução Nº 525 de 25 de junho de 2013. Disponível em: <http://www.cfn.org.br/eficiente/repositorio/legislacao/resolucoes/583.pdf> Acesso em: 05 maio de 2020. 
CFF - Conselho Federal de Farmácia. Resolução Nº 546 de 21 de julho de 2011. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/546.pdf> Acesso em: 05 maio de 2020. 
CFO - Conselho Federal de Odontologia. Resolução Nº 82 de 25 de setembro de 2008. Disponível em: http://cfo.org.br/todas-as-noticias/noticias/ato- normativo/?id=1282 Acesso em: 05 maio de 2020.
MENDONÇA, V.M.; SANTOS, M.J.C.; MOREIRA, F.V.; MANN, R.S..RIBEIRO; M.J.B.. Fitoterapia tradicional e praticas integrativas e complementares no sistema de saude do Brasil. Rev Temas em Saúde, João Pessoa, v.18, n.1, p.66-97, 2018. 
BELEZA, J.A.M. Plantas Medicinais e Fitoterápicos na atenção primária à saúde: contribuição para profissionais prescritores.Rio de Janeiro, 2016.

Continue navegando