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Celso Baden
DISCIPLINA
Língua Brasileira de Sinais I
São Paulo, 2016 
Libras II Celso Badin
Ementa disciplina: LIBRAS I
 Parâmetros para a compreensão da LIBRAS (configuração, ponto de 
articulações de sinais, movimento, expressão facial e corporal e orientação 
– direção dos sinais);
 Pronomes e Locuções Pronominais (Pessoais, possessivos, demonstrativos, 
indefinidos, interrogativos e locuções pronominais);
 Advérbio e locuções adverbiais (lugar, tempo, modo, intensidade, 
afirmação, negação, dúvida e exclusão);
 Singular e plural;
 Tipos de classificadores e emprego dos classificadores;
 Comunicação formal e informal;
 Construção de frases (diálogos) utilizando os sinais e configurações 
aprendidas, de forma contextualizada. 
Libras II Celso Badin 2
Autor/Professor
Celso Badin Pearsall, 
Pós-graduado em Libras na Faculdade Eficaz. Graduado em 
letras: língua brasileira de sinais na Universidade Federal de 
Santa Catarina - UFSC no pólo Universidade de Campinas - SP -
UNICAMP. 
Professor de idioma ha 15 anos na área de Libras. 
Escritor do primeiro livro A Juventude - O Carnaval e O Rio de 
Janeiro, 2001 - editora Aurea. 
Libras II Celso Badin 3
Libras II Celso Badin 4
Informações
O inicio da pesquisa em SignWriting que é um sistema de escrita para a Língua de Sinais.
Símbolos de contato - contato, bater, pegar, escovar, entre, esfregar, e mais:
1- Contato : mão toca parte do corpo ou da mão. 
(veja exemplo) 
2- Bater : uma mão fortemente em contato com uma 
superfície.
3- Pegar : mão segura parte do corp ou da mão.
4- Escovar : movimento que tem contato e depois sair de uma superfície.
5- Entre : um toque entre duas partes do corpo que passam uma através da outra, 
geralmente entre dedos.
6- Esfregar : contato que move, mas permanece na representam um ou dois movimentos de 
extensão.
7 – Fechar : uma mão fechar
8 – Abrir : uma mão abrir
9 – Fechar : um dedo fechar
10 – Abrir : um dedo abrir
11 – Fechar e Abrir : um ou mais dedos fechar e abrir juntos.
12 – Fechar e Abrir mais repetidos : uma ou mais dedos fechar e abrir repetidos juntos.
Flechas de movimento – encima / abaixo, através / trás, e mais:
Trás, através, frente,
lado e lado, circulo de
À direita no braço À esquerda no braço Dois braços juntos frente, circulo de trás.
encima, abaixo,
circulo de encima,
À direita no braço À esquerda no braço Dois braços juntos circulo de abaixo.
1 CAPITULO
LIBRAS II
Libras II Celso Badin 5
Libras II Celso Badin 6
Língua de Sinais é Língua
Texto obrigátorio para a análise deste conteúdo:
QUADROS, R. M. de & KARNOPP, L. Língua de sinais brasileira: estudos linguisticos. ArtMed. 
Porto Alegre. 2004
Uma língua de sinais é uma língua que se utiliza de sinais e expressões faciais e 
corporais, em vez de sons na comunicação. As línguas de sinais são de aquisição visual e 
produção espacial e motora. São as línguas maternas de cada comunidade de Surdos, ao redor do 
globo. Há no mundo muitas línguas de sinais usadas como forma de comunicação entre pessoas
surdas ou com problemas auditivos. Muitas delas receberam reconhecimento oficial em vários
países.
Todas as línguas de sinais, a comunicação gestual dos Surdos não é universal. As 
línguas de sinais, assim como as orais, pertencem às comunidades onde são usadas, tendo
apresentando diferenças consideráveis entre as determinadas línguas.
O importante em sinais é representar a informação, reconstruir o conteúdo visual 
da informação, pois os surdos lidam com memória visual. As línguas de sinais possuem sua
gramática própria, assim como as línguas orais possuem as suas, sendo elas totalmente
independentes.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Segundo Ferreira-Brito (1993), a modalidade de língua gesto-visual favorece a 
representação icônica dos objetos do mundo real. Sendo assim, a iconicidade, característica 
fortemente explorada nas línguas espaço-visuais, foi responsável em parte pelo fato de se pensar 
que as línguas de sinais seriam compostas por mímica, gestos, e que só expressariam apenas 
conceitos concretos. 
Uso do espaço
Libras II Celso Badin 7
Parâmetro em Libras
Fonologia envolve o estudo das unidades menores que irāo fazer diferença na formaçāo de 
uma palavra. Por exemplo, no português, os sons de /p/ e de /b/ sāo distintivos porque
formam um par mínimo /para / e /bala/. Isso é o que acontece com os pares mímimos
listados na língua de sinais brasileira.
STOKE, 1960 – Os sinais analisáveis como uma combinaçāo de três categorias linguisticas
sem significado: Configuraçāo de māo, ponto de articulaçāo e movimento. Veja figura – dois sinais
as pontos de articulaçāo e movimento sāo os mesmos e somente a configuraçāo de māo é
diferente. 
Texto obrigátorio:
STOKE, W. (1960) Sign and Culture: A Reader for Students of American Sign Language. Listok
Press, Silver Spring, MD. 
Libras II Celso Badin 8
Parâmetro em Libras
Nas línguas de sinais, isso também ocorre. Na ASL, o sinal composto BELIEVE é feito de dois
outros sinais THINK e MARRY. Nessa composição, o sinal THINK toma emprestado uma das 
características do sinal seguinte da composição (MARRY), que é a orientação. Assim, ao invés de ser
orientado em direção à cabeça, o sinal THINK será orientado em direção à palma da outra mão, de 
acordo com o sinal MARRY. 
Veja o exemplo:
CEMITÉRIO / CASA / IGREJA AMANHA / NAMORAR / NOIVADO
A língua de sinais brasileira apresenta um conunto de unidades menores que sāo
compostas pelas configurações de māos, ponto de articulaçāo, movimento.
Libras II Celso Badin 9
Estrura Sublexical dos Sinais a partir de suas Unidades Mínimas Distintivas
Quando mencionamos “parâmetros das línguas de sinais”, estamos
nos referindo aos estudos linguísticos acerca da formação do sinal.
Todas as línguas são formadas por consoantes e vogais que, quando articuladas,
formam os fonemas. Estes representam as unidades sonoras
mínimas que possuem a propriedade de estabelecer a distinção entre os
vocábulos das línguas orais.
Exemplo:
R / a / t / o
P / a / t / o
Em português, a classe dos sons representados por /r/ constitui
um fonema distinto de /p/, já que rato e pato são palavras com sentidos
distintos. Embora tenham várias características fonéticas em comum, /r/
e /p/ são fonemas distintos, porque a diferença entre eles é usada para
criar enunciados distintos na estrutura do idioma.
Assim, ao analisarmos a formação das palavras nas línguas
orais, usamos a fonética e a fonologia.
A fonética refere-se à manifestação física da linguagem em ondas
sonoras, isto é, estuda de que forma os sons são articulados e percebidos.
Esta ciência possui quatro áreas de investigação, mas, neste
momento, consideraremos apenas uma delas: a fonética articulatória.
Este aspecto refere-se ao lugar, no aparelho fonador, onde os sons são
produzidos.
Ressaltamos que a fala é produzida pela interação dos seguintes
sistemas:
• Sistema respiratório: compreende pulmões, músculos
pulmonares, brônquios e traqueia;
• Sistema fonatório: restringe-se à laringe, onde está a
glote;
• Sistema articulatório: engloba faringe, língua, nariz,
palato, dentes e lábios.
A articulação dos sons ocorre nas seguintes regiões anatômicas,
conforme o desenho a seguir.
Libras II Celso Badin 10
Dr. William C. Stokoe, Jr. (1919 - 2000) foi um estudioso,
que pesquisou extensivamente Língua Gestual Americana
enquanto trabalhava na Universidade Gallaudet.
De 1955 a 1970 trabalhou como professor e chefe do
departamento de inglês, na Universidade Gallaudet. Publicou
Estrutura da Língua Gestual e foi co-autor de Um Dicionário de
Língua Gestual Americana sobre Princípios Linguísticos (1965).
Através da publicação de sua obra, ele foi fundamental
na mudança da percepção da ASL de uma versão simplificada
ou incompleta do inglês para o de uma complexa e próspera
língua natural, com uma sintaxe e gramática independentes,
funcionais e poderosas como qualquerlíngua falada no
mundo. Ele levantou o prestígio da ASL nos círculos
académicos e pedagógicos.
Fonte Wikipédia, a enciclopédia livre
Disponível em: < http://upload.
wikimedia.org/wikipedia/en/
thumb/7/7b/William_C_Stokoe_Jr.tif/
lossy-page1-250px-William_C_Stokoe_
Jr.tif.jpg> . Acesso em: 08 ago. 2013
Considerando que a língua de sinais faz parte das 
línguas naturais, estudiosos linguísticos partem do 
princípio que as línguas de modalidade oral ou 
gesto-visual compartilham os mesmo princípios 
linguísticos subjacentes. 
A LIBRAS têm sua estrutura gramatical organizada a partir de alguns parâmetros que 
estruturam sua formação nos diferentes níveis linguísticos. Dois são seus parâmetros principais 
ou maiores: Orientação da(s) mão(s) e Disposição da(s) mão(s).(FERREIRA BRITO, 1990)
As línguas de sinais só foram realmente começado a estudar como língua mesmo a partir
da década de 60, por William Stokoe(pai da linguística de línguas de sinais).
Ele definiu 3 Parâmetros para as línguas de sinais. Que seria a fundamentação lexical 
da língua. Os parâmetros "propostos" por ele foram: Configuração de mão, Locação e o 
movimento.
E mais dois parâmetros que foram propostos por Battison e Friendman. Luciano Brito 
também. Que são: Orientação da mão e os Aspectos não manuais.
Esses 5 Parâmetros como já conversamos antes, são itens de fonética e fonológica das línguas 
de sinais e é a combinação deles que foram os sinais.
Os sinais seria o item lexical das línguas de sinais é equivalente as palavras das línguas orais.
Libras II Celso Badin 11
São formas das mãos, que podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras formas 
feitas pela mão predominante (mão direita para os destros), ou pelas duas mãos do emissor ou 
sinalizador. Os sinais APRENDER, LARANJA e ADORAR têm a mesma configuração de mão.
Fo
n
te
 d
as
 im
ag
en
s:
 G
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o
gl
e
Configuração das Mãos - CM
ATENÇÃ0: a configuração das mãos não são formas das mãos, que podem ser da 
datilologia (alfabeto manual).
Libras II Celso Badin 12
Ponto de Articulação - PA
Locação tem duas posições diferentes em parte do corpo do sinalizador, veja por exemplo:
Ponto de Articulação Neutro 
Pode ser uma marca de concordância verbal com o advérbio de lugar.
Exemplo:
”Eu aprendo. Eu bebo laranja";
Libras II Celso Badin 13
Espaço Neutro - EN
Vertical (do meio do corpo até à cabeça) e horizontal (à frente do emissor). Os sinais 
TRABALHAR, BRINCAR, CONSERTAR são feitos no espaço neutro e os sinais ESQUECER, APRENDER 
e PENSAR são feitos na testa.
Libras II Celso Badin 14
Movimento - MO
Os sinais podem ter um movimento ou não. Os sinais citados acima tem movimento, com 
exceção de PENSAR que, como os sinais AJOELHAR, EM-PÉ, não tem movimento.
Fo
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te
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o
Libras II Celso Badin 15
Movimento - MO
Agora, pense: não são esses aspectos linguísticos da 
língua de sinais semelhantes
aos das línguas orais?
Nas línguas orais, temos os sons que estão em oposição a todo o momento. É o caso dos
fonemas (f) e (v), empregados nas palavras (léxicos) “faca” e “vaca”, mostrando suas características
distintas e formando os fonemas. Do mesmo modo, na língua de sinais, temos a configuração de
mão que estabelece diferenças. No exemplo em que aparecem os sinais para representar SABADO
E LARANJA, percebemos a utilização do mesmo ponto de articulação, porém a forma da mão é
diferente.
Fo
n
te
: A
sp
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ís
ti
co
s 
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a 
Li
b
ra
s
Movimento Reliníneo seria os 
sinais que são feitos retos, tipo 
inteligente, Porque, encontrar.
Movimento Helicoidal seria os 
sinais em formais de aspirais, tipo 
Importante, azeite, macarrão.
Libras II Celso Badin 16
Movimento - MO
Fo
n
te
: A
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n
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d
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Li
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Texto obrigátorio:
Xavier, André Nogueira. LIBRAS em estudo: Descrição e análise. FENEIS, 2012
Movimento Circular, que faz círculos mais 
não em movimentação como em 
Helicoidal. Tipo sinal de brincar, idiota, 
bicicleta.
Movimento Sinuoso que é em formato de 
minhoca, tipo o sinal de Brasil, Rio, navio, 
barco, mar.
Movimento Angular seria em zig zag tipo o 
sinal sempre, raio, paz, feliz.
Libras II Celso Badin 17
Não tem Movimento – NÃO MO
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Direcionalidade do movimento
a) Unidirecional : movimento em uma direção no espaço, durante a realização de um
sinal.
Ex.: PROIBID@, SENTAR, MANDAR..
b) Bidirecional : movimento realizado por uma ou ambas as mãos, em duas direções
diferentes.
Ex.: PRONT@, JULGAMENTO, GRANDE, COMPRID@, DISCUTIR,
EMPREGAD@, PRIM@, TRABALHAR, BRINCAR.
c) Multidirecional: movimentos que exploram várias direções no espaço, durante a
realização de um sinal.
Ex. : INCOMODAR, PESQUISAR
.
Libras II Celso Badin 18
Orientação e Direcionalidade - OR
Orientação/direcionalidade refere-se à direção da palma da mão durante o sinal. Ela pode
estar voltada para cima, para baixo, para frente, para a esquerda e para a direita. Pode haver 
mudança na orientação da mão durante a execução de um movimento.
Fo
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B
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Orientação das mãos : direção da palma da mão durante a execução do sinal da
LIBRAS, para cima, para baixo, para o lado, para a frente, etc. . Também pode
ocorrer a mudança de orientação durante a execução de um sinal.
Ex. : MONTANHA, BAIX@, FRITAR.
Libras II Celso Badin 19
Expressões Faciais - EF
Nas línguas orais, a comunicação não ocorre exclusivamente de maneira verbal. Do
mesmo modo, a língua de sinais utiliza expressões não manuais, como movimento da face, dos 
lábios, dos olhos, da cabeça ou do tronco, para expressar ideias e intensificar sentimentos e 
atitudes
O dedo indicador em [G] sobre a boca, com a expressão facial calma e
serena, significa silêncio ; o mesmo sinal usado com um movimento mais rápido e
com a expressão de zanga, significa uma severa ordem: Cale a boca!.
A mão aberta, com o movimento lento e com expressão serena, significa
calma ; o mesmo sinal com movimento brusco e com expressão séria, significa
pára.
Sinais faciais: em algumas ocasiões, o sinal convencional é modificado, sendo
realizado na face, disfarçadamente.
Exemplos: ROUBO, ATO-SEXUAL.
Fo
n
te
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 im
ag
en
s:
 G
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o
gl
e
Fo
n
te
 d
as
 im
ag
en
s:
 G
o
o
gl
e
Libras II Celso Badin 20
Descrição do Parâmetro em Libras
Outros termos são usados para descrever a translação horizontal dos para4metros como 
imagens de um ponto precedente no referencial do corpo:
Fo
n
te
 L
u
ci
an
a 
B
ri
to
Fo
n
te
 Q
u
ad
ro
s
Libras II Celso Badin 21
Descrição do Parâmetro em Libras
Fo
n
te
 L
u
ci
an
a 
B
ri
to
Libras II Celso Badin 22
Pronomes em Libras
A Libras possui um sistema pronominal para representar as pessoas do discurso:
primeira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EU; NÓS-2, NÓS-3, NÓS-4,
NÓS- GRUPO, NÓS/NÓS-TOD@S;
•Primeira Pessoa do Singular: EU
Apontar para o peito do enunciador ( a pessoa que fala ) 
Pronomes Pessoais
Libras II Celso Badin 23
segunda pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): VOCÊ, VOCÊ-2, VOCÊ-3,
VOCÊ-4, VOCÊ-GRUPO, VOCÊS/VOCÊS-TOD@S;
•Segunda Pessoa do Singular: VOCÊ
Apontar para o interlocutor ( a pessoa com quem se fala )
Pronomes em Libras
Pronomes Pessoais
Libras II Celso Badin 24
Terceira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EL@, EL@-2, EL@-3, EL@-4,
EL@S-GRUPO, EL@S/EL@S-TOD@S
•Terceira pessoa do singular: EL@
Apontar para uma pessoa que não está na conversa ou para um lugar convencionado para
uma pessoa.
Pronomes em Libras
Pronomes Pessoais
Libras II Celso Badin 25
Pronomes em Libras
Pronomes Demonstrativos
Libras em contexto esclareceu: na Libras, como em Português, os pronomes 
demonstrativos e os advérbios de lugar estão relacionados às pessoas do discurso e representam, 
na perspectiva do emissor, o que está bem próximo, perto ou distante. Eles têm a mesma 
configuração de mãosdos pronomes pessoais, mas os pontos de articulação e as orientações do 
olhar são diferentes.
Os pronomes demonstrativos e os advérbios de lugar relacionados à 
- 1ª . pessoa, EST@ / AQUI, são representados por um apontar para o lugar perto e em frente do 
emissor, acompanhado de um olhar para este ponto. EST@ também pode ser sinalizado ao 
lado do emissor apontando para a pessoa/coisa mencionada.
- ESS@ / AÍ é um apontar para o lugar perto e em frente do receptor, acrescido de um olhar 
direcionado não para o receptor , mas para o ponto sinalizado com relação à coisa/pessoa que 
está perto da segunda pessoa do discurso.
- AQUEL@ / LÁ é um apontar para um lugar mais distante, o lugar da terceira pessoa, mas 
diferentemente do pronome pessoal, ao apontar para este ponto há um olhar direcionado 
para a coisa/pessoa ou lugar: Como os pronomes pessoais, os pronomes demonstrativos 
também não possuem marca para gênero: masculino e feminino.
PRONOMES PESSOAIS PRONOMES DEMONSTRATIVOS OU ADVÉRBIOS DE LUGAR
EU (olhando para o receptor: 2ª pessoa ) EST@ / AQUI (olhando para a coisa/lugar apontado, perto da 1ª pessoa)
VOCÊ (olhando para o receptor: 2ª pessoa) ESS@ / AÍ (olhando para a coisa/lugar apontado, perto da 2ª pessoa)
EL@ (olhando para o receptor: 2ª pessoa) AQUEL@ / LÁ (olhando para a coisa/ lugar distante apontado) 
Libras II Celso Badin 26
Pronomes em Libras
Pronomes Demonstrativos
Os pronomes possessivos, como os pessoais e demonstrativos, também não possuem 
marca para gênero e estão relacionados às pessoas do discurso e não à coisa possuída, como 
acontece em português:
Para a primeira pessoa: ME@, pode haver duas configurações de mão: uma é a mão 
aberta com os dedos juntos, que bate levemente no peito do emissor; a outra é a configuração da 
mão em P com o dedo médio batendo no peito - MEU-PRÓPRIO. Para as segunda e terceira 
pessoas, a mão tem esta segunda configuração em P, mas o movimento é em direção à pessoa 
com que se fala (segunda pessoa) ou está sendo mencionada (terceira pessoa).
Não há sinal específico para os pronomes possessivo no dual, trial, quadrial e plural 
(grupo), nestas situações são usados os pronomes pessoais correspondentes. Exemplo: NÓS 
FILH@ "nosso(a) filho(a)"
Pronomes indefinidos
Pronomes em Libras
Libras com Contexto esclareceu: os pronomes indefinidos NINGUÉM (Pessoa) e 
NINGUÉM (acabar) são usados somente para pessoa; NINGUÉM/NADA/NENHUM (mãos 
abertas esfregando uma sobre a outra) é usado para pessoa, animal e coisa; NENHUM/NADA 
(dedo polegar e indicador com o formato oval e os outros dedos estendidos, mão com 
movimento balançando) é usado para pessoa, animal e coisa e pode,
em alguns contextos, ter o sentido de "não ter"; finalmente o pronome indefinido 
NENHUMPOUQUINHO (palma da mão virada para cima fazendo, com os dedos polegar e 
indicador em contato) é um reforço para a frase negativa e pode vir após o sinal NADA. O sinal 
soletrado "DE-N-AD-A” é usado como resposta para um agradecimento:
Ninguém (pessoa) Ninguém (acabar) Ninguém (anônimo)
Ninguém (nenhum) Ninguém (pouquinho) Ninguém (nada)
Libras II Celso Badin 27
Pronomes indefinidos
Pronomes em Libras
Libras II Celso Badin 28
Pronomes interrogativos
Pronomes em Libras
Os pronomes interrogativos QUE e QUEM geralmente são usados no início da frase, mas o
pronome interrogativo ONDE e o pronome QUEM, quando está sendo usado com o sentido de
"quem é" ou "de quem é" são mais usados no final. Todos os três sinais têm uma expressão
facial interrogativa feita simultaneamente com eles.
Na LIBRAS, há uma tendência para a utilização, no final da frase, dos pronomes 
interrogativos QUAL, COMO e PARA-QUÊ, e para a utilização, no início da frase, do pronome 
interrogativo POR-QUE, mas os primeiros podem ser usados também no início e POR-QUE pode 
ser utilizado também no final.
O pronome interrogativo COMO também tem outra forma em datilologia: C-O-M-O, 
utilizada, geralmente, em contexto enfático. Não há diferença entre o "por que" interrogativo e o 
"porque" explicativo, o contexto mostra, pelas expressões faciais, quando ele está sendo usado 
em frase interrogativa ou em frase explicativa/causal. Exemplos:
É uso da última frase demonstrada a 
expressão corporal através dos ombros e a 
cabeça para cima.
Estrutura gramatical para pergunta
Na construção de perguntas em Libras é muito comum que o pronome interrogativo apareça ao 
final da sentença e que aconteça, ao mesmo tempo desse sinal, o movimento de cabeça para 
cima e o franzir das sombrancelhas. (ALBRES, 2008, p. 30)
Como nas frases abaixo:
VOCÊ QUERER O-QUE?
VOCÊ ESTUDAR O-QUE?
VOCÊ GOSTAR O-QUE?
VOCÊ COMER O-QUE?
Em algumas situações pode acontecer o fenômeno de aglutinação da expressão 
interrogativa ao verbo da sentença. Isso quer dizer que o sinal interrogativo O-QUE e ONDE 
podem ser omitidos, mas o movimento de cabeça e a expressão facial permanecem sobrepostos, 
agora ao verbo.
VOCÊ QUERER?
VOCÊ COMER?
VOCÊ TRABALHAR?
VOCÊ MORAR?
Fonte: Albres, Nevia
Libras II Celso Badin 29
Tempo
Advérbios em Libras
Libras em contexto esclareceu: na Libras não há marca de tempo nas formas verbais, é 
como se, nas frases, muitos verbos ficassem no infinitivo. O tempo é marcado sintaticamente 
através de advérbios de tempo que indicam se a ação está ocorrendo no presente: HOJE, AGORA; 
ocorreu no passado: ONTEM, ANTEONTEM; ou irá ocorrer no futuro: AMANHÃ. Por isso os 
advérbios geralmente vêm no começo da frase, mas podem ser usados também no final. Quando 
não há, na frase, um advérbio de tempo específico, geralmente a frase, no presente, não é 
marcada, ou seja, não há nenhuma especificação temporal; já para a frase no passado, pode-se 
utilizar o sinal PASSADO ou o sinal JÁ, e para a frase no futuro,
pode-se utilizar o sinal FUTURO:
•nenhuma marca - traz a idéia de tempo presente;
•PASSADO - traz a idéia de ação/evento que foi realizado;
•FUTURO - traz a idéia de ação/evento que será realizado.
Libras II Celso Badin 30
Tempo
Advérbios em Libras
Observamos os sinais do advérbio de tempo em língua brasileira de sinais, tambem utilizamos
um antebraço parado e outro antebraço movimenta. Veja a figura
MANHÃ TARDE NOITE MADRUGADA
Os estudos comparando-se as configurações utilizadas em LIBRAS e em ASL (American Sign 
Language) esses sinais do advérbio de tempo. Veja figura:
Esses sinais utilizados em ASL, com duas māos pode ter a mesma configuraçāo de māo ou
nāo. O antebraço parado a direita e o antebraço movimenta a esquerda há a mudança da 
configuraçāo de māo.
Libras II Celso Badin 31
Nāo há mudança nestes sinais igualados.
DIA TARDE NOITE
BOM/BOA
Tempo
Advérbios em Libras
TODO-DIA PRESENTE PASSADO FUTURO
Libras II Celso Badin 32
Frequência
Advérbios em Libras
Na Libras há expressões especificas para representar freqüência de uma ação e algumas 
sãoexpressões idiomática: •NUNCA, N-U-N-C-A, NUNCA-M-A-I-S, NUNCA-VI, NUNCA-V-I;
•FREQÜENTE e FREQÜENTEMENTE possuem a mesma configuração de mão, mas para a 
segundaidéia que tem o aspecto contínuo, o sinal é feito repetidamente; •SEMPRE 
(CONTINUAR) e MESM@ possuem a mesma configuração de mão, mas para o primeirohá um 
movimento para frente do enunciador, enquanto o segundo fica no mesmo ponto de 
articulaçãoinicial;
• MESM@IGUAL é um sinal composto formado pelo sinal MESM@ mais o sinal IGUAL, com o 
sentido de "sempre", "mesma coisa". Exemplos:
(1) VOCÊ ESTUDAR AINDA INES? afirmativamente EU CONTINUAR. (2) EL@ SEMPRE FALAR 
MESM@IGUAL
...neg... (3) TDD DIFERENTE EU NUNCA-VI. EU CONHECER- NÃO!
Libras II Celso Badin 33
Frequência
Advérbios em Libras
Mais e seus contextos em LIBRAS: 
Lugar
Advérbios em Libras
Advérbios de lugar tem o mesmo sinal, sendo diferenciados no contexto.
Configuração de mão [G]
Tipos de referentes:
fi Referentes presentes. Ex.: EU, VOCÊ, EL@...
fi Referentes ausentes com localizações reais. Ex.: RECIFE,
PREFEITURA, EUROPA...
fi Referentes ausentes sem localização.
Qualquer referência usadano discurso requer o estabelecimento de um local no espaço de 
sinalização. Este local pode ser referido através de vários
mecanismos espaciais:
Libras II Celso Badin 34
Lugar
Advérbios em Libras
a) fazer o sinal em um local particular (se a
forma do sinal permitir; por exemplo, o sinal
casa pode acompanhar o local estabelecido
para o referente);
b) direcionar a cabeça e os olhos (e talvez o
corpo) em direção a uma localização
particular simultaneamente com o sinal de
um substantivo com a apontação para o
Substantivo
c) usar a apontação ostensiva antes do
sinal de um referente específico (por
exemplo, apontar para o ponto ‘a’
associando esta apontação com o sinal
CASA; assim o ponto ‘a’ passa a referir
CASA);
d) usar um pronome (a apontação
ostensiva) numa localização particular
quando a referência for óbvia;
e) usar um classificador (que
representa aquele referente) em uma
localização particular;
f) usar um verbo direcional (com
concordância) incorporando os
referentes previamente introduzidos no
espaço.
Na LIBRAS, os sinalizadores estabelecem os referentes associados a
localização no espaço, sendo que tais referentes podem estar fisicamente presentes ou não.
Quando os referentes estão presentes, os pontos no espaço serão estabelecidos
baseados na posição real ocupada pelo referente.
Quando os referentes estão ausentes da situação de enunciação, são
estabelecidos pontos abstratos no espaço.
QUADROS, Ronice Muller & KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais 
brasileira: estudos linguísticos. Porto
Alegre: Artmed, 2004.
Libras II Celso Badin 35
O verbo DIZER na língua brasileira de sinais tem que concordar com o sujeito e o 
objeto indireto da frase. Como você pode observar na figura (3), há uma relação entre 
pontos estabelecidos no espaço e os argumentos que estão incorporados no verbo. Esse é 
um tipo de flexão próprio das línguas de sinais, como observado na língua de sinais
americana e na língua brasileira de sinais, para verbos que são chamados
verbos de concordância (cf. Loew, 1980; o Lillo-Martin, 1986; Padden,
1990; Emmorey, 1991; Quadros, 1995, 1997). 
Na língua brasileira de sinais, os sinalizadores estabelecem os referentes 
associados com uma localização no espaço. Tais referentes podem estar fisicamente 
presentes ou não. Depois de serem introduzidos no espaço, os pontos específicos podem 
ser referidos ao longo do discurso.
Quando os referentes estão presentes, os pontos no espaço são estabelecidos 
baseados na posição real ocupada pelo referente. Por exemplo, o sinalizador aponta para 
si para indicar a primeira pessoa, para o interlocutor para indicar a segunda pessoa e para 
os outros para terceira pessoa. Quando os referentes estão ausentes do discurso, são 
estabelecidos pontos abstratos no espaço.
. 
Lugar
Advérbios em Libras
Libras II Celso Badin 36
Modo
Advérbios em Libras
MUITO: utilizado como intensificador em LIBRAS e expresso através das
expressões facial e corporal ou de uma modificação no movimento do sinal.
RÁPIDO: para estabelecer um modo rápido de se realizar a ação, há uma
repetição do sinal da ação e a incorporação de um movimento acelerado.
Intensificadores e advérbios de modo : utiliza-se a repetição exagerada para
intensificar o significado do sinal.
Ex.: 
COMER – COMER - COMER “ Comer sem parar.”
FUMAR – FUMAR - FUMAR “ Fumar sem parar.”
FALAR – FALAR - FALAR “ Falar sem parar.” 
Libras II Celso Badin 37
Intensificador 
Advérbios em Libras
Os verbos poderem incorporar advérbios de modo, que são expressos através da 
modificação do movimento. O intensificador "muito" e alguns advérbios de modo podem ser
expressos também através das expressões facial e corporal. Há uma diferença entre "muito" 
(intensificador) e "rápido" (advérbio de modo). 
Por exemplo
BONIT@muito , CANSADOmuito ; ou de uma mudança no movimento, como por exemplo: 
ANDARnormalmente, ANDARrapidamente, ANDARapressadamente; ANDARlentamente. 
Libras II Celso Badin 38
Formas expressões
Advérbios em Libras
Em outros casos, utilizamos a expressão facial e corporal para negar, afirmar,
duvidar, questionar , etc.
Ex. :
PORTUGUÊS LIBRAS
- Você encontrou seu amigo? VOCÊ ENCONTRAR AMIG@ (expressão de interrogação)
- Você encontrou seu amigo. VOCÊ ENCONTRAR AMIG@ (expressão de afirmação)
- Você encontrou seu amigo! VOCÊ ENCONTRAR AMIG@ (expressão de alegria)
- Você encontrou seu amigo!? VOCÊ ENCONTRAR AMIG@ (expressão de dúvida)
- Você não encontrou seu amigo. VOCÊ NÃO-ENCONTRAR AMIG@ (expressão de negação)
- Você não encontrou seu amigo? VOCÊ NÃO-ENCONTRAR AMIG@(expressão de interrogação/ negação)
(QUADROS apud STROBEL, 1995, p.25)
Para produzirmos uma frase em LIBRAS nas formas afirmativa, exclamativa,
interrogativa, negativa ou imperativa é necessário estarmos atentos às expressões
faciais e corporais a serem realizadas, simultaneamente, às mesmas.
fi Afirmativa: a expressão facial é neutra.
fi Interrogativa: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça,
inclinando-se para cima.
fi Exclamativa: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça
inclinando-se para cima e para baixo.
fi Forma negativa: a negação pode ser feita através de três processos:
a) incorporando-se um sinal de negação diferente do afirmativo:
Libras II Celso Badin 39
Plural
Formas em Libras
Formas de plural: há plural na LIBRAS no uso repetido de sinais ou indicando
a quantidade.
Ex.: 
MUITO-ANO(quantidade), MUITO-ANO(duração),
DOIS-DIA, TRÊS-DIA, QUATRO-DIA, TODO-DIA,
DOIS-SEMANA, TRÊS-SEMANA, DOIS-MÊS, ...
Classificadores possuem plural.
Ex.: 
"Pessoas em fila."
"As pessoas sentam em círculo."
Nao use o flexāo de plural: relogio, óculo, e o 
sentimentos; ex.:
- MUITO RELOGIOS
- MUITO TRISTE
No singular, o sinal para todos os vocabulários é o mesmo, o que difere uma das outras 
é a orientação da mão: o sinal para ”AMAR" é um apontar para o peito do emissor (a pessoa 
que está falando), o sinal para ”VOCÊ-VER MIM" é um apontar para o receptor (a pessoa com 
quem se fala) e o sinal para ”ELE-AVISAR MIM" é um apontar para uma pessoa que não está na 
conversa ou para um lugar convencionado para uma terceira pessoa que está sendo 
mencionada. 
Singular
Formas em Libras
Libras II Celso Badin 40
Verbos
Classificadores em Libras
Verbos classificadores: a configuração de mão é uma marca de concordância de 
gênero: PESSOA, ANIMAL, COISA, VEÍCULO. Verbos que possuem concordância de gênero são 
chamados de verbo classificador porque concorda com o sujeito ou objeto da frase. Como, 
por exemplo, o verbo CAIR que, dependendo do sujeito da frase, terá uma configuração para 
concordar com a pessoa, a coisa, o animal ou o veículo:
Verbos que nāo possuem marca de concordância nos espaços visuais
- FENEIS EU TRABALHAR
- CASA EU FICAR
- RUA ELE BRINCAR
- ARVORE ELES BEIJAR
- IGREJA EU IR
Verbos classificadores que possuem concordância de gênero: Pessoa / Animal / Coisa
- PESSOA MOVENDO
- CARRO DIGIRINDO
- GATO ANDANDO
Libras II Celso Badin 41
Caracteristicas
Classificadores em Libras
A diferença entre verbos classificadores e adjetivos descritivos de várias formas
Característica da animal 
Libras II Celso Badin 42
Número / Pessoa
Classificadores em Libras
Na Libras, os classificadores são formas que, substituindo o nome que as precedem,
podem ser presa à raiz verbal para classificar o sujeito ou o objeto que está ligado à ação do 
verbo.
Portanto, os classificadores na Libras são marcadores de concordância de gênero: 
PESSOA, ANIMAL, COISA, VEÍCULO.
Os classificadores para PESSOA e ANIMAL podem ter plural, que é marcado ao se 
representar duas pessoas ou animais simultaneamente com as duas mãos ou fazendo um 
movimento repetido em relação ao número.
Os classificadores para COISA representam, através da concordância, uma característica 
desta coisa que está sendo o objeto da ação verbal, exemplos:
Libras II Celso Badin 43
Natureza
Classificadores em Libras
Os icônicos sinais que traduzem ÁRVORE em diversas línguas, ilustrados na figura 2Na língua chinesa de sinais, o sinal ÁRVORE é realizado movendo-se os polegares e 
os dedos indicadores para cima ao longo de um tronco imaginário. Já na língua 
dinamarquesa de sinais, o sinal é feito em voltada cabeça do próprio sinalizador, 
representando os ramos com as palmas das mãos, e depois fazendo um movimento 
para baixo, representando o tronco. Na ASL4,por sua vez, usa-se o antebraço e a mão 
(dominante) na horizontal, como base, e o outro antebraço na vertical, representando 
o tronco, com a mão (não-dominante) espalmada sugerindo a copa.
Observa a figura abaixa “Maçãs na árvore” e “Maçãs caiam na árvore”
Libras II Celso Badin 44
Número / Pessoa
Classificadores em Libras
Os classificadores (CL) ”1" e "V" para ilustrar a situação em que pessoas caminham de 
um lado a outro. Vemos o CL “1" incorporado aos verbos "IR-VIR", e o CL "V" incorporado ao 
verbo "ANDAR", ambos os classificadores designativos do sinal de "PESSOA".
De acordo com Ferreira-Brito (1995), além das CMs, os classificadores também podem 
ser constituídos por outro elemento, a orientação da mão,12 que pode ser um componente 
diferenciador em certos classificadores, como por exemplo, o CL "V". Vejamos as figuras 
abaixo:
Os classificadores para PESSOA e ANIMAL podem ter plural, que é marcado ao se 
representar duas pessoas ou animais simultaneamente com as duas mãos ou fazendo um 
movimento repetido em relação ao número
Libras II Celso Badin 45
Número / Pessoa
Classificadores em Libras
Os classificadores para PESSOA representam, através da concordância, uma 
característica desta pessoa que está sendo o local da ação verbal, exemplos:
Libras II Celso Badin 46
A descrição morfossintática de construções classificadoras que apresentam 
incorporação de numeral em Língua Brasileira de Sinais. E a formação morfossintática dos 
classificadores e o fenômeno de incorporação de numeral em tais construções. (R0SSANA 
APARECIDA FINAU, 2015)
Incorporação
Classificadores em Libras
A figura 6 apresenta um exemplo de classificação que se vale das características
físicas para expressar uma ação. Nela, o falante sinaliza um objeto plano e um objeto
cilíndrico para representar, respectivamente, mesa e copo. No segundo quadro da imagem,
tem-se então: “colocar o copo sobre a mesa”. (FINAU, 2015)
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Formal e Informal
Cultura Surda
Ao acordo do livro Libras em Contexto que esclareceu sobre o Informal e Formal na 
Cultura Surda, aqui no Brasil, quando as pessoas são apresentadas umas às outras, elas dizem
seus primeiros nomes após os cumprimentos (aperto de mãos - contexto formal, e/ou beijo(s) no
rosto, contexto informal) . No mundo dos Surdos1, a pessoa, além de dizer o nome em 
datilologia, ela, primeiro, se apresenta pelo seu sinal, que lhe foi dado pela comunidade a qual faz 
parte.
O sinal pessoal é o nome próprio, o "nome de batismo" de uma pessoa que é membro de
uma comunidade Surda. Este sinal geralmente pode:
Fo
n
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: I
m
ag
en
s 
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N
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: I
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Libras II Celso Badin 48
a1) A Língua de Sinais Formal utiliza a estrutura da Língua de Sinais, que é a imagem do 
pensamento, porém, fiel ao português, ou seja, o sinal é fiel à palavra.
a2) A Língua de Sinais Nativa ou Informal (não confundir com dialetos, mímica, gestos, 
pantomima) utiliza a estrutura da Língua de Sinais, ou seja, a colocação do objeto sem o 
artigo e a preposição, e não é fiel ao português, ou seja, o sinal apresentado é composto 
pela visualização da imagem mental da coisa, pessoa, animal ou situação a ser descrita, 
usando expressões próprias da língua como, por exemplo, os Classificadores. (esta é a 
dificuldade maior com a estrutura da Língua Portuguesa).
A maioria dos surdos utiliza a Língua de Sinais informal na comunicação. Podemos afirmar 
que, é muito difícil para o surdo, que só utiliza a Língua de Sinais informal (nativa), aprender 
a Língua Portuguesa. Nestes casos, é válida a prática da Língua de Sinais Formal, mesmo 
incorrendo no Bimodalismo, ou Português Sinalizado, para obter um melhor desempenho 
com a Língua Portuguesa.
Observamos a comunidade surda que frequenta a situação e a comportamento 
sobre Informal e Formal através das línguas brasileiras entre língua portuguesa e língua de 
sinais por causa da influência á sociedade e educação. Não se existe grosseiro ou mal 
educado no diálogo ou via e-mail no meio de comunicação. Veja por exemplo que o 
Professor descreveu abaixo:
Formal e Informal
Cultura Surda
OUVINTES SURDOS
DIALOGO:
Bom dia, eu gostaria de saber algumas
informações que você tem contato com o 
professor Celso?
DIALOGO:
TUDO BEM? EU QUERER SABER SE VOCÊ 
AINDA CONTATO PROFESSOR@ CELSO?
E-MAIL
Prezado Sr Gestor Eduardo,
Eu sou o Celso e gostaria de retirar minhas dúvidas
sobre a lista de frequencia no curso de Libras. 
Gostaria, por gentileza, se possível, que me 
esclarecesse melhor a situação e a 
responsabilidade sobre a lista de presença.
Atenciosamente,
Abraço!
E-MAIL
Tudo bem, chefe Eduardo,
Eu sou Celso. Eu tenho dúvida sobre a lista
de frequencia do curso de Libras. Por favor 
me explicam bem claramente sobre a lista
de presença para mim.
Abraço.
Libras II Celso Badin 49
Bibliografia Básica
 CAPOVILLA, Fernando C. (org). Manual Ilustrado de sinais e sistema de comunicação em rede para 
surdos. São Paulo: Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, 1998.
 FELIPE, Tanya. LIBRAS em contexto: curso básico (livro do estudante e do professor). 2ed. ver. 
MEC/SEESP/FNDE. Vol I e II. Kit: livro e fitas de vídeo.
 PIMENTA, Nelson. QUADROS, Ronice Muller de. Curso de LIBRAS. Rio de Janeiro: LSB VIDEO, 2006. 
(Vol. I.II).
 CAPOVILLA, Fernando C; RAPHAEL, Walkiria Duarte. Enciclopédia da Língua Brasileira de Sinais 
Brasileira: O Mundo do Surdo em LIBRAS. (Fundação) Vitae: Fapesp: Capes: Editora da 
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005. (Volume 8)
 CAPOVILLA, Fernando C; RAPHAEL, Walkiria Duarte. Dicionário: Enciclopédia Ilustrado Trilíngue, 
Língua de Sinais Brasileira. Editora da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2008. (Volume II).
 CAPOVILLA, Fernando C; RAPHAEL, Walkiria Duarte; MAURICIO, Aline Cristina. Dicionário: 
Enciclopédia Ilustrado Trilíngue, Novo Deit-LIBRAS, Língua de Sinais Brasileira. 3ª Edição. Editora 
da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2013. (Volume II).
 QUADROS, Ronice Müller de; Cruz, Carina Rebello. Língua de Sinais: Instrumento de Avaliação.
Artmed, Porto Alegre, 2011.
 CHOI, Daniel...[et al.]; Organizadora Maria Cristina da Cunha Pereira. LIBRAS: Conhecimento além 
dos sinais. 1.ed. Pearson Prentice Hall, 2011.
 QUADROS, Ronice Müller de; Educação de Surdos: A aquisição da linguagem. Artmed, Porto 
Alegre, 1997.

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