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Resumo bioquímica clínica Aula 6 Provas de Função Renal Rins • Filtram o sangue – Retém nutrientes – Proteínas, aminoácidos, Glicose, Ca+, Cl-, H20, HCO3 – Excretam resíduos (ureia, creatinina, ácido úrico, ac. orgânicos, bilirrubina conjugada, drogas, toxinas) – Produzem a urina Anatomia renal • Córtex, Medula e um hilo central • Néfron – Unida de funcional • No Córtex: Glomérulo e Túbulo Proximal e Túbulo Distal; • Na Medula: Alça de Henle e dutos coletores Fisiologia renal Fluxo sanguíneo renal: 1200 mL/minuto Filtração de sangue : Água, sódio, cloreto, potássio, aminoácidos, bicarbonato e glicose Reabsorção: Uréia; Creatinina Excreção: Controla a produção de hemácias ; Anemia Filtração Glomerular: o sangue passa pelo rim, mais especificamente no glomérulo – Nesta filtração, não passam moléculas grandes como proteínas e lipídeos -> filtrado glomerular Reabsorção tubular – Dentro do túbulo para o Capilar. – Função: recuperar as moléculas que foram filtradas, mas são essenciais ao organismo e devem retornar para a circulação (glicose), além de água. Secreção tubular – Do capilar para o túbulo. – Função: remover moléculas que precisam ser eliminadas, mas não são filtradas. Formação da urina: – 1- Fluxo sanguíneo Renal – 2 - Filtração Glomerular – 3 - Reabsorção tubular –Dentro do túbulo para o Capilar – 4 – Secreção tubular – Do capilar para o túbulo • Filtradas e completamente reabsorvidas: glicose e aminoácidos • Filtrada e parcialmente reabsorvida: ureia • Filtrada e parte reabsorvida e secretada: ácido úrico • Filtrada e não reabsorvida: creatinina ADH (Hormônio Antidiurético vasopressina) – Hipotálamo –> Neurohipófise – Atua no Túbulo Distal e Ducto Coletor – Reabsorção da água – Estimulado pelo aumento da osmolaridade plasmática – Supressão: Álcool – Deficiência na produção: diabetes insipido Função renal • Excretora – Compostos nitrogenados – Produtos finais de metabolismo celular – Substâncias estranhas – Avaliação de função excretora: • Ureia • Creatinina • Ácido úrico Ureia • Principal produto nitrogenado do catabolismo proteico • Formada no fígado (hepatopatia grave-> HIPOUREMIA) • Filtrada nos glomérulos • Mais de 90 % da ureia formada é eliminada (pequena parte é reabsorvida) • Afetado por dieta proteica e teor do catabolismo proteico do paciente (menos específica) • Vantagem sobre a creatinina – Detecta alteração renal mais precocemente Determinação de ureia sérica: – Jejum: não necessário – Amostra: soro, plasma, urina – Estável por 12h entre 15-30 °C e por vários dias entre 2-8 °C VR em adultos: 15 a 39 mg/dL Ácido úrico • Produto final do catabolismo das purinas (adenina e guanina) • Formado principalmente no fígado • Plasma: urato monossódico (cristais) • Excreção: urina (70 %) e fezes • O teor de ac. úrico aumentado: dieta rica em purina; obesidade • Doença hiperuricemia (Gota): deposição de cristais de uratos nas articulações. Determinação do ácido úrico sérico – Jejum: não necessário – Amostras: soro, plasma e urina – Estável por 3 a 5 dias sob refrigeração e 6 meses a - 20 °C Cistatina C • É uma proteína produzida por todas células nucleadas • Filtrada no glomérulo • Reabsorvida nos túbulos proximais e catabolizada, não retornando para o plasma • Metabolismo comprometido (↑ urina) = comprometimento tubular. • Em pequenas quantidades no plasma • Marcador indireto ganhando aceitação mundial • Custo elevado • Nível sérico não difere em homens e mulheres • Não varia com a idade • VR: 0,62 - 1,11 mg/L Creatinina · Sintetizada no fígado, levada aos músculos · Formada nos músculos a partir da degradação de Creatina na contração muscular • A creatinina: – Não é reutilizada no metabolismo corporal (produto residual); • Liberada no plasma e excretada nos rins – taxa constante • Proporcional a massa muscular e não afetada pela dieta (exceto excesso de carne) – Filtrada pelo glomérulo – Não é reabsorvida – Pequena secreção no túbulo contorcido proximal – Utilidade clínica - valores altos: função renal anormal (principalmente filtração) – Níveis de creatinina muitas vezes não ultrapassam os limites de referência até que 50 - 70% da função renal esteja comprometida • Determinação da Creatinina – Concentração plasmática depende quase totalmente da filtração glomerular – Paciente: • Evitar exercício excessivo 8 h antes • Evitar a ingestão de carne vermelha em excesso durante 24 h antes Amostras utilizadas: Soro ou plasma sanguíneo e urina de 24h (estável por 7 dias entre 2 - 8 °C) – Vantagem em relação a ureia: independência relativa a dieta, grau de hidratação e metabolismo proteico. Função renal • Filtração – Passagem de líquido plasmático, através de uma membrana filtrante, para o espaço de Bowman. – Volume de sangue filtrado por minuto: TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR; – TFG: índice utilizado para avaliar o nível da função renal global. Varia com: idade, sexo e tamanho corporal. Função renal • Filtração – Importância de se medir TFG • Monitorar progressão da doença; • 120 ml/min para homens; • 100 ml/mil para mulheres; • Redução – Insuficiência renal; Função renal – TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR • Avalia a capacidade dos rins em depurar (retirar) uma substancia filtrável do sangue • A depuração é definida como a quantidade de sangue ou plasma completamente liberada desta substância, por unidade de tempo, através da filtração renal. • Portanto, a substância analisada não deve fazer parte das que são reabsorvidas ou secretadas pelos túbulos; • Padrão ouro – Inulina – Dispendioso; • Filtração – Inulina • Polímero de frutose • Não é uma substancia constituinte do organismo • Não é reabsorvida ou secretada pelos túbulos renais. É apenas excretada • É injetada via intravenosa durante o período do exame • Não é usada na rotina Qual seria o marcador utilizado na rotina??? - TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR Depuração da creatinina endógena (DCE): Clearance de creatinina – Urina de 24 horas – Quanto menor os valores encontrados no exame, maior é o grau de insuficiência renal e maior a concentração de creatinina no sangue. – Medição do volume urinário de 24 h – Quantidade de creatinina excretada (mg/dL) – Dosagem de creatinina plasmática 𝐶𝑙𝑒𝑎𝑟𝑎𝑛𝑐𝑒 = 𝑈 𝑥 𝑉 / 𝑆 × 1440 U = creatinina na urina (mg/dL) V = volume urinário/24 h (mL) S = creatinina no soro (mg/dL) 1440 (24 h x 60 min) min. Exemplo 1 Calcular o clearance de creatinina: • U = 80 mg/dL • V = 1000 mL • S = 2 mg/dL 𝐶𝑙𝑒𝑎𝑟𝑎𝑛𝑐𝑒 = 80 × 1000/ 2 × 1440 𝐶𝑙𝑒𝑎𝑟𝑎𝑛𝑐𝑒 = 27,78 mL/min VR: CRIANÇAS: DE 70 A 140 mL/min/1,73m2 HOMENS : DE 85 A 125 mL/min/1,73m2 MULHERES: DE 75 A 115 mL/min/1,73m2 Função tubular • Eletrólitos – Na+ (LEC) – K+ (LIC) – Cl-(LEC) Azotemia • Alteração bioquímica caracterizada pela presença de altas concentrações de produtos nitrogenados, como ureia, creatinina, ácido úrico, no sangue • Podem interferir na taxa de filtração glomerular e, consequentemente, levar a danos progressivos e possivelmente definitivos aos rins. – Pré-renal – Renal – Pós-renal Azotemia Pré-renal • Redução do volume efetivo de sangue arterial • Situações que diminuem o volume sanguíneo, diminuindo a chegada de sangue nos rins, diminuindo a filtração glomerular. – Insuficiência cardíaca – Desidratação – Hemorragia Azotemia Renal • Filtração diminuída e compostos nitrogenados elevados devido a insuficiência resultante de lesões nos vasos sanguíneos renais, nos glomérulos, nos túbulos ou no interstício. • Insuficiência Renal – Causas: • Agressões tóxicas, imunológicas, inflamatórias • Necrose tubular aguda Doenças Renais: Insuficiência Renal aguda (IRA) • Estados clínicos associados ao declínio súbito da capacidade renal • Aumento inicia de Ureia • Infecções • Toxicidade por drogas • Reversível Doenças Renais: Insuficiência renal Crônica (IRC) • Lesão renal ou nível reduzido da função renal por mais de 3 meses; • Anormalidades estruturais ou funcionais dos rins. • Os valores de creatinina e ureia são elevados no sangue de pacientes com suspeita de insuficiênciarenal crônica. Doenças Renais: Glomerulonefrites • Alterações inflamatórias nos rins; • Causas: complicação tardia de infeções por Streptococcus β-hemolítico, genética, Autoimune. – Hematúria – Oligúria – Proteinúria – Azotemia Doenças Renais: Síndrome nefrótica • Glomerulonefropatia (alteração na permeabilidade dos glomérulos) –Nefropatia diabética –Proteinúria maciça com hipoalbuminemia –Edema –A proteinúria maciça é critério diferencial para síndrome nefrótica Azotemia Pós-renal • Obstrução do trato urinário superior e inferior – Reabsorção da ureia para a circulação – Causas: • Obstrução uretral ou na saída da bexiga: – Cálculos, coágulos, tumores na bexiga, hipertrofia prostática Ou seja, Pré-renal: Insuficiência cardíaca; Desidratação; Queimaduras; Choque hipovolêmico Renal: IRA / IRC; Necrose Tubular Aguda; Glomerulonefrite; Síndrome nefrótica Pós-renal: Cálculos renais; Tumores; Hiperplasia prostática; Estreitamento uretral
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