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MODELO IMPUGNAÇÃO Á CONTESTAÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA 
DA COMARCA DE CIDADE – ESTADO 
 
 
 
 
 
Autos nº: XXXXXXXXXXXXXXXXXX 
 
 
 
 
 
 
 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, devidamente qualificado nos 
autos, vem por intermédio de seu advogado devidamente constituído nos autos 
da ação em epígrafe, com todo acatamento e respeito à presença de Vossa 
Excelência, apresentar: 
 
IMPUGNAÇÃO Á CONTESTAÇÃO CUMULADA COM RESPOSTA A 
RECONVENÇÃO 
 
Que se reporta em esclarecer os fatos aduzidos em sede de 
contestação pelo requerido com base nos fundamentos fáticos e jurídicos 
abaixo aduzidos. 
 
1. DA TEMPESTIVIDADE DA PRESENTE IMPUGNAÇÃO 
 
A apresentação de Impugnação à contestação está sujeita a prazo 
de 15 (quinze) dias. Para a Fazenda Pública, tal prazo deve ser contado em 
dobro (30 dias), segundo art. 183 do CPC. 
 
2. DOS FATOS 
A XXXXXXXXXXXXXXXXXXX querela judicialmente contra a 
Empresa requerida, requerendo, inclusive liminarmente, a remoção e 
realocação de postes instalados na via pública, a fim de viabilizar a execução de 
obra de alargamento e pavimentação da Avenida XXXXXXXXXXXXXXXXXX 
naquele município. 
Em decisão de cognição sumária, este juízo resolveu por bem, 
indeferir o pedido liminar, porém, após pedido de reconsideração recebido como 
se aditamento da inicial fosse, e sem antes ouvir a parte Ré, deferiu este Juízo 
o pedido liminar do autor. 
Em contestação a ré alega a inexistência de violação a direito ou 
mesmo ameaça a violação, má-fé do município Autor, além de apresentar 
reconvenção visando compelir o Município a arcar com os custos referentes ao 
deslocamento dos postes. 
Em síntese, o necessário. 
 
3. DO MÉRITO – DA OBRIGAÇÃO DE FAZER 
 
Conforme narrado, o Autor tentou obter o cumprimento da obrigação 
por parte do Réu inúmeras vezes, e o mesmo não o fez, sendo necessária a 
intervenção Estatal para que fosse determinada os deslocamentos dos postes e 
estais. 
Considerando ainda que não se trata de melhoria estética ou por mera 
conveniência, tem-se por inequívoca que a presente situação não se enquadra 
nas hipóteses de custeio pelo usuário previstas nos arts. 44, III e art. 102, XII e 
XIII da Resolução 414/10 da ANEEL, cabendo a concessionária arcar com os 
custos dos deslocamentos dos postes. 
 
4. DA RESPOSTA A RECONVENÇÃO 
 
Compulsando os autos, verifica-se que não assiste razão a parte 
Contestante/Reconvinte. Explico. 
Depreende-se dos autos que a ré exigir contraprestação da autora 
para execução do serviço de deslocamento dos postes e estais. Ocorre que a 
responsabilidade pelo custo das necessárias realocações dos postes de energia 
elétrica é da concessionária de energia, pois afeta ao serviço público do qual 
detém a concessão. 
A concessionária de energia elétrica é beneficiária dos lucros 
auferidos pela transmissão e distribuição da energia, sendo responsável pelos 
riscos e encargos inerentes à atividade desenvolvida, neles incluídos a 
realocação de postes e equipamentos da rede, diante da obrigação 
constitucional de manter um serviço adequado (CF, art. 175): 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, 
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre 
através de licitação, a prestação de serviços públicos. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre: 
[...] IV - a obrigação de manter serviço adequado. 
Nesse contexto, a Lei nº 8.987/95, que dispôs sobre o regime de 
concessão e permissão da prestação de serviços públicos previstas no art. 175 
da Constituição Federal, disciplinou: 
Art. 1º As concessões de serviços públicos e de obras 
públicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos 
termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas 
legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos. 
 Art. 6º Toda concessão ou permissão pressupõe a 
prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, 
conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no 
respectivo contrato. 
§ 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de 
regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, 
generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. 
Não há que se falar, portanto, em responsabilidade do Município, a 
quem cabe estritamente a execução de obras de melhoria e expansão da 
rodovia, em gerir as instalações da concessionária de energia elétrica, uma vez 
que é desta última a obrigação de manutenção da rede de distribuição que se 
efetua como contraprestação pela utilização do espaço público. 
Com efeito, o remanejamento dos postes de energia decorre das 
obras pavimentação de rodovia, presente o interesse público que deve 
preponderar sobre o interesse privado, decorrendo da obra alargamento e 
pavimentação da rodovia benefício maior a toda coletividade 
Nesse sentido é a jurisprudência: 
DOMÍNIO PÚBLICO – Realocação de postes de 
transmissão de energia elétrica – As despesas decorrentes da 
realocação incumbem à concessionária responsável pelo 
fornecimento de energia elétrica – Lei Federal n . 8.987/95 que 
revogou o Decreto Federal n . 84.398/80, no que se refere à 
responsabilidade pelas custas da realocação dos postes de 
transmissão de energia – Supremacia do interesse público – 
Obras realizadas pelo Departamento de Estradas e Rodagens 
(DER) que não são de interesse próprio, mas sim, da coletividade – 
Sentença mantida – Recurso improvido (Tribunal de Justiça de São 
Paulo TJ-SP - Apelação Cível : AC 1035030- 04.2018.8.26.0114 SP). 
(Grifo Nosso) 
 
APELAÇÃO – AÇÃO ORDINÁRIA – RESSARCIMENTO 
– CUSTEIO PARA REMANEJAMENTO DE REDE ELÉTRICA E 
RECOLOCAÇÃO DOS POSTES EM FAIXA DE DOMÍNIO PÚBLICO – 
IMPLANTAÇÃO DE ROTATÓRIAS EM RODOVIA. Pretensão de 
compelir a concessionária de energia elétrica a ressarcir os custos 
auferidos pela autarquia estadual (DER) pela recolocação dos postes 
de energia elétrica e demais equipamentos, localizados em faixa de 
domínio de rodovia, por ocasião de implantação de duas rotatórias em 
rodovia. Sentença de procedência. RESPONSABILIDADE DA 
CONCESSIONÁRIA – Concessionária de energia elétrica é 
responsável pela remoção dos postes que se encontram nas 
margens da rodovia em que foram implantadas duas rotatórias – 
Despesas que devem ser arcadas pela própria concessionária 
naquilo que diz respeito à sua área de exploração – Pretensão de 
contrapartida pecuniária – Inadmissibilidade. A concessionária de 
energia elétrica é beneficiária dos lucros auferidos pela 
transmissão e distribuição da energia, sendo responsável pelos 
riscos e encargos inerentes à atividade desenvolvida, neles 
incluídos a realocação de postes e equipamentos da rede, diante 
da obrigação constitucional de manutenção de serviço adequado 
(CF, art. 175). Inexistência de interesse próprio da autarquia 
estadual responsável pela administração da rodovia, mas sim, da 
coletividade. Decisão mantida. Recurso não provido (Tribunal de 
Justiça de São Paulo TJ-SP - Apelação Cível : AC 1039955-
43.2018.8.26.0114). (Grifo Nosso). 
Diante das vicissitudes fáticas, observa-se não ser aplicável os art. 
44, inciso VII, art. 102, incisos XIII e XIV, da resolução nº 414/2010 da ANEEL, 
invocados pelo Reconvinte, pois transpor para o requerente o ônus de arcar com 
as despesas provenientes da remoção do citado poste, não seria medida 
razoável e proporcional. 
Ademais, quanto ao argumento da concessionaria de que a instalação 
do poste tenha ocorrido antes da construção da referida rodovia, não afasta por 
si a sua reponsabilidade de readequá-la, quando patente, ainda que 
superveniente, a falha na prestação dos seus serviços, configurada pela 
restrição ao exercício e não regular de aproveitamento da propriedade do 
administrado. 
Em razão disso, não há discussão sobre a obrigação da requerida em 
custear a remoção ou remanejamento de sua própria infraestrutura. Consoante 
pode-se observar das provascarreadas aos autos, resta clara a interferência da 
localização dos postes na via pública, prejudicando o tráfego e, em 
consequência, a locomoção dos transeuntes, ocasionando ainda a diminuição 
do espaço disponível para ampliação e extensão da avenida, obstaculizando as 
obras de infraestrutura pretendidas pelo Município. 
 
5. DO PEDIDO 
 
À conta de tais argumentos, espera o requerente que sejam afastadas 
as alegações da parte requerida em contestação e reconvenção e, no 
mérito, julgado procedente o pedido inicial em todos os seus termos. 
Termos em que, 
Pede e aguarda Deferimento. 
Local/Data 
 
 
 
 
ADVOGADO 
OAB

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