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Anexos Embrionários: Funções e Importância

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PBL
1. Identificar anexos embrionários
Existem quatro tipos principais de anexos embrionários: o saco vitelínico, o âmnio, o alantoide e o cório. Estas estruturas se formam a partir dos folhetos embrionários ectoderma, endoderma e mesoderma.
É importante ressaltar que eles surgem durante a gestação, mas não fazem exatamente parte do embrião. Por esse motivo também que são chamados de estruturas extraembrionárias e elas desaparecem com o nascimento. Porém mesmo sendo chamados de anexos embrionários, ou seja, não fazendo parte propriamente dito do embrião a parte dorsal do saco vitelínico será incorporada e formará o revestimento epitelial do intestino e o alantoide na sua porção intra embrionária está relacionado com a bexiga.
Têm a função de auxiliar o desenvolvimento do embrião. Isso é feito mediante a cedência de nutrientes, da proteção e da troca entre o embrião e o meio externo através do corpo materno (respiração e excreção).
Vesícula Vitelina (ou saco vitelínico)
A vesícula vitelina, também conhecida como saco vitelínico ou saco vitelino é o primeiro anexo que é formado. A vesícula vitelínica é crucial para a boa formação do embrião durante as primeiras semanas de gravidez. 
Apresenta aspecto de uma bolsa e surge do endoderma. Além do endoderma, a mesoderma também participa da sua formação, uma vez que a mesoderma reveste a endoderma.
Pelo fato de surgir do endoderma, que é o folheto embrionário que forma alguns órgãos do sistema digestório, a vesícula vitelina está ligada ao intestino do embrião.
Dentro dela está o vitelo, que são os nutrientes que alimentam o embrião. A função da vesícula vitelina é, portanto, nutrir o embrião.
Esse anexo embrionário é muito importante na nutrição das aves, dos peixes e dos répteis. Nos mamíferos, sua função é reduzida, pelo fato de que nesses casos é a placenta que assume esse papel.
Como se forma?
Com a fecundação do óvulo e a formação de um novo núcleo de células, o zigoto vai em direção ao útero. No caminho, a multiplicação celular se dá de forma rápida, se dividindo cada vez mais e mais. Ao chegar à cavidade uterina, o maço celular recém-formado, se divide novamente, desta vez em 2 partes.
Uma delas será o bebê, e a outra parte será o suporte que essa nova vida terá durante a gravidez. A segunda parte se fixará no útero, se acomodará e criará uma espécie de raiz para retirar do endométrio, todo sangue necessário para vascularização inicial do bebê.
A implantação é uma fase delicada e pode causar dores fracas e até sangramento à mulher, porém, também é possível que não sinta nada anormal. Quando a implantação acontece, o desenvolvimento acelera. O que será o bebê começa a se formar de forma acelerada, se tornando um tubo neural. Enquanto isso a outra parte se torna uma espécie de balão, a vesícula vitelina.
O que ela faz?
Assim como a placenta, a vesícula vitelina dá suporte de oxigênio, nutrientes e sangue ao embrião, mas com uma diferença, ela é temporária até que a placenta consiga atingir tamanho e maturidade para assumir seu papel na gravidez. Estimulada pelo hormônio HCG (Hormônio Coriônico Gonadotrófico).
É possível ver a vesícula em ultrassons a partir de 5 semanas, em conjunto com o saco gestacional. O tamanho da vesícula vitelina é muito superior ao do bebê nesta fase, por isso é possível não ver o bebê, mas somente ela no primeiro exame. Conforme avançam as semanas, o bebê supera o tamanho da vesícula e aí, ficará aparente no exame de ultrassom.
Até Quando a Vesícula Vitelina Fica Ativa?
Por regra, a vesícula vitelina fica ativa até por volta de 10 semanas de gravidez, um pouco antes ou depois. Isso porque a placenta deve estar do tamanho certo e com o aspecto ideal para assumir a sua função 100%. Logo após a placenta assumir a nutrição do bebê, a vesícula fica inutilizada e murchará com o passar dos dias. Não é necessário se preocupar com a vesícula após a função da placenta se iniciar, ela sumirá rapidamente sem o suporte de vascularização que era constante, cessar.
Problemas Com a Vesícula Vitelina
Em alguns estudos acadêmicos foram identificadas algumas anormalidades com a vesícula vitelina. E infelizmente, muitas estão associadas com o óbito embrionário precoce. 
É possível que algumas anormalidades sejam detectadas no primeiro exame de ultrassom. Um deles é o aumento do tamanho da vesícula vitelina chamada de hidrópica e se o aspecto da vesícula vitelina for pequeno é chamada de hiperecoica. Caso ela se apresente de um tamanho maior que o esperado (entre 3 e 5mm na 6 semana), pode haver algum problema com desenvolvimento do feto. 
Porém, não é uma regra, apenas uma possibilidade a qual, o médico deve investigar dentro de alguns dias com um novo exame de imagem. Normalmente a vesícula é maior que o embrião, porém não poderá ultrapassar demais o limite de tamanho de 1 para 2, ou seja, não poderá ser mais do que 2 vezes maior que o bebê em fase inicial. Caso isso aconteça, é preciso investigar o que está acontecendo, se há um estímulo demasiado de hormônios ou se há algum problema genético de má formação fetal.
A ausência da imagem da vesícula vitelina em saco gestacional igual ou superior a 10 mm de diâmetro médio ou a ausência de vesícula vitelina e embrião em saco gestacional com diâmetro igual ou superior a 16 mm caracterizam a gestação anembrionada.
Alantoide
O alantoide é um anexo embrionário membranoso com morfologia tubular, formado a partir de uma expansão da porção caudal do saco vitelínico, cuja função principal é armazenar as excreções dos embriões até o nascimento e também como órgão respiratório do embrião. O alantoide é uma bolsa que surge do endoderma. Logo, seu exterior é revestido de mesoderma e, tal como a vesícula vitelina, está ligado ao intestino do embrião.
Em mamíferos, apresenta-se pouco desenvolvido, uma vez que a placenta é responsável por desempenhar o papel dessa estrutura.
Âmnio
O âmnio tem o aspecto de uma bolsa e envolve todo o embrião. Surge do ectoderma e do mesoderma. Ele delimita a chamada cavidade amniótica, a qual apresenta em seu interior o líquido amniótico que estudos relatam que tem origem materna sendo composta pela água vinda do corpo da mãe.  
Quando a gente fala de liquido amniótico a gente lembra daquela frase: A bolsa estourou! Aos nove meses de gestação, são essas palavras que a mãe mais deseja falar e o pai não vê a hora de escutar. O grande responsável por alertar à mulher que o bebê está chegando é o líquido amniótico que, sem aviso, sai em grande quantidade, molhando tudo o que encontra pelo caminho.
Mas muito antes de anunciar a boa notícia aos pais, ele cumpre um papel essencial para o crescimento do bebê. A substância permite que o feto faça seus primeiros movimentos, como se nadasse em uma piscina morna e acolhedora. Sem essa atividade, ele ficaria limitado pelas paredes do útero e não seria possível desenvolver ossos e músculos. Mantém a temperatura constante dentro do útero em 37º5C e protege o bebê de infecções.
Após a 20ª semana, quando o feto desenvolve os rins, começa uma interação mais direta com o líquido amniótico. O bebe inspira e expira e também engole e o elimina esse liquido por meio da urina. Por mais estranho que pareça, esse processo é completamente saudável, porque estimula o desenvolvimento dos sistemas pulmonar e digestivo. Nessa fase, a substância está em constante renovação e passa a ser constituída principalmente pela urina do bebe, mas também apresenta uma pequena concentração de nutrientes, hormônios e anticorpos.
Voltando lá para a ruptura da bolsa, algumas gestantes relatam ouvir um leve som de “ploc”. Quando isso acontece, não há motivo para correria, já que o parto normal pode ocorrer em até 48 horas. Antes de ir para a maternidade, é recomendado que a futura mãe coloque um absorvente noturno (daqueles maiores), para que os médicos possam avaliar a cor da substância. Sim, ela mostra muito sobre o andamento do parto e até alguns cuidados que o bebê precisa ter ao nascer.
POSSÍVEIS PROBLEMAS DO LÍQUIDO AMNIÓTICO
Alterações na quantidade da substânciainterferem diretamente no desenvolvimento do bebê. entenda:
OLIGODRÂMNIO
O que é: falta de líquido.
Prevalência: cerca de 5,5% das gestações.
Causas: gestante com hipertensão não tratada, problemas na placenta ou feto com anomalias digestivas e urinárias.
Como resolver: quando há doença associada, é preciso tratá-la. Demais situações requerem que a grávida tome bastante água (mais de dois litros ao dia). Em casos graves, os médicos costumam optar pelo parto antes do tempo previsto.
Consequências: o bebê pode ter deformidades nas mãos e nos pés, além de má-formação dos pulmões.
Quem passou pela situação: “No primeiro trimestre, descobri no ultrassom que estava com apenas 20% da quantidade ideal de líquido. Fiquei muito enjoada na gravidez e vomitei bastante. Estava desidratada. O médico recomendou tomar quatro litros por dia de água, suco e soro com sabor. Senti contrações antes do tempo e o obstetra me internou, com 33 semanas, para prosseguir com a gestação. Fiquei de repouso absoluto. Após oito dias, o ritmo cardíaco da minha filha caiu e foi feita uma cesárea de emergência. Ela passou 11 dias na UTI, mas não carrega sequelas.” (Adriana Muñoz, dona de casa, mãe de Valéria, 2 anos e 7 meses).
A cavidade amniótica é formada no final da primeira semana formando uma bolsa em cima do disco embrionário cujo o assoalho é o próprio ectoderma. A cavidade é formada por epitélio pavimentoso simples e revestida externamente pelo mesoderma. Esse mesoderma forma um pedúnculo embrionário entre a bolsa amniótica e o córion que vai formar o futuro cordão umbilical. Com o desenvolvimento gradativo do embrião, o âmnio ocupará toda a cavidade celômica extraembrionária fundindo-se com o córion. 
A principal função do âmnio é garantir a hidratação e a proteção do embrião. Além de hidratar, ele absorve o impacto de choques mecânicos e resguarda o embrião para que ele não sofra deformações denominada por “aderência”.
Os animais que possuem essa estrutura são chamados de amniotas, e os que não possuem, de anamniotas. Como exemplo de não amniotas, podemos citar os vertebrados aquáticos, como peixes cartilaginosos e anfíbios. De uma forma geral podemos perceber, portanto, que animais amniotas são, em sua grande maioria, vertebrados terrestres, enquanto os não amniotas são vertebrados aquáticos.
Cório – vai orginar a placenta
Cório, córion ou serosa é o anexo embrionário que se localiza na parte mais exterior do embrião. É uma membrana que envolve todos os anexos embrionários e que surge da ectoderma e da mesoderma. Tem duas funções principais: proteger o embrião e nutrir o embrião.
Protege o embrião através da produção de um fluido conhecido como fluido coriônico, que se encontra na cavidade coriônica, que é o espaço entre o córion e o âmnio e protege o embrião absorvendo o choque proveniente de forças como o movimento. Já para nutrir o embrião, o córion desenvolve vilosidades, que são extensões que passam através do endométrio e eventualmente se conectam com os vasos sanguíneos da mãe. Poranto O córion é uma membrana bastante vascularizada. O embrião humano liga-se ao córion por uma estrutura precursora do cordão umbilical.
Além de nutrir e proteger o embrião ,a função do cório tamém é promover as trocas gasosas, ou seja, garantir a respiração do embrião. Além disso, , no caso dos mamíferos, forma a placenta como eu já havia dito.
Placenta
A placenta também é um anexo embrionário, sendo formada normalmente pela interação entre o cório e o alantoide. Sua função principal é estabelecer a troca de substâncias entre a mãe e o bebe, possuindo, portanto, a função de nutrição, respiração e excreção. Além disso, a placenta também está relacionada com a produção de vários hormônios durante a gravidez. 
E aí, lá pela segunda semana de gestação, as células que formarão a placenta já começam a grudar na parede do útero, e com o passar das semanas ela vai se aperfeiçoar porque ao longo da gravidez será através dela que o corpo da mãe vai mandar oxigênio, nutrientes e hormônios para o bebê e ao mesmo tempo vai eliminar toda substância que o bebê não precisa mais. Porém essa troca só vai ser possível lá pelo primeiro mês de gestação, que é quando o saco vitelínico não vai mais ter função.
Pontos importantes: 
Placenta é formada por projeções (vilos) 
Vasos sanguíneos vindos do embrião via cordão umbilical se projetam nas vilosidades.
Nos vilos uma membrana fina separa o sangue materno do fetal mas permite trocas
Principais etapas na formação da Placenta 
• 1a Etapa – Pré-lacunar (7 o-8o dia) Formada a partir do trofoblasto 
• 2a Etapa – Lacunar (9o-12o dia) Formam-se as lacunas trofoblásticas entre as vilosidades do trofoblasto 
• 3a Etapa – Vilosa (13o dia ao final do 4omês) Aparecimento das vilosidades primárias que irão se transformar em vilosidades secundárias e terciárias
Estrutura Geral da Placenta
 Placenta ao termo se apresenta como uma formação carnular, redonda ou oval com a largura máxima de 15-20 cm. 
Normalmente apresenta-se como uma formação única, raramente ela pode ser formada de 2 ou mais lóbulos (a placenta bi ou poli-lobulada) 
Outras vezes ela pode ser constituída de uma formação central, com vários lóbulos que podem ser retidos durante a delivrencia. 
O peso é de 500-600 gramas, representando 1/6 do peso do feto. A forma é discoidal, espesso no centro, de 2-3 cm e afina na direção periférica
O sistema circulatório fetal é composto de duas artérias umbilicais e uma veia umbilical. Sendo: AS ARTÉRIAS umbilicais transportam o sangue do feto á mãe. A VEIA umbilical traz o sangue com O2 e nutrientes da mãe para o feto.
Funções Endócrinas da Placenta 
Esteróides:
 Progesterona, Estrógeno
Hormônios polipeptídeos: 
Gonadotrofina coriônica, Lactogênio placentário 
Peptídeos hormonais: Exs.: Ocitocina, vasopressina 
Polipetídeos não-hormonais – 30 peptídeos associados a gestação
Cordão umbilical
Também são anexos embrionários, quando o embrião ele completa cerca de um mês, vasos sanguíneos saem dele e encontram a placenta que está se formando grudadinha no útero. 
No cordão umbilical pode ser visualizado como um tipo especial de tecido chamado de tecido conjuntivo mucoso ou geléia de Wharton. Esse tecido é caracterizado por ser formado por substância fundamental amorfa, contendo glicosaminoglicanas, proteoglicanas, e, sobretudo, ácido hialurônico. 
As fibras colágenas predominam sobre os outros tipos e os fibroblastos podem ser identificados. Pronto, o cordão umbilical foi formado. Por fora ele tem uma textura gelatinosa, mas bem resistente e flexível, por dentro duas veias e uma artéria serão responsáveis pelas trocas de nutrientes e substâncias necessárias enviadas pela mãe e descartadas pelo bebê
2. Compreender Implantação
O termo nidação refere-se ao momento de implantação de um embrião  na parede uterina que ocorre durante a blástula. 
Como o processo de deslocamento do embrião das trompas uterinas (onde ocorreu a fertilização) até o útero pode demorar cerca de 4 a 15 dias, então a fixação do embrião ocorrerá nesse intervalo de tempo (4° ao 15° dia após a fertilização). Quando o embrião encontrar o endométrio (membrana mucosa que reveste a parede do útero), ele irá liberar enzimas que irão  “digerir” as células endometriais e ao mesmo tempo, é envolvido por outras células em proliferação do endométrio.
Na maioria dos casos, a nidação ocorre na parede posterior do útero, no endométrio. No entanto, qualquer parte do órgão está capacitada para que o concepto tenha um bom desenvolvimento. Apenas a parte inferior do útero (próxima ao óstio interno), é um local muito perigoso, resultando em uma placenta prévia, possível de causar grave hemorragia durante a gestação ou mesmo, no momento do parto, podendo levar o feto à morte, devido à falta de oxigenação. 
Após todo esse processo, o próprio embrião passa a produzir HCG (Hormônio Coriônico Gonadotrófico) que irá impedir a regressão do corpo amarelo, mantendo assim a produção de estrógeno e progesterona.
Pode ocorrer o sangramento de alguns vasos para a luz uterina durantea implantação do embrião. Este sangramento coincide com o período menstrual esperado, sendo assim, a mulher pode ficar confusa quanto à data de início de sua gravidez. Além do sangramento, podem ocorrer também cólicas leves, ou ainda um corrimento de coloração escura ou amarelada.
Após a nidação, tem início a formação das estruturas embrionárias, como: placenta, cordão umbilical e saco amniótico e após a 5° semana de gestação, a placenta começa a produzir estrógeno e progesterona para manter o endométrio, pondo fim à produção de HCG, e em consequência, há a regressão do corpo amarelo.
Como Auxiliar a Fixação do Embrião
Mas agora visando ajudar as mulheres que sofrem com abortos e gravidez de risco, existe alguma forma de auxiliar na fixação e implantação do embrião? E a resposta é sim, porém é uma junção de diversos fatores para que tudo ocorra da forma esperada.
A união de bons óvulos com bons espermatozoides é que resultarão em bons embriões e quanto mais jovem os óvulos e espermatozoides saudáveis, mais rápido ocorrerá à fecundação.  E isso não só tem a ver com a idade do homem e da mulher, mas sim com seus hábitos diários que influenciarão diretamente na produção dos mesmos.
Mulheres e homens que fumam, ingerem bebidas alcoólicas em grande quantidade e consomem grande quantidade de cafeína podem ter a produção de óvulos e espermatozoides afetados. Por isso adquirir hábitos saudáveis, evitando essas substâncias e tendo uma alimentação saudável e balanceada é o início para os casais tentantes.
A complementação com vitaminas também é indicada para auxiliar no fortalecimento dos óvulos, sendo a vitamina C, D, A, B6 e B12 além do acido fólico essencial para todas as mulheres tentantes. Já para os homens as indicadas são Zinco e as vitaminas C , D e E. Alguns estudos apontam que certos alimentos tem o poder benéfico de ajudar na fixação do embrião no útero, evitando abortos.  Alguns deles são o abacaxi, a gelatina, a água de coco e a folha da framboesa vermelha.
3. Relacionar Problemas na implantação
Para que uma gravidez ocorra, todas as etapas envolvidas no processo devem trabalhar perfeitamente: ovários, trompas e útero tem que fazer seu trabalho de forma correta e ordenada. 
A hipófise também é uma parte importante na implantação porque ela é responsável pela liberação de hormônios essenciais ao processo.
Para que a ovulação seja adequada, é fundamental uma produção bem harmônica de todos os hormônios envolvidos no processo. A hipófise deverá produzir adequadamente os hormônios FSH e LH, enquanto que os ovários devem produzir adequadamente o estradiol e a progesterona.
Porém, de nada adianta uma ovulação adequada e tubas em perfeitas condições se a cavidade uterina não está em condições ideais para a implantação do embrião gerado.
Para a avaliação da cavidade uterina, o exame mais indicado é a histeroscopia. Através desse exame, é possível avaliar se há alguma anomalia que dificulta a implantação. As alterações mais comuns são os miomas submucosos, pólipos endometriais ,sinéquias e endometrite.
A endometrite é a inflamação do endométrio e pode ser consequência de infecções genitais não tratadas.
Outro empecilho é ausência de algumas proteínas do endométrio que auxiliam a implantação do embrião, facilitando esse processo. Através de pesquisas, já foram encontradas mais de 50 proteínas, porém as mais comuns são a Claudina – 4 e LIF  fator inibidor da leucemia ou fator essencial para implantação). Quando encontradas em níveis anormais, a implantação fica prejudicada. Não chega a impossibilitar a implantação, mas reduz as chances de sucesso. Atualmente, esses exames ainda não estão disponíveis para pesquisas de rotina e são indicados em casos selecionados.
A espessura do endométrio é um fator crucial para o sucesso da implantação do embrião. Em casos de endométrio “fino”, principalmente após indução de ovulação, estão indicados o uso de estradiol,o ácido acetil-salísilico, heparina e mais recentemente o sildenafil. Essas medicações devem ser usadas com critérios após avaliação médica.
Outra alteração responsável por diminuição da implantação do embrião no endométrio é a hidrossalpinge, processo inflamatório que dilata as trompas e provoca a formação de conteúdo líquido no seu interior, prejudica o ambiente uterino, dificulta a implantação dos embriões e aumenta a incidência de abortos precoces. A retirada da trompa (salpingectomia) afetada aumenta significativamente as taxas de gravidez, pois o conteúdo que neles existiam e que provavelmente refluiam para o interior do útero impedindo a gravidez, deixa de existir. O diagnóstico de hidrossalpinge pode ser feito pelo ultra-som,e pela videolaparoscopia. A histerossalpingografia evidencia tubas dilatadas e na presença de hidrossalpinge aumenta o risco de infecção após o exame.
Outro motivo pouco conhecido é a dificuldade do embrião se libertar, sair da membrana que o envolve para só então conseguir se fixar no endométrio. Em casos de reprodução assistida como a fertilização in vitro, é possível utilizar uma técnica chamada assisted hatching, que consiste basicamente em fazer um pequeno orifício nessa membrana, facilitando a saída do ovo fecundado.
Enfim, muitos fatores estão envolvidos na implantação do embrião no endométrio e uma avaliação global de cada caso é fundamental para o sucesso do tratamento.
1. Identificar problemas relacionado a placenta e ao cordão umbilical
As principais doenças que afetam a placenta.
De acordo com o médico ginecologista e obstetra Marcos Nakamura, do departamento de Obstetrícia do Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz, as patologias placentárias são: 
· O descolamento de placenta é uma eventualidade grave. Pode ocorrer em qualquer época da gravidez acima da 20ª semana e necessita intervenção urgente para salvar o bebê.
· Ocorre em aproximadamente 1% das gestações, ou em 6,5 para cada 1.000 partos. Existem causas traumáticas (acidentes, por exemplo) e causas não traumáticas. Dentre estas últimas está a hipertensão materna como a principal.
Há dois tipos de descolamento:
Descolamento com hemorragia visível: quando uma quantidade de sangue é expelida pela vagina e há uma forte dor ou contração uterina. Ocorre em aproximadamente 80% dos casos;
Descolamento com hemorragia invisível: quando não há sangramento visível e o único sintoma é uma forte dor ou contração uterina. A operação cesariana de urgência é geralmente indicada e há necessidade de cuidados intensivos da mãe durante e após o parto pelo risco de hemorragia grave. 
Descolamento prematuro de placenta ou Pré-eclâmpsia e eclampsia: são doenças caracterizadas pelo aumento da pressão arterial durante a gravidez, perda de proteína na urina e aumento de peso acima de 500 g por semana, causando riscos para a mãe e para o concepto:  o problema costuma ser diagnosticado no terceiro trimestre de gravidez. Na maioria das vezes, quando o quadro é detectado, é necessário que se faça uma cesariana. Alguns fatores de risco podem desencadear o descolamento além do principal deles que é a hipertensão como: Traumas, como uma batida de carro, por exemplo, também podem ocasionar o problema. O sintoma é sangramento volumoso acompanhado de dor.
Placenta prévia ou placenta baixa: "É quando a placenta se implanta na parte mais baixa do útero,  podendo ocluir o colo do útero". A condição pode atingir diferentes níveis, e um dos principais fatores de risco é a cesariana prévia. "A cicatriz anterior provocaria uma vascularização anômala do útero e isso facilitaria a implantação da placenta naquela localização", explica. O sintoma começa com sangramentos mais leves, que vão aumentando de gravidade. Diagnosticada por meio de ultrassom, a placenta prévia requer, na maioria das vezes, um parto cesáreo.
Acretismo placentário: acontece quando a placenta está aderida à parede do útero. Apesar de ser uma patologia rara, que ocorre em cerca de 0,2% das gestações, quando se somam dois fatores de risco – cesarianas anteriores e placenta prévia – esta probabilidade sobe para 40%. A condição,é grave e as chances de mortalidade chegam a 7%. A cesárea é recomendada e, na maioria das vezes, é realizada a histerectomia (retirada do útero).
ruptura prematura da placenta (abruptio placentae), a placenta se separa da parede uterina prematuramente, causando sangramento do útero e redução do suprimento de oxigênio e nutrientes ao feto. A mulher que tem essa complicação será internada no hospital e o parto possivelmente será antecipado.
Insuficiência placentária: Outro problema que traz riscos para a saúde de mãe e bebê é a insuficiência placentária. Ela acontece quando a placenta fornece menos sangue para o bebê, condição normalmente causada por doenças maternas, como hipertensão e diabetes. Também pode ser causada pelo uso de medicamentos, fumo, drogas e estresse. Quando diagnosticada, a insuficiência placentária exige acompanhamento mais criterioso do obstetra, repouso e dieta específica. Consultas e ultrassons ficam mais frequentes, para acompanhar se o bebê está se desenvolvendo bem.
Retenção da placenta: Quando o bebê nasce, o parto acaba correto? Não! Falta ainda uma etapa importante do processo, o chamado nascimento da placenta. Normalmente é uma fase fácil e rápida, pois acontece logo após o grande esforço de expulsão do bebê no parto normal. Os médicos também ajudam com administração de ocitocina sintética, que ajuda a expulsar a placenta. Mas há casos em que ocorre a retenção da placenta. Caso constate a retenção da placenta, a equipe médica administra novos medicamentos para provocar a expulsão ou faz uso de ferramentas cirúrgicas para retirar manualmente. Pode ser necessário a ingestão de antibióticos para controlar qualquer risco de infecção.
Como saber se estou com problemas na placenta?
Além de cumprir rigorosamente o pré-natal, com consultas e exames, a gestante deve ficar atenta a alguns sintomas que podem indicar problemas na placenta. Consulte seu médico em caso de:
· Sangramento vaginal;
· Dor abdominal;
· Forte dor nas costas;
· Contrações uterinas;
· Acidentes e traumas na região do abdômen.
Problemas relacionados com o cordão umbilical
O cordão umbilical normal apresenta duas artérias e uma veia, entretanto, em alguns indivíduos, pode haver apenas uma artéria em virtude da degeneração da outra ou de sua não formação no início do desenvolvimento. Isso acontece em um a cada 200 bebês. Desses bebês afetados pelo problema, 20% apresentam chance aumentada de apresentar doenças cardíacas ou outros problemas vasculares.
Outra questão relacionada com o cordão umbilical é a “circular de cordão”, a qual pode desencadear problemas no momento do parto. Um cordão de tamanho normal pode enrolar-se pelo pescoço da criança sem causar, no entanto, nenhum problema ao bebê. Entretanto, quando o cordão é muito curto ou está muito enrolado, ele pode dificultar a saída do bebê, podendo causar uma desaceleração da frequência cardíaca fetal. Vale destacar que a circular cervical do cordão pode aparecer na ultrassonografia de rotina e, pela movimentação do feto, pode ser desfeita durante o momento do parto.
O mais comum de observamos é a CIRCULAR DE CORDÃO. 
Nessa situação o cordão umbilical “circula” alguma parte fetal, sendo mais comum de ocorrer no pescoço, mas podemos ver também em mãos, pés, pernas… Na maioria das vezes a circular é frouxa, o que não prejudica em nada o bebê. 
Ela também pode ser momentânea, ou seja, pode estar presente no momento de um ultrassom e não mais no parto e vice e versa.
Essa situação é bastante comum, podendo ocorrer em até 20 a 30 % dos partos. E um estudo foi analisado em um plantão público com uma ocorrência de dez partos normais, sendo dois a três deles haverá a necessidade de retirar uma circular do pescoço do bebê no momento do nascimento. 
Geralmente não traz problema algum, o bebê nasce e a circular é desfeita na sequencia. 
Problema só aconteceria caso esse cordão fosse fortemente comprimido prejudicando a passagem de sangue pelo cordão. Quando isso acontece em geral notamos uma desaceleração dos batimentos cardíacos fetais, pela monitorização que fazemos durante o trabalho de parto, e aí sim pode ser indicado algum tipo de intervenção como a realização da Cesárea.
Uma situação grave, mas felizmente bastante rara, é o NÓ VERDADEIRO DO CORDÃO. 
Nesse caso, o cordão umbilical dá um nó nele mesmo, e se esse for apertado pode interromper o fluxo sanguíneo para o bebê provocando até mesmo o seu óbito. Problemas como esse podem ser mais frequente em Gestações Gemelares, em especial quando os fetos dividem a mesma placenta e a mesma bolsa das águas – tanto que nesses casos está indicada a realização de Parto mais Precocemente. Infelizmente não é possível prevenir os casos de Nós de Cordão, sendo que na maioria das vezes acaba sendo um diagnóstico intra-parto.
Por fim, gostaria de mencionar os casos de PROLAPSO DE CORDÃO. 
Nesses casos o Cordão Umbilical se adianta para a frente do bebê, podendo ser comprimido pela cabeça do feto durante o parto e também provocar falta de oxigenação para o bebe. Essa situação é mais comum nos casos em que temos Excesso de Líquido Amniótico – Polidrâmnio – e quando a bolsa das águas se rompe muito precocemente, sem que o bebê esteja encaixado no canal do parto.
Podemos detectar essa situação durante um exame de toque vaginal, e nesses casos o examinador deverá segurar o pólo cefálico impedindo que ele comprima o cordão, até que seja realizada a Cesárea, em caráter emergencial.
Prolapso do cordão umbilical significa portanto que o cordão precede o bebê através da vagina.
O prolapso do cordão umbilical ocorre em um em cada mil partos. Quando há prolapso do cordão umbilical, o corpo do feto pode colocar pressão sobre o cordão e cortar o seu suprimento de sangue.
Essa complicação incomum pode ser evidente (clara) ou não (oculta).
Prolapso claro
As membranas se romperam e o cordão umbilical sai para a vagina antes do bebê. O prolapso claro ocorre em geral quando o bebê sai com as nádegas (apresentação pélvica) ou os pés primeiro. Mas também pode ocorrer quando o bebê se apresenta de cabeça, sobretudo se as membranas tiverem sofrido ruptura prematura ou se o feto não tiver descido para a pelve da mulher. Se o feto não tiver descido, o derrame de líquido provocado pela ruptura das membranas pode deslocar o cordão para fora antes do feto.
Se houver prolapso do cordão, um parto por cesariana tem de ser feito imediatamente para evitar que o suprimento de sangue para o feto seja cortado. Até o início da cirurgia, um enfermeiro ou médico mantêm o corpo do feto longe do cordão para que o fornecimento de sangue através do cordão deslocado não seja interrompido.
Prolapso oculto
As membranas estão intactas e o cordão está situado em frente ou próximo do feto ou preso na frente do ombro do feto.
Geralmente, o prolapso oculto pode ser identificado por um padrão anormal na frequência cardíaca do feto. Mudar a posição da mulher costuma corrigir o problema. Às vezes, um parto por cesariana é necessário.
Pois bem, de modo geral gostaria de dizer que o Cordão Umbilical poucas vezes nos traz preocupações. Mas que quando isso ocorre muitas vezes temos que agir prontamente. O ideal é sempre manter as consultas de Pré Natal em dia e realizar um bom acompanhamento do Trabalho de Parto.
Artéria umbilical única
Essa anomalia acontece quando o cordão que liga o feto à placenta conta com apenas dois vasos ao invés de três. Não se sabe ao certo o que está por trás da AUU. “Acredita-se que as causas sejam multifatoriais”. Na maior parte das vezes, o que acontece é que uma das artérias nem chega a nascer ou ocorre uma atrofia e ela para de se desenvolver durante a gravidez. Essa anomalia pode ser um sinal para complicações no desenvolvimento do bebê dentro da barriga. As síndromes cromossômicas – como a de Down e a de Edwards – são algumas delas. “Em 18% dos casos de síndrome pode haver associação com a artéria umbilical única”, estima Milani. Outros problemas relacionados são alterações em órgãos fetais. “As mais frequentes são as cardíacas, asmusculoesqueléticas, as do trato gastrointestinal e as dos sistemas genital e urinário”.
Mas calma: antes de entrar em pânico, saiba que o mais comum é que a AUU não esteja ligada a nenhuma dessas condições. Nesse caso, ela é classificada como isolada.
Mas a estimativa mais aceita pelos especialistas é que ela ocorra em 0,5 a 1% das gestações únicas. No caso das mulheres que esperam gêmeos, essa taxa sobe para 5%.
Curiosidade: Você sabia que a pequena porção de cordão umbilical que permanece no bebê após o parto é chamada de coto umbilical? Cuidados com o coto umbilical
Entre os principais cuidados com o coto umbilical, destacam-se a sua limpeza com álcool 70% e a necessidade de deixar a estrutura sempre seca.
Assim que o bebê nasce, é importante que a mãe tenha um cuidado especial com o chamado coto umbilical, uma pequena porção do cordão umbilical que permanece após o parto. O coto umbilical cai entre a primeira e segunda semana após o nascimento, sendo fundamental que, nesse período, a mãe cuide da limpeza dessa região e observe o surgimento de secreções.
→ Quando devemos limpar o coto umbilical?
O coto umbilical deve ser limpo diariamente sempre que ocorrer a troca de fraldas e após o banho do bebê. Esse procedimento deverá ser realizado até que a ferida umbilical esteja totalmente cicatrizada.
Uma crença do passado sugeria que, quando o pedaço de umbigo do bebê caía, ele devia ser enterrado perto daquilo que a mãe gostaria que guiasse a criança. Por exemplo, ao depositar o umbigo perto de uma roseira, a criança seria linda. Próximo a um hospital, o filho se tornaria médico. Quando o faziam em frente a uma igreja, seria uma pessoa bem religiosa, e assim por diante.
E ainda havia a tradição de guardar o pedaço do cordão seco, tão logo ele se desprendesse. Isso porque no caso de doenças, como bronquite, um chá feito com este "ingrediente" seria um tratamento seguro e eficaz. Não se sabe se isso funcionava. Mas uma coisa é certa, ainda há muito o que se aprender a respeito do cordão umbilical.
2. Relembrar organogênese
A Organogênese é parte do processo de desenvolvimento embrionário no qual os três folhetos germinativos (ectoderme, mesoderme e endoderme) se diferenciam e dão origem aos órgãos internos do organismo.
Durante a organogênese, ocorrem divisões e especializações celulares. Os três processos embrionários dão origem a órgãos e estruturas do corpo do embrião, além dos anexos embrionários (folhetos germinativos).[2] Nessa perspectiva, é válido afirmar que:
· A ectoderma origina a epiderme e seus anexos (pelos, unhas,etc.), outras três são: mucosas corpóreas (oral, anal e nasal), o esmalte dos dentes, o sistema nervoso (através do tubo neural),nos olhos (retina, cristalino e a córnea) a hipófise, entre outros;
· A mesoderma, por sua vez, é dividida em epímero, mesômero e hipômero. O epímero forma o esqueleto axial, a derme (tecido conjuntivo) e o tecido muscular. O mesômero, rins, gônadas e ureteres. Por fim, o hipômero, que origina os músculos lisos e cardíacos, além de três serosas: pleura (reveste externamente o pulmão), o pericárdio (revestimento cardíaco) e peritônio (abdomem).
· Já a endoderma é o processo do qual surgem os alvéolos pulmonares e as seguintes glândulas: fígado, tireóide, paratireóide; também é a básica formação do revestimento interno dos tratos digestório e respiratório.
Anexos embrionários[editar | editar código-fonte]
Resultam dos folhetos parietal e visceral. O folheto parietal também é chamado de mesoderma somático, ao passo que o folheto visceral pode ser ainda denominado mesoderma esplâncnico. O mesoderma somático (ou somatopleura) origina o âmnio e o cório, estruturas que revestem externamente o embrião. Já a esplancnopleura (mesoderma esplâncnico) gera o alantóide e o saco vitelino. 
O período de organogênese ocorre da quarta à oitava semana do desenvolvimento embrionário. Ao final da oitava semana, o funcionamento da maioria dos principais sistemas de órgãos é mínimo, com exceção do sistema cardiovascular. No término desse período, o embrião terá aspecto humano.
1) Dobramentos do embrião
Os dobramentos levarão à transformação de um disco trilaminar plano em um embrião praticamente cilíndrico.
O dobramento ocorre nos planos mediano e horizontal e é decorrente do rápido crescimento do embrião, particularmente do encéfalo e da medula espinhal.
A velocidade de crescimento lateral do embrião não acompanha a velocidade de crescimento longitudinal, ocasionando o seu dobramento.
Os dobramentos das extremidades cefálica (Figura 1) e caudal (Figura 2) e o dobramento lateral (Figura 3) ocorrem simultaneamente.
Dobramentos do embrião no plano mediano
O dobramento ventral nas extremidades cefálica e caudal do embrião produz as pregas cefálica e caudal.
1) Prega cefálica
No início, o encéfalo em desenvolvimento cresce para dentro da cavidade amniótica. Posteriormente, o prosencéfalo projeta-se cefalicamente, e ultrapassa a membrana bucofaríngea (ou orofaríngea), recobrindo o coração em desenvolvimento. Concomitantemente, o septo transverso, Coração Primitivo, celoma pericárdico e membrana bucofaríngea se deslocam para a superfície ventral do embrião.
Durante o dobramento longitudinal, a parte dorsal do endoderma do saco vitelínico é incorporada ao embrião com o intestino anterior (primórdio do segmento inicial do sistema digestório).
A prega cefálica também influencia a disposição do celoma embrionário já que após o dobramento, o celoma pericárdico fica em posição caudal em relação ao coração e cefálica, ao Septo Transverso.
Nesse estágio, o celoma intra-embrionário se comunica com o celoma extra-embrionário.
2) Prega caudal
 Resulta do crescimento da parte distal do tubo neural. A medida que o embrião cresce, a região caudal projeta-se sobre a membrana cloacal.
Durante esse dobramento, parte do Endoderma é incorporado como intestino posterior, cuja porção terminal dilata-se para formar a cloaca.
Após o dobramento, o pedículo de fixação (ou pedículo de conexão) , primórdio do cordão umbilical, fica preso à superfície ventral do embrião, enquanto a Alantóide é parcialmente incorporada.
Dobramento Lateral no Plano Horizontal
1) Pregas laterais
Resulta do crescimento rápido da medula espinhal e dos somitos, formando as pregas laterais direita e esquerda, cujo crescimento desloca o disco embrionário ventralmente, formando um embrião praticamente cilíndrico.
Conforme as paredes abdominais se formam, parte do endoderma é incorporada como intestino médio, que antes do dobramento tinha conexão com o Saco Vitelino.
Após o dobramento, essa conexão fica reduzida a um canal vitelino ou ducto vitelino. Quando as pregas do embrião fundem-se ao longo da linha média ventral, forma-se o celoma intra-embrionário. Os dobramentos do embrião são responsáveis pela arquitetura anatômica das membranas serosas no indivíduo: o interior da parede do corpo será coberto por mesoderma somático; e as vísceras, pelo mesoderma esplâncnico.
O embrião formado será “um tubo dentro de um tubo” no qual o tubo ectodérmico externo forma a pele, e o tudo endodérmico interno formam o intestino. Preenchendo o espaço entre esses dois tubos está a mesoderme.
2) Derivados dos folhetos germinativos
Os Três Folhetos Germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderma) que dão origem a todos os órgãos e tecidos são formados durante a Gastrulação.
Alguns derivados dos folhetos germinativos são (Figura 4):
Ectoderma: sistema nervoso central e periférico; epitélios sensoriais do olho, da orelha e do nariz; epiderme e anexos (unhas e pelos); glândulas mamárias; hipófise; glândulas subcutâneas; esmalte dos dentes; gânglios espinhais, autônomos e cranianos ( V, VII, IX, X ); bainha dos nervos do sistema nervoso periférico; meninges do encéfalo e da medula espinhal.
Mesoderma: tecido conjuntivo; cartilagem; ossos; músculos estriados e lisos; coração; vasos sanguíneos e linfáticos; rins; ovários, testículos; ductos genitais; membranas pericárdica, pleural e peritonial; baço e córtex das adrenais.
Endoderma: revestimento epitelialdos tratos respiratório e gastrointestinal; tonsilas; tireóide e paratireóides; timo, fígado e pâncreas; revestimento epitelial da bexiga e maior parte da uretra; revestimento epitelial da cavidade do tímpano, antro timpânico e da tuba auditiva.
3) Estágios de Carnegie: Foi com base no trabalho de Streeter (1942) e O'Rahilly e Müller (1987). O nome "Carnegie estágios" vem da Carnegie Institution de Washington .
A classifcação de Carnegie é um sistema padronizado de 23 estágios usados para fornecer uma cronologia unificada de desenvolvimento de vertebrados. Os estágios são delineados pelo desenvolvimento de estruturas e não pelo tamanho ou número de dias de desenvolvimento.
entro do Desenvolvimento Embrionário, após a fecundação, o zigoto ou célula-ovo passa por diversas divisões celulares, em um processo conhecido como segmentação ou clivagem. Durante essas clivagens, o zigoto entra no estágio de blástula, onde fica semelhante a uma amora, com o interior formado por uma cavidade de nome blastocele.
As divisões celulares continuam ocorrendo, e os primeiros processos de diferenciação celular transformam a blástula em gástrula, iniciando, assim, o processo de gastrulação.
Na gastrulação, são formadas as estruturas primitivas, como:
· a notocorda nos cordados: que dará espaço para a coluna vertebral em vertebrados;
· o tubo nervoso dorsal: que irá se desenvolver em sistema nervoso;
· o arquêntero: que será a cavidade do sistema digestório;
· o celoma nos indivíduos celomados: que servirá de depósito para os órgãos que ainda serão formados.
O processo de formação dos órgãos e demais tecidos que compõem o organismo ocorre dentro do estágio do desenvolvimento embrionário conhecido como organogênese.
Após a formação dos folhetos embrionários e das estruturas características como notocorda e arquêntero, as células do embrião passam pelo processo de diferenciação celular.
Na diferenciação celular, sinalizadores são enviados e ativados nas células, de forma que elas mudem sua morfologia e adquiram funções específicas. Após a diferenciação, as células podem se agrupar para formar tecidos que, por sua vez, formam os órgãos do indivíduo.
Portanto, a partir da gastrulação, o embrião entra na fase de organogênese, onde seus órgãos são formados. Essa fase permanece até o final do desenvolvimento embrionário.
Folhetos Embrionários
Os folhetos embrionários são as camadas primárias de células, com capacidade de diferenciação que aparecem no embrião. A partir dos folhetos embrionários, também chamados de folhetos germinativos, ou ainda camadas germinativas, é que serão formados os demais tecidos e órgãos de um animal em desenvolvimento embrionário.
Os animais mais primitivos na escala evolutiva, como os poríferos e os cnidários, apresentam apenas dois folhetos embrionários (ectoderma e endoderma) e são chamados de seres diblásticos.
Os demais filos de animais apresentam, além do ectoderma e do endoderma, um terceiro folheto, localizado entre os outros dois, chamado de mesoderma. São chamados de triblásticos.
Os folhetos embrionários são formados na etapa de gastrulação do embrião, mas é na organogênese que se diferenciam para formar os diversos órgãos e tecidos presentes em um indivíduo.
Ectoderma
Folheto ou camada em contato com o meio externo e que é responsável por originar:
· Tecidos epiteliais e seus anexos como a pele, unhas e pelos;
· Sistema Nervoso;
· Glândulas mamárias;
· Retina;
· Hipófise;
· Células presentes nas cavidades, como as da mucosa bucal, nariz, orelhas e ânus;
Mesoderma
Folheto localizado entre o ectoderma e o endoderma, e que forma:
· Músculo liso;
· Cartilagem e ossos;
· Tecidos conjuntivos;
· Vasos sanguíneos e linfáticos (Sistema Circulatório);
· Baço;
· Ovários e testículos (Sistema Reprodutor);
· Rins, bexiga e uretra (Sistema Excretor);
· Grande parte do sistema cardiovascular.
Endoderma
Folheto mais interno, responsável pela formação dos:
· Revestimentos internos, como os presentes nas vias respiratórias e no trato gastrointestinal;
· Pulmão;
· Glândulas da tireóide e paratireóide;
· Timo;
· Fígado;
· Pâncreas;  
· Tímpanos e outras estruturas auditivas.
Anexos Embrionários
Na organogênese de alguns cordados, a partir dos folhetos embrionários são finalizadas as estruturas dos anexos embrionários. Estas, são estruturas que não fazem parte do embrião, mas que possuem a função de auxiliar no seu desenvolvimento.
Esses anexos embrionários começam a ser formados no final da gastrulação, mas só são finalizados e desempenham suas funções a partir da organogênese:
· Vesícula vitelina ou saco vitelínico ou vitelino: semelhante a uma bolsa, é originada da endoderme e está relacionada com o armazenamento de nutrientes para o desenvolvimento do embrião. É uma estrutura muito desenvolvida em aves e pouco desenvolvida em mamíferos;
· Alantóide: originado no endoderma, tem a função de armazenar as excretas do embrião, substâncias que precisam ser descartadas;
· Âmnio: também semelhante a uma bolsa, mas este é formado a partir do ectoderma e possui função de hidratar o embrião e de protegê-lo frente a choques e impactos mecânicos;
· Cório: membrana formada a partir do ectoderma, e tem a função de promover as trocas gasosas, garantindo a respiração do embrião;
· Placenta: presente apenas em alguns mamíferos, chamados de placentários, ela é responsável por todas as funções dos outros anexos. Por isso, nos mamíferos, os demais anexos são reduzidos ou atrofiados.
Referencias
Moreira, Catarina. «Desenvolvimento Embrionário dos Animais» (HTML). Casa das Ciências. Consultado em 21 de abril de 2018
Princípios de Biologia do Desenvolvimento 3 ,2008
MEUDAL, D. C. Notocorda. Disponível em: http://www.infoescola. com/embriologia/notocorda/
Moore KL, Persaud TVN. Embriologia clínica. 8a ed. Rio de Janeiro (RJ): Elsevier; 2008.

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