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Atuação do Psicopedagogo em Diferentes Contextos

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MEDIAÇÃO 
PSICOPEDAGÓGICA NA 
FAMÍLIA E INSTITUIÇÕES 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Arthur Silva Araújo 
 
 
 
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CONVERSA INICIAL 
Olá, querido(a) acadêmico(a). Nesta aula, iremos discutir a atuação 
profissional do psicopedagogo em diferentes contextos como em igrejas, 
hospitais, Organizações Não Governamentais (ONGs), empresas, entre outros, 
visando à compreensão de suas facilidades e de seus obstáculos. Iremos 
comentar alguns pontos essenciais do trabalho desse profissional em cada setor 
e organização, a sua forma de atuação, os seus desafios e intervenções. Ótima 
aula! 
Constitui um objetivo geral desta aula proporcionar conhecimentos sobre 
as possibilidades de atuação do psicopedagogo em diferentes contextos não 
escolares. Entre os nossos objetivos específicos, constam: 
 conhecer a contextualização histórica breve da psicopedagogia, seus 
desafios e possibilidades de intervenção em face do seu cenário atual; 
 conhecer o espaço, as possibilidades de atuação e intervenção do 
psicopedagogo no contexto de ONGs; 
 conhecer o espaço, as possibilidades de atuação e intervenção do 
psicopedagogo no contexto de instituições religiosas; 
 conhecer o espaço, as possibilidades de atuação e intervenção do 
psicopedagogo nas empresas 
 conhecer o espaço, as possibilidades de atuação e intervenção do 
psicopedagogo no contexto hospitalar; 
 conhecer o espaço, as possibilidades de atuação e intervenção do 
psicopedagogo em outros contextos. 
Sendo assim, convidamos você a mergulhar nesse mundo da 
psicopedagogia, o qual é necessário para que, com nossa visão humanística, 
possamos diagnosticar e avaliar o sujeito em diversos contextos. 
A psicopedagogia em diferentes contextos 
Nesta aula, estudaremos a atuação do psicopedagogo em diferentes 
contextos não escolares, ou seja, em instituições religiosas, empresas, hospitais, 
ONGs e outros, como na arteterapia e na dança. 
 
 
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TEMA 1 – A EXPANSÃO DA PSICOPEDAGOGIA E SUAS POSSIBILIDADES DE 
ATUAÇÃO 
Por conta da expansão de núcleos associados à Associação Brasileira de 
Psicopedagogia (ABPp), em 1988 foi realizado o primeiro congresso e o terceiro 
encontro de psicopedagogos, com o objetivo de apresentar detalhadamente o 
campo de estudos da psicopedagogia com uma abordagem mais abrangente, 
capaz de integrar o conhecimento existente na área para compreensão da 
aprendizagem humana, com atenção nas dificuldades de aprendizagem (Scoz, 
1994, p. 32). 
Como afirmam Bossa (1994) e Masini (1999), a psicopedagogia teria 
nascido no ano de 1946, período em que se deu a criação dos primeiros centros 
psicopedagógicos na Europa, mais precisamente em Paris, por Juliette Favez-
Boutonier e George Mauco na sua direção médica e pedagógica. Os pais 
levavam os filhos até esses centros para que houvesse atendimento de 
psicopedagogos e não mais de médicos no tratamento de distúrbios como a 
dificuldade na aprendizagem, entre outros. 
Scoz (1994, p. 33-34) mostra que a psicopedagogia, em sua visão, atua 
nas problemáticas direcionadas à aprendizagem com um caráter multidisciplinar, 
funcionando em diversos contextos para além da clínica, como em ambientes 
escolares, empresariais e no âmbito de igrejas, ONGs e onde mais houver 
implicações de fatores do processo de ensino-aprendizagem, somando forças 
sem prejuízo da essência social da psicopedagogia. 
Com a expansão dos ramos de atuação da psicopedagogia, no Brasil, 
duas habilitações que são consideradas como essenciais e atrativas para o 
mercado de trabalho são a clínica e a institucional, que preparam o profissional 
da área para atuar em diversos cenários. Um psicopedagogo, seja ele de qual 
habilitação for, estuda a origem das dificuldades no aprendizado em suas 
dimensões emocionais, sociais, mentais e físicas. 
Santos ([S.d.]) afirma que ao psicopedagogo cabe não somente realizar: 
Atividades e treinamentos para indivíduos com problemas de 
aprendizagem e comportamento baseados em teorias 
comportamentais, como sugere a Psicologia Educacional, nem definir 
métodos, técnicas e estratégias de ensino como propõe a Pedagogia 
mas cabe-nos ocupar um lugar que está na inter-relação da ensinagem 
e da aprendizagem. 
 
 
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Diante disso, o psicopedagogo, em âmbito clínico, atua diretamente com 
o foco da compreensão da dificuldade de aprendizagem, indagando, por 
exemplo, como e quando surgiu essa dificuldade, quais sinais ela demonstra, em 
quais momentos, se em casa é assim também ou só em outros ambientes, entre 
outras indagações que ajudem na promoção da saúde de todos que o procuram. 
Em âmbito institucional, tem o dever de construir e socializar os saberes, 
encaixando-os em seus respectivos estágios de desenvolvimento cognitivo, 
acompanhando a escola, os alunos, os funcionários, as equipes e os familiares 
envolvidos, colaborando com a educação no ambiente escolar e fora dele e com 
a melhoria das práticas no processo de ensino-aprendizagem. 
TEMA 2 – A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO EM INSTITUIÇÕES NÃO 
ESCOLARES: ONGS 
A atuação do psicopedagogo em ONGs é um desafio diário: existem 
atividades diversas para serem realizadas com foco no voluntariado e no 
atendimento multiprofissional. O psicopedagogo tratará das dificuldades da 
aprendizagem, das intervenções psicopedagógicas, das problemáticas 
encontradas e observadas, dentre outros processos. Conforme afirma Scoz 
(1992), “o trabalho da Psicopedagogia implica um olhar direcionado para o 
preventivo e para o curativo”. 
Com isso, os desafios encontrados devem ser avaliados pelo 
psicopedagogo com um compromisso de integrar uma visão humanística, social 
e intelectual na atuação da ONG, auxiliando quem procure auxílio e tratamento. 
Mas, o que seria uma ONG? São todas aquelas organizações sem fins 
lucrativos, com o foco em desenvolvimento humanístico mediante elaboração e 
efetivação de projetos que incentivem voluntariamente o desenvolvimento em 
campos como o social, o cultural e o educativo. 
O potencial humano somente se desenvolverá conforme se atenta para 
elementos fundamentais em um grupo social, como igualdade, respeito à 
diversidade e acolhimento de todos os envolvidos no projeto, que devem manter 
uma participação ativa ajudando a equipe, a família, praticando a solidariedade 
para com todos e a liberdade de expressão do que se deseja. 
Conforme Carvalho e Cuzin (2008, p. 19-20), no enfoque educacional e 
institucional, a psicopedagogia é atuante na prevenção, na delimitação de 
situações-problemas e na aplicação de projetos-ação objetivando a eliminação 
 
 
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ou minimização do sintoma. Ela pode e deve intervir e mediar o processo de 
ensino e aprendizagem, aliando-se às necessidades de um indivíduo ou grupo 
de pessoas. 
Deve-se, pois, trabalhar técnicas metodológicas de diagnósticos, 
planejamento de ações e processos avaliativos, o que pode oferecer uma chance 
de criar parceiros entre os profissionais e instituições que atendem a uma 
determinada comunidade como um todo. 
Torna-se, então, uma atividade de grande ajuda que os profissionais 
habilitados na área compreendam o processo humano e relacionem as 
dificuldades encontradas a uma forma de auxílio voluntário, pois “o 
psicopedagogo é o profissional voltado no estudo da aprendizagem humana e 
na intervenção sobre o indivíduo com dificuldades de aprendizagem” (Carvalho; 
Cuzin, 2008, p. 19). 
A avaliação, seja ela de nível infantil, se de nível adulto, faz-se de modo 
coletivo ou individual, dependendo do processo em que o sujeito se encontra. 
Assim, após a avaliação psicopedagógica, é possível encaminhá-lo para outros 
especialistas, oferecendo continuar com o processo descrito pelo 
psicopedagogo. “O psicopedagogo é o profissional preparado para atender 
crianças, adolescentes ou adultos com problemas de aprendizagem, atuando na 
sua prevenção, diagnóstico e tratamento clinico ou institucional” (Acampora, 
2013, p.19), pois a psicopedagogia surge num momento de busca, que nos leva 
a compreender as ideias, as razões e as limitações do processo de 
aprendizagem do sujeito. O psicopedagogo possui habilidades específicas para 
trabalhar as dificuldades encontradas, tendo como objetivo uma aprendizagem 
humanística. 
Sendo assim, é possível relacionar o ciclo de vida que constitui uma ação 
educativa a projetos específicos, que são divididos em quatro momentos: 
1. Diagnósticos 
2. Planejamento 
3. Execução 
4. Avaliação 
Essas fases da psicopedagogia em sua atuação em ONGs estão 
relacionadas diretamente e produzem um processo de diagnosticar, planejar, 
implementar, avaliar, replanejar (CENPEC, 2003, p. 4). 
 
 
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Com isso, a atuação do profissional da psicopedagogia fornece uma base 
de suma importância em uma ONG, pois ele tem habilitação e conduz práticas 
para desvendar, diagnosticar, acompanhar e intervir na saúde dos processos de 
ensino-aprendizagem, com uma orientação humanística. 
Portanto, é esse profissional que obtém o acolhimento do sujeito na 
família, o que poderá contribuir para uma análise e observação do aprendizado. 
Ele traça planos adaptativos voltados para cada contexto específico, nas 
empresas, nas escolas, na formação familiar, na constituição de novos 
aprendizados, cada um deles como um ambiente no qual são pensadas e 
elaboradas melhorias e avanços, mediante intervenções e debates sobre as 
problemáticas do dia a dia. 
A psicopedagogia abre caminhos para se construir novas práticas, 
caminhos, soluções e interesses para as partes envolvidas e assim se explorar 
os fenômenos e realidades gerados nas articulações dessas novas perspectivas. 
Para isso, a ética, para Morin (2001, p. 99), pede que se compreenda o que é 
incompreensível, tornando-se assim um desafio/problema em busca de 
soluções. 
TEMA 3 – A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO EM INSTITUIÇÕES NÃO 
ESCOLARES: INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS 
O profissional psicopedagogo tem o dever de atuar na educação da fé em 
meio aos ensinamentos catequéticos, aprofundando as reflexões acerca de 
como educar sobre a vida, a fé das pessoas, compreendendo de forma 
interdisciplinar o desenvolvimento humanístico da fé. 
Quando debatemos sobre religião, a doutrinação mostra-se como algo à 
frente de qualquer instituição religiosa. A psicopedagogia não possui o dom de 
doutrinar ou até mesmo determinar qual religião seguir e sim de praticar e 
incentivar que haja as próprias interpretações do sujeito sobre textos religiosos 
como a Sagrada Escritura, permitindo uma aproximação própria do sujeito com 
a religião. 
Em algumas escolas, os pais tentam limitar a liberdade do estudante de 
seguir os processos educativos, primeiramente querendo saber qual e de que 
maneira a religião é abordada, se, por exemplo, ela é católica, presbiteriana, 
protestante, entre outras denominações, fazendo com que os professores e 
psicopedagogos produzam atividades que se tornem uma leitura e prática ativa, 
 
 
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de forma imparcial, da religião, porém, sem perder o contexto da Sagrada 
Escritura. Esse é o ponto de desafio do profissional; é com ele que os planos de 
ações se tornam uma visão religiosa. 
São debatidos dois significados importantes para se trabalhar a educação 
na fé: 
1. Educação: é possível catequizar a fé de algum sujeito? Ou até mesmo 
levar informações e explicações sobre a vida na fé para alguém? 
2. Fé: “a fé se apresenta como entrega religiosa de toda a pessoa e não 
simplesmente adesão intelectual ou obediência moral, respondendo à 
natureza dinâmica, vital e pessoal da Palavra de Deus” (Alberich, 2004, 
p. 157). 
Com isso, é possível demonstrar a atuação do pedagogo pela maneira 
com que ele lida ou até mesmo interpreta a questão da morte, da vida, da fé, 
devido a sua leitura complexa. O psicopedagogo tem a obrigação de treinar, 
projetar e interpretar o aspecto interdisciplinar dessas três questões: morte, vida 
e fé, pontuando-se a importância de ele descrever, observar e criar as 
intervenções necessárias para o estágio de desenvolvimento intelectual, 
cognitivo e social em que se encontra o sujeito quando criança, adolescente, 
adulto ou idoso. 
Portanto, para transmitirmos uma mensagem, é necessário conhecermos 
antes os sujeitos a quem vamos transmiti-la, pois é deles que precisaremos de 
atenção para o amadurecimento na fé e para levar-lhes uma mensagem 
adaptada a sua indagação, a sua intepretação, a sua necessidade na educação 
religiosa. 
TEMA 4 – A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO EM INSTITUIÇÕES NÃO 
ESCOLARES: EMPRESAS 
A intervenção psicopedagógica não se dirige ao sintoma, mas ao poder 
para mobilizar a modalidade de aprendizagem, o sintoma cristaliza a 
modalidade de aprendizagem em um determinado momento, e é a 
partir daí que vai transformando o processo ensino aprendizagem. 
(Fernandez, 1990, p. 117) 
A psicopedagogia implementa uma relação entre o funcionário e a 
empresa, em que será o psicopedagogo o ator direcionado para a formulação de 
um tratamento do problema manifestado e para adequar a base funcional com a 
prática empresarial. Ele deve “organizar palestras, workshops, vídeos, debates, 
 
 
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dinâmicas, simulações de trabalho e momentos propícios à reflexão [...]” (Costa, 
2009). 
O diagnóstico psicopedagógico é um processo, um contínuo sempre 
revistável, onde a intervenção do psicopedagogo inicia, segundo vimos 
afirmando, numa atitude investigadora, até a intervenção. É preciso 
observar que esta atitude investigadora, de fato, prossegue durante 
todo o trabalho, na própria intervenção, com o objetivo de observação 
ou acompanhamento da evolução do sujeito. (Bossa, 1994, p. 74) 
Assim, a prática da psicopedagogia se encaixa em qualquer ação 
humanística, sem nenhuma limitação em termos de posição social, de idade, de 
gênero ou de função que cada um exerce no setor organizacional. A 
psicopedagogia tem o dever de diagnosticar problemas que os funcionários 
manifestam e desenvolver soluções com base técnica, metodológica, além de 
novas práticas, usando de criatividades em suas interações. 
Bossa (2011, p. 48) declara que: “existe também uma proposta de atuação 
nas empresas, onde o objetivo seria favorecer a aprendizagem do sujeito para 
uma nova função, auxiliando-o para um desenvolvimento mais efetivo de suas 
atividades”. O psicopedagogo tem o dever de atuar com quatro objetivos, na 
base empresarial, propondo: 
1. novas criações, voltadas para a melhoria da aprendizagem no âmbito 
organizacional; 
2. inovações, para um melhor desempenho dos funcionários; 
3. aumento de práticas ativas de dinamização organizacional e novas 
possibilidades e soluções 
4. o incremento da troca de informações e a melhoria da comunicação entre 
todos os empregados da organização. 
Como afirma Martins (2006), “em geral, quando uma empresa oferece um 
programa de treinamento aos funcionários, o objetivo básico é promover a 
aprendizagem organizacional”. Portanto, a atuação da psicopedagogia na 
organização é promover o conhecimento, auxiliando na construção de boas 
formas de relacionamento e criando, assim, uma organização capaz de manter 
uma interação entre colaboradores e gestores. 
 
 
 
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TEMA 5 – A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO EM INSTITUIÇÕES NÃO 
ESCOLARES: HOSPITAIS 
A psicopedagogia hospitalar segue um ritmo que, segundo Gallar (1998), 
explica a natureza emocional, cognitiva e motivacional do processo em que se 
encontra o sujeito em meio hospitalar: por exemplo, “a hospitalização pode 
acarretar à criança alguns problemas no seu desenvolvimento, muitos dos quais 
a Psicopedagogia pode prevenir e/ou remediar”. 
O emocional atua causando fenômenos como a ansiedade e a depressão. 
A cognição, a dificuldade da aprendizagem em locais de adaptações, problemas 
organizacionais e outras dificuldades gerais de aprendizagem. E o motivacional 
é quando o estudante/paciente ou qualquer equipe multidisciplinarjá não tem 
mais motivação para atuar em determinado local hospitalar. 
Então, entendemos que a psicopedagogia hospitalar nos remete a 
realizações de práticas educativas para a construção do convívio social mesmo 
em um ambiente hospitalar, para que o indivíduo possa continuar seus estudos, 
práticas e aprendizagens no geral, quando está internado. Já o psicopedagogo 
hospitalar abre horizontes de soluções que podem gerar adaptações aos 
problemas, limites e dificuldades vividos em atividades pedagógicas, 
possibilitando que o hospital e o aluno/enfermo desenvolvam aptidão para o 
aprendizado e a prática interdisciplinar. 
Portanto, os recursos utilizados pelo psicopedagogo compreendem a 
aplicação de seis palavras mágicas na prática do paciente/aluno: 
1. estímulo; 
2. oportunidades; 
3. recursos lúdicos; 
4. validação; 
5. orientação; 
6. suporte. 
Esses recursos constroem o poder necessário para o psicopedagogo 
trabalhar e levar uma promoção à saúde do paciente/aluno no ambiente 
hospitalar. Assim, o psicopedagogo tem a função de ser o interlocutor de todos 
aqueles que passam pela internação, seja ela curta, seja longa, com patologias 
avançadas ou suspeitas. O conhecimento é o foco do trabalho psicopedagógico 
em ambiente educacional hospitalar. 
 
 
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5.1 A atuação do psicopedagogo em instituições não escolares: outros 
contextos 
Colagrande (2010) informa que a psicopedagogia, como área de 
conhecimento, nos leva a uma consideração da percepção de aprendente que 
cria a si mesmo e constrói o seu próprio conhecimento, durante o processo de 
avaliação e intervenção, estas diretamente envolvidas com uma visão integrada 
do homem e do conhecimento (corpo, emoção e cognição). 
A arteterapia é indicada, como ação do cotidiano do sujeito, como forma 
terapêutica de tratamento e prevenção da dificuldade de aprendizagem e para 
enriquecimento de uma visão que lide com a aprendizagem com enfoque 
terapêutico, buscando a mediação das expressões artísticas. 
A argila, a pintura, a fotografia, o teatro, a confecção de mandalas, a 
música e a colagem de recortes fazem parte dos recursos que o psicopedagogo 
pode utilizar para atuar com arteterapia. Agindo-se com inteligência e força de 
vontade, o psicopedagogo promove a união entre a arteterapia e a 
psicopedagogia, comparando o pensamento com uma forma de representar a 
arte, dotando essa última de uma significação lógica para o que se sente diante 
de desenhos e pinturas ou outras expressões artísticas. 
Outra possibilidade de atuação do psicopedagogo em ambientes não 
escolares é na prática da terapia associada à especialidade artística da dança, 
que vem crescendo a cada ano, sendo indicada por profissionais da saúde para 
aliviar e prevenir sintomas psíquicos como ansiedade, timidez, depressão, baixa 
autoestima, entre outros. A dança implica a junção do corpo, mente e espírito, o 
que desenvolve a prática dos músculos, articulações, memória, atenção, 
socialização, união, simpatia, confiança, cooperação e disciplina. 
NA PRÁTICA 
Para a prática desta aula, reveja e pesquise o que estudamos, com foco 
nos diversos contextos da atuação do psicopedagogo. Você, como um 
profissional habilitado para transformar desafios em soluções, dificuldades de 
aprendizagem em saberes positivos e para inovar, com seu potencial, para que 
haja novos horizontes, deve criar uma atividade interativa, um mapa conceitual 
ou um diálogo representativo de um atendimento/intervenção em um caso de 
sujeito/paciente para cada caso de atuação não escolar do psicopedagogo. 
 
 
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FINALIZANDO 
Nesta aula, conversamos sobre a atuação do psicopedagogo em 
diferentes contextos não escolares, como em instituições religiosas, empresas, 
hospitais, ONGs, entre outros, e na sua interação com a arteterapia e a dança. 
Além disso, conhecemos um pouco as áreas em que o psicopedagogo 
pode atuar, pois seu trabalho não se restringe somente aos ambientes clínico e 
escolar, já que ele pode intervir em diversos desafios/problemas, ajudando o 
sujeito atendido a encontrar soluções diante da sua dificuldade da 
aprendizagem. 
Por fim, praticar a união entre conhecimento, informações, soluções, 
recursos e práticas pedagógicas é um ponto essencial para uma construção 
humanística no projeto de ação educacional que devemos percorrer para 
solucionar um problema encontrado. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
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ed. Rio de Janeiro: Wak, 2013. 
ALBERICH, E. Catequese evangelizadora: manual de catequética 
fundamental. São Paulo: Salesiana, 2004. 
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Alegre: Artes Médicas Sul, 1994. 
CARVALHO, E. G. A; CUZIN, M. I. A psicopedagogia institucional e sua 
atuação no mercado de trabalho. Campinas: Ed. Unicamp, 2008. 
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Comunitária. Muitos lugares para aprender. São Paulo, 2003. 
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COSTA, M. M. Psicopedagogia empresarial. Rio de Janeiro: Wak, 2009. 
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MASINI, E. F. S. (Coord). Psicopedagogia na escola: buscando condições para 
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MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: 
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SANTOS, M. B. dos. Quem é o psicopedagogo institucional numa instituição de 
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<https://www.psicopedagogia.com/psicopedagogo-institucional>. Acesso em: 3 
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SCOZ, B. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e de 
aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1994. 
 
 
13 
SCOZ, B. et al. Psicopedagogia: contextualização, formação e atuação 
profissional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

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